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sábado, 28 de abril de 2012

Seu celular é mais contaminado que um vaso sanitário. Que tal um carregador que mate as bactérias?

Sabia que você carrega uma cultura de bactérias e vírus ambulante? Os smartphones se tornaram locais de reprodução piores que muitas partes de seu toalete. Eles têm 18 vezes mais bactérias nocivas que a maçaneta de um banheiro público. A solução para esterilizá-los: “PhoneSoap” (“sabonete para telefones”, em tradução livre). É um dispositivo – com o formato de uma pequena caixa de metal prateada – que esteriliza a ralé invisível de micro-organismos através de uma luz ultravioleta, enquanto carrega seu telefone. Dentro de um período que varia de 3 a 5 minutos, qualquer bactéria ou vírus presente na superfície do seu celular será morta. Mas não se preocupe, pois o dispositivo não gera nenhum calor extra e não danificará seu telefone. O aparelho ainda está em estágio de desenvolvimento inicial e deverá custar 39 dólares (o equivalente a 72 reais). Para provar a necessidade desse aparato, os inventores coletaram amostras de diversos banheiros e compararam com os celulares. A figura fala por si.
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A “história do mundo” está escondida em rochas brasileiras

Apesar da maioria achar que só servimos para jogar futebol e fazer caipirinhas, o Brasil também é um importante centro de coleta de fósseis e análise de rochas e solos antigos. Um grupo de pesquisadores de diversos países está nessa semana na bacia da Paraíba, perto da cidade de Pastos Bons, analisando a história por trás da nossa natureza. Essa área é onde o primeiro espécime do Prionosuchus foi encontrado. Ele é um anfíbio arcaico que viveu na época em que a formação geológica da cidade de Pedras de Fogo estava sendo depositada. E a análise dessas rochas sedimentares também nos dá uma noção histórica das mudanças ambientais. Muita evidência encontrada sugere que as rochas dessa região se formaram quando havia água ali, mas com o clima muito seco (lembrando que, hoje, essa não é uma parte litorânea). Conforme a água foi saindo, as rachaduras se formaram e foram preenchidas com sedimentos. Também estão presentes rochas derivadas de dunas de areia. De acordo com os pesquisadores, essa região provavelmente era um sabkha, um tipo geológico geralmente encontrado nas margens oceânicas. E apesar de parecer um ambiente um tanto hostil, vários fósseis já foram encontrados. A maior parte são fragmentos de peixes, mas os pesquisadores encontraram também o que parece ser uma parte da coluna vertebral de um animal terrestre. Ainda é incerto se é um anfíbio, réptil ou mamífero. Isso dá esperança de encontrar um tetrápode no local. http://hypescience.com

Conheça os perigos do açúcar

Robert Lustig é um médico americano da Universidade da Califórnia (San Francisco, EUA), especialista em obesidade. Recentemente, ele tem promovido uma campanha para que haja leis restritivas de consumo de açúcar semelhantes às existentes para o álcool e tabaco, o que limitaria especialmente o acesso das crianças a produtos açucarados. Será que existe motivo para tanta preocupação? O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o assunto (que já ultrapassou 2 milhões de visualizações), cita como exemplo uma série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar. Como exemplo, o médico cita diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em 1980. Mais ou menos nessa época, o mundo começou a se preocupar e eliminar a quantidade excessiva de gordura na alimentação. Mas ninguém sabia que alguns lipídios são bons para o organismo: a ordem era cortar o máximo de gordura possível. De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu 35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de calorias diárias. Como é que chegamos a esse ponto? A resposta do médico americano está nos produtos industrializados. Nos últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode fazer mal. Por isso, substituímos o açucareiro pelo adoçante, por exemplo, e tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos. O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você examinar o rótulo dos produtos que colocou em seu carrinho de supermercado, vai descobrir que existe açúcar em coisas que você nem imaginava. Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está bom, pode parar de comer”. Algo como uma trava natural. Este e outros efeitos nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do endocrinologista americano. O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve partir primeiramente do consumidor. http://hypescience.com

Dieta rica em potássio diminui o risco de derrame

Segundo um novo estudo, pessoas que comem muitas frutas, verduras e produtos lácteos ricos em potássio são menos propensas a sofrer um acidente vascular cerebral (AVC, ou derrame). Os pesquisadores analisaram 10 estudos internacionais, envolvendo mais de 200.000 adultos de meia-idade e mais velhos. O risco de derrame diminuiu conforme a ingestão de potássio das pessoas aumentou. Cada aumento de 1.000 miligramas (mg) de potássio por dia levou a uma queda de 11% na probabilidade de sofrer um derrame nos próximos 5 a 14 anos. Das quase 270.000 pessoas do estudo, 8.695 (cerca de uma em 30) sofreram derrame. A queda no risco de AVC vista com cada aumento de 1.000 mg de potássio ocorreu mesmo com fatores como idade, hábitos de exercício e tabagismo levados em conta. O potássio foi especificamente ligado a um risco reduzido de AVCs isquêmicos, causados por um bloqueio em uma artéria que alimenta o cérebro – que representam cerca de 80% de todos os derrames cerebrais. O mineral não estava ligado, porém, a um menor risco de AVC hemorrágico, que ocorre quando há sangramento no cérebro. Os cientistas não sabem explicar o fato, pois apenas alguns estudos analisados haviam dividido os derrames em subtipos. Segundo a pesquisadora Susanna Larsson, as descobertas não provam que o potássio em si é o que produz o efeito positivo, mas fortalece evidências existentes de que poderia ser. “Como alimentos ricos em potássio são geralmente mais saudáveis, incluindo feijão, uma variedade de frutas e legumes, e laticínios de baixo teor de gordura, os resultados oferecem um motivo a mais para as pessoas comerem mais o mineral”, diz Larsson. O potássio é um eletrólito necessário para manter o equilíbrio de fluidos no corpo. Também está envolvido no controle do nervo e dos músculos, e na regulação da pressão arterial. Estudos têm sugerido que dietas ricas em potássio ajudam a manter uma pressão sanguínea saudável e, possivelmente, protegem contra doenças cardíacas e derrames. As conclusões do novo estudo estão em linha com uma pesquisa recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) dos EUA, que acompanhou mais de 12.000 adultos por 15 anos. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que consumiam muito sódio e pouco potássio tinham mais probabilidade de morrer de qualquer causa durante o período de estudo. O potássio ajuda a equilibrar os efeitos do sódio, mantendo a pressão arterial para baixo e ajudando o organismo a excretar o excesso de líquidos. Assim, a combinação de muito sódio e pouco potássio pode ser especialmente prejudicial – uma combinação comum na dieta dos EUA, com cerca de 90% das pessoas consumindo mais sódio do que o recomendado. De acordo com o CDC, o adulto médio não deve obter mais do que 2.300 mg de sódio por dia. Para alguns, como pessoas com mais de 50, com diabetes, pressão sanguínea alta, doença renal, etc., recomenda-se limitar a 1.500 mg por dia. Sobre o potássio, o CDC aconselha os adultos a obterem 4.700 mg por dia. Mas as pessoas com doença renal ou sob medicamentos para pressão precisam de ser cuidadosas http://hypescience.com

Fungos limpam solo e água

Fungos têm uma péssima reputação. Mas agora é melhor rever esse estereótipo. Pesquisadores alemães do Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais, em Leipzig, estão desenvolvendo maneiras de utilizar fungos para limpar solo e água. A habilidade destrutiva de alguns fungos deriva de enzimas poderosas, como a lacase, que quebram a lignina (também conhecida por lenhina), molécula encontrada na parece celular de muitas plantas, cuja função é conferir rigidez e resistência a ataques microbiológicos e mecânicos. Esmiuçando as propriedades dessas enzimas, os cientistas encontraram maneiras de decompor toxinas, incluindo-as em estações de tratamento de esgoto e em solos. O poder celeste das superestrelas Segundo o biólogo Dietmar Schlosser, um dos membros da pesquisa, as lacases não são exigentes. “Essas enzimas não fazem distinção entre as estruturas químicas”, conta Schlosser. Por esse motivo, algumas lacases quebram hidrocarbonetos e dióxidos – deixando para trás apenas água e gás carbônico –, e outras alteram as ligações químicas e transformam substâncias tóxicas em moléculas orgânicas menos perigosas, que podem ser quebradas por bactérias. No que diz respeito à ação no solo, Schlosser explica que os fungos estendem suas hifas (longas células cilíndricas e filamentosas) no solo. As superfícies úmidas das hifas dão a algumas bactérias a habilidade de percorrer longas distâncias. Segundo o biólogo alemão, o solo tem poros preenchidos por ar, que as bactérias não conseguem atravessar, já que não podem se mover através de umidade. Contudo, os fungos podem ajudá-las com as hifas, que servem de ponte para as bactérias atravessarem. Dessa maneira, o fungo também pode limpar o solo, pois crescem tanto para cima quanto para baixo. Esse é o caso do cogumelo Marasmius oreades, vulgo roda das bruxas, cujo micélio pode crescer e se espalhar por vários metros, embora pareçam estar separados na superfície. http://hypescience.com

Orégano mata células de câncer de próstata

Pizza com ou sem orégano? A partir de hoje, aposto que muitos homens vão fazer questão de comer esse tempero. Pesquisadores da Universidade de Long Island, nos Estados Unidos, descobriram que essa erva amplamente empregada na cozinha do Mediterrâneo pode ser utilizada para ajudar a tratar o câncer de próstata. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo, o que representa cerca de 10% dos casos totais de cânceres. Só neste ano, estima-se que sejam diagnosticados mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata. E vale ressaltar que sua taxa de incidência é seis vezes maior nos países desenvolvidos que nos países em desenvolvimento. Entre as opções de tratamento, merecem destaque as cirurgias, quimioterapias, terapias hormonais e terapias imunes. Mas, infelizmente, todos esses tratamentos estão associados a complicações ou a efeitos colaterais graves. Coordenadora da pesquisa, a médica Supriya Bavadekar testou um dos componentes do orégano – a substância carvacrol – em células cancerosas de próstata. Resultado: o carvacrol induziu apoptose (termo científico para morte celular programada, que é um tipo de autodestruição celular ordenada) nas células doentes. Agora, Bavadekar tentará entender como a substância faz isso. “Sabíamos que o orégano possuía propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, mas seus efeitos sobre células cancerosas eleva seu status”, conta a médica. http://hypescience.com

VETA TUDO, DILMA!‏

Infelizmente, as notícias não são nada boas no país anfitrião da próxima grande Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20. Como vocês sabem, quarta-feira à noite, foram votadas e aprovadas as mudanças do Código Florestal na Câmara dos Deputados. Essas mudanças implicarão em mais desmatamento, redução das áreas de proteção permanente, como as margens de rio, e a concessão de anistia aos que desmataram ilegalmente a floresta. Ou seja, um grupo localizado da sociedade formado por grandes proprietários de terra e pelas empresas do agronegócio conseguiram permissão para derrubar as nossas florestas sem serem presos ou sofrerem qualquer tipo de punição. Você não precisa ser nenhum especialista em florestas para ligar os pontos: Novo Código florestal -> menos florestas e mais desmatamento -> mais CO2 na atmosfera -> maior desequilíbrio climático -> aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos (secas, tempestades, etc.) -> milhões de pessoas afetadas Esse episódio demonstra, entre outras coisas, como poucas pessoas com muita influência política e muito dinheiro podem prejudicar o futuro de muitos para defender seus interesses. Para brecar essa lógica perversa, nós temos 15 dias, período que a Presidente Dilma tem para sancionar (aprovar) ou vetar o novo código. Esse é um dos motivos pelos quais, no dia 5/5/12, o Brasil será um dos países onde as pessoas vão se reunir para protestar e ligar os pontos sobre a ameaça das mudanças climáticas ao nosso futuro. O que você pode fazer? Reúna seus amigos e faça uma foto ligando os pontos no dia 5/5 Faça ações criativas na sua comunidade pedindo: “VETA TUDO, DILMA!” Ligue, mande e-mail, envie carta para os endereços abaixo! Presidenta Dilma Rousseff Telefone: 61. 3411-1200 / 3411-1201 E-mail: gabinetepessoal@presidencia.gov.br Endereço: Palácio do Planalto, 3. Andar Brasília DF CEP: 70.150-900 MINISTRO DE ESTADO Gilberto Carvalho (PT/SP) Telefone: 61. 3411-1226/3411-1227 E-mail: sg@planalto.gov.br MINISTRA DE ESTADO Gleisi Helena Hoffmann Telefone: 61. 3411-1573/ 3411-1935 E-mail: casacivil@presidencia.gov.br Como bem apontou Bill McKibben, co-fundador da 350.org: “A Rio+20 deveria ser a ocasião para uma verdadeira celebração de tudo o que foi realizado nos últimos vinte anos desde a Rio-92, tendo o Brasil como um dos poucos exemplos mundiais de progresso. Em vez disso, se o novo Código Florestal entrar em vigor, esta será uma reunião muito triste, uma reunião para lembrar com que rapidez, mesmo os países progressistas, podem sucumbir e regressar às práticas econômicas atuais.” Com muita pressão, criatividade e união podemos dar o apoio necessário para Dilma representar a população brasileira. Só juntos venceremos essa! Juliana e Paula por toda a equipe da 350.org Mais informações: “Veta tudo, Dilma” http://act.350.org/go/1481?akid=1810.547028.RDRPmU&t=4 “Aprovação do Código Florestal esmatamento” deve desencadear uma onde de http://act.350.org/go/1482?akid=1810.547028.RDRPmU&t=6 “A escolha de Dilma” http://act.350.org/go/1483?akid=1810.547028.RDRPmU&t=8

Projeto florestal brasileiro é o primeiro a receber certificados de redução de emissões de CO2

O projeto florestal do Grupo Plantar, de Minas Gerais, foi o primeiro a receber certificados temporários de redução da emissão de carbono pela Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Em parceria com o Bando Mundial, o projeto recompensou um montante de quatro milhões e setenta e duas mil toneladas de CO2. O Plantar atua nas áreas de reflorestamento e siderurgia e lidera a mudança de caminho desse setor por meio do estabelecimento de 11.600 hectares de plantios de eucalipto manejados de forma sustentável, que sequestram dióxido de carbono da atmosfera e fornecem uma fonte de carvão vegetal renovável e neutro em carbono, ao mesmo tempo que contribuem para a proteção de florestas nativas e da biodiversidade. Desse modo, a empresa brasileira consegue superar a falta de madeira renovável para suprir sua indústria. A iniciativa também estimula o setor a usar áreas previamente degradadas e a conservar grandes áreas de florestas nativas do Cerrado. Para Geraldo Alves de Moura, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Plantar, este é um momento histórico e salienta que o mais importante é saber que a emissão desses créditos consolida oficialmente o reconhecimento do papel das florestas plantadas, bem manejadas, em termos de combate ao aquecimento global e de promoção do desenvolvimento sustentável. “Estamos realmente honrados em ter alcançado um marco tão importante depois de mais de uma década de um árduo trabalho em equipe. Mais gratificante ainda é saber que o trabalho pioneiro do projeto também contribuiu para o avanço de políticas e arranjos institucionais mais amplos para mitigação das mudanças climáticas no país”, disse Fábio Marques, Superintendente da Plantar Carbon, empresa de consultoria sobre mudanças climáticas do Grupo Plantar. A Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC) emitiu mais de quatro milhões de Certificados Temporários de Redução de Emissões (tCERs) para o projeto de reflorestamento da Plantar, fazendo deste caso o primeiro no mundo. Projetos de Reflorestamento no MDL somente podem emitir créditos por cada período de compromisso. Assim, diversos projetos estão esperando o final do primeiro período (2012) para aumentarem o número de créditos emitidos. Até o momento, esse é o primeiro projeto florestal no mundo a emitir esses tipos de créditos. Os créditos emitidos são temporários e as regras da ONU exigem que os certificados sejam reavaliados a cada cinco anos para garantir que o estoque florestal plantado permaneça. (Fonte: Amda)

Publicada lista de 10 produtos químicos suspeitos de causar autismo

Químicos tóxicos suspeitos Um grupo internacional de cientistas divulgou hoje um manifesto pedindo mais pesquisas para identificar as possíveis causas ambientais do autismo e outras desordens do desenvolvimento neurológico em crianças. O documento também apresenta uma lista de 10 produtos químicos suspeitos, aqueles que são considerados altamente susceptíveis de contribuir para essas condições. O documento foi publicado juntamente com quatro artigos científicos - cada um sugerindo uma ligação entre produtos químicos tóxicos e autismo - na revista científica Environmental Health Perspectives Causas ambientais das desordens neurológicas A Academia Nacional de Ciências dos EUA afirma que 3% de todos os transtornos neurocomportamentais em crianças, incluindo o transtorno do espectro do autismo (ASD) e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), são causados por substâncias tóxicas no meio ambiente, e que outros 25% são causados por interações entre fatores ambientais e genéticos. Mas as causas ambientais e seus mecanismos de ação no organismo ainda não são conhecidos. Os pesquisadores elaboraram uma lista de 10 produtos químicos encontrados em produtos de consumo que são suspeitos de contribuir para a deficiência do autismo e de aprendizagem, de forma a orientar uma estratégia de pesquisas para descobrir causas ambientais potencialmente evitáveis. Produtos químicos suspeitos Os dez produtos químicos são: Chumbo Metilmercúrio PCBs - Bifenilas Policloradas Inseticidas ou pesticidas organofosforados Inseticidas ou pesticidas organoclorados Desreguladores endócrinos Gases do escapamento de automóveis Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos Antichamas bromados Compostos perfluorados O primeiro dos quatro artigos, escrito por uma equipe da Universidade de Wisconsin, encontrou indícios que ligam fumar durante a gravidez com a desordem de Asperger e outras formas de autismo de alto grau. Dois artigos, escritos por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis, mostram que os PCBs (bifenilas policloradas) atrapalham as primeiras etapas do desenvolvimento cerebral. O último artigo, da mesma universidade, sugere uma ligação entre a exposição a pesticidas e o autismo. http://www.diariodasaude.com.br

Brasil precisa erradicar 2.906 lixões até 2014, afirma estudo do Ipea

Comunicado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (25) sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aponta que o Brasil ainda tem 2.906 lixões distribuídos por 2.810 municípios que precisam ser erradicados até 2014, segundo a lei publicada em 2010. Entre as prioridades do PNRS estão a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, acoplada a mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e a extinção dos lixões até o fim de 2014, com a implantação de aterros sanitários. Para técnicos do instituto, o prazo é apertado e será difícil cumprir a meta nos próximos dois anos sem que haja a criação de políticas públicas que incentivem mais a reciclagem nas cidades e a coleta seletiva na área urbana. Segundo o documento do Ipea, a região Nordeste abriga o maior número de municípios com lixões: são 1.598, o equivalente a 89% do total de cidades da região. Para o Ipea, a criação de consórcios públicos para gestão de resíduos sólidos, que agrupariam pequenas cidades com poucos recursos financeiros, poderia ser uma forma de resolver esta questão. Atendimento – Segundo o comunicado, a coleta regular de resíduos sólidos alcançava em 2009 quase 90% dos domicílios, sendo que na área urbana o atendimento supera 98% das moradias. Entretanto, na zona rural, 67% das casas não recebe visitas periódicas de caminhões recolhendo o lixo. Sobre a coleta seletiva de materiais reciclados, o Ipea afirma que 2008 o número de cidades com programas de coleta seletiva passou a ser 994 – ou seja, apenas 18% dos municípios brasileiros. A maioria está localizada no Sul e Sudeste do país. “A coleta seletiva ainda é incipiente e está concentrada nas regiões ricas”, disse Jorge Hargrave, técnico de Planejamento e Pesquisa do instituto. Desperdício – O comunicado afirma que muita matéria orgânica tem sido desperdiçada ao encaminhá-la diretamente aos aterros e lixões, já que poderiam passar por tratamento para gerar energia elétrica. Das 94,3 mil toneladas de lixo orgânico recolhidas diariamente no país, somente 1,6% (1.509 toneladas) são encaminhadas para reaproveitamento. De acordo com o documento, “esta forma de destinação gera despesas que poderiam ser evitadas caso a matéria orgânica fosse separada na fonte e encaminhada para um tratamento específico, como a compostagem”. No setor agrosilvopastoril (agricultura, silvicultura e pecuária), o Ipea afirma que, anualmente, são geradas 291 milhões de toneladas de resíduos sólidos nas agroindústrias que podem ser melhor aproveitados na produção de fertilizantes naturais ou para geração de energia elétrica. O estudo do Ipea diz, por exemplo, que se todos os resíduos secos da produção de cana no Brasil fossem encaminhados para geração de energia, a potência instalada seria de 16,6 GW (mais que a potência da usina de Itaipu, com 14 GW). “Mas para isso, são necessários incentivos do governo. Além disso, esse aproveitamento energético diminuiria o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera”, afirma Regina Sambuichi, do Ipea. (Fonte: Globo Natureza)

Mudança climática leva mosquito da dengue ao norte da Europa

O clima no noroeste da Europa e nos Bálcãs se tornou propício para abrigar o mosquito-tigre asiático, uma espécie disseminadora de doenças, como a febre do Nilo e a dengue, entre outras, alertaram cientistas nesta quarta-feira (25). O alerta foi emitido por pesquisadores da Universidade de Liverpool, noroeste da Inglaterra, para os quais as duas regiões têm registrado, progressivamente, invernos mais amenos e verões mais quentes. Estas condições de temperatura favorecem o mosquito, que chegou à Albânia em 1979 e agora está presente em mais de 15 países do sul da Europa. “Ao longo das últimas duas décadas, as condições climáticas se tornaram mais propícias na parte central do noroeste da Europa – Benelux e oeste da Alemanha – e nos Bálcãs”, afirmaram os estudiosos. Segundo eles, ao mesmo tempo, condições mais secas no sul da Espanha tornaram a região menos aprazível para o inseto. O mosquito-tigre asiático (Aedes albopictus), nativo de regiões tropicais e subtropicais, pode transmitir vírus que causam febre do Nilo, febre amarela, dengue, encefalopatite de Saint Louis e a encefalopatia japonesa, entre outras doenças. Em 2005 e 2006, provocou uma epidemia de febre do Chikungunya, uma doença que ataca as articulações, na Ilha Reunião, território francês no Oceano Índico. Um ano depois, provocou um surto da doença na província italiana de Ravena. Em 2010, foi apontado como o transmissor do vírus da dengue na França e na Croácia. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), em dezembro do ano passado, o mosquito estava presente em mais de 15 países da região, do sul da Espanha a algumas regiões de Grécia e Turquia. Em artigo publicado no jornal da Royal Society Interface, os cientistas de Liverpool reportaram ter observado os registros climáticos europeus entre 1950-2009 e empregado um modelo de computador amplamente utilizado para simular tendências climáticas para 2030-2050. “Tendências similares são prováveis no futuro, com um risco aumentado simulado no norte da Europa e levemente reduzido no sul da Europa”, destacou o estudo. “Estas mudanças de distribuição se relacionam com condições climáticas mais úmidas e quentes”, acrescentou. O artigo alerta que o clima sozinho não significa que a espécie vá se disseminar ali. Também aponta que o estudo não considerou a vegetação ou tipos de solo que determinam se o mosquito será capaz de procriar. Além disso, ondas de frio e calor também podem ajudar a limitar a sobrevivência do mosquito, e estes fatores tampouco foram incluídos na pesquisa. Em meados dos anos 1960, o mosquito-tigre asiático estava limitado a algumas partes de Ásia, Índia e um punhado de ilhas do Pacífico. Desde então, se disseminou pelas Américas do Norte e do Sul, Caribe, África e Oriente Médio, bem como pela Europa, sobretudo viajando de carona em produtos importados. (Fonte: Portal Terra)

Cientistas descobrem vírus da família do sarampo em morcegos

Morcego é hospedeiro de 66 novas espécies de paramixovírus, grupo viral que causa o sarampo e a caxumba Cientistas que estudam morcegos encontraram dezenas de novos membros de uma família viral relacionada com doenças que afetam os humanos, e alertou para uma possível exposição, uma vez que os mamíferos cada vez mais perdem espaço nas florestas, sendo empurrados para as cidades. Sessenta e seis novas espécies de paramixovírus, grupo viral que causa o sarampo e a caxumba e está por trás de três doenças que afetam o gado, tem o morcego como hospedeiro natural, afirmaram. No entanto, desconhece-se se quaisquer dos vírus recém-descobertos representam uma ameaça ou sequer são transmitidos aos humanos, mas os especialistas pedem cautela. O virologista Christian Drosten, da Universidade de Bonn, na Alemanha, e uma equipe de cientistas internacionais usaram modelagem matemática para rastrear a raiz dos paramixovírus entre animais selvagens. Eles encontraram “a maior probabilidade” de que os morcegos sejam os hospedeiros originais e ancestrais, um reservatório onde estes vírus hibernam, disse Drosten a respeito das descobertas publicadas na revista Nature Communications. A pesquisa descobriu 66 novas espécies que podem ser somadas ao clã do paramixovírus. “O espectro genético dobrou”, disse Drosten. “Agora conhecemos a fonte, o ponto de onde vieram os vírus”, acrescentou. Segundo o cientista, as descobertas têm implicações importantes para rastrear surtos de doença ou para campanhas de vacinação. “Se você quer investigar quando o próximo vírus de pandemia (irá surgir), como ele vai se parecer, você precisa olhar no reservatório, na fonte dos vírus”, afirmou. O estudo descobriu, ainda, “um espectro muito amplo e uma diversidade” de vírus relacionados com o patógeno que causa a peste bovina, uma doença fatal para o gado declarada erradicada no ano passado, disse Drosten. Os mortais vírus Hendra e Nipah, que são transmitidos a animais de criação e, então, aos humanos, também fazem parte desta família e podem ter se originado na África. Drosten explicou que as pessoas têm cada vez mais contato com morcegos e que os hábitats dos animais estão se esgotando, especialmente na África, e que por este motivo eles entram em áreas urbanas. (Fonte: Portal iG)

Governo faz campanha de vacinação antigripe entre 5 e 25 de maio

O governo federal lançou nesta terça-feira (24) a 14ª edição da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, que ocorrerá entre 5 e 25 de maio nos postos de saúde de todo o país, além de postos móveis que serão instalados para a campanha. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% de 30,1 milhões de pessoas consideradas dentro da população vulnerável à manifestação grave da gripe. Além de idosos, indígenas, crianças com idade entre 6 meses e dois anos, gestantes e profissionais de saúde, que formavam o público-alvo da campanha no ano passado, o governo também prevê vacinar 500 mil detentos do sistema prisional. “A vacina visa a proteger os grupos mais vulneráveis para reduzir casos graves e óbitos”, disse o Secretário de Vigiância em Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo o Ministério da Saúde, foram investidos R$ 260,3 milhões na aquisição de 33,9 milhões de doses de vacina contra gripe. Outros R$ 24,7 miilhões foram repassados a estados e municípios para custear, por exemplo, a infaestrutura das campanhas e e o deslocamento de equipes para vacinação. Em 2011, 25,2 milhões de pessoas foram vacinadas durante a campanha de vacinação. O número equivale a 84% dos 29,9 milhões de pessoas consideradas público-alvo da campanha do ano passado. Este ano, a vacina protege contra três tipos do vírus Influenza – H1N1, H3N2 e influenza B. “É uma vacina diferente das outras, feita exclusivamente para uso em campanha com base nos tipos de gripe de maior transmissão no ano anterior”, disse Barbosa. H1N1 – Em 2011, o Ministério da Saúde registrou redução de 64,1% no número de mortes (53) causadas pelo agravamento da gripe do tipo H1N1 na comparação com o ano anterior, quando 148 pessoas morreram. Já o s casos graves notificados diminuíram de 9.383 para 5.230, o que equivale a uma queda de 44%. “A gripe H1N1 não é mais considerada pandêmica pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas é um tipo de vírus que ainda circula. Se a população se proteger ao se vacinar e se os profissionais de saúde prescreverem corretamente a população, nós podemos reduzir cada vez mais os óbitos nesses casos”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Prevenção – O Ministério da Saúde recomenda como medida de prevenção para evitar a gripe que se mantenham cuidados básicos de higiene. Entre eles está a lavagem frequente das mãos com água e sabão. O Ministério também sugere que se evite tocar olhos, boca e nariz depois de contato com superfície e que não se compartilhe objetos de uso pessoal. Ao tossir ou espirrar, a boca e o nariz devem ser cobertos com um lenço. (Fonte: Felipe Néri/ G1)

“IPCC da biodiversidade” tem criação aprovada

A Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) teve sua criação aprovada no sábado (21), na Cidade do Panamá, depois de vários anos de intensas discussões internacionais. O IPBES é um painel intergovernamental que terá a função de fazer com que o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade seja sistematizado para dar subsídios a decisões políticas em nível internacional. A cidade de Bonn (Alemanha) foi escolhida para sediar o secretariado do IPBES. O novo órgão teve sua implantação definida em junho de 2010 em uma reunião em Busan (Coreia do Sul) e sua criação foi ratificada em outubro de 2010, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10), realizada em Nagoia (Japão) e posteriormente referendada na Reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em outubro de 2011, a primeira sessão plenária IPBES foi realizada em Nairóbi (Quênia), na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com o coordenador do encontro no Panamá, Robert Watson, que é conselheiro científico do Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Negócios Rurais do Reino Unido, embora várias organizações e iniciativas contribuam para melhorar o diálogo entre gestores e comunidade científica no campo da biodiversidade, o IPBES se estabelecerá como uma nova plataforma, reconhecida tanto por cientistas como por gestores, a fim de enfrentar as lacunas existentes e fortalecer a interface entre ciência e poder público em relação aos serviços ecológicos. “Hoje, a biodiversidade venceu. Mais de 90 governos estabeleceram com sucesso a interface entre a ciência e a política pública para todos os países. A biodiversidade e os serviços ecológicos são essenciais para o bem-estar da humanidade. Essa plataforma irá gerar conhecimento e nos dará capacidade de protegê-los para as gerações futuras”, afirmou Watson. A plataforma foi aprovada por 91 países que participaram da reunião. Apenas Bolívia, Egito e Venezuela deixaram de assinar o acordo. Segundo Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a criação do IPBES algumas semanas antes da Conferência Rio+20 é um forte sinal de que há um progresso significativo no que diz respeito à conservação da biodiversidade. “Espero que esse órgão permita que a biodiversidade seja levada em conta nas estratégias de desenvolvimento sustentável, assim como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, tem feito nos últimos 20 anos em relação às alterações do clima. A perda de biodiversidade é um indicador importante das mudanças que estão afetando o planeta”, afirmou. Segundo o documento assinado no Panamá, as funções centrais do IPBES consistirão em: identificar e priorizar informação científica necessária para as políticas públicas e para catalisar esforços na geração de novo conhecimento; realizar avaliações regulares do conhecimento sobre a biodiversidade e os serviços ecológicos e suas interligações; apoiar a formulação e a implementação de políticas ao identificar ferramentas e metodologias relevantes; e priorizar a capacitação para o aprimoramento da interface entre ciência e política e fornecer financiamento e apoio para as necessidades de alta prioridade ligadas a suas atividades imediatas. (Fonte: Agência Fapesp)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ambientalistas festejam Dia da Terra com protesto contra alterações no Código Florestal e construção de Belo Monte

Rio de Janeiro – Um grupo de ambientalistas promoveu no fim da manhã de hoje (22), no Rio de Janeiro, um ato simbólico para marcar o Dia da Terra. Eles estenderam faixas e cartazes na areia da Praia de Copacabana em protesto contra a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Organizada pelo Comitê Fluminense pelas Florestas, com apoio do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de Mobilização para a Cúpula dos Povos (GT Rio) e da organização não governamental (ONG) Greenpeace, a manifestação seria uma passeata pela orla de Copacabana. Mas, por causa da chuva que atinge a capital fluminense neste domingo, no entanto, o grupo decidiu transferir o protesto para a área em frente ao Hotel Copacabana Palace e marcar um novo dia para promover a Marcha pelo Meio Ambiente. A data da marcha ainda será definida. Para uma das organizadoras do movimento, Elzimar Gomes da Silva, apesar de a chuva ter atrapalhado os planos iniciais do grupo, o protesto foi importante para alertar os cidadãos sobre essas questões. “Precisamos continuar a luta para mobilizar a população e mostrar que queremos um Código Florestal melhor, que respeite o campo. As manobras políticas e a maneira como o meio ambiente está sendo desconsiderado são questões relevantes. Do jeito que está, o código autoriza a ocupação em manguezal, em topo de morro e várias outras questões que são prejudiciais ao meio ambiente”, explicou. A coordenadora do grupo de voluntários do Greenpeace no Rio, Vânia Stolze, que também participou do protesto, criticou a decisão do relator do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), de retirar do texto aprovado pelo Senado o Artigo 62, referente às áreas de preservação permanente (APPs) às margens de rios, que, segundo o deputado, trata-se de um assunto que deve ser abordado em outro momento, por meio de projeto de lei ou medida provisória. “É escandaloso ter a margem dos rios desprotegida. O Brasil precisa da sua água, toda a nossa geração de energia é feita praticamente a partir de hidrelétricas. As alterações propostas no relatório geram um retrocesso muito grande”, opinou. Vânia Stolze disse ainda que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é “muito preocupante” pelo impacto ambiental “sem medida” que gera. “A energia elétrica que será gerada não vai favorecer o Sudeste, que é quem mais precisa no país, mas as siderúrgicas que estão instaladas lá perto. Além disso, há questões como o desvio do Rio Xingu e a retirada de um enorme volume de terra para a sua construção, que vão gerar desmatamentos e outras consequências sobre as quais nem temos noção”. Vânia lamentou ainda que o Brasil não tenha resolvido essas questões antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Os ambientalistas estão muito desanimados porque, com a realização da conferência, o mundo todo vira os olhos para cá. O país pode se desenvolver, mas sem agredir tanto o meio ambiente”, disse. Também foram programados protestos em outras cidades do país. Em Brasília, a organização não governamental ambientalista WWF programou um voo do balão da ONG na Esplanada dos Ministérios, no coração da capital do país. O balão é famoso por estampar um urso-panda, logomarca da WWF. A esplanada concentra a programação do aniversário de 52 anos de Brasília. * Edição: Lana Cristina ** Publicado originalmente na Agência Brasil. (Agência Brasil)

7 coisas que nunca deveriam ter sido inventadas

1. Plástico Imagine uma área enorme, no meio do oceano Pacífico, que pode ser duas vezes o tamanho do território dos Estados Unidos. Não se trata de uma ilha, mas de uma imensa “sopa de lixo” chamada de “Grande Porção de Lixo do Pacífico”. Segundo o jornal britânico The Independent, nada menos do que 100 milhões de toneladas de lixo podem estar boiando nessa região, sendo que a esmagadora maioria é composta por plástico. O plástico constitui 90% de todo o lixo que boia nos oceanos do mundo. Seu inventor, Alexander Parques, criou o material indestrutível para substituir uma dezena de outros, mas não considerou seus malefícios: câncer, resíduos tóxicos contaminando o ambiente e uma quantidade gigantesca de lixo jogada no mar. O principal problema do plástico é que ele não é biodegradável, pois nenhum processo natural consegue eliminá-lo. Especialistas apontam que a durabilidade que torna o plástico tão útil às pessoas é também o que o torna tão prejudicial à natureza. 2. Armas de destruição em massa A Chama da Paz fica localizada em um monumento dentro do Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, no Japão. Ela é uma chama “de verdade” que fica acesa o tempo todo e que permanecerá assim até que “a ameaça de aniquilação nuclear deixe o planeta”. Hiroshima foi devastada em 1945 por um ataque nuclear que matou entre 70 e 80 mil pessoas instantaneamente, além de milhares de outras nos anos seguintes — devido aos efeitos da radiação. Nagasaki, outra cidade japonesa vítima de bomba nuclear, perdeu aproximadamente 80 mil habitantes. Em ambas as localidades, a esmagadora maioria de mortos era civil. O uso das armas de destruição em massa foi classificado como bárbaro, visto que mais de 150 mil pessoas foram mortas em Hiroshima e Nagasaki, e as áreas atingidas eram altamente povoadas por civis. Nos dias anteriores ao lançamento das bombas, vários cientistas americanos tentavam convencer as autoridades que o poder destrutivo da bomba poderia ser demonstrado sem causar mortes. Em vão. 3. Junk Food O junk food – literalmente traduzido como “comida-lixo” – é praticamente sinônimo de fast food, mas vai além do que é oferecido nas cadeias de comida-rápida. Esse tipo de alimento contém altos níveis de gordura saturada, sal e açúcar, além de diversos aditivos alimentares. Ao mesmo tempo, ele é carente de proteínas, vitaminas e fibras dietéticas. O produto popularizou-se entre os fabricantes por ser relativamente barato de produzir. Também é popular entre os consumidores de todo mundo porque é fácil de encontrar e requer um mínimo ou nenhum preparo antes do consumo — que é associado à obesidade, a doenças coronarianas, diabetes tipo 2, hipertensão e cáries. Hambúrgueres, pizzas, salgadinhos e doces são exemplos clássicos de junk foods. Mas para a Agência de Normas Alimentares do Reino Unido, qualquer alimento rico em gordura, sal ou açúcar pode ser considerado como pertencente a essa categoria. 4. SPAM O SPAM é um pesadelo que povoa nossas contas de email. Estima-se que 90% das mensagens que chegam a nossas caixas de entrada são SPAMs. Esse tipo de email é usado para os piores fins, como boatos (hoaxes), correntes (chain letters), propagandas indesejadas, golpes (scam), estelionato (phishing) e infestação por programas maliciosos (vírus, worms e cavalos de troia). O SPAM surgiu na época em que internet ainda era conhecida como ARPANet (que interligava apenas as bases militares e departamentos de pesquisa do governo americano). Na época, a questão não foi considerada por todos como sendo de relevante importância. Os responsáveis pela ARPANet acreditavam que as consequências de tal comportamento eram pequenas e não justificavam a criação de um sistema de controle. Como todos nós sabemos, foi um terrível engano. Hoje, o SPAM é considerado um dos maiores problemas da internet. 5. Cigarros A maioria das pessoas conhece os malefícios do cigarro. Mesmo assim, uma grande parcela da sociedade ainda fuma. O custo social do tabagismo para o governo é gigantesco: o Sistema Único de Saúde (SUS) é obrigado a arcar com o ônus das doenças provocadas pelo uso do cigarro. É por isso que o Estado realiza uma campanha muito forte contra o fumo: impostos mais elevados para os fabricantes de cigarros, proibição do fumo em determinados locais e criação de peças publicitárias condenando o seu uso são algumas das medidas tomadas. A fumaça do cigarro é extremamente danosa tanto para quem fuma quanto para quem fica perto de um fumante. Ela prejudica a circulação entre o coração e o pulmão, causa inúmeros danos aos dois órgãos, como infarto e câncer, e diminui a oxigenação dos tecidos. 6. CFC Os clorofluorcarbonos (CFCs) são compostos químicos utilizados em unidades de refrigeração e aerossóis. Eles devastam o meio ambiente, pois se combinam com o ozônio atmosférico, neutralizando o composto molecular e enfraquecendo a camada de ozônio – uma importante barreira ambiental que protege a superfície terrestre da radiação ultravioleta do sol. Embora a regulamentação tenha aumentado desde a década de 1970 e seu uso tenha diminuído, o CFC pode permanecer na atmosfera por quase um século, tornando-se um erro de longa duração. 7. Microsoft Bob Lembra-se do Clippy? O odiado assistente do Office era um recurso presente nas versões 97 e 2003 do programa e foi muito criticado por ser intrusivo e irritante. Se o pequeno clipe já foi um incômodo apenas dentro do Office, imagine em um sistema operacional inteiro, auxiliando você em todas as suas tarefas no PC, como acessar a internet, ouvir música ou ver um vídeo. Este era o Microsoft Bob. A interface gráfica foi projetada para ser uma versão mais facilitada do Windows 95. Bob considerava o seu computador como uma casa, e você(sem) como um convidado. Desenhos animados guiavam as pessoas na realização de tarefas simples. O software era caro e não conseguiu competir com o Macintosh, da Apple, considerado muito mais amigável. O Microsoft Bob é considerado o maior fracasso da história da empresa, mas deixou um legado permanente para o mundo: a fonte Comic Sans, considerada por muitos como a pior fonte de todos os tempos. Ela foi criada exclusivamente para o Bob. Tec Mundo http://www.paraiba.com.br

Lixo eletrônico vira instrumento de defesa do meio ambiente

Sucatas e entulhos de computadores velhos estão sendo retirados do lixo para um trabalho pioneiro, realizado por professores e alunos do curso de Robótica, do campus do Instituto Federal de Educação de Alagoas (Ifal), na cidade de Palmeira dos Índios. O grupo, formado também por 25 alunos de escolas públicas, aprendeu a recolher e reciclar o lixo para montagem e construção de robôs ecológicos. O projeto começou no final de 2011, sob a coordenação dos professores Emerson Lima e Leonardo Medeiros. As atividades fazem parte de um projeto aprovado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e têm como tema: “Robótica como Ferramenta Educativa e Inclusiva para a Comunidade de Palmeira de Fora”. A iniciativa ainda conta com a participação dos alunos Marília de Oliveira Belo e Hugo Telis, que ministram aulas como monitores nas dependências do campus. O professor Emerson Lima foi, inclusive, homenageado com a Comenda Científica Doutor Samuel Cunha Filho, oferecida pelo Núcleo Tecnológico do Agreste, pelos trabalhos em favor da ciência e tecnologia com Robótica no Instituto Federal de Alagoas. A homenagem ocorreu em abril do ano passado. A comenda é um reconhecimento do Núcleo Tecnológico a Samuel Cunha Filho, cientista pernambucano falecido em 2007 e que, dentre outras atividades, trabalhou para a Nasa, participando de projetos como o da Apollo 11, missão do homem na Lua, e Apollo 13. A comenda é entregue de quatro em quatro anos pela cientista brasileira na Nasa, doutora Rosaly Lopes, do Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, nos Estados Unidos. Rosaly é a única brasileira a conquistar, até o ano de 2005, a conceituada “Medalha Carl Sagan”, da prestigiada Sociedade Astronômica Americana. Inclusão tecnológica De acordo com o professor Emerson Lima, o projeto adotado em Palmeira dos Índios é voltado para alunos do 9º ano de escolas públicas da região. Ele revelou que o curso de Robótica inclui a entrega de um kit com blusa e uma pasta com material escolar com bloco de anotações, lápis, caneta e borracha. Grupo de estudantes de escolas públicas que participam do curso de robótica O professor-cientista Emerson Lima, que é especialista em construir robôs ecológicos, feitos com sucatas de material de informática, diz que os alunos aprendem conceitos de informática básica, iniciação à Robótica, programação virtual de robôs, além de montagem e programação em robôs utilizando kits educativos. “A robótica educativa promoverá um ambiente de aprendizagem onde os alunos poderão desenvolver a criatividade, o raciocínio e o conhecimento em diferentes áreas”, explica. Entusiasmo No início das aulas, os alunos estavam bastante entusiasmados com a oportunidade proporcionada pelo curso. A jovem Iolanda Araújo, aluna do Colégio Almeida Cavalcanti, não esconde a satisfação e afirma que pretende fazer o curso de eletrotécnica. “Com essa oportunidade, vou buscar um melhor aprendizado e conhecer mais os elementos da robótica”, declara a estudante. Por outro lado, o aluno Ruan Santos salienta que gosta de tecnologia e quer aprender algo que ele não vê na escola. A primeira etapa do projeto foi encerrada em outubro. A ideia é repetir o mesmo processo com outros alunos e tentar formar um grupo para participar de eventos pelo país afora e até no exterior. O grupo de Robótica é coordenado pelo professor Emerson Lima desde 2009, com a colaboração do professor Rodrigo Mero. Fazem e já fizeram parte do grupo, alunos dos cursos técnicos em informática, edificações, eletrotécnica e tecnológico em sistemas elétricos, num total de dez alunos. Atualmente, o grupo desenvolve três projetos de pesquisa envolvendo robótica, educação, prototipagem e educação física, além de um projeto de extensão com a comunidade de Palmeira de Fora. Professor Emerson Lima e a equipe que participa dos projetos de robótica Professores e alunos receberam o convite e participaram da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, com destaque nacional em reportagens do Jornal Hoje, Jornal da Record e TV Escola, tendo recebido o prêmio de Inovação Tecnológica da Empresa National Instruments, e sendo convidados a participar da Tenda Inovação durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, organizada pelo MCT no Rio de Janeiro. Após conquistar o cenário brasileiro, com as criações elaboradas pelos alunos sobre lixo tecnológico, agora eles vão mais além. Em agosto do ano passado, uma equipe do Ifal em Palmeira dos Índios participou do mais importante fórum juvenil científico do mundo, realizado anualmente em Londres, na Inglaterra. O convite foi feito após a participação dos alunos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo. Robô ensina a reciclar lixo Os responsáveis pelo projeto, intitulado "Reciclabot - um robô que ensina a reciclar lixo", João Neto, Marília Belo e Emanuel Araújo, tiveram a oportunidade de visitar museus científicos, indústrias, laboratórios e participar de palestras e conferências durante 15 dias de evento, organizado pelo London International Youth Science Forum (LYSF). O LYSF é o mais importante fórum juvenil científico do mundo, sendo organizado pelo Imperial College London, em parceria com o British Council e outras instituições. O Imperial College London, fundado em 1907, é considerada a terceira melhor universidade da Europa. O evento, elaborado desde 1959, reúne jovens cientista de mais de 50 países, em um encontro que envolve palestras, conferências, apresentação de trabalhos, demonstrações científicas e visitas a laboratórios, indústrias e museus científicos. “Participar de um evento desta magnitude é de grande importância para todos nós. Primeiramente para alunos que estão a um passo da universidade, além do contato com grandes cientistas do mundo, proporcionando uma aquisição de conhecimento e experiência sem igual”, comemora o professor Emerson Lima. A repercussão da participação do trio em um evento de grande porte já ecoa por todo o Nordeste. A troca de experiências despertou no alunado a vontade de dedicar-se ao estudo de pesquisa e extensão. “Isso traz mais jovens para o caminho da educação e mostra à sociedade que também se desenvolvem projetos de qualidade no interior de um estado pequeno como Alagoas. Assim, também esperamos que Instituto, Município e Estado possam, cada vez mais, se tornar parceiros de atividades que valorizam o espírito científico e a consciência ecológica e de defesa do meio ambiente nas pessoas”, completa Lima, revelando que são jogados na natureza mais de 20 milhões de toneladas de detritos, citando ele uma reportagem da revista Business Week. Acúmulo de lixo eletrônico tende a aumentar com redução da vida útil dos equipamentos Esse acúmulo tende a aumentar nos próximos anos. Segundo dados do Greenpeace, em 1997, a vida útil de um computador pessoal era de seis anos. Em 2005, passou para dois anos. O tempo diminui devido à corrida tecnológica, oferecendo riscos ao meio ambiente e às pessoas, uma vez que existem peças com substâncias tóxicas, como chumbo, níquel, arsênico e mercúrio, que ameaçam a água, o solo e o ar. Para este ano, o grupo está desenvolvendo vários projetos novos, dentre os quais um robô palestrante, utilizado para ensino de programação de computadores e um sistema automatizado para avaliação de atletas de karatê. O projeto “Reciclabot - um robô que ensina a reciclar o lixo" -, desenvolvido pelo Grupo de Robótica do Ifal do campus de Palmeira dos Índios, foi convidado para participação no evento pela Rede POC (Programa de Olimpíadas do Conhecimento) em função do rigor científico apresentado e pelo impacto social, por conta da defesa do meio ambiente e da promoção da consciência ambiental gerada nas pessoas que vivem na sociedade. http://www.tribunahoje.com

2012: o Ano da Energia Sustentável

Energia eólica cresce no Brasil impulsionada pela crise internacional. As Nações Unidas elegeu 2012 o Ano da Energia Sustentável Para Todos. No Brasil, a bola da vez é a energia eólica, que desde 2010 vem ampliando seu peso na matriz energética graças em boa parte ao investimento de grupos estrangeiros que aportaram no país após a crise na Europa e nos EUA. A meta do Governo Federal é mais do que duplicar a participação desse tipo de fonte dos atuais 1,1% para 2,3% até o fim do ano. Parece pouco, mas é um grande avanço pela rapidez da evolução. A energia eólica começou a ser utilizada no país em 2004, e a perspectiva do Ministério de Minas e Energia é que até 2020 ela responda por 6,7% do total produzido. Para o engenheiro mecânico Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica e presidente da Eólica Tecnologia, a perspectiva do governo ainda é tímida. Ele acredita que até 2020, a energia eólica possa representar 10% da matriz: “A energia eólica é hoje a fonte mais barata no Brasil. Não tem sentido a contratação de outra mais cara, o que geraria ônus para a população, por isso a tendência é a contratação desse tipo de fonte limpa”. Feitosa ressalta que uma conjunção de fatores naturais e econômicos tem estimulado o crescimento da participação da energia eólica no Brasil. O país, lembra ele, tem excelentes jazidas de vento e complementaridade entre o regime de vento e de água: os meses de secas nos rios são os que têm os melhores ventos. “Esses dois fatores são presentes divinos que nós tivemos”, ressalta. As jazidas de vento, de acordo com Feitosa, estão concentradas basicamente em cerca de 70% nos estados do Nordeste e 30% no Sul. Mas, como o sistema brasileiro é integrado, uma central eólica contribui para a geração de energia para todo o país. A chefe do Laboratório de Energia Eólica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Mila Avelino, explica que a implantação dos parques eólicos apresenta vantagens com relação à distribuição de energia: “A região costeira, além da vantagem de estar mais próxima dos centros de consumo e dos fornecedores de equipamentos, é favorecida, em termos de logística de distribuição de energia, pela infraestrutura disponível”. Além da contribuição da natureza, a economia também deu uma força para que o Brasil passasse a investir mais na energia eólica: câmbio favorável, incentivos fiscais e a crise internacional foram fatores que ajudaram a estimular o mercado de energias renováveis, que há dez anos buscava decolar no país. “Todo mundo falava que energia eólica era cara. Com a crise financeira no exterior, os custos de equipamentos diminuíram muito, principalmente o de turbinas eólicas. Assim, foi possível fazer com que a energia eólica competisse com todas as outras matrizes em termos de custo de geração de energia. E sem qualquer subsídio. Até mesmo em nível mundial, o preço da energia eólica no Brasil é o menor do planeta: cerca de R$ 100 por megawatts/hora (MWh)”, ressalta Feitosa. Atualmente, existem cerca de 5.300 MW (megawatts) em projetos eólicos autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mila acredita que a instalação, nos próximos anos, de cerca de 7 GW (gigawatts) de potência nova já contratada, aumente ainda mais o interesse de fabricantes e representantes de empresas estrangeiras especializadas em energia eólica em investir no Brasil: “Em uma década, temos potencial para virmos a ser o principal mercado de energia eólica da América Latina, com cerca de 30 GW de capacidade instalada”. No início do mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos na região Nordeste: quatro no Rio Grande do Norte e um na Bahia. Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 e integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o BNDES, os investimentos do país em energia eólica atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do banco. A exigência do BNDES, para aprovar um financiamento, de que 60% dos materiais sejam fabricados no Brasil forçou empresas estrangeiras fabricantes de turbinas eólicas a instalarem indústrias no país, o que têm promovido também um desenvolvimento industrial e tecnológico. “Os países que mais fazem promoção de energia limpa são os mais poluentes. Na Alemanha, por exemplo, 60% da matriz é carvão, já na Espanha 65% são combustíveis fosseis. Existiu na ultima década muita propaganda, mas todos têm uma matriz muito suja. O único país altamente limpo era, foi e será o Brasil”, aposta Feitosa. * Publicado originalmente no site Opinião e Notícia. (Opinião e Notícia)

Primeira operação da Bolsa Verde do Rio será negociar crédito de carbono emitido durante Rio+20

Rio de Janeiro – A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio), criada para negociar créditos de ativos ambientais, terá sua primeira operação durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a primeira transação será a negociação de créditos de carbono emitidos durante o encontro internacional, que ocorrerá em junho deste ano. “Já está sendo feito o cálculo e a primeira operação será na Rio+20, com empresas que vão comprar ações que comprovadamente abatem a totalidade das emissões geradas pela conferência, inclusive o transporte das delegações estrangeiras e todas as atividades”, disse Minc, em evento sobre a Rio+20 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Além de créditos sobre a emissão de gases de efeito estufa (créditos de carbono), a BVRio também negociará créditos para outros problemas ambientais, como o desmatamento e a emissão de poluição em corpos hídricos. A bolsa, criada no fim do ano passado, é uma entidade sem fins lucrativos que funcionará com o apoio da prefeitura do Rio e do governo fluminense. “A bolsa vai permitir que setores da economia que tenham custo mais alto para a redução das emissões comprem créditos de setores que tenham custos mais baixos”, disse Minc. O mercado de crédito de carbono foi proposto pelo Protocolo de Quioto, que previu metas de redução da emissão de gases de efeito estufa para empresas e governos. O mercado permite que empresas que não emitem ou emitem menos gases de efeito estufa coloquem à venda ações na bolsa de valores. Cada ação corresponde a um determinado volume de gases de efeito estufa que deixou de ser emitido. Empresas que emitem muitos gases de efeito estufa podem comprar essas ações para atingir as metas propostas, como se elas próprias estivessem cortando suas emissões. Segundo o secretário, durante a Rio+20, também será inaugurado o primeiro dos dois distritos verdes que serão criados no estado. O Distrito Verde tecnológico funcionará na Ilha de Bom Jesus, ao lado da Cidade Universitária do Rio, e terá espaço para a instalação de dez centros de pesquisas em tecnologia limpa. As duas primeiras empresas a se instalarem nesse distrito serão a L’Oreal e a GE. O segundo Distrito Verde – industrial – só será inaugurado depois da Rio+20 e funcionará na cidade de Itaguaí, na região metropolitana do Rio. “Serão empresas também ligadas à tecnologia limpa. Nesse caso, já estão interessadas [em se instalar] uma empresa chinesa ligada à energia eólica e uma espanhola que vai fazer equipamentos para energia solar, como painéis e conversores”, disse. * Publicado originalmente na Agência Brasil. (Agência Brasil)

Dor de cabeça do sorvete é causada por sistema de proteção do cérebro

Dor de cabeça súbita Cientistas apresentaram uma nova teoria para explicar a chamada "dor de cabeça do sorvete" - uma dor de cabeça súbita que ocorre quando tomamos algo muito gelado. Até agora a principal suposição envolvia o estímulo da substância gelada sobre o nervo trigêmeo, ou trigeminal, o maior nervo do crânio. Mas Jorge Serrador e seus colegas da Universidade Galway, na Irlanda, afirmam que a dor súbita ocorre por uma vasodilatação na artéria cerebral. Proteção do cérebro A explicação mais provável é que o corpo sente o frio excessivo e repentino e age imediatamente para tentar proteger o cérebro, aumentando o fluxo de sangue de forma a evitar a queda de sua temperatura. Os pesquisadores monitoraram o cérebro dos voluntários usando um exame chamado Doppler transcraniano, conforme eles sugavam água gelada por um canudo. Depois o procedimento foi repetido com água a temperatura ambiente. Os voluntários indicavam aos pesquisadores sempre que sentiam dor de cabeça súbita. Os resultados mostraram que a dor de cabeça do sorvete está sempre associada com a dilatação da artéria cerebral - assim que a artéria, que fica atrás dos olhos, volta à sua dimensão normal, a dor de cabeça cessa. Enxaqueca Como o crânio é um espaço limitado, o aumento repentino no fluxo de sangue eleva a pressão do cérebro, causando a dor. Os pesquisadores afirmam que o estudo fornece informações importantes para o estudo da enxaqueca e outros tipos de dores de cabeça, uma vez que podem estar ocorrendo processos similares de autodefesa do organismo. O estudo foi apresentado neste domingo durante o congresso Experimental Biology 2012, que está acontece até quarta-feira, em San Diego, nos Estados Unidos. http://www.diariodasaude.com.br

7º Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental ocorre na Unesc

A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) vai sediar o 7º Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental, que ocorre de domingo, dia 29, a terça-feira, dia 1º de maio, na universidade. Especialistas da área ambiental, alunos, professores, bem como profissionais ligados a empresas, órgãos ambientais e ONGs (Organizações Não Governamentais) poderão participar do Simpósio. A palestra de abertura terá como tema Os desafios científicos e tecnológicos diante das mudanças climáticas globais, com o geólogo Luiz Fernando Scheibe, também professor doutor da UFSC. O evento será às 19 horas de domingo, no Auditório Ruy Hülse, na Unesc. O evento tem o intuito de promover o intercâmbio entre os profissionais da engenharia ambiental e áreas afins, divulgar e incentivar a utilização da pesquisa para um melhor desenvolvimento e consolidação da profissão, bem como discutir iniciativas que visem à atualização da legislação, a conservação ambiental e a utilização dos recursos naturais. Para isso estão programadas palestras, mesas-redondas e minicursos, dentre outras atividades. Confira a programação completa. Acesse: http://www.temeventos.com/viisbea/index.php/programacao http://www.engeplus.com.br/0,,45182,7SimpiBrasileirde-Engenharia-Ambiental-re-na-Unesc-.html

domingo, 22 de abril de 2012

Dia da Terra: Porque você deve se preocupar com o mar

Hoje é o Dia da Terra, quando vários eventos pelo mundo são organizados para nos conscientizarmos sobre o meio-ambiente do nosso planeta. Um derramamento de óleo de 1969 em Santa Barbara, CA, EUA, inspirou o senador estadunidense Gaylord Nelson a criar o Dia da Terra para ser comemorado em 22 de abril de 1970. Naquele dia 22 milhões de pessoas aderiram na primeira celebração e a cada ano mais e mais pessoas o comemoram. Hoje estima-se mais de 500 milhões de pessoas em 175 países se envolvam nas campanhas de conscientização. No dia da Terra nós aqui do HypeScience gostaríamos paradoxalmente de dar ênfase no mar. Afinal somos um planeta azul. Temos dados sólidos de que nossos oceanos estão enfrentando mudanças que, sem a influência humana, poderiam levar milhões de anos para ocorrer: A acidificação de nossos oceanos em 300 milhões de anos nunca esteve tão acelerada. Com isso vamos perder organismos importantes que não conseguirão se adaptar tão rápido quanto a mudança do pH das águas e isto pode causar efeitos desastrosos em todo o ecossistema. A acidificação é causada pelas nossa poluição, pois os oceanos absorvem parte do dióxido de carbono que jogamos na atmosfera. A sobrepesca e está transformando nossos oceanos em um mar de peixinhos. Para cada tonelada de animais capturados para consumo humano com pesca industrial de arrasto 900kg são jogados novamente mortos no oceano. Portanto lembre-se que para você poder comprar um quilo de linguado na peixaria outros 9kg de animais foram desnecessarimanete mortos. O shark finning que está acabando com os maiores e mais antigos predadores dos oceanos, os tubarões, por causa da moda chinesa de fazer sopa exclusivamente de suas barbatanas. O animal é capturado, suas barbatanas são removidas enquanto ainda está vivo e ele é jogado para definhar no fundo do mar sem a capacidade de nadar. A imensa quantidade de lixo nos mares que envenena e mata incontáveis animais todos os dias. Nossos mares também sofrem outras ameaças humanas e dificilmente conseguiremos matar completamente os oceanos que nos deram a vida, mas causaremos muitos estragos. Antes de aniquilarmos ao planeta e a nós mesmos como conseqüência de nossos hábitos insustentáveis devemos descobrir maneiras de coexistir ao invés de destruir. http://hypescience.com

Aquíferos da América Latina correm risco de contaminação, diz Unesco

A América Latina está mais avançada do que outras regiões do mundo nos cuidados com suas águas subterrâneas, segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Entretanto, o órgão da ONU adverte para os riscos do aumento da população, da falta de políticas de gestão dos aquíferos, da contaminação ou da quantidade de poços sem controle. “Nesta região estão muito mais avançados do que em outras regiões. Mas isso não quer dizer que não se tem ainda que melhorar a situação”, disse Alice Aureli, encarregada do Programa Hidrológico Internacional da Unesco. “Na região há especialistas de altíssimo nível, mas também há situações onde ainda falta conhecimento e leis e capacidade de por em andamento o que é o desenvolvimento sustentável econômico e social de um país”, acrescentou Aureli, lembrando que cerca de 70% da água usada nas cidades é subterrânea. “É o recurso hídrico que todos utilizamos e do qual todos dependemos”, enfatizou, defendendo a importância de conscientizar em todos os níveis sobre a necessidade de preservar os aquíferos, com uma perspectiva de longo prazo. Governança – Aureli participa até esta sexta-feira (20), em Montevidéu, no Uruguai, da primeira consulta regional no âmbito do Projeto Governança de Águas subterrâneas, desenvolvido pela Unesco junto com o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), a Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Associação Internacional de Hidrogeólogos (AIH) e o Banco Mundial (Bird). A especialista avaliou que em questão de risco, o aumento da população é mais importante do que a mudança climática, mas é preciso somar também a contaminação, a falta de políticas de gestão das águas subterrâneas e a quantidade de poços, muitos sem nenhum tipo de controle. “É um problema muito complexo porque o acesso à água não pode ser caro”, afirmou Aureli. “Se a pessoa que precisa de recursos hídricos antes de pensar em si próprio pensa em como o que está fazendo pode prejudicar seu entorno, as coisas mudariam. As leis não servem para mudar o mundo. Um usuário que queira esconder um poço o fará, sempre. (…) Quando se compreenda que se compartilha, os benefícios afinal são maiores, as coisas irão melhor, mas não estamos lá ainda, falta muito”. A contaminação é mais difícil de detectar no caso das águas subterrâneas e também é maior o tempo para se recuperar o aquífero, se for possível fazê-lo. “O perigo é muito maior”, assegurou, destacando que “é muito difícil descontaminar um aquífero”. Tema central de discussão na Rio+20 – Aureli destacou um exemplo bem sucedido no Chile, no qual diante do esgotamento de alguns aquíferos começou-se a trabalhar com os usuários até o nível governamental. Mas “também é um exemplo que nos diz outra vez até que o homem não enfrente um problema, não procura um remédio. Não precisamos chegar a situações de aquíferos já comprometidos para começar a aprovar legislações ou tentar remediar o problema. Há países onde os aquíferos ainda não têm problemas mas se não os estudamos, não os gerirmos, os problemas virão dentro de 10 ou 20 anos”, alertou. Segundo a alta funcionária da Unesco, apesar da importância das águas subterrâneas, o tema não terá destaque na conferência sobre sustentabilidade Rio+20, que será celebrada em meados do ano. “Fala-se de ‘green economy’ (nr: economia verde), mas (…) sem uma sociedade que se comprometeu e age na defesa de valores ambientais, nunca se alcançará a economia sustentável para o futuro e para todo mundo”, acrescentou. O encontro em Montevidéu é o primeiro de cinco que serão celebrados em Quênia, Jordânia, China e Holanda entre 2012 e 2013. (Fonte: G1)

África tem reservas subterrâneas gigantes de água, dizem cientistas

Cientistas dizem que o continente africano, conhecido pelo clima seco, tem enormes reservas subterrâneas de água. No mais completo mapa já feito da escala e distribuição da água existente embaixo do deserto do Saara e em outras partes da África, os especialistas dizem que esses reservatórios subterrâneos poderiam fornecer água suficiente para o consumo e agricultura em todo o continente, mas admitem que o processo de extração pode ser complexo. O trabalho, publicado na revista científica “Environmental Research Letters”, diz ainda que muitos dos antigos aquíferos africanos foram preenchidos pela última vez 5 mil anos atrás. Escassez – Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas na África não tenham acesso a água potável e a demanda deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas, devido ao crescimento populacional e à necessidade de irrigação para plantações. Rios e lagos estão sujeitos a enchentes e secas sazonais, que podem limitar a disponibilidade da água. Atualmente, apenas 5% das terras cultiváveis africanas são irrigadas. Agora, os cientistas da British Geological Survey (BGS) e da University College London (UCL) esperam que o novo mapeamento chame atenção para o potencial dos reservatórios subterrâneos. “As maiores reservas de água subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade”, diz Helen Bonsor, da BGS. “A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme”. Estratégia – Devido a mudanças climáticas que transformaram o Saara em um deserto ao longo dos séculos, muitos dos aquíferos subterrâneos receberam água pela última vez há mais de 5 mil anos. Os cientistas basearam suas análises em mapas de governos dos países africanos, assim como em 283 estudos de aquíferos. Eles afirmam que muitas das nações que enfrentam escassez de água têm, na verdade, reservas consideráveis embaixo do solo. No entanto, os pesquisadores alertam que a perfuração de poços tubulares profundos pode não ser a melhor maneira de extrair a água, já que poderiam esgotar a fonte rapidamente. “Poços profundos não devem ser perfurados sem que haja um conhecimento detalhado das condições das reservas locais. Poços simples e bombas manuais, desenvolvidos de forma cuidadosa e nos locais certos, têm mais chance de ser bem-sucedidos”, disse à BBC Alan McDonald, principal autor do estudo. Helen Bonsor concorda que meios de extração mais lentos podem ser mais eficientes. “Muitos aquíferos de baixo volume estão presentes na África subsaariana. No entanto, nosso trabalho mostra que, com exploração e construção cuidadosas, há água subterrânea suficiente na África para fins de consumo e irrigação comunitária”, diz ela, acrescentando que as reservas poderiam contrabalançar os problemas causados pela mudança climática. “Mesmo nos menores aquíferos em áreas semi-áridas, com baixíssimo índice de chuvas, as reservas subterrâneas ainda durariam algo entre 20 e 70 anos”, afirma Bonsor. “Então, nos índices atuais de extração para consumo e irrigação em pequena escala, os reservatórios fornecem e continuarão a fornecer proteção contra as variações do clima”. (Fonte: G1)

Brasil quer produzir células-tronco em escala comercial

Tecnologia celular O Ministério da Saúde vai investir R$ 15 milhões em terapia celular em 2012. A maior parte do recurso - R$ 8 milhões - será voltada para concluir a estruturação de oito Centros de Terapia Celular, que ficarão responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células-tronco. Atualmente, grande parte dos insumos utilizados nas pesquisas com células-tronco realizadas no Brasil é importada. "O objetivo é incentivar a independência tecnológica do País e proporcionar autonomia produtiva e know-how numa das áreas mais inovadoras da saúde", explicou o ministro Alexandre Padilha. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de pesquisa abertos ainda este ano. Pesquisas com células-tronco Com esta ação, o governo quer buscar o uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações ou tratamentos da esclerose múltipla - todos "tratamentos" ainda em fase de pesquisa. A terapia celular ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina brasileiro, e seu uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas. A exceção é o uso das células-tronco derivadas da medula óssea humana, que já vêm sendo empregadas com sucesso no tratamento de pacientes com doenças hematológicas, como leucemias e anemias. "O know-how de produção de suas próprias células-tronco, embrionárias e adultas, vai baratear as pesquisas na área e possibilitar a produção em escala para uso comercial", explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Carlos Gadelha. "A intenção é tornar esses centros aptos a subsidiar hospitais públicos e privados na recuperação de órgãos de pacientes", afirma o secretário. Centros de Tecnologia Celular Os oito Centros de Tecnologia Celular estão localizados em sete municípios do país: três na Universidade de São Paulo na capital paulista (USP), um na USP de Ribeirão Preto, um na Universidade do Rio Grande do Sul, um na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, um no Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro e um no Hospital San Rafael, em Salvador. Três deles já estão em atividade - o de Curitiba, o de Salvador e o de Ribeirão Preto -, com recursos do Ministério da Saúde. Os outros cinco estão em fase de construção. O mais avançado é o da PUC-Paraná, que tem pesquisas concluídas, já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa para ampliar a produção para escala comercial. Células-tronco para o coração e diabetes O Centro já deu suporte a cinco pesquisas clínicas envolvendo 80 pacientes cardíacos. O centro já começou a produzir célula-tronco para uso em cartilagem, os chamados condrócitos, e aguarda liberação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para realizar pesquisas envolvendo a regeneração de articulações de joelho e do quadril. A USP Ribeirão Preto está desenvolvendo pesquisas na área de diabetes. No Hospital San Rafael, em Salvador, os estudos são em traumatismo de medula óssea e fígado. Redação do Diário da Saúde

Descobertos novos efeitos da aspirina

Salgueiro Cientistas descobriram uma nova forma de atuação da aspirina no corpo humano. Depois de digerida, a aspirina se decompõe em salicilato, um composto encontrado na casca do salgueiro, que tem sido utilizado como medicamento desde o tempo de Hipócrates. Simon Hawley e seus colegas da Escócia, Austrália e Canadá agora descobriram que altas concentrações de salicilato ativam a enzima AMPK. Aspirina e diabetes A enzima AMPK é considerada um medidor de combustível celular, sendo ligada por exercícios físicos ou pela metformina, medicamento comumente usado contra o diabetes. Como monitora o armazenamento de energia pelas células, ela regula uma variedade de processos importantes, incluindo o crescimento celular e o metabolismo. Estudos anteriores sugerem que a ativação da AMPK pode ser um tratamento eficaz contra o câncer diabetes e outras doenças. Hawley e colegas verificam que, em camundongos sem a AMPK, alguns, mas não todos, os efeitos benéficos de altas doses de salicilato sobre o metabolismo desapareceram. "Nós mostramos que o salicilato aumenta a queima de gordura e reduz a gordura hepática em ratos obesos, e que isso não ocorre em camundongos geneticamente modificados que não possuem a subunidade beta 1 da AMPK,", disse ele. Efeitos benéficos da aspirina Eles puderam então descrever o mecanismo molecular preciso pelo qual o salicilato ativa a AMPK. "Nós demonstramos que, ao contrário dos exercícios ou da metformina, que aumentam a atividade da AMPK alterando o equilíbrio energético das células, os efeitos do salicilato são totalmente dependentes de um único aminoácido Ser108, da subunidade beta 1," conta o pesquisador. Isso sugere que alguns dos efeitos benéficos da aspirina, envolvendo o metabolismo - ou seja, separado de seus efeitos analgésicos - podem se dar a partir da ativação da AMPK. Salicilato Essas descobertas são importantes porque está em andamento um grande ensaio clínico testando se o salsalato, um derivado da aspirina, pode prevenir o diabetes tipo 2. No entanto, estudos adicionais serão necessários, já que as concentrações de salicilato usadas neste estudo foram maiores, por exemplo, do que as doses testadas para avaliar os efeitos da aspirina contra o câncer. Redação do Diário da Saúde

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Coração artificial brasileiro começará a ser testado

Coração brasileiro Corações artificiais desenvolvidos no Brasil devem começar a ser testados em seres humanos dentro de dois meses. Pacientes da fila de espera do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, serão os primeiros a receber o equipamento. Segundo o instituto, cada coração artificial custará por volta de R$60.000,00. Coração auxiliar O coração artificial não é definitivo e não substituirá o órgão natural. Ele funciona como um auxiliar ao coração do paciente. Seu objetivo é estabilizar a função cardiológica do doente, dando-lhe uma sobrevida para que ele aguarde pelo transplante do órgão. O aparelho é indicado para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico. O projeto de desenvolvimento do aparelho começou em 1998 e foi idealizado pelo engenheiro Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo centro de bioengenharia do instituto. "A gente criou um dispositivo para ser um auxiliar ao coração porque, se o aparelho falhar, o paciente ainda terá o seu coração funcionando e terá tempo de ser socorrido", diz Andrade. Coração externo A pesquisa foi liberada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início dos testes em humanos. O primeiro teste clínico em humanos será realizado em dez pacientes. O coração artificial foi feito para ser implantado no paciente e conectado ao coração natural. Ele funciona com uma bateria que fica presa ao corpo, do lado de fora. Os primeiros pacientes, no entanto, não terão o aparelho implantado. Por questões de segurança, eles ficarão internados e o dispositivo ficará preso do lado de fora do corpo para poder ser monitorado pela equipe. Os testes deverão durar dois meses. http://www.diariodasaude.com.br

Medicamento para tratar derrame passa a ser fornecido pelo SUS

Alteplase O Alteplase, medicamento usado para o tratamento de emergência de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico - ou derrame - passou a fazer parte da lista de medicamentos disponibilizados pela rede pública de saúde. O medicamento já é usado por hospitais da rede particular para estes casos, e pelo sistema público para casos de infarto agudo do miocárdio. Em fevereiro, decisão da Justiça Federal havia determinado que o Sistema Único de Saúde (SUS) passasse a disponibilizar o medicamento, e deu prazo de 30 dias para que o Ministério da Saúde tomasse as providências. Na ação que originou a decisão, o Ministério Público Federal (MPF) disse que vem solicitando desde 2009 explicações do Ministério da Saúde sobre por que o Alteplase não é fornecido pela rede pública. Em casos de AVC isquêmico, quando uma obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue. Procedimentos para atendimento de AVC Os hospitais deverão solicitar o credenciamento do medicamento às secretarias de Saúde nos estados, que encaminharão a demanda para autorização do Ministério da Saúde. Para o credenciamento, os hospitais deverão disponibilizar um conjunto de procedimentos destinados ao tratamento desses pacientes, desde o atendimento básico, com a aplicação do medicamento, até a oferta de leitos e a infraestrutura para a reabilitação. Em casos de AVC isquêmico, quando a obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue. 170 mil beneficiados De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o AVC é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. Com base nas informações do DataSUS, de 2005 a 2009, foram registrados no Brasil cerca de 170 mil internações por AVC ao ano, com um percentual de óbitos de 17%. Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo esse último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos. A aterosclerose de pequenas e grandes artérias cerebrais é responsável pela maioria dos AVCs, sejam hemorrágicos ou isquêmicos. http://www.diariodasaude.com.br

Médicos querem aprender como diagnosticar anencefalia do feto

Aprender a diagnosticar Após decisão do Supremo Tribunal Federal, de autorizar o aborto por anencefalia do feto, o Conselho Federal de Medicina anunciou a criação de uma comissão para definir os critérios de diagnóstico da condição. O trabalho da comissão deve ser concluído em 60 dias. Segundo a entidade, é preciso definir os critérios médicos para o diagnóstico da malformação. A decisão final sempre caberá à mulher, mas presume-se que estas recebam uma avaliação segura do médico a respeito da condição de seu bebê. O problema é que, para isso, segundo o Conselho Federal de Medicina, será necessário voltar aos livros, consultando a "literatura médica" a respeito do assunto. Segurança Segundo o CFM, a ideia é que, com o estabelecimento desses pontos, "os médicos tenham mais segurança" para o diagnóstico dos casos, "facilitando a interrupção mais precoce de gestações". A nota da entidade não se refere à segurança das mães para tomar uma decisão com base em um diagnóstico médico que sempre se crê essencialmente acertado e confiável - mas que não está de forma alguma garantido nestes casos, como demonstra a necessidade de criação de uma comissão que trabalhará durante dois meses sobre a questão. Farão parte da Comissão representantes do próprio CFM, das sociedades médicas de pediatria, neurologia, ginecologia e obstetrícia, do Ministério da Saúde, além de especialistas em ultrassonografia fetal. Também poderão dar suas contribuições especialistas de algumas das principais universidades e escolas médicas do país. De volta aos livros Segundo a entidade, a definição dos critérios para o diagnóstico da anencefalia fetal "deverão se inspirar na análise de extensa literatura técnica, de dados científicos e na experiência da prática médica". "Com o estabelecimento desses critérios, os médicos terão mais segurança para o diagnóstico destes casos, facilitando a interrupção mais precoce de gestações, em coerência com a decisão das mulheres que se enquadrem nestas circunstâncias," afirmou o CFM em nota à imprensa. Na realidade, é a decisão das mães que deverá ser tomada em coerência com o diagnóstico médico, uma vez que apenas no caso de anencefalias reais é que o aborto estará ao abrigo da Justiça. http://www.diariodasaude.com.br

Projeto florestal no Brasil recebe 1º certificado de carbono

A Organização das Nações Unidas emitiu 4,1 milhões de créditos de carbono na sexta-feira para um projeto de reflorestamento no Brasil, o que fez dele o primeiro projeto florestal no mundo a receber Certificados de Reduções de Emissões temporários (tCERs, em inglês), informou o Banco Mundial. O Fundo BioCarbon, um fundo público-privado administrado pelo Banco Mundial, vai comprar os créditos de carbono em nome de seus participantes, que incluem alguns governos europeus e grandes companhias emissoras de gases estufa em países como Japão. Certificados de Reduções de Emissões temporários são emitidos a participantes em projetos de reflorestamento enquadrados sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, em inglês) da ONU para representar a não permanência desses tipos de atividades. Há pouca demanda por esses créditos devido ao fato de expirarem no fim do período de compromisso de Kyoto no qual foram emitidos e precisarem ser substituídos no registro do UNFCC (Diretrizes para a Convenção sobre Mudança Climática as Nações Unidas) por outros créditos. O projeto Plantar gera CERs para reduções de emissões produzidas a partir do corte no uso de combustíveis fósseis na indústria de ferro e aço do Brasil e com o uso de plantações de eucalipto como escoadouros de carbono. O projeto de reflorestamento, que tem sido apoiado por fundos do Banco Mundial desde 2001, enfrentou uma longa jornada antes de alcançar a fase de emissão de certificados. “Temos trabalhado com o grupo Plantar por uma década e o fato de que eles são a primeira companhia no mundo a gerar tCERs é um testumunho à inovação e dedicação deles”, disse Joelle Chassard, do Banco Mundial. Após vários atrasos no processo de registro junto ao CDM, o projeto recebeu aprovação da ONU em setembro de 2010. (Fonte: Portal iG)

Espécie de arara pode entrar em extinção na Caatinga, diz estudo

Um alerta que vem da Caatinga, bioma brasileiro que abrange todos os estados do Nordeste e parte de Minas Gerais: a arara-maracanã-verdadeira (Ara maracana) pode entrar em extinção na região devido ao desmatamento e ao comércio ilegal de animais. A espécie, que já é classificada como vulnerável na natureza pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), sofre com o avanço da devastação da vegetação e com a caça predatória, que foca principalmente nos filhotes de aves, vendidos em feiras clandestinamente. Esse é o resultado de um estudo feito entre 2009 e 2011, liderado pelo pesquisador Mauro Pichorim, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A redução da vegetação, principalmente da quantidade de mulungus, árvore típica do bioma, afetaria a reprodução da espécie. “A reprodução dessas aves é feita dentro do tronco oco do mulungu. Entretanto, essa vegetação tem sido derrubada devido ao aumento da atividade pecuária”, disse o professor da UFRN. Dados divulgados no ano passado pelo ministério do Meio Ambiente mostram que a Caatinga já perdeu quase 46% de sua vegetação original. Mais de 376 mil km² foram destruídos, de uma área original de 826.411 km². Distribuição pelo país – De acordo com Pichorim, essa espécie, que pertence à família dos papagaios, era possível ser encontrada em quase todos os estados brasileiros. Mas desde a década de 1970, de acordo com o estudo, não há notícias de exemplares da arara-maracanã-verdadeira no Sul e foi constatada a redução de animais no Sudeste. Já no Nordeste, restariam aproximadamente 500 indivíduos, sendo que cerca de 50 estariam na região da Serra de Santana (RN). O levantamento foi feito pela equipe da UFRN, com apoio da Fundação Boticário. Plano de conservação – O trabalho sugere a criação de um plano de conservação que contaria com ações de fiscalização na região para combater o comércio ilegal e o desmate nas áreas consideradas importantes para a espécie. “A proposta inicial abrangeria a região da Serra de Santana. Queremos focar nesta área e depois expandir para o restante do bioma”, disse o professor. O projeto do plano, segundo ele, já foi entregue para a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) do RN e será apresentada também ao ministério do Meio Ambiente. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

2012: o Ano da Energia Sustentável

Energia eólica cresce no Brasil impulsionada pela crise internacional. As Nações Unidas elegeu 2012 o Ano da Energia Sustentável Para Todos. No Brasil, a bola da vez é a energia eólica, que desde 2010 vem ampliando seu peso na matriz energética graças em boa parte ao investimento de grupos estrangeiros que aportaram no país após a crise na Europa e nos EUA. A meta do Governo Federal é mais do que duplicar a participação desse tipo de fonte dos atuais 1,1% para 2,3% até o fim do ano. Parece pouco, mas é um grande avanço pela rapidez da evolução. A energia eólica começou a ser utilizada no país em 2004, e a perspectiva do Ministério de Minas e Energia é que até 2020 ela responda por 6,7% do total produzido. Para o engenheiro mecânico Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica e presidente da Eólica Tecnologia, a perspectiva do governo ainda é tímida. Ele acredita que até 2020, a energia eólica possa representar 10% da matriz: “A energia eólica é hoje a fonte mais barata no Brasil. Não tem sentido a contratação de outra mais cara, o que geraria ônus para a população, por isso a tendência é a contratação desse tipo de fonte limpa”. Feitosa ressalta que uma conjunção de fatores naturais e econômicos tem estimulado o crescimento da participação da energia eólica no Brasil. O país, lembra ele, tem excelentes jazidas de vento e complementaridade entre o regime de vento e de água: os meses de secas nos rios são os que têm os melhores ventos. “Esses dois fatores são presentes divinos que nós tivemos”, ressalta. As jazidas de vento, de acordo com Feitosa, estão concentradas basicamente em cerca de 70% nos estados do Nordeste e 30% no Sul. Mas, como o sistema brasileiro é integrado, uma central eólica contribui para a geração de energia para todo o país. A chefe do Laboratório de Energia Eólica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Mila Avelino, explica que a implantação dos parques eólicos apresenta vantagens com relação à distribuição de energia: “A região costeira, além da vantagem de estar mais próxima dos centros de consumo e dos fornecedores de equipamentos, é favorecida, em termos de logística de distribuição de energia, pela infraestrutura disponível”. Além da contribuição da natureza, a economia também deu uma força para que o Brasil passasse a investir mais na energia eólica: câmbio favorável, incentivos fiscais e a crise internacional foram fatores que ajudaram a estimular o mercado de energias renováveis, que há dez anos buscava decolar no país. “Todo mundo falava que energia eólica era cara. Com a crise financeira no exterior, os custos de equipamentos diminuíram muito, principalmente o de turbinas eólicas. Assim, foi possível fazer com que a energia eólica competisse com todas as outras matrizes em termos de custo de geração de energia. E sem qualquer subsídio. Até mesmo em nível mundial, o preço da energia eólica no Brasil é o menor do planeta: cerca de R$ 100 por megawatts/hora (MWh)”, ressalta Feitosa. Atualmente, existem cerca de 5.300 MW (megawatts) em projetos eólicos autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mila acredita que a instalação, nos próximos anos, de cerca de 7 GW (gigawatts) de potência nova já contratada, aumente ainda mais o interesse de fabricantes e representantes de empresas estrangeiras especializadas em energia eólica em investir no Brasil: “Em uma década, temos potencial para virmos a ser o principal mercado de energia eólica da América Latina, com cerca de 30 GW de capacidade instalada”. No início do mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos na região Nordeste: quatro no Rio Grande do Norte e um na Bahia. Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 e integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o BNDES, os investimentos do país em energia eólica atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do banco. A exigência do BNDES, para aprovar um financiamento, de que 60% dos materiais sejam fabricados no Brasil forçou empresas estrangeiras fabricantes de turbinas eólicas a instalarem indústrias no país, o que têm promovido também um desenvolvimento industrial e tecnológico. “Os países que mais fazem promoção de energia limpa são os mais poluentes. Na Alemanha, por exemplo, 60% da matriz é carvão, já na Espanha 65% são combustíveis fosseis. Existiu na ultima década muita propaganda, mas todos têm uma matriz muito suja. O único país altamente limpo era, foi e será o Brasil”, aposta Feitosa. * Publicado originalmente no site Opinião e Notícia. (Opinião e Notícia)

Ambientalistas querem rei da Espanha fora da WWF após caçada de elefantes

Uma petição on-line com mais de 70 mil assinaturas exige que o rei da Espanha, Juan Carlos, 74, deixe a presidência de honra do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) espanhol, após a revelação de uma viagem do monarca à Botsuana, na África, para caçar elefantes. O caso veio a tona após Juan Carlos se acidentar na viagem, na última sexta-feira. Ele fraturou o quadril durante a caçada e teve de retornar à Espanha às pressas para passar por uma cirurgia. Muitos jornais e canais de televisão divulgaram uma imagem do rei posando com uma arma ao lado de um elefante morto em 2006, numa viagem ao país. Angel Villamor, cirurgião responsável, disse que o rei tem previsão de alta nesta semana. “O rei continua com um programa de reabilitação intensivo. A fisioterapia segue satisfatoriamente. Ele consegue levantar e sentar por conta própria”, afirmou o hospital San Jose, em nota. Posicionamento - Após receber centenas de mensagens via redes sociais sobre o caso, o secretário-geral do WWF na Espanha, Juan Carlos del Olmo, publicou na segunda-feira (16) no site da ONG uma carta solicitando uma reunião com a Casa Real. Abaixo, a tradução: “Escrevo para transmitir o profundo mal-estar e a preocupação do WWF pelos últimos acontecimentos relacionados com a participação do rei em uma caçada de elefantes na África, o que provocou uma enorme rejeição entre nossos sócios e a opinião pública, em geral contrária à caça de elefantes, mesmo quando esta é realizada de forma legal. Parte dessas manifestações solicita que o rei não continue mais ostentando o título de presidente de honra da WWF espanhola. Esse acontecimento mundialmente conhecido implica em um grave prejuízo à credibilidade da WWF e ao trabalho árduo que tem sido desenvolvido ao longo de 50 anos para a proteção dos elefantes e de outras espécies. Dessa forma, considero urgente a realização de uma reunião para analisar a situação e dar uma resposta a essas pessoas.” Críticas generalizadas – Além dos ambientalistas, políticos e jornais espanhóis também atacaram o rei por sua viagem, considerada extravagante em tempos de recessão, com o país sofrendo pelo alto nível de desemprego e submetido a medidas de austeridade dolorosas. Alguns comentaristas pedem que ele se desculpe ou até mesmo abdique, deixando o trono para seu filho, Felipe. “Foi uma viagem irresponsável, no pior momento possível”, afirmou o jornal “El Mundo” em editorial. “A imagem de um monarca caçando elefantes na África num momento em que crise econômica cria tantos problemas para os espanhóis é um exemplo muito ruim”, emendou. Tomas Gomez, líder do partido socialista, disse à imprensa que o rei “precisa escolher entre as obrigações públicas, ou uma abdicação que o permitira aproveitar a vida de modo diferente”. Juan Carlos, que supervisionou a transição do país para a democracia, ganhou o respeito de muitos espanhóis em 1981, quando ele condenou publicamente uma tentativa de golpe militar. Recentemente, sua família foi alvo de críticas quando seu genro, Inaki Urdangarin, foi processado por fraude e peculato. Na última semana, o neto de 13 anos do rei se machucou ao atirar no próprio pé e levantou questionamentos sobre o uso de uma arma por um menor de idade. (Fonte: Luis Corvini/ Folha.com)

Programa Patentes Verdes acelera registros de inovações relacionadas a tecnologias limpas

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) deu início na terça-feira (17) ao programa piloto Patentes Verdes, cujo obetivo é reduzir o tempo de espera do registro de patentes que apresentem tecnologias que diminuam os efeitos das mudanças climáticas globais. A ideia é acelerar o exame desses pedidos de patentes, de modo a reduzir o tempo de espera dos atuais cinco anos e quatro meses para dois anos. São consideradas patentes verdes as tecnologias referentes a energias alternativas, transportes, conservação de energia, gerenciamento de resíduos e agricultura. Nesse piloto, só participarão, inicialmente, depósitos de patentes nacionais, de residentes ou não residentes no país, cujos pedidos deram entrada no Inpi a partir do dia 2 de janeiro de 2011. Os requerentes já podem preencher o formulário, obtido na página do Inpi na internet a partir de hoje, solicitando a participação no programa e publicação antecipada. Segundo o gerente adjunto do Patentes Verdes, Douglas Santos, uma comissão integrada por técnicos do programa fará uma avaliação da documentação e verificará se o pedido atende aos critérios exigidos. O programa piloto englobará os 500 primeiros pedidos validados pela comissão técnica do Inpi como patentes verdes. “Ele vai para o exame e segue o trâmite normal de avaliação de atividade inventiva, de novidade”, esclareceu Santos. De acordo com ele, o mais importante é que a parte da tecnologia se enquadre dentro das chamadas tecnologias limpas. “Aí, sim, ele tem um assento na fila para o exame acelerado. O tempo de espera dele será mais curto”. De acordo com o Inpi, o programa atende a dois objetivos: identificar as tecnologias verdes e estimular o seu licenciamento, de maneira a levar a inovação para quem precisa dessa ferramenta. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)

Saúde investirá R$ 15 milhões em pesquisas de células-tronco em 2012

O Ministério da Saúde pretende investir R$ 15 milhões em pesquisas com células-tronco ao longo de 2012. A ideia é aumentar o uso da tecnologia no tratamento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) contra doenças específicas, como a esclerose múltipla. Uma parte do dinheiro – R$ 8 milhões – será usada para terminar a estruturação de oito centros de pesquisa na área espalhados pelo Brasil. Três já estão em funcionamento – um em Curitiba, um em Salvador e outro em Ribeirão Preto (SP) – e outros cinco ainda serão concluídos – um em Porto Alegre, um no Rio de Janeiro e três em São Paulo. O restante dos recursos – R$ 7 milhões – será investido em editais de pesquisa que devem ser abertos ainda em 2012. O anúncio do investimento foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante uma reunião com pesquisadores, em Brasília. “O objetivo é incentivar a independência tecnológica do país e proporcionar autonomia produtiva e ‘know how’ em uma das áreas mais inovadoras da saúde”, disse Padilha, citado em material divulgado pelo Ministério. (Fonte: G1)

Basta vontade política para atingir 100% de energia renovável até 2050, diz estudo

Caso haja vontade política, até 2050 toda a energia consumida no planeta poderá ser originada de fontes renováveis, segundo estima um estudo norte-americano, publicado no Energy Policy. Segundo os autores, toda geração de energia poderia ser suprida por energias renováveis até 2030 e, vinte anos depois, todo o consumo pré-existente também. A conclusão é mais otimista do que a divulgada em 2011 em um relatório da WWF, que estimou o atendimento de 95% da demanda por essas fontes de energia em 2050, meta já considerada ambiciosa à época. Para tanto, seriam necessários a construção de cerca de quatro milhões de turbinas eólicas de 5 MW, 1,7 bilhão de sistemas solares fotovoltaicos, e 90 mil plantas solares de 300 MW. Para se ter ideia, existe atualmente apenas 1% da energia eólica que a demanda pede e um pouco menos do que isso em energia solar. O estudo objetiva demonstrar, segundo um dos autores, Mark Delucchi, que viver em um mundo movido a energia renovável é possível, sendo que esta supriria a demanda indefinidamente a partir de 2050. Delucchi, da Universidade de Stanford, e seu colega Mark Jacobson, da Universidade da Califórnia-Davis, deram ênfase em fontes eólica, solar, ondas do mar e geotérmicas de energia. Os pesquisadores não incluíram no estudo a biomassa, devido à poluição e questões de uso da terra, nem a energia nuclear, responsável por 6% da energia planetária no momento. Eles deixaram de lado também os combustíveis fósseis, que representam, atualmente, 80% do fornecimento mundial de energia. Segundo eles, os veículos automotivos, por exemplo, podem ser movidos a eletricidade ou hidrogênio. Concretização Mais do que vontade política, a realização do cenário construído pelos norte-americanos são os investimentos. Embora já tenham sido construídas turbinas eólicas com potência de 5MW na Alemanha e na China, a maioria das turbinas atuais tem de duas a três vezes menos capacidade que a necessária. As plantas solares também são parcamente utilizadas – existem menos de dez com as características propostas pelos autores (misto de fotovoltaicas e de energia solar concentrada). Os pesquisadores garantem que os principais recursos (dinheiro e tecnologia) estão disponíveis, e que o único gargalo está na obtenção de materiais de terras raras, como o neodímio, usado frequentemente na fabricação de magnetos. O problema seria superado caso a mineração fosse ampliada em cerca de cinco vezes, houvesse processos de reciclagem destes materiais, ou fossem criadas novas tecnologias que evitassem o uso de terras raras. “Nós realmente precisamos decidir coletivamente qual a direção que a nossa sociedade quer seguir”, enfatizou Jacobson a Stanford. * Publicado originalmente no EcoD. (EcoD)