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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estre vai transformar lixo urbano em combustível

A Estre Ambiental está implantando em Paulínia a única fábrica da América Latina capaz de produzir combustível de resíduos sólidos (CDR) do lixo urbano para utilização no processo - caldeiras e fornos - das empresas dos mais diversos segmentos. A empresa tem condições para processar mil toneladas de lixo por dia e gerar 400 toneladas de combustível. O investimento é de R$ 45 milhões e inclui o maquinário que foi importado da Finlândia e passa por adaptações. A unidade começou a funcionar em caráter experimental e os técnicos finlandeses estão na unidade de Paulínia, onde treinam os funcionários.

A Estre recebe o lixo doméstico de cidades da RPT (Região do Pólo Têxtil) - Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, além de outras da região como Paulínia, Cosmópolis, Capivari e Piracicaba. O diretor de tecnologia ambiental da Estre, Pedro Stech, explicou que o centro de gerenciamento de resíduos de Paulínia recebe quatro mil toneladas de lixo diariamente, onde ocorre a separação dos produtos secos e molhados. Desse montante, 25% de todo o material retirado irá passar pela máquina do CRD.

"Nós temos muita umidade no nosso lixo devido ao material orgânico que é dispensado. No Brasil, fazemos tudo em casa e isso gera muito descarte de cascas de frutas, vegetais, restos de comida. Por isso, fomos buscar soluções que poderiam ser adaptadas ao lixo brasileiro", explicou Stech. Segundo o diretor de tecnologia, foram seguidos padrões internacionais de proteção ambiental. Na nova unidade o solo foi compactado com cimento e mantas de Pead (polipropileno de alta densidade) para evitar a contaminação do solo. O galpão de seis mil metros quadrados possui sistema de exaustão de gases, que são tratados com biofiltro.

No processo são três linhas de separação de resíduos. A primeira retira os produtos orgânicos, que representam 50% do volume total destinado ao aterro e são facilmente biodegradáveis, como alimentos, cascas de frutas, material verde e outros. Segundo Stech, 10% do lixo representa materiais como pedra, alumínio, vidro e metais. Os outros 40% são borracha, papel, papelão, madeira e isopor e outros do gênero. Esse material é o que interessa para a geração do CDR.

RECICLAGEM
A segunda linha seleciona os resíduos com possibilidade de reciclagem como vidro, cerâmica, materiais ferrosos e não ferrosos. Na terceira restam os materiais de alto poder calorífico como madeira e outros que vão ser tratados e preparados para serem transformados em combustível alternativo em indústrias (produção de cimento, metalúrgicas e olarias), caldeiras, usinas termoelétricas e outros. Os equipamentos são capazes inclusive de separar os metais pesados para evitar riscos ambientais.

A Estre foi criada em 1999 e começou a funcionar como aterro sanitário. Há quatro anos, a empresa passou a buscar soluções para reduzir o volume de lixo e ingressou no ramo de reciclagem. O grupo possui unidades no Brasil, Buenos Aires e Bogotá.

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Energia solar com ajuda de vírus

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriu uma forma inusitada de melhorar a eficiência na conversão de energia solar em elétrica: por meio do uso de vírus.

O estudo, publicado na revista Nature Nanotechnology, emprega também nanotubos de carbono para aumentar a eficiência no agrupamento de elétrons na superfície da célula solar para a produção de corrente elétrica.

Essa propriedade dos nanotubos era conhecida, mas seu uso em tal aplicação era prejudicado por dois problemas. Em primeiro lugar, sua fabricação produz geralmente uma mistura de dois tipos: semicondutor e metálico. Outro problema é que os nanotubos tendem a se aglutinar, o que reduz sua eficiência.

A nova pesquisa mostrou que os efeitos dos dois tipos de nanotubos são diferentes e que os semicondutores podem melhorar o rendimento das células solares, enquanto os metálicos têm o efeito oposto.

Para resolver o problema do aglutinamento dos nanotubos, entram em cena os vírus. Xiangnan Dang e colegas observaram que uma versão modificada geneticamente de um vírus conhecido como M13, que geralmente infecta bactérias, pode ser usada para controlar o arranjo de nanotubos em uma superfície, mantendo-os separados e isolados de modo que eles não grudem uns nos outros nem causem curtos-circuitos.

Nos testes, a estrutura com vírus aumentou de 8% para 10,6% a eficiência da conversão energética. Os cientistas do MIT usaram um tipo de célula solar de baixo custo na qual a camada ativa é composta de dióxido de titânio, mas afirmam que a técnica pode ser aplicada em células convencionais de silício.

O conjunto de nanotubos e vírus representa um peso ínfimo, de aproximadamente 0,1% da célula solar.

Os vírus realizam duas funções diferentes no sistema. Primeiramente, eles fazem com que pequenas proteínas (peptídeos) se unam fortemente aos nanotubos, mantendo separadas as minúsculas estruturas de carbono. Cada vírus é capaz de segurar até dez tubos, cada um mantido por 300 peptídeos.

Além disso, os vírus foram induzidos geneticamente para produzir um filme de dióxido de titânio – ingrediente fundamental para as células solares utilizadas – sobre cada um dos nanotubos, aproximando o dióxido de titânio dos nanotubos que transportam os elétrons.

As duas funções foram realizadas alternadamente, por meio da mudança da acidez do meio no qual os vírus se encontram. Segundo os autores do estudo, essa troca de função também foi demonstrada pela primeira vez.

(Fonte: Agência Fapesp)

Corrente das Agulhas é fundamental para controle do clima global

As águas que circulam do oceano Índico em direção ao extremo sul da África através da corrente das Agulhas desempenham um papel importante nas variações do clima no planeta, segundo aponta um estudo publicado na última edição da revista “Nature”.

Um grupo de cientistas liderado pela pesquisadora da Universidade de Miami (EUA) Lisa Beal explica que essa corrente afeta a circulação de águas no Atlântico e poderia influir nos níveis de concentração de dióxido de carbono na atmosfera, dois fatores relacionados ao controle do clima.

A corrente das Agulhas, um dos sistemas mais importantes do Hemisfério Sul, introduz no Atlântico águas quentes e salgadas provenientes do Indo-Pacífico.

Quando chegam ao Atlântico, essas águas fluem em direção ao Hemisfério Norte e reforçam a circulação oceânica que distribui o calor das regiões tropicais para as polares, e sem a qual não se compreenderia o clima terrestre.

Segundo pesquisas recentes, nas últimas décadas houve um aumento do fluxo de água da corrente das Agulhas rumo ao Atlântico, devido à mudança climática induzida pelo homem.

Este fenômeno reforçaria ainda mais a circulação oceânica no Atlântico, uma tese que contrasta com os prognósticos de que o aquecimento e o derretimento das calotas polares a enfraqueceriam.

A circulação é produzida por diferenças de densidade, ou convecção, com as massas mais densas tendendo a afundar e as menos densas, a ascender. A densidade diminui quando há aumento de temperatura e cresce com a salinidade.

“Isto poderia significar que os prognósticos do grupo intergovernamental de analistas sobre mudança climática da ONU (IPCC) para o próximo século são incorretos e não ocorrerá um esfriamento do Atlântico Norte como resposta aos efeitos da mudança climática global sobre a América do Norte e Europa”, afirma Beal.

Segundo Eric Itsweire, diretor do programa oceanográfico da National Science Foundation, que financiou o estudo, em um clima mais quente o sistema de correntes das Agulhas poderia levar mais água quente e salgada do Oceano Índico ao Oceano Atlântico e resistir assim aos efeitos contrários do Oceano Ártico.

Os cientistas, que utilizaram os estudos paleo-oceanográficos disponíveis e as pesquisas modernas sobre o clima para determinar o papel da corrente das Agulhas na circulação oceânica e no clima do planeta, pretendem fazer pesquisas mais exaustivas sobre o assunto.

(Fonte: Portal iG)

Comportamento dos pais determina hábito alimentar das crianças

Crianças e alimentos

O quanto as crianças de 4 a 6 anos de idade gostam dos alimentos que habitualmente fazem parte do seu dia-a-dia e como os pais atuam em relação à alimentação de seus filhos.

Este foi o foco da nutricionista Isa Maria de Gouveia Jorge, em uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

O interesse pelo tema nasceu da observação de que a prevalência de excesso de peso tem aumentado significativamente nas últimas décadas, inclusive entre as crianças desta faixa etária.

Obesidade infantil

Participaram da pesquisa 400 crianças de pré-escolas universitárias, nas quais foram verificados o estado nutricional e a aceitação de 29 alimentos habituais de suas dietas.

Para medir o grau de gostar, ou seja, o quanto as crianças gostam dos alimentos, foram utilizadas fotografias padronizadas dos alimentos, na forma usualmente oferecidas às crianças e escala hedônica facial de cinco pontos.

Também participaram do estudo 190 pais. Foram levantados dados referentes a escolaridade e estado nutricional dos pais e aplicado um questionário sobre atitudes e práticas alimentares frente à alimentação da criança.

A prevalência de excesso de peso e obesidade entre os pré-escolares foi de 31,9% (22,2% e 9,7%, respectivamente) e acompanha a tendência secular do aumento de ganho de peso da população infantil brasileira.

A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE e Ministério da Saúde, revelou que o excesso de peso entre crianças de 5 a 9 anos foi de 33,5%, sendo considerado obesos, 16,6% das crianças de sexo masculino e 11,8% do sexo feminino.

A prevalência de excesso de peso entre meninos foi de 34,6%, sendo 9,5% obesos, e entre as meninas, 29,2% sendo 9,8% obesas.

Considerando que esta prevalência ocorre entre crianças menores do que os estudos da POF 2008-2009 o quadro revela a importância de se adotar medidas de prevenção precocemente na infância, antes da idade pré-escolar. Somente 20% dos pais pesquisados percebem o excesso de peso dos filhos.

Cultura dos pais

Fatores culturais podem dificultar o reconhecimento dos pais de que o excesso de peso dos filhos seja um problema de saúde.

Na pesquisa, este foi o fator de maior peso na probabilidade de as crianças apresentarem excesso de peso.

O segundo fator foi o excesso de peso dos pais. A prevalência de excesso de peso entre os pais também foi alta (43,2%) sendo maior entre os familiares das crianças com excesso de peso, existindo uma associação positiva entre o excesso de peso dos pais e dos pré-escolares, ou seja, as chances de as crianças terem um ganho excessivo de peso são maiores quando os pais têm excesso de peso.

Alimentos que as crianças gostam

Quanto à aceitação de alimentos observou-se que, independentemente, do estado nutricional, sexo e idade, as crianças têm preferência por alimentos de alta densidade energética, ricos em gordura e/ou açúcares.

Os mais aceitos foram batata frita, pizza, chocolate, salgadinhos tipo chips, salsicha, biscoito recheado e refrigerante.

Entre os dez alimentos mais aceitos, somente três são saudáveis: frango, iogurte e melancia, sendo os demais considerados não saudáveis e constituídos de alimentos industrializados, ricos em densidade energética, gorduras, açúcares e/ou sal e escassos em micronutrientes e fibras.

Entre os menos aceitos pelas crianças destacam-se as hortaliças, entre elas o chuchu, sopa de legumes e purê de batatas.

Papel dos pais na alimentação

Em relação às atitudes e práticas de alimentação exercidas pelos pais observou-se uma relação com o estado nutricional dos pré-escolares, mas não com sexo ou idade.

Geralmente os pais se sentem responsáveis pela alimentação de seus filhos e monitoram a ingestão de alimentos não saudáveis. Já a preocupação com excesso de peso está relacionada ao estado nutricional da criança. A preocupação é maior nos pais das crianças com excesso de peso.

Pressionar a criança a comer é uma prática mais comum entre os pais das crianças mais magras. Foi observado que a probabilidade das crianças gostarem do alimento que são pressionadas a comer é menor quando comparadas com as demais.

Quanto às práticas de restrições de alimentos os dados não foram conclusivos, sendo necessários estudos complementares.

Informações da Agência USP

Cientistas debatem teorias sobre a origem do câncer

Teoria sobre o câncer

Em artigos publicados no exemplar deste mês da revista científica BioEssays, cientistas de renome internacional na área do câncer discutiram suas controvérsias sobre as duas teorias que tentam explicar a origem do câncer.

Os especialistas apresentaram suas defesas e críticas em relação à Teoria da Mutação Somática - a teoria mais aceita hoje na comunidade científica para explicar o câncer - e a ainda debatida Teoria de Campo da Organização dos Tecidos.

Esta é a primeira vez que especialistas se dispõem e têm a oportunidade de discutir abertamente as controvérsias sobre as duas teorias, defendidas por autores de lados opostos do debate.

Mutação Somática versus Organização dos Tecidos

Ana Soto e Carlos Sonnenschein, ambos da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, argumentam que a Teoria da Mutação Somática (TMS), que se baseia na acumulação de mutações genéticas nas células, não só não consegue dar uma explicação para os fenômenos observáveis na biologia do câncer, como também é uma teoria essencialmente não testável com as tecnologias atuais.

A Teoria da Organização dos Tecidos (TOT) propõe que o câncer é uma doença clonal, baseada nas células, e assume implicitamente que a imobilidade é o estado padrão das células nos organismos multicelulares.

"A TMS é fortemente apoiada por observações das leucemias, que carregam translocações cromossômicas específicas," defende o Dr. David Vaux, do Instituto de Ciências Moleculares La Trobe, na Austrália, em defesa da TMS.

"Talvez a mais forte validação [da teoria] venha do sucesso do tratamento de certas doenças malignas com drogas que visam diretamente o produto do gene mutante," afirma.

Mudar teorias para alcançar resultados

Obviamente, em uma primeira discussão não poderia haver consenso, e cada pesquisador ressalta os pontos que acredita positivos e negativos em cada teoria.

Também, poucos acreditam, dada a variedade dos cânceres - a rigor, cada câncer pode ser enquadrado como uma doença diferente - que alguma teoria consiga dar conta de todas essas realidades.

O mais provável será o desenvolvimento de teorias para grupos mais parecidos da doença.

Este mesmo processo está ocorrendo no campo do Mal de Alzheimer, onde a falta de resultados encorajadores das pesquisas atuais - o que de resto vem acontecendo com o câncer há décadas - tem ensejado a busca de novas explicações para a doença:


É hora de uma nova teoria sobre a Doença de Alzheimer

Recentemente, cientistas que estudam a AIDS mudaram a estratégia para procurar por uma vacina contra o HIV, também fundamentados na falta de resultados que as teorias até então utilizadas lhes forneceram.

Debate científico

O artigo agora publicado, questionando as teorias sobre o câncer, representa apenas o começo da discussão: a revista pretende manter um fórum permanente para que os cientistas discutam e troquem informações.

"A ciência avança através da exposição clara dos pontos de vista contrários. Criar um novo fórum para o debate vigoroso, que aborda as bases fundamentais do câncer permitirá que os nossos leitores possam decidir por si mesmos!" afirma David Thomas, editor da BioEssays.

Redação do Diário da Saúde

Ômega-3 em excesso eleva risco de câncer de próstata agressivo

Coração e próstata

Um estudo que procurava examinar a associação entre gorduras na dieta e o risco de câncer de próstata concluiu que o que é bom para o coração pode não ser bom para a próstata.

Homens com as maiores porcentagens de ácido docosahexanoico, ou DHA, um ácido graxo ômega-3 redutor de inflamações, comumente encontrado em peixes, têm duas vezes e meia mais risco de desenvolverem câncer de próstata agressivo de alto grau, em comparação com homens com níveis mais baixos de DHA.

Não foi encontrada conexão quando o foco é o câncer de próstata de baixo risco, menos agressivo.

A conclusão é dos pesquisadores do Centro de Estudos do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, depois de analisarem dados de um estudo nacional envolvendo mais de 3.400 homens.

De cabeça para baixo

Inversamente, homens com maiores índices de ácidos graxos trans no sangue - que estão ligados à inflamação e doenças do coração e abundante em alimentos industrializados que contêm óleos vegetais parcialmente hidrogenados - apresentaram uma redução de 50 por cento no risco de contrair câncer da próstata agressivo.

Por outro lado, nenhuma destas gorduras foi associada com um risco de câncer de próstata de baixo grau, menos severo.

Os pesquisadores também concluíram que os ácidos graxos ômega-6, que são encontrados na maioria dos óleos vegetais e estão ligados à inflamação e às doenças cardíacas, não têm conexão com o risco de câncer de próstata.

"Ficamos surpresos ao ver esses resultados e gastamos muito tempo para garantir que as análises estavam corretas," disse o Dr. Theodore Brasky, coordenador da pesquisa.

"Nossos resultados colocam de cabeça para baixo o que sabemos - ou melhor, o que nós pensamos que sabemos - sobre a dieta, a inflamação e o desenvolvimento do câncer de próstata, e mostra a complexidade de se estudar a associação entre a nutrição e o risco de várias doenças crônicas," diz ele.

Ácidos graxos e câncer de próstata

Os pesquisadores realizaram o estudo porque sabe-se que a inflamação crônica aumenta o risco de vários cânceres, e os ácidos graxos ômega-3, encontrados principalmente no óleo de peixe, têm efeitos anti-inflamatórios.

Em contrapartida, outras gorduras, como o ômega-6, dos óleos vegetais, e as gorduras trans encontrados em fast foods, podem promover a inflamação.

"Queríamos testar a hipótese de que as concentrações dessas gorduras no sangue estariam associadas com o risco de câncer de próstata," disse Brasky. "Nós pensávamos que os ácidos graxos ômega-3 poderiam reduzir e o ômega-6 e os ácidos gordos trans aumentarem o risco de câncer de próstata."

Mas não foi isto o que os dados mostraram - embora um estudo com 3.400 casos seja considerado pequeno para fundamentar qualquer recomendação a respeito, ou mesmo ser considerado conclusivo.

Mais pesquisas

Os mecanismos por trás do impacto do ômega-3 no risco do câncer de próstata de alto grau são desconhecidos.

"Além da inflamação, as gorduras ômega-3 afetam outros processos biológicos. Pode ser que esses mecanismos desempenhem um papel no desenvolvimento de certos cânceres da próstata", disse Brasky. "Esta é certamente uma área que necessita de mais pesquisas."

Redação do Diário da Saúde

Tomar suplementos alimentares pode ser faca de dois gumes

Comportamento de risco

Você pertence à metade da população que utiliza frequentemente suplementos alimentares com a esperança de que eles lhe façam bem?

Bem, de acordo com um estudo publicado na revista científica Psychological Science, parece haver uma interessante relação assimétrica entre a frequência do uso de suplementos alimentares e o estado de saúde dos indivíduos.

Ou seja, quem toma suplementos alimentares parece acreditar ter ingerido uma licença para assumir comportamentos pouco saudáveis.

"Uma revisão da literatura médica sobre a prevalência do uso de suplementos alimentares, mostra que o uso de suplementos alimentares é crescente, mas não parecia haver uma correlação disto com uma melhora na saúde pública," Wen-Bin Chiou, da Universidade Nacional de Sun Yat-Sen, em Taiwan.

Invulnerabilidade presumida

Foram feitos dois experimentos utilizando um conjunto diversificado de medidas comportamentais para determinar se o uso de suplementos alimentares poderia induzir a comportamentos danosos à saúde.

Os participantes do grupo A ficaram sabendo que iriam tomar um multivitamínico, e os participantes no grupo-controle ouviram que iriam tomar um placebo.

Na verdade, todos os participantes tomaram pílulas de placebo.

Os resultados dos experimentos demonstraram que os participantes que acreditaram que tinham tomado suplementos vitamínicos sentiam-se invulneráveis aos riscos à saúde, o que os levou a se engajar em comportamentos de risco à saúde.

Especificamente, os participantes do grupo que achava que haviam tomado suplementos usar expressaram menos vontade de praticar atividades físicas e mais desejo de se envolver em atividades prazerosas, mas não-saudáveisf.

Maldição da auto-indulgência

O que significa tudo isto?

De acordo com as conclusões do estudo, "as pessoas que usam suplementos alimentares para a proteção da saúde podem pagar um preço oculto, a maldição da auto-indulgência.

Depois de tomar suplementos alimentares no período da manhã, as pessoas devem verificar se sua invulnerabilidade ilusória não foi ativada, restaurando seu comportamento saudável," dizem os pesquisadores.

Simplificando, as pessoas que tomam suplementos alimentares podem ter a falsa ideia de que são invulneráveis a problemas de saúde e podem tomar decisões ruins quando se trata de sua saúde - como a escolha de fast food em detrimento de uma refeição saudável e orgânica.

Redação do Diário da Saúde

Planeta pode se recuperar de aquecimento em 40 mil anos

Estudiosos da Universidade de Purdue, em Indiana, descobriram recentemente que a Terra pode se recuperar do aquecimento global em um espaço de tempo menor do que o calculado anteriormente. Mas isso pode não ser necessariamente uma boa notícia para a população atual, já que, segundo os pesquisadores, o período de recuperação estimado é de 40 mil anos.

O trabalho, liderado pelo professor de ciências terrestres e atmosféricas Gabriel Bowen e publicado na última edição da Nature Geoscience, analisou os níveis dos isótopos carbono-12 e carbono-13 em sedimentos de rocha depositados no solo há 46 milhões de anos, quando o planeta passou por um evento climático que aumentou a temperatura da Terra em cerca de 5°C.

“Durante esse evento pré-histórico bilhões de toneladas de carbono foram lançadas no oceano, na atmosfera e na biosfera, causando um aquecimento de aproximadamente 5°C”, garantiu o cientista. Ele afirma que o evento tem muitas características em comum com o atual aquecimento. “Isso é uma boa analogia com o carbono liberado atualmente a partir dos combustíveis fósseis”.

De acordo com o estudo, calcula-se que o aquecimento global ocorrido nesse período pré-histórico durou cerca de 170 mil anos. Na pesquisa, o professor e seus colaboradores defendem que enfrentando altos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e a elevação da temperatura, o planeta de alguma forma aumentou sua capacidade de absorver o CO2 do ar.

Bowen assegurou que a recuperação foi mais rápida do que a que cientistas criam anteriormente. “Nós descobrimos que mais da metade do dióxido de carbono adicionado foi absorvido da atmosfera em um período de 30 mil a 40 mil anos, o que é um terço do tempo que se pensava antes”, observou.

Mas o cientista alerta que assim mesmo o período de tempo é muito longo, de “dezenas de milhares de anos”. Há 20 anos, pesquisadores já tinham conhecimento do evento pré-histórico, mas como o sistema se recuperou e como a atmosfera retornou ao normal ainda é um mistério. “Nós ainda não sabemos exatamente para onde este carbono foi, mas evidências sugerem que foi uma reação muito mais dinâmica do que os modelos tradicionais mostram”.

“Nós precisamos descobrir para onde o carbono foi há milhares de anos para saber aonde ele poderá ir no futuro”, acrescentou o professor. “Essas descobertas mostram que a reação da Terra é muito mais dinâmica do que nós pensávamos e ressalta a importância das retroações no ciclo de carbono”.

*Publicado originalmente no site do CarbonoBrasil.
http://envolverde.com.br

Sacolinha gratuita vai acabar em São Paulo

A partir de outubro, consumidores do Estado de São Paulo terão que desembolsar R$ 0,19 por sacola plástica se quiserem embalar suas compras nesse material. Apesar de ser uma cobrança, é uma boa notícia, pois vai incentivar a redução do uso e descarte das sacolinhas. O consumidor tende a optar por sacolas de plástico retornáveis duráveis ou levar menos descartáveis – já que terá de pagar as que hoje são gratuitas.

O banimento da gratuidade, como já ocorre há anos na Europa, das sacolas plásticas descartáveis deve ser oficializado em maio entre o governo do Estado e a Apas (Associação Paulista de Supermercados). A partir da assinatura do plano, os estabelecimentos filiados à Apas terão até seis meses para se adaptarem.

A medida não possui força de lei. “Mas espera-se uma grande adesão já que grandes redes tais como Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart, apoiam a ação”, diz Galassi.

Por se tratar de uma atitude voluntária de um setor específico, o acordo não abarca outros tipos de comércio, tais como lojas e pequenos estabelecimentos, que poderão continuar a oferecer a sacolinha plástica.

O Instituto Akatu orienta os consumidores para o consumo consciente de sacolas plásticas descartáveis. Isso não significa deixar de usá-las, mas sim reduzir, reutilizar e descartar adequadamente o material quando já não tiver condições de uso, encaminhando-o para a reciclagem. Adotando esse comportamento, o consumidor contribui para a diminuição do volume de lixo em aterros sanitários, já que o plástico leva mais de 400 anos para se decompor na natureza.

Por outro lado, por ser fabricado a partir do petróleo, a redução do uso do material contribui para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, que causam aquecimento global. Além disso, quando descartado de forma incorreta, as sacolas plásticas degradam a biodiversidade de rios, lagos e mares. No meio urbano, entopem bueiros e galarias pluviais e contribuem para enchentes e inundações.

http://www.akatu.org.br

Hotéis e motéis terão de fornecer camisinha de graça

Uma proposta de lei aprovada na quarta-feira (13/04) pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado dá o direito aos consumidores de hotéis, motéis, drive-ins, pousadas e pensões de receber gratuitamente preservativos. A matéria segue para votação na Câmara.

“O estabelecimento será obrigado a oferecer, no mínimo, um preservativo por casal, sendo de livre escolha o modelo a ser utilizado (masculino ou feminino)”, diz trecho do parecer favorável ao projeto.

Caso a proposta seja aprovada, após a publicação no Diário Oficial da União, os estabelecimentos enquadrados na nova norma terão seis meses para se adequar à regra.

Os estabelecimentos que desrespeitarem a medida serão enquadrados na lei de infrações à legislação sanitária federal, que prevê penalidades que vão desde a aplicação de multas até a cassação da licença de funcionamento.

http://www.akatu.org.br

Novas idéias para novas práticas sustentáveis

Muitos podem pensar que sonhos e ideias são menos importantes que as práticas, mas não devemos acreditar nisso. Sem os sonhos e as ideias, as boas práticas dificilmente acontecem, pois são eles que nos motivam a romper com a inércia e acreditar que o mundo e nós próprios podemos ser melhores e que vale a pena mudar e lutar por isso. Não é exatamente a cor da verdade que importa, pois qualquer uma serve desde que nos motive a querer ser melhor, a lutar para deixar este mundo melhor do que encontramos para os que virão depois de nós. Se a sua verdade não consegue dar sentido e significado ao seu mundo, não consegue dar as respostas que você procura para suas questões existenciais, então não existe o menor problema em mudar de verdade. Não temos de nos envergonhar de mudar, mas devemos nos envergonhar, sim, de sermos intolerantes com os que pensam diferente de nós, ou de não ter ideias para mudar, ou de achar que só as nossas verdades é que são as únicas verdadeiras e que todos os outros estão errados.

Provavelmente, a maioria de nós acreditou em coelhos que botavam ovos de chocolate e Papai Noel que não se esquecia de ninguém! Quando éramos pequenos, essas fantasias cabiam nos nossos sonhos e, à medida que crescemos, nos livramos delas, sem traumas. Hoje, milhares de crianças renovam suas esperanças nas mesmas fantasias, e seus olhinhos ainda brilham e se enchem de alegria quando as promessas se materializam em presentes. Para elas, o mistério faz parte do encantamento da própria vida. Em certas circunstâncias, pode ser mais interessante as mentiras sinceras que as duras inconveniências da verdade. Por mais especiais, ricos ou importantes que sejamos, nenhum de nós escapará vivo do planeta e a vida é curta.

Entretanto, nem toda ideia ou verdade é inócua ou promove o encantamento. Algumas podem ser bem perigosas, pois podem criar uma falsa ilusão e nos conduzir ao abismo ao invés de nos afastar dele. Por exemplo, a ideia de que somos separados da natureza nos conduziu ao abismo de um possível colapso ambiental global, pois como consequência, nos deu a ilusão de sermos os donos da natureza, como se pudéssemos fazer com ela o que quiséssemos em nome de nosso progresso, como se o planeta é uma fonte inesgotável de recursos e que tivesse uma capacidade também inesgotável de receber os nossos restos. O agravamento das mudanças climáticas, a extinção maciça de espécies, a exploração dos ecossistemas além da capacidade de regeneração natural, a fome, a miséria, a violência mostraram claramente o quanto estas ideias nos enganaram. Precisamos mudar de ideia, nos estimular a novas práticas, que promovam a sustentabilidade, o consumo responsável, a pegada ecológica mais leve, a noção de que a vida é em rede, e que não somos nós que tecemos esta rede da qual somos apenas um dos fios.

Estamos assistindo ao crescimento da consciência ambiental na sociedade e parece que já tomamos o rumo irreversível da sustentabilidade, entretanto, estamos só iniciando a jornada, e muitos dos que estão comprometidos com o antigo modelo, beneficiando-se de vantagens e benefícios, tentarão nos iludir com falsas informações e falsas promessas.


* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a Rebia – Rede Brasileira de Informação Ambiental e edita, desde janeiro de 1996, a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente. Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas.

Artigo publicado originalmente no Portal do Meio Ambiente
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JBS/Friboi assina acordo ambiental

O frigorífico JBS/Friboi assinou, nesta quarta-feira (27/04) um termo de acordo judicial em que se compromete com as cláusulas do termo de ajustamento de conduta elaborado pelo Ministério Público Federal do Acre, o Ministério Público do Trabalho (MPT), e o Ministério Público do Acre (MP/AC). A assinatura foi acompanhada por Procuradores da República dos estados de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão e Amapá.

No acordo, coordenado pelos procuradores da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, do MPF/AC, e Daniel Azeredo Avelino, do MPF/PA, o JBS/Friboi se compromete a deixar de comprar carne originária de áreas embargadas por órgãos de fiscalização ambiental.

Além disso, a JBS também se compromete a não negociar carne de área que tenha sofrido autuação por órgão ambiental, desde que a autuação lhe seja comunicada, ou cujo desmatamento ilegal tenha gerado condenação penal ou cível em ação proposta pelo Ministério Público. O frigorífico assumiu também o compromisso de não comercializar carne oriunda de terras indígenas, a menos que o manejo da área autorize a criação de gado. Também não será comercializada carne produzida em fazenda que já tenham sido condenadas por prática de trabalho escravo ou que constem na lista do Ministério do Trabalho.

A partir de maio de 2012, o JBS/Friboi só poderá comprar carne de quem apresentar o cadastro ambiental rural ou licença ambiental para o uso econômico da propriedade rural e, a partir de setembro de 2012, a empresa poderá comprar carne apenas de quem já possuir ambos o cadastro ambiental rural e o licenciamento ambiental. O acordo ainda faz uma ressalva para as propriedades que tenham dado entrada em pedidos de regularização.

O termo assinado ainda contém alguns itens que possibilitam o JBS a negociar com produtores que já tenham assinado acordos com órgãos ambientais para a continuidade das atividades pecuárias em suas fazendas durante este período de regularização. As vendas poderão ser regulares com aqueles fornecedores que tenham conseguido decisão judicial ou administrativas que os absolvam de irregularidades. O termo assinado tem validade nacional, exceto para os Estados do Pará e Mato Grosso, onde continuam valendo os TACs específicos assinados entre os Ministérios Públicos locais. A multa para o descumprimento do termo será de R$ 500 por quilo de carne comercializada.

http://revistagloborural.globo.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Menos de 1% das multas do Ibama são quitadas, diz relatório

Menos de 1% do valor das multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por infrações ambientais chegam efetivamente aos cofres públicos, aponta relatório do próprio órgão obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo. O documento traz um panorama das autuações feitas entre 2005 e 2010. O porcentual médio de multas pagas no período foi de 0,75%. No ano passado, o índice foi ainda menor - apenas 0,2%.

Os dados mostram ainda que o número de multas aplicadas caiu 42% no período - de 32.577 multas em 2005 para 18.686 em 2010, bem como os valores relacionados a essas multas. A maior parte das autuações está associada a crimes contra a flora, o que inclui desmatamentos, queimadas e venda de madeira ilegal.

Há ainda estados com autuações bilionárias. É o caso do Pará, que desde 2005 encabeça a lista de recordistas em multas por infrações ambientais. Só em 2010, o valor das autuações soma R$ 1,02 bilhão. Mato Grosso vem em segundo lugar, com R$ 376,5 milhões em 2010.

O baixo porcentual de multas efetivamente pagas reflete, segundo o próprio Ibama e especialistas, a complexa tramitação dos processos de apuração de infrações ambientais. "O processo administrativo de apuração de infração ambiental não tem o poder de, per si, garantir o pagamento de multa", explicou o Ibama em nota.

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Conheça causas e sintomas do bruxismo

Se você acorda e os músculos da sua mandíbula estão doloridos ou com dor de cabeça, você pode estar sofrendo de bruxismo - um ranger ou um forte apertar dos dentes.

O bruxismo pode fazer os dentes ficarem doloridos ou soltos, e, às vezes, partes dos dentes são literalmente desgastados.

Eventualmente, o bruxismo pode acarretar a destruição do osso circunvizinho e do tecido da gengiva. O Bruxismo também pode levar a problemas que envolvam a articulação da mandíbula, como síndrome da articulação têmporo-mandibular (ATM).

Como Saber Se Tenho Bruxismo?
Para muitas pessoas, o bruxismo é um hábito inconsciente. Estas pessoas podem nem mesmo perceber que estão fazendo isto, até que alguém comente que elas fazem um horrível som de ranger de dentes enquanto estão dormindo.

Para outras pessoas, é quando fazem um exame dental rotineiro e descobrem que seus dentes estão desgastados ou o esmalte de seu dente está rachado.

Outros potenciais sinais de bruxismo incluem dor na face, na cabeça e no pescoço. Seu dentista é capaz de fazer um diagnóstico preciso e determinar se a origem da dor facial é causada por bruxismo.

Como o Bruxismo é Tratado?

O tratamento apropriado dependerá do que está lhe causando o problema. Fazendo perguntas apropriadas e examinando detalhadamente seus dentes, seu dentista pode lhe ajudar a determinar se a fonte potencial de seu bruxismo. Com base no grau dos danos causados a seus dentes e a causa provável, seu dentista poderá sugerir:

-O uso de um dispositivo quando dormir. Feito sob encomenda pelo seu dentista e ajustado aos seus dentes, o dispositivo encaixa-se sobre os dentes superiores e os protege de se triturarem com os dentes inferiores. Apesar de o dispositivo ser uma boa maneira para lidar com bruxismo, ele não é uma cura.

Encontrando meios de relaxamento. A tensão cotidiana parece ser uma das causas principais do bruxismo, e não importa o que seja que reduza a tensão, pode contribuir - ouvir música, ler um livro, fazer um passeio ou tomar um banho.

Procurar alguma terapia auxiliará no aprendizado de meios eficazes de controlar situações estressantes. Adicionalmente, se aplicar uma toalhinha morna e molhada no lado de sua face isto poderá ajudar a relaxar os músculos doloridos devido à pressão exercida.

Reduzindo a "exposição" de um ou mais dentes para igualar sua mordida.

Uma mordida anormal, no qual os dentes não se ajustam bem, também pode ser corrigido com restaurações, coroas ou ortodontia.

Artigo fornecido pela Colgate-Palmolive. Copyright 2010 Colgate-Palmolive.

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Conheça soluções para melhorar seu sorriso

Existem alternativas para melhorar meu sorriso?

Nem todas as pessoas são candidatas para realizar o clareamento. O clareamento não é recomendado se você tem restaurações da própria cor dos dentes, coroas, jaquetas ou facetas em seus dentes incisivos - o clareador não alterará a cor desses materiais, que ficarão aparentes no seu novo sorriso clareado.

Nestes casos, você poderá desejar pesquisar outras opções.

- Facetas laminadas são camadas finas de porcelana ou de plástico coladas na face frontal dos dentes. Para dentes extremamente descorados, lascados ou disformes, proporcionam um sorriso durável e agradável. Facetas laminadas são difíceis de serem manchadas tornando-as populares no público que busca um sorriso perfeito.

Existem dois tipos de facetas laminadas:

-As facetas laminadas de porcelana (indireta), que devem ser primeiramente produzidas em um laboratório dental, para serem ajustados aos dentes; são necessárias duas visitas ao dentista. Facetas laminadas de porcelana custam entre $900 a $2,500 por dente e a duração de dez a quinze anos ou mais.

-As facetas laminadas compostas (direto), na qual uma resina é aplicada ao dente numa única visita. Facetas laminadas de resina custam significativamente menos, ao redor de $250 por dente, mas duram somente de cinco a sete anos.

Resinas: utilizam resinas compostas para a restauração de dentes lascados ou quebrados, para o preenchimento de espaços e remodelar ou colorir o sorriso.

Após aplicar uma solução levemente corrosiva que desgasta ligeiramente a superfície dos dentes, permitindo que o material do "bonding" adira, seu dentista aplica a resina e a esculpe, dando-lhe cor e forma para produzir o resultado satisfatório. Uma luz de alta-intensidade endurece o material, que é então finamente polido.

-Muitas pessoas escolhem restaurações de resinas em vez de amálgama porque a resina tem uma aparência mais natural -a cor do material pode ser alterada para igualar-se à cor natural do dente.

- Em comparação às em amálgama a desvantagem das restaurações em resina é o custo mais elevado, e por serem porosos, os fumantes verificarão que amarelará mais facilmente.

Seu dentista pode lhe dizer se você é um bom candidato para facetas laminadas ou uso de resinas.

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Política ambiental brasileira está no rumo da economia verde

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (26) no Senado Federal, em Brasília, para tratar de temas como a importância da Conferência Rio+20 e Desenvolvimento Sustentável, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, disse que a política ambiental do País está sendo consolidada por uma estratégia rumo à economia verde.

Gaetani falou que a construção deste “novo paradigma” depende de um federalismo corporativo, em que os diferentes níveis do governo devem estar integrados em estratégias convergentes e adequadas, que coloquem a questão ambiental como cerne dos planejamentos de desenvolvimento econômico.

“Estamos nos articulando para que a temática ambiental seja assumida não apenas como um problema ou desafio do MMA, mas de toda a sociedade e de todas as instâncias do governo. O País é hoje uma potência ambiental, com destaque em biodiversidade, potencial alternativo para geração de energia, produção de alimentos e reservas de águas naturais. Estas características nos atribuem novas responsabilidades rumo a uma economia verde, que prevê o desenvolvimento em moldes sustentáveis, de forma a garantir recursos naturais para as futuras gerações. A tendência de transformar as economias do mundo em economias verdes proporciona novas oportunidades, que beneficiam uma nação ambiental como a nossa”, afirmou o secretário.

Ele ressaltou a importância de o Brasil ser o país anfitrião de três eventos de repercussão mundial – Copa do Mundo, Olimpíadas e Rio+20-, todos com implicações ambientais. Lembrou ainda o desafio brasileiro de integrar prioridades como crescimento, integração social, incorporação de diferentes camadas da sociedade ao consumo e acesso a serviços, desenvolvimento econômico e de infra-estrutura.

Já o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, um dos maiores especialistas em economia verde do mundo, disse que existe muita expectativa sobre o Brasil em relação à Rio+20. “Acreditamos que o Brasil pode aprimorar sua capacidade de liderar, negociar e inspirar o modelo de pensamento que deve estar presente nas negociações relativas ao desenvolvimento sustentável das nações, bem como as decisões que vão determinar as novas estratégias para o sistema climático”.

Ele falou sobre a oportunidade de aproveitamento dos eventos esportivos mundiais e da conferência para promover transições internas na economia e em uma infra-estrutura verde no País. De acordo com Steiner, nos próximos 40 anos poderemos ter cerca de 9 bilhões de pessoas no planeta, e por isso as economias devem promover mais igualdade e garantir recursos naturais para as próximas gerações, pensando em questões como segurança alimentar, acesso à água e geração e eficiência energética.

“Nós estamos agora aptos para influenciar todo o sistema climático por meio de nossas governanças, escolhas e planejamentos para o futuro, e temos que criar e influenciar novos ciclos, econômicos e sociais, que não deteriorem ainda mais o clima do planeta”, afirmou.

O diretor do Pnuma avaliou que, 20 anos após a organização da Rio-92, todo o mundo ainda tem entraves que foram provocados pelo domínio econômico e político, e que por isso os avanços ambientais não foram tão significativos. “A economia verde prevê eficiência e sustentabilidade nas iniciativas, e a legislação de cada nação pode contribuir muito para isso”.

Já o senador Rodrigo Rollemberg, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor do Senado, disse que a Rio + 20 exige novos comportamentos dos países diante dos desafios climáticos. “Temos que ter a noção de que a sustentabilidade não é apenas o uso adequado dos recursos e o progresso, mas o equilíbrio harmônico entre pilares que vão permitir o desenvolvimento a longo prazo”.

O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, ministro Luiz Alberto Figueiredo, ressaltou que a Rio+20 é uma conferência sobre desenvolvimento, e não apenas de caráter ambiental, que vai tratar de temas como economia verde no contexto da sustentabilidade, erradicação da pobreza e governança para um avanço econômico sustentável.

(Fonte: Carine Corrêa/ MMA)

Geração de lixo em 2010 foi seis vezes superior ao crescimento da população

O Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2010, quantia 6,8% superior ao registrado em 2009 e seis vezes superior ao índice de crescimento populacional urbano apurado no mesmo período.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (26), são do Panorama dos Resíduos Sólidos, estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O levantamento aponta que a média de lixo gerado por pessoa no país foi de 378 quilos (kg), montante 5,3% superior ao de 2009 (359 kg).

Mesmo com o aumento da geração de resíduos, o crescimento da coleta de lixo apresentou crescimento expressivo, superior à geração. Em 2010, das 60,8 milhões de toneladas geradas, 54,1 milhões de toneladas foram coletadas, quantidade 7,7% superior à de 2009.

O levantamento identifica ainda uma melhora na destinação final dos resíduos sólidos urbanos: 57,6% do total coletado tiveram destinação adequada, sendo encaminhados a aterros sanitários, ante um índice de 56,8% no ano de 2009.

Mesmo assim, a quantidade de resíduos encaminhados a lixões ainda permanece alta. “Quase 23 milhões de toneladas de resíduos seguiram para os lixões, em comparação a 21 milhões de toneladas em 2009”, afirmou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Em relação à reciclagem, o estudo mostra tendência de crescimento, mas em ritmo menor ao da geração de lixo. Em 2010, 57,6% dos municípios brasileiros afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, ante 56,6% em 2009. “É importante considerar que, em muitos casos, as iniciativas resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária”, ressaltou o diretor.

(Fonte: Bruno Bocchini/ Agência Brasil)

Celebridades no lixo

Reciclagem de resíduos na construção civil

Descuidos como excesso de concreto nas vigas ou desperdício de recursos representa um acréscimo de cerca de 30% nos custos das construções e aumenta de 11% a 20% o volume de materiais . Por isso, as empresas de construção civil buscam cada vez mais aumentar a sustentabilidade nas obras. O tema foi objeto de artigo apresentado por Roberto Hoeltgebaum, aluno e docente do SENAI/SC , na última edição no Simpósio Ítalo-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A pesquisa apontou que diversas indústrias do setor tem como oportunidades de melhoria a adoção de metodologia para reutilização ou reciclagem de resíduos das construções. Em muitos casos, também é pequeno o conhecimento sobre as normas técnicas de gestão de resíduos (NBR 15112 a 15116), que poderia minimizar o desperdício.

"São várias as causas relacionadas às perdas de materiais. Mas, principalmente, a falta de conscientização e comprometimento dos profissionais envolvidos, desde a fase de planejamento até a execução do projeto", explica Hoeltgebaum.
Segundo o ex-aluno do SENAI, que analisou as práticas de cinco construtoras do município de Blumenau, os materiais que são mais desperdiçados são argamassas de reboco, concreto usinado, blocos de concreto e gesso acartonado .

Na publicação, os autores afirmam que o "desperdício na construção civil é um dos mais sérios redutores da produtividade e causa aumento do ônus da obra. E, evidentemente, causador de impactos ocasionados pelo desperdício de materiais e má gestão dos recursos da construção".

fonte: www.economiasc.com.br

Brasileiro produz 7 vezes mais lixo em apenas 2 anos

Uma pesquisa mostrou que o brasileiro está produzindo sete vezes mais lixo em apenas dois anos. O destino correto do lixo é um dos maiores desafios para as cidades do país, ainda mais agora que o brasileiro está produzindo cada vez mais lixo. É o que mostra uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O problema é reflexo do aumento do poder aquisitivo da população.

O ferro elétrico, as cafeteiras, a máquina de waffle, as estantes, as mesas e cadeiras, tudo foi jogado fora pelos moradores do prédio onde Claudina Barão Modena é síndica. Ela recolheu tudo. Nas mãos dela, nada vira lixo.

“Não tem nexo jogar fora. Então, comecei a guardar. Quem pedia, eu dou. Se ficar muito tempo, vai para uma instituição de caridade”, comentou a síndica.

Claudina Barão Modena é um exemplo perfeito da iniciativa individual para resolver os problemas da reciclagem de resíduos urbanos que a maioria das prefeituras das cidades brasileiras não consegue dar uma solução. Os números são assustadores: nossa produção de lixo nos últimos anos aumentou mais do que o crescimento da nossa população.

“É, realmente, um reflexo do aquecimento da economia no Brasil com claro reflexo no aumento do poder aquisitivo da população, que passou a consumir mais e, por consequência, passou a gerar mais resíduos, descartando esse material para depois ser feita toda a gestão e uma destinação desse material”, afirma Carlos Silva Filho, o diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Mais da metade do lixo coletado no Brasil está no Sudeste. Nessa região, vivem quase 75 milhões de pessoas que produzem quase 97 mil toneladas de lixo por dia. No Nordeste, a situação é tão ruim quanto no Sudeste. Na Região Sul, está a melhor situação: pouco mais de 23 milhões de pessoas produzindo 21 mil toneladas de lixo por dia.

No Brasil, apenas 2.164 municípios dão destino adequado aos resíduos. Os outros 3.401 jogam o lixo em lixões ou terrenos baldios, poluindo terras e rios.

“São vários municípios que têm alguma iniciativa, em que a cobertura é muito pequena. É o caso de São Paulo, ou que não é formal do município, é uma iniciativa voluntaria de algum setor ou de algum tipo de condomínio, mas que não se revela como uma política pública do município”, acrescenta Carlos Silva Filho, diretor da Abrelpe.

Em 2010 foi sancionada a política nacional de resíduos sólidos, que dispõe que todos os municípios têm até 2014 para dar uma destinação adequada ao lixo. Ou seja, tudo aquilo que puder ser reaproveitado deverá passar por algum processo de recuperação, reutilização ou reciclagem.

fonte: 360 graus

Entidades buscam fortalecer mercado de biodiversidade

Os mercados de biodiversidade e de carbono, no âmbito da redução das emissões por desmatamento e degradação (REDD +), precisam de muitas definições para aportar segurança na hora da tomada de decisão por parte de investidores. Esta foi uma das conclusões de um seminário online realizado no início de abril pelo Ecossystem MarketPlace e Mission Markets, no qual especialistas discutiram a necessidade de clareza dos conceitos para destravar investimentos voluntários na conservação da biodiversidade.

No caso do REDD +, discussões internacionais apoiadas pelas Nações Unidas estão avançando e já apontam para uma definição mais segura. A grande diferença dos mercados de biodiversidade para o REDD + é que no primeiro o foco é realmente a biodiversidade e não o carbono.

Durante a 10º COP da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em Nagoya, Japão, 193 governos prometeram cortar pela metade a perda de diversidade biológica até 2020.

A IUCN estima que US$ 300 bilhões/ano são necessários para alcançar esta meta, porém apenas cerca de US$ 37 bilhões está sendo direcionado para a conservação, principalmente de governos e organizações multilaterais cujos cofres estão entrando em crise. Fontes alternativas são urgentemente necessárias.

Atraindo investidores

Oferecendo uma visão de investidor, Ricardo Bayon, da EKO Asset Management Partners, pontuou que para tornar um investimento atrativo, é preciso conhecer a taxa de retorno e a demanda, além de existir uma certa liquidez, o que se torna possível nos mercados compulsórios, como o esquema europeu de comércio de emissões ou os créditos de biodiversidade nos Estados Unidos.

“(O investidor) pode comprar os créditos no início do projeto, investir na sua criação e depois vender mais caro”, explicou Bayon.

Segundo ele, grandes investidores têm “caixas predefinidas” e que no caso dos mercados de biodiversidade, é muito difícil de ter uma compreensão do seu significado, portanto, será preciso muito esforço na “educação” para isto acontecer.

Quanto aos mercados ‘pré-compliance’ (onde existem planos para a introdução de um mercado compulsório com metas a serem cumpridas), Bayon acredita que eles são relacionados principalmente aos mercados de carbono. No caso da biodiversidade, ele percebe que as empresas agem mais no sentido de reduzir voluntariamente a sua ‘pegada ecológica’ do que em antecipação a algum esquema compulsório.

Na prática

Algumas iniciativas pontuais envolvendo mercados de biodiversidade existem ao redor do mundo. O caso do mecanismo de Biodiversity Banking nos Estados Unidos, envolvendo as espécies listadas no ‘Endagered Species Act’, talvez seja o exemplo mais desenvolvido de um mercado para a mitigação da perda de biodiversidade.

Um caso notório que explica o funcionamento do ‘Biodiversity Banking’ é o da mosca das Areias de Delhi, a única espécie de mosca listada como ameaçada de extinção nos Estados Unidos. Pela sua função de polinizadora, o estado da Califórnia determinou que o habitat deste minúsculo animal custa entre US$ 100 mil e US$ 150 mil/acre, montante utilizado para proteger ou criar o habitat da mesma mosca em outro local.

Uma empresa da cidade de Colton comprou áreas de dunas, habitat das moscas, e agora vende créditos de conservação para outras empresas que precisam ‘compensar’ suas atividades.

Apenas nos Estados Unidos, existem mais de 70 bancos de mitigação de espécies e até US$ 370 milhões em transações ao ano neste sentido. Recentemente, a Malásia anunciou um esquema para criação de um banco para a conservação do orangotango.

Esquemas similares de Biodiversity Banking existem também na Australia e outro está sendo desenvolvido no Reino Unido.

Este tipo de mercado exige forte supervisão do governo, sistemas jurídicos efetivos, aplicação das regras e instituições financeiras robustas. Para Bayon, estas condições apenas são atendidas em países desenvolvidos, o que tornaria difícil a sua aplicação nas partes mais biodiversas do mundo.

Também na linha da compensação por danos à biodiversidade, a ONG de Washington Forest Trends criou o Business and Biodiversity Offsets Program (BBOP) em parceria com mais de 50 empresas, governos e instituições financeiras de diversos países para compreender quando, como e onde a compensação voluntária de biodiversidade deve ocorrer.

GDI

Outro exemplo é a Iniciativa de Desenvolvimento Verde (Green Development Initiative - GDI), que está sendo elaborada desde 2009 visando construir um mecanismo internacional de mercado para a biodiversidade baseado em um sistema de certificação para manejo da terra de acordo com a CDB. A meta é lançar a primeira fase do GDI em 2012.

Tal sistema possibilitaria o reconhecimento de esforços individuais para a conservação da biodiversidade e para a disseminação do uso sustentável e equitável dos recursos biológicos.

Isto seria feito através do estímulo ao setor privado para investir na biodiversidade, porém não na forma de uma ‘compensação’ (‘offset’) como ocorre no ‘Biodiversity Banking’, explicou Frank Vorhies da Earthmind, uma organização sem fins lucrativo que trabalha na criação do GDI.

Adaptação

Em 2008, a CDB concordou em "aprimorar ações e cooperação para melhorar o engajamento da comunidade empresarial" e "avançar mecanismos financeiros novos e inovadores em apoio à estratégia para mobilização de recursos".

Para se adaptar a este novo cenário, onde além das instituições internacionais os próprios consumidores passam a exigir das empresas investimentos voluntários ou não no respeito à biodiversidade, as empresas terão que se preparar.

As pessoas não estão dispostas a pagar muito mais por produtos com qualidade ambiental, portanto a mensagem atual de corporações como o Wall Mart e Tesco é que os seus fornecedores precisam “atender aos padrões, mas sem cobrar mais por isso”, ressaltou Bayon.

O site SpeciesBanking.com, do Ecosystem Marketplace, apresenta exemplos de políticas e programas que conduzem investimentos privados para a preservação e restauração da biodiversidade.

A empresa Mission Markets, desenvolvedora de infra-estrutura para mercados ambientais e sociais, criou a plataforma Earth, um ambiente de mercado eletrônico que agrega múltiplos tipos de créditos ambientais. O site visa disseminar informações sobre projetos e permitir que compradores e vendedores se reúnam na busca pela transparência e informações neste cenário emergente.

Carbono Brasil - EcoAgência

Transgênicos: liberações aceleradas e violação ao princípio de precaução

Entre 2008 e 2010 o Brasil aprovou o uso comercial de 26 tipos de sementes transgênicas, mais 10 vacinas de uso animal e uma levedura GM de uso industrial. De um total de 28 variedades GM hoje liberadas, 21 sementes são para resistência a herbicidas. Não por acaso, em 2008 o Brasil passou a ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e, em 2009, o país com a segunda maior área cultivada com transgênicos. Além disso, a cadeia produtiva dos alimentos geneticamente modificados está concentrada em apenas 6 grupos multinacionais, que controlam a produção de sementes e também de agrotóxicos.

Organizações da sociedade civil e movimentos sociais acreditam que a situação é grave, e que apesar dos problemas gerados, a tecnologia transgênica continua sendo liberada no Brasil de forma acelerada. Em março deste ano, diversas entidades e movimentos protocolaram no Ministério da Ciência e Tecnologia um estudo sobre o tema, denominado “O quadro acelerado de liberações de OGM’s no Brasil, o controle na cadeia agroalimentar e a sistemática violação ao princípio da precaução”[http://terradedireitos.org.br/wp-content/uploads/2011/04/Transg%C3%AAnicos-no-BRASIL-INTERNET.pdf].

O estudo foi entregue ao Ministro Aloizio Mercadante e para o Secretario de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Afonso Nobre, após audiência realizada entre sociedade civil e o secretário.

Ao expor os principais conflitos e ilegalidades em torno das liberações dos OGMs no país, as organizações da sociedade civil apresentam uma série de reivindicações para que o Ministério tome as medidas necessárias para garantir a devida avaliação de riscos em biossegurança no país, o direito à informação sobre as sementes que passam a compor a base alimentar da população, sobre novos medicamentos e também sobre esses novos organismos que agora convivem conosco no mesmo ambiente. A sociedade civil aguarda resposta do Ministério da Ciência e Tecnilogia sobre as reivindicações apresentadas, como o pedido de audiência com o Ministro Aloizio Mercadante.

Terra de Direitos/EcoAgência

'Ônibus verde' concorre a prêmio ambiental

O ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) com apoio do PNUD é um dos três finalistas do prêmio GreenBest 2011, na categoria Transporte. A votação, que se encerra em 4 de maio, é feita através do site do GreenBest. O resultado será divulgado em 17 de maio. O projeto disputa a primeira posição com outras duas iniciativas: o ônibus movido a hidrogênio do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), e o veículo leve sobre trilhos (VLT) desenvolvido para o metrô do Cariri, no Ceará.

Caso o ônibus a hidrogênio da EMTU fique em primeiro na preferência popular, ele receberá troféu, diploma e o selo "Vencedor", que poderá ser usado em sites, produtos ou serviços da iniciativa, assim como em materiais de divulgação do troféu GreenBest. Os outros dois colocados também receberão troféu e diploma, além do selo "Top 3".

A escolha dos três finalistas se deu por meio de dois processos: uma votação popular, também pelo site, e a seleção pela Academia GreenBest, formada por personalidades reconhecidas por sua atuação na área ambiental e de sustentabilidade. Os participantes englobam desde jornalistas, como André Trigueiro, do canal de TV Globo News, a especialistas em moda – caso de Lilian Pacce e Gloria Kalil – e à dirigente política Marina Silva, ex-candidata à Presidência da República.

Mas não são somente os três primeiros lugares que serão contemplados com selos de reconhecimento de um bom trabalho ambiental. As dez primeiras iniciativas das 12 categorias e dos cinco prêmios especiais receberão o selo "Top 10".

Prêmio

A distinção GreenBest 2011 foi elaborada para reconhecer as melhores iniciativas e atuações, além de produtos e projetos sobre sustentabilidade no país, como uma forma de conscientizar a população para as questões socioambientais. Outro objetivo é dar às empresas um retorno sobre como consumidores e o mercado percebem a temática ambiental. Ao todo, são 12 categorias em disputa: Alimentação; Projetos de Arquitetura e Construção; Beleza e Cuidados Pessoais; Projetos de Energia; Iniciativas Governamentais; Materiais Inovadores; Moda; Móveis e Decoração; ONG; Sites e Aplicativos; Produtos de Tecnologia; e Transporte.

Há ainda cinco prêmios especiais a serem distribuídos: Jornalista e Blogueiro; Veículo de Comunicação; Campanha Publicitária; Personalidade do Ano; e Grand Prix.

PNUD/EcoAgência

Ibama cria comitê para reduzir impacto de pequenas hidrelétricas

A instalação de mais uma PCH, Pequena Central Hidrelétrica no Rio Correntes, na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso levou o Ibama no Estado a convocar a primeira reunião ontem para discutir a implantação desse empreendimento hidrelétrico no município de Sonora, no norte do Estado. No evento que aconteceu com a presença do Ibama de Mato Grosso, as prefeituras de Sonora e Itiquira de Mato Grosso, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso e integrantes do IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, foi criado um comitê para monitorar uso da água na região.

De acordo com o superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço, a preocupação fundamental da instituição é garantir que a implantação da nova hidrelétrica reduza ao mínimo o impacto ambiental na região. Além disso, o órgão quer integrar a sociedade local e as populações tradicionais como ribeirinhos, pescadores e trade turístico ao processo de licenciamento que o Ibama irá conduzir para a instalação da pequena hidrelétrica em Sonora.

O Rio Correntes já abriga três PCH”s no Rio Correntes e uma hidrelétrica de médio porte – a Ponte de Pedra. Por causa disso, a instalação da Santa Paula- a nova PCH, vai exigir do Ibama um cuidado especial na análise dos impactos sociais e ambientais do empreendimento na região. “ Vamos ouvir a sociedade e os usuários em várias audiências públicas e vamos inovar no licenciamento porque vamos propor um Estudo mais aprofundado e inovador para esse empreendimento que é a Avaliação Ambiental Integrada” afirma David Lourenço.

“ Com esse novo instrumento em mãos vamos poder analisar o conjunto dos empreendimentos instalados no Rio Correntes e poder verificar todos os impactos que possam atingir o ecossistema e a bacia hidrográfica desse Rio. Deixamos de lado o tempo de só se ver um empreendimento por si só e vamos analisar todos em conjunto”, acrescenta David.

Comitê

O Ibama criou durante a reunião, o Comitê de Bacia para o Rio Correntes. Segundo o superintendente, com esse instrumento toda a bacia hidrográfica do Rio deverá ter um regulamento único para o uso da água por todos os agentes regionais envolvidos.

“Este é o segundo comitê de Bacia que vai ser instalado no Estado de Mato Grosso do Sul e o primeiro com a participação direta do Ibama MS na sua composição”, diz ele. Com isso vamos poder contar com a participação direta da sociedade civil organizada, de organizações não governamentais, empresários, prefeituras e Estado representados nesse Comitê de forma a se garantir que esse empreendimento novo que irá ser instalado no Rio Correntes irá de fato beneficiar toda a sociedade local e não só um segmento, afirma.

Nesta primeira reunião serão discutidos os parâmetros que o Ibama irá propor para a construção da PCH. “vamos estabelecer os principais itens como a exigência de EIA-RIMA que é o Estudo de Impacto Ambiental que irá nortear a construção da nova PCH e os principais itens do Termo de Referências que a empresa construtora da Usina irá assinar com o Ibama MS, acrescenta Reginaldo Yamaciro, coordenador do Núcleo de Licenciamento do Ibama MS. Nessa reunião vamos estabelecer também quais as compensações ambientais que o Ibama irá sugerir aos empreendedores tais como a criação de nova Unidade de Conservação no município de Sonora ou recursos para o Parque Estadual da Serra de Sonora que fica no mesmo município diz ele.

De acordo com Reginaldo vai ser criado também um Fórum do Rio Correntes, instrumento que permitirá o debate permanente de possíveis conflitos sobre o uso da água do Rio Correntes que venham a surgir com a implantação da PCH.

Um dos principais ítens do Licenciamento para o Ibama diz respeito ao tipo de construção da nova hidrelétrica. De acordo com David Lourenço, superintendente do Ibama, a nova PCH deverá ser do tipo fio de água que provoca o menor impacto ambiental no regime hidrológico do Rio Correntes. “ Queremos garantir que nada afete a A BAP – Bacia do Alto Paraguai aonde este empreendimento está localizado e que se mantenha o seu atual regime de águas tão importante para garantir o funcionamento de todo o bioma pantanal” finaliza.

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quase 30 milhões de brasileiros devem ser vacinados contra a gripe sazonal, destaca Dilma

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (25) que quase 30 milhões de pessoas devem receber a vacina contra a gripe sazonal este ano. A campanha começou nesta segunda-feira e vai até o dia 13 de maio em todo o país. Além de idosos e indígenas, gestantes, crianças entre 6 meses e 2 anos e profissionais de saúde também vão receber a dose.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou que a gripe não é “uma doença banal” e ressaltou que a enfermidade deixa a defesa do corpo mais fraca, podendo provocar complicações ou mesmo favorecer o aparecimento de outros problemas.

Ao citar a epidemia de influenza A (H1N1) – gripe suína – registrada em 2009 e 2010, Dilma destacou que as principais populações atingidas foram as gestantes e as crianças menores de 2 anos. Por esta razão, os grupos foram incluídos na vacinação este ano, que também imuniza contra o vírus H1N1.

“E os trabalhadores da saúde têm que estar vacinados para não transmitir a gripe a quem procura os serviços médicos”, explicou Dilma. Segundo ela, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 33 milhões de doses da vacina.

A campanha de imunização contra a gripe sazonal existe há 13 anos e, de acordo com a presidenta, desde que começou, reduziu em 60% o número de internações por pneumonia – sobretudo em pessoas com mais de 60 anos.

(Fonte: Paula Laboissière/ Agência Brasil)

Querência/MT sai da lista de municípios que mais desmatam a Amazônia

Querência, no Mato Grosso, é o primeiro município matogrossense a sair da lista dos 42 municípios que mais desmatam a Amazônia. Estas localidades são alvo de ações como a fiscalização ambiental, a regularização fundiária e as iniciativas da Operação Arco Verde – que levam alternativas econômicas sustentáveis e promovem a conservação da floresta.

Nesta segunda feira (25) foi publicada a Portaria 139 no D.O.U retirando Querência da lista dos que mais desmatam e passando-a para a lista daqueles municípios com desmatamento monitorado e sob controle, junto com Paragominas (PA), que foi o primeiro a alcançar esse benefício.

Querência deverá ser uma das localidades prioritárias a receber incentivos econômicos e fiscais, além de planos, programas e projetos da União voltados para o desenvolvimento econômico e social da região em bases sustentáveis.

O município conseguiu reduzir o nível de desmatamento significativamente nos últimos dez anos, registrando uma queda de 477,1 km² de área desmatada em 2000 para 21 km² em 2010. Além disso, possui hoje mais de 80% do seu território passível de Cadastramento Ambiental Rural (CAR) registrados dentro do órgão estadual de meio ambiente.

“O trabalho feito pelos produtores rurais de Querência com o apoio de várias organizações sociais em favor da recuperação de áreas desmatadas é mais um exemplo de que é possível sim conciliar produção agropecuária e a conservação do meio ambiente”, disse Mauro Pires, Diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA.

Se Alta Floresta (MT) também conseguir atingir o número de 80% de sua área com Cadastramento Ambiental Rural na Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, poderá se tornar o próximo município do estado a sair da lista dos maiores devastadores da Amazônia.

(Fonte: Carine Corrêa/ MMA)

Buraco na camada de ozônio aumenta chuva no hemisfério sul

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida tem um papel importante na mudança climática e no aumento das chuvas no hemisfério sul nos últimos 50 anos, revelaram cientistas.

Os resultados obtidos pela equipe da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Columbia (EUA) são os primeiros que vinculam a redução da camada de ozônio sobre a zona polar à mudança climática até a linha do Equador.

Os pesquisadores destacaram que a conclusão serve de alerta aos líderes mundiais quando se analisa o combate ao aquecimento global. É preciso prestar mais atenção ao buraco na camada de ozônio, junto a outros fatores ambientais como o derretimento do gelo ártico e as emissões de gases do efeito estufa.

As substâncias que afetam a camada de ozônio, como os clorofluorocarbonetos (CFC), que eram utilizados até recentemente em geladeiras, aerossóis e extintores, passaram a ser eliminadas progressivamente de acordo com os dispositivos do Protocolo de Montreal.

“É surpreendente que o buraco na camada de ozônio, situado sobre a Antártida, possa gerar um impacto que chegue aos trópicos e ali afete as chuvas”, diz a autora do estudo publicado na revista “Science”, Sarah Kang. “É como um efeito dominó.”

“Esta descoberta poderá revolucionar a estratégia da luta contra o aquecimento global (…) já que o buraco na camada de ozônio é um fator importante no sistema climático do planeta”, estima Lorenzo Polvani, professor de ciências ambientais da Universidade Columbia que coordenou a pesquisa.

(Fonte: Folha.com)

Ibama intensifica ações contra o desmatamento em Rondônia

A Superintendência do Ibama em Rondônia, por intermédio da Divisão de Controle e Fiscalização, intensifica as ações de fiscalização ambiental para o combate aos desmatamentos ilegais no estado.

A ação envolve agentes ambientais federais e policiais ambientais e da Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Estado de Rondônia e ocorre nos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré, Buritis, Cujubim e aqueles constantes no eixo da BR 429 até Costa Marques, os quais apresentaram maiores áreas desflorestadas no último ano, constatadas via satélite.

A ação não tem data prevista para término, sendo que todos os polígonos de desmatamento acusados pelos sistemas Deter e Indicar serão fiscalizados.

A operação faz parte de ação intensiva que ocorre em todos os estados localizados no “arco do desmatamento”.

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Inscrições abertas para o V Curso de Educação Ambiental

Estão abertas as inscrições para o V Curso de Educação Ambiental: Formando Juventude de Meio Ambiente, que será realizado aos sábados tendo inicio no dia 7 de maio deste ano. A iniciativa é do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) e do Coletivo Jovem de Meio Ambiente da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A proposta do curso é de é incentivar a participação e atuação da juventude nos diversos espaços da sociedade em que ela possa intervir.

O NEA foi criado em 1997 através de uma portaria e possui natureza acadêmica sob enfoque pluri e interdisciplinar de intervenção na realidade. Dentre suas finalidades está promover ações integradas na relação meio ambiente e educação, envolvendo os Centros de Ensino da Ufal; desenvolver projetos de pesquisa e extensão, em conjunto com instituições e entidades educacionais e ambientais e promover e assessorar a formação de multiplicadores em educação formal e não formal.

Desde sua criação são desenvolvidos diversos projetos de caráter eminentemente sócio-ambientais. O Coletivo Jovem da Ufal faz parte das ações do NEA. A realização do encontro é mais uma das atividades que o grupo promove para incentivar a participação da juventude no envolvimento e na construção de políticas públicas na área ambiental.

O curso terá duração de 40 horas e segue até o dia 25 de junho, sempre aos sábados. As inscrições devem ser feitas na sala do NEA, localizada no 1º andar do Centro de Educação (CEDU) da Ufal, na sala 211. O valor da inscrição é R$ 10,00. A quantidade de vagas é limitada.

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Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal

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Home » Notícias » TAGS: Código Florestal26/4/2011 - 10h39
Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal

por Gilberto Costa, da Agência Brasil

Brasília – A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) querem que o Congresso Nacional adie por dois anos a votação do novo Código Florestal e tome a decisão sobre a nova lei com base em estudos científicos. A recomendação das duas entidades é baseada em estudo feito por um grupo de trabalho formado por 12 especialistas e publicado ontem (25).

Como a votação do Projeto de Lei nº 1876/99 divide ambientalistas e ruralistas, as duas entidades científicas se oferecem para mediar o “diálogo”, termo escolhido no lugar de “debate”. “A ciência brasileira não pode ficar fora do diálogo sobre o novo Código Florestal”, afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.

Segundo ela, nenhum cientista ou pesquisador foi consultado para “aquela proposta” do deputado Aldo Rebelo (PCdo B-SP). Rebelo é o autor do relatório aprovado em julho do ano passado em comissão especial na Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a proposta deve ser votada na próxima semana, no dia 3 ou 4 de maio.

Integrantes do grupo de trabalho da ABC e da SBPC explicam que o prazo de dois anos é necessário para que se avaliem os possíveis efeitos que as mudanças na legislação terão no meio ambiente. Para o grupo, é preciso prazo também para o desenvolvimento de tecnologia que permita analisar, por exemplo, por meio de maquetes digitais (com topografia feita com base em imagens de satélite), as condições do solo e medir o tamanho das áreas que devem permanecer protegidas.

“O que está sendo proposto [no relatório de Aldo Rebelo] não tem embasamento científico”, diz o engenheiro Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nobre não criticou diretamente os ruralistas e disse à Agência Brasil que “tem fundamento” a reclamação dos produtores rurais em relação às exigências do atual Código Florestal, que é de 1965. “Existe uma série de tópicos que carecem de melhor definição”, diz o cientista, ressaltando, porém, não acreditar que as exigências do atual código inviabilizem a atividade rural.

Para o advogado do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles do Valle, o Congresso Nacional deveria acatar o pedido da SBPC e da ABC. “Não é razoável fazer uma votação e jogar isso aí [o estudo] no lixo. A ciência é parte”, reconheceu.

Os cientistas programaram entregar nesta tarde o estudo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao próprio deputado Aldo Rebelo. Além desses, irão receber o texto, ao longo da semana, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Educação, Fernando Haddad; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

O documento será levado na quarta-feira (27) à Casa Civil da Presidência da República.

O texto está disponível no site da SBPC (www.sbpcnet.br) e da ABC (www.abc.org.br).

Edição: Nádia Franco

*Publicado originalmente no site da Agência Brasil.

(Agência Brasil)

Pecuaristas buscam modelo para a garantia ambiental da carne

Fazendas do Norte do Mato Grosso são alvo dos primeiros testes de campo para o início da certificação socioambiental da carne no país, destinada à comprovação da origem sem impactos à floresta e às condições trabalhistas e sociais. O projeto, iniciado em abril, envolve o sistema de normas recém-aprovado mundialmente pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS), inaugurando na pecuária o modelo de práticas sustentáveis aplicado com resultados positivos em diversas culturas agrícolas. "O propósito atual é criar referências para a expansão do selo na cadeia produtiva até as gôndolas dos supermercados", revela Maurício Voivodic, secretário-executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), organização brasileira que articulou a elaboração das normas hoje válidas internacionalmente.

"Os frigoríficos estão sendo pressionados por ambientalistas, Ministério Público, bancos e redes varejistas para a garantia da carne produzida sem destruição da floresta ou trabalho escravo, mas falta um mecanismo de comprovação que tenha independência e credibilidade", justifica Voivodic. Após Mato Grosso, o novo sistema será calibrado em fazendas do Pará e Acre.

Sem a existência de um instrumento de mercado capaz de diferenciar quem produz com critérios ambientais e sociais, atualmente a distinção entre bons e maus empreendedores acontece mediante investigações e listas negras do Ministério Público. Neste mês, a Procuradoria da República no Acre entrou com ação civil pública contra 14 frigoríficos e o Ibama, visando o pagamento de R$ 2 bilhões em multas e a proibição do comércio de carne oriunda de áreas embargadas em razão de desmatamento ilegal ou de trabalho escravo no Estado. A ação foi empreendida após tentativas frustradas de um acordo para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta por frigoríficos flagrados nas investigações comprando carne de fazendas irregulares.

"Aconteceu algum problema de informação e estamos prontos para assinar o compromisso", afirma Marcus Vinicius Pratini de Morais, diretor do comitê de sustentabilidade do Grupo JBS-Friboi. Ele esclarece que a empresa participa de diferentes pactos com o MP, apoia práticas sustentáveis no campo e mantém um sistema próprio para controlar a rastreabilidade da carne e impedir negócios com propriedades ilegais. "No entanto, por conta das grandes distâncias e do tamanho das fazendas, o monitoramento eletrônico apresenta falhas que estão sendo resolvidas", admite o executivo.

Para Pratini de Morais, "requisitos socioambientais, principalmente por parte do mercado europeu, é mais uma barreira comercial para a carne brasileira". O Grupo JBS é o maior produtor mundial de carne, abatendo no Brasil 34 mil cabeças de gado, além de deter um terço do mercado americano. "Por conta de medidas restritivas, as vendas para Europa caíram de R$ 1,5 bilhão para R$ 300 milhões", lamenta o executivo.

No programa Carne Legal, o Ministério Público Federal no Pará proíbe a comercialização de carne de propriedades que desmatam. Cerca de 80 empresas já assinaram o compromisso de negociar apenas com proprietários rurais que tenham pedido o licenciamento ambiental ou cujas fazendas estejam localizadas em municípios que participam do acordo contra o desmatamento. Até o momento, 78 prefeituras endossaram o pacto. Antes da iniciativa, havia apenas 900 propriedades inscritas no cadastro ambiental rural, necessário para a licença. Em abril, o número atingiu 52,1 mil.

O prazo para regularização ambiental é 30 de agosto para as fazendas de grande porte.

"É um erro responder à questão com listas de exclusão", afirma Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra Amazônia Brasileira, organização não governamental que apoia práticas sustentáveis na região. Ele defende políticas de compra responsável e ações pro-ativas das empresas de efeito permanente. A certificação socioambiental, em sua opinião, não é uma panaceia, mas contribui para a construção de uma base de fornecedores. "Mesmo em pequena escala no início, o selo é uma medida que apontará tendências no mercado e promoverá a organização de cadeias hoje desarticuladas, a da carne, couro e laticínios", analisa Smeraldi.

"A certificação é apenas uma etapa, o fim da linha", explica Márcio Astrini, do Greenpeace. "A distância entre o mundo real da Amazônia e o da certificação é muito grande", alega o ambientalista, explicando que as soluções atuais devem acontecer "em nível mais baixo", uma vez que metade das áreas com registro de trabalho escravo no país corresponde à pecuária. Além disso, cerca de 80% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas por gado, de acordo com Plano Interministerial de Prevenção e Combate ao Desmatamento.

Valor Econômico
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Pesquisa identifica potencial nos açudes

Estudos científicos visam garantir sustentabilidade ambiental na ampliação do setor da pesca

Fortaleza. Estudo de Qualidade de Águas em Açudes Cearenses identificou os parâmetros físico-químicos de quatro reservatórios do Ceará - Castanhão, Orós e Banabuiú, os três maiores, e Riacho do Sangue -, que correspondem a 64% do volume de água dos 118 açudes com potencial para piscicultura no Estado. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Centec para a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), para dar respaldo científico de sustentabilidade ambiental na atração de investidores para a ampliação da produção de pescado nos açudes cearenses.

O coordenador de Cadeias Produtivas de Aquicultura e Pesca da Adece, Pedro Lopes, informa que o estudo foi feito para atender à necessidade da empresa espanhola Pesca Nova, que condicionou a garantias ambientais o investimento no projeto de produção de 40 mil toneladas de tilápia. Segundo ele, a empresa argumentou que o aspecto da sustentabilidade ambiental é muito forte na Europa, e exigiu um estudo que comprovasse não haver impacto ambiental no empreendimento. "A missão da Adece é atração de empresas", afirmou Lopes.

Coordenado por Jeanete Koch, do Instituto Centec, com apoio da Adece, o estudo avaliou 18 indicadores de qualidade de água para piscicultura nos açudes cearenses. Hoje, o Ceará produz cerca de 25 mil toneladas de pescado nos açudes. Conforme o engenheiro de pesca da Adece, a produção pode chegar a 240 mil toneladas em 15 anos. "Os açudes suportam bem a ampliação, sem afetar a qualidade da água", ele assegura.

"A capacidade de produção está muito aquém do que pode ser feito na piscicultura. Pode ser pleiteado o aumento da produção nos açudes, sem interferir na qualidade da água", conclui Pedro Lopes. No curto prazo, segundo ele, a produção pode chegar a 40 mil toneladas por ano, sem problema.

Para o sucesso dos cultivos, todavia, a Adece considera de fundamental importância obter dados e informações sobre diversos indicadores físicos-químicos de qualidade da água dos açudes cearenses. A ideia é manter o monitoramento com base nos parâmetros físico-químicos observados anualmente ou a cada dois anos.

Sustentabilidade

Pedro Lopes disse que os avanços na metodologia do cultivo visa a sustentabilidade da produção do pescado nos açudes, ao dar subsídios para trabalhar dentro de uma realidade de respeito à qualidade da água. Segundo ele, já tem orçamento definido para a continuidade do estudo para mais 57 açudes ainda este ano. A encomenda da segunda etapa será pela Secretaria Estadual da Pesca.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=970586

China nega existência de nova variedade do vírus HIV

Suspeitas

O Ministério da Saúde da China rejeitou a possibilidade de que uma nova variedade do vírus da AIDS tenha surgido no sul e no leste do país.

A especulação surgiu depois que diversas pessoas começaram a relatar sintomas inusitados após terem tido relações sexuais sem preservativos.

No entanto, os testes de infecção pelo HIV deram negativo nessas pessoas, gerando temores de que houvesse surgido uma nova variedade do vírus.

Sintomas inusitados

Os pacientes relatavam inchaço nas glândulas linfáticas, sangramentos, suor excessivo, dormência nos pés e nas mãos e até mesmo a presença de estranhos pelos na língua.

Mas nenhum obteve um diagnóstico conclusivo dos médicos.

O Ministério da Saúde disse que repetidos testes não indicaram a presença de HIV em nenhum deles e que ordenou que as cidades afetadas façam estudos sobre os casos.

Fobia da AIDS

Apesar das explicações oficiais, muitos dos portadores dos sintomas dizem não estar convencidos da "fobia da AIDS" e estão se reunindo em fóruns pela internet para discutir seus estados de saúde.

Um médico entrevistado pelo jornal oficial chinês Diário do Povo disse atender com frequência pacientes que, apesar dos testes negativos, creem terem contraído HIV.

"Eles não acreditam quando dizemos que eles não têm HIV", disse Cai Weiping, chefe de um hospital em Cantão. "A maioria dos sintomas é psicossomática. Alguns parentes dos pacientes dizem que foram forçados a ir ao hospital porque seus cônjuges insistiam que estavam doentes."

Os médicos ouvidos pela imprensa estatal chinesa dizem que o medo e a ansiedade causados pelo temor de terem contraído o vírus podem prejudicar o sistema imunológico do corpo, favorecendo o aparecimento de sintomas físicos.

Doença imaginária

O caso foi levantado pelo jornal de Hong Kong Oriental Daily News, que relatou a existência de pessoas com doenças não esclarecidas em partes do sul e do leste chinês - incluindo a capital, Pequim, as cidades de Xangai e Cantão e a Ilha de Taiwan - e até mesmo fora da China, em Cingapura.

Deng Haihua, porta-voz do Ministério da Saúde chinês, disse à imprensa estatal que essas pessoas parecem estar com problemas psicológicos, aos quais se referiu como "fobia da AIDS", sugerindo que os sintomas físicos são decorrentes de uma doença imaginária.

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Descoberta brasileira garantirá remédio de baixo custo contra o colesterol

Colesterol

Uma substância gordurosa, esbranquiçada e sem odor, que existe apenas no organismo dos animais.

Em pequena quantidade, o colesterol é necessário para realizar funções do corpo. Mas níveis elevados estão associados com aterosclerose e doenças coronarianas.

Um dos principais vetores para o aumento do colesterol é o sobrepeso.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 46,6% da população está com excesso de peso, enquanto o percentual de obesos é de 13,9%.

Entre 2004 e 2008 o índice de brasileiros que sofrem com o colesterol alto subiu de 18% para 25,4%.

Entre os homens o aumento foi de 21,8% para 26,4%, enquanto no público feminino o salto foi de 14,4% para 23,7% no mesmo período.

Lipitor R

Talvez por isso o Lipitor R , medicamento utilizado para reduzir os níveis de colesterol, tenha atingindo o montante de U$ 13 bilhões de vendas em 2009, sendo o remédio mais vendido no mundo.

Sabendo que a patente de proteção do medicamento vai expirar em junho deste ano, pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) desenvolveram uma rota de síntese inédita para a atorvastatina, princípio ativo do Lipitor R .

A pesquisa foi conduzida no laboratório do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenada pelo professor Luiz Carlos Dias, com participação de Adriano Siqueira Vieira.

Síntese da atorvastatina

"A rota de síntese é um caminho que temos que seguir, partindo de materiais mais simples e realizando reações químicas com o objetivo de transformá-lo em um produto mais complexo do ponto de vista estrutural.

"Nosso objetivo era preparar a atorvastatina. Para isto, re-investigamos as reações químicas descritas nas patentes anteriores. Após vários experimentos, conseguimos introduzir uma série de inovações no processo, como a melhoraria no rendimento químico de várias etapas, a redução da quantidade de solventes tóxicos e, em algumas etapas, realizamos as reações químicas sem utilizar solventes.

"Outras melhorias envolveram a utilização de menor quantidade de reagentes e fomos capazes de preparar um intermediário conhecido em um rendimento consideravelmente maior, por uma rota de síntese mais amigável do ponto de vista ambiental.

"Com este importante intermediário em mãos, fomos capazes de introduzir inovações reais que envolveram uma estratégia de síntese inédita e bem diferente das até então descritas para a preparação da atorvastatina", explica Dias.

Comprimido verde e amarelo

Essas inovações tornaram a rota de síntese mais curta e eficiente com grande potencial de transposição para a escala industrial.

O pedido de patente foi feito junto a Agência de Inovação da UNICAMP e a expectativa é de que a rota sintética seja mais barata e gere menos resíduos.

"Acreditamos que isto deve simplificar a produção, o que implicará em um preço menor repassado ao consumidor. O processo como um todo é perfeitamente aplicável à síntese em larga escala", afirma Luiz Dias.

Hoje, menos de 5% da população brasileira com problemas de alto colesterol tem acesso ao Lipitor R , ou ao genérico disponível, pois o preço final ainda é muito elevado, custa em média R$ 60.

Genérico para o colesterol

Segundo o pesquisador, as negociações para a efetiva transferência de tecnologia para uma indústria farmacêutica nacional já começaram.

"A intenção é colocar no mercado um medicamento genérico produzido no Brasil desde as matérias-primas básicas, essenciais à produção. Temos convicção de que o país precisa passar a produzir princípios ativos de medicamentos genéricos, para não depender mais de importação de insumos avançados ou dos próprios princípios ativos de outros mercados.

"Nós temos competência acadêmico-científica e intelectual plenamente instalada no setor acadêmico e somos capazes de preparar princípios ativos com estruturas químicas relativamente complexas introduzindo inovações reais", completa o químico.

O êxito na preparação da atorvastatina, que apresenta uma estrutura química complexa, representa a capacidade dos profissionais para preparar outros princípios ativos de medicamentos que tem impacto para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o Programa Farmácia Popular.

Inovação constante

Quando o Brasil passar a produzir seus princípios ativos de genéricos aqui o preço final dos correspondentes medicamentos será menor.

Com isso, uma parcela maior da população terá acesso a esses medicamentos a um preço reduzido e o país poderá até exportar esses princípios ativos e insumos avançados para outros mercados.

"Desenvolver este setor no Brasil significa desenvolvimento científico e tecnológico de vanguarda, já que o setor farmoquímico é um ambiente de inovação constante e de alta tecnologia", finaliza Dias.

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Artrite: Gel injetável alivia dor nas articulações

Dores nas articulações

Pesquisadores norte-americanos divulgaram o desenvolvimento de um novo gel capaz de liberar medicamentos quando necessário, tratando com eficácia problemas nas articulações.

Embora voltado diretamente para o tratamento de condições como a artrite reumatoide e a osteoartrite, o gel tem uma ampla gama de aplicações possíveis.

"Acreditamos que esta plataforma pode ser útil para várias aplicações médicas, incluindo o tratamento localizado do câncer, doenças oculares e doenças cardiovasculares," afirma o Dr. Jeffrey Karp, do Brigham and Women's Hospital, líder da pesquisa.

Entre suas vantagens, o gel pode permitir a liberação direcionada de medicamentos no local afetado, dispensando os medicamentos por via oral, tomados quando os sintomas se agravam.

Problema localizado

A artrite é um bom exemplo de uma doença que ataca partes específicas do corpo. Os tratamentos convencionais, no entanto, envolvem sobretudo medicamentos tomados por via oral.

Estes não apenas demoram para fazer efeito, muitas vezes semanas, como também podem ter efeitos colaterais - isso porque a droga fica dispersa por todo o corpo, e não apenas na articulação afetada.

Além disso, são necessárias altas concentrações da droga para que chegue medicamento suficiente na articulação, o que sempre aumenta o risco de toxicidade.

Aplicação localizada de medicamento

"Há muitos casos em que gostaríamos de levar as drogas até um local específico, mas é muito difícil fazer isto sem encontrar grandes obstáculos," diz Karp.

Por exemplo, é possível injetar uma droga diretamente na área alvo, mas o efeito não vai durar muito - apenas alguns minutos ou horas - porque ela é removida do organismo pelo altamente eficiente sistema linfático.

Os dispositivos implantáveis, por sua vez, geralmente são feitos de materiais com certa rigidez que, em um ambiente dinâmico como uma junta, pode acabar causando inflamações.

Além disso, a maioria destes dispositivos libera os medicamentos continuamente, mesmo quando eles não são necessários. A artrite, por exemplo, ocorre em ciclos caracterizados por surtos e em seguida, um período de alívio.

Gel para articulação

"O Santo Graal da entrega de medicamento é um sistema autônomo que mede a quantidade de droga a ser liberada em resposta a um estímulo biológico, garantindo que a droga seja liberada somente quando necessário, garantindo uma concentração terapeuticamente relevante," explicam Karp e seus colegas.

O gel criado por eles ainda não é o cálice sagrado tão sonhado, mas é uma boa aproximação.

Feito de um material já aprovado anteriormente para uso humano, o material pode ser incorporado com diversas concentrações de medicamentos e injetado no local do tratamento com uma seringa.

O gel emprega uma nanotecnologia conhecida como automontagem, em que os próprios componentes do material se agregam para formar a estrutura desejada - neste caso para mesclar-se com o medicamento.

Quando exposto às enzimas liberadas pela inflamação associada com a artrite, o material se "desmonta", liberando o medicamento.

Agentes inibidores

O grupo fez também com sucesso experimentos com agentes inibidores, que podem ser injetados posteriormente se for necessário a interrupção da liberação do medicamento.

Os experimentos em animais mostraram que, no atual nível de desenvolvimento, o gel pode durar até dois meses sem se degradar pelo funcionamento da articulação. Os testes em humanos ainda não estão agendados.

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Ameaça de superbactérias é problema sério de saúde pública

Há cerca de duas semanas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a incidência de infecções por superbactérias resistentes a drogas atingiu níveis sem precedentes em todo o planeta. O sério problema já ameaça criar um cenário de proliferação de infecções incuráveis, e no Brasil as consequências desta realidade já começam a ser sentidas.

Segundo o chefe da área de infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Francisco Hideo Aoki, a mobilidade de pessoas por todo o mundo hoje põe em risco os países, e uma vigilância preventiva seria necessária – além das medidas de bloqueio, ações simples como lavar as mãos podem ajudar muito no combate ao avanço desses organismos.

“Possibilidade há (de epidemias globais), com o fenômeno da globalização e com as pessoas cruzando o mundo em 24 horas no máximo”, diz Aoki. “Por enquanto, não há antibióticos para tratamento destas infecções. E como por enquanto estes processos infecciosos estão restritos, é preciso ter uma vigilância muito grande de ordem epidemiológica para contenção do espalhamento destas bactérias pelo planeta. E pode, sim, ser um problema sério de saúde pública”, afirma.

Em 2010, a superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) causou medo no Brasil após infecções em hospitais espalhados pelo país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o controle sobre receitas médicas de antibióticos, na tentativa de conter o avanço da KPC.

Segundo Aoki, essa superbactéria parece estar atualmente sob controle. “A situação está aparentemente melhor, com as vigilâncias das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar locais”, diz o médico.

Porém casos de infecções por superbactérias continuam nos noticiários. Na última semana, o Ministério Público (MP) de Alagoas instaurou inquérito civil para apurar mortes no Hospital Universitário (HU) supostamente ligadas a infecções provocadas pela superbactéria Acinetobacter baumannii.

Outra superbactéria que causa de preocupação mundial é a NDM-1. Ela chegou ao Reino Unido vinda de Nova Délhi (Índia) em 2010.

“A NDM-1, cujo nome é Nova Délhi Metalo-lactamase-1, é um grupo de bactérias que desenvolveram resistência a antibióticos avançados, que tem na sua conformação molecular o anel betalactâmico, e esta enzima a NDM-1 age contra este anel, resumidamente produzindo resistência a este antimicrobiano”, falou Aoki.

O professor afirma que infecções causadas por esta bactéria podem atingir qualquer parte do corpo do ser humano e são de difícil tratamento com os antimicrobianos existentes. “Dada a intensa resistência que têm aos antibióticos, as possibilidades de tratamento ficam muito reduzidas se não forem controladas ou se não se houver uma combinação de antimicrobianos”, explica.

Segundo a OMS, a cada ano mais de 25 mil pessoas morrem na União Europeia em decorrência de infecções de bactérias que driblam até mesmo antibióticos recém-lançados. Para a organização, a situação chegou a um ponto crítico em que é necessário um esforço conjunto urgente para produzir novos medicamentos.

(Fonte: Portal Terra)

Maior planta carnívora do mundo atrai visitantes na Suíça

O raro florescimento da maior planta carnívora do mundo atraiu muitos visitantes ao Jardim Botânico da cidade suíça de Basel neste sábado (23).

A flor-cadáver Amorphophallus titanum tem esse nome por causa do forte cheiro de carne em decomposição que exala para atrair insetos.

A planta de 17 anos nunca havia florescido antes. Os exemplares da espécie costumam morrer depois de ficar abertos por um dia ou dois apenas.

Em todo o mundo só foram registrados 134 florescimentos artificiais da planta, nativa da Indonésia.

(Fonte: G1)