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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Virada do ano terá a segunda Lua cheia do mês de dezembro

Na noite de quinta-feira (31) quem olhar para o céu para acompanhar a queima de fogos do réveillon poderá ver também a segunda Lua cheia do mês de dezembro – a primeira ocorreu no dia 2. Normalmente, cada fase da Lua ocorre apenas uma vez por mês, no entanto, a cada 2,7 anos o fenômeno conhecido como Blue Moon (Lua Azul) é visível na Terra.
A última vez que o fenômeno ocorreu foi em maio de 2007 e a próxima apenas em agosto de 2012. Desde 1999, uma segunda Lua cheia não era vista na noite do dia 31 de dezembro.
De acordo com Jorge Ramiro de la Reza, astrofísico e pesquisador do Observatório Nacional, assim como os anos bissextos a ocorrência do fenômeno da repetição de uma fase da Lua no mesmo mês é algo normal e previsível. “A mecânica celeste rege todos os movimentos do sistema solar. Dentro dessa mecânica há situações, como o Blue Moon, que se repetem de tempos em tempos”, explica.
Como o mês lunar - o período para que a Lua complete seu ciclo - tem 29 dias, a cada 2,7 anos um mês do ano tem duas vezes a mesma fase da Lua. "É uma questão de calendário e de ciclos", explica o astrônomo e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Othon Winter.
No entanto, apesar do nome, não espere que a Lua apareça no céu com outra cor, a não ser a de sempre. Não há nenhuma relação. O nome surgiu de uma interpretação errada da revista “Sky & Telescope”, em 1946.
Naquele ano, o astrônomo amador James Hugh Pruett (1886-1955), usou a expressão - até então utilizada apenas pelo "Almanaque do Fazendeiro do Maine" para designar a terceira Lua cheia de uma estação do ano – para dar o nome ao fenômeno.
Neste ano, a segunda Lua cheia de dezembro será visível nos Estados Unidos, Canadá, Europa, América do Sul e África. Na Austrália e na Ásia, a Lua cheia somente poderá ser observada na manhã do dia 1º de janeiro.
(Fonte: G1)

Médicos ensinam a combater a desidratação, comum nesta época do ano

Nos meses de calor, os casos de desidratação são mais frequentes. A falta de líquidos é a causa de 80% das internações de crianças nos hospitais em São Paulo.
Para evitar esse problema, vale seguir algumas recomendações fornecidas pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.Aumentar a ingestão de leite, suco e água é a primeira entre as orientações para fugir da desidratação.
Também é recomendável usar roupas leves, se proteger do sol e reforçar os cuidados com a limpeza e conservação de alimentos.Além disso, as crianças doentes nessa época podem precisar de soro caseiro.
Veja como prepará-lo:
Em um litro de água filtrada ou fervida, adicione uma colher de café de sal e uma colher de sopa de açúcar.
(Fonte: G1)

Verão será mais chuvoso nas regiões Sul e Sudeste por causa do El Niño

O verão no Brasil será mais chuvoso nas regiões Sul e Sudeste por causa do El Niño, fenômeno climático ocasionado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, que continuará no período de janeiro a março de 2010.Além da maior parte do Sudeste (com exceção do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo) e toda a Região Sul, o volume de chuvas ficará acima do normal no sul de Goiás e em Mato Grosso do Sul. No norte do Amazonas e do Pará e no centro do Maranhão até a Paraíba choverá menos, segundo as previsões climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No restante do país, as chuvas ficarão dentro do normal.No município de Capivari, no interior de São Paulo, pelo menos 3,5 mil pessoas estão desabrigadas por causa das fortes chuvas desde domingo (27).
De acordo com o meteorologista do grupo de previsão climática do Inpe, José Fernando Pesquero, no verão passado, o cenário era diferente - mais chuvas no Norte e Nordeste e seca no Sul -,devido aos efeitos do fenômeno La Niña, contrário ao El Niño. Conforme Pesquero, o El Niño deve perder força em meados do ano que vem.Neste verão, iniciado no último dia 21, as temperaturas também serão mais altas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ultrapassando a média normal de 30 a 32 graus Celsius (°C), e no Sudeste, acima de 26 a 28°C , segundo o meteorologista. No Sul, a temperatura deve ficar próxima da variação normal, de 24 a 26°C.
(Fonte: Agência Brasil)

Proteção da Amazônia passará por 'prova de fogo' em 2010

Em 2010, a proteção da Amazônia passará por uma “prova de fogo”. O fim da crise econômica, as eleições e a construção de grandes obras trazem dúvidas se, mesmo em um ano mais agitado política e economicamente, a velocidade do desmatamento será como em 2009.Entre agosto de 2008 e julho deste ano, imagens de satélite analisadas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostraram que a floresta perdeu 7.008 km². Essa é a menor taxa anual de desmatamento desde que o instituto começou a medir a devastação da floresta, em 1988.E como será em 2010? Especialistas temem que, com o reaquecimento da economia, a agropecuária, o corte de madeira e a produção de carvão voltem a pressionar a floresta, e os números não sejam tão bons.

Eleições - As eleições também podem atrapalhar a proteção da floresta. Segundo o Ibama, a queda do desmatamento em 2009 foi causada pelo aumento da fiscalização. Para não desagradar regiões que dependem economicamente do desmatamento ilegal, candidatos podem promover mais resistência às ações dos órgãos ambientais.
Outra incógnita para 2010 é se a candidatura de Marina Silva (PV) à presidência pode trazer uma “concorrência benéfica” para a floresta. Como a bandeira mais forte da senadora acreana é a ecologia, a tendência é que outros candidatos reforcem as causas ambientais em seus planos de governo, e a Amazônia sai ganhando.Grandes obras - A construção de estradas e hidrelétricas também desperta apreensão sobre o ano que está por vir. Há grande torcida, contra e a favor, sobre a liberação da reforma da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, e da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Ambas as obras aguardam licença do Ibama e são contestadas por ambientalistas.Ao mesmo tempo, há expectativa sobre os impactos de empreendimentos que já foram liberados e estão atraindo milhares de trabalhadores para a Amazônia, como as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e a mina de bauxita de Juruti, no Pará.
Troca de ministros - Para completar a “prova de fogo”, em março o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deixará o cargo para participar das eleições como candidato a deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Quem deve assumir o posto é a secretária-executiva do ministério, Isabela Teixeira.
(Fonte: Globo Amazônia)

Orgânicos - Preocupação com saúde motiva consumidor

A preocupação com a saúde e com o impacto ambiental é o principal fator que leva o consumidor a buscar produtos orgânicos.É o que aponta o pesquisador Francisco Vilela Resende, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Unidade Embrapa Hortaliças.Resende diz que o interesse em alimentos sem resíduos de agrotóxicos e de produtos químicos é cada vez maior.
Ele ressalta, porém, que não existem pesquisas conclusivas da Embrapa comparando a quantidade de nutrientes e sais minerais nos alimentos orgânicos e nos convencionais. Algumas pesquisas da empresa, no entanto, mostram que os orgânicos têm mais vitamina C e antioxidantes.
O pesquisador explica que o método de produção do alimento também influencia na qualidade nutricional. “Se você tem um alimento produzido em sistema orgânico, que tem maior qualidade agregada, mas não é manuseado de forma correta, ele vai perder qualidade.
”Além disso, a comparação entre orgânicos e convencionais deveria ser feita com alimentos produzidos na mesma área, mas, de acordo com Resende, é impossível produzir os dois tipos de alimento no mesmo terreno.
Para os consumidores, não é apenas a ausência de agrotóxicos que determina a preferência por orgânicos. Eles também destacam a durabilidade e o sabor diferenciado dos alimentos. “Duram muito mais, são mais saborosos, mais crocantes e têm melhor textura”, afirma a consumidora Teresa Cristina Oliveira, de Brasília.
“Consumo orgânicos porque sou agrônoma e sei o mal que fazem os agrotóxicos, não só para quem consome, mas também para a natureza em geral”, diz Muriel Saragoussi, que aderiu aos orgânicos há 20 anos.
Na casa do militar Fábio de Matos, só se consomem alimentos orgânicos. Ele percorre quatro lugares todo os sábados para compor a feira da semana. Matos diz que sua saúde melhorou desde que começou a consumir alimentos orgânicos, há quatro anos.“Concluí que talvez as doenças que aparecem na televisão fossem por causa de alguma coisa que as pessoas estavam consumindo. A gente sabe que a má alimentação causa um monte de problemas. Eu percebi claramente que minha saúde melhorou
.”No dia a dia, alguns consumidores combinam produtos orgânicos com alimentos convencionais, como a professora Kátia Cardoso. “Não dá para fugir totalmente [dos produtos convencionais].
Nem todas as frutas são orgânicas”, diz.De acordo com o pesquisador Francisco Resende, da Embrapa Hortaliças, a oferta de frutas orgânicas ainda é restrita porque “falta estímulo para os produtores”. Ele explica que a plantação de frutas é um investimento de longo prazo porque converter a terra de produção convencional para orgânica leva dois anos e o resultado do plantio também é mais demorado.No caso das hortaliças, carro-chefe dos orgânicos, a conversão demora um ano e é possível ter resultados em 30 dias, segundo ele.
(Fonte: Radiobrás)

Orgânicos - Certificação obrigatória só será exigida a partir de 2011

A certificação obrigatória dos produtos orgânicos, que será exigida a partir de 31 de dezembro de 2010, vai além de seu objetivo – a regulamentação do mercado, inclusive com os mecanismos de controle a cargo do Estado. A exigência entraria em vigor nesta segunda-feira (28), mas o prazo para os produtores se adaptarem foi prorrogado até o final do ano que vem.
Para os envolvidos no processo, é preciso também derrubar mitos, dos quais o principal é a crença generalizada de que os produtos orgânicos são muito mais caros do que os convencionais.
Apesar da crescente demanda, a agricultura orgânica ainda ocupa pouco espaço nas 5,2 milhões de propriedades rurais do país.Dados do Censo Agropecuário 2006, divulgado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que apenas 1,8% do total de produtores usam tal técnica.
Os ramos mais frequentes são a pecuária e criação de outros animais (41,7%) e a produção de lavouras temporárias (33,5%). A maior parte dos produtos, no entanto, é voltada à exportação (60%), especialmente para o Japão, os Estados Unidos e a União Europeia.
A preocupação com a saúde e o meio ambiente é um dos fatores que explicam o aumento da procura por alimentos orgânicos, em todo o mundo. Na produção orgânica, não podem ser usados agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas, e os animais devem ser criados sem uso de hormônios de crescimento e outras drogas, como antibióticos.
Além de produzir alimentos considerados mais saudáveis, na agricultura orgânica, o solo se mantém fértil e sem risco de contaminação. Os agricultores também ficam menos expostos, já que a aplicação de agrotóxicos, sem os devidos cuidados, é nociva à saúde.
Para controlar esse modo de produção, ainda com carência de dados sobre a quantidade de produtores e a área ocupada e de políticas públicas para seu desenvolvimento, o governo criou o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (Sisorg), cujo selo será permitido a partir do momento em que o produtor estiver de acordo com as novas regras. O selo deverá estar em todos os produtos orgânicos brasileiros. A exceção é para os produtos vendidos diretamente por agricultores familiares.
(Fonte: Radiobrás)

Anos 00, os mais quentes da história

O Instituto Oceânico e Atmosférico Americano (NOAA) confirmou as projeções da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apresentadas em Copenhague: a última década será "a mais quente da história, com temperaturas superiores de 0,54ºC à média das do século 20".
O ano de 2009 é um dos mais quentes da década, e tem tudo para ser um dos cinco ou seis mais quentes da história, informou o Instituto Oceânico e Atmosférico Americano (NOAA), em relatório.
"Tanto a temperatura da Terra como a da superfície dos oceanos teve um aumento médio de 0,56ºC em relação aos valores normais, e é a quinta mais quente já registrada", afirmaram os pesquisadores do NOAA, que começou a medir as temperaturas em 1880.
A superfície da calota polar do Ártico atingiu seu nível mínimo pelo terceiro ano consecutivo, enquanto as temperaturas dos oceanos são as sextas mais quentes já registradas (+0,47ºC em relação à média do século XX).
Nos Estados Unidos, a temperatura média foi superior ao normal em 2009, assim como o volume das precipitações. Já a temporada de furacões foi relativamente calma, com nove tempestades tropicais e três furacões.
(Fonte: G1)

Greenpeace acusa Lula de duplicidade na política ambiental

Para diretor de ONG, Brasil faz boa imagem internacional, mas 'prática não corresponde com discurso'

Efe

RIO DE JANEIRO - O diretor do Greenpeace Brasil, Sérgio Leitão, acusou nesta terça-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter um duplo padrão em questões ambientais, de acordo com declarações publicadas pela imprensa. Para ele, o Brasil "geralmente assume um bom discurso no palco internacional, como aconteceu na Dinamarca ", durante a Conferência do Clima, em Copenhague, mas "infelizmente, a prática não corresponde com o discurso ".

O líder ambiental estava se referindo a intenção declarada pelo governo Lula de introduzir três vetos na nova lei da Política Nacional sobre Mudanças Climáticas, incluindo a que estabelece um compromisso "de abandonar paulatinamente" o uso de combustíveis fósseis.

Do texto, cuja publicação foi anunciada esta semana pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também será excluída a proibição de conceder financiamento público a projetos de grandes hidrelétricas. Além disso, o executivo se atribui a capacidade de reter e parar de gastar parte do orçamento destinado ao combate alterações climáticas.

Leitão disse que, com as alterações introduzidas pelo Governo, cumprimento da nova lei será "voluntário". "É mais uma bobagem para o velho festival de besteira que assola o país", disse o representante do Greenpeace.

A lei estabelece a meta de redução de emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020, com base nos níveis de 1990, o principal compromisso assumido pelo Brasil na última Cúpula do Clima, em Copenhague, que terminou no dia 17 de dezembro.

Para definir a forma de atingir esses objetivos, a partir de janeiro, o governo vai promover reuniões com os acadêmicos e empresários de áreas como construção, mineração, agricultura, indústria de bens de consumo e transportes públicos.

Desinfetante demais torna bactéria resistente a antibiótico

Hipótese da higiene

Usar desinfetantes faz com que um tipo de bactéria fique resistente a um antibiótico e ao próprio desinfetante, diz um estudo publicado na edição de janeiro da publicação científica Microbiology.
As revelações podem ter implicações importantes sobre a forma como é feito o combate das infecções hospitalares.

Este é o segundo estudo importante, publicado na mesma revista, que relata a capacidade de defesa dos microrganismos

Adaptação das bactérias

Os pesquisadores, da Universidade Nacional da Irlanda, em Galway, descobriram que quando se adiciona quantidades crescentes de desinfetantes a culturas da bactéria Pseudomonas aeruginosa, a bactéria gradualmente desenvolve a capacidade de se adaptar para sobreviver não apenas ao desinfetante, mas também ao antibiótico ciprofloxacina - mesmo sem ter sido exposta a ele.

O experimento demonstrou que as bactérias desenvolveram mecanismos que lhes permitiram expelir agentes como desinfetantes e antibióticos de si mesmas.

A bactéria adaptada também apresentou uma mutação no seu DNA que lhe permitiu resistir especificamente aos antibióticos do tipo ciprofloxacina.

Atacando os mais fracos

A Pseudomonas aeruginosa é a bactéria que mais provavelmente infectará pessoas que já estão seriamente doentes.

Ela ataca particularmente aqueles com sistemas imunológicos debilitados, como portadores do vírus HIV, pacientes com câncer, diabéticos, pacientes com fibrose cística ou pessoas que sofreram queimaduras graves.

Para prevenir seu alastramento, as superfícies dos hospitais são tratadas com desinfetantes, mas se a bactéria consegue sobreviver e infecta pacientes, eles são tratados com antibióticos.

Bactérias capazes de sobreviver a ambos os desinfetantes e os antibióticos podem ser uma ameaça séria a pacientes de hospitais, alertou o estudo.

Uso incorreto dos desinfetantes

Nas altas concentrações em que os detergentes são normalmente aplicados, o surgimento dessas super bactérias é pouco provável, disse o autor do estudo, Gerard Fleming.

Mas "em princípio, resíduos de desinfetantes diluídos incorretamente e deixados nas superfícies em hospitais poderiam promover o crescimento de bactérias resistentes a antibióticos", disse Fleming.

Resistência a antibióticos

Um número cada vez maior de estudos vem chamando a atenção para a relação entre o uso de desinfetantes e antissépticos e a resistência a antibióticos.

"O que é mais preocupante é que a bactéria parece ser capaz de se adaptar para resistir a antibióticos mesmo sem ter sido exposta a eles".

Uma pesquisa publicada neste ano mostrou que lenços umedecidos com desinfetantes usados para proteger pacientes contra a bactéria MRSA podem na verdade ajudar no alastramento do micróbio, porque a solução contida nos lenços é frequentemente insuficiente para matar todas as bactérias.

Além disso, funcionários de hospitais com frequência usam o mesmo lenço para limpar mais de uma superfície.

Calor pode aumentar a incidência de raios no verão

Temporada dos raios

Uma análise feita pelos técnicos do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), em São José dos Campos (SP), prevê que o verão de 2010 deve ter um aumento na incidência de raios na região Sul e em partes das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Para o Norte e o Nordeste, a tendência é de redução dessas ocorrências, em relação aos dois últimos anos. A previsão é feita com base nos dados históricos de raios e na previsão meteorológica e dos fenômenos El Niño/La Niña.

O Brasil sofre o efeito do El Niño desde junho último e o fenômeno deve atuar durante o verão. A ação afeta o clima regional e global e muda os padrões de vento e regime de chuva. As previsões meteorológicas também apontam para um trimestre mais quente em relação a temporadas anteriores, um ambiente propício à formação de tempestades e relâmpagos. "O calor é um elemento essencial para a formação de nuvens, tempestades e raios. Não basta só o calor, é preciso ter mais umidade também", ressalta o pesquisador do Elat, Marcelo Saba.

50 milhões de raios

O especialista diz que essas ocorrências também dependem da peculiaridade de cada região e das condições climáticas. Para explicar as diferenças regionais em relação aos registros de relâmpagos, Saba relembra visitas que fez ao Nordeste. "Lá, poucas pessoas se lembram da última vez que viram um raio. Isso na Costa do Brasil, onde tem brisa e não há muita formação de tempestade. É o caso de Recife, Natal, etc. Já no Rio Grande do Sul, por exemplo, houve por semanas uma situação de muitas ocorrências de raios, quase consecutivas", relata.

Dos 50 milhões de raios que caem por ano no Brasil, quase a metade, 20 milhões, ocorre no verão. "No Sudeste, no Vale do Paraíba, por exemplo, onde nós pesquisamos relâmpagos, praticamente todo fim de tarde no verão, há uma grande chance de ter tempestades", acrescenta Saba.

Cuidados com os raios

O pesquisador do Inpe alerta para a necessidade de cuidados extras nas localidades de maior incidência. "Se há trovão, essa é uma área de risco. Quem estiver no campo, na rua ou praticando atividades esportivas e lazer ao ar livre deve procurar um abrigo", orienta.

É prudente ainda evitar utilizar telefones com fio e ficar longe de árvores, de topo de edifícios e morros, de arames e de linhas de transmissão. Piscinas, lagos e o mar também representam perigo. "A água funciona como um condutor de eletricidade. A pessoa pode receber a descarga mesmo se o raio cair um pouco mais distante, esse risco é maior no mar", alerta.

Aumento da incidência de raios

A quantidade de raios aumentou nos últimos 10 anos. As avaliações por satélites constataram o crescimento dos registros em torno de 18% por ano no Brasil. De acordo com o Inpe, essa informação deve ser avaliada com cautela porque as tecnologias também estão mais avançadas. "Sempre é preciso checar se não é a instrumentação que melhorou ou se é algo que está realmente relacionado com o clima", acrescenta Saba.

Quem sustenta a mesma argumentação é o pesquisador em mudanças climáticas, José Marengo, também do Inpe. "Dez anos é um período curto demais para avaliar uma mudança climática e para saber com um grau de certeza muito alto o aumento da incidência de raios", ressalta.

Os acidentes envolvendo raios matam em torno de 100 pessoas por ano. As ocorrências causam prejuízos na ordem de R$ 1 bilhão ao País, 60% dos transtornos ocorrem no setor elétrico, principalmente, devido ao impacto dos raios em linhas de transmição.

Lixo ambiental é transformado em energia

Uma empresa de cerâmica no Crato está transformando lixo em energia, dando prova de sustentabilidade bCrato. A lição de economia, ecologia e rendimento estão no terreiro de casa. A Cerâmica Gomes de Matos (CGM), localizada no Sítio Lagoinha, está transformando bagaço de cana, casca de babaçu, pó de serra e restos de poda de árvores em energia.
"O resultado foi surpreendente. Além de agregar valores a um material que era jogado fora, diminuímos a mão-de-obra e economizamos 80% na compra de lenha que vinha da Caatinga", comemora o proprietário da cerâmica, Ronaldo Gomes de Matos. Disse que firmou convênio com a Prefeitura do Crato e com empresas que podam árvores, como a Coelce, e as companhias telefônicas que deixam as árvores cortadas no pátio da indústria.
No caso das serrarias, o material, que ia para o lixo, agora é comprado. Na cerâmica, este é triturado numa máquina e transportado para os fornos onde são queimados os tijolos e telhas. A pouca lenha que entra, vem de um plano de manejo autorizado pelos órgãos ambientais. Com a ajuda de exaustores e a utilização de apenas um operário, o processo de fabricação dos produtos cerâmicos é concluído.
Outro aspecto positivo da inovação é a inclusão da indústria no programa de crédito de gás carbono, certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono e este pode ser negociado no mercado internacional.
A redução da emissão de outros gases, que também contribuem para o efeito estufa, ainda podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de Carbono Equivalente. Estes créditos já renderam à CGM mais de R$ 1 milhão. Mas esta não é a principal vantagem do sistema. Ronaldo diz que mais importante é a eficiência energética que, além de reduzir os custos, mostra que a preservação do meio ambiente é compatível com o desenvolvimento.
Uso sustentável
"Sabendo usar não vai faltar". Com esta proposta, ambientalistas, ecologistas e representantes de órgãos ligados à preservação da natureza se reuniram no Crato, com o objetivo de chamar a atenção dos poderes públicos, entidades ambientais e dos agentes de desenvolvimento da região do Araripe sobre as alternativas de uso sustentável dos recursos ambientais.
O Seminário Regional sobre o Manejo Sustentável focalizou os recursos naturais da Serra do Araripe. Os produtos oriundos da região foram expostos onde se realizavam as palestras.
Desenvolvimento"A preservação do meio ambiente é combatível com o desenvolvimento. Isso é possível
"Ronaldo Gomes de Mattos
Proprietário da Cerâmica CGM
MAIS INFORMAÇÕES Cerâmica Gomes de Matos (CGM)
(88) 3521.1718/ (88) 3521.6580Fundação Araripe: (88) 3523.1605

Curitiba vai receber encontro ambiental da ONU

Algumas das maiores autoridades ambientais do planeta, entre elas o argelino Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, o biólogo e documentarista canadense Jean Lemire e a sul-africana Kobie Brand, diretora do Conselho Internacional para as Iniciativas Ambientais Locais, estarão em Curitiba de 6 a 9 de janeiro para a segunda Reunião de Curitiba sobre Cidades e Biodiversidade, organizada pelas Nações Unidas.

Será o primeiro grande encontro internacional sobre meio ambiente após o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), em Copenhague, na Dinamarca. O encontro também marcará o início das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade.

A indicação de Curitiba partiu de Djoghlaf. Já confirmaram presença 43 autoridades de 16 países, entre elas, o ministro do Desenvolvimento de Cingapura, Mah Bow Tan, e a secretária do Meio Ambiente do México, Martha Delgado Peralta. O Brasil será representado por Izabella Teixeira, secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Meio ambiente em 2009

O meio ambiente foi um dos assuntos mais discutidos em 2009. O debate sobre a questão ocupou todos os países do mundo.

No Brasil, as leis ambientais ocuparam o centro das atenções do setor agropecuário.
Aquecimento global, derretimento das geleiras, elevação do nível dos oceanos, secas prolongadas.
Os problemas que ameaçam o futuro do planeta se agravaram em 2009. Em Copenhague, 192 países se reuniram para discutir a poluição no mundo. Mais do que nunca, o meio-ambiente se tornou uma preocupação global.

No Brasil, na escadaria de problemas dos produtores rurais, a questão do meio ambiente subiu mais um degrau em 2009. Com a pressão para a mudança do Código Florestal e a regulamentação dos crimes ambientais.

A norma vigente não permite o cultivo de lavouras nas várzeas, topos de morro e encostas com declive acima de 45º. A proibição deixa em situação irregular culturas tradicionais como o arroz irrigado do Rio Grande do Sul e os cafezais do sul de Minas.

Além dessas questões, o código também exige que a propriedade tenha registrada em cartório a chamada "reserva legal".

O limite varia de acordo com as regiões. Nas áreas de floresta dentro da Amazônia legal, os agricultores são obrigados a deixar 80% da propriedade como reserva.
Nas regiões de Cerrado, ainda dentro da Amazônia legal, o limite é 35%. No restante do país, 20%.

O município de Sertãozinho, norte de São Paulo, 30 mil hectares de cana e quase nenhuma reserva legal. Os proprietários dizem que não têm condições de reverter pra mata nativa os canaviais que compraram ou herdaram.

O agricultor, Sr. Paulo Meloni, acha que deveria haver um acordo. "O acordo é que o governo indenize essas áreas, pague essas terras e refloreste. Isso já foi desmatado há 60, 70 anos, não tinha lei nenhuma nessa época".

O Promotor Público do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, Marcelo Goulart, entende de outro jeito.

"Essa é uma obrigação do titular do imóvel. Ele dispõe de um pedaço do território nacional, ele explora, tem lucro, portanto, tem que devolver alguma coisa para a sociedade e uma das coisas que ele tem que devolver é a proteção dos recursos naturais, a preservação dos recursos naturais."

A legislação que vigorou ao longo de 2009 estabelecia multas de até R$ 500,00 por hectare por dia para a propriedade em situação irregular.

Com a ameaça de multa pesada, previa-se para este ano uma verdadeira corrida de averbações. No Cartório de Imóveis do Município de Sertãozinho, que tem cerca de 700 propriedades rurais. Dessas 700, só 20 já tinham reserva legal.

Em 2009, mesmo com a espada do crime ambiental já apontada, nenhum pedido de registro de reserva legal foi feito aqui.

Para tentar entender porque os produtores rurais de Sertãozinho não constituíram a reserva legal, o Globo Rural veio até a propriedade da família do Luiz Tasso Júnior.

Eles têm três sítios cobertos de cana. Esta propriedade fica nos fundos da maior usina do município, a Usina Santa Elisa.

"Nessa área, eu produzo 90 toneladas de cana por hectare. Se eu abandonasse 20% de minha área, que corresponde a 20 hectares, dá 1.800 toneladas, o que me gera hoje R$ 43 mil. Nós somos três famílias. O dinheiro para sustentar as três famílias durante o ano, eu estaria abrindo mão desse dinheiro".

Para viabilizar a produção, alguns estados acabaram criando leis próprias. Santa Catarina, por exemplo, aprovou em abril o seu próprio código. Por essa lei, a faixa mínima de mata ciliar ao longo dos rios cai para cinco metros.

O código federal exige um mínimo de 30 metros. O Ministro do Meio Ambiente foi veemente na crítica. "É um péssimo exemplo para o Brasil se cada estado resolver que a lei federal não se aplica no seu estado. Então, nós vamos ter uma república da devastação".

O Governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, previu a batalha que iria ocorrer no Supremo. "Acho que o Supremo Tribunal Federal vai proclamar o direito dos estados de realizarem a sua política ambiental independente".

De fato, em meados de junho, a Advocacia Geral da União entrou com ação no Supremo questionando o código de Santa Catarina.

A advogada da Frente Parlamentar da Agropecuária, Samanta Pineda, diz que atualmente existe uma confusão jurídica no país.

"Os estados podem legislar pela constituição federal. Por outro lado, a hora que eles fazem essa legislação e que esbarram no código florestal, que acabam contradizendo o código florestal por algum motivo, eles vão para ilegalidade no segundo momento e não no primeiro. Eles tem competência sim, mas eles acabam caindo numa ilegalidade pela inadequação da lei federal. O que precisa de modificação de fato é a lei federal para que o federalismo, pregado pela constituição, seja respeitado."

Agora em dezembro, o governo baixou um decreto que prorroga a data para o agricultor regularizar a propriedade. O prazo que vencia em dezembro deste ano passou para junho de 2011.

O decreto não abordou porém as questões polemicas do código, como explicou o ministro da agricultura, Reinhold Stéphanes.

"Nós também temos questões topo de morro, questões várzeas, questões de encostas e nós temos outras questões que são fundamentais. Alguns problemas em termos de recomposição das florestas em beiras e rios, de riachos. Então são questões práticas que evidentemente terão que continuar em termos de discussões".

O governo promete mandar para o Congresso uma proposta de alteração do Código Florestal. O Deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR) acha que agora a Câmara vai ter tempo de discutir melhor o assunto.

"Tem por obrigação o parlamento brasileiro apresentar uma lei que venha definir, que seja definitiva, uma lei que venha dar tranquilidade, aquele que está produzindo e dar tranquilidade aquele que quer preservar".

O debate promete esquentar. Os deputados ambientalistas insistem na defesa do atual código. "As intenções apresentadas até agora estão caminhando no sentido de adequar aqueles que não respeitaram os limites legais fazendo com que a lei se adeque a esses e não que esses se adequem a uma lei ambientalmente correta que garanta a preservação dos nossos recursos naturais", afirma o Deputado, Edson Duarte (PV).

Em Copenhague, os países que se reuniram para discutir o combate ao aquecimento global não chegaram a um acordo.

Os líderes mundiais já estavam longe quando manifestantes, em um frio abaixo de zero, lembravam o fracasso de Copenhague.

Os Estados Unidos, que só agora se juntaram ao esforço para reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, apresentaram metas muito pequenas. Uma decepção.

Já o Brasil que como país em desenvolvimento não tinha obrigação de agir anunciou metas fortes de reduções e em uma tentativa de destravar as negociações o Presidente Lula prometeu colocar dinheiro em um fundo global.

"Vou dizer em público uma coisa que eu não falei ainda no meu país, a minha bancada, nem ao meu Congresso: se for necessário fazer um sacrifício a mais o Brasil está disposto a colocar dinheiro também para ajudar os outros países"

Copenhague não foi o fim, apenas mais uma parada no caminho que começou no Rio de Janeiro em 1992. Ficou para o México, em 2010, a definição de quanto será o corte das emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2050 para evitar que cheguemos até o fim do século com o aumento de mais de 2 graus na temperatura do planeta.

O decreto que prorrogou o prazo para o registro da reserva legal também criou o programa Mais Ambiente. Ele tem a finalidade de facilitar para os agricultores a regularização de suas propriedades.

www.globo.com/globorural

domingo, 27 de dezembro de 2009

Milhares de peixes morrem no Rio Gravataí

Segundo a Fepam, a poluição, aliada à chuvarada, provocou a mortandade

A mortandade de peixes voltou a preocupar a Região Metropolitana. Frequentadores do Clube Náutico Albatroz, em Canoas, espantaram-se ao encontrar, na manhã de ontem, milhares de pintados mortos no Rio Gravataí.
Ambientalistas acreditam que a falta de oxigênio tenha matado 5 mil animais entre quinta e sexta-feira, em um trecho de cinco quilômetros entre o bairro Sarandi, em Porto Alegre, e ilha do Humaitá.
O engenheiro químico do serviço de emergência da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) Vilson Trava Dutra afirma que o órgão monitora o local.
Para Dutra, o problema começou com o excesso de chuva da quinta-feira. Em razão do alto índice pluviométrico, houve bombeamento de água pluvial e esgoto da zona norte de Porto Alegre para o canal de drenagem no Sarandi. As bombas foram acionadas para que a água pudesse ir para o Rio Gravataí. Dutra afirma que o lixo presente no canal provoca diminuição do oxigênio da água.
Em vez de cinco miligramas de oxigênio por litro de água, o patamar normal, o índice estava abaixo de dois miligramas na quinta-feira.– Esse é um problema crítico que ocorre em muitas cidades. A solução seria o tratamento de esgoto e não jogar lixo no canal de drenagem – afirma o especialista.
O depoimento do presidente da Associação para Pesquisa de Técnicas Ambientais (APTA), Clóvis Braga, reforça as explicações do órgão ambiental.
Ele conta que materiais como sofás, televisão e outros lixos começaram a descer pelo rio após o meio-dia de quinta-feira. Em seguida, os peixes passaram a agonizar.
Ele estranhou a mortandade, porque o nível do Gravataí está alto em razão da intensa chuva dos últimos meses. Conforme Braga, o fenômeno costuma ocorrer quando as águas ficam baixas.
Fonte: ZERO HORA

sábado, 26 de dezembro de 2009

Parcão agora é uma Unidade de Conservação Ambiental

Secretaria Estadual de Meio Ambiente registra o local como área de relevante interesse ecológico.

Novo Hamburgo - O prefeito Tarcísio Zimmermann assinou o decreto que oficializa o Parque Henrique Luiz Roessler como Unidade de Conservação Ambiental. A iniciativa permitirá a busca de novos recursos para o local e não implicará em nenhuma mudança aos visitantes. Com o decreto, o Parcão tornou-se a primeira e única Unidade de Conservação Ambiental do Município na atualidade. Mais dois locais estão sendo estudados pela Semam para receber o título: o Parque Novo Hamburgo e a Reserva Biológica do Filo-Fito Ecossistema do Brejo, que fica no bairro Canudos. A documentação do projeto do Parcão, que inclui as atas de reuniões, listas de presenças e o decreto, será encaminhada na segunda-feira, dia 28 de dezembro, para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
No orgão, o parque será registrado como área de relevante interesse ecológico. Posteriormente os documentos serão encaminhados ao Ministério do Meio Ambiente.Segundo o diretor, além da captação de recursos, o decreto mostra a preocupação da Administração com o espaço público ambiental. "O Parcão representa um retrato do passado do nosso Município, além de abrigar projetos de educação ambiental, resgate de cavalos em situação de risco e conservação de flora, fauna e áreas úmidas", explica Moisés.
O local é utilizado também para a realização de eventos, oficinas de Meio Ambiente, e atividades de lazer, como trilhas pela mata e praça para crianças e adultos. Nele se pode encontrar diversas árvores nativas, como a Corticeira do Banhado, Araçá, Maricá e Camboim, além de animais como preás, tatus, ouriços, gambás e furão.Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as Unidades de Conservação Ambientais são porções delimitadas do território nacional, especialmente protegidas por lei, pois possuem elementos naturais de importância ecológica ou ambiental.
Em geral, ao se definir uma área a ser protegida, são observadas suas características naturais e estabelecidos os principais objetivos de conservação. Esta área será então denominada seguindo uma das categorias de Unidade de Conservação previstas por lei, das quais as principais são: Parque Nacional, Estação Ecológica, Reserva Biológica, Reserva Ecológica, Área de Proteção Ambiental, Reserva Extrativista e Área de Relevante Interesse Ecológico. Atualmente, mais de 33 milhões de hectares por todo o País estão protegidos por Unidades de Conservação Federais, não sendo contabilizadas as várias áreas criadas nos níveis estaduais e municipais.

Faesc quer recompensa para produtor que proteger ambiente

Presidente da entidade defende a criação de um programa de adequação produtiva às normas ambientais.

A criação de instrumentos legais e financeiros para recompensar os produtores rurais brasileiros que tiverem sua capacidade de produção reduzida em razão de normas ambientais. Este será o tema dominante nas discussões no Congresso Nacional e demais instâncias da sociedade civil em 2010, na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.

O dirigente mostra que serviços ambientais e recompensas econômicas para os produtores rurais brasileiros são absolutamente imprescindíveis e urgentes: Eles estão deixando de produzir alimentos, deixando de gerar riquezas, divisas e empregos, para preservar o meio ambiente.

A criação de um programa de adequação produtiva às normas ambientais é o caminho sugerido pelo presidente da Faesc. O programa teria recursos do BNDES, operação do Banco do Brasil e financiaria desde a recuperação de áreas de reserva legal até barragens e tratamento de dejetos, para produtores rurais e cooperativas, inclusive o licenciamento ambiental. O programa também contemplaria nos financiamentos os valores referentes à compensação ambiental previsto no Sistema Nacional de Unidade de Conservação e o licenciamento ambiental.
Atualmente, em Santa Catarina, existem milhares de produtores de suínos que não possuem licença ambiental. A necessidade de recursos para atender os suinocultores nesse Estado é da ordem de R$ 80 milhões.

Pedrozo observa que a rápida implantação das normas ambientais não foi acompanhada de programas para adequar a produção primária a essa nova realidade. Enquanto países como os Estados Unidos pagam cerca de US$ 114 hectare/ano para a conservação, no Brasil os produtores são obrigados a manter área de reserva legal de até 80%, cabendo o ônus da preservação exclusivamente ao produtor rural. Atividades que impliquem impactos ambientais, como é, por exemplo, a suinocultura, necessita de investimento de médio e longo prazo para se adequar às normas.

A Faesc também defende um programa de Tecnologia e Agricultura de Precisão para financiar equipamentos de informática, softwares, teleprocessamento, GPS e outros equipamentos para a implementação da agricultura de precisão e de incentivo ao uso de inovações tecnológicas, com taxa de juros de 8,75% ao ano. O presidente lembra que o setor rural não possui uma linha de crédito que incentive o uso de novas tecnologias aplicadas à gestão dos negócios agropecuários.
Fonte: AGÊNCIA SAFRAS

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nova gripe causa preocupação no Rio Grande do Norte

Mesmo com o tempo quente, a nova gripe está provocando muita preocupação no Rio Grande do Norte. Doze pessoas já morreram nos últimos cinco meses - e o número de casos suspeitos da doença não para de crescer.
A Secretaria de Saúde do estado dispensou as funcionárias grávidas do trabalho.No setor de Biomedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, as férias foram antecipadas.
Na festas populares, os cartazes informam sobre a prevenção.
O maior plano de saúde do estado orientou os hospitais conveniados a suspender as cirurgias que não fossem de urgência. A medida tem o objetivo de liberar as UTIs para os casos mais graves da doença.
No hospital público que é referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas os dados são preocupantes: em outubro foram atendidas 17 pessoas com sintomas da nova gripe. Em novembro, foram 104 notificações. Nos primeiros 15 dias de dezembro, foram registrados 350 casos suspeitos.
Das 30 mortes registradas no Nordeste, 12 ocorreram no Rio Grande do Norte.
O médicos infectologistas não sabem porque a situação no estado é mais grave que em outros da região.
A Secretaria de Saúde quer incluir o estado na lista de prioridades de vacinação do Ministério da Saúde. A preocupação é com o aumento no número de pessoas circulando na cidade neste período de férias.
“Como o estado do Rio Grande do Norte está vivendo esse pico em um momento diferenciado, que a gente tenha a condição de ter antecipadamente a vacina”, diz Juliana Araújo, da subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica.
(Fonte: G1)

Comentários sobre a COP 15

O ministro do Meio Ambiente sueco, Andreas Calgren, cujo país ocupa a presidência de turno da União Europeia (UE) até o final do ano, qualificou de "desastre e grande fracasso" a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Copenhague.
"Vamos discutir o desastre que tivemos em Copenhague, como continuar as negociações e como chegar mais longe", anunciou Calgren, ao chegar à reunião de ministros do Meio Ambiente realizada na terça-feira (22) em Bruxelas.O sueco antecipou que a UE começará a explorar "alternativas de trabalho", já que, após dois anos de intensas negociações internacionais, a COP-15 "foi um grande fracasso, com o qual temos que aprender".
Calgren destacou a unidade do bloco europeu durante os 12 dias de encontro na Dinamarca e afirmou que a UE "nunca esteve dividida".
A liderança europeia bateu de frente, no entanto, com a atitude de países como os Estados Unidos e a China, que demonstraram uma verdadeira "falta de vontade", afirmou.
Segundo a presidência da UE, continua sendo necessário criar um sistema internacional "que leve em conta não só os interesses dos grandes países, como ocorreu em Copenhague, mas também os dos menores".
Sobre o texto final de Copenhague, Calgren disse que "duas páginas e meia de declaração nunca podem cobrir todos os pontos que foram abordados nas negociações".
(Fonte: Folha Online)
Cuba diz que COP-15 foi "passo para trás" e vê futuro "incerto" em negociações
O governo de Cuba afirmou hoje que a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, foi "um passo para trás", uma "farsa antidemocrática' e qualificou de "incerto" o futuro das negociações para a reunião sobre o tema que acontecerá no México, em 2010.O ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, afirmou em entrevista coletiva em Havana que a reunião foi um "fracasso" e um "engano" à opinião pública mundial, que se caracterizou pela repressão e a exclusão das ONGs.
"Estou convencido de que Copenhague foi um passo para trás", disse Rodríguez.
O chanceler cubano fez parte da delegação oficial da ilha na reunião que, junto a países como Venezuela, Nicarágua e Bolívia, se opôs ao acordo de mínimos fechado na COP-15.
Rodríguez qualificou de "arrogante, imperial e cínica" a atitude assumida em Copenhague pelo presidente americano, Barack Obama, ao qual também acusou de mentir para a opinião pública.
Segundo ele, Obama jogou com os números ao confirmar que seu país cortará as emissões de gases estufa em 17% até 2020, pois "alterou" as bases de cálculo ao apresentar uma estimativa em comparação com as emissões de 2005, em vez das de 1990.
O ministro criticou que a "nova era" à qual o líder americano se referiu significa esquecer o conceito de responsabilidades comuns e diferenciadas. Segundo ele, aconteceu um "assalto" contra China, Índia, Brasil, África do Sul e todos os países em desenvolvimento.
Por outro lado, afirmou que, durante a Administração de George W. Bush, os Estados Unidos não faziam parte do Protocolo de Kyoto, mas pelo menos existia um "regime internacional".
Mas assinalou que a postura de Obama é diferente à de seu antecessor, porque, "pelo menos", reconhece a existência da mudança climática, sua gravidade e a evidência científica.
Sobre as perspectivas para o próximo fórum sobre o tema, que acontecerá no México em 2010, afirmou que o destino do processo de negociação é "incerto" dada a situação de "sequestro imposta basicamente" pelos EUA.
(Fonte: Folha Online)
Índia diz que emergentes resistiram juntos à pressão na COP 15

Um ministro da Índia disse nesta terça-feira que o país saiu satisfeito da conferência do Clima da ONU, após ter trabalhado juntamente com Brasil, China e África do Sul para resistir à pressão e evitar que limites obrigatórios para emissões de gases de efeito estufa lhe fossem impostos.
Falando ao Parlamento do país, o ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh, disse que a estratégia na COP 15, encerrada neste fim de semana em Copenhague, fez com que os interesses do país fossem protegidos.
O encontro na capital da Dinamarca, que durou duas semanas, foi concluído sem a adoção de um acordo impondo limites para a emissão de gases causadores do efeito estufa.Um documento assinado pelos Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul foi o único resultado do encontro.
O documento, porém, não estabelece limites à poluição e indica apenas que os países concordam que a temperatura do planeta não pode subir mais de 2ºC, o que gerou muitas críticas, que foram rejeitadas nesta terça-feira por Ramesh.
"O Acordo reconhece o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, e respeita as habilidades dos envolvidos no combate à mudança climática. O Acordo reconhece a necessidade de limitar o aumento da temperatura global até 2050 para menos de 2ºC dos níveis pré-industriais", afirmou.
Força - Ramesh afirmou ainda que o grupo de países que inclui Brasil, África do Sul, Índia e China surgiu como uma força poderosa nas negociações relativas às mudanças climáticas.
Esses países se recusam a adotar metas obrigatórias de cortes das emissões, argumentando que isso deve caber aos países desenvolvidos - que têm responsabilidade histórica pelas emissões dos gases do efeito estufa.
Os países ricos, por outro lado, pressionaram emergentes na COP 15 a aceitar metas obrigatórias e também algum mecanismo de fiscalização dos cortes.
O acordo assinado em Copenhague sofreu duras críticas da oposição e de grupos ambientalistas indianos, que afirmam que o país foi obrigado a abrir mão de sua soberania e concordar com a fiscalização internacional dos esforços do país para cortar as emissões de gases de efeito estufa.
A posição da China gerou críticas também da Grã-Bretanha. O ministro do Meio Ambiente britânico, Ed Miliband, afirmou que o país teria "sequestrado" as negociações na COP 15, acusação que foi rebatida pelo governo da China nesta terça-feira.'Desastre' - Já o ministro do Meio Ambiente da Suécia, Andreas Carlgren, afirmou nesta terça-feira ao chegar para uma reunião com seus colegas da União Europeia em Bruxelas, que a COP 15 foi um "desastre".
Carlgren também culpou a China afirmando que o país "sequestrou" a reunião. Mas ele também incluiu os Estados Unidos entre os culpados.
"Da forma como aconteceu em Copenhague, a maior parte foi para os grandes, para os Estados Unidos e a China e seus seguidores, a respeito do que eles realmente poderiam decidir e garantir que os líderes pudessem concordar com o mínimo denominador comum, então isto foi parte daquele fracasso", afirmou.
Os ministros do Meio Ambiente da União Europeia se reunem para discutir as próximas medidas depois do acordo fechado na COP 15.
(Fonte: G1)

Coma um ovo por dia para ganhar músculos e perder gordura

Ele contém albumina; que aumenta a massa magra; e leucina que ajuda a manter

Quando pensa no consumo de proteínas, pouca gente se lembra dele, mas o ovo é uma alternativa bastante saudável para repor os aminoácidos essenciais ao funcionamento do organismo. "As proteínas são de extrema importância para o nosso organismo por sua função construtora e reparadora, além de participarem da formação de hormônios, enzimas e anticorpos", afirma a nutricionista Lucyanna Kalluf, do Centro Brasileiro De Nutrição Funcional.
A variedade de opções no preparo (cozido, mexido ou em omeletes) conta a favor de inclusão do ovo na dieta, que ainda ganha reforço de vitaminas, minerais e lipídios (presentes em grandes quantidades na gema). "Mais de 50% da vitamina B2 do ovo está na clara, de fácil digestão e ideal para quem treina e quer desenvolver músculos", afirma a especialista. "Nunca coma ovos crus, prevenindo a salmonela (bactéria que traz infecção intestinal).
Entre a turma da academia, o xodó é a albumina: esta proteína tem alto valor biológico, excelente biodisponibilidade (é facilmente aproveitada pelo organismo e fácil digestão. A albumina possui os nove aminoácidos necessários para o processo de anabolismo (aumento de massa muscular), contribui para a regeneração de tecidos musculares, unhas, pele e cabelo (faz crescer cabelos), revitaliza funções orgânicas devido ao seu valor energético e impulsiona o sistema imunológico. A albumina está contida, principalmente, na clara. "A clara também dispõe de leucina, um aminoácido que ajuda a manter os músculos e diminui a massa gorda (gordura).
A gema, por sua vez, é rica em ômega 3, gordura excelente para o cérebro e que estimula o equilíbrio da insulina com a glicose, mais um fator para regular a compulsão e a resistência insulínica, que é o maior fator de risco para a Síndrome Metabólica. Ela também age no combate da anemia. "O ovo combate não apenas a anemia por deficiência ferro, mas também a chamada anemia perniciosa graças à presença de vitamina B 12", diz a nutricionista.
Consumo diário
Para contar com esses benefícios, o ideal é incluir ao menos um ovo (de galinha) por dia na sua alimentação o de codorna é ainda mais rico em colesterol comparado com o de galinha. Em cada 50 gramas (o equivalente a cinco ovinhos), há 422 miligramas da substância. Mas não é só: ele também tem maior quantidade de fósforo e ferro do que seu concorrente e só perde no quesito vitamina A.
Apesar da digestão mais lenta, o ovo pode ser ingerido no jantar e é um ótimo substituto para as carnes vermelhas (principalmente entre as pessoas de idade mais avançada e com dificuldade para mastigar). "Mas minha recomendação é consumo de um ovo no café da manhã, porque ele traz saciedade e evita que o paciente fique besliscando", afirma a nutricionista.
Quanto à cor da casca, não há com o que se preocupar: ela indica apenas a cor da galinha. As brancas põem ovos brancos, as vermelhas põem ovos vermelhos. E não há diferença nutricional relevante entre os ovos de granja e os chamados caipiras, que têm uma coloração mais amarelada. Isso se deve ao tipo de alimentação. A especialista lembra que as galinhas caipiras são criadas soltas e comem o que encontram pela frente, incluindo vegetais mais coloridos, enquanto as de granja se alimentam apenas de ração.
O colesterol
Por muitos anos, o ovo foi visto como inimigo do coração. Mas pesquisas recentes comprovam que não há risco de doença cardiovascular para pessoas que consomem até um ovo por dia, de acordo com a nutricionista. Para preservar sua saúde, evite o consumo de ovos fritos, que têm mais calorias totalmente dispensáveis.
Amigo da memória
O ovo também é fundamental à mesa de quem tem mania de esquecer tudo. Isso acontece porque ele é uma ótima fonte de colina, proteína que melhora a memória e a cognição. Além disso, ele tem as vitaminas B2, B6, B12, E, K, D e ácido fólico. Zinco, cálcio, selênio ( boa quantidade), fósforo e ferro também estão presentes. "Devido a todos esses nutrientes, o ovo deve fazer parte da dieta de todos os indivíduos, salvo aqueles com alguma intolerância ou alergia alimentar", afirma a nutricionista Lucyanna Kalluf.

Conheça e Inclua os alimentos anti barriga na dieta

Quer começar o verão com uma barriga de dar inveja?
Há uma lista de alimentos que ajudarão a conquistar a barriga dos sonhos!
Se começar a dieta desde já, pode entrar no verão em forma. Quanto mais você adicionar estes alimentos a sua dieta, e aliar com exercícios físicos, melhores e mais rápidos serão os resultados.
Confira!
Avocado
O avocado é um alimento funcional muito nutritivo e com componentes que contribuem para ter pele saudável, saúde nos olhos, previne infecções e até auxilia até em problemas de impotência sexual.
Essa fruta possui gordura insaturada (vegetal) e componentes biologicamente ativos como fitoestérois - substância capaz de inibir a absorção e síntese do colesterol; e por conter fibras, além de prevenir doenças como o câncer de cólon e auxiliar o funcionamento do intestino, dá sensação de saciedade, o que leva a pessoa a comer menos. Ao contrário do que se pensava, esta gordura ômega 9 presente no avocado é umas das mais importantes auxiliadoras no emagrecimento, pois diminui o estado inflamatório do organismo. Já está cientificamente comprovado que a obesidade é uma doença inflamatória assim como diabetes, hipertensão, depressão, artrite, celulite etc. Não deixe essa fruta fora da sua dieta!

Chá verde
O chá verde é um ótimo aliado da saúde. Considerado uma das bebidas que mais trás benefícios ao corpo humano, ele é rico de catequinas - um ótimo antioxidante, que ajuda no aceleramento do metabolismo, queima gorduras, desintoxica o organismo e desincha. Quer afinar a cintura? Com certeza o chá verde pode ajudar, e muito. Uma dica é não tomá-lo à noite, pois por conter cafeína, pode prejudicar o sono. Não ingerira logo após as refeições, pois ele compete com os minerais e as vitaminas.
Grapefruit ou Toranja
De acordo com pesquisadores da Scripps Clinic, na Califórnia/EUA, a ingestão de meia toranja antes de cada refeição pode ajudar a perder peso - até um quilo por semana - mesmo se você não mudar mais nada em sua dieta. Os autores do estudo dizem que um composto da fruta ajuda a regular a insulina, hormônio que armazena gordura.
A acidez da fruta faz com que a digestão seja mais tardia, deixando a sensação de satisfação por mais tempo. Ovo Muitas coisas negativas já foram ditas a respeito do ovo, mas hoje em dia está mais do que comprovado que ele é um ótimo alimento.
E se o assunto é perder peso, as proteínas contidas nele também são ótimas aliadas. Seja no café da manhã, no almoço ou nos lanches, inclua pelo menos 3 ovos por semana em sua dieta, o resultado será muito positivo. Quinua Segundo a ONU - Organização das Nações Unidas -, a quinua é o alimento mais completo do planeta.
Encontrado em forma de macarrão, flocos, farinha e grãos, ele pode ser incluso em sua dieta de diversas maneiras. Desde mingau no café da manhã (pode ser usado no lugar da aveia, por exemplo) até um delicioso jantar feito com seu macarrão.
Potente alimento que ajuda a emagrecer, a quinua também regula o funcionamento do intestino, aumenta a imunidade, e ameniza os sintomas da TPM e menopausa.
Dra. Daniela Jobst é nutricionista e Pós Graduada em Nutrição Clínica Funcional e Bioquímica do Metabolismo pela VP/Consultoria Nutricional/Divisão de Ensino e Pesquisa, Especialista em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional e do Instituto de Medicina Funcional dos EUA.
Para saber mais, acesse

Vírus da gripe sobrevive mais tempo que vírus do resfriado

A maioria das pessoas sabe que vírus da gripe e do resfriado podem contaminar maçanetas de porta, torneiras e outras superfícies. Mas por quanto tempo?Estudos mostraram que o tempo de sobrevivência para ambos os tipos de vírus varia bastante, de alguns segundos a 48 horas. As razões estão relacionadas a vários fatores, incluindo o tipo de superfície, umidade e temperatura.
Por exemplo, vírus da gripe e do resfriado sobrevivem mais tempo em superfícies inanimadas não-porosas, como metal, plástico e madeira, e menos em superfícies porosas, como roupas, papel e tecido. A maioria dos vírus causadores da gripe consegue viver de um a dois dias em superfícies não-porosas, e de 8 a 12 horas em superfícies porosas. Porém, um estudo de 2006 descobriu que a gripe aviária parecia particularmente durona, sobrevivendo até seis dias em algumas superfícies.
Vírus da gripe, no entanto, se deterioram rapidamente. Um estudo de 2007 descobriu que, quando objetos de um quarto de hotel - interruptores, telefones - foram contaminados com um vírus da gripe, 60% dos voluntários saudáveis pegaram o vírus quando tocaram em um dos objetos uma hora mais tarde. Dezoito horas depois, o índice de transmissão caiu pela metade.
Na pele, os vírus da gripe e do resfriado geralmente duram menos de alguns minutos, mas isso pode ser o suficiente para a transmissão: estudos mostram que a maioria das pessoas toca suas mãos ou boca várias vezes durante suas atividades diárias - o suficiente para causar uma infecção.
(Fonte: Folha Online)

Brasil terá o verão mais quente dos últimos anos, informa Inpe

O verão brasileiro, que começou nesta segunda-feira (21) às 14h47, terá temperaturas acima das registradas nos últimos anos. Nas regiões Sul e Sudeste, a tendência é que continue a chover na mesma intensidade que vem sendo registrada.
A informação é do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A excepcionalidade se deve ao fenômeno atmosférico-oceânico El Niño e ao aquecimento global. O fenômeno se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. A ocorrência afeta o clima regional e global e muda os padrões de vento e o regime de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. No Brasil, o fenômeno causa mais chuva na região Sul e seca no Norte.
De acordo com especialistas do CPTec, em 2008 houve aumento de 0,36 graus Celsius na temperatura do planeta, quando comparado aos registros de 1961. A previsão de um verão mais quente, porém, não representa uma mudança climática definitiva. Para considerar a variação como fixa seria necessário analisar um período de 50 a 100 anos.
(Fonte: Agência Brasil)

COP15: sucesso ou fracasso?

A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Copenhague, foi a maior reunião diplomática da história. Resultou em frustrações, visto que as expectativas eram grandes, mas, também, em avanços significativos. Nós do Planeta Sustentável, depois de acompanhar as negociações - no Brasil e em Copenhague -, concluímos que há muitos motivos para otimismo
O mundo não será o mesmo depois da COP15.
Haverá, é claro, muito para se fazer ainda. Mas há também notícias positivas. A primeira delas é que o mundo todo tomou consciência do problema. A segunda é que os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE), concordaram em participar do acordo pela primeira vez, com metas. É um avanço significativo. Dá um claro sinal às empresas daqueles países – e do mundo -- de que o aquecimento deixa de ser uma preocupação ambiental movida por altruísmo e se firma como questão geopolítica e estratégica.
O papel do Brasil merece destaque. O país, que até pouco, mostrasse pouco entusiasmo pela questão pode ser considerado hoje um dos lideres mundiais no que tange ao aquecimento global. Ficou claro, ainda, que o debate sobre o assunto vai estar no centro da próxima campanha para presidente no nosso país. Os três pré-candidatos - José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva - estiveram atuantes no COP15. E a questão do aquecimento esteve, pelo menos durante a conferência, no centro da grande imprensa brasileira, com direito a manchetes nas primeiras páginas dos jornais e revistas.
Saímos de Copenhague com outra certeza, a de que o aquecimento global não será resolvido apenas pelos governos. A tarefa é gigantesca. Todos nós: empresas, mídia, indivíduos e governo precisamos contribuir e muito. Trata-se de uma questão de solidariedade para com as novas gerações. E também de uma importante questão econômica. A luta continua. Vamos trabalhar para, em 2010, darmos outro passo, ainda maior. A questão veio para ficar. A humanidade precisa resolvê-la para poder caminhar tranqüila.
Caco de Paula e Matthew Shirts

Treinar mentalmente uma tarefa é tão eficaz quanto executá-la manualmente

Treinamento imaginário
A prática faz a perfeição, diz o ditado. Mas e a prática por meio da imaginação? Será o "treinamento imaginário" tão eficaz quanto o treinamento das habilidades manuais?

Sim, é. É o que demonstrou uma pesquisa feita na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça.

Elisa Tartaglia e seus colegas demonstraram que o aprendizado perceptual - aprender pela exposição repetitiva a um estímulo - pode ocorrer por meio da imaginação e ser tão eficaz quanto trabalhar diretamente com a coisa real.

Pensar repetidamente

Os resultados, publicados no último exemplar da revista científica Current Biology, sugerem que pensar repetidamente sobre algo pode ser de fato tão bom quanto executar de fato a tarefa.
"Depois de treinados, os radiologistas são capazes de detectar anomalias nas imagens médicas que são extremamente difíceis de ver por pessoas não treinadas," explica Tartaglia. "Os resultados do nosso estudo propõem que o treinamento por imagens mentais, ou seja, visualizar mentalmente repetidas vezes a anomalia que se quer detectar, seria suficiente para tornar alguém capaz de detectá-las de fato."

Treinamento prático versus treinamento mental

Em uma série de experimentos, os cientistas pediram aos voluntários para praticar na identificação de qual linha, a da direita ou da esquerda, dentre uma série de linhas paralelas, estava mais próxima da linha central. O desempenho de cada um foi registrado.

A seguir, eles passaram por uma etapa de treinamento, em que praticaram a tarefa repetidamente. Numa segunda etapa, posterior aos exercícios de treinamento, esses participantes melhoraram seu desempenho significativamente.

Mas a melhoria também ocorreu com outro grupo de voluntários que, em vez de praticar com as linhas desenhadas, passou por uma etapa de treinamento durante a qual eles apenas imaginavam a proximidade das linhas com base em sons de diferentes frequências.

Este grupo também melhorou seu desempenho significativamente com mais treinamento, significando que o "treinamento imaginativo" é suficiente para o aprendizado perceptual.

Sinapses

Alguns especialistas questionam a relevância da mentalização das imagens nesse tipo de treinamento, que geralmente se considera ser controlado pelo processamento cerebral dos estímulos - sinapses que disparam em resposta a uma sensação física.

O que os pesquisadores suíços demonstraram é que o aprendizado perceptual também ocorre na falta de estimulação física, dispensando as conexões nervosas que se acreditava estar na base da fixação do aprendizado.
Fonte: Redação do Diário da Saúde

Olhos abertos para os riscos do sol

Nesta segunda (21), às 15h47, começou a estação do ano mais esperada pelos brasileiros. Sinônimo de praia, mar e férias, o verão traz a alegria do sol e a preocupação aos riscos que ele pode trazer à pele. A atenção exclusiva a esta parte do corpo, no entanto, faz com que as pessoas deixem de tomar os devidos cuidados com os olhos, os quais sofrem tanto ou mais que a pele com a maior intensidade dos raios ultravioleta (UV) neste período.
De acordo com o oftalmologista Canrobert Oliveira, diretor do departamento de refração do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), os raios UV do tipo A e B, os mesmos que causam as queimaduras e o câncer de pele, são responsáveis por doenças como a catarata precoce e a cegueira da visão central.
A catarata precoce caracteriza-se pela opacidade do cristalino – lente natural dos olhos – antes dos 40 anos de idade. Segundo Canrobert, o processo é como a clara do ovo ao ser aquecida. O único tratamento existente é a cirurgia de substituição do cristalino por uma lente.
"Hoje, nós vemos pessoas em países tropicais apresentando os primeiros sinais de catarata aos 35 anos de idade", explica o médico.
Já a cegueira da visão central mostra-se quando a pessoa é capaz de olhar tudo a sua volta e no lugar do seu foco observa-se apenas uma mancha escura.
Os danos causados aos olhos são irreversíveis, pois os raios destroem as células da retina, mas para o médico, o devido valor não é dado pelo efeito ser acumulativo.

"As repetidas exposições aos raios vão refletir apenas na terceira idade. Hoje 25% da população com mais de 75 anos tem algum grau de comprometimento da visão central.
"Como evitar - O que antes era apenas charme, os óculos escuros passam a ser uma necessidade, principalmente para as crianças. O consumidor, entretanto, deve estar atento ao comprar um, pois para ficar realmente protegido, o assessório deve vir com filtros anti-UVA e anti-UVB. Segundo Canrobert, os óculos vendidos nas praias e camelôs vêm com o selo indicativo de filtro; mas em apenas 90% deles a indicação é verdadeira.
"Quando usamos óculos escuros a pupila se abre e maior quantidade de luz penetra em nossos olhos. Se as lentes são desprovidas de filtro os olhos ficam mais expostos aos raios. Assim, é pior ficar com óculos do que sem eles, pois neste caso, as pupilas continuarão fechadas", explica.
Para evitar problemas futuros, o médico sugere que a compra seja feita em óticas especializadas. E a garantia de proteção pode ser feita através do fotômetro, aparelho que comprova se há filtro medindo a intensidade da luz.
(Fonte: JB Online)

RS terá centro para estudo do ar e das consequências das mudanças climáticas

O secretário Estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado, falou hoje sobre duas novidades positivas para o RS: a criação de um centro para estudar o ar e o impacto no Estado com as mudanças climáticas e uma rede de sustentabilidade ambiental.
— Há duas ações importantes. Na UFRGS, vai se implantar o centro polar e climático. Vamos passar a conhecer o que impacta na situação climática do Estado, que hoje não está disponível. Não se sabe o quanto as mudanças climáticas estão impactando a nossa vida no Estado. Estamos construindo uma rede de sustentabilidade ambiental para habilitar todos os municípios gaúchos para que possam fazer gestão ambiental.
Amanhã a governadora fará um ato com quase 60 novos municípios participantes. Queremos chegar no ano que vem com todos os 496 municípios envolvidos — adiantou. — Há uma rede com mais de 5 mil pessoas envolvidas. O plano ambiental vai organizar a cidade a partir dos seus recursos ambientais. Vai preparar a sociedade para que adquira novas posturas para conciliar a geração de emprego e renda com os recursos naturais — completou.
Rosado comentou o sentimento de frustração com o relatório final apresentado na COP-15 em Copenhague que não conseguiu alcançar seu objetivo maior de estabelecer metas para redução de CO².
— Todos tinham uma enorme expectativa e muita esperança que essa reunião pudesse resultar num acordo para que os compromissos sobre as emissões fossem assumidos. Voltamos frustrados porque não foi possível estabelecer metas. A ideia do fundo global foi discutida mas não se estabeleceu como, quando nem quem disponibilizaria recursos
— lamentou ele, em entrevista o programa Gaúcha Atualidade.
Fonte: RÁDIO GAÚCHA

domingo, 20 de dezembro de 2009

Cenário da Coleta Seletiva no Brasil

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.
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A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.

Para traçar um breve cenário da situação atual da Coleta Seletiva no Brasil, pode-se dizer que:
• 7% dos municípios têm programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2008)

Embora o número de municípios seja, ainda, relativamente pequeno, são os maiores que adotam esta prática. De tal forma que estes representam aproximadamente 14% da população. Isto quer dizer que:
• 405 municípios, com 26 milhões de habitantes, praticam a coleta seletiva.

Destes municípios 2% se localizam no Norte do país; 4% no Centro Oeste; 11% no Nordeste; 35% no Sul e 48% no Sudeste.
A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada abaixo.

Material % da Composição
Alumínio 1
Longa Vida 3
Diversos 3
Metais 9
Vidros 10
Rejeito 13
Plásticos 22
Papel e Papelão 39
Entretanto, na maioria dos casos, as soluções adotadas ainda são bastante onerosas.

• O custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional,numa proporção de R$ 376 x R$ 73

Esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais. O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação.
Pode-se dizer que as principais dificuldades encontradas pela grande maioria dos municípios são as seguintes:

• informalidade do processo - não há institucionalização
• carência de soluções de engenharia com visão social
• alto custo do processo na fase de coleta

CEMPRE; Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades

Entenda mais! Pecuária é o setor que mais cresce na emissão de gases estufa

Acaba de ser publicada a revisão dos dados sobre as emissões de gases do efeito estufa pela agricultura e pela pecuária no Brasil.

Segundo o documento, a pecuária é o setor que merece maior atenção, pois ela tem um papel muito importante nas emissões do território brasileiro.

A revisão foi feita por cientistas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, sob a coordenação do professor Carlos Clemente Cerri.

Fontes de emissão

Os novos dados apresentam os resultados de cálculos feitos com base em cinco fontes de emissão - energia, processos industriais, agricultura, mudança de uso da terra e resíduos - bem como de suas sub fontes, com muito detalhamento, além de oferecer um quadro inédito de emissões do Brasil.

A revisão vem ao encontro da determinação definida pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, de reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) para a atmosfera e realizar inventários periódicos sobre o assunto.

O Brasil efetuou os cálculos de emissão de GEE e os publicou, em 2004, como a primeira Comunicação Nacional do País. No entanto, os únicos dados oficiais existentes na época, referiam-se ao período 1990-1994. Neste documento foi relatado que o país é um dos maiores emissores de GEE do mundo e isto ocorre, em grande parte, por causa do desmatamento, principalmente do bioma Amazônia, para dar lugar à agricultura e pecuária.

Metano e óxido nitroso emitidos pelos bois

"A taxa de desmatamento no Brasil está diminuindo e vai decrescer naturalmente porque sua maior causa é a pecuária, criação de pastagens e as consequentes emissões provocadas pelo gado. O gado consome o capim, que vai para o rúmen, onde é fermentado e, nesse processo, há emissão de metano pela eructação e pelas fezes, e também de óxido nitroso, pela decomposição da urina no solo," explica Cerri.

"Tudo isso parece folclórico, mas é importante, porque o metano e o óxido nitroso são gases que têm alto potencial para aquecer a atmosfera terrestre vinte e trezentas vezes maiores do que o gás carbônico. Assim, nosso estudo aponta maneiras de se trabalhar com uma pecuária mais tecnificada para melhor aproveitamento das áreas atuais sob pastagens e, em consequência, reduzir as emissões pelo setor", diz.

Equivalente de CO2

De acordo com o pesquisador, "quando os três gases do efeito estufa são convertidos em uma única unidade denominada de 'equivalente em CO2', percebe-se que a taxa de emissão de gases do desmatamento aumentou 8,1% entre 1994 e 2005, porém essa taxa foi menor do que aquela produzida pela fermentação entérica dos ruminantes, que teve aumento de 13%".

Ele comenta ainda que as entidades governamentais e a sociedade estão fiscalizando as áreas e que essas iniciativas estão fazendo com que o desmatamento seja reduzido.

"Hoje, a ocupação média no Brasil é de 0,9 cabeças de gado por hectare. O Brasil precisa, nos próximos dez anos, de 20 milhões de hectares para acomodar as expectativas de expansão na produção de alimentos, fibras e biocombustíveis para suprir as necessidades internas e exportar", aponta.

"Precisamos produzir mais soja, milho, arroz, trigo, algodão, cana-de-açúcar e oleaginosas para biocombustível; mais reflorestamento com silvicultura com eucalipto, pinus e outras essências e isso dá, mais ou menos, 20 milhões de hectares e nós não podemos desmatar. O grande desafio é proceder essa expansão sem novos desmatamentos e isso é perfeitamente possível adotando um planejamento estratégico adequado nas áreas já ocupadas pela agricultura e pecuária".

Tecnologias já disponíveis

Para chegar a essa ocupação racional e sustentável das áreas agrícolas disponíveis, o Brasil já dispõe de tecnologias inovadoras, algumas delas apontadas no documento que acaba de ser publicado.

De acordo com os cientistas, é possível trabalhar na recuperação da pastagem degradada, no melhoramento genético animal, no confinamento, na adoção da integração lavoura-pecuária e tudo isso pode ser feito numa área menor, com maior produtividade, liberando espaço para expansão agrícola necessária, porém sem nenhum desmatamento.

"Isso faz com que o tempo de vida do animal seja reduzido. Ao invés de permanecer três anos e meio no campo, é possível reduzir o tempo para o abate com mesmo peso, porém com menor emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global", destaca o pesquisador.

Cientistas desvendam genoma dos tumores de pele e pulmão

Câncer revelado
Cientistas desvendaram o código genético de dois dos tipos mais comuns de câncer, o de pele e o de pulmão, e dizem que a descoberta significa uma transformação na forma como a doença é entendida.
"O que vemos hoje mudará a forma como enxergamos o câncer", disse Mike Stratton, britânico integrante do Projeto do Genoma do Câncer, iniciativa que reúne cientistas de 10 países que tentam mapear os genomas dos principais tipos de câncer.
"Nunca vimos o câncer revelado desta forma antes", completou.
O mapeamento abre caminho para testes sanguíneos capazes de detectar tumores mais cedo do que atualmente e para o desenvolvimento de novas drogas para tratamento.
Criando mutações genéticas
O cientistas sequenciaram o DNA de tecidos cancerígenos e normais e os compararam. Os com tumores de pulmão apresentavam 23 mil mutações, quase todas causadas pelo fumo.
Os especialistas calcularam que um fumante típico adquire uma nova mutação para cada 15 cigarros que fuma.
"É como jogar roleta russa. A grande maioria das mutações não causará câncer, mas algumas podem", diz Peter Campbell, responsável pela pesquisa.
Ao largar o cigarro, o risco é reduzido gradualmente até que a possibilidade de câncer de pulmão volta a ser a mesma de alguém que nunca fumou. Suspeita-se que isso ocorra porque as células com mutações são repostas por células saudáveis.
Mutações causadas pelo Sol
Os cientistas descobriram que para o câncer de pele melanoma, as mutações, quase todas causadas pela exposição ao Sol, chegam a 30 mil.
Os cientistas dizem que pode ser possível no futuro determinar exatamente quais hábitos e outros fatores causam tumores diferentes.

Azulejos que matam bactérias são desenvolvidos por brasileiros

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica que permite a fabricação de azulejos e cerâmicas com proteção contra bactérias durante toda a vida útil do material.

A pesquisa começou como um projeto de iniciação científica, uma pesquisa feita por estudantes de graduação, antes mesmo que eles se formem, cujo principal objetivo é justamente a formação de novos pesquisadores.

Thiago Sequinel, então estudante na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, orientado pelo professor Sérgio Mazurek Tebcherani, desenvolveu um método para a obtenção de nanopartículas de óxido de titânio, partículas com dimensões na faixa dos nanômetros - bilionésimos de metro - com reconhecidas propriedades bactericidas.

Depois da graduação, já no mestrado, Sequinel conseguiu que as nanopartículas individuais fossem agrupadas para formar um filme finíssimo.

Agora no doutorado, o pesquisador desenvolveu um processo para que essa película de nanopartículas de titânio interagisse com o substrato, ou seja, com a cerâmica, aderindo de forma permanente a azulejos, ladrilhos e pisos.

Azulejos bactericidas

O resultado final da pesquisa são peças de revestimento cerâmico cobertas com material bactericida, o óxido de titânio.

"Por meio de alta pressão e uma temperatura de cerca de 480º C, o filme interagiu com o material", disse Sequinel, ressaltando que técnicas anteriores necessitavam de mais de 700º C para promover a aderência dos óxidos.

Com isso, pisos e azulejos ganham o óxido de titânio que, ao se incorporar à cerâmica, lhes confere proteção contra bactérias durante toda a vida útil da peça.

"É muito forte o apelo comercial do produto para a área da saúde", disse Sequinel. Ele destaca que pisos e azulejos com óxido de titânio podem ser empregados em hospitais, restaurantes industriais, indústrias alimentícias e qualquer lugar que necessite de um alto grau de assepsia.

Da ideia ao produto

O reconhecimento veio rápido, dando uma ideia da importância da inovação. Em 2008, o projeto da cerâmica bactericida venceu a etapa continental de uma competição internacional que avalia produtos desenvolvidos por estudantes e que ainda não tenham participação de empresas.

Agora, Sequinel conquistou o primeiro lugar etapa mundial do Idea to Product Competition 2009 (I2P). O pesquisador integrou a equipe Nanoita, junto com Tebcherani e mais dois professores, René Rodrigues Fernandes, da Fundação Getúlio Vargas, e José Arana Varela, seu atual orientador de doutorado na Unesp.

O principal objetivo do I2P é incentivar que ideias com bom potencial de comercialização ganhem o mercado. Por isso, o primeiro prêmio envolve a quantia de US$ 10 mil a fim de dar o impulso inicial ao novo negócio.

"Estamos negociando o licenciamento de fabricação com três grandes empresas cerâmicas", disse Sequinel.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Países ricos dão marcha a ré em Copenhague

A marcha a ré e o duplo discurso dos países ricos caracteriza o começo da 15ª Conferência das Partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15) na capital dinamarquesa, segundo numerosos participantes procedentes do mundo em desenvolvimento. “As nações industrializadas expressam sua profunda preocupação e seu compromisso com a ação em suas declarações públicas, mas isso é completamente diferente nas salas de negociação”, afirmou o negociador argelino Kamel Djemouai, presidente do grupo da África, que representa mais de 50 países desse continente.
“O que se ouve em público não é o que se faz”, assegurou Djemouai aos delegados em uma reunião paralela às sessões da COP-15, preparada pela Organização das Nações Unidas. Na última rodada de negociações climáticas antes de Copenhague, em Barcelona, os países africanos boicotaram o evento porque diziam que os Estados industrializados haviam fixado metas muito baixas de redução da emissão de dióxido de carbono para mitigar substancialmente a expulsão de gases causadores do efeito estufa da atmosfera.
O dióxido de carbono é considerado o principal gás-estufa, que provocam o aquecimento do planeta e a modificação do clima em todo o mundo. A mudança climática já tem repercussões significativas na África e estas são uma forma de discriminação, assegurou Djemouai. “A ciência nos diz que quando a temperatura mundial média sobe um grau. Na África são dois graus a mais”, acrescentou. A atual temperatura média é de 0,78 grau superior à de 100 anos atrás.
Estados Unidos e União Europeia procuram “liquidar o Protocolo de Kyoto” quando o mundo deveria reforçar esse convênio e seguir o Plano de Ação do mesmo adotado em Bali em 2007, disse Djemouai. O Protocolo, de 1997, é o único tratado internacional que fixa metas legalmente vinculantes para reduzir emissões de gás-estufa em pelo menos 5% entre 2008 e 2012, com relação aos níveis de 1990. As nações em desenvolvimento não estão comprometidas por meta alguma.
A complexa normativa do Protocolo de Kyoto concluiu em 2001 e entrou em vigência no dia 16 de fevereiro de 2005. Foi ratificado por 183 países, inclusive pela União Europeia, mas não pelos Estados Unidos, o segundo maior emissor depois da China, de gases contaminantes do mundo. Por outro lado, os EUA e outros países pretendem um acordo que não seja vinculante no plano internacional e que apenas exija dos países promessas cujo cumprimento seja submetido ao escrutínio de seus pares.
No Plano de Ação de Bali, todas as partes – inclusive os EUA – acordaram fixar em Copenhague metas de mitigação e instrumentalizar acordos de transferência de tecnologia e financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões e adaptarem-se à mudança climática. Agora os países industrializados pretendem modificar o acordo ao incorporar muitas condições mais antes de proporcionar metas reais e efetivas, disse Djemouai. “Só pedimos aos países ricos que cumpram a recomendação do Grupo Internacional de Especialistas Sobre Mudança Climática (IPCC) de reduzir as emissões entre 25% e 40% até 2020”, afirmou.
As propostas que pretendem por fim ao Protocolo de Kyoto são motivo de assombro entre as nações em desenvolvimento, disse Martin Khor, diretor-executivo do South Centre, organização intergovernamental de países do Sul com sede em Genebra. “O plano de ação de Bali continuará. Do contrário, aqui haverá um estado de anarquia”, disse Khor aos delegados. Este especialista reconhece que os Estados Unidos, que está apenas saindo de sua “época obscura”, ainda não está pronto para assumir um tratado vinculante do tipo de Kyoto. Mas as normas atuais dão uma flexibilidade que permitira a Washington assumir um compromisso de menor peso vinculante, sem chegar a acabar com o Protocolo de Kyoto, afirmou.
Por outro lado, os países ricos tentam reiniciar as negociações e se comprometeram a reduzir suas emissões bem abaixo dos 30%/40% que faltam até 2020 para impedir que o crescente nível da água, consequência do aquecimento, cubra vários pequenos Estados insulares. “Os governos ricos se distanciam de seus compromissos em um momento em que deveriam reforçá-los, e passam a responsabilidade aos países em desenvolvimento”, disse Khor.
Os países desenvolvidos têm graves lacunas de instrumentalização nesse ponto, concordou Bernaditas de Castro Muller, negociadora das Filipinas. Muitos signatários do Protocolo de Kyoto aumentaram, em lugar de reduzir, suas emissões, e proporcionaram escassos fundos para ajudar os países do Sul, afirmou. “Nas Filipinas estamos praticamente pedindo esmola para encontrar arroz que alimente nosso povo depois de uma série de devastadores ciclones este ano”, ressaltou. Historicamente, cerca de 80% dos gases-estufa na atmosfera provêm dos países ricos, que representam 20% da população mundial.
“Essa iniqüidade não pode ser ignorada”, disse Muller.Embora as emissões atuais se dividam em partes iguais entre os países do Norte industrializado e os do Sul em desenvolvimento, metade das mesmas corresponde a apenas um quinto da população mundial. “Isso é eqüitativo”, perguntou a negociadora filipina. Os países em desenvolvimento estão preparados para tomar medidas que reduzam as emissões, mas isso depende de os Estados industriais assumirem reduções baseadas em dados científicos e cumpram suas promessas de ajuda aos mais pobres, acrescentou Muller. “Aqui estamos lutando por nossa existência. Lutamos pela justiça”, ressaltou.
Fonte: IPS/Envolverde