Anfetaminas
Depois de muitas discussões e adiamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu banir do mercado os remédios para emagrecer à base de anfetaminas.
Outra categoria de medicamentos que estava em discussão - os emagrecedores à base de sibutramina - será mantida, mas com o uso sofrendo restrições.
O banimento dos inibidores de apetite anfetamínicos - anfepramona, femproporex e mazindol - foram baseados em estudos internacionais que constataram a baixa eficácia desses medicamentos na perda de peso e os grandes riscos à segurança dos pacientes.
Riscos maiores que benefícios
Para Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa e proponente do banimento, os benefícios são compensam os riscos desses medicamentos.
Os registros dos produtos comercializados no Brasil serão cancelados e os médicos estão proibidos de prescrevê-los.
Segundo a Anvisa, "para que os pacientes tenham tempo de readequar o tratamento", as farmácias terão dois meses para retirar os estoques das prateleiras, período no qual os medicamentos poderão continuar sendo vendidos.
Sibutramina
A sibutramina poderá continuar a ser usada para o tratamento de obesidade desde que o paciente apresente sobrepeso significativo e não sofra de problemas cardíacos.
O paciente e o médico terão de assinar termo de responsabilidade sobre os riscos do medicamento à saúde.
Barbano argumentou que, ao contrário dos anfetamínicos, os estudos mostram que o remédio ajuda a reduzir o peso e que é possível minimizar os prejuízos à saúde do paciente que ele causa, na forma de efeitos colaterais.
Essa decisão difere daquilo que foi considerado válido como "evidências científicas" pelas autoridades de outros países, onde a sibutramina também já foi banida.
"Se vários países tiraram [do mercado] com base em evidências científicas, não podemos ignorar essas evidências. Se eles têm cuidado com as populações deles, temos também que ter com a nossa. Essa substâncias devem ser retiradas nos mesmos moldes das outras [anfetamínicos]", defendeu o diretor da Anvisa Agenor Álvares, que foi voto vencido na decisão.
Redação do Diário da Saúde
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