Experiências de vida
Nossas experiências de vida delineam nossas personalidades, permanecem conosco e influenciam nosso estado emocional.
Estas experiências de vida incluem os momentos bons e os momentos ruins, e tudo o que se encontra entre esses dois extremos.
O estudo mostra que, além dos nossos genes, nossas experiências de vida são importantes influências em nossos níveis de ansiedade e depressão.
Além dos genes
"Nesta época de gene disso e gene daquilo, é importante lembrar que nossas experiências também fazem contribuições importantes para quem nós somos como pessoas," afirma Kenneth Kendler, da Universidade da Virgínia (EUA), que, ao contrário do que possa parecer, é professor de genética molecular, além de especialista em psiquiatria.
"Quando estamos em fase de crescimento é frequente ouvirmos a expressão 'Você é o que você come'. O que este estudo mostra é que é uma grande verdade também que 'Você é o que você experimenta'. Ou seja, sua história de vida fica com você, influenciando seu jeito de ser, nas coisas boas ou nas coisas ruins", diz ele.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas estudaram gêmeos idênticos, onde se ponde encontrar um par de indivíduos com composições genéticas virtualmente idênticas, além de um mesmo ambiente familiar.
Surgimento das diferenças
O ambiente de cada um dos pares de gêmeos só começa a mudar conforme eles crescem e começam a tomar decisões divergentes, em suas experiências com amigos, dietas ou estilo de vida.
Segundo os cientistas, conforme passam da infância para a vida adulta, os gêmeos passam a divergir significativamente em seus níveis de sintomas relacionados à ansiedade e à depressão. Mas, depois de um certo ponto, as divergências cessam.
Como compartilham um background genético idêntico e as mesmas condições familiares, essa divergência só pode ser fruto das experiências individuais durante a vida.
Fatores ambientais
Os cientistas concluíram que a contribuição dos fatores ambientais para as condições objetivas de saúde, como a ansiedade e a depressão, é muito grande.
Essas diferenças são mais perceptíveis durante a meia-idade, ao redor dos 40 anos.
Outras pesquisas já foram além, demonstrando que as experiências podem induzir alterações no próprio DNA das pessoas, um campo de estudos conhecido como epigenética.
Redação do Diário da Saúde
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