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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vacinação contra gripe suína imunizou 40 milhões de brasileiros

A campanha de vacinação contra a influenza A (H1N1) já imunizou 40 milhões de brasileiros. Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o número equivale a 64% do público-alvo das etapas convocadas até o momento. Até o final da campanha, no dia 21 de maio, a meta é imunizar pelo menos 72,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 80% da população convocada para a vacinação.

Até o momento, já foram vacinados 64,3% dos doentes crônicos e 61% dos jovens de 20 a 29 anos. A cobertura das grávidas chegou a 68%. Os índices mais altos de cobertura estão nos grupos das crianças de seis meses a menores de dois anos (96,5%) e dos profissionais de saúde envolvidos com o atendimento a casos suspeitos da doença (100%).

Segundo o ministério, gestantes podem se vacinar até o final da campanha. Para crianças entre seis meses e menores de dois anos, portadores de doenças crônicas e pessoas de 20 a 29 anos, o prazo para a vacinação foi prorrogado até o dia 7 de maio. A última etapa, para a população de adultos entre 30 e 39 anos, terá início em 10 de maio.

A vacinação contra a influenza A (H1N1) – gripe suína para idosos com doenças crônicas de todo o país começou no último sábado (24). Para as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, no entanto, o ministério recomenda que os idosos com doenças crônicas esperem o início da Campanha de Vacinação do Idoso contra a gripe comum, que começa no dia 8 de maio, para ir uma só vez ao posto de saúde. Nas regiões Sul e Norte, a vacinação para idosos contra a gripe comum foi iniciada no dia 24.

(Fonte: Radiobrás)

Frigoríficos não cumprem meta ambiental

Quase um ano após a publicação do relatório do Greenpeace que aponta a pecuária como principal vetor do desmatamento na Amazônia, os frigoríficos avançaram no processo de cadastrar e monitorar seus fornecedores no bioma. Mas ainda não conseguem rastrear 100% da cadeia e estão revendo os prazos do compromisso assinado com a ONG em outubro de 2009.


Em outubro do ano passado, a promessa dos frigoríficos era cadastrar seus fornecedores dentro de um prazo de 180 dias. Os principais frigoríficos que têm fornecedores de carne na Amazônia, como Marfrig, Minerva e JBS Friboi, pediram mais três meses de prazo para concluir o monitoramento de suas cadeias.

Na última reunião dos frigoríficos com o Greenpeace, no início do mês, representantes da indústria alegaram dificuldades no rastreamento da cadeia. "Enquanto os frigoríficos que têm fornecedores não monitorarem 100% da cadeia, será impossível afirmar que não existe mais gado em área de desmatamento", diz Marcio Astrini, da campanha Amazônia do Greenpeace.

O frigorífico Marfrig, que tem boa parte de seus fornecedores localizados no Mato Grosso, conseguiu mapear pouco mais de 80% das fazendas fornecedoras localizadas no bioma amazônico. O diretor de sustentabilidade do Grupo Marfrig, Ocimar Villela, estima que os três meses a mais de prazo serão suficientes para chegar a 100% de fornecedores rastreados. "O processo está evoluindo. Há dificuldades, pois o processo também depende da vontade das fazendas", diz.

Regularização. Para monitorar a cadeia, as fazendas precisam fazer o Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro eletrônico das propriedades nos órgãos ambientais. É por meio do CAR que é feito o georreferenciamento das propriedades e é possível verificar se está havendo desmatamento ilegal. Segundo Villela, um dos meios para estimular a regularização das fazendas é reduzindo a burocracia. O Marfrig também premiará, com viagens à Copa do Mundo na África do Sul, os fornecedores com melhores práticas ambientais. "A grande tarefa é mostrar ao mundo que o Brasil pode ter produção de carne com sustentabilidade", diz. Segundo o executivo, cresceu a pressão por parte das multinacionais que compram couro, como Nike, Adidas e Timberland.

A JBS Friboi, maior frigorífico do mundo e que recentemente comprou o Bertin, afirma em nota que está avançando no monitoramento dos fornecedores. "A JBS comprometeu-se a obter os pontos georreferenciados de 100% de seus fornecedores diretos localizados no Bioma Amazônico nos próximos 90 dias, e está realizando monitoramento via satélite ", diz. A área a ser monitorada possui cerca de 1,6 milhão de km² - mais de seis vezes o tamanho do Estado de São Paulo.

Otávio Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), argumenta que houve um grande avanço por parte dos frigoríficos até agora. "As áreas que a gente não tem georreferenciamento são de difícil acesso ou para chegar lá era preciso passar por parques nacionais", disse.

De acordo com ele, o cenário é mais complicado no Pará, onde há vários problemas para regularizar a situação fundiária.

Os frigoríficos já fizeram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal no Pará e, em maio, deverão firmar outro no Mato Grosso.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100428/not_imp543934,0.php

Consumidor continua sem saber origem do bife que vai no prato

Apesar do cerco ter se fechado nos últimos tempos para os frigoríficos e supermercados no quesito informação sobre a origem da carne que comercializam, o fato é que o consumidor ainda não tem como saber se a carne que chega ao seu prato está comprometida com crimes ambientais, fundiários e trabalhistas.


Ainda são poucas as empresas dispostas a dialogar com a sociedade com transparência. Não há demonstração de postura firme de companhias do ramo em relação à exclusão de fornecedores que agem de forma ilegal ou que não incorporem aspectos sociais e ambientais.

Muitas pessoas já têm a consciência de que podem, por meio de seu consumo, punir ou premiar empresas de acordo com sua responsabilidade socioambiental. Mas o exercício da cidadania só será possível se for amparado por políticas governamentais e empresariais que favoreçam a prática do consumo sustentável.

Considerando a urgência da alteração dos padrões de produção e consumo face às mudanças climáticas, a ausência de um sistema de rastreamento que garanta informação sobre a origem da carne é inaceitável. Empresas, por sua capacidade de operar mudanças num curto espaço de tempo, devem mudar condutas para além da imposição da lei.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100428/not_imp543935,0.php

EUA tem maior percentual de desmatamento do planeta

Estudo afirma que apesar do Brasil ter devastado a maior área, 165 mil quilômetros quadrados, coube aos norte-americanos o topo do ranking de perda da cobertura florestal, com 6% das matas do país desaparecendo entre 2000 e 2005.

Utilizando imagens de satélite, pesquisadores descobriram que mais de um milhão de quilômetros quadrados de florestas foram perdidos entre 2000 e 2005 ao redor do globo, representando 3,1% da cobertura total. Porém, para a surpresa de muitos, o estudo revela que no mesmo período, Estados Unidos e Canadá apresentaram taxas de desmatamento maiores até mesmo que o Brasil quando levada em conta as suas áreas.

Publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), o estudo considera a perda florestal tanto por perturbações humanas quanto causas naturais e conclui que a América do Norte perdeu a maior quantidade de florestas entre os seis continentes. No total, 30% das perdas florestais se deram apenas na América do Norte e 20% na América do Sul, que possui a maior extensão de florestas tropicais no mundo.

Das sete nações que têm mais de um milhão de Km2 de florestas (Rússia, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Indonésia, China e República Democrática do Congo), o Brasil foi o campeão na área total desmatada entre 2000 e 2005. O país perdeu 165mil Km2, equivalente a 3,6% da sua cobertura total em 2000 ou 0,5% acima da média global.

Dos 165 mil Km2, 26 mil foram perdidos anualmente na Amazônia e sete mil no Cerrado.

O Canadá seguiu logo atrás do Brasil, perdendo cerca de 160 mil Km2, porém proporcionalmente isto significa 5,2% da cobertura florestal total no país, mais de 2% superior ao restante do mundo.

Mas os Estados Unidos apresentaram a maior perda percentual entre os sete países, com 6% da cobertura total em apenas cinco anos, resultando na redução de 120 mil Km2 de florestas. Apesar do fogo e infestações por besouros no Alaska e oeste dos Estados Unidos, a exploração madeireira em grande escala no sudeste, costa oeste e meio-oeste tiveram um papel importante no declínio constante.

O estudo também descreve as perdas florestais em outros países como Indonésia com 3,6%, Rússia com 2,8%, China com 2,3% e a República Democrática do Congo com a menor taxa de apenas 0,6%.

Ecossistemas
Comparando os quatro maiores ecossistemas mundiais, o estudo concluiu que a região boreal sofreu o maior impacto nestes cinco anos, as florestas tropicais úmidas em segundo, seguidas das florestas tropicais secas e temperadas.

No ecossistema boreal, 60% da perda se deu por incêndios e 40% foi causada por exploração madeireira, doenças e infestações por besouros ligadas às mudanças climáticas, de acordo com o estudo.

Nos ambientes tropicais o fator dominante foi o desmatamento para agricultura no Brasil e plantações na Indonésia e Malásia.

Já no bioma temperado, a maior parte já foi convertido para agricultura e habitações há tempos, porém é importante ressaltar que proporcionalmente estão em segundo dadas as altas taxas de desmatamento nos Estados Unidos.

Ao medir a perda florestal, o estudo calculou a cobertura florestal a partir de 25% de dossel com árvores com mais de 5 metros de altura.

http://www.carbonobrasil.com/?id=725018

Embrapa cria inseticida biológico para combater borrachudos

O borrachudo, aquele mosquitinho famoso por sua picada dolorida, é o foco do inseticida biológico criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O produto foi desenvolvido a partir de uma bactéria específica para controlar insetos e que não prejudica a saúde das pessoas, dos animais e das plantas.

O bioinseticida, apelidado Fim da Picada, é aplicado nos córregos dos rios onde as larvas dos mosquitos se desenvolvem. Segundo a bióloga e pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologias, Rose Monnerat, o produto tem eficácia, e, diferente dos produtos convencionais, tem a vantagem de não agredir o meio ambiente.

“Normalmente são utilizados produtos químicos que acabam eliminando não só as larvas dos mosquitos, mas os peixes e as plantas, prejudicando a saúde das pessoas e dos animais que bebem a água contaminada”, afirma.

O borrachudo é mais encontrado em áreas rurais do Brasil onde há córregos e rios. A picada do inseto, além de dolorida, prejudica a reprodução animal pois diminui a produção de leite das fêmeas. No Norte do Brasil o borrachudo transmite a oncocercose – doença que cega as pessoas.

O produto foi lançado esta semana durante a 7ª Feira de Tecnologias Agropecuárias Ciência para a Vida, realizada pela Embrapa, em Brasília. No local foi criado um espaço para demonstração do bioinseticida, que estará disponível comercialmente até o final do ano, ao ar livre. A feira segue até o próximo domingo (2).

(Fonte: Lisiane Wandscheer/ Agência Brasil)

Soro brasileiro contra veneno de abelha ganha patente

Um soro contra veneno de abelha desenvolvido no Brasil conseguiu a patente definitiva. É o primeiro do tipo no mundo e deve começar a ser produzido ainda neste ano pelo Instituto Butantã, em São Paulo. Será distribuído aos hospitais públicos.

Ele serve para tratar pessoas atacas por enxames da espécie Apis melifera, que é comum no país. Os pesquisadores do Instituto de Investigação em Imunologia (um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) estão pesquisando agora se o soro serve também para espécies estrangeiras. É grande a chance de que isso aconteça, diz Keity Souza Santos, que dedicou o seu doutorado na USP a essa pesquisa. “Os principais elementos tóxicos do veneno têm muito em comum”, diz ela.

Caso o soro seja utilizado no exterior, talvez Santos ganhe dinheiro por ele. Por enquanto, pela pesquisa ter sido desenvolvida com recursos públicos, a patente não tem fins lucrativos. Em 2008, a Folha noticiou que a substância estava entrando em fase de testes com humanos.

Até hoje, não existia tratamento para alguém que sofresse um grave ataque após ir mexer em uma colmeia. No máximo, era possível tratar os sintomas, como o inchaço, individualmente.

O soro resolve, portanto, as sérias complicações decorrentes de uma “overdose” de veneno que alguém pode ter após ser atacado por um enxame, mas não é eficiente em casos de alergia. Não salvaria a vida de Macaulay Culkin no filme “Meu Primeiro Amor”, de 1991, portanto.

(Fonte: Ricardo Mioto/ Folha Online)

Brasil estuda aquifero três vezes maior que o Guarani

Cada vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce. Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar, temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.

Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru.

Sua extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.

Segundo dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.

Os estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema Aquífero Amazonas é boa. Entretanto, vem correndo risco de contaminação devido ao fato de, em alguns locais, o nível da água ser raso e pelo alto potencial de contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção sanitária e carência de saneamento básico.

Além do Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistema transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu volume acumulado de 33 mil quilômetros cúbicos de água é considerado de vital importância para o abastecimento, atividades econômicas e para o lazer.

Segundo informações da gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea, a grandeza do aquífero e, principalmente sua localização geográfica, faz do Guarani um importante manancial hídrico, constituindo-se em uma reserva estratégica para o abastecimento de populações e desenvolvimento socioeconômico da região onde está localizado.

Embora ainda carente de conhecimentos técnicos para sua correta gestão, atualmente mais de 500 cidades brasileiras são abastecidas, total ou parcialmente, pelas águas do Guarani, cujas águas são de excelente qualidade para o consumo doméstico, industrial e para irrigação, pois se mantêm em temperaturas superiores a 30 graus centígrados, podendo chegar até 68 graus, ideais para o desenvolvimento de balneários e até mesmo na agroindústria.

Para gerir toda essa riqueza natural, o Brasil criou e vem implementando o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que define diretrizes para o uso racional da água e orienta políticas que tenham interação com a gestão de recursos hídricos. O objetivo é melhorar a oferta de água em quantidade e qualidade.

(Fonte: Suelene Gusmão/MMA)

Brasil lidera lista de desmatamento entre 2000 e 2005

A superfície florestal diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005 no mundo, segundo um estudo baseado em observações por satélites publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, estimando que o Brasil foi o país que sofreu a maior redução de suas matas.

No total, a perda foi de 1.011.000 km2 de 2000 a 2005, o que representa 0,6% por ano. A superfície florestal mundial era de 32.688.000 km2 no início do estudo.

Por país, o Brasil, segundo em quantidade de área florestal (4,6 milhões de km2), atrás apenas da Federação Russa (5,12 milhões de km2), sofreu a maior redução de suas matas no período, 165 mil km2 (3,6% do total).

Já o Canadá, com uma superfície florestal de 3 milhões de km2, ficou em segundo, com perdas de 160 mil km2, que representam 5,2% do total.

A perda bruta de superfície florestal é definida nesta pesquisa como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.

Estimativas precisas são consideradas indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Por região, as matas boreais, que se situam no Ártico e representam 26,7% da superfície florestal do planeta – a segunda mais importante – registraram a maior redução deste período em cinco anos (4%), dois terços dos quais se deveram a incêndios de origem natural, afirmaram cientistas das Universidades de Dakota do Sul (norte) e do Estado de Nova York (nordeste).

As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.

As florestas tropicais em zona seca – 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo – diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais.

Já as matas das zonas temperadas – 5,2 milhões de km2 – ou 16,1% do total mundial em 2000, perderam 3,5% de sua superfície, 18,2% do total do planeta neste período.

Por continente, a América do Norte – com uma superfície florestal de 5,8 milhões de km2 em 2000 – sofreu a maior privação no período (5,1%, 295 mil km2), ou 29,2% da perda mundial.

Ásia e América do Sul perderam duas vezes menos em comparação com sua superfície de mata, 2,8% e 2,7%, respectivamente. Estes decréscimos representaram 23,7% e 22,6% do total entre 2000 e 2005.

(Fonte: G1)

Modelo gaúcho do plano de ar, clima e energia será apresentado em São Paulo

O Projeto Ar, Clima e Energia, do Rio Grande do Sul, foi apresentado dia, 28, em São Paulo, no seminário “A Abordagem Territorial de Mudanças Climáticas e da Qualidade do Ar”. A proposta conta apoio do governo francês e pode ser adotada como modelo em outros estados.

O projeto francês foi adaptado e prevê a redução da emissão de gases e gestão da geração de energia.

A implantação será realizada em três etapas, sendo a primeira, a elaboração do Plano de Gestão da Qualidade do Ar, que já está em andamento. Uma auditagem está sendo feita na rede de monitoramento, além de estudos da otimização e treinamento de pessoal.

A fase seguinte consiste na elaboração de um diagnóstico das emissões de gases de efeito estufa e estratégias para a redução dos gases.

A terceira etapa vai integrar o Plano Ar, Clima e Energia, às políticas públicas de desenvolvimento e o plano de comunicação.

informações da Fepam.

Para uma vida mais saudável e mais longa, coma menos

Como viver mais e melhor

Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido e dos Estados Unidos comprovou que restringir a ingestão de calorias pode prolongar e melhorar a vida e ainda garantir uma velhice mais feliz.

Os resultados do estudo, publicado na revista Science, mostram que comer menos calorias pode levar não só a uma vida mais longa, mas também a uma vida muito mais saudável, evitando muitas das doenças que as pessoas frequentemente experimentam nos últimos anos da vida.

Restrição calórica

Os experimentos de restrição calórica, feitos em roedores, mostraram que a ingestão de uma quantidade menor de alimentos tem um efeito significativo sobre as vias moleculares relacionadas com o processo de envelhecimento, sobretudo aquelas relativas à glicose e ao fator de crescimento IGF-1.

Os resultados também mostraram que, em organismos menos complexos, a limitação do teor calórico pode dobrar ou mesmo triplicar o tempo de vida.

Tempo de vida e vida saudável

Mas o primeiro autor do estudo, o professor Luigi Fontana, da Universidade de Washington, afirma que o principal objetivo da pesquisa era melhorar a qualidade de vida das pessoas e ajudá-las a desenvolver menos doenças relacionadas ao envelhecimento.

"O foco da pesquisa não é realmente estender o tempo de vida para 120 ou 130 anos," afirma ele. "Hoje, a expectativa média de vida nos países ocidentais é de cerca de 80 anos, mas há muitas pessoas que só são saudáveis até cerca de 50 anos de idade."

"Nós queremos utilizar as descobertas sobre a restrição calórica e outras intervenções genéticas ou farmacológicas para fechar essa lacuna de 30 anos entre a duração da vida e a vida saudável. No entanto, ao estendermos o tempo de vida saudável, a vida média também poderia aumentar até aos 100 anos de idade," acrescenta ele.

Estilo alimentar

A pesquisa é particularmente relevante dados os níveis crescentes de obesidade no mundo ocidental. Estar com sobrepeso ou ser obeso pode levar a muitas doenças graves, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer.

A obesidade infantil é um problema particularmente preocupante na medida que milhares de crianças crescem com uma dieta à base de alimentos industrializados que pode provocar problemas crônicos de saúde na vida adulta.

O professor Fontana acredita que as atuais tendências do estilo alimentar indicam que a diferença de 30 anos entre a duração da vida e a duração da saúde deverá aumentar ao invés de diminuir.

A expectativa de vida também poderá ser reduzida, conforme milhares de pessoas desenvolvem doenças alimentares, tais como a diabetes tipo 2, que são totalmente evitáveis.

Vida longa e saudável

Mas ele acredita que, se os pesquisadores em nutrição entenderem o quanto a restrição calórica pode prolongar a vida e tornar as pessoas mais saudáveis, e se forem desenvolvidos medicamentos que influenciem as vias moleculares afetadas pela restrição de calorias, no conjunto isso poderá ajudar a manter as pessoas saudáveis enquanto elas envelhecem.

O aconselhamento sobre dieta sempre foi baseado em dados epidemiológicos, mas as últimas pesquisas mostram que isso faz sentido também do ponto de vista molecular, ressalta o pesquisador.

"Agora passamos de epidemiologia à biologia molecular. Sabemos que certos nutrientes, assim como um menor consumo de calorias, podem influenciar o IGF-1 e outras vias. Em breve, esperamos ser capazes de usar esse conhecimento para ajudar as pessoas a viver vidas mais longas e saudáveis," conclui Fontana.

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Exame de toque retal dura menos que 15 segundos

Ele antecipa o diagnóstico do câncer de próstata, aumentando suas chances de cura.

O preconceito que ronda o temido exame de toque, essencial para a prevenção do câncer de próstata, ainda é visto com receio por grande parte dos homens. Mas será que ele é realmente um bicho de sete cabeças? De acordo com os especialistas, o teste, que deve ser realizado por homens acima de 40 anos, dura no máximo 15 segundos, é simples e praticamente indolor, além de não afetar em nada a masculinidade deles.

Para acabar de vez com o preconceito e incentivar a procura por um especialista, o MinhaVida conversou com dois especialistas, que explicam como um único exame é capaz de salvar vidas. "Hoje, as chances de cura do câncer de próstata são enormes. A grande maioria dos casos que resulta em óbito acontece devido a um diagnóstico totalmente tardio", explica o urologista Evandro Cunha, do Hospital Urológico de Brasília. "É a partir do exame de toque que o urologista pode analisar se a próstata apresenta alguma irregularidade", alerta. Em geral, o câncer de próstata demora cerca de quatro anos para se manifestar, ou seja, o organismo leva um tempão para dar sinais de que algo não vai bem. Daí a importância de fazer o exame preventivo uma vez por ano. Portanto, quanto mais cedo for identificada uma anormalidade, mais eficiente será o tratamento.

E, ao contrário das mulheres, os homens ainda apresentam muita resistência na hora da realização dos exames. "Diferente do público feminino, que tem por costume realizar os exames ginecológicos anualmente, os homens ainda são resistentes aosexames preventivos ", diz o oncologista Cid Buarque de Gusmão. "O exame de toque retal, apesar de ser o mais simples, é o que apresenta mais barreiras para sua realização, em virtude de problemas culturais. Mas é importante salientar que as complicações provenientes de uma doença certamente serão bem mais desagradáveis", ressalta.

Ainda não se sente confortável para enfrentar uma consulta? Preparamos, junto com os especialistas, algumas dicas para você se sentir tranquilo na hora da visita ao seu médico.

Confira:


Pense na sua saúde
de acordo com Evandro Cunha, uma das melhores técnicas para não se sentir desconfortável é pensar na sua saúde e bem-estar. "Quando o homem visa cuidar da saúde, ele esquece todos os preconceitos que envolvem o exame de toque. Isso porque, uma vida saudável vale muito mais que um simples exame", alerta.

Nada de outro mundo
está pensando que o exame é demorado e complicado? Pode esquecer. "O exame de toque leva de 10 a 15 segundos. A única coisa que o especialista faz é introduzir o dedo na região retal (canal que liga o ânus ao reto) para verificar se existe alguma alteração na próstata", explica Evandro Cunha. O exame físico dá informações sobre o volume, consistência, presença de irregularidades, limites, sensibilidade e mobilidade da . "Se a próstata está inchada, o que é um sintoma anormal, o dedo não chega a ser introduzido por inteiro", explica.

Esqueça a dor
agora, se o problema para não enfrentar o exame de toque é o medo da dor, ele não tem motivo para existir. "Claro que não podemos medir a dor de alguém. Mas eu posso afirmar que, durante o exame, não existe nenhuma ameaça dolorosa. O que o paciente pode sentir é um incômodo durante os segundos em que o exame é realizado", diz Cunha.

Experimente uma dose de bom humor
para aumentar o nível de conforto durante a consulta com seu urologista, uma dica é somar uma boa dose de bom humor e deixar as tensões de lado. "Quando o paciente está seguro e bem humorado, a consulta flui muito melhor. Com um pouco de descontração tudo fica mais fácil e simples, até mesmo o exame de toque", diz o urologista do Hospital Urológico de Brasília.

Pense que será rápido
não consegue perder o receito do exame? Pense que serão apenas 15 segundos! "Outra dica para quem está muito nervoso, é lembrar que o exame é rápido. Na maioria dos casos o homem espera algo complicado e doloroso, mas isso não existe", afirma o oncologista Cid Buarque de Gusmão.

Converse com sua mulher
sua esposa (mãe ou amiga) pode ser uma boa companheira na hora de te ajudar a tomar a decisão certa. "As mulheres estão mais acostumadas a enfrentar esses tipos de exames. Então, costumam dar força para os homens ao explicar que nada é tão complicado quanto parece", acrescenta Evando Cunha.

Sua masculinidade será totalmente preservada
Já ouviu falar que este exame fere sua masculinidade? O médico é categórico na hora da resposta. "Esse papo é recheado de preconceito e totalmente infantil. Um simples exame é incapaz de tirar a masculinidade de um homem. Muito pelo contrário, a atitude de cuidar da saúde é uma característica de homens muito bem resolvidos", ressalta o urologista.

Experimente um ano de tranquilidade
o indicado é que o exame de toque seja realizado, no mínimo, uma vez por ano. "Depois de 15 segundos, o homem pode se sentir tranquilo (e prevenido). Claro que as visitas aos urologistas devem ser mais frequentes, mas em relação ao exame, ele pode se despreocupar", ressalta Evandro Cunha.

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O câncer de próstata

Entenda os procedimentos quando a doença é descoberta.

Quando o urologista detecta um câncer de próstata, o primeiro esforço é saber se o tumor está localizado, avançado ou metastático. Se está situado internamente, recorre-se à cirurgia, à radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia.

Quando o tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônio e optar por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores.

A primeira opção de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdome, abaixo do umbigo, pela qual a próstata é removida e com ela o tumor. O doente permanece no hospital por 4 ou 5 dias. A radioterapia externa é realizada através de múltiplas aplicações, uma por dia, de um feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata.

É um tratamento prolongado, que se estende por seis ou sete semanas, mas um pouco mais simples do que a cirurgia, já que não envolve internação, nem anestesia. E por fim, o terceiro método é a braquiterapia, que consiste na colocação de agulhas na próstata do doente mantido sob leve anestesia, através das quais são inseridas sementes radioativas dentro da glândula.

A cirurgia é a opção de tratamento mais agressiva, pois é uma intervenção complexa. A radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, embora a próstata permaneça no organismo e possa apresentar uma recidiva do tumor, além de manifestações obstrutivas como a hiperplasia benigna.

No caso do tratamento do câncer de próstata neste estado, a cirurgia pode acarretar impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à incontinência urinária, mas em alguns casos, pode causar algum déficit sobre a potência sexual.

No câncer de próstata, só é possível falar em cura, depois de 10 anos sem a doença. Quem sobrevive 5 anos, provavelmente está curado, mas é preciso esperar 10 anos para a alta definitiva. Quando o tumor está dentro da próstata, com a cirurgia há cura entre 85% e 90% dos pacientes. Se já saiu da glândula, a eficiência do tratamento cai muito. Com a aplicação de radioterapia e braquiterapia, 70% dos pacientes estão curados, depois de 10 anos. Com o tratamento cirúrgico, a doença pode reaparecer em 10% a 15% dos casos. Quando isto ocorre, o urologista pode lançar mão de medicações antitumorais ou hormonais que controlarão a doença por outro longo período, se ela for diagnosticada a tempo.

Ricardo Felts de La Roca é urologista e Integrante Titular da Sociedade Brasileira de Urologia, entre outros títulos
www.delarocaurologia.com.br

Entendendo o colesterol

Apesar da má fama, ele é um tipo de gordura importante para o corpo.

O colesterol faz parte da membrana das células, está envolvido na síntese de hormônios e da bile. Por isso, é normal ter colesterol. Entretanto, quando a quantidade no sangue está elevada, passa a ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como, por exemplo, angina, ataque cardíaco, derrame, aterosclerose. Ser um fator de risco não significa que quem está com colesterol alto vai ter algum problema nas artérias ou no coração, mas a probabilidade de isso vir a ocorrer aumenta. Assim, é necessário mudar alguns aspectos relacionados ao estilo de vida para que os níveis de colesterol no sangue diminuam.

De onde vem o colesterol do sangue?
O colesterol encontrado no sangue vem de duas fontes.

A primeira fonte é o colesterol produzido no fígado. Cerca de 75% do colesterol encontrado no sangue tem como origem o fígado.



A segunda fonte é o alimento. O colesterol é uma gordura encontrada somente nos alimentos de origem animal. Portanto, alimentos de origem vegetal não apresentam colesterol, mesmo que sejam óleos (de soja, milho, canola, girassol, azeite) ou cremes vegetais. Os outros 25% restante do colesterol sangüíneo são obtidos dos alimentos.

O que é colesterol bom e colesterol ruim?
O colesterol não percorre o nosso sangue sozinho, pois por ser uma gordura, não é solúvel no sangue. Ele sempre está acompanhado das chamadas lipoproteínas, entre as principais, as que chamamos de colesterol ruim e colesterol bom.

- LDL-colesterol: chamada também de colesterol ruim. Ela transporta cerca de 70% do colesterol encontrado no sangue. Devido à suas características, a LDL-colesterol em excesso se deposita na parede dos vasos sanguíneos, formando placas de gorduras. Essas placas impedem a passagem de sangue e modificam as paredes dos vasos, levando ao desenvolvimento das doenças coronarianas. Por isso, o desejado é que essa lipoproteína esteja presente em pequenas quantidades no sangue. O nível de LDL-colesterol sangüíneo tido como ótimo é menor do que 100 mg/dL.

- HDL-colesterol: é o conhecido colesterol bom. A fama vem da sua função de retirar o colesterol ligado à LDL do sangue e levá-lo ao fígado para ser metabolizado. A HDL faz uma faxina, retirando o que é ruim do sangue. Por isso, quanto maior o nível de HDL no sangue, melhor. Nível elevado de colesterol bom é um fator de proteção e, por isso, não está relacionado com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. É desejado taxa de HDL-colesterol maior ou igual a 60 mg/dL.

Triglicérides: mais uma gordura que merece destaque:
Os triglicérides são um tipo de gordura que estão relacionados com o aumento do colesterol ruim (LDL-colesterol). Por isso, muitas pessoas que estão com a taxa de triglicérides elevada, também possuem taxa de colesterol alta.

O excesso de triglicérides no sangue, normalmente, é acompanhado de sobrepeso ou obesidade, vida sedentária, alta ingestão de bebidas alcoólicas e uma alimentação rica em carboidratos. O excesso de calorias, álcool e açúcar no sangue são convertidos em triglicérides. Por isso, uma dieta controlada em carboidratos, restrita em gorduras ruins, o combate ao excesso de peso e aumento da atividade física devem ser incentivados. A taxa de triglicérides normal no sangue é a quantidade menor do que 150 mg/dL.

O que pode ser feito?
Alguns fatores relacionados com o colesterol elevado são totalmente modificáveis. São eles:
- Alimentação
- Peso corporal: quem está com sobrepeso ou obesidade deve fazer uma alimentação com restrição de calorias para atingir o peso adequado.


- Atividade física: combate do sedentarismo. O aumento da atividade física, além de estar relacionado com a diminuição do colesterol ruim (LDL-colesterol), também ajuda no controle do peso.

Como deve ser a alimentação?
A principal característica da alimentação de quem está com o colesterol elevado é:
- Colesterol: deve estar presente na quantidade menor a 300 mg por dia. Se há a presença de histórico de doença cardiovascular, esse valor desce para 200 mg por dia.
- Gorduras saturadas: deve estar presente na quantidade máxima de 7% do valor calórico da alimentação.
- Gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas: deve compor 20% do valor calórico da dieta.
- Fibras: 25 a 30 gramas por dia

Colocando em prática, isso significa:
- Evite alimentos ricos em gordura animal. Eles são as principais fontes de gordura saturada e colesterol. Por isso, evite carnes gordas rica em gorduras visíveis e descarte a pele dos frangos.
- Prefira peixe e carnes magras.
- Restrinja a mortadela, o salame, o presunto, lingüiça, salsicha.
- Dê preferência aos leites desnatados. Um copo (200 mL) de leite integral apresenta 18 mg de colesterol. A mesma quantidade de leite desnatado contém 6 mg.
- Derivados de leite: iogurtes sempre os light, diet ou desnatados. Os queijos com menor quantidade de gordura e colesterol são a ricota e o cottage. Há no mercado queijos frescal light que também podem ser utilizados.
- Evite os queijos ricos em gorduras como o prato, mussarela, parmesão, catupiry, gorgonzola.
- Há alimentos que escondem a gordura saturada e o colesterol: Bolos, sorvetes, tortas e doces, normalmente, contêm manteiga, o mesmo ocorre com o creme vegetal, leite integral, leite condensado, creme de leite e gema de ovo. Portanto, devem ser evitados.
- Evite as frituras. Os óleos vegetais não apresentam colesterol. As frituras apresentam elavada quantidade calórica e quem precisa controlar o peso deve evitá-las.
- Frutas: pelo menos, duas vezes ao dia.
- Legumes e verduras: todos os dias devem ser ingeridas.
- Dê preferência aos cereais integrais (arroz, aveia, trigo, pão). Evite os refinados.

Como tratar?
Mudanças na alimentação, controle do peso e combate ao sedentarismo são suficientes para que o colesterol volte aos níveis normais ou desejados para a maioria das pessoas que apresentam taxas elevadas. Entretanto, algumas pessoas podem ter a necessidade do uso de medicação. Somente o médico de confiança é capaz de avaliar a necessidade do medicamento, qual deve ser utilizado e a dose adequada.

Abaixo, verifique os valores das taxas sangüíneas de colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides.

Taxa sangüínea de colesterol total
Desejada: menor de 200 mg/dL
Limite: de 200 a 239 mg/dL
Elevado: 240 mg/dL ou mais

Taxa de LDL-colesterol (colesterol ruim)
Ótimo: menor do que 100 mg/dL
Próximo do ótimo: de 100 a 129 mg/dL
Limite: de 130 a 159 mg/dL
Alto: de 160 a 189 mg/dL
Muito alto: 190 mg/dL ou mais

Taxa de HDL-colesterol
Desejável: 60 mg/dL ou mais

Taxa de triglicérides
Normal: menor de 150 mg/dL
Limite: 150 a 199 mg/dL
Alto: 200 a 499 mg/dL
Muito alto: 500 mg/dL ou mais

Roberta Stella
Especialidade: Nutrição

São Paulo terá de fazer coleta seletiva integral em um ano

Ordem foi dada em primeira instância, e prefeitura pode recorrer da decisão na Justiça; cidade recicla menos de 1% do lixo domiciliar

A Prefeitura de São Paulo terá de implantar a coleta seletiva de lixo em toda a cidade dentro de um ano. A ordem foi dada, em primeira instância, pelo juiz Luis Fernando Camargo de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública. A prefeitura pode recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça.

A medida determina também que a administração dê apoio jurídico, administrativo e operacional para a formação de cooperativas de catadores, além de instalar centrais de triagem de lixo regionalizadas e contratar as próprias cooperativas para o serviço de coleta e reciclagem.

Lixo comum

Apesar de a coleta seletiva ser apontada como uma das principais medidas para reduzir os custos ambientais do lixo, boa parte do que é coletado na cidade vai parar no lixo comum. A ONG Polis Instituto de Estudos revelou em janeiro que, sem o tratamento e a destinação corretos, 35% do lixo reciclado pelos moradores acaba indo parar nos aterros.

Segundo a prefeitura, 103 toneladas de lixo reciclável são coletadas diariamente, o que corresponde a 7% do lixo domiciliar passível de reciclagem. Isso representa menos de 1% do que é produzido pelos paulistanos.

Atualmente, 16 centrais de reciclagem funcionam na cidade, além de 3.811 pontos de entrega voluntária. Existem também 1.871 condomínios residenciais no programa de reciclagem municipal. l

lei aprovada previa meta para fim de 2011

Em junho de 2009, a Câmara dos Vereadores aprovou um pacote de medidas ambientais que, entre outras medidas, previa a obrigatoriedade da coleta seletiva na capital até 2011. Na época, os vereadores deixaram para a prefeitura decidir como o serviço de coleta de lixo reciclável seria desenvolvido. Além da coleta, o projeto, batizado de "política de mudança do clima", propôs outras metas e diretrizes ambientais, como a aplicação de medidas para reduzir, em São Paulo, a emissão de dióxido de carbono em 30% até 2012.

www.destakjornal.com.br

Brasil deve ganhar lei federal sobre manejo do lixo

O Brasil começa a acordar para um dos maiores problemas ambientais mundiais, o gerenciamento do lixo. Foi aprovada em março pela Câmara dos Deputados, depois de 19 anos de discussão, e pode receber rápido tratamento no Senado a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em meio a tragédias ambientais ligadas ao problema, o país pela primeira vez poderá ganhar uma legislação federal, um marco regulatório completo, nessa área. A proposta proíbe os chamados lixões - onde os resíduos são despejados a céu aberto -, promove a coleta seletiva e a reciclagem e transfere a responsabilidade sobre a destinação do lixo, que hoje pesa sobre os municípios, para toda a sociedade.

- Inscrever a responsabilidade pós-consumo do setor industrial é um dos pontos fundamentais para equacionar de forma satisfatória o destino ambientalmente adequado dos resíduos sólidos urbanos - destaca o relator na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), senador César Borges (PR-BA).

O projeto (PLS 354/89) também foi distribuído às comissões de Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Meio Ambiente (CMA), mas pode ter seu caminho até a aprovação final simplificado para que possa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 5 de junho, Dia do Meio Ambiente. Na Câmara, o texto, resultado do trabalho de uma comissão especial que examinou dezenas de projetos relacionados ao assunto, foi aprovado por voto simbólico (voto dos líderes) e unânime. Nasceu do consenso entre representantes dos municípios, entidades ligadas à reciclagem, setor empresarial e cooperativas de catadores.

- Nós não estamos encontrando ninguém contrário ao projeto. Ele aproxima muito a legislação brasileira ao que há de mais moderno nos países desenvolvidos - diz o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério.

O relator também faz uma avaliação positiva da proposta e observa que ela "foi alvo de específico e demorado debate" na Câmara. Afirma que se trata de um assunto urgente e que pretende aproveitar ao máximo o texto aprovado pelos deputados, mas ressalva dois pontos que necessitam de maior precisão: previsão de recursos para as medidas a serem implementadas e definição mais clara da responsabilidade de cada agente para a correta destinação dos resíduos. Sem isso, o projeto pode se transformar, na opinião do senador, "numa lei morta". Ele propôs a realização de um debate na CCJ, no dia 5 de maio, com os todos os setores envolvidos.

Destino inadequado

As cidades brasileiras produzem 150 mil toneladas de lixo por dia. Os lixões são o destino de 59% desse volume. Apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários onde há captação do chorume e queima do gás metano produzido pela decomposição. Em 2008, apenas 405 municípios - 7% do total - faziam coleta seletiva. Cerca de 13% do que é jogado vai para reciclagem.

- Nós temos uma baixa reciclagem e uma péssima destinação final dos resíduos - resume Silvério.

Para o secretário, a raiz do problema está no modelo atual, que deixa exclusivamente com o município a responsabilidade de cuidar do lixo. O custo de implantação de aterros sanitários é de R$ 450 por habitante para municípios de até 2 mil habitantes, o que dificulta o investimento para as pequenas cidades. Além disso, salienta, normalmente a pressão popular se dirige para um bom sistema de coleta, havendo pouco interesse do cidadão sobre qual destino terá em seguida o lixo produzido em sua casa. Outra dificuldade está no custo da coleta seletiva, que ainda é, em média, cinco vezes maior que o da coleta tradicional.

Todos esses pontos são tratados na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a adoção de planos nacional, regional, estadual e municipal de manejo, com consórcios entre cidades para implantação de aterros de uso comum e prioridade à coleta seletiva.

- Atualmente os diferentes entendimentos jurídicos e as leis diferenciadas em níveis estaduais e municipais estão criando gargalos para o setor, inibindo novos investimentos públicos e privados - afirma o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), que presidiu a Subcomissão de Resíduos Sólidos da CMA. Ele pede que a política para o lixo seja aprovada com urgência, ainda no primeiro semestre.

Para a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), "o mais importante é que agora haverá outros responsáveis pela coleta dos resíduos sólidos além dos municípios e dos catadores". Ela destaca a adoção do sistema de "logística reversa", em que as empresas têm de recuperar as embalagens e mesmo os produtos completos descartados para reaproveitar os materiais em seu ciclo produtivo.

- A política tem metas, tem prazos, oferece meios de fiscalização, estabelece incentivos. Naturalmente, haverá mobilização e organização que dará à sociedade uma consciência [sobre o problema] - diz Renato Casagrande (PSB-ES), presidente da CMA.

Rafael Faria / Jornal do Senado

Embrapa apresenta pesquisa sobre impacto de agrotóxicos no solo

Uma tecnologia inovadora para a avaliação do impacto ambiental do uso de agrotóxicos será apresentada pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) no Ciência para a Vida. O evento é realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na sede da empresa, em Brasília, de 24 de abril a 2 de maio, das 9h às 21h, inclusive nos finais de semana. Durante a exposição, cerca de 200 tecnologias poderão ser conhecidas pelo público.

A Avaliação da Contaminação Hídrica por Agrotóxico (Acha) é uma ferramenta computacional (software), que está sendo desenvolvida através de um projeto da Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). “A ferramenta possibilita a identificação prévia dos riscos de contaminação dos recursos hídricos por agrotóxicos, oportunizando a prevenção da contaminação e, conseqüentemente, a redução dos impactos ambientais”, explica o responsável pela pesquisa, pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior.

Entre os pontos fortes da tecnologia estão: disponibilização de dados para análise, tomada de decisão e elaboração de planos de prevenção, e a contribuição significativa para a qualidade ambiental. O pesquisador destaca que a intensificação do uso de agrotóxicos na agricultura e a possibilidade de contaminação dos recursos hídricos apontam para um dos maiores desafios tecnológicos, que é a preservação da qualidade dos recursos hídricos e a garantia da sustentabilidade da atividade agrícola. A ferramenta poderá ser utilizada por órgãos governamentais que são responsáveis pela avaliação da periculosidade ambiental de agrotóxicos como, por exemplo, o Ibama.

“Com a apresentação desta tecnologia em um evento relevante como o Ciência para a Vida, a expectativa é ter um retorno da sociedade quanto a essa ferramenta que visa avaliar impactos ambientais. Esse retorno pode funcionar como motivação para procurarmos, cada vez mais, soluções de pesquisa em benefício da sociedade”, afirma o pesquisador.

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Biopneus poderão chegar ao mercado em cinco anos

Além de usar biocombustível, os motoristas logo poderão dirigir carros que utilizam "biopneus", ou pneus verdes, menos ecologicamente danosos dos que os pneus atuais.

Nos biopneus, um dos principais ingredientes dos pneus tradicionais, derivado do petróleo, é substituído por um composto derivado de plantas.

Hoje, cada pneu fabricado consome 26 litros de petróleo. A cada ano, são produzidos perto de um bilhão de pneus. E ainda não há uma solução definitiva para a reciclagem dos pneus usados.

Biopneus

Como no caso do etanol brasileiro, a solução para a fabricação dos pneus verdes, a partir de matérias-primas renováveis, pode vir da cana-de-açúcar, mas também do milho e até de uma gramínea, a switchgrass, muito pesquisada nos Estados Unidos.

O novo processo usa os açúcares derivados da biomassa para produzir um composto químico chamado isopreno, hoje um derivado do petróleo, um dos principais componentes do pneu.

"Tem havido uma busca intensiva, há anos, por fontes alternativas de isopreno, em particular a partir de recursos renováveis, como a biomassa," disse o Dr. Joseph McAuliffe, que apresentou o novo processo durante a Conferência Anual da Sociedade Química Americana, nos Estados Unidos.

"Um dos desafios técnicos tem sido o desenvolvimento de um processo eficiente para converter os açúcares em isopreno. Nós resolvemos isto utilizando um processo de fermentação baseado em uma cepa de bactérias geneticamente modificadas para converter os carboidratos da biomassa em nosso bioisopreno," diz McAuliffe, que trabalha para a Genencor, uma empresa de biotecnologia.

Bioisopreno

A empresa agora firmou um contrato com a Goodyear, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, para levar o processo para escala industrial, integrando o processo de fermentação, recuperação e purificação do bioisopreno.

O isopreno tem várias utilizações além da fabricação de pneus, de luvas cirúrgicas e produtos de higiene feminina a adesivos de alta fusão e copolímeros de bloco. Sua produção atinge quase um bilhão de toneladas anuais.

"Este é um mercado enorme," disse McAuliffe. "O bioisopreno servirá como uma alternativa renovável e economicamente competitiva ao isopreno. É o tipo de material que poderá abrir novos mercados, por isso eu acredito os números de consumo atual do isopreno subirão muito quando o isopreno renovável estiver disponível," prevê ele.

O pesquisador afirma que o isopreno derivado da biomassa poderá estar no mercado dentro de cinco anos, viabilizando o início da produção dos pneus verdes.

Redação do Site Inovação Tecnológica

sábado, 24 de abril de 2010

Fungo letal preocupa biólogos americanos

Uma nova cepa de microfungo, fatal para o homem e presente no Oregon, noroeste dos Estados Unidos, pode estar se propagando para a Califórnia e regiões vizinhas, advertem biólogos americanos.

O Cryptococcus gattii fungi ou C. gattii é encontrado no solo ou em suspensão no ar, e foi identificado pela primeira vez em 2005, mas os casos de infecção por este microfungo ainda são raros.

Ao contrário da gripe e de outras enfermidades infecciosas, o microfungo também não representa risco de epidemia, já que não é transmitido em contato entre humanos ou com animais.

Mas “este novo microfungo preocupa porque parece perigoso para indivíduos com boa saúde”, destacou Edmond Byrnes, pesquisador do departamento de genética molecular e microbiologia da Faculdade de Medicina da Duke University (Carolina do Norte), um dos autores do estudo publicado na revista PloS Pathogens de 22 de abril.

“Normalmente observamos estas doenças fúngicas em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes de transplante ou vítimas da Aids”, explicou Byrnes.

A taxa de mortalidade provocada pelo fungo do Oregon foi de 25% nos 21 casos analisados nos Estados Unidos.

O C. gattii infecta pulmões e cérebro, provocando pneumonia e meningite. Os sintomas não aparecem antes de dois meses, sob a forma de febre e tosse persistentes quando atinge os pulmões.

(Fonte: Yahoo!)

Estudo genético mostra que orcas são mais de uma espécie

Elas podem ser parecidas, mas as orcas, também conhecidas como baleias assassinas, incluem várias espécies distintas, de acordo com uma evidência genética publicado na quinta-feira (22).

Amostras de tecido de 139 baleias orcas de todo o mundo indicam que existem ao menos três espécies diferentes, de acordo com a publicação de pesquisadores na revista “Genome Research”.

Estudiosos haviam suspeitado que esse poderia ser o caso. Os mamíferos, a despeito da coloração preta e branca ou cinza e branca, têm diferenças sutis em suas manchas e também nos hábitos alimentares.

Como um grupo, as orcas não são consideradas uma espécie ameaçada, mas algumas populações correm risco de extinção. A designação de novas espécies pode alterar esta situação e contribuir para a proteção dos animais ameaçados.

Uma das espécies se alimenta de focas, na Antártida, enquanto outra come peixe, segundo Philip Morin, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos EUA, que liderou a pesquisa.

A equipe do pesquisador sequenciou o DNA das mitocôndrias das baleias, que é transmitido com poucas alterações da mãe para os filhotes.

As 139 que tiveram o DNA sequenciado vieram do norte do Pacífico, do Atlântico norte e da Antártida.

A evidência genética sugere que existem duas espécies diferentes na Antártida e também separa as baleias assassinas do Pacífico Norte.

Outros tipos de orca também podem ser espécies distintas ou subespécies, mas ainda falta a realização de uma análise adicional para certificar o fato, disseram os estudiosos.

A NOAA ainda designou uma população de orcas que vive no Pacífico, ao largo da costa do Estado de Washington, como ameaçadas de extinção.

(Fonte: Folha Online)

Lesma com “dardos de amor” e sapo sem pulmão são achados em Bornéu

Uma lesma que dispara “dardos de amor” no acasalamento, um sapo sem pulmões e o inseto mais comprido do mundo estão entre as novas espécies de animais descobertas pelo grupo ambientalista WWF na ilha de Bornéu.

Em relatório divulgado na quarta-feira (21), a ONG revela que o projeto conservacionista batizado como “Coração de Bornéu”, lançado em 2007, encontrou 123 novas espécies no território nestes três anos.

Segundo Adam Tomasek, chefe da iniciativa, apesar de ser visitada por cientistas há séculos, a ilha ainda tem áreas em seu interior que nunca foram exploradas.

De acordo com a WWF, este Coração de Bornéu é uma “ilha dentro da ilha”, abrigando dez espécies de primatas, mais de 350 diferentes aves, 150 espécies de anfíbios e répteis, e 10 mil de plantas – todos sem igual no mundo.

“Se esse trecho de floresta tropical puder ser preservado para nossos filhos, a promessa de mais possibilidades de descobertas será animadora para as próximas gerações”, afirmou Tomasek.

Bornéu é compartilhada por Brunei, Indonésia e Malásia.

Em acordo firmado em 2007, os governos dos três países se comprometeram em aumentar as áreas de reservas ambientais, em desenvolver o ecoturismo e apoiar a administração de recursos sustentáveis da ilha.

(Fonte: Folha Online)

Santa Catarina confirma primeiro caso de nova gripe

A Secretaria da Saúde de Santa Catarina confirmou, nesta quinta-feira (22), o primeiro caso de nova gripe registrado no estado neste ano. A vítima é um homem de 34 anos, morador de Papanduva (SC).

De acordo com a Secretaria, o rapaz foi internado em um hospital de Mafra (SC) e passa bem. Outros três casos suspeitos estão sendo investigados.

Vacinação – Gestantes, crianças até 2 anos, pessoas com doença crônica e pessoas saudáveis de 20 a 29 anos devem procurar os postos de vacinação para receber a dose até o dia 23 de abril, conforme calendário do Ministério da Saúde.

(Fonte: G1)

Formigas saltadoras podem pular a até 230 km/h

Será que as formiguinhas pequenas conseguem pular como uma pulga? É possível.

Várias das cerca de 10 mil a 14 mil espécies de formigas identificadas são capazes de pular ou saltar, incluindo pelo menos uma com uma picada potencialmente fatal.

A formiga saltadora Myrmecia pilosula, nativa da Austrália, pula quando está agitada. Seu veneno altamente tóxico permite que ela ataque insetos tão grandes quanto vespas.

Uma espécie de formiga da Índia, a Harpegnathos saltator, é aparentemente única no uso de seu mecanismo de saltos como uma forma normal de locomoção, não apenas como forma de escapar. Num estudo de 1993 publicado no “Cellular and Molecular Life Sciences”, pesquisadores europeus e indianos usaram cinematografia de alta velocidade para estudar a formiga e teorizaram que ela consegue saltar de 30 cm a 45 cm sincronizando seus pares de patas do meio e de trás.

Outra espécie, a Odontomachus bauri, usa suas mandíbulas superdesenvolvidas para lançá-la ao ar, às vezes a 230 km/h, segundo um estudo publicado em 2006 no “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Os saltos poderosos permitem que a formiga ataque a presa com uma força equivalente a 300 vezes seu peso corporal, afirmaram os pesquisadores.

(Fonte: Folha Online)

Rio Grande do Sul registra 4.247 casos de dengue

Chega a 4.247 o número de casos de dengue registrados no Rio Grande do Sul neste ano. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Saúde nesta terça-feira (20).

O município de Ijuí (RS) tem o maior número de notificações, com 3.300 casos. As cidades de Santo Ângelo (RS) e Santa Rosa (RS) registram 204 e 186 casos, respectivamente. Outras 557 notificações estão distribuídas em diferentes municípios do Rio Grande do Sul.

(Fonte: G1)

Cinza vulcânica traz pouco perigo à saúde por enquanto, diz OMS

As partículas de cinza expelidas pelo vulcão islandês ainda em erupção permanecem a uma alta altitude na atmosfera e não representam até agora um risco à saúde da população na Europa, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (20).

Baixando o tom da diretriz da última semana, quando disse que a nuvem vulcânica que mantinha os aviões no solo poderia ser “muito perigosa” para as pessoas com asma e problemas respiratórios, a OMS afirmou que não havia motivo de alerta na saúde pública por enquanto.

“Não há efeitos sobre a saúde no momento, com a exceção das vizinhanças do vulcão na Islândia”, disse Carlos Dora, da divisão de saúde pública e ambiente, numa entrevista coletiva.

Os islandeses que vivem perto do vulcão devem permanecer em ambientes fechados ou usar máscaras faciais e óculos de segurança a fim de se protegerem das partículas capazes de irritar pulmões e olhos, disse Dora.

As partículas mais perigosas são as menores, que podem ser respiradas e irem parar nos pulmões, e foram as que mais se distanciaram do vulcão na coluna de fumaça lançada sobre a Europa.

Mas essas finas partículas ainda estão “muito altas” e as condições meteorológicas poderiam levar à dispersão da nuvem vulcânica sem que ela cause problemas de saúde na Europa, disse Dora.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), sediada em Genebra como a OMS, informou que as partículas de cinzas eram formadas por pequenos pedaços de pedra, minerais e vidro vulcânico do tamanho de um grão de areia, de sal ou limo.

Em geral essas partículas finas são dispersas por tempestades, que não são esperadas para a região nos próximos dias.

Está previsto o desenvolvimento de um sistema meteorológico de baixa pressão sobre a Islândia ainda esta semana, potencialmente empurrando a nuvem em direção ao Ártico e causando chuva para “lavar” as cinzas, disse a OMM em um comunicado.

Um especialista da OMM afirmou que os riscos da nuvem para a saúde atualmente eram desprezíveis em toda a Europa.

“Se você sentar num bar em Genebra e alguém fumar do seu lado, provavelmente você terá três vezes mais partículas mais finas entrando em seus pulmões”, disse Herbert Puempel, chefe da divisão de meteorologia aeronáutica da OMM, numa entrevista coletiva.

Carlos Dora, da OMS, disse que, se a nuvem vulcânica se mantiver e descer ao nível do solo, os riscos à saúde serão maiores para asmáticos e pessoas com problemas respiratórios e cardíacos.

“Todas essas doenças são agravadas por altas concentrações de partículas”, disse ele a jornalistas.

(Fonte: G1)

“Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra”, diz Morales ao abrir Cúpula do Clima

O presidente boliviano, Evo Morales, um esquerdista de origem aimara, abriu, esta terça-feira, na Bolívia, uma conferência mundial de 20 mil ativistas para discutir propostas contra o aquecimento global e difundir uma mensagem clara: “ou morre o capitalismo, ou morre a Terra”.

“O capitalismo é sinônimo de inanição, o capitalismo é sinônimo de desigualdade, é sinônimo de destruição da mãe Terra. Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra”, afirmou o presidente, na inauguração do evento no povoado de Tiquipaya, vizinho a Cochabamba, região central da Bolívia.

Em um campo de futebol diante de milhares de pessoas, o presidente disse que só os movimentos sociais do mundo, unidos a povos indígenas e intelectuais, “podem derrotar esse poder político e econômico (capitalismo), em defesa da mãe Terra”.

Durante três dias, Tiquipaya se tornará no centro de uma conferência mundial de aborígenes e movimentos sociais de 129 países, celebrada para debater uma proposta para enfrentar as mudanças climáticas, que será apresentada na próxima Conferência Climática da ONU, agendada para o fim deste ano, no México.

Morales assumiu, em dezembro passado, o compromisso de organizar uma reunião mundial da sociedade civil, após criticar, junto a colegas de Venezuela, Nicarágua e Cuba, as conclusões da Conferência do Clima de Copenhague que, segundo ele, não obteve o consenso mínimo necessário para conter o aquecimento global.

A inauguração se realizou em meio a uma festa folclórica no estádio do povoado de Tiquipaya, que não bastou para abrigar todas as pessoas que ali foram para ouvir o presidente.

Bandeiras de Bolívia, Peru, Chile, Equador, México e do ‘whipala’ – xadrez multicolorido, símbolo dos indígenas andinos – dominavam o estádio de Tiquipaya. Um barulhento grupo de argentinos gritava vivas para o presidente Morales e entoava cânticos esquerdista dos anos 1970.

Indígenas bolivianos quechuas e aimaras, bem como de Chile, Peru, América Central, Estados Unidos e Europa estiveram presentes à inauguração.

Ativistas antiglobalização de África, Oceania e países sul-americanos também integravam a multidão de movimentos sociais que exigiam das potências industrializadas que freassem o aumento da temperatura do planeta, com o slogan “mudem de modelo, não mudem o clima”.

“Há uma profecia, uma voz do norte, uma mensagem que diz à humanidade que temos que parar para não tirar a vida da Pachamama (mãe Terra em idioma quechua)”, declarou em inglês, com ajuda de um intérprete, Faith Gammill, que disse representar os indígenas do Alasca e do Canadá.

Alicia Bárcena, representante do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, viveu um momento difícil ao ser vaiada no estádio.

Secretária-geral da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Bárcena ameaçou retirar-se caso as vaias continuassem.

“Viemos escutar os povos com todo o respeito; vocês nos convidaram, mas se não querem que estejamos aqui, nós podemos nos retirar”, disse, embora em seguida tenha conseguido dar seu discurso.

Um total de 17 mesas de trabalho foram instaladas na Bolívia para debater temas principalmente referentes à formação de um tribunal de justiça climática – para punir as nações poluidoras -, a convocação de um referendo mundial – para frear acordos das potências sobre o clima – e a criação de um organismo paralelo à ONU para reforçar políticas ambientalistas.

O encontro se encerrará esta quinta-feira com a presença dos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).

Morales impulsionou a celebração do encontro, após chamar de fiasco a Cúpula de Copenhague, no ano passado, e para gerar uma proposta alternativa para a próxima Cúpula Climática da ONU, no México.

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Nem chuva atrapalhou protesto de gaúchos contra a construção da Usina de Belo Monte, no Pará

Sob chuva fraca em Porto Alegre, militantes dos Amigos da Terra Brasil, Movimento dos Afetados por Barragens (MAB), Via Campesina, InGá Estudos Ambientais, entre outros, realizaram ato simbólico nesta terça-feira (20), contra o leilão de venda de energia da hidrelétrica de Belo Monte, marcado para Brasília. Outras manifestações acontecem em mais seis capitais e no Distrito Federal. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para os problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes da obra de Belo Monte, prevista para ser construída no rio Xingu, no Pará.

Saindo da Esquina Democrática por volta das 9h, os ativistas deixaram um manifesto na diretoria da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e no Ministério Público Federal. Para Bruna Cristina Engel, do Núcleo Amigos da Terra Brasil, é preciso alertar a população para o fato de que o projeto da hidrelétrica de Belo Monte está caminhando sem o debate com os principais afetados: os povos indígenas e ribeirinhos. “Foram feitas três audiências públicas no Pará com participação massiva da polícia e exército, o que comprometeu a representatividade dos afetados pela mega obra”, diz Bruna.

De acordo com documento da ONG Amigos da Terra Brasil, faltou transparência das autoridades que tomaram a decisão de fazer Belo Monte, assim como pouco diálogo com os povos indígenas e os ribeirinhos. “As audiências públicas não foram suficientes para discutir o problema e só serviram para que as autoridades do governo, Ibama e os responsáveis pelos estudos ambientais tivessem a oportunidade de enfiar a usina goela abaixo da sociedade”. A Constituição Federal diz que tem que haver o consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas.

Impacto ambiental – Com a previsão de gerar cerca de 11 mil megawatts, reduzido a 6 mil megawatts nos períodos de seca, Belo Monte será responsável por secar 100 km do trecho original do Rio Xingu e alagar 516 km2 – área maior do que a de Porto Alegre, uma cidade com 1,5 milhão de habitantes e que ocupa 497 km2. Conforme Bruna, a quantidade de espécies de peixes que serão extintas pela usina é quatro vezes maior que a diversidade encontrada em todos os rios europeus.

Na Volta Grande do Xingu, a escassez de água em conseqüência da barragem no sítio Pimental vai levar à extinção de espécies de peixes, impedir a navegação dos ribeirinhos e indígenas destruir a mata ciliar e gerar problemas de saúde pública, com a criação de pequenos lagos de águas paradas onde mosquitos e larvas de vetores de doenças como malária e dengue poderão se multiplicar.

Do lado social, também é possível antever uma tragédia. Estima-se que a região onde Belo Monte será instalada atrairá 100 mil migrantes. A população atual é de 20 mil habitantes. Altamira e Vitória do Xingu serão as cidades mais afetadas pela usina tanto na parte física, com os alagamentos, quando na parte de mão de obra. Os dois municípios terão alojamentos para alocar os trabalhadores que atuarão na construção. As cidades de Anapu, Brasil Novo e Senador José Porfírio também serão atingidas.

Vitória do Xingu, cidade com cerca de 10 mil habitantes, é um dos municípios que vai sediar a usina de Belo Monte, prevista pelo governo federal para ser a segunda maior do país e a terceira do mundo. O município fica bem no trecho da hidrelétrica em que devem ser abertos canais para desviar a água do Rio Xingu até um reservatório para a geração de energia.

Os pequenos agricultores dos municípios afetados alegam não ter informações sobre para onde serão levados e de que forma receberão indenização. Para Edson Bittencourt, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), não existem regras claras de como indenizar agricultores. A barragem de Machadinho deixou 1,8 mil famílias de agricultores sem terra, sendo que até o momento apenas mil foram reassentadas. “As famílias das áreas onde secaram os rios não foram indenizadas. O mesmo poderá acontecer em Belo Monte, pois não existe legislação que regule esse tipo de desapropriação”, afirma Bittencourt. Com conhecimento de causa, por ter sido ele mesmo afetado pela barragem de Machadinho, Bittencourt diz que no segmento de energia gerada por hidrelétrica a água vira mercadoria e a população é tratada como estorvo.

Por Glauco Menegheti, especial para EcoAgência de Notícias

Aquífero na Amazônia pode ser o maior do mundo, dizem geólogos

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentou um estudo, na sexta-feira (16), que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.

Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani – com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. “Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando”, disse Milton Matta, geólogo da UFPA.

O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. “Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante”, disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos.

De gota em gota – O geólogo informou que a segunda etapa de pesquisa será a visita aos poços já existentes na região do aquífero. “Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido”, disse

Para Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, a revelação de que o Aquífero Alter do Chão é o maior do mundo comprova que esse tipo de reserva segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela. “Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do Aquífero Alter do Chão. As demais cidades do Amazonas têm 100% do abastecimento tirado da reserva subterrânea. São Paulo, por exemplo, tem seu abastecimento em torno de 30% vindo do Aquífero Guarani.”

Oliveira disse que a reserva, na área que corresponde a Manaus, já está muito contaminada. “É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto ‘in natura’ nos igarapés da região.”

Recuperação da reserva – Oliveira faz um alerta para a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão. “A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta.

Ele destaca a qualidade da água que pode ser explorada no Alter do Chão. “A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea”, disse Oliveira.

(Fonte: Glauco Araújo/ G1)

Ciência tenta reinventar a cana na busca por mais etanol

Que tal uma cana-de-açúcar com pouco açúcar? Pode soar contraditório – algo na linha de um cheeseburger sem queijo -, mas é justamente nisso que pesquisadores brasileiros estão trabalhando para a próxima geração de biocombustíveis no País.

Depois de séculos selecionando e cruzando variedades de gramíneas ricas em sacarose, para chegar ao que hoje chamamos de cana-de-açúcar, os cientistas agora se veem diante de um novo desafio biotecnológico: voltar às raízes genéticas da planta e gerar um novo tipo de cana, com mais fibra e menos sacarose, voltada para a produção de etanol celulósico.

Essa nova espécie ainda não existe no campo, mas seu nome já pode ser ouvido em todas as reuniões científicas que falam de biocombustíveis: “cana-energia”. O objetivo é fazer uma planta geneticamente otimizada para a produção de biomassa (matéria orgânica vegetal), em vez de sacarose (açúcar). Para isso, será preciso reprogramar a maneira como a cana distribui os carboidratos que produz via fotossíntese. Ou, como dizem os cientistas, alterar a “partição de carbono” da planta.

Depois de ser sugado da atmosfera e fixado quimicamente na forma de carboidratos, esse carbono (proveniente do CO2) pode seguir dois caminhos: síntese de sacarose ou síntese de celulose. Nas suas raízes, a cana foi uma planta desenvolvida para produção de sacarose. “Por acaso, agora, a gente usa a sacarose também para fazer etanol, mas a planta foi feita para produzir açúcar, e não energia”, explica a pesquisadora Glaucia Souza, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP).

Historicamente, portanto, as variedades selecionadas para cultivo foram aquelas que direcionavam a maior parte do carbono para a síntese de sacarose. Agora, com o etanol celulósico despontando no horizonte, a prioridade é outra. “Antes, quando aparecia uma cana parruda, com muita fibra e pouco açúcar, a gente jogava fora. Hoje são justamente essas variedades que procuramos”, completa Glaucia, que coordena o Programa de Bioenergia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Bioen-Fapesp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Fonte: Gazeta do Povo Online / Agência Estado)

Efeitos da nuvem de cinzas que paralisa a Europa chegam à América

Os efeitos da gigantesca nuvem de cinzas vulcânicas que paralisa o tráfego aéreo na Europa chegaram até a América, onde várias companhias aéreas anularam seus voos e os presidentes do Canadá e dos Estados Unidos cancelaram sua participação no funeral do presidente polonês Lech Kaczynski.

O tráfego aéreo permanecia paralisado no sábado em grande parte da Europa, onde foram cancelados 17.000 voos. As cinzas vulcânicas deixaram em terra milhões de passageiros de todo o mundo e provocaram danos superiores aos desatados pelos atentados de 11 de setembro de 2001, segundo estimativas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

O fechamento dos espaços aéreos europeus também teve seu impacto no outro lado do Atlântico, onde as companhias aéreas americanas cancelaram pelo terceiro dia consecutivo a maioria de seus voos com destino ou procedência da Europa.

Dos 337 voos Estados Unidos-Europa previstos em ambos sentidos pelas companhias americanas, 282 foram cancelados, informou a Associação Americana de Transporte Aéreo (ATA).

No entanto, os aeroportos americanos pareciam não estar tão afetados pela desordem, segundo a ATA e as autoridades aeroportuárias americanas.

Além disso, as companhias Lufthansa, British Airways e Air France cancelaram parte de seus voo da Argentina para a França, Alemanha e Grã-Bretanha.

No México foram canceladas 18 operações (saídas e chegadas) de 14 a 16 de abril no Aeroporto Internacional da capital, informou Víctor Manuel Mejía, porta-voz do terminal aéreo.

(Fonte: G1)

Biodigestor aperfeiçoado produz gás semelhante ao gás natural veicular

Um biodigestor aperfeiçoado, desenvolvido em um estudo em parceria entre a Universidade de São Paulo, USP e a Universidade de Gênova, Unigena, na Itália, produziu 40% mais biogás a partir do esgoto, do que os aparelhos comuns.

O gás é purificado durante o processo, o que faz com que o modelo gere cerca de 50% mais energia. O produto final apresenta, ainda, semelhanças ao gás natural veicular, GNV.

Nos biodigestores os dejetos são fermentados por bactérias que eliminam gases como o metano e o gás carbônico. Na zona rural os biodigestores recebem, geralmente, dejetos de animais, nas grandes cidades, o esgoto pode ser processado em estações de tratamento para a transformação em gás.

No aparelho projetado pelos pesquisadores a fermentação ocorre em compartimentos de vidro imersos em água a 40º Celsius. Os resíduos são agitados por hélices cinco vezes ao dia.

A quantidade de biogás produzido é monitorada por um medidor no tubo de saída. “Podemos identificar se as bactérias estão trabalhando bem, se a cinética de fermentação está sendo otimizada”, explicou o engenheiro agrônomo Ricardo Pinheiro, que ajudou a desenvolver o biodigestor em seu doutorado duplo na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e na Unigena.

Além de todo o processo, microalgas foram acopladas para retirar o gás carbônico e aumentar a concentração de metano, o principal gás do GNV.

O modelo desenvolvido em parceria com a Itália está sendo desenvolvido há seis anos e poderá ser utilizado em estações de tratamento de esgoto e em fazendas, em criadouros de suínos.

Danielle Jordan / Ambientebrasil

domingo, 18 de abril de 2010

Ração humana emagrece

Não. A ração humana é uma mistura de cereais integrais (trigo, aveia em flocos) e sementes (linhaça, gergelim). Por causa do teor de fibras e gorduras que a ração humana contém, o intestino funciona mais rapidamente. Entretanto, algumas pessoas podem sofrer com a irritação na parede do intestino, prejudicando a absorção de nutrientes. As fibras ajudam a dar uma maior sensação de saciedade, fazendo com que a fome demore mais tempo a aparecer. Mas dizer que a ração humana emagrece é um equívoco. O que faz com que o emagrecimento ocorra é uma alimentação com menor quantidade de calorias do que a necessidade diária. Nenhum alimento por si só tem a capacidade de levar ao emagrecimento.

Receita Ração Humana

Ingredientes
- 250 g de fibra de trigo
- 125 g de leite de soja em pó
- 125 g de linhaça marrom
- 100 g de açúcar mascavo
- 100 g de aveia em flocos
- 100 g de gergelim com casca
- 75 g de gérmen de trigo
- 50 g de gelatina sem sabor
- 25 g de guaraná em pó
- 25 g de levedo de cerveja
- 25 g de cacau em pó

Modo de Preparo
Misture todos os ingredientes. Armazene em um pote bem fechado e guarde-o em local fresco ou na geladeira.

Roberta Stella
Especialidade: Nutrição

sábado, 17 de abril de 2010

Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo, diz associação

O Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo que são despejados em depósitos e lugares irregulares. “É um volume muito grande”. A isso se somam cerca de 20 mil toneladas/dia de resíduos domiciliares que não são sequer coletadas, afirmou na quinta-feira (15) o diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho.

O lixo é considerado o principal causador de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu nas recentes enchentes ocorridas no Rio de Janeiro. “E não sendo coletadas, elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos d’água”, disse Carlos Silva.

Para a Abrelpe, deve haver um planejamento municipal que tenha uma gestão integrada de resíduos sólidos, redução da geração de lixo, coleta seletiva e reciclagem. “E, principalmente, cuidando da destinação desses resíduos”, reforçou Silva Filho.

Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. “São gastos no Brasil pouco mais de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o serviço de limpeza urbana, que inclui coleta de lixo diária, transporte, destino final, varrição, limpeza de ruas, capina, limpeza de córregos. Com isso, nós continuamos com o déficit de 67 mil toneladas/dia de lixo com destinação inadequada”.

Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo adequado para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas (PPP). Nesse modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado, desonerando os cofres públicos. “E o Poder Público faria um financiamento desse investimento de longo prazo, de forma que não haja um grande impacto nos cofres públicos de uma vez só”.

Silva disse que o Brasil não desenvolve ações concretas para avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas em São Paulo e Minas Gerais.

(Fonte: Alana Gandra/Agência Brasil)

Temperatura do planeta foi recorde em março

As temperaturas globais – estimuladas pelo fenômeno El Niño – alcançaram em março um nível recorde, indicou nesta quinta-feira o Instituto Oceânico e Atmosférico americano (NOAA) em um comunicado.

“Condições mais quentes que o normal dominaram a terra, especialmente no norte da África, no sul da Ásia e no Canadá”, afirmou o NOAA.

A temperatura média da superfície terrestre – que combina a da terra e a do mar – para março de 2010 foi a mais quente já registrada: 13,5 graus centígrados, o que equivale a 0,77 graus a mais que a média do século XX, 12,7 graus, indicou a instituição.

A temperatura média dos oceanos foi a mais quente para qualquer mês de março desde o início do registro, em 1880, enquanto que a temperatura global da superfície terrestre foi a quarta maior para março, garantiu o NOAA, citando uma análise do National Climate Data Center. Acrescentou ainda que o período janeiro-março foi o mais quente registrado no planeta.

O NOAA destacou que ainda que o fenômeno do El Niño, que se caracteriza por temperaturas maiores que o normal em águas das regiões central e oriental do Pacífico tropical, “contribuiu de forma significativa para o aquecimento no cinturão tropical e na temperatura geral dos oceanos”.

Espera-se que o El Niño mantenha sua influência no hemisfério Norte “pelo menos ao longo da primavera” boreal, acrescentou o NOAA.

(Fonte: G1)

Cientistas brasileiros criam antibiótico com ouriço-do-mar

Ouriçando as infecções

Cientistas da Universidade Católica de Brasília (UCB) descobriram no ouriço-do-mar uma substância com a qual pretendem desenvolver um antibiótico para ajudar no combate às infecções hospitalares.

Os estudos, que ainda estão em andamento, mostram que uma proteína presente nos animais eliminou com maior eficiência as bactérias Escherichia coli, Salmonella, Proteus e Klebsiella, que causam infecções intestinais, renais e pulmonares.

Antibiótico natural

Há 15 anos trabalhando com antibióticos, o pesquisador Octávio Franco do Centro de Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB, coordena dois projetos que buscam o controle dessas doenças por meio de compostos extraídos de animais marinhos.

No início dos estudos foram analisadas cerca de 30 espécies de invertebrados, mas foi o ouriço-do-mar que se mostrou mais eficiente.

"Foi um sucesso porque descobrimos uma coisa nova num organismo tipicamente nacional e que funciona muito bem; além de ser totalmente natural", comemora o pesquisador.

Antibióticos alternativos

O Centro de Ciências Genômicas trabalha com uma série de antibióticos e detém cinco patentes. Seu foco é encontrar princípios ativos alternativos aos convencionais, em geral fungos e bactérias.

Franco explica que, com o passar do tempo, as bactérias causadoras de infecção hospitalar tornam-se resistentes aos medicamentos convencionais, e "desta forma é preciso buscar outras fontes de fármacos", diz.

Segundo ele, o que despertou o interesse do grupo por animais marinhos foi a capacidade deles de se adaptarem muito bem a ambientes extremamente agressivos e competitivos, cheios de microorganismos.

"Então, basicamente os escolhendo pela alta capacidade de resistência a agressividade ambiental que enfrentam. Acabamos usando deles o que a natureza levou milhões de anos para desenvolver", diz Franco.

Cidade sem mar

Os cientistas da UCB, que trabalham em rede com grupos da Bahia, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Cuba, receberam exemplares de diversas espécies da costa brasileira e do Caribe para as pesquisa.

Essa articulação foi necessária, diz Franco, porque Brasília está muito longe da faixa litorânea. O trabalho cooperativo permite economia com o deslocamento de uma grande equipe e na infraestrutura para a coleta marinha.

Burocracia que entrava a ciência

O pesquisador conta que o antibiótico se mostrou eficaz em laboratório e que aguarda o desenrolar do processo de patenteamento. Franco diz, que, além da falta de experiência com a burocracia nos trâmites para essa finalidade a equipe ainda tem que enfrentar outras questões para prosseguir com os testes clínicos.

"Encontramos muitas dificuldades hoje no País para fazer com que um fármaco aconteça. É muita burocracia a ser enfrentada e isso atrapalha muito", desabafa. Em sua opinião, "é muito mais fácil se descobrir um antibiótico do que colocá-lo no mercado", critica o cientista.

Franco diz que "é extremamente frustrante saber que temos uma série de compostos estudados e que grande parte deles, não se transformará em benefício real à população", lamenta.

Interesse nos lucros

Ainda de acordo com o professor, atrair o interesse de empresas multinacionais produtoras de fármacos é "realmente problemático", pois elas geralmente trabalham com a perspectiva de alto lucro "e não se interessam em investir em medicamentos que trarão retorno apenas razoável, como antibióticos".

De qualquer maneira ele diz que não se pode parar com as pesquisas. Para ele, um dos meios de se vencer parte desse entrave "é o governo, além dos estudos, investir também nas empresas, principalmente as de pequeno porte que atuam no ramo da produção de medicamentos".

Consumo de antibióticos

Estudo divulgado no mês passado pela Revista Panamericana de Saúde Pública aponta que entre 1997 e 2007 aumentou em 10% o consumo médio de antibióticos nos oito países de maior mercado farmacêutico da América Latina. Os autores do levantamento analisaram indicadores de venda de antibióticos com e sem prescrição médica em farmácias, clínicas privadas e hospitais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

Como parâmetro eles usaram a Dose Diária Definida (DDD) por mil habitantes. Isso significa que 10 pessoas em cada grupo de mil consomem uma dose diária de antibiótico. Indica o levantamento que enquanto em 1997 o consumo promédio foi de 10,92 DDD, em 2007 se elevou para 11,99 DDD, o equivalente a um aumento de 9,8%.

Em 1997, o consumo mais alto de antibiótico foi registrado no México (15,69 DDD), seguido da Argentina (14,37), Chile (14,07), Colômbia (12,17) e Venezuela (11,18). O menor uso foi registrado no Peru (7,91), Brasil (6,51) e Uruguai (5,43).

Dez anos depois a lista é encabeçada pela Argentina (16,64), seguida da Venezuela (15,99), Peru (13,50), México (13,26) e Chile (12,53). O consumo mais baixo foi registrado no Brasil (7,01), Colômbia (8,07) e Uruguai (8,9).

http://www.diariodasaude.com.br

Samsung alerta para riscos à saúde da TV 3D

Riscos da TV 3D

A coreana Samsung, que acaba de colocar no mercado seus televisores 3D, emitiu em seu site um alerta de segurança.

Segundo a empresa, o aviso deve ser lido cuidadosamente antes que o comprador, ou seus filhos, usem a função 3D do aparelho.

Veja abaixo a íntegra do alerta.

Alerta sobre ataques epilépticos por fotossensibilidade e outros riscos à saúde

Crianças e adolescentes podem ser mais suscetíveis a problemas de saúde associados com a visualização em 3D e devem ser cuidadosamente supervisionados durante a visualização dessas imagens.

Alguns espectadores podem sofrer ataques epiléticos ou acidente vascular cerebral (derrame) quando expostos a determinadas imagens ou luzes piscantes, contidas em alguns filmes de televisão ou em certos jogos de videogame.

Se você sofre, ou tem um histórico familiar de epilepsia ou derrame, por favor consulte-se com um médico especialista antes de usar a função 3D.

Mesmo aqueles sem um histórico pessoal ou familiar de epilepsia ou derrame podem ter uma condição não diagnosticada que pode causar ataques de epilepsia por fotossensibilidade.

Mulheres grávidas, idosos, portadores de doenças graves, pessoas que não dormiram adequadamente ou sob a influência do álcool, devem evitar utilizar a funcionalidade 3D do aparelho.

Se você sentir qualquer um dos sintomas abaixo, pare de assistir a TV 3D e consulte imediatamente um médico especializado:

visão alterada
atordoamento
tontura
movimentos involuntários, tais como contrações oculares ou musculares
confusão
náuseas ou enjoos
perda de consciência
convulsões
câimbra ou espasmos
desorientação

Crianças e adolescentes podem ser mais propensos do que os adultos a sentir estes sintomas. Os pais devem acompanhar seus filhos e perguntar se eles estão experimentando algum desses sintomas.

Assistir televisão em 3D também pode causar enjoo, problemas posteriores de percepção, desorientação tensão ocular e diminuição da estabilidade postural.

É recomendável que os usuários façam pausas frequentes para diminuir o potencial destes efeitos.

Se os seus olhos mostrarem sinais de fadiga ou secura ou se você tiver qualquer um dos sintomas acima, interrompa imediatamente o uso do televisor 3D e não continue a usá-lo por, pelo menos, trinta minutos depois que os sintomas tenham desaparecido.

Assistir televisão sentado muito perto da tela por um longo período de tempo pode prejudicar sua visão. A distância de visualização ideal deve ser de pelo menos três vezes a altura da tela. É recomendável que os olhos do espectador estejam alinhados com a tela.

A versão original deste documento, em inglês, pode ser encontrado no site da Samsung, no endereço www.samsung.com.

http://www.diariodasaude.com.br

Lei de crimes ambientais pode ser alterada para punir pichadores com mais rigor

A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) poderá prever pena de três meses a um ano de prisão, mais multa, para pichadores de bens urbanos.

Hoje, a punição vale só para quem pichar monumentos. Essa mudança deverá ser analisada na próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A proposta (PLS 378/03) partiu do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), crítico de interpretação judicial “equivocada” da Lei 9.605/98, que tenderia a considerar menos graves as pichações realizadas em prédios sem tombamento pelo patrimônio histórico.

Para mudar esse entendimento, Jereissati propôs introduzir o crime de pichação no Código Penal, mas a relatora do projeto, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), apresentou substitutivo para que os ajustes fossem feitos na própria Lei de Crimes Ambientais.

O texto prevê a extinção da pena se o autor do dano tomar a iniciativa de restaurar integralmente o bem antes do recebimento da denúncia. Caso essa restauração aconteça antes da sentença, a pena de três meses a um ano de detenção, mais multa, será reduzida em até dois terços.

Se o pichador ainda for adolescente, deverá ser submetido a medida sócio-educativa, que envolve não só a obrigação de reparar o dano, mas também a prestação de serviços à comunidade relacionados à recuperação e restauração de bens urbanos alvo da mesma ação.

As alterações precisam passar por votações na Câmara e no Senado e, depois, serem assinadas pelo presidente da República.

http://wp.clicrbs.com.br

Mudanças climáticas desafiam agricultura

Aquecimento global e mudanças climáticas estão entre os principais desafios a serem enfrentados pelos pesquisadores dedicados ao melhoramento de plantas no Brasil. A conclusão é de uma pesquisa apresentada nesta terça-feira, dia 13, na Uenf, durante o Workshop sobre Melhoramento de Plantas. O evento - que se estendeu até o início da noite - foi organizado conjuntamente pela Uenf e Associação Brasileira de Melhoramento de Plantas (SBMP), com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

A pesquisa, intitulada Mapeamento de Competências em Melhoramento Genético Vegetal, foi desenvolvida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Segundo o estudo, a maior parte das pesquisas realizadas no Brasil na área de melhoramento vegetal se concentra nas grandes culturas, tais como soja, milho, algodão, seguidas de frutíferas, olerícolas, oleaginosas e espécies florestais. O trabalho detectou ainda como problema a ocorrência de "estresse biótico e abiótico".

A pesquisa é uma ação conjunta do CGEE com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e tem por objetivo traçar estratégias mundiais na área de segurança alimentar. Os dados foram apresentados pelos pesquisadores Antônio Carlos Guedes, Kátia Marzall e Igor André Carneiro, do CGEE. "Estamos desenvolvendo um trabalho de interesse estratégico, tentando antever o futuro da segurança alimentar. Trabalho que, junto com a FAO, será expandido para a América Latina e o mundo inteiro", disse Guedes.

Segundo Carneiro, a consulta foi enviada a especialistas de diversos órgãos e empresas ligados à pesquisa, totalizando cerca de 780 entrevistados. Segundo a pesquisa, a maioria dos pesquisadores da área de melhoramento vegetal é formada por pesquisadores jovens, na faixa dos 20 a 40 anos. Embora 62% deles sejam do sexo masculino, existe uma tendência de crescimento do número de mulheres atuando na área.

Ainda segundo a pesquisa, grande parte dos pesquisadores encontra-se em universidades públicas (estaduais e federais), além da Embrapa, e só uma pequena parte em empresas privadas. Dentre os que fazem intercâmbio, a maioria está ligada a instituições localizadas na Argentina, nos Estados Unidos e na França.

Para pesquisador, ainda há muito o que ser feito

O "Workshop sobre Melhoramento de Plantas" foi aberto na manhã desta terça-feira, no Centro de Convenções da Uenf. A cerimônia de abertura teve a presença do presidente da SBMP, professor Messias Gonzaga Pereira - que também é chefe do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) da Uenf -; do pesquisador Antônio Carlos Guedes, do CGEE; da pesquisadora Daniela Aviani, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); além do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Uenf, professor Silvério de Paiva Freitas. Mais de 100 inscritos de todo o país participaram do evento.

O professor Messias lembrou que, embora a produtividade agrícola tenha aumentado nos últimos anos, ainda há muito o que ser feito na área de melhoramento vegetal. "O Brasil gasta cerca de US$ 2 milhões por ano com a importação de sementes de mamão. Isso é uma prova de que estamos aquém da demanda real", afirmou.

Os debates se concentram em duas vertentes: melhoramento e recursos humanos e melhoramento e recursos genéticos. Na palestra proferida por Rodrigo de Araújo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou-se a capacitação da área no Brasil e a relação da produção de artigos brasileiros no cruzamento das tecnologias de vanguarda e das tecnologias de futuro.

O professor da Universidade Federal de Larvas (Ufla) Magno Ramalho falou sobre as atividades de melhoramento e sobre a figura do melhorista. Magno foi homenageado com uma placa em reconhecimento ao trabalho que vem realizando na área de melhoramento. A placa foi entregue durante a solenidade de abertura pela professora Rosana Rodrigues, do LMGV/Uenf.

Informe Uenf/EcoAgência

Esforço concentrado para aprovar a Política de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pode ser sancionada pelo presidente da República no dia 5 de junho, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Para tanto, ela tem de ser votada no Senado Federal, onde tramita, até o mês de maio. A fim de que esses prazos sejam cumpridos, representantes do Ministério do Meio Ambiente e de outras 12 entidades nacionais estão fazendo um verdadeiro esforço concentrado de visitas aos senadores da República para que a matéria vá a plenário o mais rápido possível.

Nesta quarta-feira (14/4), os secretários de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), Silvano Silvério, e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic), Samyra Crespo, fizeram uma rodada de visitas a cinco senadores, entre eles César Borges, o relator da matéria. As visitas foram reforçadas com a presença dos representantes de entidades ligadas à questão do lixo. Estas entidades formaram a Frente Nacional pela Urgente Aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e lançaram o Manifesto pela Urgente Aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Além do relator, foram visitados os senadores Cícero Lucena, Ideli Salvatti, Arthur Virgílio e Agripino Maia. A mobilização vem surtindo efeito, e até o momento, todos os senadores visitados vêm garantindo apoio total à aprovação da matéria. No momento, o projeto encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça. O que se pretende é que ele vá a plenário por meio de um acordo de lideranças, dispensando assim um longa passagem pelas comissões.

O Projeto de Lei nº 203/91 recebeu aprovação unânime na Câmara dos Deputados, tendo sido aprovado em março deste ano. A secretária de Samyra Crespo, da Saic, explicou que a não aprovação da matéria está impedido o avanço do setor de reciclagem e do consumo consciente no Brasil. “Atualmente estamos vivendo um caos jurídico no que se refere aos resíduos sólidos”, disse.

Silvano Silvério , da SRHU, disse que o objetivo da mobilização é a busca pelo consenso e para que a matéria seja aprovada como chegou ao Senado. O texto que tramita no Senado Federal contém as diretrizes para a gestão, o gerenciamento e o manejo dos resíduos. Além de inibir a produção de artigos perigosos ao ambiente e à saúde humana, o projeto de lei incentivará os fabricantes a adotarem tecnologias saudáveis para o desenvolvimento de produtos seguros e a adotarem procedimentos adequados para a destinação final dos rejeitos da produção desses produtos.

Sua aprovação na Câmara dos Deputados, após cerca de 20 anos de tramitação, representa um amplo consenso envolvendo todos os atores que fazem parte dos mais diversos ciclos da produção de resíduos sólidos no Brasil. Ela trata de temas amplos e variados que já fazem parte do dia-a-dia das pessoas, envolvendo conceitos como área contaminada, ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, gerenciamento de resíduos, gestão integrada, reciclagem, rejeitos, responsabilidade compartilhada, reutilização e serviço público de limpeza urbana.

A nova política é clara em definir de que forma se dará o gerenciamento dos resíduos, indicando inclusive sua ordem de prioridade que será a de não-geração, a de redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos. Com a nova política será também criado um sistema nacional integrado de informações sobre resíduos sólidos. O sistema será responsável por recolher e divulgar informações com rapidez e qualidade.

MMA/EcoAgência