Com isso, a produção nacional passará de 1,5 milhão de comprimidos para 3,2 milhões, até 31 de dezembro. O Brasil é o único fabricante mundial do produto.
O evento contou com a presença da diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, além de participantes de 120 países.
“O Brasil assume não só compromisso de reduzir doença de Chagas, como vamos fazer a entrega imediata de 225 mil comprimidos para os Médicos Sem Fronteiras”, afirmou Padilha.
Segundo ele, a medida foi adotada a partir de demandas da OMS e da Organização Panamericana de Saúde.
De acordo com Padilha, a decisão foi tomada nesta manhã, em reunião com a diretora geral da OMS e toda a indústria nacional farmacêutica brasileira.
“A discussão do acesso aos medicamentos é decisivo para o tema das determinantes sociais, porque assim como precisamos agir para reduzir desigualdade sociais, as políticas de saúde não podem reproduzir ou intensificar as desigualdades”, disse ele.
A conferência, que será realizada no período de 19 a 21 de outubro, pretende debater as consequências das desigualdades sociais na saúde. O Brasil foi escolhido pela OMS para ser sede do evento.
A abertura do evento vai ocorrer ainda nesta tarde, no Forte Copacabana, com a presença do presidente da República em exercício, Michel Temer.
Remédios biotecnológicos – Outra decisão fruto desta mesma reunião, de acordo com Padilha, é que a Anvisa publica, nesta quarta, um conjunto de regras sobre registro e produção de medicamentos biotecnológicos.
“Os produtos biotecnológicos são a nova fronteira de medicamentos para tratamentos de câncer, doenças anti-inflamatórias e doenças infecciosas. São os novos tratamentos mais eficazes e seguros para a população”, disse.
Como exemplo da importância da medida, Padilha explicou que 1% dos medicamentos oferecidos pelo SUS é biotecnológico, mas compromete 34% do orçamento do sistema.
Padilha acredita que o Brasil poderá dar um passo decisivo na produção desses remédios.
“Isso é um estímulo importante para produção nacional dos produtos biotecnológicos, que pode permitir remédios mais baratos e com isso o SUS poder ampliar o tratamento e atendimento à população”, afirmou.
A Anvisa também publica nesta quarta um guia de registro de dois produtos biotecnológicos: a heparina (anticoagulante) e o alfainterferona, importante para doenças infecciosas.
Além disso, uma câmara técnica permanente será criada pela Anvisa. “Serão chamados especialista tanto na área médica como também na área de produção, que vão propor novas regras de registro desses produtos e novas políticas”, explicou o ministro.
(Fonte: Carolina Lauriano/ G1)
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