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domingo, 28 de junho de 2015

Sabe a camisinha que detecta doenças sexualmente transmissíveis? Então…

Talvez você já tenha lido pela internet afora uma notícia sobre estudantes de ensino médio no Reino Unido que criaram um preservativo que muda de cor quando entra em contato com patógenos que causam doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou herpes. Se você passou do primeiro parágrafo, percebeu que eles na verdade não criaram nada, e sim estão apenas “na fase conceitual” ainda. A ideia que tiveram foi de fabricar um preservativo chamado de “S.T.EYE” embebido em moléculas que se ligam a bactérias e vírus específicos. Estas moléculas, então, fariam o preservativo brilhar em diferentes cores sob pouca luz, dependendo dos agentes patogênicos presentes: verde para clamídia, amarelo para herpes, roxo para o papilomavírus humano e azul para sífilis. Os estudantes dizem que seu objetivo é tornar a detecção de DSTs mais segura do que nunca, de modo que as pessoas possam tomar medidas imediatas na privacidade de suas próprias casas, sem procedimentos médicos invasivos. Parece até que a equipe brilhante será premiada com £ 1.000 (cerca de R$ 4.190 no câmbio atual) no Palácio de Buckingham no final desse ano por sua invenção. Problemas Sexo e adolescentes sempre dá manchete, mas e quanto a verdadeira viabilidade de um produto como esse? Há quem ache o conceito irrealizável. Se você já fez algum exame de DST na vida, sabe que leva alguns dias. E existem boas razões pelas quais você precisa ir a um hospital ou laboratório bem equipado, ao invés de poder fazer isso em casa. Existem basicamente duas técnicas que são comumente usadas para identificar doenças venéreas: uma envolve anticorpos, e outra DNA. Os estudantes mencionam que querem usar anticorpos, o que significa que estamos no reino de algo chamado ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos). Um anticorpo é uma proteína especial que se liga a antígenos ou a uma única molécula do lado de fora das bactérias ou vírus que você alveja. Mas, por si só, essa ligação é invisível. Então como revelar um resultado positivo? Depois de lavar quaisquer anticorpos não ligados (ou então o teste mostrará positivo o tempo todo), uma enzima que reage com a molécula especial precisa ser colocada sobre a amostra, provocando uma alteração de cor visível. Salvo um tipo de máquina de nanotecnologia futurística anexada no fim do anticorpo que poderia fazer essa mudança de cor direto na camisinha, este método é impossível. Existe de fato uma molécula que pode mudar de cor por si só, conhecida como “1,1′-azobis-1,2,3-triazole”. Problema: é altamente explosiva. Um preservativo-bomba não é a melhor solução, não é mesmo? Embora de fato evitaria DSTs. Mesmo se eles decidissem mudar para o método de detecção envolvendo DNA, a mesma dificuldade persistiria: o requerimento de uma máquina para fazer a análise. Ou seja, essa “grande ideia” dos estudantes pode ser apenas um sonho. O estigma por trás das doenças venéreas não pode ser revertido durante a noite, muito menos preservativos mágicos devem acabar com sua propagação tão cedo. [ScienceAlert, HopesandFears]

Brasil se destaca em pesquisa sobre biodiversidade

O conhecimento dos brasileiros sobre temas ambientais teve destaque entre os nove países participantes da pesquisa Barômetro da Biodiversidade, divulgada nesta quinta-feira (25) em Paris pela União para o BioComércio Ético (UEBT). O levantamento foi feito em março e abril e ouviu cerca de 8,7 mil pessoas no Brasil, Equador, México, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Holanda, França, Alemanha e Índia. Para 88% dos brasileiros ouvidos na pesquisa, o maior índice entre todos os países, o assunto é considerado “essencial”. Ao lado do México, o Brasil teve respostas acima da média dos demais entrevistados sobre temas como aquecimento global, desmatamento, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social corporativa. Noventa e dois por cento dos brasileiros disseram já ter ouvido falar sobre biodiversidade e 48% conseguiram dar definições corretas para o termo. Entre os mexicanos, 52% deram respostas corretas. Os outros índices de acerto foram: Alemanha, 47%, Holanda 45%, Reino Unido e Estados Unidos, 39% e França, 37%. Os piores resultados ficaram com o Equador, com 17%, e a Índia, com 2%. A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é que até 2020 toda a população mundial saiba sobre biodiversidade­. Entre as respostas corretas para biodiversidade estavam “É tudo o que envolve a natureza e seus habitantes, plantas, insetos, animais, águas e a diversidade da fauna e flora como um todo”, do Brasil; ou “A diversidade de todas as criaturas e plantas, a diversidade da natureza na Terra”, da Alemanha. A pesquisa revelou ainda que a população jovem brasileira é a mais bem informada sobre o tema. Cinquenta e sete por cento sabem o que é a biodiversidade, enquanto a média para esse perfil é 43%. Os entrevistados também estão atentos à origem do que consomem. Do público brasileiro, 89% disseram se preocupar com o fato de as empresas adotarem boas práticas de acesso e uso dos insumos naturais, além de manifestar interesse em ser melhor informado sobre essas práticas. Os brasileiros disseram se informar sobre o assunto na televisão e no rádio. Número de acertos Houve aumento do número de acertos para a definição de biodiversidade desde a primeira edição da Barômetro da Biodiversidade. A média global passou de 30%, em 2009, para 39% de acertos, em 2015. Segundo a UEBT, além de melhorar nos conceitos, nos últimos sete anos os entrevistados passaram a relacionar o meio ambiente com produtos do dia a dia, como alimentos, medicamentos e cosméticos. Na média geral, 79% deles querem saber a procedência dos ingredientes que compõem os produtos alimentícios e 87% declaram comprar alimentos que seguem essa linha. O levantamento revela ainda que 83% dos que foram ouvidos esperam que os fabricantes adotem políticas de respeito à biodiversidade e, mais uma vez, Brasil e México se destacam, com 92% e 95%, respectivamente. A pesquisa Barômetro da Biodiversidade entrevistou 47 mil consumidores em 16 países entre 2009 e 2015. Agência Brasil

Quais doenças você pode evitar por meio da vacinação?

Campanhas de vacinação A primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil causou muita controvérsia. Isto foi há 100 anos, quando Oswaldo Cruz, fundador da saúde pública no país, lançou a campanha para controlar a varíola. Hoje, o Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas 17 vacinas pela rede pública de saúde, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Há ainda outras 10 vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Vacinas por faixa etária Apesar da maioria das pessoas acreditar que a vacina é somente para crianças, é importante manter a carteira de vacinação em dia em todas as idades, para evitar o retorno de doenças já erradicadas. Os adultos devem ficar atentos à atualização da caderneta em relação a quatro tipos diferentes de vacinas contra a hepatite B, febre amarela, difteria, tétano, sarampo, rubéola e caxumba. Para as gestantes, existem três vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação: hepatite B, dupla adulto e dTpa, que protege, além da hepatite, contra difteria, tétano e coqueluche. Conheça algumas doenças preveníveis pela vacinação: * A poliomelite é doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita, geralmente nas pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou contato com fezes de pessoas contaminadas, ou ainda contato com água e alimentos contaminados. * O tétano é uma infecção, causada por uma toxina produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço. * A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte. * A Haemophilus influenzae do tipo b é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais grave é a meningite, que tem início súbito, com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro). A meningite é uma doença grave e pode levar à morte. * O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas. * A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas. * A caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-linguais e sub-mandibulares). O maior perigo é a caxumba "descer", isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. * A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte. * A difteria é causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. É transmitida, por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra. * A hepatite B é uma doença causada por um vírus e que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a pele amarelada. A Hepatite B é grave, porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado. Ministério da Saúde

Existem certos tipos de lixo que não valem a pena, em termos ambientais

Papel, metal, vidro, plástico, orgânico. Você já conhece e viu coletores de lixo reciclável por aí - aqueles coloridos e sinalizados que indicam, claramente, o que deve ser colocado em seu interior. Mas, apesar disso, muitas pessoas simplesmente jogam o material - seja qual for o tipo dele - em qualquer lixeira. Isso causa mais problemas do que essas pessoas imaginam quando o lixo chega à unidade de reciclagem. O problema é que o pacotinho de ketchup que você jogou no ‘plástico’ ​​pode contaminar os recicláveis, reduzindo o valor do lote como um todo. Este, que obviamente não está limitado ao nosso exemplo, aumenta o custo monetário e, sim, ambiental da reciclagem. Há algumas coisas que não valem a pena reciclar, porque eles acabam fazendo mais mal do que bem. A CityLab conversou com Darby Hoover, especialista em recursos sênior do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais dos EUA, e ele sugeriu tomar os seguintes cuidados na hora da separação do lixo: Pequenos pedaços de papel Hoover diz que é "praticamente impossível" separar pedaços de papel de outros materiais. "Eles acabam se tornando parte do resíduo que sobra no final, porque são muito pequenos". No entanto, isso não significa que estes resíduos não podem ser reciclados, só não devem ser despejados soltos. Em vez disso, você pode colocá-los em um saco de papel, grampear e escrever "pedaços de papel”. Uma pessoa na unidade de transformação vai reconhecer o saco, retirar do resto do fluxo de reciclagem e classificá-lo nos produtos de papel. Sachês de condimentos Shoyu, ketchup, mostarda, ou qualquer outro condimento em sachê vem naquela embalagem feita de plástico ou de uma combinação de alumínio e plástico. "Não existe ninguém reciclando isso atualmente", diz Hoover. Então o melhor é jogar esse tipo de lixo no lixo comum. Isopor Redísuos de isopor quase nunca são recicláveis, porque são extremamente leves e, em se tratando de embalagens, sujos com alimentos (e nenhum material sujo de gordura pode ser reciclado, ele precisa passar por uma lavagem que, muitas vezes, aumenta muito o custo da reciclagem por conta da água utilizada - sempre lave, em casa o seu lixo reciclável antes de descartar. O processo é muito mais complicado na unidade de reciclagem e o lixo sujo pode contaminar outros materiais). Copos descartáveis de papel A maioria dos copos descartáveis de papel - muito utilizados em máquinas de café - são, na verdade, revestidos com plástico, impossibilitando a reciclagem com outros produtos de papel. Sacos de plástico Eles são um problema gigante para os recicladores: voam e obstruem as máquinas de triagem, fazendo os trabalhadores desligarem o maquinário e precisarem limpar os pedaços manualmente. Envelopes especiais de correspondência Muitos envelopes deste tipo também levam plástico em sua composição. Pelo mesmo motivo dos copos descartáveis de papel não devem ser reciclados com os resíduos de papel. http://revistagalileu.globo.com/

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Você sabe o que é vitiligo?

Em 25 de junho é comemorado o Dia Mundial do Vitiligo. Doença caracterizada pela descoloração da pele, o vitiligo forma-se devido à diminuição ou ausência das células responsáveis pela produção da melanina (substância que dá cor à pele) em determinadas regiões do corpo. Cercada de mitos e preconceitos, a ciência ainda não conseguiu estabelecer quais as causas da doença, mas estudos indicam que fatores autoimunes e alterações ou traumas emocionais podem estar ligados ao seu desenvolvimento. Apesar de não causar prejuízos à saúde física da pessoa, o vitiligo, geralmente, impacta significativamente a qualidade de vida de quem o tem, uma vez que pode resultar em problemas de autoestima e preconceito. É importante destacar vitiligo não é contagioso, e pode afetar pessoas de qualquer idade. O diagnóstico da doença se dá através de observação clínica, e o tratamento é realizado através de medicamentos que levem à repigmentação da área afetada, além de laser, e até transplante de melanócitos. O tratamento é individualizado, atendendo à necessidade de cada paciente. Pode ser indicado, também, acompanhamento psicológico. Infelizmente, não tem como prevenir a doença. Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Metas brasileiras para o clima

Nesta sexta-feira, a sociedade civil apresentará a meta de emissões de gases de efeito estufa – responsáveis pelas mudanças climáticas – para o Brasil. A menos de seis meses da próxima conferência internacional sobre o tema, a COP21, o governo brasileiro tem o compromisso de apresentar uma meta de quanto emitirá depois de 2020. Enquanto o governo não apresenta este número, o Observatório do Clima, rede de organizações que trabalham a questão das mudanças climáticas e da qual o Greenpeace é parte, fez o cálculo. Alguns países como Estados Unidos, Canadá, México e Rússia, já apresentaram suas metas e a soma de todas as contribuições indicará se será possível manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2oC, limite considerado seguro pelos cientistas. O Brasil deve reduzir suas emissões se quer fazer sua parte no combate às mudanças climáticas. COP-19, INDC e COP-21 Na COP-19, em 2013, em Varsóvia, os cerca de 200 países que participam da Conferência se comprometeram a enviar suas metas para corte de emissões de gases de efeito estufa visando a construção de um novo acordo global a ser assinado em 2015, em Paris, e que irá substituir o Protocolo de Kyoto e vigorar a partir de 2020. Estas metas são conhecidas como INDC, sigla em inglês para Contribuição Intencional Nacionalmente Determinada. * Publicado originalmente no site Greenpeace Brasil.

Anvisa decide que embalagens terão de avisar sobre ingrediente alergênico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (24) uma nova resolução que obriga a indústria alimentícia a informar no rótulo do produto se há presença dos principais alimentos que causam alergias alimentares. A decisão foi tomada durante a reunião da Diretoria Colegiada, na manhã de quarta-feira. Segundo o regulamento, que abrange alimentos e bebidas, os rótulos deverão informar a existência de 17 alimentos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas); crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha de caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas, além de látex natural. De acordo com a Anvisa, os derivados desses produtos deverão trazer as seguintes informações no rótulo: - Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares); - Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias); - Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados. Os dados sobre os alergênicos virão logo abaixo da lista de ingredientes. Além disso, as palavras têm que estar em caixa alta, negrito e com a cor diferente do rótulo. A letra não pode ser menor do que a da lista de ingredientes. Os fabricantes terão um ano para adequar as embalagens. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade. A medida passa a valer assim que a resolução for publicada no Diário Oficial da União, o que deve acontecer nos próximos dias. Segundo o diretor-relator da matéria, Renato Porto, esta demanda nasceu “fortemente da sociedade”, o que fez com que toda a diretoria votasse unilateralmente pela regulamentação. “A sociedade pode agora ter certeza que terá rótulos de produtos muito mais adequados, que vão dar a possibilidade do consumidor de escolher adequadamente seus produtos, dado que a melhor maneira de se prevenir [de uma crise alérgica] é evitando o consumo”, explicou. Indústria está comprometida com mudança – Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) diz reconhecer como válidas as demandas do consumidor com hipersensibilidade e suas famílias, em especial a importância das informações sobre a composição dos produtos nos rótulos. Segundo a organização,o setor está comprometido com a oferta de alimentos que atendam às demandas dos consumidores e que componham uma dieta equilibrada e saudável, além da transparência das informações no rótulo dos produtos. “A ABIA reafirma seu compromisso com a saudabilidade da população brasileira e reforça seu apoio à criação de mecanismos que favoreçam o acesso e transparência das informações para o consumidor”, informa a nota. (Fonte: G1)

Ovelha com gene ‘luminoso’ de água-viva entra em cadeia alimentar e causa polêmica

Uma ovelha geneticamente modificada com uma proteína de água-viva, utilizada em pesquisas científicas na área de cardiologia na França, acabou sendo enviada a um abatedouro do país e vendida para consumo, lançando novos debates sobre a segurança alimentar. O caso envolve o prestigioso Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra) da França, que, entre outras atividades, desenvolve programas científicos na área médica utilizando animais. “O primeiro erro foi colocar a ovelha geneticamente modificada em um lote com animais normais, de criação. Em seguida, esses animais foram transferidos para o abatedouro. Dessa forma, a ovelha, que não deveria estar nesse rebanho, entrou na cadeia de alimentação”, declarou o presidente do Inra, Benoît Malpaux. O ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, disse que o incidente “é inaceitável” e pediu ao Inra para realizar, até o final do mês, um relatório sobre o problema. A ovelha Rubi, que com grande probabilidade foi parar na mesa de um consumidor, tinha uma proteína extraída da medusa, a GFP (sigla em inglês para Proteína Verde Fluorescente), que torna as células fluorescentes e deixa a pele translúcida. Essa proteína é usada em experimentos científicos; ela dá luminosidade a outras proteínas ou genes e permite que cientistas acompanhem o movimentos e comportamento destes. A ovelha fazia parte de uma pesquisa do Inra para estudar o transplante de células utilizadas para restaurar a função cardíaca após um infarto do miocárdio. Esse estudo é realizado por um laboratório do Inra, a Unidade Comum de Experimentos Animais (Ucea), em Jouy-en-Josas, na periferia de Paris. O instituto vende para abatedouros animais “normais”, que não foram geneticamente modificados. Segundo um comunicado do Inra, a ovelha foi transferida em agosto passado para um abatedouro “parceiro” e vendida para um particular em outubro. A notícia só foi revelada na terça-feira. De propósito – O jornal “Le Parisien”, que revelou o caso, diz que investigações preliminares sugerem que um funcionário do laboratório teria colocado propositadamente a ovelha Rubi no rebanho destinado ao abatedouro para se vingar de um chefe desafeto. “Algumas pistas indicam uma ação envolvendo dois funcionários que agiram com o objetivo de prejudicar “, disse ao jornal o advogado do Inra, Alexandre Gaudin. Quando percebeu que a ovelha Rubi havia sumido, o chefe, por sua vez, teria preferido esconder o problema. O Inra afirma em um comunicado que “os fatos foram dissimulados por um agente do instituto”. De acordo com o Inra e especialistas na área, o consumo da carne da ovelha geneticamente modificada não causa riscos sanitários. “Essa proteína (a GFP) não é tóxica. Ela é normalmente utilizada em protocolos de pesquisas, em oncologia e outras doenças. A sua descoberta e utilização receberam um prêmio Nobel em 2008″, afirma o Inra. “É como comer carne de cordeiro com o gene da proteína da medusa que a deixa transparente. Não faz mal à saúde”, diz Laurent Lasne, presidente do sindicato de veterinários inspetores. O instituto informa ter acionado a justiça para investigar o caso. Após o recente escândalo da carne de cavalo vendida em pratos prontos como se fosse de boi, que atingiu várias marcas de alimentos e supermercados na França, o caso da ovelha Rubi está sendo visto como mais um exemplo das falhas no rastreamento de carnes no país. (Fonte: G1)

Em 16 anos, desmatamento da Amazônia Legal foi quase do tamanho de SP

O desmatamento da Amazônia Legal, no período de 1997 a 2013, chegou a 248 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado de São Paulo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), divulgada na sexta-feira (19). Segundo o IBGE, de 1991 a 2004 houve uma aceleração no desmatamento da Amazônia Legal, que subiu de 11.030 quilômetros quadrados para 27.772 quilômetros quadrados em apenas um ano. Desde 2004, a tendência se inverteu, chegando a 4.571 mil em 2012. Em 2013, houve uma nova alta, para 5.843. Nesse período, mais de 350 mil quilômetros quadrados foram desmatados, sendo 122.131 só no estado do Mato Grosso. A pesquisa também mostra que entre 2005 e 2013 foram desmatados 89.158 quilômetros quadrados, extensão que pode ser comparada a uma área equivalente à soma dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O número é menor que o de 1997 a 2004, quando foi somada uma área de 159.078 quilômetros quadrados. Nesse caso, o total desmatado da Amazônia Legal superou o estado do Amapá. De qualquer forma, o resultado da pesquisa mostra queda de 79,1% no desmatamento da região, quando comparado ao período entre 2004 e 2013. Segundo o IDS, pelo menos 15% da Amazônia Legal já foram desmatados. Com mais de 85% da área desmatada, a Mata Atlântica perdeu uma extensão total de 1.120 milhão de quilômetros quadrados e contava com 163 mil quilômetros quadrados remanescentes em 2012. A área já destruída do bioma é maior que toda a Região Sudeste. O Cerrado é o segundo bioma brasileiro que mais perdeu área, pelo menos 1 milhão de quilômetros quadrados a menos que sua área original, que hoje tem 50,9% do que já representou. Na Caatinga foram desmatados 385.210 quilômetros quadrados em relação à sua área original. O total desmatado dos Pampas foi 96.289 quilômetros. O Pantanal perdeu a menor área em números absolutos: 23.159 quilômetros quadrados, ou 15,4% de sua área. (Fonte: Agência Brasil )

Terra passa por novo período de extinção em massa, diz pesquisa

A Terra entrou em um novo período de extinção em massa, de acordo com um estudo feito por três universidades americanas. E os humanos podem estar entre as primeiras vítimas. A pesquisa, feita por cientistas das universidade de Stanford, Princeton e Berkeley, diz que os vertebrados estão desaparecendo a uma taxa 114 vezes mais rápida que o normal. A descoberta confirma os resultados de um estudo publicado pela Universidade de Duke no ano passado. “Estamos entrando agora no sexto grande período de extinção em massa”, disse um dos autores do novo estudo. O último desses períodos ocorreu há 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram extintos, provavelmente devido a um grande meteoro que atingiu a Terra. “Se for permitido que isso continue, a vida vai levar milhões de anos para se recuperar e nossa própria espécie provavelmente desapareceria logo no início”, disse o autor principal, Gerardo Cabellos. Os pesquisadores analisaram, historicamente, as taxas de extinção de vertebrados – animais com espinha dorsal – por meio de dados de fósseis. Eles descobriram que a taxa de extinção atual era mais que 100 vezes mais alta que em períodos em que a Terra não estava passando por um evento de extinção em massa. Desde 1900, segundo o relatório, mais de 400 vertebrados desapareceram. Uma perda desta magnitude normalmente seria vista em um período de até 10 mil anos, segundo os cientistas. O estudo – publicado na revista científica Science Advances – cita, como causas da extinção, mudança climática, poluição e desmatamento. Como consequência da destruição de ecossistemas, processos benéficos como a polinização feita pela abelhas podem desaparecer em até três gerações humanas. “Há exemplos de espécies, em todo o mundo, que são basicamente mortos-vivos”, disse o professor de Stanford Paul Ehrlich. “Estamos cavando nossa própria cova”, afirma. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) diz que pelo menos 50 animais ficam mais perto da extinção a cada ano. Cerca de 41% de todos os anfíbios e 25% dos mamíferos estão ameaçados de extinção, afirmam. No ano passado, um relatório de Stuart Pimm, um biólogo e especialista em extinção da Universidade Duke, na Carolina do Norte, também alertou que a humanidade estava entrando no sexto período de extinção. Mas o estudo de Pimm diz que a atual taxa de extinção era mais de mil vezes mais veloz que no passado – o estudo atual fala em 114 vezes. Os autores do novo estudo afirmam que ainda é possível evitar “uma queda dramática da biodiversidade” por meio de conservação intensiva, mas que é necessário agir rapidamente. Mais ameaçado: o lêmure – Segundo a IUCN, o lêmure (um tipo de primata) enfrenta uma verdadeira guerra para evitar a extinção em ambientes selvagens nos próximos anos. O grupo diz que 94% dos lêmures estão sob ameaça, com mais de um quinto de todas as espécies de lêmures classificadas como “sob perigo crítico”. Além de ver seu habitat natural em Madagascar sendo destruído por retirada ilegal de madeira, eles também são frequentemente caçados por sua carne, diz a IUCN. (Fonte: G1)

Inverno deve ser menos frio graças ao El Niño

O inverno começou neste domingo (21) às 13h38, horário de Brasília, e deve ser marcado mais uma vez pela influência do fenômeno El Niño, segundo análise da Climatempo. Isso significa que não teremos uma estação com frio rigoroso, mas com temperaturas acima da média em grande parte do país. De acordo com a Climatempo, a chuva continuará escassa no geral, o que é normal ou pouco abaixo do usual para a época do ano. Somente a região Sul deve ter precipitações acima da média graças ao El Niño. Batizado em homenagem ao Menino Jesus (em espanhol, “El Niño”), o fenômeno aquece a água do Oceano Pacífico e provoca alterações na atmosfera, como variações na distribuição de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas, além de inconstância nas temperaturas. Segundo os cientistas, a anomalia na costa pacífica da América do Sul deixa o mar ao menos 0,5 ºC mais quente e enfraquece os ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região equatorial. Isso provoca uma mudança no padrão de transporte de umidade pelo globo, variações na distribuição de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas, além de inconstância nas temperaturas. A meteorologista da Somar, Cátia Valente, fala das chuvas no Sul do país durante o inverno. “Vamos ter volumes de chuva acima da média e as temperaturas oscilando bastante. Teremos frio com a entrada das massas de ar polar, porém serão períodos de curta duração e alternados com períodos de temperaturas mais elevadas”. O inverno deste ano termina no dia 23 de setembro, às 5h20. (Fonte: G1)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Principais reservas subterrâneas de água estão se esgotando, aponta estudo

Mais da metade dos principais aquíferos subterrâneos do mundo estão se esgotando a um ritmo alarmante, segundo um estudo com novos dados captados por satélites da Nasa. O Principais reservas subterrâneas de água estão se esgotando, aponta estudo Mais da metade dos principais aquíferos subterrâneos do mundo estão se esgotando a um ritmo alarmante, segundo um estudo com novos dados captados por satélites da Nasa. O estudo, publicado na terça-feira pela revista “Water Resources Research” e divulgado nesta quarta-feira pelos meios de comunicação, diz que 21 das 37 maiores reservas subterrâneas do planeta perderam mais água do que receberam durante uma década de observação, entre 2003 e 2013. Dessas 21 reservas, há 13 que experimentaram no período de análise fortes declives em seus níveis de água. Estes aquíferos subterrâneos fornecem 35% de água usada pelos seres humanos, por isso que a situação “é bastante crítica”, nas palavras de Jay Famiglietti, cientista da Nasa e pesquisador da Universidade da Califórnia. “Dada a rapidez com a qual estamos consumindo as reservas mundiais de água subterrânea, necessitamos de um esforço global coordenado para determinar a quantidade que resta”, advertiu. Graças aos dados dos satélites Grace da Nasa, que captaram as mudanças nos níveis de água dos aquíferos entre 2003 e 2013, os cientistas descobriram que as reservas em pior situação estão em regiões pobres e muito povoadas, como o noroeste da Índia, Paquistão e o norte da África. E os especialistas alertam que a mudança climática e o crescimento da população contribuirão para piorar ainda mais a situação destes aquíferos subterrâneos. O exemplo é o estado da Califórnia (EUA.), atingido pela seca e que está obtendo agora 60% da água que necessita das reservas subterrânea diante da média de 40%., publicado na terça-feira pela revista “Water Resources Research” e divulgado nesta quarta-feira pelos meios de comunicação, diz que 21 das 37 maiores reservas subterrâneas do planeta perderam mais água do que receberam durante uma década de observação, entre 2003 e 2013. Dessas 21 reservas, há 13 que experimentaram no período de análise fortes declives em seus níveis de água. Estes aquíferos subterrâneos fornecem 35% de água usada pelos seres humanos, por isso que a situação “é bastante crítica”, nas palavras de Jay Famiglietti, cientista da Nasa e pesquisador da Universidade da Califórnia. “Dada a rapidez com a qual estamos consumindo as reservas mundiais de água subterrânea, necessitamos de um esforço global coordenado para determinar a quantidade que resta”, advertiu. Graças aos dados dos satélites Grace da Nasa, que captaram as mudanças nos níveis de água dos aquíferos entre 2003 e 2013, os cientistas descobriram que as reservas em pior situação estão em regiões pobres e muito povoadas, como o noroeste da Índia, Paquistão e o norte da África. E os especialistas alertam que a mudança climática e o crescimento da população contribuirão para piorar ainda mais a situação destes aquíferos subterrâneos. O exemplo é o estado da Califórnia (EUA.), atingido pela seca e que está obtendo agora 60% da água que necessita das reservas subterrânea diante da média de 40%. (Fonte: Terra)

Fórmula infantil é proibida após reações alérgicas

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a fabricação e venda de vários produtos infantis da marca Amix. Foram proibidos todos os lotes da fórmula infantil para lactentes e do segmento para lactentes e crianças de primeira infância destinado a necessidades dietoterápicas específicas com restrição de lactose à base de aminoácidos. A Anvisa recebeu denúncias de reações adversas em crianças alérgicas a leite de vaca após o consumo dos lotes 14F0901, 14H13 e 14E1901 do produto. As reclamações foram feitas à Vigilância Sanitária do Distrito Federal e à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Após inspeção na empresa fabricante, Pronutrition do Brasil Indústria e Comércio de Suplementos Alimentares, foram constatadas irregularidades no cumprimento das boas práticas de fabricação, implicando risco à saúde dos consumidores do produto. A fórmula é fabricada pela Pronutrition do Brasil para a Invita Nutrição Especializada, de Belo Horizonte. Em nota, a Invita discordou da proibição e disse que vai contestar judicialmente a decisão. Segundo a empresa, as denúncias não foram acompanhadas de nenhuma comprovação que possa certificar a ausência da qualidade e segurança da fórmula Amix. Com informações da Agência Brasil

Fiocruz descobre novo vírus que afeta crianças

Paralisia Uma pesquisadora da Fiocruz no Amazonas descobriu um novo tipo de vírus que causa diarreia e paralisia flácida temporária nos membros inferiores de crianças de 0 a 5 anos de idade. Em casos mais graves, o vírus pode causar encefalite e levar à morte. "A paralisia nos membros inferiores, ou seja, nas pernas, não é simplesmente a fraqueza que dá após longos períodos diarreicos. É uma paralisia total, com impossibilidade de andar por até duas semanas", explica Patrícia Puccinelli Orlandi, que contou com a colaboração de Tung Gia Phan, da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), para caracterizar o novo vírus. A descoberta do vírus, gênero Gemycircularvirus, foi feita a partir da análise molecular das fezes de crianças com diarreia, atendidas em prontos-socorros de Manaus. O vírus foi identificado em cinco de 600 amostras analisadas. "Parece pouco, mas significa dizer que o vírus está circulando e que temos de melhorar o diagnóstico para que haja tratamento adequado e o quadro não se agrave", disse Patrícia Orlandi. Kit de diagnóstico Para isso, a pesquisadora informou que está iniciando um estudo para o desenvolvimento de um kit de diagnóstico rápido do vírus Gemycircularvirus. "Com o desenvolvimento de um kit para diagnóstico, auxiliaremos na vigilância epidemiológica de um vírus que é tão agressivo e que, até então, era desconhecido", disse. A transmissão do novo tipo de vírus é feita de forma fecal/oral, ou seja, a partir do consumo de água contaminada com fezes contaminada. Atualmente, o diagnóstico só pode ser feito após a análise molecular das fezes do paciente. Com informações da Fiocruz Amazonas

Rios poluídos

Qualidade dos rios que abastecem São Paulo piorou em 2014 – Relatório sobre a qualidade das águas dos rios usados para abastecimento público, feito pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), apontou que em 2014 houve queda na qualidade dos recursos hídricos do estado, na comparação com os últimos cinco anos. De acordo com o documento, as categorias ótima, boa e regular sobre a qualidade dos rios somaram 79% em 2014, com redução de 5% em relação a 2013. O porcentual de rios com qualidade péssima subiu de 6% para 9% e, de qualidade ruim, de 10% para 12%. Do total de pontos monitorados, 82% apresentaram piora no índice. Segundo a Cetesb, isso se deve à escassez hídrica do ano passado. “O ano de 2014 foi atípico para a qualidade ambiental. No período de estiagem, os corpos hídricos têm menos água para diluição de poluentes lançados e a atmosfera também fica prejudicada pela maior frequência de condições desfavoráveis à dispersão dos poluentes. A estiagem observada no final de 2013 e ao longo de todo o ano de 2014 trouxe consequências para o meio ambiente como um todo”, diz o relatório da Cetesb. De um total de 315 pontos de medição instalados nos principais rios do estado, no ano passado, 90 apresentaram, segundo a Cetesb, a pior qualidade de água dos últimos seis anos. Metade deles foram classificados nas categorias péssimo e ruim. A piora, segundo o órgão, está relacionada à diminuição da capacidade de diluição dos rios, em virtude da estiagem prolongada e pelo crescimento de áreas urbanas sem tratamento de esgoto. Entre os pontos que atingiram o nível péssimo está a Bacia do Rio Piracicaba, que forma o Sistema Cantareira, registrando, inclusive, episódios de mortandade de peixes em grande proporção, segundo a Cetesb. (Agência Brasil/ #Envolverde) ** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

A Década da Água

Nações Unidas, 11/6/2015 – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, deu seu apoio a uma Década Internacional da Água para o Desenvolvimento Sustentável, enquanto no fórum mundial se apressa a negociação dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser aprovados pelos governos do planeta em uma cúpula no mês de setembro próximo. Esta Década “complementaria e apoiaria o êxito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos para a água”, afirmou Ban Ki-moon. O presidente do Tajiquistão, Emomali Rahmon, apresentou a proposta da Década Internacional no dia 9, na conferência internacional Água para a Vida, em Dushanbe, capital de seu país. A mesma deverá ser aprovada pela Assembleia Geral, onde estão representados os 193 Estados membros das Nações Unidas. O Tajiquistão, que tomou a dianteira em destacar a importância da água como fonte de vida, também patrocinou a Década Internacional da Água pela Vida (2005-2015), “para conscientizar e galvanizar a ação”, à qual sucederia a nova década proposta. Ban afirmou aos delegados que a água ocupa um lugar nos ODS que transcende o acesso e considera outras questões fundamentais, como gestão integrada dos recursos hídricos, eficiência do uso, qualidade da água, cooperação transfronteiriça, ecossistemas hídricos e desastres derivados da água. “A água, como outras áreas da agenda de desenvolvimento pós-2015, está estreitamente interligada com outros desafios”, afirmou o secretário-geral. “Ficamos contentes pelo fato de Ban ter destacado o direito humano à água e ao saneamento, e a enorme necessidade que ainda existe desses serviços essenciais entre as populações mais pobres e marginalizadas do mundo”, destacou à IPS John Garrett, analista de políticas de financiamento para o desenvolvimento da organização WaterAid, com sede em Londres. Os ODS representam uma oportunidade única em uma geração para que chegue a todo o mundo, em todas as partes, água limpa, banheiros dignos e uma forma de as pessoas se manterem limpas e também seu entorno, afirmou. “A nova década para a ação sobre a Água para o Desenvolvimento Sustentável continuará mantendo a muito necessária atenção sobre os enormes desafios futuros”, acrescentou. Porém, essa ação também deve levar em conta o saneamento e a higiene, já que sem eles a água potável não é nem factível nem sustentável, e tampouco o são os benefícios para a saúde e para o progresso econômico, ressaltou Garrett. Com o correr do tempo, os temas relacionados com a água se mantêm na agenda socioeconômica da ONU, como em 2013, que foi o Ano Internacional de Cooperação pela Água, e o Dia Mundial da Água, todo 22 de março, e o Dia Mundial do Banheiro, todo 19 de novembro. Ban afirmou que o mundo alcançou cinco anos antes do previsto a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relativa à redução pela metade, até 2015, da proporção de pessoas sem acesso sustentável a água. No curso de uma geração, 2,3 bilhões de pessoas, ou um terço da humanidade, passaram a ter acesso a uma fonte melhorada de água potável. A Assembleia Geral da ONU declarou o acesso a água potável e saneamento um direito humano, lembrou o secretário-geral. Torgny Holmgren, diretor-executivo do Instituto Internacional da Água de Estocolmo, disse à IPS que sua organização recebe com satisfação o forte apoio de Ban à água como um ingrediente essencial nos esforços pelo desenvolvimento sustentável. “Um ODS dedicado expressamente ao caráter multifacetário da água, como problema social, econômico, ambiental, bem como à principal causa dos desastres de nosso planeta, é um passo indispensável, mas de modo algum suficiente, para o mundo que queremos”, ressaltou. Portanto, é especialmente inspirador ver o incentivo que Ban deu a um processo que transcende os ODS, “que permite e requer a participação de todos os setores e atores, públicos e privados, pessoas e organizações, para decidir coletivamente um passo gigante para um mundo com sabedoria em matéria de água”, afirmou Holmgren. Garret pontuou que o progresso na próxima década será fundamental e que apoia “os esforços para manter essas questões no centro das atenções”. Os ODM conseguiram reduzir pela metade o número de pessoas sem água melhorada no mundo, mas deixaram muitos dos mais necessitados sem ela. O saneamento é uma das metas mais distantes. “Devemos concentrar os esforços na próxima década para garantir que ninguém fique para trás”, acrescentou. Ban destacou que nesse ponto também se avançou na década, já que mais de 1,9 bilhão de pessoas conseguiram acesso a melhores serviços de saneamento. “Essa é uma boa notícia. Mas também sabemos que ainda hoje, no século 21, cerca de 2,5 bilhões de pessoas carecem desse acesso”, enquanto um bilhão ainda defeca ao ar livre, apontou. Segundo o secretário-geral, hoje em dia, cerca de mil menores de cinco anos morrem diariamente devido à combinação de falta de água e deficiência em saneamento e higiene. Dentro de dez anos, 1,8 bilhão de pessoas viverão em zonas com escassez absoluta de água, e é possível que duas em cada três pessoas no mundo sofram condições de estresse hídrico, ressaltou. “Não é de estranhar que muitos especialistas mundiais tenham qualificado a ‘crise da água’ como um dos maiores riscos mundiais que enfrentamos”, enfatizou Ban. Envolverde/IPS

Secretaria da Saúde de AL confirma três casos do Zika vírus no interior

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou nesta segunda-feira (8) que há três casos confirmados de Zika vírus no interior do estado. A confirmação foi possível após exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas, do Pará. Os pacientes que apresentaram sintomas da doença são do município sertanejo de Mata Grande, localidade próxima à divisa com o estado da Bahia, onde já foram notificados 10 casos da doença. Apesar da notificação recente do vírus em Alagoas, e da preocupação da chegada de uma nova doença no estado, a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, evidencia que o vírus é menos agressivo que a dengue. No entanto, é necessário que a população adote cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor Aedes aegypti, que também é portador do vírus da dengue e chikungunya. “A Zika é conhecida por apresentar evolução benigna e autolimitada, o que, potencialmente, a difere da dengue, que é mais agressiva. Ela é caracterizada por febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e coceira, dores musculares, dor de cabeça e nas costas”, informou Cleide Moreira. O Zika vírus é do gênero Flavivírus, proveniente da Uganda, na África, e está presente também na Ásia, Oceania e América do Sul. As primeiras notificações da doença ocorreram em 2014, no Rio Grande do Norte e, este ano, também já foram registrados casos no Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo e no Pará. Cuidados – Com relação ao tratamento, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, é recomendado tomar paracetamol nos casos de febre e dor, conforme orientação médica. Não é indicado tomar ácido acetilsalicílico (AAS) e drogas anti-inflamatórias, devido ao risco de desencadear complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. “É indicado procurar uma unidade de saúde, caso os sintomas se enquadrem no quadro clínico para a doença”, diz Cleide. No caso de Alagoas, desde janeiro deste ano a Sesau vem realizando visitas técnicas aos municípios. Nas ações, os técnicos municipais são orientandos e os supervisores estaduais têm atuado junto aos agentes de endemias dos municípios para combater o Aedes aegypti. “As medidas de prevenção e controle são semelhantes às aplicadas em relação à dengue, por isso, os gestores e a população devem redobrar a atenção no combate ao vetor. Desse modo, é importante eliminar os criadouros, com proteção adequada dos depósitos de água utilizados domesticamente”, recomenda Cleide Moreira. (Fonte: G1)

Exército global de médicos para enfrentar epidemias

Força na tarefa Um plano para criar uma força-tarefa global de 10 mil médicos e cientistas contra epidemias será apresentado na próxima reunião do G7, grupo formado por representantes das maiores economias de países desenvolvidos - Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Trata-se de uma reposta direta ao recente surto de ebola, o maior já registrado, com 27 mil vítimas na África Ocidental. O projeto prevê ainda melhorias no sistema de monitoramento de doenças, especialmente em países mais pobres, e investimentos no desenvolvimento de novas drogas. Especialistas dizem que tais medidas teriam impedido que a epidemia de ebola atingisse uma escala sem precedentes. "Discutiremos como nos preparar melhor para tais surtos, como preveni-los e como reagir mais rápido quando eles ocorrerem", disse a chanceler alemã e atual presidente do G7, Angela Merkel, em artigo publicado na imprensa. "A criação de uma força-tarefa global, com um financiamento adequado, é sem dúvidas um objetivo de médio prazo, mas talvez deveríamos analisá-lo agora." Exército da saúde De acordo com informações da BBC, cujos repórteres tiveram acesso aos documentos do projeto, este "exército da saúde" funcionaria como uma reserva militar. Os médicos e cientistas se dedicariam a seus trabalhos pessoais normalmente, mas estariam prontos para irem a campo quando requisitados. O projeto ainda prevê um novo grupo independente dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por lidar com epidemias. Também seriam criados centros de testes em países-chave, a maioria deles na África Subsaariana, com um custo anual estimado em US$ 15 milhões (R$ 45 milhões), além de investimentos da ordem de US$ 100 milhões em pesquisas de medicamentos, exames e vacinas, com foco em dez doenças, como o coronavírus MERS, a febre de Lassa e novos tipos de vírus da gripe. A conclusão dos especialistas é que os custos de monitoramento e preparo seriam menores do que os custos de combate às epidemias. Com informações da BBC

Ibuprofeno ou paracetamol? Conheça as virtudes e defeitos de cada um

Dois dos analgésicos mais comuns do mundo, o paracetamol e o ibuprofeno, são comumente usados contra dores de cabeça, cólicas ou febre. Ambos em geral têm sido considerados seguros se tomados na dose correta e sob acompanhamento médico, mas como saber qual dos dois tomar? Os analgésicos até podem ser usado em conjunto, desde que seguindo as orientações da bula e de médicos - e dentro de doses limitadas. Mas esse uso combinado não é recomendado para crianças menores de 16 anos. Cuidados na gravidez Se você está grávida ou pensando em engravidar, é melhor tomar cuidado com os dois medicamentos. No Reino Unido, gestantes foram recentemente orientadas a tomar cuidado ao ingerir paracetamol (princípio ativo do Tylenol), após um estudo da Universidade de Edimburgo sugerir que o uso prolongado do analgésico poderia afetar a saúde reprodutiva de seus filhos. Segundo as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, o equivalente ao SUS brasileiro), o paracetamol deve ser tomado na gravidez apenas se realmente necessário e pelo menor período de tempo possível. Pessoas que precisem de tratamento de longo prazo com o analgésico devem fazê-lo sob orientação médica. Ocorre que, na gestação, deve-se evitar também o ibuprofeno (princípio ativo do Advil), a não ser que o médico o receite. Paracetamol O paracetamol bloqueia a produção de prostaglandinas, substâncias liberadas pelo corpo em resposta a doenças ou lesões, tornando-o menos ciente da dor ou da lesão. É indicado para aliviar dores moderadas e leves, como dores de cabeça, torções e dor de dente. O analgésico também reduz a temperatura do corpo. A não ser que o médico assim oriente, nunca tome mais do que quatro doses em 24 horas e sempre siga as orientações da bula. E, se as dores persistirem por mais de três dias, consulte um médico. Por conta dos efeitos colaterais, nunca é indicado que o paciente aumente ele próprio sua dosagem caso a dor seja severa. PARACETAMOL Virtudes Defeitos A droga age diretamente nos nervos e receptores do cérebro para aliviar a dor, e por isso costuma ser mais eficaz contra dores de cabeça. É seguro para crianças e adultos se tomado corretamente, e os efeitos colaterais são mínimos. Acredita-se que o limite da sobredosagem seja alto, mas estudos mais recentes indicam uma preocupação com a chamada "overdose escalonada", com o paracetamol acima da dose apresentando riscos para adultos e crianças. Pode ser ministrado a bebês, para tratar febres ou dores, desde que eles tenham mais de dois meses de idade. Enquanto o ibuprofeno age em 30 minutos, o paracetamol não tem efeito antes de 45 a 60 minutos desde a ingestão da primeira dose. E a dor e a febre são reduzidas por quatro horas, em vez de seis. O paracetamol não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias que o ibuprofeno, portanto é menos eficaz para reduzir a dor associada à inflamação e à lesão corporal. Ainda que não ataque o estômago, seu consumo excessivo pode ser prejudicial para o fígado e o rim. Portanto, não deve ser usado por pessoas com problemas hepáticos. Em casos mais raros, pode causar reação alérgica (coceira ou inchaço). Quando ministrado de forma intravenosa, pode baixar a pressão. O uso prolongado de paracetamol e outros analgésicos durante a gravidez pode trazer riscos à saúde de bebês meninos. Ibuprofeno O ibuprofeno também age nas prostaglandinas e também é usado para conter dores moderadas e leves (de dente, cabeça, lesões esportivas, cólicas, febre e inflações). Mas medicamentos chamados de anti-inflamatórios não-esteroides, como o ibuprofeno, parecem funcionar melhor se a causa da dor for inflamatória, como artrite ou lesão, explica o NHS. Ele não deve ser usado por período prolongado a não ser que haja uma inflamação e que o médico o recomende. O uso prolongado pode causar irritações no estômago, problemas nos rins e cardíacos. Não tome além das doses recomendadas, para não elevar os riscos de efeitos colaterais. Deve ser tomado com cautela por idosos ou pessoas com problemas estomacais, cardíacos, hepáticos e renais. O remédio age contra a dor pouco depois de ser ingerido, ainda que o efeito anti-inflamatório seja mais fraco e leve mais tempo para começar a ser sentido. Deve ser tomado na menor dose possível e pelo menor período de tempo possível. IBUPROFENO Virtudes Defeitos Age contra a febre alta, diminui a dor e a inflamação. Reduz a inflamação no ponto lesionado, portanto é mais eficaz contra a dor dos músculos e contra lesões corporais onde a inflamação é um fator. O ibuprofeno também parece funcionar mais rápido e por mais tempo que o paracetamol, tendo efeito em 30 minutos e podendo durar até seis horas. O ibuprofeno alivia a dor emocional de mulheres, mas piora a de homens. Os efeitos secundários negativos começam com o mal-estar estomacal. Se ingerido diariamente durante mais de duas semanas, seus produtos químicos ácidos que podem agravar úlceras estomacais e queimaduras na mucosa do estômago. Convém ingeri-lo com a comida e, se seu uso for constante, com protetores estomacais. Não é comum que ele provoque hemorragia interna ou úlceras, mas é um fator de risco. O ibuprofeno também pode reduzir a capacidade do corpo em formar coágulos sanguíneos. Por isso, o medicamento será menos eficaz para os pacientes com feridas grandes ou hemorragias consideráveis. O paracetamol não está associado a esses riscos. Em altas doses ingeridas por um período prolongado, pode elevar os riscos de derrame ou problemas cardíacos. Em mulheres, o uso prolongado pode estar associado à redução na fertilidade, mas esse quadro é reversível. Veredito Ambas as substâncias são analgésicos eficazes e redutores da febre. O ibuprofeno funciona um pouco mais rápido e tem efeito mais duradouro, além de reduzir inflamações. O paracetamol é comparável em alguns aspectos, mas não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias. No entanto, tem menos efeitos colaterais, como problemas estomacais. Nunca é demais lembrar que devem ser respeitadas as orientações da bula e que o uso jamais deve ser excessivo ou prolongado sem o devido acompanhamento médico. Além disso, o excesso de analgésicos pode criar um círculo vicioso da dor. Com informações da BBC

Erros de diagnóstico aumentam uso incorreto de antibióticos

Já se sabia que a prescrição excessiva de antibióticos pelos médicos é uma das razões do desenvolvimento da resistência das bactérias a esses medicamentos. Mais recentemente, descobriu-se que um tratamento agressivo contra infecções pode dar o resultado inverso. Agora, uma equipe de médicos da Universidade de Minnesota (EUA) está chamando a atenção para um outro problema relacionado à resistência das bactérias aos antibióticos: os diagnósticos incorretos. Erros de diagnóstico Os pesquisadores realizaram um estudo retrospectivo avaliando centenas de casos de internação para examinar os diagnósticos iniciais da doença, cada um sendo então categorizado como correto, indeterminado, incorreto, ou um sinal ou sintoma consistente com uma doença infecciosa, em vez de uma síndrome ou doença específica. A seguir, eles determinaram se o tratamento receitado pelo médico foi apropriado em cada caso. A equipe descobriu que 95% dos pacientes com um diagnóstico incorreto ou indeterminado, ou com um sintoma identificado, mas nenhum diagnóstico feito, receberam antibióticos inadequados. Em comparação, apenas 38% dos pacientes que receberam um diagnóstico correto receberam antibióticos incorretamente, ainda que isto, por si só, seja um número extremamente elevado. Erros demais Os pesquisadores descobriram ainda que, em geral, apenas 58% dos pacientes receberam um diagnóstico correto, indicando que erros de diagnóstico foram mais prevalentes neste estudo do que em estudos anteriores não relacionados ao uso de antimicrobianos. Os diagnósticos incorretos mais comuns foram pneumonia, cistite, infecções renais e urossepse (infecção do trato urinário). Segundo a equipe, os diagnósticos incorretos estão aumentando o risco do uso incorreto dos antibióticos, reduzindo as chances de recuperação dos pacientes, diminuindo a eficácia antimicrobiana dos medicamentos e aumentando os custos de saúde. "As terapias antibióticas são usadas por aproximadamente 56% dos pacientes internados em hospitais norte-americanos, mas mostraram-se inadequados em quase metade dos casos, e muitas dessas falhas estão relacionadas com diagnósticos imprecisos," disse Greg Filice, coordenador da equipe. "Os resultados sugerem que os programas de gestão de antimicrobianos poderiam ser mais impactantes se fossem projetados para ajudar os médicos a fazerem diagnósticos iniciais precisos e mostrar quando os antibióticos podem ser receitados com segurança," acrescentou. O estudo foi publicado na revista médica Infection Control & Hospital Epidemiology. Redação do Diário da Saúde

Estudo revela as 50 Unidades de Conservação amazônicas mais desmatadas

Pesquisadores do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgaram nesta terça-feira (9) as 50 UCs (Unidades de Conservação) da Amazônia com maiores desmatamentos entre 2012 e 2014. Os estados do Pará e de Rondônia são os que possuem o maior número de UCs críticas. Entre agosto de 2012 e julho de 2014, 1,5 milhões de hectares foram desmatados na Amazônia, sendo que 10% ocorreram em 160 UCs. Destas, 50 UCs em oito estados concentraram 96% do desmatamento. São elas que estão destacadas no mapa acima. As Unidades de Conservação foram criadas como uma das medidas contra o desmatamento na Amazônia. Estas áreas estão sujeitas a normas e regras especiais e são legalmente criadas pelos governos federal, estaduais e municipais. Elas são divididas entre Unidades de Proteção Integral onde é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou dano aos recursos naturais; e Unidades de Uso Sustentável, onde atividades que envolvem coleta e uso dos recursos naturais são permitidas, mas desde que praticadas de uma forma sustentável. Segundo os autores do estudo do Imazon, geralmente essas áreas apresentam ocupações irregulares e estão em regiões de influência de grandes obras de infraestrutura, como rodovias e hidrelétricas, e estão vulneráveis por causa da fiscalização ineficiente. Sete das dez áreas mais desmatadas sofrem com o baixo grau de implementação, ou seja, faltam planos de manejo, conselho gestor, recursos humanos e financeiros suficientes para evitar que o desmatamento seja realizado, segundo o estudo. Punição – Os autores recomendam que todos os crimes associados ao desmatamento ilegal sejam punidos com confisco de bens e penas maiores, além da retirada de ocupantes não tradicionais das UCs e a retomada das terras públicas fora das UCs para os reassentamentos necessários. A desapropriação de áreas privadas dentro das Unidades de Conservação seria o primeiro passo para evitar que o desmatamento seja realizado ilegalmente nessas áreas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou recentemente ao TCU (Tribunal de Contas da União) que existiriam 5,4 milhões de hectares de terras privadas dentro de UCs federais no Brasil para desapropriar a um custo de R$ 7,1 bilhões. Na Amazônia, seriam 3 milhões de hectares a um custo de desapropriação de R$ 2,3 bilhões. Com base nesses números, o TCU estimou que o governo federal demoraria 102 anos para concluir a regularização fundiária das UCs federais se mantivesse o ritmo de investimento apresentado entre 2009 e 2012. Para garantir a conservação das UCs no bioma Amazônia, o TCU e os Tribunais de Conta dos Estados (TCEs) demandaram que os governos apresentassem planos de ação para sua implementação. Em 2014, o MPF lançou uma campanha nacional em prol da regularização fundiária das UCs e um manual de atuação para orientar os procuradores da República a acompanhar a implementação das UCs e a impulsionar seu processo de regularização fundiária. (Fonte: UOL)

Cientistas alertam sobre emissão de CO2 caso camadas de gelo derretam

Um grupo de cientistas alertou nesta terça-feira (9) sobre as consequências terríveis para o planeta que representaria o descongelamento de gelo em terra firme, pois isso liberaria uma enorme quantidade de CO2, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Até 1,5 bilhão de toneladas de CO2 estão retidos no que se chama permafrost – vastas extensões de terra sob camadas de gelo, ou nos polos, em tundras, estepes ou geleiras, explicou numa conferência de imprensa Susan Natali, uma pesquisadora do Centro de Pesquisa Woods Hole, em Massachusetts. À medida que as temperaturas aumentam, essas terras liberam o gás do efeito estufa, advertiu a especialista à margem das negociações sobre um acordo para combater as mudanças climáticas na ONU, em Bonn (Alemanha). “Daqui a 2100 prevemos a liberação de entre 130 e 160 gigatoneladas de CO2 na atmosfera”, explicou Natali aos jornalistas em Bonn, onde negociadores tentam simplificar o projeto de acordo a ser aprovado durante a conferência ministerial em Paris, em dezembro. Esse número equivale às emissões dos Estados Unidos em razão da produção de combustível e cimento, indicou a especialista. Mais CO2 do que na atmosfera – O carbono acumulado no permafrost permaneceu retido por milhares de anos, e equivale ao dobro do que existe na atmosfera. O relatório de Natali e seus colegas foi publicado na revista “Nature” em abril. Os dados não puderam ser integrados devido à falta de tempo no relatório final do grupo de peritos da ONU sobre mudanças climáticas. Se o mundo for capaz de controlar suas emissões de CO2 e o aumento da temperatura média de 2°C neste século, irá descongelar em cerca de 30% de seu permafrost. Mas se o mundo não conseguir combater este aquecimento, poderia perder até 70% da superfície de terra congelada. (Fonte: G1)

Pesquisa mostra novas evidências sobre o surgimento da vida na Terra

No início, havia produtos químicos simples. Eles produziram aminoácidos que eventualmente se tornaram as proteínas necessárias para criar células individuais. E as células individuais se tornaram plantas e animais. Pesquisas recentes estão revelando como a sopa primordial criou os blocos de construção de aminoácidos e há consenso científico generalizado sobre a evolução da primeira célula em plantas e animais. Mas ainda é um mistério como os blocos de construção foram reunidos pela primeira vez em proteínas que formaram o maquinário de todas as células. Agora, dois pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC) – Richard Wolfenden e Charles Carter -, nos EUA, trazem uma nova luz sobre a transição de blocos de construção para a vida cerca de 4 bilhões de anos atrás. “Nosso trabalho mostra que a estreita ligação entre as propriedades físicas dos aminoácidos, o código genético e dobramento de proteínas foi provavelmente essencial desde o início, muito antes de moléculas grandes e sofisticadas entrarem em cena”, diz Carter, professor de bioquímica e biofísica. “Essa interação estreita foi provavelmente o fator chave na evolução dos blocos de construção para os organismos”. Seus resultados, publicados em artigos irmãos na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, encaram de frente a teoria problemática do “mundo de RNA”, que postula que o RNA – a molécula que hoje desempenha um papel na codificação, regulamento e expressão dos genes – elevou do caldo primordial de aminoácidos e produtos químicos cósmicos para dar origem primeiro às proteínas curtas chamadas peptídeos e, em seguida, aos organismos unicelulares. Wolfenden e Carter argumentam que o RNA não trabalhava sozinho; na verdade, não era mais provável que o RNA catalisasse a formação dos peptídeos do que peptídeos catalisassem a formação de RNA. A descoberta acrescenta uma nova camada à história de como a vida evoluiu bilhões de anos atrás. Seu nome era LUCA A comunidade científica reconhece que 3,6 bilhões de anos atrás existia o último ancestral comum universal, ou LUCA (do inglês “last universal common ancestor”). Ele é o “parente” de todas as coisas vivas na Terra atualmente. É provável que fosse um organismo unicelular com algumas centenas de genes. Ele tinha todos os componentes básicos – tais como lípidos – que os organismos modernos têm. Do LUCA em diante, é relativamente fácil ver como a vida tal como a conhecemos evoluiu. Antes destes 3,6 bilhões anos, no entanto, não há nenhuma evidência concreta sobre como o LUCA surgiu do caldeirão fervente de produtos químicos que se formou na Terra após a criação do planeta, cerca de 4,6 bilhões de anos atrás. Esses produtos químicos reagiram para formar aminoácidos, que permanecem sendo os blocos de construção das proteínas em nossas próprias células até hoje. “Sabemos muito sobre o LUCA e estamos começando a aprender sobre a química que produziu blocos de construção, como aminoácidos, mas entre os dois existe um deserto de conhecimento”, disse Carter. “Nós nem sequer sabemos como explorá-lo”. Oásis no deserto No meio desta vastidão de mistério científico, a pesquisa da UNC representa um posto avançado neste deserto. “Wolfenden estabeleceu as propriedades físicas dos vinte aminoácidos, e temos encontrado uma ligação entre essas propriedades e o código genético”, conta Carter. “Essa relação nos sugere que havia um segundo código prévio, que possibilitou a interação peptídeo-RNA necessária para lançar um processo de seleção que podemos imaginar criando a primeira vida na Terra”. Assim, o RNA não teria que inventar-se da sopa primordial. Em vez disso, mesmo antes de existirem células, parece mais provável que houvesse interações entre aminoácidos e nucleótidos que levaram à cocriação de proteínas e RNA. Primeira descoberta As proteínas precisam se dobrar de maneiras específicas para funcionar corretamente. O primeiro artigo publicado na PNAS, liderado por Wolfenden, mostra que tanto as polaridades dos vinte aminoácidos (como eles se distribuem entre água e óleo) e seus tamanhos ajudam a explicar o complexo processo de enovelamento de proteínas – quando uma cadeia de aminoácidos ligados se organiza para formar uma determinada estrutura tridimensional, que tem uma função biológica específica. “Nossos experimentos mostram como as polaridades de aminoácidos mudam consistentemente em uma ampla gama de temperaturas, de maneiras que não iriam perturbar as relações básicas entre a codificação genética e o enovelamento de proteínas”, disse Wolfenden, professor de bioquímica e biofísica. Isso é algo importante de ser estabelecido, porque quando a vida estava se formando na Terra, as temperaturas eram quentes, provavelmente muito mais quentes do que são agora ou quando surgiram as primeiras plantas e animais. Uma série de experiências bioquímicas com aminoácidos realizada no laboratório de Wolfenden mostrou que duas propriedades – os tamanhos e as polaridades de aminoácidos – eram necessárias e suficientes para explicar como os aminoácidos se comportavam em proteínas dobradas e que estas relações também aconteciam nas temperaturas mais altas da Terra 4 bilhões de anos atrás. Segunda descoberta O segundo artigo publicado na PNAS, liderado por Carter, investiga como enzimas chamadas “aminoacil-RNAt sintetase” reconhecem o RNA transportador (RNAt). Essas enzimas traduzem o código genético. “Pense no RNAt como um adaptador”, explica Carter. “Uma extremidade do adaptador carrega um aminoácido particular; a outra extremidade lê o modelo genético daquele aminoácido no RNA mensageiro. Cada sintetase combina um dos vinte aminoácidos com seu próprio adaptador para que o mapa genético no RNA mensageiro seja seguido fielmente e a proteína correta seja feita o tempo todo”. A análise de Carter mostra que as duas extremidades diferentes da molécula de RNAt em forma de L continham códigos ou regras independentes que especificam quais aminoácidos selecionar. O final do RNAt que carregava o aminoácido classificava aminoácidos especificamente de acordo com o tamanho. A outra extremidade da molécula de RNAt em forma de L é chamada de RNAt anticódon. Ela lê códons, que são sequências de três nucleótidos de RNA em mensagens genéticas que selecionam os aminoácidos de acordo com a polaridade. Complexidade da simplicidade As descoberta de Wolfenden e Carter implicam que as relações entre RNAt e as propriedades físicas dos aminoácidos – os seus tamanhos e polaridades – foram cruciais durante a era primordial da Terra. À luz do trabalho anterior de Carter com núcleos ativos muito pequenos de RNAt sintetases chamados “urzymes”, agora parece provável que a seleção por tamanho preceda a seleção de acordo com a polaridade. Esta seleção ordenada significava que as primeiras proteínas não necessariamente se dobravam em formas únicas e que as suas estruturas únicas evoluíram mais tarde. “Traduzir o código genético é o elo que conecta a química pré-biótica à biologia”, afirmou Carter. Ele e Wolfenden acreditam que a fase intermediária do código genético pode ajudar a resolver dois paradoxos: como a complexidade surgiu da simplicidade, e como a vida dividiu o trabalho entre dois tipos muito diferentes de polímeros: proteínas e ácidos nucleicos. “O fato de que a codificação genética se desenvolveu em duas etapas sucessivas – a primeira das quais era relativamente simples – pode ser uma das razões pelas quais a vida foi capaz de emergir enquanto a Terra ainda era muito jovem”, Wolfenden observou. Um código anterior, que permitiu aos primeiros peptídeos codificados ligar o RNA, podem ter fornecido uma vantagem seletiva decisiva. E este sistema primitivo poderia então passar por um processo de seleção natural, lançando assim uma forma nova e mais biológica da evolução. “A colaboração entre RNA e péptidos foi provavelmente necessária para o surgimento espontâneo da complexidade”, acrescentou Carter. “Em nossa opinião, [a Terra primordial] era um mundo de peptídeo e RNA, e não um mundo de RNA apenas”. [Phys.org]

Secretaria já notificou 27 casos de superbactérias este ano em Goiás

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás já notificou 27 casos de superbactérias em Goiás apenas este ano. Desses, dois pacientes morreram. As bactérias recebem esse nome por serem resistentes aos antibióticos e são divididas em vários tipos. Apesar dos números, órgão diz que não há surto no estado. Os sintomas mais comuns são febre, dor no corpo, infecção na bexiga e até pneumonia. O tratamento precisa ser rápido, pois o paciente pode ter infecção generalizada. Em maio, o Cais da Chácara do Governador, em Goiânia, teve que ser interditado depois que um homem morreu com suspeita de ter contraído uma bactéria resistente a antibióticos. A entrada de pacientes e funcionários só foi liberada quando uma empresa fez a desinfecção do prédio. A Vigilância de Saúde está orientando os médicos e profissionais da saúde sobre os cuidados para evitar novos casos. Apesar dessa interdição, a Secretaria Estadual de Saúde disse que este caso não foi confirmado como superbactéria. Apesar das medidas que estão sendo tomadas pelo órgão, é necessário que os pacientes também procurem atendimento médico assim que surgir qualquer doença. “A população gosta muito de comprar o medicamento e antibiótico sem receita na hora que surge uma infecção de garganta, infecção urinária. Então, nesse momento, não tenha dúvida que ela está se colocando em posição de perigo, porque ela pode sim criar dentro dela uma bactéria que pode ser resistente”, alertou a superintendente da Vigilância da Saúde, Maria Celilia Brito. Mesmo com a informação de que não existe um surto no estado, moradores de Luziânia estão preocupados com uma possível contaminação por superbactéria ao se consultarem em hospitais do Distrito Federal, onde já foram registrados 28 casos confirmados em menos de um mês. “É Perigoso, mas o que a gente pode fazer? Não tem outro hospital, então tem que ser aqui mesmo [no DF]”, disse a manicure Noemia Vieira. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que todas as unidades, até mesmos aquelas em que algum paciente esteja internado com superbactéria, estão funcionando normalmente e sem risco de contaminação aos demais pacientes. Todos os que contraíram as bactérias resistentes a antibióticos estão sob isolamento, já que a única forma de contágio é pelo toque. (Fonte: G1)

AILAC, única voz latino-americana nas negociações sobre o clima

Ao contrário da União Europeia (UE) e da África, que apresentam frentes unidas nas negociações sobre as alterações climáticas em Bonn, o único grupo latino-americano, a AILAC, reúne apenas sete países até o momento. O Paraguai acaba de se unir a Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Panamá e Peru durante estas negociações realizadas na cidade alemã. A AILAC surgiu em 2012 e tem a intenção de apresentar uma posição na elaboração do novo acordo para combater a mudança climática, que deve ser assinado por todos os 196 membros em uma conferência ministerial (COP 21) que será realizada em Paris no final deste ano. O nascimento desta nova convenção ainda é difícil, e a AILAC lentamente vai adicionando vontades a seu projeto. Segundo fontes diplomáticas presentes em Bonn, Uruguai e República Dominicana seriam os próximos a integrar o grupo. “Temos de ir passo a passo. Nós temos ideias próximas, mas precisamos trabalhar muito”, disse à AFP o vice-ministro do Meio Ambiente do Peru, Gabriel Quijandría. As diferenças políticas na região também impactam as negociações das Nações Unidas. E as ambições estratégicas. O México, por exemplo, é um dos poucos países, juntamente a UE, Suíça, Rússia e Estados Unidos, que já apresentou seus compromissos para reduzir gases de efeito estufa. “O México tem claramente um nível diferente de desenvolvimento, foi presidente do COP, não é do G77 (grupo de países em desenvolvimento). Ele está estabelecendo o padrão que o restante vai adotar”, afirmou à AFP, em Bonn, o negociador-chefe chileno, Andres Pirazzoli. Brasil e Argentina são parte do próprio G77, e claramente operam lá dentro. O México tem o objetivo de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2030, prorrogável até 40% caso haja um acordo global sobre questões como um preço internacional da tonelada de CO2, ou transferência de tecnologia. O Chile acaba de completar uma consulta pública sobre seu compromisso de reduzir os gases. “É um marco inédito no Chile, submeter ao escrutínio público uma posição nacional”, explicou Pirazzoli. A falta de apresentá-la aos outros negociadores da COP, a posição do Chile se situaria entre 25% e 45% das reduções de gases, embora sob uma metodologia diferente da mexicana. Algo comum nas negociações sobre as alterações climáticas, submetidas às diferenças específicas entre cientistas e ativistas sobre quais são as melhores ferramentas para lutar contra o aquecimento global. O Peru também se dispõe a apresentar seus próprios objetivos. “Temos uma proposta com quatro cenários, um cenário preferível de redução de 31% nas emissões” em 2030, contou o vice-ministro do Meio Ambiente do Peru, Gabriel Quijandría. Depois, há o grupo ALBA, liderado por Venezuela e as ilhas do Caribe como República Dominicana, Haiti e Cuba, que participam da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS, por sua sigla em inglês). A AOSIS é uma coalizão de quarenta membros ativos para combater o perigo de um aumento do nível do mar devido às alterações climáticas. Com exceção do México, os países latino-americanos não são diferentes do restante em termos de estratégia para esgotar o limite máximo, em 30 de junho, antes de submeter seus compromissos de redução de gás. “Estamos falando de decisões que afetarão o futuro desenvolvimento do país, decisões que terão impacto sobre o tipo de investimentos que nós seremos capazes de atrair, que tipo de setores seremos capazes de promover”, argumentou o vice-ministro peruano. “É importante que sejamos pacientes, os países querem tomar decisões informadas” antes de se comprometerem com o restante do planeta, explicou o negociador chileno. Para a AILAC, assim como para todos os países em desenvolvimento, a mitigação da mudança climática é tão importante quanto a adaptação, “como faremos para fazer frente aos impactos que ocorrerão, façamos o que façamos, diminuamos as emissões que conseguirmos”, nas palavras do peruano. E, finalmente, a transferência de tecnologias, de ferramentas, dos países desenvolvidos. O G7 prometeu na última segunda-feira um apoio ao projeto dos países desenvolvidos de aportar 100 bilhões de dólares anualmente ao Fundo Verde a partir de 2020. O Peru co-preside o Fundo Verde, e espera apresentar os primeiros projetos ao público em outubro. (Fonte: Terra)

Brasil tem mais de 1 milhão de casos de dengue

Até o dia 30 de maio deste ano, 1.021.004 casos de dengue foram notificados em todo o país. Na comparação com 2014, quando foram notificados 411,2 mil casos da doença no Brasil, houve aumento de 148%. Os dados foram divulgados na quarta-feira (10) pelo Ministério da Saúde durante audiência pública no Senado. O novo balanço revela que foram registrados 314 casos graves da doença e 378 mortes no mesmo período deste ano. Números da pasta mostram que, entre maio e abril deste ano, já houve uma redução de 68% nos casos notificados. Os números mostram que o Centro-Oeste apresentou a maior incidência de casos da doença, com 787,9 casos para cada 100 mil habitantes e um total de 119.912 casos. Já o Sudeste é a região do país com o maior número de casos, totalizando 659.900. Em relação aos óbitos, houve aumento de 33% em 2015 em comparação aos 285 registrados no ano anterior. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou que o país enfrenta uma situação parecida com a de 2013, quando foram notificados 1,3 milhão de casos de dengue e 494 mortes. “O resultado positivo de 2014 [quando houve redução expressiva dos casos e das mortes por dengue] deveria ter resultado na intensificação das medidas de controle”, disse. Chioro acrescentou que, com a chegada do inverno, acompanhada pela queda de temperatura e pela redução das chuvas, a tendência é que os casos de dengue diminuam. “Já estamos observando uma diminuição expressiva dos casos de dengue”, disse o ministro. “A tendência é continuar caindo”, concluiu. (Fonte: Agência Brasil)

ONGs querem participar de proposta para Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

As organizações não governamentais (ONGs) brasileiras reivindicam participação efetiva na proposta do país para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU). As 17 metas negociadas entre os 193 países membros da ONU vão substituir Objetivos do Milênio, conjunto de metas acertadas no ano 2000 para serem cumpridas até 2015. O novo acordo deverá ser fechado em setembro, em um encontro em Nova York. “Um dos pontos preocupantes é a inexistência de espaço formal de diálogo entre a sociedade civil brasileira para que possamos apresentar nossas ideias, reivindicações e participar do processo de construção dessa implementação”, destacou uma das diretoras da Associação Brasileira de ONGs (Abong), Alessandra Nilo, durante encontro realizado na quarta-feira (10), em São Paulo, para discutir contribuições da sociedade civil para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Segundo Alessandra, apesar da abertura de parte do governo às propostas dos movimentos organizados, essas contribuições não são necessariamente incorporadas à visão oficial. “A gente senta e conversa com os representantes. Eles nos recebem e a gente dialoga, mas no campo da informalidade.” Para Alessandra, o Brasil deve aprofundar as discussões em relação a algumas pendências dos Objetivos do Milênio que não foram plenamente alcançadas. “O Brasil tem uma grande pendência dos objetivos femininos, que são os direitos das mulheres e a equidade entre homens e mulheres”, acrescentou. Segundo ela, no campo da educação, também faltaram avanços necessários. “Apesar de termos avançado muito quantitativamente, no sentido de colocar crianças nas escolas, ainda observamos que o déficit da qualidade da educação no Brasil merece bastante atenção.” Mesmo com dificuldades em temas específicos, Alessandra Nilo lembrou a importância de se analisar as questões de maneira global. “Não dá para olhar uma área sem a outra. É uma agenda que só funciona se implementada integralmente. Isso também é um desafio interessante para o país, porque nos obrigará a articular políticas de diversos setores”, concluiu. (Fonte: Agência Brasil)

Brasil terá R$ 9,9 mi para camada de ozônio

O Brasil investirá US$ 3 milhões (R$ 9,9 milhões) na proteção da camada de ozônio. Provenientes de doações de países desenvolvidos, os recursos serão usados em projetos para tirar de circulação os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), substâncias ainda usadas em espumas e em equipamentos de refrigeração e responsáveis por destruir a concentração de gás ozônio que protege a Terra dos raios ultravioletas. Os recursos fazem parte da quarta parcela da primeira etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). O repasse provém do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal (FML), no qual nações desenvolvidas depositam verba para financiar ação de eliminação da produção e do consumo das substâncias destruidoras do ozônio. A previsão é que a quantia seja investida em diversas linhas de ação. Entre elas, está a preparação de novos contratos com o setor privado para promover a substituição, no processo produtivo, dos HCFCs por substâncias inofensivas à camada de ozônio e ao meio ambiente. Além disso, serão realizadas atividades de gestão e de verificação dados referentes ao consumo dos hidroclorofluorcarbonos em território nacional. Consulta pública – Os brasileiros poderão contribuir para a exclusão das substâncias destruidoras de ozônio no processo produtivo brasileiro. Até o próximo dia 14, está aberta consulta pública para o recebimento de contribuições para a segunda etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos Hidroclorofluorcarbonos (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O objetivo é definir as ações que serão executadas de 2015 a 2020 e solicitar recursos para essa execução. Na primeira etapa do programa, o Brasil se comprometeu a congelar o consumo dos HCFCs e a reduzir em 16,6% o uso das substâncias até 2015. Para 2020, a meta é reduzir em 35% do consumo da linha de base. As contribuições serão analisadas e servirão para subsidiar a construção da segunda etapa do PBH, que será submetida ao Comitê Executivo do FML, em reunião marcada para novembro próximo. Para participar, basta acessar o documento, preencher o formulário e enviar para ozonio@mma.gov.br. (Fonte: MMA)

sábado, 6 de junho de 2015

6 gatilhos climáticos que poderiam mudar completamente nosso mundo

Um dos maiores temores sobre a mudança climática é que ela pode gerar eventos que vão alterar drasticamente a Terra como a conhecemos. Esses eventos podem contribuir para a extinção em massa de espécies, dramática elevação do nível do mar, secas extensas e a transformação de florestas em vastas pastagens, por exemplo. Sabemos que a Terra já passou anteriormente por eventos relacionados com o clima. Mas a situação de hoje é diferente, porque desta vez são os seres humanos que estão conduzindo estas mudanças e o aquecimento está ocorrendo em um ritmo muito mais rápido. Confira os seis maiores eventos climáticos com os quais cientistas se preocupam atualmente: 1. Derretimento no Ártico eventos climaticos aquecimento global 1 O derretimento do gelo no verão do Ártico é considerada a maior ameaça climática do momento. Alguns cientistas pensam que esse evento já passou do ponto no qual podíamos fazer alguma coisa a respeito. Conforme o gelo do mar do Ártico derrete e se aquece, a água do oceano exposta absorve mais luz solar, o que reforça o aquecimento. A transição para um verão ártico sem gelo pode ocorrer rapidamente – dentro de algumas décadas -, o que tem implicações geopolíticas conforme as nações competem por recursos como espaço e petróleo. Adicionado a isso vem o dano que resultaria da interrupção de todo um ecossistema. 2. Groelândia sem gelo eventos climaticos aquecimento global 2 O aquecimento do Ártico também deve deixar grande parte da Groelândia sem gelo. Embora essa perda de gelo provavelmente chegue ao ponto de não retorno este século, a transição completa levará pelo menos algumas centenas de anos. O derretimento na região deve elevar os níveis dos mares em até 6 metros. Metade das 10 maiores cidades do mundo, incluindo Nova York, e um terço das 30 maiores cidades do mundo já estão ameaçadas por este aumento do nível do mar. Hoje, essas cidades são o lar de cerca de 1,8 bilhões de pessoas. 3. Desintegramento do gelo na Antártica Ocidental eventos climaticos aquecimento global 3 Do outro lado da Terra, a camada de gelo da Antártida Ocidental também está se desintegrando. Como a parte inferior desta geleira fica abaixo do nível do mar, é vulnerável a dissolução rápida conforme a água quente do oceano corrói seu gelo. Novamente, chegaremos a um ponto de não retorno ainda este século. O colapso total da geleira, que elevaria o nível do mar em quase 5 metros, pode levar algumas centenas de anos. 4. El Niño como um evento climático permanente eventos climaticos aquecimento global 4 Os oceanos absorvem cerca de 90% do calor extra preso na Terra por gases do efeito estufa. Isso pode afetar sua dinâmica, que controla eventos como o El Niño. Embora existam várias teorias sobre o que poderia acontecer no futuro, a consequência mais provável dessa absorção de calor pelo oceano é que o El Niño, fenômeno climático natural, torne-se uma parte mais permanente de nosso sistema climático. Isso causaria secas extensas no sudeste da Ásia e em outros lugares, enquanto algumas áreas propensas a secas hoje, como a Califórnia, iriam ter algum alívio. A transição para um mundo com mais El Niños deverá ser gradual e demorar cerca de cem anos, mas tal mudança já deve ser iniciada este século. 5. Morte da floresta amazônica FILE - This Sept. 15, 2009 file photo shows a deforested area near Novo Progresso in Brazil's northern state of Para. Brazil's government says destruction of its Amazon rainforest has jumped by 28 percent. The sharp jump in deforestation came in the August 2012 through July 2013 period, the time when Brazil measures the annual destruction of the forest. (AP Photo/Andre Penner, File) O desmatamento, uma estação seca mais longa e o aumento das temperaturas no verão estão ameaçando a quantidade de chuvas na Amazônia. Pelo menos metade da floresta poderia se transformar em savana e pastagens. Uma vez que a mudança for acionada, pode se completar durante apenas algumas décadas. Isso tornaria muito difícil para a floresta tropical restabelecer-se e levaria a uma perda considerável da biodiversidade. No entanto, a redução da Amazônia em última análise depende do que acontece com o El Niño, juntamente com futuras mudanças de uso da terra pelos humanos. 6. Fim de metade das florestas boreais eventos climaticos aquecimento global 6 O aumento do estresse hídrico e térmico pode ter consequências nas grandes florestas do Canadá, Rússia e outras partes do Hemisfério Norte. Elas podem se tornar mais vulneráveis a doenças e incêndios, o que por sua vez pode levar a uma redução de 50% de suas terras – um evento a partir do qual elas nunca devem se recuperar. Em vez disso, haverá uma transição gradual para florestas abertas ou pastagens ao longo de várias décadas. Isso teria um enorme impacto sobre o balanço de carbono no mundo, uma vez que as florestas podem absorver muito mais gás do que pastagens. Se elas diminuírem, o clima será afetado – assim como o balanço energético da Terra. No entanto, a complexa interação entre fisiologia das plantas, o permafrost e incêndios torna a situação difícil de ser bem compreendida ou prevista pelos cientistas. [LiveScience]

Himalaia pode ficar sem neve até final do século, diz estudo

Escalar o Himalaia é um dos maiores desejos de muitas pessoas por sua vista deslumbrante e geleiras impressionantes com vales e picos. As geleiras do local formam não só a paisagem, mas também a cultura das pessoas que vivem ali. Mas, de acordo com um novo estudo, caso as emissões continuem no mesmo ritmo, os rios de gelo não podem durar por muito tempo. As informações são do IFL Science. Um time de cientistas estuda a perda de gelo na região do Everest nos Himalaias e concluiu que caso as emissões de gases do efeito estufa continuem a crescer, o volume geleira poderia ser reduzido em entre 70 e 99% até o final do século. Apesar de haver variações possíveis em suas previsões, é praticamente certo que a região vai perder uma parte enorme de seu gelo durante as próximas décadas. “A mudança na geleira da região é clara: a perda de massa é contínua e possivelmente acelerada, dado o aumento previsto das temperaturas”, disse Joseph Shea, um hidrólogo do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado da Montanha e principal autor o estudo, publicado no The Cryosphere. O derretimento das geleiras pode levar a avalanches, terremotos e formação de lagos, o que levaria ao rompimento de barragens. Por sua vez, isto poderia aumentar que o rio da região flua de uma maneira 100 vezes maior do que o normal, podendo causar inundações desastrosas. A população local depende de água de degelo para a estação seca até que as chuvas de monções cheguem. (Fonte: Terra)

Alimentação equilibrada fortalece o nosso sistema imunológico

O sistema imunológico está sempre lutando contra os vírus e bactérias. Entretanto, se por algum motivo o sistema se enfraquece, as brechas aparecem e fica fácil para o inimigo se instalar. E quando você fica doente? Quando está estressado? O Bem Estar desta sexta-feira (29) mostra que existe sim uma relação entre o estresse e a imunidade. Participaram do programa a infectologista Rosana Richtmann e o psicobiólogo Ricardo Monezi. Quando a pessoa se estressa, as glândulas suprarrenais produzem vários hormônios, principalmente o cortisol. Se o estresse continuar, o corpo entra na fase de exaustão. O cortisol deixa as células de defesa mais lentas e menos reativas, o que afeta a produção de anticorpos. Quando o estresse diminui, o cortisol volta ao normal. Mas quando o cortisol está abaixo do nível normal, ele também pode desequilibrar o sistema de defesa e facilitar o surgimento de inflamações, alergias e doenças autoimunes. O estresse pode interferir na defesa imunológica e nessas horas muitas doenças podem atacar. As doenças virais são as mais frequentes: herpes, amidalite, estomatite, problemas na pele, gripe, problemas nas vias áreas (sinusite, rinite, bronquite, asma) e conjuntivite. Elas são um alerta. Essas infecções aparecem quando a imunidade está baixa. E como fortalecer o sistema imunológico? Os médicos explicam: tenha uma vida mais saudável. Comer bem, repor vitaminas, comer fontes de proteína, praticar exercícios e não se privar do sono ajudam e muito para manter a imunidade. Se você estiver doente, precisa repousar para o sistema imune não gastar energia a toa e focar no combate à infecção. (Fonte: G1)

Hábitos simples ajudam a evitar a gripe

Com um interesse cada vez menor pela vacina contra a gripe, a população pode tomar medidas alternativas para evitar o vírus, cuja circulação aumenta com a aproximação do inverno. Para evitar a doença, o diretor de vigilância de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch orienta que é fundamental manter medidas simples de prevenção, como lavar as mãos várias vezes ao dia e evitar contato com pessoas contaminadas. Gestos tidos como de boa educação também ajudam, não apenas em relação aos outros, mas também a si próprio. "A gente recomenda que se cubra a boca e o nariz com o braço na dobra do cotovelo justamente pra que se evite um jato de gotículas e que não se contamine as mãos. Se a pessoa estiver preparada com uma caixa de lenço de papel, ela pode usar o lenço de papel de forma que após o uso ele é jogado fora, mas é muito importante que em seguida leve bem as mãos," disse Maierovitch. Outra medida para evitar o contágio do vírus da gripe é não compartilhar objetos de uso pessoal. "Esses objetos podem ser facilmente descontaminados, sendo lavados com água e sabão, mas de qualquer forma deve-se evitar o compartilhamento de copos, de talhares, de toalhas de rosto, de qualquer tipo de objeto que possa se contaminar com a secreção das pessoas," recomenda Maierovitch. http://www.diariodasaude.com.br/

O fim dos lixões

Quem causar poluição que possa resultar em danos ao meio ambiente, incluindo a disposição inadequada de resíduos sólidos, pode levar multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. – Por Lucas Tolentino, do MMA – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou na quinta-feira, 28 de maio, a importância de um trabalho conjunto nas cidades brasileiras para garantir o encerramento dos “lixões” – forma inadequada de disposição final de resíduos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. O posicionamento foi defendido em rodada de debates do último dia da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Questões como o tamanho e a população residente nas cidades devem ser levadas em consideração. “É intolerável que o país ainda lide com o lixo dessa forma”, declarou a ministra. Para ela, a gestão dos resíduos deve priorizar, também, a recuperação de áreas degradadas e a promoção da qualidade de vida. “Os caminhos precisam buscar essa conversão”, explicou. A ministra ressaltou o engajamento de todos os envolvidos com o assunto. De acordo com Izabella, há um esforço generalizado dos governos locais para efetivar o encerramento dos lixões. “Essa agenda traz soluções que dialogam com todo o país e tenho visto todas as instâncias da administração envolvidas com a pauta”, analisou. “É preciso ter um olhar diferenciado.” Saiba mais A Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). De acordo com a legislação, o prazo para fechamento dos lixões acabou em agosto de 2014. Desde então, os rejeitos precisam ter uma disposição final ambientalmente adequada. Além disso, as áreas ocupadas anteriormente pelos lixões precisam ser isoladas e recuperadas. Deixar de encerrar os lixões gera insegurança jurídica para os municípios. Segundo a Lei de Crimes Ambientais, quem causar poluição que possa resultar em danos ao meio ambiente, incluindo a disposição inadequada de resíduos sólidos, pode levar multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Os responsáveis poderão ser responsabilizados e é de competência constitucional que os municípios organizem e prestem os serviços públicos de interesse local, entre os quais se encontra a gestão de resíduos sólidos. (Ministério do Meio Ambiente/ #Envolverde) * Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.

O que se deve saber sobre a importante reunião em Bonn

O caminho para a COP 21 está se encurtando. Restam apenas sete meses para que os 195 países que integram a Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CMNUMC) consigam assinar um acordo global para reduzir os gases de efeito estufa (GEE) e assim enfrentar os efeitos da mudança climática. Para continuar com o calendário prévio a Paris e com as negociações, os representantes das nações se reunirão entre 1º e 11 de junho em Bonn, na Alemanha, na nona parte da segunda sessão do Grupo de Trabalho Especial sobre a Plataforma de Durban para uma Ação Reforçada (ADP 2.8). Em Bonn espera-se que tenha início o processo de “streamlining”, ou simplificação do rascunho de negociações, agora chamado “Texto de Genebra”, que conta atualmente com 90 páginas. O desafio que as partes têm é sintetizar a informação para que em Paris se possa negociar sobre um documento muito mais claro e preciso. Os copresidentes do grupo de trabalho ADP, Ahmed Djoghlaf (Argélia) e Daniel Reifsnyder (Estados Unidos), afirmaram em uma nota verbal que o notável progresso na sessão ADP em Genebra foi testemunho da firme vontade de todas as partes para assegurar a implantação exitosa do mandato ADP e seu compromisso para um acordo universal que será adotado durante a COP 21 em Paris. Durante as negociações em Bonn serão eliminados do documento os pontos que não alcançarem um consenso entre as partes, e também se dará início à discussão sobre o caráter legal do novo acordo climático que se espera seja assinado em Paris. Eduardo Durand, diretor de Mudança Climática do Ministério do Ambiente do Peru, afirmou que seu país, como atual presidente da COP 21, trabalha junto com a França para impulsionar os esforços necessários para a implantação de um acordo mundial na COP 21 que permita enfrentar o aquecimento global. “Nas reuniões de Bonn será melhorado o rascunho do acordo que já está aprovado. Vamos eliminar as diferenças para podermos definir algumas coisas, como o método de revisão das contribuições nacionais. Também se começará a negociar o tema da legalidade do acordo mundial. É preciso considerar que não se deve esperar um pré-acordo, e Bonn nos dará maior clareza sobre as negociações”, opinou Durand. Por sua vez, Tania Guillén, do Centro Humboldt e da rede Climate Action Network Latino-Americana (CAN-LA), disse que em Bonn é fundamental acontecer o debate sobre o financiamento climático pré-2020 e pós-2020, dois temas importantes para a região. “Um tema controverso mas que também deve ser revisado em Bonn é o de perdas e danos, que é de vital importância para muitos países da região, principalmente da América Central, cujos países estão mais expostos às consequências do aquecimento global”, acrescentou. “Por exemplo, Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua estão entre os primeiros 15 lugares do índice de risco climático do GermanWatch, e, segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), estes países gastaram até 10% de seu PIB para se recuperarem dos desastres da última década”, explicou Guillén. As reuniões em Bonn também permitirão que a América Latina continue negociando o tema de financiamento em adaptação e o apoio para a transferência de tecnologia para um desenvolvimento baixo em carbono. “Deve ser uma posição da região que o novo acordo climático tenha que se basear na ciência, que o aumento da temperatura global seja inferior a 1,5 grau centígrado, considerando que nas últimas publicações já se disse que as projeções para os dois graus são muito incertas”, destacou Guillén. Mitigação continua sendo um tema importante nas negociações, por isso é muito importante que os países possam conservar todos os elementos que aumentem a ambição climática e que prevejam a eliminação dos que já estão incluídos. Enrique Maurtua Konstantinidis, coordenador do Projeto Agendas Nacionais FARN, indicou que esse tema é fundamental para Paris 2015 e acrescentou que a América Latina, da mesma forma que o restante dos países, deve procurar dirigir as negociações para um resultado ambicioso. “É muito importante que os países velem pela integridade do texto, assegurando que todos aqueles parágrafos que apontam para a redução de emissões, o apoio aos países mais necessitados e a adaptação dos países em vias de desenvolvimento permaneçam, enquanto se evite agregar parágrafos que promovam falsas soluções ou reduzam o nível de ambição”, afirmou Konstantinidis. Simultaneamente às negociações ou aos eventos oficiais, acontecerão os side events e exibições. Para saber as datas e horários pode-se entrar aqui. Além disso, para seguir algumas negociações ao vivo pode-se entrar neste link, e para os que querem saber todos os detalhes podem baixar este APP de uso exclusivo para iPhone ou iPod. No Twitter oficial do grupo ADP é possível encontrar todos os documentos oficiais das negociações. #Envolverde/Conexion COP * Tradução e edição: Envolverde. ** Publicado originalmente no site Conexion COP.