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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Desenvolvimento sustentável só é viável se centrado no fator humano

Fator humano

Enquanto os meios de comunicação globais especulam sobre o número de pessoas que habitam o planeta - o número preferido é o redondo 7 bilhões - uma equipe internacional de especialistas em desenvolvimento argumenta que não é simplesmente o número de pessoas o que importa.

Segundo eles, mais importante ainda é a distribuição dessa população por idade, escolaridade, estado de saúde e localização.

É isto o que é mais relevante para a sustentabilidade local e global.

Qualquer tentativa realista para alcançar o desenvolvimento sustentável deve se concentrar primariamente no bem-estar humano, e se fundar na compreensão das diferenças inerentes às pessoas em termos de seu impacto diferenciado sobre o meio ambiente e suas vulnerabilidades.

Essas vulnerabilidades são frequentemente associadas à idade, gênero, ausência de educação e pobreza.

Desenvolvimento sustentável

Estas são algumas das mensagens formuladas por 20 dos maiores especialistas do mundo em população, desenvolvimento e meio ambiente, que se reuniram com o objetivo de definir os elementos críticos das interações entre a população humana e o desenvolvimento sustentável.

A Declaração de Laxenburgo sobre População e Desenvolvimento, elaborada pelo painel de especialistas, descreve as seguintes cinco ações necessárias para lidar com o desenvolvimento sustentável, atingir a economia verde e se adaptar às mudanças ambientais:

1. Reconhecer que os números, características e comportamentos das pessoas estão no centro dos desafios do desenvolvimento sustentável e de suas soluções.

2. Identificar subpopulações que mais contribuem para a degradação ambiental e aquelas que são mais vulneráveis às suas consequências. Especialmente nos países pobres, essas subpopulações são facilmente identificáveis de acordo com idade, sexo, nível de escolaridade, local de residência e padrão de vida.

3. Elaborar políticas de desenvolvimento sustentável para o tratamento destas subpopulações de forma diferenciada e adequada às suas características demográficas e comportamentais.

4. Facilitar a tendência inevitável da urbanização crescente, de forma a garantir que os riscos ambientais e vulnerabilidades estejam sob controle.

5. Investir no capital humano - educação e saúde das pessoas, incluindo a saúde reprodutiva - para desacelerar o crescimento da população, acelerar a transição para tecnologias verdes e melhorar a capacidade de adaptação das pessoas às mudanças ambientais.

Educação é a saída

Segundo os especialistas, a "educação aumenta as oportunidades na vida das pessoas em geral, contribui enormemente para a inovação tecnológica e social e cria a flexibilidade mental necessária para uma rápida transição para uma economia verde.

"Isso se aplica a países de baixa e de alta renda. Assim, o melhoramento do capital humano, desde a infância até a velhice, através da educação formal e informal, e da educação ao longo da vida, já é considerado uma prioridade política decisiva."

Como afirma a Declaração Rio-92 sobre Ambiente e Desenvolvimento, "os seres humanos estão no centro das preocupações para o desenvolvimento sustentável."

Ou, em outras palavras, o meio ambiente tem o ser humano no meio. E só será possível fazer com que o ser humano não destrua seu meio educando-o para não fazer isso e para que a população como um todo apoie a mudança do atual sistema exploratório de recursos.

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Diabetes pode começar no intestino

Origem do diabetes

Cientistas da Universidade de Washington (EUA) fizeram uma descoberta surpreendente sobre a origem do diabetes.

Sua pesquisa sugere que os problemas de controle do açúcar no sangue - a marca registrada do diabetes - podem começar no intestino.

O novo estudo pode desconstruir teorias sustentadas há décadas sobre as causas e as origens da doença.

Como a insulina é produzida no pâncreas e o açúcar é armazenado no fígado, os cientistas têm procurado as causas do diabetes nesses órgãos. Mas ninguém havia prestado atenção nos intestinos.

Síntese dos ácidos graxos

Na nova pesquisa, os cientistas estudaram camundongos geneticamente modificados para serem incapazes de fazer a síntese dos ácidos graxos no intestino.

A chamada enzima FAS (fatty acid synthase) é crucial para a produção de lipídeos, sendo regulada pela insulina. Pessoas com diabetes têm defeitos na FAS.

Os camundongos sem a enzima FAS nos intestinos desenvolveram inflamação crônica no intestino, um forte previsor de diabetes.

"O diabetes pode de fato começar em seu intestino," diz Clay Semenkovich, coordenador do estudo. "Quando as pessoas se tornam resistentes à insulina, como acontece quando elas ganham peso, a FAS não funciona corretamente, o que provoca a inflamação que, por sua vez, pode levar ao diabetes."

Revestimento protetor do intestino

"Os camundongos tiveram mudanças substanciais em seu microbioma intestinal," diz Semenkovich. "Mas não foi a composição de micróbios no intestino que causou os problemas."

Em vez disso, explica o principal autor da pesquisa, Xiaochao Wei, os camundongos ficaram doentes por causa de um defeito na sintase de ácido graxo.

Os camundongos sem sintase do ácido graxo perderam o revestimento protetor do muco no intestino, que separa as células da exposição direta aos micróbios.

Isto permitiu que as bactérias penetrassem nas células saudáveis do intestino, fazendo os camundongos adoecerem.

"A sintase de ácido graxo é necessária para manter essa camada da mucosa intacta," diz Wei. "Sem isso, bactérias danosas invadem as células no cólon e no intestino delgado, gerando inflamação, e isto, por sua vez, contribui para a resistência à insulina e o diabetes."

Inflamação e resistência à insulina

A inflamação e a resistência à insulina reforçam-se mutuamente.

Substâncias inflamatórias podem causar resistência à insulina e inibir sua produção, ambos efeitos que interferem com a regulação do açúcar no sangue.

Por sua vez, sabe-se que a resistência à insulina causa inflamações.

Semenkovich e Wei dizem que é necessário muito mais estudos, mas eles sustentam que a FAS, juntamente com um componente-chave da mucosa intestinal, chamado MUC2, podem ser alvos potenciais para terapias do diabetes.

Eles agora pretendem estudar pessoas com diabetes, para ver se a FAS é alterada de forma semelhante com o que acontece nos modelos animais, gerando danos na camada de mucosa dos intestinos.

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O Dia Mundial do Meio Ambiente: chegou a vez do Brasil! O Dia Mundial do Meio Ambiente: chegou a vez do Brasil!

O Direito Ambiental é sem dúvida um dos mais importantes direitos das novas gerações, não apenas por apresentar meios de proteção e consecução da justiça social do bem comum, mais por ser um direito que vem motivando a sociedade nacional e internacional pela busca de um melhor futuro com um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Nosso país vem tendo destaque frente às questões ambientais, pois comprovadamente na data de 22 de fevereiro de 2012, no Quênia, em Nairóbi, restou a decisão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) de que o Brasil será sede do Dia Mundial do Meio Ambiente em 05 de junho de 2012, tendo como tema: "Economia verde: Ela te inclui?, mostrando assim que o Brasil conseguiu dar grandes passos e solucionar diversos problemas ambientais, principalmente nas questões de Biopirataria e desmatamento da Amazônia.

E ainda, nos debates sobre Mudanças Climáticas, o resultado obtido pelo Brasil na redução de gases causadores de efeito estufa foi significativo, principalmente porque o combate ao desmatamento foi realizado, não deixando de destacar que o Brasil vem trabalhando com grandes movimentos verdes, em especial nas questões de reciclagem, de busca de energia renovável e a cada dia que passa mais projetos ambientais surgem nas Universidades em busca de soluções e bem estar de toda a humanidade. No último relatório do PNUMA ficou clara a participação do Brasil na indústria de reciclagem, quando publicado que hoje no território brasileiro a indústria de reciclagem gera em torno de dois bilhões de dólares e reduz as emissões de gases de efeito estufa em dez milhões de toneladas, esse relatório apenas comprova a dedicação dos brasileiros ao controle ambiental e busca por uma melhor qualidade de vida.

É claro que todo esse investimento brasileiro não só contribuiu para resultados satisfatórios para o meio ambiente, mais vem gerando diversos empregos, contribuindo para o aumento da economia brasileira. Todos esses fatores são pauta de diversos estudiosos ambientalistas, que buscam soluções inovadoras, mais não se esquecem de destacar sempre a importância constitucional, visto que após a Constituição Federal, a esfera ambiental brasileira passou a ter uma nova concepção e objetivar um aumento da interferência do poder público sobre o particular, mais propriamente na vida econômica, no direito de propriedade e das empresas. O Estado, através do Direito, veio ampliar a proteção da supremacia do interesse público na seara ambiental. Sendo importante ressaltar a sua interferência através do condicionamento do uso da propriedade para o bem estar social como: a exploração de bens como as minas e outras riquezas do solo e subsolo, a permissão de desapropriação em áreas de preservação ambiental e a regularização de cortes de madeira. O Estado passou a atuar com mais intensidade, colocando em prática o contexto constitucional de que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como é essencial que o povo tenha qualidade de vida, impondo-se regras ao Poder Público e a própria coletividade para que as futuras gerações também possam desfrutar de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Ressalta-se que em nossa atual sociedade mundial se prioriza a política de proteção ambiental, principalmente, no que se refere à estabilização das condições climáticas, a perpetuação das fontes de abastecimento de água doce, a defesa dos solos contra a erosão, entre outras preocupações de calamidade mundial que vem provocando um abalo das condições climáticas.

A preocupação frente a todas as calamidades ambientais influenciou e vem influenciando nos ordenamentos jurídicos, que hoje apresentam maior destaque legislativo e uma maior consciência ecológica social para a prevenção de dano e preservação do meio ambiente. No entanto, a autonomia do Direito Ambiental ainda apresenta diversas discussões de cunho político, econômico, social e até mesmo científico, e assim, mais importante ainda que o Brasil seja a sede do Dia Mundial do Meio Ambiente, pois se abre uma grande oportunidade de retornarmos na história e lembrarmos que o Estado Brasileiro cresceu e dinamizou sua economia, enriqueceu seus recursos naturais e luta para atingir objetivos internacionais, satisfazendo pactos internacionais firmados, bem como as principais discussões sobre direito sustentável se deram no Brasil, e assim doutrinas podem ser fortalecidas e soluções para calamidades ambientais podem ser encontradas.

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Cientistas conseguem ressuscitar flor da Era do Gelo

Pesquisadores russos conseguiram ressuscitar uma flor já extinta a partir dos tecidos congelados por mais de 30 mil anos no gelo permanente da Sibéria. A Silene stenophylla é a planta mais antiga a ser regenerada e, de acordo com os cientistas, ela é fértil, produz flores brancas e sementes viáveis.

Pesquisadores canadenses já haviam conseguido reavivar plantas muito mais novas que a S. stenophylla a partir de sementes. O estudo russo, no entanto, reafirmou que o tecido pode ser conservado no gelo por dezenas de milhares de anos, abrindo caminho para uma possível ressurreição de mamíferos da Era do Gelo.

O experimento comprova que o gelo permanente serve como um depósito natural de antigas formas de vida, afirmam os pesquisadores que publicaram os resultados do estudo nesta terça-feira (21) no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Svetlana Yashina, do Instituto de Biofísica Celular da Academia Russa de Ciências, que liderou o trabalho de regeneração dos tecidos, afirmou que a planta ressuscitada se parece muito com sua versão moderna, que continua a crescer na mesma área da Sibéria.

Os pesquisadores conseguiram recuperar o fruto da planta depois de investigar dezenas de fósseis escondidos em depósitos de gelo, na margem do rio Kolyma no nordeste da Sibéria, os sedimentos datam 30.000 a 32.000 anos.

Os sedimentos foram firmemente colados e, muitas vezes totalmente preenchidos com gelo, tornando impossível qualquer infiltração de água – o que criou uma câmara de congelamento natural, completamente isolada da superfície.

(Fonte: Portal iG)

Pesquisas para salvar demônio da Tasmânia de extinção avançam

A preservação do demônio da Tasmânia, um animal marsupial que corre risco de extinção e vive no sul da Austrália, pode estar mais próxima pelas pesquisas de cientistas que estudam os tumores que dizimam a espécie.

O enigma desse estranho câncer começa a ser desvendado desde que uma equipe de especialistas liderada pela bióloga Janine Deakin, da Universidade Nacional Australiana, comparou o genoma de um demônio da Tasmânia saudável com o de outro afetado por essa rara doença, que se alastra rapidamente através do contato.

Os pesquisadores consideraram “que vários fragmentos importantes dos cromossomos haviam sido misturados como um quebra-cabeças montado de modo incorreto”, de acordo com um comunicado divulgado pela Universidade.

Em um estudo anterior publicado em fevereiro deste ano na revista científica PLOS Genetics, a equipe de Janine revelou que os tumores que atingem o demônio da Tasmânia (Sarcophilus laniarius) evoluíram lentamente e variaram muito pouco desde seu surgimento.

“É algo raro, já que geralmente o câncer em humanos evolui rapidamente e há grandes diferenças entre o tumor original e a metástase”, explicou a cientista.

A chefe da Escola de Pesquisa Biológica da Universidade destacou que pela investigação confirmaram “que o tipo de tumor contraído pelos exemplares de diabo da Tasmânia é geneticamente muito estável”.

Chamado de “Purinina” entre os aborígines, esse marsupial carnívoro, que é considerado o mais antigo do mundo, desapareceu da Austrália continental há cerca de 400 anos, supostamente pela perda de seu habitat para o dingo, um cachorro selvagem com um alto índice de reprodução.

Atualmente, o animal vive em estado selvagem em áreas da ilha da Tasmânia e em vários centros especializados criados no continente para isolar os saudáveis dos que têm a doença. O alarme surgiu em meados da década de 1990, quando foi detectado que esse animal morria por causa de um tumor cancerígeno facial que atingia apenas essa espécie.

Os especialistas estimam que 70% dos demônios da Tasmânia morrem antes dos 18 meses de vida pelo câncer e as mudanças no ecossistema produzidas principalmente pela introdução de espécies invasoras, como a raposa vermelha.

O diabo da Tasmânia, que frequentemente contrai a doença pelas feridas causadas por brigas com animais infectados, começa a manifestar sintomas visíveis desse câncer com o surgimento de tumores na boca que aumentam de tamanho até provocar deformações que o impedem de comer.

Esse carnívoro está incluído na listagem nacional da Austrália de animais em perigo de extinção e também na lista vermelha das Nações Unidas, por considerarem que em um prazo de 25 a 35 anos pode desaparecer se não for encontrada a cura para o câncer.

Segundo os pesquisadores, uma eventual extinção desse animal gerará um desequilíbrio no ecossistema da Tasmânia, já que provocará um aumento considerável dos restos do animal nas selvas da ilha e permitirá a multiplicação das chamadas espécies invasoras.

O próximo passo dos cientistas australianos é decifrar a origem e as causas da doença, para salvar o demônio da Tasmânia da extinção e gerar avanços na pesquisa do câncer em humanos.

Em geral, o câncer não é contagioso porque as células cancerígenas são diferentes e quando são transmitidas são rejeitadas pelo sistema imunológico.

(Fonte: Portal Terra)

Brasil vai sediar o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano

O United Nations Environment Programme (Unep), programa das Nações Unidas para o meio ambiente, anunciou nesta quarta-feira (22) que o Brasil vai sediar neste ano o Dia Mundial do Meio Ambiente (WED, sigla em inglês). O evento acontece em 5 de junho.

Com o tema “Economia verde: isto inclui você?” o evento pede a todos para avaliar quais os hábitos diários contribuem para o desenvolvimento econômico, social e ambiental de um mundo de 7 bilhões de pessoas – e que deve chegar a 9 bilhões em 2050.

O Brasil foi o anfitrião em 1992 da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). Mais conhecido como Eco92 (Cúpula ou Cimeira da Terra), o evento reuniu líderes globais para discutir o futuro, diante de um mundo que começava a se preocupar com o meio ambiente e a sustentabilidade.

“Ao celebrar o WED no Brasil em 2012, estamos voltando às raízes do desenvolvimento sustentável contemporâneo, a fim de achar um caminho para a sustentabilidade e que crie oportunidades para um novo século”, diz em nota o Sub-Secretário Geral e Diretor Executivo do Unep, Achim Steiner.

“Três semanas após o WED, o Brasil vai sediar o Rio+20, em que líderes mundiais vão se reunir para projetar o futuro da sustentabilidade como uma locomotiva a caminho de mudanças para as economias crescerem, empregos serem criados, sem empurrar o mundo para fora de fronteiras planetárias”, acrescentou.

Com um país de 200 milhões de pessoas, o Brasil é o quinto mais populoso do mundo e o quinto maior fisicamente, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Por isso, foi esolhido para sediar o evento. Além disso, nos últimos anos, o país tomou diversas medidas para resolver os problemas de desmatamento, como na Amazônia, por meio de esforços de fiscalização e de iniciativas de monitoramento por parte do governo brasileiro.

De acordo com estimativas levantadas pela Unep, o Brasil tem realizado recentemente uma das maiores reduções de emissões de gases de efeito estufa no mundo, como resultado de conquistas na redução das taxas de desmatamento.

O país é também o líder mundial em produção sustentável de etanol para abastecer veículos e está expandindo o desenvolvimento de outras áreas, como a energia eólica e sistemas de aquecimento solar.

“Estamos muito satisfeitos por acolher esta celebração global. O Dia Mundial do Meio Ambiente vai ser uma grande oportunidade no Brasil para apresentar previamente os aspectos ambientais do desenvolvimento sustentável para a conferência Rio +20 “, disse a ministra brasileira de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que nesta semana está participando da reunião do conselho do PNUMA em Nairobi, Quênia.

Diversas ações – O WED 2012 vai enfatizar como as ações individuais podem ter um impacto exponencial no mundo. Para isso, trará grande variedade de atividades que englobam maratona, dia sem carro, concurso de blogs verdes, exposições e passeatas em todo o país.

Para o evento, a Kia Motors doou cinco veículos para a Unep, com o slogan do do Dia do Meio Ambiente. Os carros incluem o Kia Rio e o Kia Optima híbrido, que foram escolhidos pela sua eficiência de combustível. Os carros farão parte das premiações de competições que ainda serão anunciadas.

(Fonte: G1)

Caçadores mataram 480 elefantes em Camarões em dois meses

Caçadores clandestinos do Sudão e do Chade mataram cerca de 500 elefantes em menos de dois meses no Parque Nacional Ndjidda Bouba, nordeste de Camarões, segundo o diretor da área de preservação, Mathieu Fomepa.

“Hoje estimamos em 480 o número de elefantes mortos no nosso parque”, disse Fomepa. Entre domingo e terça-feira, “nossas equipes contaram pelo menos 20 elefantes mortos”, afirmou Fomepa. O governo ainda não tomou medidas para proteger o parque.

Os caçadores clandestinos estão “equipados com armas automáticas de guerra, operam em grupos organizados e avançam a cavalo (…) Nada parece detê-los nessa busca frenética por marfim, que começa na República Centro Africana, em meados de novembro, continua no Chade, em dezembro, e acaba em Camarões, em janeiro”, disse Celine Sissler-Bienvenu, do Fundo Internacional para a Protecção dos Animais (IFAW), no site da organização.

A caça nos parques de Camarões tem se alastrado há vários meses. De acordo com especialistas, o comércio de marfim na área destina-se principalmente aos mercados asiáticos.

(Fonte: G1)

Bactéria resistente a antibióticos passou dos animais para os humanos

Os cientistas descobriram que uma cepa de bactéria que sobrevive aos antibióticos e que se transmite do gado aos homens era, originalmente, humana mas desenvolveu sua resistência nos animais domésticos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (21) pela revista “mBio”.

Paul Klein, da Universidade do Norte do Arizona, e Lance Price, do Instituto de Pesquisa de Genoma Translacional (TGen), junto com cientistas de 20 instituições de diferentes países, focaram sua atenção em uma cepa da bactéria conhecida como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM).

A SARM é uma cepa da bactéria Staphylococcus aureus que se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro à penicilina em 1947, e depois à meticilina. Foi descoberta originalmente no Reino Unido em 1961 e atualmente está muito propagada.

Esta cepa é causa conhecida de uma variedade de infecções que invadem a pele e podem tornar-se rapidamente uma ameaça para a vida, mas em 2003 se detectou a presença no gado de uma forma nova da SARM, chamada CC398.

O estudo se concentrou na variedade CC398, conhecida como SARM suína porque infecta mais frequentemente às pessoas que estão em contato direto com suínos ou outros animais domésticos de consumo humano.

As pessoas afetadas mostram vários tipos de infecções agudas, inclusive na pele e nos tecidos brandos, infecções respiratórias e sépsis. A cepa CC398 pode ser encontrada atualmente em suínos, perus, gado bovino e ovino, e foi detectada em 47% das amostras de carne destinadas ao consumo humano nos Estados Unidos.

“Nossos resultados indicam firmemente que a SARM CC398 se originou nos humanos como uma bactéria S. aureus suscetível à meticilina”, afirmaram os autores.

Porém, uma vez que se transferiu aos animais, a bactéria evoluiu tornando-se resistente à tetraciclina e à meticilina, provavelmente como resultado do uso rotineiro destes antibióticos, típico da moderna produção de carnes para consumo humano.

Em 2001 um estudo da União de Cientistas calculou que os produtores de gado nos EUA usavam 11 milhões de toneladas anuais de antibióticos para propósitos não terapêuticos, uma prática controvertida que agora está proibida na União Europeia (UE).

Price, que dirige o Centro de Microbiologia Alimentícia e Saúde Ambiental no TGen, ressaltou que estas conclusões “põem em evidência os riscos potenciais para a saúde pública que derivam do uso de antibióticos na produção de carnes”.

“Os estafilococos crescem nas condições de aglomeração e falta de saúde”, comuns nos recintos onde se mantêm ovinos, ovinos, suínos e aves na produção industrial de alimentos.

“Adicione antibióticos a esse ambiente e estará criando um problema de saúde pública”, acrescentou Price.

A análise de vários genomas mostrou que a variedade SARM CC398 provavelmente evoluiu de uma cepa, que era sensível aos antibióticos, e proveio dos humanos.

Uma vez em contato com o gado a cepa mudou rapidamente, adquiriu novos genes e se diferenciou em muitos tipos diferentes que são resistentes a alguns antibióticos.

“Traçar a história da evolução da SARM CC398 é como observar o nascimento de um ‘’superanimal”. É ao mesmo tempo fascinante e desconcertante. A SARM CC398 foi descoberta há menos de uma década e parece propagar-se muito rapidamente”, concluiu Price.

(Fonte: Portal Terra)

Mosca-das-frutas bebe álcool para se medicar contra parasitas

Um estudo da Universidade Emory, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Current Biology, mostrou que um tipo de mosca-das-frutas consome álcool para se automedicar.

De acordo com os pesquisadores, a hipótese é de que as moscas-das-frutas consumem álcool para combater o parasita, a vespa. Para testá-la, eles colocaram lado a lado alimento com e sem álcool. Após 24 horas, 80% dos insetos infectados por vespas comiam o alimento com álcool.

“Nós acreditamos que nossos resultados são os primeiros a mostrar que o consumo de álcool pode ter um efeito protetor contra doenças infecciosas, em particular, contra os parasitas transmitidos pelo sangue”, disse o autor do estudo, Dr. Todd Schlenke, geneticista na universidade.

“Pode ser que as moscas são especialmente adaptadas para usar álcool como medicina, mas nossos dados levantam uma importante questão: Será que outros organismos, talvez até seres humanos, controle parasitas transmitidos pelo sangue por meio de altas doses de álcool?”.

(Fonte: Portal Terra)

Selos ambientais chegam a dobrar faturamento de empresas

Para ampliar oportunidades de negócios, setores conhecidos por causar grandes impactos no ecossistema dos locais onde funcionam, como a carcinicultura (criação de camarões), investem em processos que contribuem para redução de danos ambientais e aumentam as chances de a empresa receber certificados "verdes". Desde 2010, quando a Nutrimar Pescados começou a investir em certificações ambientais, o faturamento da empresa dobrou.

Segundo o engenheiro de qualidade da Nutrimar Pescados, Rafael Nakamura, selos que comprovam boas práticas ambientais aumentam a aceitação do produto no mercado e abrem portas dentro e fora do País. Para os exportadores, apresentar certificado ambiental é praticamente uma exigência. E o mercado nacional também já está focado nisso.

Atento a isso, só para a construção do sistema de purificação das águas que saem dos tanques de criação de camarões, a Nutrimar investiu R$ 250 mil. Segundo Nakamura, a purificação de afluentes não é uma prática obrigatória, mas se não for feita polui as águas da região. A criação de camarões aumenta a quantidade de metano e de CO2 na água. "Acaba gerando um semi-esgoto que, quando despejado no mar, desequilibra o ecossistema local", explica o engenheiro. Para evitar impactos ambientais, a saída encontrada foi instalar um sistema natural de purificação das águas provenientes do processo.

Os tanques de camarões recebem bactérias específicas, que vão funcionar como filtros naturais. Assim, a água vai sendo purificada ao mesmo tempo em que o camarão é criado, uma vantagem ante os tratamentos posteriores, que exigem maior estrutura de bombeamento e área de armazenamento para as águas em tratamento. Além disso, como o ambiente fica mais estéril que o normal, a qualidade dos camarões produzidos também melhora. Em seguida, a água é levada a tanques de sedimentação, para que as impurezas pesadas decantem e sejam retiradas.

Nakamura alerta para a necessidade de ter cuidado com o tratamento de afluentes. O excesso de purificação pode modificar algumas características da água, como por exemplo o PH, dificultando a sobrevivência da biodiversidade da região. "O ideal é que a água volte para o mar com as mesmas condições em que foi retirada. Com um tratamento natural é possível conseguir esse resultado", explica Nakamura.

http://invertia.terra.com.br

Há quase um milhão de catadores de lixo reciclável no Brasil Há quase um milhão de catadores de lixo reciclável no Brasil

Ao contrário do que acontece em Portugal, o catador é uma profissão legal e regulamentada no Brasil. É reconhecido na lei brasileira como um profissional autónomo, que pode estar associado a uma cooperativa, e cuja função é recolher, seleccionar e transportar material reciclável na via pública e nos estabelecimentos, para venda ou uso próprio.

Segundo estimativas da associação Cempre-Compromisso Empresarial para a Reciclagem, em 2010 existiam cerca de um milhão de catadores de materiais recicláveis no país.

A quase inexistência de sistemas municipais de recolha selectiva potencia a actividade: num total de 5565 municípios brasileiros, apenas 900 têm estes sistemas. E tendo em conta que a produção de lixo tem aumentado nos últimos anos - em 2010, cada habitante produziu cerca de 378 quilos de lixo, perfazendo 61 milhões de toneladas -, os catadores têm uma função indispensável.

Estima-se que estes profissionais contribuam com cerca de 90% de todo o material que alimenta a indústria brasileira de reciclagem. No entanto, a actividade não é bem vista pela sociedade, não obedece a horários - trabalham até 12 horas por dia e carregam mais de 200 quilos de lixo - e é mal remunerada.

Apenas 13 mil profissionais estão organizados em cooperativas, associações ou grupos. Os restantes trabalham por si nas ruas, em lixeiras e aterros. São, na maioria, homens, com o ensino básico incompleto, e cerca de 50% têm menos de 45 anos. Muitos são crianças, com menos de 14 anos.

Em 2010, o Governo aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que visa eliminar as lixeiras até 2014 e obriga os municípios a criarem um plano de gestão de resíduos. Os municípios que aplicarem programas de recolha selectiva recorrendo a cooperativas ou associações de catadores de materiais serão beneficiados financeiramente.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1534466

Brasil quer auto-suficiência em radioisótopos e radiofármacos

Medicina nuclear

O Brasil está a caminho de se tornar auto-suficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos, substâncias essenciais na Medicina Nuclear.

A Medicina Nuclear é a especialidade médica que hoje possibilita as maiores chances de diagnóstico preciso e tratamento de doenças relevantes, como o câncer.

Ela também possui importantes aplicações em problemas cardíacos, avaliação das atividades cerebrais, entre outras.

O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), empreendimento a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), deverá entrar em funcionamento em 2017, no município de Iperó, no interior de São Paulo.

Trata-se de um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos, a base para os radiofármacos e também para produção de fontes radioativas usadas pelo Brasil em larga escala nas áreas industrial e de pesquisas.

Reatores de pesquisa

O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento.

A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado na unidade da CNEN em São Paulo, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

Esse reator, porém, não atende a demanda brasileira dos radioisótopos utilizados na produção de radiofármacos, que em 2011 propiciaram a realização de cerca de 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear.

A maior parte dos radioisótopos com origem em reatores nucleares é importada.

Em 2009, com a paralisação de um reator canadense que é o principal fornecedor do Brasil, juntamente com a interrupção de funcionamento de reatores na Bélgica e na Holanda, houve uma crise mundial no fornecimento.

O Brasil buscou alternativas de importação na Argentina e África do Sul, mas a área de Medicina Nuclear nacional precisou adaptar-se a uma situação de crise no abastecimento.

Medicina nuclear: ações de emergência para repor radiofármaco
O reator do Canadá voltou a funcionar e a crise de 2009 foi contornada.

Reator Multipropósito Brasileiro

A situação, porém, criou a expectativa de se garantir ao Brasil independência na produção dos radioisótopos utilizados.

O RMB (Reator Multipropósito Brasileiro) tornará isso possível.

Além de já ter local definido, um terreno de 1,2 milhão de metros quadrados cedido à CNEN pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), o empreendimento foi incluído no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA- 2012-2015), com uma previsão orçamentária da ordem de R$ 400 milhões para o período.

O custo total estimado do RMB é de R$ 850 milhões.

Além da produção de radioisótopos, o RMB também tem como funções básicas a realização de testes de irradiação de combustíveis nucleares e materiais estruturais utilizados em reatores de potência, bem como a realização de pesquisas científicas com feixes de nêutrons em várias áreas do conhecimento, atuando de forma complementar ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

Informações da CNEN

Estudos sobre vírus mutante da gripe aviária continuam censurados

Mutação induzida em laboratório

Há pouco mais de um mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu um duro puxão de orelhas nos cientistas que criaram um vírus mutante da gripe aviária.

Graças à mutação induzida em laboratório pelos cientistas, o perigoso vírus H5N1 passou a ser transmissível entre humanos.

Desde que foi detectado, em 1997, cerca de 600 pessoas contraíram o H5N1 e mais da metade delas morreram, uma taxa de letalidade inédita - mas o vírus selvagem não consegue passar de uma pessoa para outra, apenas das aves para os humanos.

Com a modificação feita pelos cientistas, o perigo do vírus seria incalculável.

Censura à ciência

Desde então, tem havido uma controvérsia inédita sobre se o estudo científico relatando como os cientistas induziram a mutação no vírus H5N1 deve ser publicada ou não.

No mais recente capítulo da história, especialistas em saúde pública, reunidos em Genebra, não chegaram a um acordo quanto sobre a publicação da pesquisa.

Com isto, a reunião da OMS decidiu que mais discussões são necessárias e ordenou uma moratória de prazo indefinido sobre as pesquisas.

Segundo a organização, a sua publicação nas revistas científicas Science e Nature, que vinha sendo aventada, poderia dar ensinamentos a bioterroristas que queiram causar uma pandemia global.

Liberdade acadêmica

Os dois estudos foram submetidos às revistas científicas em novembro do ano passado, mas o NSABB (Conselho Científico para a Biossegurança Nacional dos EUA) pediu aos editores que omitissem partes dos artigos científicos, alegando que os detalhes poderiam ser usados por extremistas para desenvolver vírus poderosos.

A censura causou protestos entre cientistas, que alegam que a medida fere a liberdade acadêmica.

Alguns alegam até que os detalhes dos estudos já eram amplamente conhecidos no meio científico e que sua censura teria pouco efeito prático.

Desde então, os pesquisadores envolvidos nos estudos e os periódicos científicos vêm debatendo a questão.

http://www.diariodasaude.com.br

Carne cultivada em laboratório avança rumo a hambúrguer sintético

Hambúrguer artificial

O Dr. Mark Post, um dos principais pesquisadores mundiais na área da "carne sintética", anunciou estar ainda mais próximo de produzir seu primeiro hambúrguer em laboratório.

O cientista holandês anunciou seus mais recentes avanços durante uma palestra na conferência If, no Canadá.

Post e seus colegas da Universidade Maastricht usaram células-tronco de tecido muscular de bois para produzir células musculares adultas.

Carne sintética

O objetivo da pesquisa é duplo.

O primeiro é produzir uma carne rica em proteínas e com menor teor de gordura, ou seja, uma carne mais saudável.

O segundo é substituir a criação de gado que, segundo o Dr. Post, é uma das atividades humanas mais agressivas ao meio ambiente.

"Um vegetariano em um Hummer [um dos maiores jipes vendidos pela indústria automobilística] faz muito menos estrago do que um comedor de carne em uma bicicleta," afirmou ele.

Falta o sabor

As fibras musculares criadas pelo Dr. Post parecem-se com filetes de alguns frutos do mar.

A equipe agora pretende misturá-las com sangue e gordura - tudo desenvolvido artificialmente - para criar o tão esperado hambúrguer sintético.

Segundo o Dr. Post, esse primeiro hambúrguer de carne artificial deverá ser insosso, e eles precisarão trabalhar no sabor em uma segunda etapa.

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Vinte pessoas ficam feridas em ataque de peixes carnívoros no RS

Vinte banhistas ficaram feridos após serem mordidos por um cardume de palometas (Chloroscombrus chrysurus) neste domingo (19), no Balneário Passo do Angico, em Toropi, na Região Central do Rio Grande do Sul. Segundo os salva-vidas que trabalhavam na área de banho do Rio Toropi, os ataques tiveram início por volta das 16h30. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o peixe é carnívoro e tem semelhança com a piranha.

As mais de mil pessoas que se banhavam no local foram orientadas a sair da água, informou a coordenação do balneário. Quem foi atacado sofreu ferimentos leves, como cortes nos dedos dos pés e das mãos. As vítimas foram atendidas no local pelo Corpo de Bombeiros de Toropi e de São Pedro do Sul, que precisou enviar ajuda.

O local foi liberado para banho na manhã desta segunda-feira (20), mas está sendo monitorado pelos salva-vidas. Algumas pessoas chegaram a entrar no balneário, e não houve relatos de novos ataques até as 10h30. Os bombeiros acreditam que os peixes atacaram os banhistas devido ao baixo nível da água no balneário e a escassez de alimentos.

(Fonte: G1)

Médico alerta sobre gripe suína, que ainda registra casos no país

O presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Igor Bastos, disse nesta segunda-feira (20) que a população brasileira está “se esquecendo” da influenza A (H1N1) – gripe suína – e alertou que o país ainda registra casos, inclusive graves, da doença.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, ele lembrou que as doenças respiratórias atingem a população de maneira frequente, sobretudo no inverno, quando há maior aglomeração em ambientes fechados. “Mas isso não quer dizer que no verão não possamos ter casos. É menor o índice, mas, mesmo assim, pode acontecer”, ressaltou.

Outro fator importante, segundo o médico, é a imunização contra a gripe suína. “Existe a vacinação, mas muitas pessoas deixaram de tomar a vacina”, disse. “A vacinação é uma maneira de evitar a doença sim, mas a vacina, apesar de a gente acreditar que imuniza, muitas vezes pode não imunizar, dependendo da pessoa. Mesmo vacinado, você pode ter doenças”, completou.

Por isso, Bastos destacou que cuidados básicos como lavar bem as mãos com água e sabão e cobrir a boca ao tossir devem ser reforçados. Pessoas com doenças respiratórias crônicas, como enfizema pulmonar e bronquite, e pessoas imunossuprimidas devem ter os cuidados redobrados.

No fim do ano passado, especialistas alertaram que o Brasil não está livre de enfrentar nova epidemia de gripe suína, como a que atingiu o país em 2009. De acordo com o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Otávio Oliva, a doença pode voltar a atingir o Brasil e outros países em forma de pandemia.

(Fonte: Paula Laboissière/ Agência Brasil)

Acidez na água dos oceanos ameaça 30% das espécies, mostra pesquisa

Pesquisa da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, indica que os oceanos do planeta estão ficando cada vez mais ácidos. No ritmo atual, segundo os cientistas, cerca de 30% das espécies marinhas podem ser extintas até o fim do século. De acordo com a pesquisa, a água do mar está ficando mais ácida devido ao dióxido de carbono.

Os cientistas examinaram a água abaixo dos vulcões, nas quais o dióxido de carbono ocorre naturalmente, para verificar como a vida marinha lida com a água mais ácida. Segundo os pesquisadores, nos próximos anos a água marinha começará a afetar alguns organismos e alguns tipos de corais não conseguirão sobreviver.

O trabalho foi apresentado pelo cientista britânico Jason Hall-Spencer, que estudou as aberturas vulcânicas no oceano. Segundo ele, a conclusão da pesquisa é um “aviso” sobre o futuro dos ecossistemas marítimos. O trabalho foi apresentado por ele durante conferência em Vancouver, no Canadá.

Hall-Spencer disse que examina as aberturas vulcânicas como uma máquina do tempo. “Nem todas as espécies estão calcificadas. Há conchas e esqueletos rígidos e existem outros organismos com corpos macios que também deixam o mar [em busca de qualidade de vida]”, explicou.

O cientista ressaltou que há 55 milhões de anos aconteceu situação semelhante à identificada na pesquisa, que leva cerca de 10 mil anos para ocorrer. Segundo Hall-Spencer, os oceanos precisam de aproximadamente 125 mil anos para se recuperar e obter de volta a “química normal”.

“[Ou seja], o que fizermos ao longo dos próximos 100 anos ou 200 anos pode ter influência nos ecossistemas oceânicos de dezenas de milhares a milhões de anos. Essa é a implicação do que estamos fazendo com os oceanos agora”, destacou Hall-Spencer.

(Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Países que mais se preocupam com o Planeta

Rio - As prestigiadas universidades americanas de Yale e Columbia divulgaram semana passada seu ranking de países mais “verdes’ do mundo. As grandes estrelas do Índice de Performance Ambiental 2012 (EPI 2012, na sigla em inglês) foram países europeus — geralmente de população pequena — mas, mesmo assim, o Brasil, ainda que em 30º lugar, conseguiu arrancar alguns elogios.

O ranking deu notas a 132 países, analisando as políticas dessas nações em critérios como saúde ambiental, recursos da água, poluição do ar, biodiversidade, habitat, florestas, alterações climáticas, entre outros. Fora a Costa Rica, na 5ª posição, todas os 10 países melhores colocados são europeus, entre eles a líder, Suíça.

Os autores da relação fizeram críticas a países que, assim como o Brasil, estão desenvolvendo suas economias rapidamente, incluindo os outros chamados membros do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

“A Rússia tem sofrido uma crise severa em quesitos como perda de floresta. China, em 116º, e a Índia, em 125º lugar, refletem a influência do crescimento econômico rápido no Meio Ambiente”, disse a Universidade de Yale, em seu site.

O Brasil, porém, foi poupado de críticas.“O Brasil é o 30º lugar, o que mostra que o foco na sustentabilidade como uma prioridade política vai pagar dividendos, e que o ritmo de desenvolvimento é apenas um dos muitos fatores que afetam o desempenho ambiental”, acrescentaram os cientistas de Yale.

Em seu site, a universidade afirma ainda que os critérios usados para elaborar o ranking deverão ser alvo de discussão na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio +20, a ser realizada na cidade em junho.

“Os líderes mundiais que se reunirão na Rio + 20 em junho precisam saber quem está à frente e quem está atrasando os desafios ambientais do planeta”, afirmou ao site da universidade o diretor do Centro de Direito e Políticas Ambientais da Universidade de Yale, Daniel C. Esty.

EUA ganha crítica sobre efeito estufa

Ainda o país mais rico do mundo, os EUA ficaram em 49º lugar, com boas avaliações em seus sistemas de controle de poluição da água e do ar, mas com críticas na quantidade de gases do efeito estufa que lança na atmosfera e investimento na geração de energia renovável. Com o resultado, os americanos estão bem atrás da maioria dos países industrializados, como França (6º), Reino Unido (9º), Alemanha (11º) e Japão (23º).

Os países com as piores cinco avaliações foram África do Sul, Casaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e Iraque. “Todos estes países estão às voltas com a deterioração das condições ambientais no contexto de pressões de desenvolvimento econômico e outros desafios”, afirmou o relatório dos cientistas que fizeram a lista.

Agência da ONU manterá sigilo de estudo de mutação da gripe aviária

Dois estudos mostrando as mutações necessárias para que o vírus H5N1, da gripe aviária, se espalhe entre mamíferos só serão divulgados depois que especialistas avaliarem completamente seus riscos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (17).

Falando após uma reunião de especialistas em gripe e de autoridades de segurança dos Estados Unidos em Genebra, um funcionário da OMS disse que um acordo foi alcançado para em princípio manter em sigilo os detalhes dos polêmicos trabalhos até uma revisão mais profunda dos riscos.

“Há uma preferência da perspectiva da saúde pública pela plena divulgação da informação nesses dois estudos. No entanto, há preocupações públicas significativas cercando essa pesquisa e que devem ser atendidas em primeiro lugar”, disse Keiji Fukuda, diretor-geral-assistente da OMS para segurança da saúde e meio ambiente.

A OMS convocou a reunião para tentar superar o impasse entre cientistas que estudam as mutações necessárias para tornar o vírus aviário H5N1 transmissível entre mamíferos, e o Conselho Consultivo Científico Nacional para a Biossegurança (NSABB, na sigla em inglês), que deseja censurar o trabalho antes da sua publicação em revistas científicas.

Especialistas em biossegurança temem que as formas de vírus mutante criadas independentemente por equipes da Holanda e dos EUA possam cair em mãos erradas, sendo usadas para iniciar uma pandemia pior do que a da chamada gripe espanhola, que matou até 40 milhões de pessoas em 1918-19.

Gregory Hartl, porta-voz da OMS, disse que, por causa desses temores, “deve haver uma discussão muito mais completa sobre os riscos e benefícios de pesquisas nessa área do que sobre os ricos do vírus em si”. Mas um cientista próximo à NSABB disse à Reuters, sob anonimato, que o conselho ficou profundamente “frustrado” com a decisão.

O único representante da NSABB na reunião foi o infectologista Paul Keim, da Universidade do Norte do Arizona. “Foi uma reunião a portas fechadas, dominada pelo pessoal da gripe, que tem um interesse velado em continuar esse tipo de trabalho”, disse a fonte.

A OMS disse que a reunião teve a presença de pesquisadores envolvidos nos dois estudos, de revistas científicas interessadas em publicá-las, de financiadores da pesquisa, de países que forneceram os vírus, de especialistas em bioética e de diretores de vários laboratórios ligados à OMS que pesquisam a gripe.

O H5N1, detectado pela primeira vez em 1997 em Hong Kong, é comum em criações avícolas de vários países, principalmente na Ásia, mas raramente contamina humanos. Desde 2003, há registro de 600 casos em pessoas, metade das quais morreram, índice de mortalidade muito superior à do vírus H1N1, da gripe suína, que causou a pandemia de gripe em 2009-10.

No ano passado, duas equipes científicas, uma comandada por Ron Fouchier, do Centro Médico Erasmus, e a outra de Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin, disseram ter descoberto que bastam algumas poucas mutações para que o H5N1 se espalhe como uma gripe normal entre mamíferos, mantendo sua letalidade atual.

Em dezembro, o NSABB pediu às revistas “Nature” e “Science que não” divulgassem detalhes do trabalho, para evitar seu uso por bioterroristas. Esse tipo de pesquisa, no entanto, é crucial para o desenvolvimento de vacinas.

(Fonte: G1)

Brasil contesta organização ambiental mundial proposta pela Europa

O Brasil se colocou contra a criação de uma organização mundial de meio ambiente, nesta quinta-feira (16). Ela é uma proposta europeia, que será discutida na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a Rio+20, no Rio de Janeiro, em junho.

Um dos objetivos da Rio+20, que reunirá líderes de todo o mundo entre 20 e 22 de junho, é fortalecer a governança internacional para conseguir enfrentar a crise ambiental do planeta e impulsionar acordos mundiais para o desenvolvimento sustentável.

“O que a maioria dos países em desenvolvimento acredita é que, quando criarmos uma nova estrutura de governança [internacional], ela terá que se concentrar no desenvolvimento sustentável” do planeta, levando em conta suas vertentes econômicas e sociais, não apenas o meio ambiente, disse o chefe de negociação do Brasil, André Corrêa do Lago, por telefone.

“Achamos que isolar o meio ambiente com uma organização mundial do meio ambiente” que não leve em conta as vertentes econômica e social do desenvolvimento sustentável “é dar um passo atrás”, disse o brasileiro.

Os críticos argumentam que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), creado há 40 anos, carece de força e meios. Alguns propõe fortalecê-lo, enquanto outros propõem convertê-lo em agência.

A proposta de criar uma agência ou organização mundial do meio ambiente conta com o apoio de mais de 100 países, afirmou em janeiro Nathalie Kosciusko-Morizet, ministra do meio ambiente da França, país que lançou a ideia.

A Rio+20, destinada a obter consensos na luta contra a crise ambiental e impulsionar um crescimento econômico mais ‘verde’ e social, será a quarta cúpula mundial sobre o meio ambiente o o desenvolvimento sustentável, depois de Estocolmo, em 1972, do Rio de Janeiro, em 1992, e Joanesburgo, em 2002.

(Fonte: G1)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Garrafas PET podem ser usadas para a produção de verniz

Em vez de ir para o lixo, garrafas PET usadas podem ser transformadas em matéria-prima para a produção de verniz, substituindo compostos derivados de petróleo.

No seu estudo de mestrado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o químico Antonio Eduardo Ferreira Alves da Silva desenvolveu uma técnica para transformar as garrafas plásticas jogadas no lixo em um verniz em pó que pode ter várias aplicações: de utensílios domésticos a eletrônicos e indústria automotiva.

O experimento, que já foi patenteado, levou a última edição do prêmio de pesquisa da Abripet (Associação Brasileira da Indústria do PET).

“O trabalho é importante porque aproveita um material que seria descartado e poderia acabar jogado de qualquer jeito, prejudicando o ambiente”, disse Silva, que já tinha grande experiência no mundo das tintas industriais antes de se aventurar pelo ramo da pesquisa.

O cientista lidou com material que já havia sido descartado. Após serem moídas, as garrafas passam por um processo de degradação que altera seu peso molecular.

O material passa ainda por outros processos até ser incorporado à receita que forma o verniz sustentável.

O resultado já mostrou que o material é viável para diversos usos e aderiu bem às superfícies em que foi testado.

Aperfeiçoamento - Silva ressalta que o verniz em pó ainda precisa ser aperfeiçoado antes de entrar no mercado – o que ainda não tem previsão de acontecer.

“Para ser comercializado, é preciso resolver alguns problemas eventuais, como a formação de bolhas.”

Além disso, diz o cientista, o material é bastante duro. “Algumas aplicações pedem maleabilidade do verniz. É uma propriedade que precisa ser levada em consideração”, completa.

Por enquanto, o verniz em pó sustentável de Silva ainda está restrito ao laboratório, mas já existem no mercado tintas e vernizes que usam o PET como um de seus componentes.

“Mas o uso ainda é restrito. Temos que disseminá-lo”, afirma Silva.

(Fonte: Giuliana Miranda/Folha.com)

Site apoia administradores públicos na gestão de resíduos sólidos no Brasil

No endereço www.iclei.org.br/residuos, é possível conhecer mais sobre as iniciativas do ICLEI Resíduos e obter informações e notícias sobre resíduos e o papel da sociedade, das organizações e do setor público na gestão local.

O ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade, associação internacional de governos locais comprometidos com o desenvolvimento sustentável, acaba de divulgar seu site ICLEI Resíduos (www.iclei.org.br/residuos). Trata-se de um portal sobre resíduos, voltado principalmente aos administradores públicos, que busca compartilhar e divulgar conhecimento, experiências e boas práticas de gestão de resíduos no Brasil e no mundo, para fortalecer governos locais a enfrentarem seus desafios e optarem pelo caminho da sustentabilidade em suas tomadas de decisão.

O site do ICLEI Resíduos vem a contribuir com o programa de capacitação do Projeto GeRes Gestão Local de Resíduos Sólidos, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o ICLEI Brasil e apoio da Embaixada Britânica, iniciada em 2012, com o objetivo de apoiar governos locais brasileiros estados e municípios na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para isso, serão feitas publicações, como manuais orientativos e boletins eletrônicos, além de workshops presenciais sobre como elaborar os planos municipais/intermunicipais e estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Essa iniciativa, junta-se a um movimento nacional histórico, em que, após 20 anos de tramitação no Congresso Nacional, foi sancionada a Lei no. 12.305/ 2010 que institui a PNRS. Ao estabelecer princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes que definem responsabilidades a todos os geradores, a PNRS marca o início de uma transformação fundamental na gestão e no gerenciamento dos resíduos, que prioriza, nesta ordem, a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Durante a implementação da PNRS, os municípios, estados e consórcios enfrentarão diversos desafios. Entre eles o de implementar a coleta seletiva e a logística reversa - sempre apoiando a inclusão dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nesse processo e o de elaborar seus Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), que devem ser apresentados até agosto de 2012 para garantir a continuidade de acesso aos recursos da União. Além disso, até agosto de 2014 os lixões devem ser eliminados - segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 2008, 71% dos municípios brasileiros ainda encaminhavam seus resíduos e rejeitos para lixões e aterros controlados, formas ambientalmente inadequadas de disposição final dado que comprova o enorme desafio pela frente.

Neste contexto, o ICLEI, através do Projeto GeRes - Gestão Local de Resíduos Sólidos, ajudará os governos locais na elaboração de seus PGIRS. Nesta fase inicial do projeto, pretendemos colaborar com os gestores públicos no aumento da capacidade técnica das equipes que farão os planos de gestão de resíduos. Para isso, lançaremos um manual com orientações, um curso de ensino à distância e organizaremos alguns treinamentos presenciais, afirma Florence Laloe, Secretária Executiva Regional Interina do ICLEI para a América do Sul.

O site ICLEI Resíduos contribui também nesse processo de capacitação, permitindo ao gestor e aos outros atores envolvidos na gestão dos resíduos - entender um pouco mais sobre o tema e acompanhar os avanços da Política. Nele estarão disponíveis conceitos, links para download de publicações, notícias, informações sobre eventos desta temática, vídeos, um glossário técnico e boas práticas no Brasil e no mundo.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=729667

Pesquisadores descobrem espécie de borboleta na Mata Atlântica do RS

Pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) descreveram uma nova espécie de borboleta, encontrada na região denominada Campos em Cima da Serra, na Mata Atlântica gaúcha.

Chamada de Prenda clarissa – o gênero é uma homenagem à mulher gaúcha (chamada de prenda) e o nome da espécie remete ao livro do escritor sulista Érico Veríssimo — o exemplar foi encontrado durante expedição feita à Floresta Nacional de São Francisco de Paula, em 2009.

Descrita recentemente na revista científica “Neotropical Entomology” pela equipe de biólogos do laboratório de ecologia e sistemática de borboletas da Unicamp, a borboleta de cor marrom foi identificada como nova a partir de uma observação detalhada de especialistas.

“Reparei que ela tinha um jeito diferente. O padrão de ocelos (chamados de falsos olhos e que ficam na parte inferior das asas das borboletas) era diferente. É provável que esta espécie seja endêmica da região, porém, temos que pesquisar mais detalhes”, disse Cristiano Agra, doutor em Biologia Animal e um dos responsáveis pela descoberta.

Preservação – De acordo com André Freitas coordenador do laboratório paulista que estuda as borboletas – que tem seis anos de funcionamento – ao menos uma espécie nova deste inseto é descrita por ano pelos integrantes da equipe. O Brasil tem hoje 3.500 borboletas registradas.

O número de publicações sobre novas espécies só não é maior devido à carga de trabalho. “Já descobrimos ao menos 20, que ainda não foram descritas. Na semana passada mesmo, retornamos de uma viagem feita à Serra do Caparaó (entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo) onde encontramos mais uma espécie”, disse.

Entretanto, novos registros trazem também preocupação com a extinção de populações, já que muitas são encontradas em áreas onde a vegetação nativa está em degradação.

Freitas disse que grande parte das pesquisas foram realizadas na Mata Atlântica, considerado um dos biomas mais ameaçados no Brasil.

Segundo dados divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente, o bioma, que abrange 15 estados brasileiros perdeu entre 2008 e 2009 cerca de 248 km² de sua cobertura vegetal – número considerado pelo governo abaixo da média, o que representaria uma desaceleração no desmate.

Entretanto, ainda há preocupação já que restam apenas 22,23% de sua vegetação original, que era equivalente a 1,1 milhão de km². O estado de Minas Gerais foi o principal responsável pelo desmate (115,8 km²), seguido da Bahia (65,8 km²) e Santa Catarina (17,6 km²).

“Na Serra do Cipó (MG) – que tem trechos de Mata Atlântica – descobrimos a espécie Yphthimoides cipoensis já sabendo que sua população estava ameaçada, baseado em regras internacionais estipulas pela IUCN [União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, na tradução para o português]. Esta espécie só existe naquela região, bastante impactada pelo homem”, disse.

Cadeia alimentar – As borboletas, segundo o especialista, são essenciais na cadeia alimentar principalmente no estágio de lagartas, pois alimentam outras espécies de insetos, além de aves e pequenos mamíferos. Porém, o desmatamento pode prejudicar o desenvolvimento das populações.

“Existem regiões críticas onde isto já ocorre, como na área de Mata Atlântica no Nordeste do país e na região de cerrado. Outra área grave é a transição entre o cerrado e a floresta amazônica, no Pará e Maranhão. Muitas espécies endêmicas estão em extinção nestas áreas”, comenta Freitas.

Ele cita ainda que para frear a redução de populações de borboletas o governo reuniu informações e criou o Plano Nacional de Proteção a espécies ameaçadas, idealizado pelo Instituto de Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Segundo Freitas, será uma forma de proteger também outros animais com risco de desaparecer na natureza.

(Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

Agricultura usa 92% da água doce do planeta

Pesquisadores afirmam que a agricultura, nos moldes de hoje, consome 92% da água no planeta, o que transforma a produção de alimentos e outros produtos em algo insustentável. O alerta foi dado pelo holandês Arjen Y. Hoekstra, criador da pegada hídrica -, indicador que mede o uso direto e indireto da água doce para se obter um produto alimentício ou qualquer outro bem consumível.

De acordo com o estudo de Hoekstra, publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), uma pessoa consome em média 4.000 litros, de água por dia, incluindo toda a água necessária para a produção de alimentos e bens de consumo. No entanto, de acordo com estudo publicado esta semana, o consumo varia muito de país para país.

Entre as disparidades está no fato de um americano consumir mais do que o dobro da média global, enquanto que habitantes da China e Índia consomem pouco mais de 1000 litros. A pegada de água do consumidor médio é determinada principalmente pelo consumo de cereais (27%), carne (22%) e produtos lácteos (7%). O Brasil é o quarto maior consumidor de água – o brasileiro consome em média 3.780 litros de água por dia -, e também o quarto exportador de bens que mais necessitam de água.

A “pegada Hídrica da humanidade” mostra ainda que há a importação e exportação virtual da água. Um consumidor holandês, por exemplo, ao comprar uma camisa feita com algodão e produzida fora da Holanda, usa a água do país de produção.

Os pesquisadores também esperam ver uma mudança drástica no consumo na China, que depende cada vez mais de terras agrícolas, por exemplo, da África. Isto levará a importação muito maior de água. De a cordo com o estudo, estes são todos os indicadores claros de que a escassez de água não é um problema local, mas deve ser visto de uma perspectiva global.

(Fonte: Portal iG)

Aquecimento pode aumentar casos de tempestades violentas, diz estudo

Por causa do aquecimento global, a “tempestade do século” corre o risco de se tornar mais frequente, reduzindo sua ocorrência para décadas e até mesmo anos, segundo uma simulação feita na região de Nova York por cientistas americanos, divulgada nesta terça-feira (14).

Quando a tempestade tropical Irene varreu a costa leste dos Estados Unidos e do Caribe, em agosto de 2011, deixando dezenas de mortos e causando inundações maciças, muitos especialistas a qualificaram de “tempestade do século”, um evento meteorológico tão violento e tão raro que só ocorre, em média, a cada cem anos.

Mas climatologistas do Instituto de Tecnologia de Massaschussetts (MIT, na sigla em inglês) e da Universidade de Princeton avaliaram que o aquecimento global vai aumentar fortemente a frequência de catástrofes naturais como esta, que poderão ocorrer a cada três ou vinte anos, segundo seus cálculos.

Projeções – Estes cientistas combinaram quatro modelos climáticos para fazer uma simulação informática de tempestades recentes (de 1981 a 2000) e suas projeções no futuro (de 2081 a 2100) em um raio de 200 km no entorno de Nova York, criando um total de 45.000 tempestades virtuais.

Aquela que corresponde atualmente à tempestade do século provoca uma elevação do nível das águas de dois metros, em média, em Nova York. Até 2100, um evento como estes ocorreria a cada três ou vinte anos, segundo os resultados, publicados na revista científica britânica “Nature Climate Change”.

A cada 500 anos, em média, a região vive um episódio ainda mais intenso que provoca uma elevação de três metros no nível das águas. Até o fim do século XXI, esta frequência diminuiria para 25 a 240 anos, afirmaram.

Tanto em um caso quanto no outro, o mar inundaria facilmente os diques de Manhattan, que atualmente medem 1,5 metro, destacaram os estudiosos.

(Fonte: G1)

Cientistas detectam vírus emergentes no Brasil

Vírus emergentes

No jargão científico, vírus emergente é um vírus recém-descoberto ou aquele cuja incidência aumenta em uma determinada região.

No Brasil, alguns exemplos são o Oropouche e o Mayaro.

Ambos são arbovírus, como os da dengue, e também causadores de doenças febris agudas que estão se tornando epidêmicas no Norte do país.

Há ainda o hantavírus, responsável por uma forma grave de pneumonia capaz de matar quase metade dos infectados.

Ele foi encontrado pela primeira vez no Brasil em 1993 e, desde então, cerca de 1,4 mil casos já foram notificados.

Hantavirose

Durante os últimos três anos e meio, cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, dedicaram-se a estudar esses e outros vírus emergentes.

O projeto é coordenado pelo virologista Luiz Tadeu Moraes Figueiredo. Foram ao todo 52 subprojetos, dos quais participaram mais de 50 pesquisadores.

Entre os avanços, destacam-se o isolamento do hantavírus Araraquara, inédito no Brasil, e o desenvolvimento de um reagente que facilitou o diagnóstico da hantavirose.

"Antes, dependíamos de insumos importados. Hoje, distribuímos esses antígenos para vários locais no Brasil e também para Colômbia e Argentina", disse Figueiredo.

Mais três vírus

Também foram criados reagentes para diagnosticar o Oropouche e três vírus causadores de encefalite: Saint Louis, Rocio e Oeste do Nilo.

Acreditava-se que este último não existisse no Brasil. Mas, recentemente, estudos sorológicos feitos em cavalos comprovaram sua presença.

O próximo passo, segundo Figueiredo, é testar se esses reagentes - obtidos a partir de genes do vírus inoculados em uma bactéria - também são capazes de funcionar como vacina.

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Inscreva seu projeto ambiental na Fundema

A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) está com inscrições abertas para o edital de patrocínio de projetos ambientais no valor de 300 mil reais. Podem participar entidades não governamentais, instituições de ensino, associações de moradores, cooperativas, fundações e órgãos de governo.
Cada entidade pode apresentar cinco projetos – um por eixo de trabalho. Já retiraram o edital 41 entidades. Quem tiver interesse, deve solicitar o documento junto à Fundema, por telefone ou e-mail. A temática “Sustentabilidade” permite que os projetos abordem temas diferenciados como os recursos hídricos, resíduos, fauna silvestre regional, flora regional e as áreas voltadas à educação ambiental.
Ao fazer a inscrição, deve-se levar em conta critérios como o impacto ambiental da iniciativa; os benefícios sociais para o público envolvido; o caráter; o potencial de difusão do trabalho. No total, a Fundema vai incentivar dois projetos de 20 mil reais; oito de 15 mil; 11 de 10 mil; e seis de 5 mil com recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente (FMMA).
* Cronograma:
Inscrições até 23 de março
Avaliação dos projetos de 26 de março a 8 de abril
Resultado dia 10 de abril
Contato imprensa:
Ana Keller
Assessoria de Comunicação
Fundação Municipal de Meio Ambiente – Fundema
(47) 3433-2230, ramal 213

http://correiodobrasil.com.br/

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frio congela o Danúbio e número de mortos na Europa chega a 590

O Danúbio congelado por centenas de quilômetros, milhares de pessoas isoladas pela neve, e um novo registro de 590 mortes. O frio glacial persiste na Europa e pode piorar neste fim de semana.

O tráfego fluvial no Danúbio foi interrompido devido ao gelo que se estende por centenas de quilômetros em Áustria, Hungria, Croácia, Sérvia e Bulgária, paralisando as atividades na principal via comercial navegável da Europa.

Nos 588 km do rio na Sérvia, os blocos de gelo cobrem até 100% da superfície com uma espessura de até 50 cm. As autoridades estimam que a navegação só poderá ser retomada depois de dez dias.

Em todo o continente, particularmente no leste, o frio continua a matar. Na manhã desta sexta-feira foram confirmados 590 mortos.

Na Ucrânia, onde as temperaturas podem chegar a 30 graus negativos no final de semana, as autoridades suspenderam novos registros diários sem explicação. Mas, até terça-feira, quando foi divulgado o último número de vítimas oficial, esse era o país da Europa mais afetado, com 135 mortes (112 mortes causadas diretamente pelo frio).

Na Polônia, o frio fez mais cinco novas vítimas, elevando para 82 o total de mortos desde o início da onda de frio, sem contar com as pessoas mortas sufocadas com monóxido de carbono ou em incêndios causados por sistemas de aquecimento defeituosos.

Na Rússia, onze pessoas morreram desde o início do mês em Moscou em incêndios provocados pela utilização de aquecedores com defeito. Em todo o país, o frio matou 46 pessoas desde o início de fevereiro.

O frio matou mais 24 pessoas na Lituânia, dez na Letônia, onde o número de incêndios bateu um nível recorde, e uma na Estônia.

Na República Tcheca, foram 25 pessoas mortas pelo frio. Para este fim de semana são esperadas temperaturas de 40 graus negativos nas montanhas e -25° em Praga.

Aos mortos, acrescentam-se mais 16 na Hungria e cinco na Eslováquia.

Na Romênia, mais 13 pessoas morreram na noite de quinta para sexta-feira, aumentando para 57 o número de mortos, enquanto cerca de 23 mil pessoas continuam isoladas no leste do país, com as estoques de alimento e água chegando ao fim.

Na Bulgária, onde o frio deixou 30 mortos em 10 dias e todas as escolas continuam fechadas, anunciou que vai interromper sua exportação de eletricidade, pois precisa de toda a sua capacidade para abastecer o próprio país, O país, um dos principais exportadores nos Bálcãs, exporta para Grécia, Sérvia, Macedônia e Turquia.

Nos Bálcãs, foram 37 mortos pelo frio.

Milhares de pessoas estão isoladas por causa da neve em cidades, geralmente sem eletricidade, na Sérvia, Croácia, Bósnia, Macedônia, Montenegro e Albânia.

Operações com helicópteros são realizadas na Bósnia e na Macedônia para abastecer com alimentos e medicamentos os moradores isolados e para transportar pessoas doentes para os hospitais.

Mais a oeste, a onda de frio matou cinco na Grécia, mais cinco na Áustria, quatro na Alemanha e um na Holanda.

Na França, a morte por hipotermia de pelo menos três idosos, entre eles um homem de 83 anos que deixou o seu carro bloqueado pela neve para tentar chegar em casa a pé, e a de dois moradores de rua em Paris elevam para 12 o número de mortos.

Na Itália, como previsto, a neve voltou nesta sexta-feira, moderada, mas provocando desespero, depois de uma tempestade de neve e temperaturas glaciais que fizeram pelo menos 45 mortos em dez dias.

Na capital é esperado 30 cm de neve. As autoridades se prepararam e distribuíram 4 mil pás, posicionaram 600 caminhões limpa-neve nas principais estradas e mil toneladas de sal.

No entanto, as pessoas continuam traumatizadas pela desorganização e o caos da sexta-feira e sábado, e armazenaram provisões para o fim de semana.

Em Hamburgo, na Alemanha, as pessoas estavam ansiosas com o frio: pela primeira vez em cinco anos, o maior festival de patinação da Alemanha acontecerá neste fim de semana no Aussenalster, lago fora da cidade que está coberto com mais de 20 cm de gelo.

As autoridades da cidade, que espera um milhão de visitantes, deram sinal verde, após verificarem que a camada de gelo é suficientemente sólida.

(Fonte: Gazeta do Povo/PR)

Governo quer implantar internet 0800

0800 para internet

O governo federal está realizando estudos para implementar a chamada tarifação reversa da banda larga móvel.

Por meio desse sistema, os provedores de conteúdo - os sites - pagariam o acesso dos usuários, realizado a partir de aparelhos móveis como tablets, celulares, smartphones e modems 3G).

A iniciativa é inédita, e funcionaria como um número 0800, similar ao usado em sistemas de atendimento ao consumidor.

"Não temos conhecimento de nenhum modelo internacional parecido. Acho que isso será meio tupiniquim", afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Reclamações e governo eletrônico

Segundo o ministro, a ideia é que o serviço seja pago pelo site ao qual o internauta vai ser conectado.

"Queremos desenvolver uma conexão de internet onde a pessoa entra para fazer reclamação, é atendida por um call center, realiza compras e faz operações bancárias, sem ter de pagar pela conexão," afirmou.

Segundo o governo, a chamada "internet 0800" poderia facilitar o acesso das classes mais pobres da população ao conteúdo digital, já que não seria necessário ter um pacote de dados para acessar determinados tipos de conteúdo.

Outra vantagem é a aproximação entre o governo e os cidadãos, já que a banda larga reversa pode funcionar como uma plataforma para a prestação de diversos serviços governamentais pela internet, como educação, saúde, trabalho e previdência, sem que seja necessário para o usuário pagar pelo acesso.

A conexão poderia ser feita até mesmo através de um aparelho pré-pago que estivesse sem créditos.

Domínio 0800.com.br

A escolha de um modelo de solução técnica para a utilização desse sistema de tarifação ainda depende de discussões entre Ministério das Comunicações, Anatel e operadoras.

Segundo o Ministério das Comunicações, um projeto-piloto do sistema deverá ser desenvolvido na primeira quinzena de março, na localidade do Varjão, na periferia do Distrito Federal.

Governo e operadoras também estão definindo a participação das empresas no projeto-piloto, além de definir quais os sites que poderão ser acessados.

Para implementar a tarifação reversa, está sendo estudada a possibilidade de serem criados domínios específicos na rede mundial de computadores, como "0800.gov.br" ou "0800.com.br".

http://www.inovacaotecnologica.com.br

Comunidade da Paraíba terá acesso à água potável dessalinizada

Cerca de 33 famílias do assentamento Cachoeira Grande, município de Aroeiras, na Paraíba, terão acesso à água potável dessalinizada tanto para o consumo quanto para produção de peixes com a implantação da Unidade Demonstrativa do Água Doce, programa coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, que conta com diversas instituições parceiras, e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Nesta quinta-feira (9/2), às 10h, o sistema será inaugurado na localidade com a presença de representantes do ministério, de autoridades estaduais e municipais e da sociedade.

No ato de inauguração será anunciado investimento de R$ 14,5 milhões para recuperação e/ou implantação de mais 93 sistemas de dessalinização no estado paraibano. “A iniciativa desencadeia a execução em escala do Água Doce na Paraíba, que já conta com seu plano local para o programa”, diz Renato Ferreira, coordenador do Água Doce no MMA.

Os recursos são resultados de convênio firmado entre os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e Agência Nacional de Água e se insere no Programa Brasil Sem Miséria do Governo Federal. Até junho deste ano será implantada outra unidade demonstrativa na Paraíba no município de Sumé – Assentamento Tigre – também com recursos do BNDES.

No estado paraibano já foram recuperados 21 sistemas de dessalinização com recursos da Fundação Banco do Brasil, como, por exemplo, a unidade demonstrativa no município de Amparo, na comunidade Fazenda Mata.

Até o momento, o Água Doce beneficiou cerca de 100 mil pessoas em 152 localidades rurais do semiárido com a implantação de dessalinizadores. A iniciativa, que faz parte do Programa Água para Todos do Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal, assumiu a meta de aplicar a metodologia do programa na recuperação, implantação e gestão de 1,2 mil sistemas de dessalinização até 2014 e beneficiar, com isso, 500 mil pessoas, com investimentos de R$ 168 milhões.

Água Doce na comunidade – A Unidade Demonstrativa do assentamento Cachoeira Grande foi implantada com a coordenação técnica da Embrapa Semi-Árido, em parceria com o BNDES, Associação Técnico Científica Ernesto Luiz de Oliveira Júnior (Atecel), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Embrapa Meio Ambiente, Incra, Governo do Estado da Paraíba e do Ministério do Meio Ambiente por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano e Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental.

Entre as atividades já desenvolvidas estão: implantação física da Unidade Demonstrativa; peixamento dos tanques de produção; treinamento da comunidade para operação da Unidade Demonstrativa; biometria dos peixes; mobilização social e sustentabilidade ambiental para a gestão, com a negociação do Acordo de Gestão para operação da Unidade Demonstrativa, com participação da comunidade, Prefeitura e Estado, e atividades de sustentabilidade ambiental – cadastramento das famílias, palestra com o tema: transporte e armazenamento da água nas residências.

Mudança climática – O uso sustentável dos recursos hídricos promovido pelo Programa Água Doce contribui para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas. O Programa tem importante relação com a Política Nacional sobre Mudança do Clima por reduzir a vulnerabilidade do acesso à água no semiárido em consequência de estiagens mais severas.

Parceiros - O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.

Busca atender, prioritariamente, localidades rurais difusas do Semiárido Brasileiro. O Água Doce conta com uma rede de cerca de 200 instituições envolvidas no processo, envolvendo os 10 estados do semiárido e parceiros federais.

(Fonte: Gerusa Barbosa/MMA)

Cultivo de transgênicos no Brasil cresce 19,3% em 2011

O Brasil liderou pelo terceiro ano consecutivo a expansão do plantio de transgênicos segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA). “O país aumentou em 4,9 milhões de hectares sua área, mais do que qualquer outra nação”, afirmou Clive James, presidente do ISAAA, em conferência por telefone com jornalistas. E completou: “Isto foi possível porque o Brasil desenvolveu três características: um sistema de aprovação rápida; a capacidade de fazer suas próprias sementes biotecnológicas, caso da Embrapa com o feijão transgênico; e a diversificação, com o uso de sementes desenvolvidas por empresas privadas, parcerias público-privadas e empresas públicas”

Com uma área plantada de 30,3 milhões de hectares entre soja, milho e algodão, o Brasil ratificou a segunda posição entre os países que utilizam sementes geneticamente modificadas com um crescimento de 19,3% de área plantada.

Em 2011, a área de soja que utiliza sementes transgênicos no país chegou a 20,6 milhões de hectares (82,7% do total da produção nacional da cultura); a de milho a 9,1 milhões de hectares (64,9% do total da produção nacional da cultura) e a de algodão a 0,6 milhão de hectares (39% do total da produção nacional de cultura)

Nos últimos anos, o papel dos países em desenvolvimento no uso dessas sementes também tem aumentado. Entre as 29 nações que plantam transgênicos, 19 são países em desenvolvimento. “Dos 10 países que mais plantam sementes geneticamente modificadas, 8 são países em desenvolvimento. A expectativa é que eles ultrapassem em área plantada os países industrializados na adoção dessa tecnologia em 2012”, afirmou James.

No âmbito global, a produção mundial alcançou 160 milhões de hectares em 2011, um aumento de 8% em relação a 2010. Os Estados Unidos continuam sendo o país com maior 66,8 milhões de hectares de área plantada de soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba. Em 2015, a expectativa é de que a área plantada ultrapasse os 200 milhões de hectares e o número de países chegue a 40.

Para o próximo ano, 2013, há uma grande expectativa para o início do plantio do arroz dourado nas Filipinas. Com alto teor de vitamina A, ele pode evitar mais de seis mil mortes por dia em pessoas que tem deficiência na ingestão desse nutriente.

(Fonte: Alessandro Greco/ Portal iG)

Cultivo de transgênicos no Brasil cresce 19,3% em 2011

O Brasil liderou pelo terceiro ano consecutivo a expansão do plantio de transgênicos segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA). “O país aumentou em 4,9 milhões de hectares sua área, mais do que qualquer outra nação”, afirmou Clive James, presidente do ISAAA, em conferência por telefone com jornalistas. E completou: “Isto foi possível porque o Brasil desenvolveu três características: um sistema de aprovação rápida; a capacidade de fazer suas próprias sementes biotecnológicas, caso da Embrapa com o feijão transgênico; e a diversificação, com o uso de sementes desenvolvidas por empresas privadas, parcerias público-privadas e empresas públicas”

Com uma área plantada de 30,3 milhões de hectares entre soja, milho e algodão, o Brasil ratificou a segunda posição entre os países que utilizam sementes geneticamente modificadas com um crescimento de 19,3% de área plantada.

Em 2011, a área de soja que utiliza sementes transgênicos no país chegou a 20,6 milhões de hectares (82,7% do total da produção nacional da cultura); a de milho a 9,1 milhões de hectares (64,9% do total da produção nacional da cultura) e a de algodão a 0,6 milhão de hectares (39% do total da produção nacional de cultura)

Nos últimos anos, o papel dos países em desenvolvimento no uso dessas sementes também tem aumentado. Entre as 29 nações que plantam transgênicos, 19 são países em desenvolvimento. “Dos 10 países que mais plantam sementes geneticamente modificadas, 8 são países em desenvolvimento. A expectativa é que eles ultrapassem em área plantada os países industrializados na adoção dessa tecnologia em 2012”, afirmou James.

No âmbito global, a produção mundial alcançou 160 milhões de hectares em 2011, um aumento de 8% em relação a 2010. Os Estados Unidos continuam sendo o país com maior 66,8 milhões de hectares de área plantada de soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba. Em 2015, a expectativa é de que a área plantada ultrapasse os 200 milhões de hectares e o número de países chegue a 40.

Para o próximo ano, 2013, há uma grande expectativa para o início do plantio do arroz dourado nas Filipinas. Com alto teor de vitamina A, ele pode evitar mais de seis mil mortes por dia em pessoas que tem deficiência na ingestão desse nutriente.

(Fonte: Alessandro Greco/ Portal iG)

Aos indignados da sacolinha



E se a resistência à mudança de hábitos indicar que colocamos a ética do consumidor acima de todas as outras?

A proibição paulistana (e campineira; e provavelmente em outras cidades também, que eu não saberia citar aqui) de supermercados distribuírem sacolas plásticas para que os clientes transportassem as compras tem sido, no mínimo, polêmica. Grupos raivosos pipocaram na internet de todos os lados: contra, a favor, pela volta das sacolas, pelo fim dos supermercados, e por aí vamos. Por que, afinal, uma decisão aparentemente tão simples gerou tanto ódio?

Comecemos do começo. As sacolas plásticas vinham sendo utilizadas em larguíssima escala e na maioria das vezes sem a menor necessidade (para carregar um litro de leite apenas, por exemplo, muita gente chegava a usar até duas sacolas). O fato de que depois essa sacola será usada como saco de lixo não exime nem elimina o problema de seu uso. Ela será provavelmente destroçada e seus pedaços acabarão na garganta de algum animal ou humano de qualquer forma, poluindo mananciais entre outros problemas associados.

Trata-se de uma questão maior que é o destino do lixo. O “lixo” que a sacola plástica comporta não acaba na porta da sua casa, nem no caminhão, nem no aterro. É um ciclo longo e muito agressivo, já que somos tantas pessoas tão concentradas nas grandes cidades brasileiras. Na grande maioria dos casos, o lixo poderia ser descartado em caixas de papelão ou sacos de papel, talvez um pouco menos agressivos, embora o descarte ideal e menos nocivo talvez fossem latões comunitários, esvaziados direto no caminhão. Você levaria uma caixa plástica reutilizável ao latão, despejaria seu lixo lá, passaria uma aguinha na caixa e voltaria para casa feliz e contente. O caminhão recolheria direto este lixo e levaria o orgânico para uma grande composteira – enquanto o reciclável seria separado em usinas e reutilizado. Não é tão utópico assim, mas é preciso um pouco de vontade política.

Cidades como Campinas (SP), por exemplo, onde moro há sete anos, têm leis que vão exatamente no sentido oposto, proibindo o lixo de ser descartado em qualquer outro recipiente que não uma sacola plástica. Já tentei descartar em caixa e os lixeiros simplesmente não levam – pois consta na legislação que eles só podem levar sacolas plásticas. O lixo é, essencialmente, uma questão política.

Você, leitor ou leitora, que pode ser mais um indignado-das-sacolinhas, sabe que tem, porém, outros motivos para achar essa lei uma idiotice. O primeiro é que ela só proíbe um tipo de sacolinha e apenas se for gratuita – pagando pode. Isto é uma evidência clara de que não se trata em momento algum de preocupação ambiental. Como eu disse, há outras medidas de descarte e tratamento do lixo que precisariam e poderiam ser tomadas em conjunto, se essa fosse de fato a questão central para as prefeituras e governos que proibiram as sacolinhas de mercado.

As sacolas mais baratas do Pão de Açúcar, por exemplo, são produzidas no Vietnã (sustentabilíssimo importar sacolas de navio ou avião) e devem ter um custo de produção equiparável às proibidas sacolas plásticas. Ah, vale lembrar que elas também são plásticas. Mas reutilizáveis por mais tempo. Um plástico mais resistente – sinceramente questionável se é melhor para o meio ambiente, mas enfim, divago.

Por outro lado, não me parece lá muito sensato reivindicar a volta das sacolinhas. Quem o faz, até agora, tem usado o argumento do “consumidor”. Ah, o bom e velho argumento do “consumidor”, o único que cola na sociedade brasileira contemporânea. Parece que agora os supermercados em São Paulo serão obrigados a oferecer uma forma de transporte das mercadorias compradas. Por que o excelentíssimo consumidor não pode fazer um esforço mínimo de lembrar-se de levar o próprio meio de transporte da mercadoria, não sei. Não me parece fazer sentido algum. Não é um argumento, não há uma racionalidade por trás dessa reivindicação e decisão. Simplesmente porque sim. Porque sempre foi feito. Porque há, no Brasil, uma ética do consumidor que suprime e atropela toda e qualquer outra ética.

Quantas vezes você, de folga no domingão, não ficou decepcionado porque um atendente de alguma loja não foi “simpático” com você? Já pensou se fosse você, trabalhando lá no domingão, indo e voltando de ônibus, com um salário de m*rda? Iria querer ser simpático? Será que você foi simpático com ele? Não importa. Nada disso importa. Você está pagando e tem o direito de ser bem tratado por isso: assim funciona a lógica dessa “ética do consumidor” aqui no Brasil. Um cidadão só é cidadão quando é consumidor.

Esse tipo de relação entre as pessoas e destas com as coisas não é lá muito construtivo se pensarmos numa sociedade mais sustentável (já que esta é a palavra da moda). Hierarquizamos pessoas e direitos pelo seu poder de compra, reproduzindo o que fazem as empresas conosco. Temos o direito de enviar para aterros sanitários pedaços de plástico que poluem e matam a fauna, afinal, o preço deles já está incluso na nossa mercadoria.

Aos que se lembram ainda de uma outra questão – a das embalagens, que também produzem lixo (embora, se separadas e recicladas, não causem o transtorno que o descarte de lixo em sacolas plásticas causa; e sim, eu sei que o descarte de lixo vai continuar sendo em sacolas plásticas) – pergunto quantos fazem a própria comida toda ou quase toda, evitando embalagens prontas. Você já fez seus próprios biscoitos? Seu próprio iogurte? Seu sabonete? Cream cheese? Receitas muito, muito simples, que demandam pouco tempo e pouco trabalho (além de poucos ingredientes) e que reduzem a quantidade de lixo que você produz.

As embalagens sempre serão permitidas enquanto os produtos prontos forem permitidos. E não defendo que eles sejam proibidos, não. Mas a educação doméstica, para homens e mulheres, na escola e em outros ambientes educacionais, poderia ser essencial para que pudéssemos aprender que fazer macarrão em casa é simples, fácil, rápido, barato e muito mais saudável para seu corpo e para o corpo das outras pessoas em volta, indiretamente.

Este tipo de relação exige, porém, que a ideia do “privilégio absoluto do consumidor” seja extinta ou, no mínimo, muito questionada. O caminho para uma sociedade sustentável passa necessariamente por uma transformação na qual as pessoas se relacionem mais como cidadãos e cidadãs e menos como produtos numa prateleira. Ou numa sacolinha plástica.

* Marília Moschkovich é editora do blog Mulher Alternativa.

** Publicado originalmente no site Outras Palavras.

Transmissão de superbactéria pode ocorrer sem contato com infectados

A maior parte das infecções de pessoas pela superbactéria Clostridium difficile em hospitais acontece sem o contato direto com pacientes infectados, segundo um estudo conduzido por médicos ingleses da Universidade de Oxford. Os dados da pesquisa foram divulgados na publicação científica de livre acesso “PLoS Medicine”.

A descoberta é importante, já que aponta como as atuais estratégias hospitalares para evitar o contágio pelo micro-organismo podem ser falhas. A infecção pelo micro-organismo C. difficile pode causar casos graves de diarreia em pacientes e é capaz de levar idosos à morte.

Durante o trabalho, os ingleses analisaram 30 mil amostras de fezes colhidas de 15 mil pacientes, dos quais 4,4% carregavam a superbactéria C. difficile. Eles detectaram 69 tipos diferentes do micro-organismo e demonstraram que quase dois terços dos casos de infecções (66%) não eram ligados a casos anteriores de contágio.

Para os autores, até 75% dos casos estudados não eram explicados pelas teorias atuais de transmissão de superbactérias mesmo em ambientes bem preservados contra este tipo de infecção.

Um artigo que acompanha o estudo inglês na publicação afirma que o trabalho não conseguiu detectar a proporção de pacientes já contaminados com C. difficile antes de entrar no hospital.

Os médicos ingleses acreditam que as estratégias de controle contra o micro-organismo podem estar mirando no lugar errado, mas afirmam que estudos complementares são necessários.

(Fonte: G1)

Gelo derretido entre 2003 e 2010 poderia inundar os EUA, diz estudo

Em oito anos, o planeta perdeu o equivalente a 4.100 km³ de gelo – provenientes das calotas, das geleiras, da Groenlândia e da Antártida – devido ao derretimento, afirma pesquisa que será publicada nesta quinta-feira (9) na edição online da revista “Science”. O dado equivale a 1,2 centímetro de elevação nos mares.

Na prática, essa massa derretida é suficiente para encobrir completamente os Estados Unidos em 1,5 metro de água. O volume corresponde a 82 mil vezes a quantidade de água existente no Lago Paranoá, em Brasília – que tem 0,05 km³.

De acordo com o estudo realizado pela Universidade Columbia, com dados disponibilizados pelo programa Grace (satélites de observação da Terra operados em parceria da Nasa com a Alemanha), de janeiro de 2003 a dezembro de 2010 foram derretidas anualmente 150 bilhões de toneladas de gelo – sem incluir Groelândia e Antártida. Nestas duas regiões, a perda anual de gelo equivale a 385 bilhões de toneladas/ano.

“A Terra está perdendo uma incrível quantidade de gelo para os oceanos anualmente e esses novos resultados nos ajudarão a entender questões importantes sobre a elevação do mar e respostas das regiões frias do planeta às mudanças climáticas globais”, disse John Wahr, pesquisador da Universidade Columbia, em comunicado enviado pela instituição.

Aquecimento global – Os cientistas participantes da pesquisa concordam que as atividades humanas, como o envio de grandes quantidades de gases de efeito estufa à atmosfera, estão aquecendo o planeta, fenômeno que é ocorre de forma mais acentuada nas áreas frias.

Porém, um dado inesperado aponta que, apesar da quantidade surpreendente de gelo derretido, o número é inferior ao apontado em estudos anteriores.

Os satélites do Grace constataram, por exemplo, que o degelo nas altas montanhas da Ásia, como o Himalaia, foi inferior à previsão de 50 bilhões de toneladas de massa de gelo por ano (o número constatado é de quatro bilhões de toneladas ao ano).

Preocupação – Os cientistas querem agora encontrar um padrão para entender melhor o processo de aumento do nível do mar.

“Uma grande questão é entender como a ascensão dos oceanos vão ser modificada neste século”, disse Tad Pfeffer, também participante da pesquisa.

(Fonte: G1)

Governo subsidiará milho para ração em regiões afetadas pela estiagem no Sul

O governo deve publicar nos próximos dias uma portaria interministerial de apoio à compra de milho a preço subsidiado por pequenos produtores de aves, suínos e gado leiteiro do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, estados mais atingidos pela seca prolongada no sul do país. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, o preço de mercado do produto está em R$ 30 por saca de 60 quilos, mas será oferecido a cerca de R$ 20 para que os produtores prejudicados pela estiagem possam alimentar sua criação.

Para sustentar a competitividade das agroindústrias dos dois estados que também precisam de ração, o governo lançará leilões na modalidade Valor de Escoamento do Produto (VEP). Segundo Rocha, o preço final pago pela agroindústria ficará abaixo do preço de mercado, de R$ 30, com a subvenção governamental.

“O governo está trabalhando, dando condições ao produtor para que amenize as perdas que ele teve na questão do milho e não dê problema de abastecimento nem de competitividade”, disse Rocha. Ele explicou que, nas regiões mais atingidas do Rio Grande do Sul, as perdas dos produtores chegaram a 40% em relação ao milho, e, em Santa Catarina, a 35%.

O diretor de Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, disse que a estatal tem estocado 1,8 milhão de toneladas de milho, sendo 1,5 milhão no estado de Mato Grosso.

Além dos leilões de milho, uma novidade que o governo colocará à disposição dos pecuaristas da Região Sul com problemas na oferta de ração é a possibilidade de participar de leilões para aquisição de trigo de forma subsidiada. A Conab já tem previsão de gastar R$ 150 milhões na subvenção de aproximadamente 1 milhão de toneladas do produto, que agora também poderá ser destinada à ração.

(Fonte: Danilo Macedo/ Agência Brasil)

Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente Lago na Antártida pode revelar evolução do planeta e novas vidas

Cientistas russos afirmaram nesta quinta-feira (9) que uma sonda enviada a um lago primitivo sob o gelo da Antártida pode fazer revelações sobre a evolução do planeta e até mesmo novas formas de vida. Uma equipe russa fez uma perfuração até a superfície do lago Vostok, que, acredita-se, foi coberto por gelo durante milhões de anos, em um avanço anunciado oficialmente pelo Instituto do Ártico e da Antártida.

Cientistas afirmaram que as amostras de água que serão retiradas do lago até o fim deste ano podem revelar novas formas de vida, apesar das condições extremas. “Esperamos encontrar vida lá como nenhuma outra que exista na Terra”, explicou Sergei Bulat, um biólogo molecular do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo, à AFP.

“Se houver vida lá, será uma forma de vida que é desconhecida para a ciência. Nesse caso, estamos falando de uma descoberta fundamental, uma nova página em nossa compreensão científica da vida. (…) Descobrimos um novo assunto para a ciência, ninguém nunca viu nada como isso”, acrescentou Vladimir Syvorotkin, um especialista em geologia e mineralogia da Universidade Estatal de Moscou. “Os biólogos provavelmente encontrarão alguma bactéria desconhecida que se adaptou a estas condições”, disse à AFP.

Os sedimentos do lago também revelarão mudanças na Terra e em seu clima nos últimos 20 milhões de anos, afirmou German Leichenkov, do Instituto de Geologia e Recursos Minerais do Oceano em São Petersburgo. “Para os geólogos, é importante perfurar e trazer de volta os sedimentos. Eles contêm informações sobre alterações no meio ambiente, o clima nos últimos 15 a 20 milhões de anos”, disse. “Nós temos muito pouca informação sobre isso na Antártida e esta poderia ser uma fonte única de informação”.

Trabalhando em condições extremas no leste da Antártida, onde a temperatura média é de cerca de menos 50 ºC, a expedição implantou uma sonda através do gelo por muitos meses, utilizando querosene como anticongelante. “Esta é nossa vitória técnica. Perfuração nestas condições climáticas complexas é difícil, além dos fatores da alta altitude e do gelo forte”, explicou Leichenkov. “É uma vitória técnica e psicológica importante. É importante parabenizá-los com isso, especialmente porque não existem outras vitórias. Essas pessoas são heroínas”, disse Syvorotkin, da Universidade Estatal de Moscou.

O líder da expedição, Valery Lukin, comparou orgulhosamente o sucesso do projeto de longa duração com o primeiro voo ao espaço. Em um sinal da importância que o governo russo atribui à descoberta, o ministro dos Recursos Naturais e Ecologia, Yury Trutnev, visitou o local no início deste mês.

Os cientistas por trás da expedição afirmaram que a sonda não iria contaminar a água devido às técnicas empregadas, que utilizaram água pressurizada para puxar o fluido de perfuração menos denso para fora do poço. No entanto, um especialista do Greenpeace alertou para o risco de poluição na perfuração, citando cientistas internacionais. “Muitos cientistas dizem que têm dúvidas e que o líquido para perfurar pode atingir este lago único com flora e fauna desconhecidas. É um risco”, disse Vladimir Chuprov, chefe da equipe de energia do Greenpeace na Rússia.

O professor Martin Siegert, chefe da escola de geociências da Universidade de Edimburgo, afirmou à AFP nesta semana que o método de perfuração utilizando anticongelante significava um potencial para contaminação. “É muito difícil para eles convencer (outros) de que seu experimento será limpo, quando você tem essencialmente duas milhas (3,5 km) de querosene para atravessar antes de chegar à superfície do lago”. A difícil tarefa de atingir os sedimentos do lago também exigirá um método seguro de perfuração, explicou o geólogo Leichenkov. “Este problema já está sendo solucionado, temos especialistas muito bons trabalhando nisso”, completou.

(Fonte: Portal Terra)

Nível do mar subiu 12 milímetros em 8 anos

As geleiras e áreas cobertas por gelo na Terra perderam 536 bilhões de toneladas por ano entre 2003 e 2010, o que resultou na elevação de 12 milímetros no nível médio do mar nesse período, segundo aponta um estudo feito por cientistas da Universidade do Colorado, nos EUA, e publicado ontem na edição on-line da revista “Nature”.

O volume derretido por ano equivale a aproximadamente o dobro da quantidade de água que existe no rio Amazonas e corresponde a cerca de 0,002% de toda a quantidade de gelo que se estima existir no mundo.

O estudo é o primeiro a analisar com precisão o volume global de derretimento de todas as massas geladas do planeta com área coberta por gelo superior a 100 km², incluindo regiões fora da Antártida e da Groenlândia que, por conterem mais de 90% do gelo do mundo, sempre foram privilegiadas.

O novo levantamento inclui locais como topos de cordilheiras, onde constatou-se que o derretimento segue um ritmo menor que o esperado.

O estudo foi feito a partir da análise de dados das sondas gêmeas Grace, da Nasa, que desde 2002 fazem o mapeamento da massa e da gravidade terrestre.

“Esses novos resultados vão nos ajudar a responder questões importantes sobre a elevação do mar e como as regiões geladas estão respondendo ao aquecimento”, disse o físico John Wahr, um dos líderes do estudo.

Para Paolo Alfredini, professor do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da USP, a pesquisa traz dados concretos que são coerentes com o monitoramento do nível do mar feito em diversos pontos do Brasil.

Ele chama a atenção, no entanto, para o fato de que o estudo traz valores médios para todo o mundo, enquanto que algumas áreas são mais afetadas que outras pela elevação do mar. É o caso das áreas tropicais, como a costa brasileira.

“Nessas regiões, o aquecimento da água provoca sua dilatação, o que a faz ocupar um volume maior.”

Segundo Alfredini, a extrapolação do resultado para um prazo de cem anos, considerando esses fatores, permite estimar que algumas áreas do país vão ter elevação de até um metro do nível do mar.

Isso significaria, numa praia com declive suave como a da cidade de Santos, um avanço do mar de até cem metros sobre a costa.

“As informações da pesquisa são preocupantes. O aquecimento não é uma questão folclórica e o Brasil está atrasado no despertar para as consequências desse processo, que pode afetar grandes áreas do país e do mundo.”

(Fonte: Thiago Fernandes/Folha.com)