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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Quem são os verdadeiros "culpados" pelo aquecimento global?

Sete culpados Um novo estudo sobre o aquecimento global promete acender as controvérsias sobre o tema, não tanto pelos resultados que apresenta, mas pela forma como os resultados estão sendo apresentados. Trata-se de um caso muito ilustrativo de como um "estudo científico" pode chegar a conclusões ou interpretações que pouco têm de científicas. Damon Matthews e seus colegas da Universidade de Concordia, no Canadá, queriam saber quais países contribuem mais para o aquecimento global "como uma forma de alocar responsabilidades históricas pelas mudanças climáticas observadas," segundo eles. Sua conclusão principal foi apresentada em seu estudo e em um comunicado à imprensa feito pela universidade, intitulado "Maiores criminosos do aquecimento global". A revista britânica New Scientist, alterou um pouco a manchete e publicou uma reportagem com o título "Os sete 'pecadores mortais' do aquecimento global". Os culpados, em ordem de culpa, crime ou pecaminosidade são: Estados Unidos, China, Rússia, Brasil, Índia, Alemanha e Reino Unido. Segundo os pesquisadores, esses países foram responsáveis por mais de 60% do aquecimento global entre 1906 e 2005. Antropogênico sem humanos Ocorre que a corrente principal da ciência defende que o aquecimento global é de origem antropogênica, ou seja, é causado pelo homem. Assim, para descobrir quais países mais contribuíram para o aquecimento global é necessário dividir os efeitos do aquecimento pela população de cada país. Quando isto é feito, o Canadá, país onde foi feito o estudo e que não aparece na anunciada lista de "criminosos", salta diretamente para o terceiro lugar do pódio - na verdade o Canadá é o 10º colocado na lista original, o que talvez explique um anúncio de cabalísticos "sete culpados". Quando a população é levada em conta, todas as primeiras sete posições - número de culpados escolhido pelos próprios pesquisadores - passam a ser ocupadas por países desenvolvidos. Os autores do estudo não concordam muito com isso: "Está claro que a população sozinha não determina a contribuição climática de um país", dizem eles, sem apresentar argumentos para essa alegada clareza, a menos que se considere a área de cada país - um elemento natural - como um fator essencial, o que tiraria peso do argumento de um aquecimento global antropogênico. Assim, a conclusão do estudo, e o que foi liberado para a imprensa com grande alarde, foi uma lista de supostos "criminosos" indiciados sem base científica, uma vez que trata-se de um cálculo de responsabilidade pelo aquecimento global causado por humanos que não leva em conta os humanos. Site Inovação Tecnológica

Inmetro lança lista com carros mais econômicos

Ranking classifica 495 modelos de 36 montadoras pelo gasto de combustível por quilometragem rodada, de acordo com parâmetros do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou na última semana uma lista que classifica carros de acordo com o seu gasto de combustível por quilômetros rodados. Neste ano, o instituto testou 495 modelos e versões de 36 marcas. Ao longo do ano, com o lançamento de novos modelos e versões, o ranking deve ser atualizado. A classificação é feita segundo paramentos do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que testa os automóveis em laboratórios, simulando as condições das vias urbanas e estradas. Depois disso, os veículos são ranqueados em categorias que vão de A até E, de acordo com seu desempenho. Após a classificação, caso a fabricante permita, os carros podem receber uma etiqueta que indica sua performance. Como a participação das montadoras não é obrigatória, algumas marcas, como a Chevrolet, não participaram da lista. No segmento dos subcompactos, no qual estão presentes os automóveis considerados populares, o veículo mais econômico para a cidade foi o Renault Clio 1.0 modelo básico – sem ar-condicionado e direção hidráulica –, com um consumo médio de 9,5 quilômetros por litro de álcool e 14,3 quilômetros por litro de gasolina. As piores notas ficaram com o Chery Face 1.3 Flex e o Fiat 500 Sport Air. Na categoria dos médios, os modelos híbridos do Toyota Prius e do Lexus CT200h foram os únicos com A tanto em sua categoria específica quanto na comparação geral. As piores notas foram as do Volvo V40. Entre os automóveis considerados grandes, nenhum teve dupla nota A, e o Honda Civic obteve as melhores classificações. Entre os piores estão o Mitsubishi Lancer, Audi Q3 e JAC J6, cujos motores são movidos apenas à gasolina. No segmento extra grande, o carro mais econômico é o Nissan Altima com motor à gasolina, com consumo de 10,1 km/l no ciclo urbano e 13,1 km/l no rodoviário. O Bentley Continental V8 foi o que apresentou as piores notas. Na categoria utilitário esportivo, também não houve duplo A, e os mais econômicos foram o Fiat Uno Way, o Palio Weekend, o EcoSport 1.6 manual e 2.0 de dupla embreagem, o Renault Duster 4x2 2.0, o Kia Sportage automático, o MitsubishiOutlander CVT e o Toyota RAV-4. Os menos econômicos foram o Jeep Compass e os Hyundai Tucson e ix35. Já entre as minivans, a mais econômica é o Fiat Dobló Attractive, e as menos econômicas são as Chrysler Town e Country. Por fim, entre os esportivos as notas mais altas foram dos Mercedes Classe C (C180) e SLK 250, dos Porsches Boxster e Cayman e o Volkswagen Fusca. As mais baixas foram das marcas Ferrari, Lamborghini e Maserati. Tecnologias para a economia e sustentabilidade Índices como o do Inmetro possibilitam que os consumidores fiquem atentos e percebam como – e se – as novas tecnologias que buscam reduzir o consumo de combustíveis e a emissão de gases do efeito estufa (GEEs) de fato funcionam. Entre essas novas tecnologias estão motores com melhor consumo, que reduzem as emissões de CO2 em até 20%, caixas de câmbio automáticas e também combustíveis com menor presença de poluentes. Outra tecnologia que vem chamando a atenção dos consumidores são os automóveis híbridos e elétricos, que utilizam a energia elétrica para movimentar o veículo. Contudo, apesar da boa aceitação que veículos híbridos e elétricos apresentam nos mercados dos países mais desenvolvidos, no Brasil a utilização de carros elétricos cresce lentamente, visto que ainda há muitos obstáculos para a implementação dessa nova tecnologia no país. Uma das razões disso é o preço proibitivo dos automóveis, que, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), custam em média R$ 200 mil. Mesmo os mais baratos apresentam um valor entre R$ 120 mil e R$ 130 mil, muito superior ao custo dos carros mais acessíveis à população. Outra razão, de acordo com a ABVE, é a infraestrutura da recarga de automóveis elétricos, que ainda é precária no país. Essa infraestrutura, que inclui equipamentos de recarga, medidores de consumo e formas de cobrança, ainda é pouco encontrada no Brasil, e diversas cidades sequer possuem a tecnologia. A associação afirma que a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, deve ser a primeira do país a disponibilizar infraestrutura para receber os carros elétricos, mas não há previsão de que muitas outras cidades acompanhem o município em breve. Com isso, infelizmente, talvez a melhor opção para o consumidor brasileiro ainda seja ficar de olho nas inovações que tornam os automóveis movidos a combustível mais econômicos e sustentáveis. http://www.institutocarbonobrasil.org.br/

Fortaleza/CE vacina contra sarampo após confirmação de 10 casos da doença

Começou na segunda-feira (27) a campanha de vacinação contra o sarampo em Fortaleza. A campanha ocorre após confirmação de dez casos da doença, passados 15 anos do último registro na capital cearense. Dos casos confirmados, seis são de crianças com menos de 1 ano de idade. Os outros quatro casos são de uma criança maior de 1 ano e de três adultos. Crianças de 6 meses a 5 anos devem tomar a vacina, independentemente das marcações no cartão de vacinação. Para bebês com menos de 1 ano, a campanha iniciou no último sábado (25). A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar 160.551 crianças até o dia 8 de fevereiro. Adolescentes e adultos que nunca se vacinaram devem procurar um posto de saúde. A assessora técnica de imunização Renata Dias disse que há uma investigação para apurar a origem dos casos de sarampo. A doença é contagiosa, transmitida por gotículas de saliva ao se tossir, espirrar ou falar perto de outra pessoa. O risco aumenta a urgência da vacinação. Renata explicou que a melhor maneira de evitar novos casos da doença é uma vacinação maciça da população. “A gente pede para que a população se mobilize, confira seu cartão de vacinação e de seus filhos e vá ao posto de saúde”. O chamado Dia D da campanha será no próximo sábado (1º). Neste dia, a aplicação da vacina será ampliada para os municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Aquiraz, Eusébio, Pacajus, Horizonte, Pacatuba, Cascavel, Chorozinho, Guaiúba, São Gonçalo do Amarante, Itaitinga e Pindoretama, todos na região metropolitana de Fortaleza. (Fonte: Agência Brasil)

Vídeo da Nasa mostra ‘evolução’ do calor no planeta entre 1950 e 2013

Cientistas do setor de pesquisa climática da agência espacial americana, a Nasa, divulgaram um vídeo que mostra o aumento da temperatura em diferentes partes do planeta entre 1950 e 2013. De acordo com o Instituto Goddard para Estudos Espaciais, o ano passado empatou com 2009 e 2006 como o sétimo mais quente desde 1880, quando começaram as medições deste tipo. Em 2013 a média global da temperatura foi de 14,6ºC, 0,6ºC mais quente que a média registrada em todo século 20. Segundo a agência, a temperatura média da Terra está 0,8ºC mais alta desde 1880. Os cientistas enfatizam que flutuações das temperaturas de ano para ano fazem parte dos padrões climáticos, mas os constantes aumentos nos níveis de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra podem direcionar para mais períodos de calor a longo prazo no planeta. Ainda de acordo com a Nasa, o ano passado foi o 42º mais quente no território continental dos Estados Unidos. Para alguns outros países, como a Austrália , 2013 foi o ano mais quente já registrado. Relatório do IPCC – Em setembro passado, cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgaram novo relatório que aumenta o grau de certeza em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global. O texto afirmava que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha aumentado a temperatura global a partir de segunda metade do século passado. O documento mostrava também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para “níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos”. Quanto às previsões, o IPCC sugeriu que até 2100 a temperatura no planeta pode aumentar entre 2,6 ºC 4,8 ºC se não houver controle do lançamento de gases-estufa. Além disso, o nível do mar pode subir 82 centímetros nos próximos 87 anos no mesmo cenário. (Fonte: G1)

‘The Elders’ lançam apelo aos líderes mundiais a favor do clima

O grupo internacional conhecido como “The Elders”, que conta com o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, pediram nesta sexta-feira que os líderes mundiais deem demonstrações de coragem ante o problema da mudança climática, “o maior desafio de nosso tempo”. “Quando Nelson Mandela fundou o grupo ‘The Elders’, ele nos pediu para sermos mais audazes e emprestar nossa voz àqueles que não a têm”, escreveu o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan em uma coluna publicada nos jornais O Estado de São Paulo, Le Figaro (França), Washington Post (EUA), Süddeutsche Zeitung (Alemanha), El Universal (México) e Huanqiu Shibao (China). Para o grupo, que reúne diferentes personalidades de distintos países que trabalham a favor da solução dos conflitos mundiais, 2014 é um ano decisivo na luta contra a mudança climática, com a cúpula organizada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em setembro, em Nova York, destinada a preparar a grande conferência de 2015, em Paris, na qual se espera concluir o acordo mais ambicioso jamais alcançado para reduzir as emissões de gás de efeito estufa. “É imperativo que os governos e os empresários levem para esta cúpula medidas ambiciosas se quisermos assinar um novo acordo sólido em 2015, em Paris, que seja universal e juridicamente vinculante”, escreveu ainda Kofi Annan. Segundo o ex-chefe da ONU, “estamos numa encruzilhada. Se tomarmos uma certa direção, corremos o risco de transmitir um terrível legado para nossos filhos e netos. Se escolhermos outra, teremos a possibilidade de colocar nosso mundo no rumo de um futuro mais justo e sustentável”. (Fonte: UOL)

Calor e umidade favorecem o surgimento de micoses

"Pequenas manchas surgem na pele logo depois de uma visita ao clube ou após as férias na praia. Para quem não faz idéia do que pode ser, a resposta é uma só: micose. No entanto, nem toda mancha nítida pode ser chamada de micose, como popularmente acontece. Como as lesões na pele são semelhantes, apenas um médico tem condições de fazer o diagnóstico correto. A chamada micose "de verão" pode, na verdade, ser uma alteração na pele causada pela exposição prolongada ao sol. A coincidência é que a verdadeira micose é um problema beneficiado pela umidade. Ou seja, pode ocorrer com mais freqüência nos clubes, nos vestiários de academia ou em outros ambientes semelhantes". O Que é As micoses superficiais são doenças que acometem a pele, causadas pela ação dos fungos, que utilizam a camada mais superficial da pele como alimento. Há diversos tipos de micose causadas por grupos diferentes de fungos. O problema, que se propaga com rapidez, pode aparecer em locais variados, como braços, virilha, pés e mucosas. Os tipos mais comuns de fungos causadores de micose estão presentes na própria pele dos seres humanos ou então em animais como gatos e cachorros. A existência natural dos fungos na pele não significa que todas as pessoas terão micose. Para que a doença acometa as pessoas, são necessários alguns fatores, como uma queda no sistema de defesa do organismo. Com isso, o fungo penetra na pele e, encontrando condições ideais, se desenvolve. A umidade, o calor e lesões na pele são algumas características que agradam esses agentes patogênicos, facilitando sua proliferação. Nomes Populares É comum que a micose tenha denominações específicas, conforme a área que atinge. Entre os dedos do pé, por exemplo, a micose é chamada de "frieira". Sua ocorrência neste local é freqüente em pessoas que não enxugam os pés adequadamente ou que usam sapatos fechados por longos períodos. A dificuldade na absorção do suor deixa os pés úmidos. O calor mantido dentro do sapato associado à umidade favorece a ação dos fungos. Outro tipo comum de manifestação da micose, cientificamente chamada de tinha, é a que ocorre na pele, em diversas regiões do corpo, sobretudo na virilha, nas mãos e na face. Nestas áreas, surgem manchas avermelhadas, de tamanhos variados, que têm a borda nítida e parecem descamar. No couro cabeludo, a micose é conhecida popularmente como "pelada". Nesta região, a doença aparece em placas, onde há perda de cabelo e descamação. É freqüente que a "pelada" apareça na infância, depois que a criança tem contato com animais que têm o fungo ou até mesmo com outros colegas que tenham o problema. Se não for tratada, a "pelada" evolui, causando falhas de cabelo que são permanentes. Nas unhas, a chamada onicomicose provoca espessamento. As unhas ficam opacas e com tonalidades amareladas, podendo descolar. A Candidíase "A candidíase também é um tipo de micose, que afeta a boca e a vagina, podendo atingir, em casos mais raros, os dedos da mão. Nesses casos menos comuns, a doença aparece entre os dedos, a partir do contato freqüente com água. Dói e, às vezes, inflama, podendo contribuir para o aparecimento da micose nas unhas", explica a dermatologista Maria Ester Massara Café. A candidíase também pode aparecer em crianças que usam fraldas, causando desconforto no bebê. Já a candidíase vulvovaginal provoca corrimento, além de manchas avermelhadas e úmidas. Neste caso específico de micose, o uso de anticoncepcionais ou outros tipos de medicamentos e a existência de doenças sistêmicas podem contribuir para o aparecimento do problema. A Dra. Maria Ester lembra que a candidíase, quando acomete crianças, é conhecida popularmente como "sapinho". No bebê, o "sapinho" não tem gravidade. No entanto, seu aparecimento em adultos pode revelar a existência de uma doença sistêmica, como por exemplo a Aids. "Se a pessoa percebe que a cândida está aparecendo com freqüência, sem responder adequadamente aos tratamentos, é preciso investigar os fatores que a estão provocando", recomenda a dermatologista. Adolescência Os adolescentes também são vítimas dos fungos, principalmente com a ocorrência da pitiríase versicolor, também chamada de "impigem". Este tipo de micose se caracteriza pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas ou rosadas por toda a pele. O fungo causador da pitiríase precisa de um alimento mais gorduroso, o que encontra com freqüência na pele de um adolescente. "A pitiríase é comum entre os jovens, mas pode também se repetir ao longo da vida. Isso ocorre quando a pessoa não tem resistência ao fungo", detalha a dermatologista. Diagnóstico Maria Ester explica que o diagnóstico das micoses superficiais não é difícil. No entanto, o problema pode ser confundido com alergias, outras alterações na pele e psoríase. Para comprovar a doença, é comum que o dermatologista peça um exame em que as manchas são raspadas e analisadas para verificar a presença do fungo. "A micose, normalmente, não é um problema grave ou que traz complicações. Mas é preciso ficar atento, pois seu aparecimento pode revelar a presença de outras doenças mais sérias ou de deficiências imunológicas", afirma. Como a pele tem um sistema de vigilância natural, o fungo só se desenvolve quando encontra oportunidade: o sistema de defesa cai por fatores internos ou por causas externas, como falta de higiene e cuidados. Tratamento A dermatologista explica que o tratamento da micose sempre vai depender do local atingido, da extensão e das características do caso. A medicação local à base de antifúngicos costuma ser a mais adotada, sobretudo nas manchas menores que aparecem na pele. Os medicamentos têm apresentações variadas como sprays, pomadas, cremes ou soluções. Entre os dedos, a solução pode ser a medicação mais adotada. Se o quadro de manchas na pele é extenso, o spray costuma ser o mais recomendado. Muitas vezes, as lesões na pele só desaparecem algum tempo depois que o tratamento já terminou. O preço dos medicamentos é variado: há opções mais baratas e com custo mais elevado. O tempo de tratamento também não é determinado. Muitas vezes, o uso da medicação pode ser mantido por três ou quatro semanas. A onicomicose pode ser tratada com a aplicação de remédios apresentados sob a forma de esmalte. "Se mais da metade das unhas já foi atingida, no entanto, recomendamos a medicação oral. O mesmo ocorre nas tinhas do couro cabeludo, nas manchas mais extensas na pele e em algumas formas de candidíase", explica a médica. A candidíase vulvovaginal também pode ser tratada com cremes vaginais. Já o "sapinho" é tratado com medicação oral e com limpeza da área atingida. Prevenção A dermatologista Maria Ester explica que há alguns cuidados que podem ser adotados para prevenir a ocorrência das micoses superficiais. A higiene é o primeiro passo. Principalmente nas áreas preferidas pelos fungos - como entre os dedos do pé e na virilha - é preciso manter a pele sempre seca, enxugando com cuidado após o banho. As unhas devem receber um cuidado especial, sendo mantidas sem traumas. É adequado evitar o uso prolongado de tênis ou de sapatos fechados. Freqüentadores de clubes e vestiários também devem evitar pisar descalços em locais úmidos, onde outra pessoa com micose pode ter pisado. Copyright © Bibliomed, Inc. Revisado em 23 de janeiro de 2014

Fumar causa ainda mais doenças do que pensávamos

Em uma ampla revisão da literatura científica, o médico mais conceituado dos Estados Unidos concluiu que o consumo de cigarros – muito conhecido por causar câncer de pulmão e doenças cardíacas – também causa diabetes, câncer colorretal e de fígado, disfunção erétil e gravidez ectópica. Em um relatório a ser lançado na próxima sexta-feira, dia 24, o cirurgião-geral em atuação, Dr. Boris D. Lushniak, ampliou significativamente a lista de doenças que podem ser causadas ou influenciadas pelo tabagismo. Os outros problemas de saúde que o relatório lista são perda da visão, tuberculose, artrite reumatóide, função imunitária debilitada e fenda palatina em filhos de mulheres que fumam. O relatório concluiu, ainda, que não havia provas suficientes para dizer que o fumo causava câncer de próstata. Também haveria provas sugestivas, mas não definitivas, que fumar causa câncer de mama. O tabagismo tem sido associado a estas doenças, porém o relatório mostrou pela primeira vez que o cigarro as causa. A descoberta não significa que fumar vai lhe dar todos os problemas listados, mas que alguns casos não teriam acontecido não fosse pelo cigarro. O relatório não é juridicamente vinculativo, mas é amplamente tido como um padrão para a evidência científica entre pesquisadores e formuladores de políticas. Especialistas não envolvidos na sua elaboração disseram que as descobertas são um resumo abrangente das evidências científicas mais atuais, e, enquanto elas podem não ser surpreendentes para os cientistas, se destinam a informar o público, os médicos e outros profissionais da área sobre os mais novos comprovados riscos do tabagismo. “Eu acho que a ciência foi muito bem feita e atualizada”, opinou o Dr. Robert Wallace, professor de epidemiologia e medicina interna na Universidade de Iowa (EUA), que ajudou a revisar o relatório. O novo documento vem 50 anos após o lançamento do relatório crucial do cirurgião-geral Dr. Luther Terry, em 1964, em que o governo americano concluiu pela primeira vez que o fumo causava câncer de pulmão. O tabagismo era profundamente enraizado na cultura americana na época: metade dos homens adultos e um terço das mulheres eram fumantes. Mesmo os médicos fumavam. Esse relatório recebe o crédito pelo início das mudanças do público em relação a fumar. Em 1965, cerca de 43% dos adultos eram fumantes, e em 2012, só cerca de 18% eram. No Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 1989 cerca de 32% da população de 15 anos ou mais era fumante, enquanto que, no ano de 2008, a prevalência de fumantes era de 17,2% (existiam cerca de 25 milhões de fumantes e 26 milhões de ex-fumantes). Já dados mais recentes do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelaram que o número de fumantes no Brasil acima de 18 anos de idade era de 14,8% em abril de 2012. Como se vê, o declínio não parou, mas desacelerou nos últimos anos. O novo relatório pede uma ação mais forte na luta contra o tabagismo. Este mal é a maior causa de morte prematura nos EUA, matando mais de 400 mil pessoas por ano. O relatório observa que muito mais norte-americanos morreram prematuramente de tabagismo do que em todas as guerras já travadas pelo país. Novo estudo mostra que o desejo por cigarro é hábito, e não vício Embora o tabagismo provoque a maioria dos casos de câncer de pulmão, causa apenas uma pequena fração dos casos de câncer de fígado e colorretal. Um fumante tem 25 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que alguém que nunca fumou, porém tem apenas cerca de 1,5 vezes mais chances de desenvolver câncer de fígado. “É uma associação bastante modesta, mas como muitas pessoas ainda fumam, ainda é uma importante causa desses cânceres”, disse Neal Freedman, epidemiologista do Instituto Nacional do Câncer. O relatório também conclui que os riscos de câncer de pulmão são muito maiores hoje do que em décadas passadas, embora os fumantes atuais consumam menos cigarros. Em 1959, as mulheres que fumavam eram 2,7 vezes mais propensas a desenvolver câncer de pulmão que as mulheres que nunca fumaram, e, em 2010, o risco adicional saltou quase dez vezes. Para os homens, o risco dobrou no mesmo período. O relatório disse que as mudanças no projeto dos cigarros, ou seja, o filtro, contribuiu para o aumento da letalidade. [The New York Times, INCA]

Arena das Dunas é exemplo de reaproveitamento de resíduos e captação da água da chuva

Inspirada na paisagem paradisíaca de Natal, a capital do Rio Grande do Norte, a A Arena das Dunas será inaugurada na quarta-feira, 22 de janeiro, depois de 29 meses de obras. Palco de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, o equipamento esportivo contou com práticas sustentáveis em sua construção, a partir da demolição do antigo estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”, inaugurado em 1972. As medidas ambientalmente corretas vão desde o reaproveitamento de resíduos das obras até a captação de água da chuva, que é usada no gramado e nos sanitários do estádio.A ideia foi criada na fase de planejamento das obras e foi posta em prática já no andamento da construção. O objetivo é que o trabalho continue após a Copa – a Arena das Dunas será utilizada, posteriormente, pelos grandes clubes de Natal: ABC e América. “Quase 100% do material da demolição foi reutilizado no próprio estádio. Fazemos um processo de seleção dos materiais e temos convênio com catadores, o que dá a destinação final”, explicou Charles Maia, diretor da Arena das Dunas, ao jornal Zero Hora. Pelo local, passaram cerca de 4.500 trabalhadores, que ajudaram a construir o equipamento com capacidade para 42 mil torcedores (com 10,6 mil assentos removíveis). Os investimentos no projeto são de R$ 400 milhões, com R$ 396,5 milhões de financiamento federal. Entre duas e quatro toneladas de resíduos foram produzidas mensalmente durante as obras. Por meio de uma parceria com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Rio Grande do Norte (Coocamar), todo o material reciclável — vidros, plásticos, papel, papelão e madeira — foi recolhido e destinado aos coletores. Água da chuva Além disso, a cobertura do estádio armazena água para ser reutilizada. A estrutura possui calhas que coletam a água das chuvas — que é levada para reservatórios abaixo da arquibancada inferior, depois filtrada e reutilizada no gramado e nos sanitários. A Arena das Dunas será inaugurada oficialmente às 16h, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Na Copa do Mundo, o estádio receberá quatro partidas da primeira fase: Grupo A – México x Camarões Grupo C – Japão x Grécia Grupo D – Itália x Uruguai Grupo G – Gana x Estados Unidos * Publicado originalmente no site EcoD.

Brasil seria o quarto maior responsável pelo aquecimento global

Estudo aponta que, por causa do desmatamento, nosso país ficaria atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia em termos de responsabilidade pelo aumento das temperaturas no planeta desde o início do século XX. O Brasil teria sido culpado pela elevação de 0,049⁰C nas temperaturas desde 1906, ou cerca de 7% do total do aquecimento global verificado no período, algo em torno de 0,74⁰C. Isso colocaria o país como o quarto maior responsável histórico pelo fenômeno, uma posição surpreendente e que vai contra o consenso de que as economias emergentes só agora, com o aumento de sua industrialização, estariam contribuindo significantemente para o aquecimento global. Quem está fazendo essa afirmação são pesquisadores canadenses, que publicaram no periódico Environmental Research Letters o estudo “National contributions to observed global warming”. Os autores, da Universidade de Concórdia, no Canadá, apresentam uma nova metodologia que promete medir a contribuição de cada tipo de emissão de gás do efeito estufa (GEEs), como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, na elevação das temperaturas. Segundo essa lógica, os Estados Unidos aparecem como o maior responsável pelo aquecimento global, com 0,151⁰C, ou 22% do total. Em seguida vem a China, com 0,063⁰C, 9%, a Rússia, com 0,059⁰C, 8%, o Brasil, com 0,049⁰C, 7%, e a Índia, com 0,047⁰C, 7%. Os países europeus aparecem como os grandes favorecidos pela metodologia, com gigantes industriais como Inglaterra e Alemanha sendo apontados como responsáveis por apenas 5% do aquecimento, 0,032⁰C e 0,033⁰C, respectivamente. “É surpreendente ver nações menos industrializadas nas primeiras posições, mas isso reflete suas emissões relacionadas ao desmatamento”, explica Damon Matthews, principal autor do estudo. A metodologia adotada é particularmente rigorosa com emissões do uso da terra, uma vez que mudanças na cobertura florestal são computadas de forma cumulativa nas emissões históricas de cada país. Dessa forma, mesmo países que até hoje apresentam pouca industrialização, como Nigéria e Tailândia, aparecem entre os 20 maiores responsáveis pelo aquecimento global. Porém, quando é calculada a proporção per capita, é a Inglaterra que se torna a grande vilã, seguida por Estados Unidos, Canadá, Rússia e Alemanha. Os autores destacam que não querem que esses novos dados sirvam para a troca de acusações entre os países nas negociações climáticas internacionais, mas que sejam utilizados para orientar políticas de redução das emissões. “Nossa análise tem potencial de contribuir aos debates, fornecendo tanto uma estimativa melhorada das atuais contribuições [de cada nação para o aquecimento global], quanto um método robusto e simples para calcular a responsabilidade futura de determinado país”, conclui o estudo. * Durante a semana, procuramos pesquisadores brasileiros para comentar sobre essa nova metodologia, mas até o momento da publicação deste texto não obtivemos respostas. ** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil. (CarbonoBrasil)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Anvisa propõe igualar medicamentos de referência, genéricos e similares

Os medicamentos similares poderão servir de substitutos aos medicamentos de referência, como já ocorre com os produtos genéricos. Esta é a proposta da Anvisa, lançada em uma Consulta Pública nesta quinta-feira (16). A ideia é criar uma nova categoria, os medicamentos similares equivalentes, tornando os medicamentos similares intercambiáveis com os medicamentos de referência. Ser intercambiável significa que o produto de referência pode ser substituído por um similar que tenha estudos de equivalência apresentados, analisados e aprovados pela Anvisa. Segundo a agência, o objetivo é ampliar o benefício que hoje já existe com o medicamento genérico. A medida não exige nenhuma mudança na receita médica. Com a mesma prescrição o consumidor poderá escolher entre o medicamento de referência, similar ou genérico. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, é possível que os medicamentos equivalentes cheguem ao mercado ainda este ano, pois a maior parte do setor já apresentou os estudos exigidos pela Agência. "Todos aqueles produtos que foram renovados nos últimos anos ou que chegaram ao mercado já realizaram os testes", explicou Barbano. Ainda de acordo com ele, o consumidor identificará, pelo selo, os produtos que podem ser substitutos dos medicamentos de referência. De acordo com a proposta, os similares deverão incluir em suas embalagens a marca de medicamento equivalente, simbolizada pela sigla "EQ". A marca vai permitir que os consumidores e médicos identifiquem produtos que têm comprovação de equivalência e desempenham a mesma função terapêutica. O uso do símbolo seguirá padrões semelhantes aos que já existem e para os medicamentos genéricos, com o uso da faixa amarela obrigatória em todos os produtos. Atualmente, os genéricos, que são intercambiáveis, entram no mercado com um preço 35% menor que o medicamento de referência da categoria. Tipos de medicamentos Medicamento de referência: é o medicamento registrado na Anvisa e comercializado para tratar uma determinada condição, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas através da apresentação de estudos clínicos. Medicamento genérico: o medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. Já é intercambiável pela norma atual. Medicamento similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que desde 2003 passou a comprovar a equivalência com o medicamento de referência registrado na Anvisa. Anvisa

Geladeira criada por indiano dispensa eletricidade e custa R$ 135

Além de representar uma das fatias da conta mensal de luz, a geladeira é um eletrodoméstico que não é acessível a 100% da população, sobretudo nas regiões mais afastadas e vulneráveis de muitos países. Ao pensar nisso, o artesão indiano Mansukhbai Prajapati idealizou um refrigerador que dispensa a eletricidade para funcionar. Batizado de MittiCool, o aparelho funciona à base do mesmo princípio de resfriamento dos velhos filtros de cerâmica. A inovadora geladeira, cuja temperatura pode chegar a 8ºC, consegue deixar frutas, legumes, leite e verduras frescos por até três dias, por meio de uma câmara de água na parte superior do produto. A evaporação escorre pelas laterais da parede de cerâmica da geladeira (quatro tipos diferentes de argila), o que faz com que os mantimentos continuem frescos. Já á torneira na parte frontal disponibiliza água para o consumo. E quanto ela custa? – O valor médio de venda da MittiCool é de R$ 135,00, o que a torna acessível a uma boa parcela da população, levando-se em conta o preço de uma geladeira convencional (que ainda por cima gasta energia). “Em 1997 eu havia lançado com sucesso um mini filtro de água. Então, a partir de 2002 eu comecei a trabalhar nessa pequena geladeira”, relata Prajapati em seu site. Segundo ele, a geladeira-filtro tem até pedidos de encomenda de outros países.O artesão, 49 anos, nasceu na aldeia Wankaner, onde aprendeu a trabalhar com argila. “Meu objetivo é fornecer todas as versões mais acessíveis em escala nacional para as pessoas que não possam pagar por produtos eletrodomésticos”, completa o inventor. (Fonte: Terra)

Por que bandos de aves voam em formato de V?

Cientistas conseguiram desvendar um mistério sobre aves migratórias, a razão que leva esses grupos de pássaros voarem formando a letra V no céu. A espécie escolhida para o estudo foi o íbis eremita, que era comum, mas agora é raro na Europa devido à caça. Os ambientalistas do grupo Waldarappteam, da Áustria, usaram um ultraleve para guiar as aves durante o voo, já que todas nasceram em cativeiro. Cientistas britânicos do Royal Veterinary College, de Londres, colocaram rastreadores que registraram velocidade, posição e cada movimento das asas dos pássaros. Os dados coletados revelaram que as aves sabem se posicionar com perfeição para aproveitar o impulso gerado pelo deslocamento de ar causado pelo bater das asas da ave que voa logo à frente. (Fonte: G1)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mudanças do clima: o que podemos esperar para 2014

O ano começa com um desafio: que nossa atenção e atuação estejam voltadas para estabelecer políticas de enfrentamento às mudanças climáticas. Notícias sobre o clima estão dominando as pautas da mídia por todo o mundo neste início de ano. De um lado, a América do Norte vem enfrentando uma onda de frio que culminou, em 7 de janeiro, com o dia mais gelado dos últimos 40 anos, quando a sensação térmica beirou 50 °C negativos em Chicago (EUA). Enquanto isso, no Hemisfério Sul, uma onda de calor com sensação térmica na média dos 50 °C atingiu o Rio de Janeiro, junto com altos índices de radiação ultravioleta que chegou a alcançar níveis extremos por todo país. Cientistas afirmam que os diferentes fenômenos são, na verdade, causados pelo mesmo problema: o aquecimento global. O clima estaria mais quente e, como consequência, surgiria um padrão climático diferente, alternando períodos de calor e de frio intensos. Tais acontecimentos nos levam a retomar uma discussão que há décadas ocupa a cabeça de estudiosos e interessados na temática do clima: como poderemos reverter essa situação e atenuar os efeitos já percebidos? Cada setor da sociedade tem seu papel a desempenhar para que esse quadro seja modificado. As políticas climáticas independem de fronteiras, destacando-se a necessidade de uma atuação global envolvendo todos os países, por meio de políticas de clima internacional, de governos que contribuam com o estabelecimento de políticas e metas de redução de emissões e de desmatamento, empresas que invistam em inovação e em gestão de baixo carbono e a sociedade civil reduzindo o consumo e utilizando transportes públicos. Todos podem, por pequenas ações, contribuir para reverter esse quadro. O ano de 2013 foi marcado por atuações tímidas quanto às políticas climáticas, mesmo tendo sido um ano com preocupantes fenômenos, como o tufão devastador que atingiu as Filipinas, em novembro, e o nível de 440 ppm de concentração de CO2 na atmosfera, atingidos no mês de maio, a taxa mais alta dos últimos 3 milhões de anos. Há algum tempo, cientistas alertavam para a necessidade de essa cifra ficar abaixo de 350 ppm, caso contrário, a temperatura poderia subir, em média, 2 ºC até o fim do século. Para termos uma melhor dimensão dessa alta concentração, basta lembrarmos que antes da Revolução Industrial a concentração flutuava entre 180 ppm e 280 ppm. A COP 19, realizada em dezembro, na Polônia, pouco impressionou, deixando a sensação de estarmos vivendo mais do mesmo. Entre os poucos temas que tiveram significativos avanços estão o regime de compensação por perdas e danos e o chamado pacote REDD (aprovação de créditos por Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), que foi completado e começa a ser operacionalizado nos próximos anos. A boa notícia veio com a iniciativa Carbono Neutro, existente desde 2010, que impressionou pela decisão de 414 cidades, em 45 países, que se comprometeram a reduzir suas emissões em 1% ao ano. Juntas, as emissões dessas cidades representam 4,2% das emissões mundiais. Fórum Clima O Fórum Clima – Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas, é um grupo criado para estabelecer um diálogo entre o governo e o setor empresarial e fazer com que as políticas de enfrentamento às mudanças climáticas atinjam os melhores resultados possíveis. As 17 empresas participantes desse grupo e as duas organizações apoiadoras – a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) e o Fórum Amazônia Sustentável –, vêm trabalhando nessa agenda e estimulando outras empresas e organizações a contribuir com a economia de baixo carbono, aproveitando novas oportunidades de negócios e, assim, reduzindo significativamente os impactos negativos das mudanças climáticas sobre o planeta. No ano passado, o grupo de trabalho desempenhou importantes atividades nessa agenda, como o lançamento do Guia Metodológico para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Engenharia e Construção, para levantamento unificado das emissões na construção civil pesada, e a participação ativa na consulta pública ao Plano Nacional sobre Mudanças do Clima. O grupo entra em 2014 tendo como principal tarefa a de harmonizar as políticas públicas em torno do objetivo comum de reduzir emissões. Ainda em dezembro de 2013, durante seu seminário anual, o Fórum Clima lançou a versão preliminar do estudo O Desafio da Harmonização das Políticas Públicas de Mudanças Climáticas – Volume II, documento que destaca o aceleramento das mudanças climáticas pelo mundo e exige medidas que reduzam suas causas – a chamada mitigação –, bem como adaptações para melhor enfrentá-las. Em 2014, o estudo será trabalhado pelo Fórum Clima a fim de que se alcancem soluções para esses problemas e se diminuam as dificuldades em criar as regras, incentivos e restrições necessárias para alterar esse cenário, dificuldades essas consequentes da complexidade científica e da diversidade de atores envolvidos em variados âmbitos: local, estadual, nacional e internacional. Na ocasião, também foram discutidas as graves previsões do IPCC sobre os cenários futuros e a necessidade de que todos contribuam com a redução de emissões com um imediatismo que não se teve até hoje. Mencionou-se ainda a permissão de maiores emissões para os países desenvolvidos, a qual, com a urgência que temos em reduzir por igual as emissões em todo o mundo, não faz mais nenhum sentido. É necessário que os países aprendam a se desenvolver considerando as limitações climáticas e que, com isso, saibam conduzir uma economia sustentável desde o inicio. A meta deste ano do Fórum Clima é trabalhar nessas urgências e defender a proposta do Brasil de um compromisso que leve em conta as emissões iniciadas desde a Revolução Industrial, tendo em vista que é preciso aliar justiça climática com mitigação e adaptação. Política Nacional sobre Mudança do Clima Em 2013, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima esteve disponível para consulta pública e o Brasil foi decisivo ao instituir a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), adotando voluntariamente o compromisso nacional de reduzir as emissões entre 36,1% a 38,9% até 2020. Entre as ações do plano, destacam-se as seguintes: reduzir o índice de desmatamento anual da Amazônia em 80% até 2020, de acordo com o Decreto nº 7390/2010; ampliar o consumo interno de etanol em 11% ao ano nos próximos dez anos; dobrar a área de florestas plantadas, para 11 milhões de hectares em 2020; aumentar a reciclagem de resíduos sólidos urbanos em 20% até 2015; ampliar a oferta de energia elétrica de cogeração, principalmente a que emprega bagaço de cana-de-açúcar, para 11,4% da oferta total de eletricidade no país, em 2030; e reduzir as perdas não técnicas na distribuição de energia elétrica à taxa de 1.000 GWh por ano, nos próximos dez anos. Esperamos que em 2014 a COP 20, que será realizada no Peru, prepare as bases reais para um novo acordo climático, que engaje e comprometa todas as ações, mitigando os efeitos negativos a partir de 2015. Que 2014 seja o ano em que daremos passos expressivos em direção a essas metas e que, nos próximos 12 meses, tenhamos a certeza de que nossa economia caminha a passos largos e decididos para a política de baixo carbono. Esperamos também que esse tema seja debatido de forma transparente e responsável nas eleições deste ano. * Jorge Abrahão é presidente do Instituto Ethos. ** Publicado originalmente no site Instituto Ethos. (Instituto Ethos)

Demanda por água pode exceder em 44% os recursos disponíveis até 2050

A demanda por água pode exceder em 44% os recursos anuais disponíveis até 2050, enquanto a demanda de energia pode experimentar um aumento de 50% até o mesmo ano. Isso por que a necessidade de água para gerar energia primária está crescendo de acordo com o crescimento econômico, as mudanças demográficas e as mudanças de estilos de vida. As informações foram destacadas na Conferência da ONU-Água, realizada esta semana em Zaragoza, Espanha. Lá, representantes das agências das Nações Unidas, governos, empresas, organizações não governamentais e especialistas da indústria de todo o mundo discutiram a importância da água e da energia em preparação para o Dia Mundial da Água de 2014, em 22 de março. Eles observaram que o mundo enfrenta dois grandes desafios: garantir um fornecimento sustentável de água para 768 milhões de pessoas que atualmente não tem acesso ao recurso; e proporcionar o acesso à energia para cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o equivalente a 20% da população mundial atual, que é de 7 bilhões. A previsão é que o planeta tenha 9 bilhões de habitantes em 2050. Os especialistas pediram que os governos repensem as políticas de água que não consideram o quanto de energia é necessária para bombear, purificar, transportar, pressurizar e tornar a água potável. Para o pesquisador da iniciativa da ONU “Energia Sustentável para Todos” Paul T. Yillia, apesar de a água e a energia serem indissociáveis e interdependentes, sua verdadeira conexão está na busca de soluções para as suas limitações e na otimização do uso de seus recursos por meio da eliminação das ineficiências do sistema atual. O representante especial do secretário-geral sobre Energia Sustentável para Todos, Kandeh K. Yumkella, observou que a energia e a água são dois lados da mesma moeda. “Reconhecemos que as tecnologias energéticas necessitam de muita água e os investimentos que precisamos fazer para que a água e a energia estejam à disposição de todos, na escala e velocidade da mudança que queremos ver acontecer, só virá a partir de parcerias genuínas.” * Publicado originalmente no site ONU Brasil.

Gripe aviária H7N9 avança na China e exige vigilância constante

Uma onda de casos da gripe aviária H7N9 na China e de mortes associadas à doença desde o começo de 2014 mostra que é preciso vigilância constante contra cepas gripais emergentes, do contrário o mundo estará sujeito a uma letal pandemia. Pelo menos 24 casos da gripe H7N9 e três mortes foram confirmadas na última semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que representa um dramático aumento em relação aos dois casos e uma morte registrados entre junho e setembro, época do verão boreal. “Há agora uma clara segunda onda desse vírus”, disse Jake Dunning, pesquisador do Imperial College, de Londres, que monitora o surto. Como é inverno no hemisfério norte, o aumento no número de contaminações era previsível, mas a difusão da doença também eleva o risco de que o vírus esteja passando por uma mutação que lhe permita em breve ser transmitido de uma pessoa para outra. Até agora, os casos registrados estão associados principalmente ao manuseio de aves doentes, mas ele já demonstra uma capacidade limitada – mas mesmo assim preocupante – de transmissão entre pessoas. Em dezembro, no entanto, pesquisadores dos EUA disseram que o vírus ainda precisaria passar por várias mutações antes de adquirir a capacidade de passar facilmente de um paciente humano para outro. Também no mês passado, outro estudo apontou uma alarmante mutação que garante resistência ao vírus contra os tratamentos mais comuns, sem que isso limite sua capacidade de difusão entre mamíferos. A cepa H7N9 surgiu em março do ano passado e já contaminou 170 pessoas na China, Taiwan e Hong Kong, matando cerca de 50 delas. Gregory Hartl, porta-voz da OMS, disse que a agência está atenta à difusão da doença nas últimas semanas, mas que “até agora não vimos nada que nos leve a mudar nossa avaliação”. A atual posição da OMS, com base em um documento de 20 de dezembro, é de que cinco pequenos núcleos familiares foram apontados como difusores da doença, mas que “não há indícios que atualmente amparem uma transmissão sustentada entre humanos”. “A atual probabilidade de uma difusão dentro de uma comunidade… é considerada baixa”, diz o texto. (Fonte: G1)

Desejo por açúcar é similar ao vício em tabaco

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Grã Bretanha, afirmam que, devido à dimensão do consumo e da necessidade de muitas pessoas por alimentos doces, o açúcar pode ser considerado o novo tabaco. O professor Simon Capewell explica que o açúcar está em todos os lugares, uma vez que pode ser encontrado em bebidas, alimentos industrializados e fast-foods. Para o especialista, é preciso promover uma campanha que conscientize o público sobre os efeitos nocivos do açúcar, especialmente o refinado, e reduzir o consumo do mesmo, incentivando as pessoas, por exemplo, a lerem os rótulos dos alimentos. As crianças são particularmente afetadas pela ingestão elevada de açúcar, tanto em termos de obesidade e diabetes, quanto em doenças dentárias ou cáries. A intenção dos pesquisadores é criar, em parceria com os órgãos de saúde competentes, um programa de reformulação para reduzir gradualmente a quantidade de açúcar adicionado aos alimentos. A redução prevista é de 20% a 30% do total de açúcar em alimentos industrializados, o que seria feito em um período de três a cinco anos. Isso reduziria a ingestão de aproximadamente 100 calorias a menos por dia. Uma campanha similar foi realizada a fim de diminuir a ingestão de sal, o que resultou em uma redução de 20% a 40% em produtos industrializados e redução geral de 15% do total de consumo total por indivíduo. Fonte: UPI, 12 de janeiro de 2013

SUS amplia uso do medicamento rituximabe para tratamento de linfoma

Pacientes de linfoma não Hodgkin de células B folicular terão, a partir deste ano, a opção terapêutica do anticorpo monoclonal rituximabe pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em primeira e segunda linhas (quando a doença resiste ou retorna após o primeiro tratamento com outro medicamento). O Ministério da Saúde ampliou o uso desse medicamento, que antes era garantido apenas para o tratamento do tipo mais agressivo da doença (linfoma difuso de grandes células B), que corresponde a 30% de todos os linfomas. A doença provoca a multiplicação e o acúmulo de linfócitos, principalmente nos gânglios linfáticos, causando dores, inchaço e febre. O rituximabe é usado durante a quimioterapia porque destrói as células defeituosas e aumenta a sobrevida dos pacientes. A medida vai beneficiar cerca de 1,5 mil pessoas e o custo anual na compra do medicamento alcançará R$ 28 milhões, com redução de R$ 10,9 milhões na aquisição do produto, após negociação do governo com o fabricante. O linfoma folicular é um dos subtipos mais comuns do linfoma não Hodgkin e representa cerca de 20% de todos os casos de linfoma. De acordo com o Ministério da Saúde, o rituximabe está entre os dez medicamentos mais solicitados na Justiça e, desde 2011, o SUS atendeu a 86 processos, no valor de R$ 3 milhões. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que 10 mil pessoas desenvolvem algum tipo de linfoma todos os anos no Brasil. Em junho do ano passado, o ministério anunciou parceria para a produção de seis medicamentos biológicos para tratamento do câncer, entre eles o rituximabe. A parceria prevê a transferência de tecnologia para três laboratórios públicos (os institutos Vital Brasil, Biomanguinhos e Butantan). Em cinco anos, eles vão dominar a cadeia produtiva do rituximabe e passarão a produzir o medicamento com menor custo. A expectativa é que, em cinco anos, a produção nacional do medicamento gere economia de R$ 85,3 milhões aos cofres públicos. Agência Brasil

Cura da hepatite C está mais perto graças a um novo coquetel

Um novo coquetel de dois medicamentos demonstrou ser muito eficaz contra a Hepatite, segundo resultados de um teste clínico publicados nesta quarta-feira revelando que esta infecção crônica do fígado estaria a ponto de ser derrotada. Essa notícia é acompanhada com muito entusiasmo nos Estados Unidos, já que a hepatite C mata mais americanos do que a Aids. Este estudo, que se concentra na combinação de dois antivirais ingeridos oralmente, o daclatasvir e o sofosbuvir, dos laboratórios farmacêuticos Bristol Myers Squibb e Gilead Sciences, mostra que a mistura dos dois supõe uma taxa de cura de 98% sem gerar efeitos colaterais significativos. “Esta pesquisa abre caminho para tratamentos seguros, bem tolerados e eficazes para a grande maioria dos casos de hepatite C”, comemorou o doutor Mark Sulkowski, diretor do Centro de Hepatites Virais da Faculdade de Medicina John Hopkins (Baltimore, Maryland, leste), e principal autor do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine de 16 de janeiro, que foi financiado pelos dois laboratórios. “Os medicamentos padrão contra a doença vão ter uma melhora considerável até o ano que vem, o que levará a avanços sem precedentes no tratamento dos doentes”, prometeu. O teste clínico de fase 2 foi realizado com 211 homens e mulheres infectados com uma das principais cepas do vírus responsável por esta infecção hepática crônica, que causa cirrose ou câncer de fígado, tornando necessário um transplante desse órgão. O coquetel foi eficaz mesmo em pacientes de difícil tratamento, para os quais a tripla terapia convencional (telaprevir ou boceprevir, além de peginterferon e ribavirina) fracassou. Entre os 126 participantes infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C que não receberam um tratamento prévio, 98% ficaram curados. Essa cepa é a mais frequente nos Estados Unidos. Além disso, 98% dos 41 pacientes que ainda estavam infectados após uma tripla terapia convencional demonstraram não ter vestígio algum do vírus no sangue três meses depois do tratamento experimental. A taxa de cura foi similar nos outros 44 participantes do estudo, infectados pelos genótipos 2 e 3 do vírus, menos comum nos Estados Unidos. Os participantes tomaram de forma habitual uma combinação de 60 miligramas de daclatasvir e 400 miligramas de sofosbuvir, com ou sem ribavirina, durante um período de três a seis meses. Um teste clínico anterior, realizado com sofosbuvir, combinado com o antiviral ribavirin, cujos resultados foram publicados em agosto de 2013, mostrou uma taxa de recuperação de 70% em doentes de hepatite C com o fígado comprometido. Em dezembro, a Administração de Alimentação e Medicamentos americana, FDA, aprovou a comercialização de sofosbuvir combinado com peginterferon e ribavirin, para o tratamento da hepatite C, devido ao genótipo 1 e combinado unicamente com ribavirina para tratar a hepatite C de genotipo 2 e 3. O daclatasvir ainda não foi autorizado pela FDA. Se a agência der luz verde à comercialização de declatasavir e outras novas moléculas eficazes contra a hepatite C, as injeções semanais tão temidas de peginterferon poderiam se tornar coisa do passado, segundo Sulkowski. O tratamento da hepatite C também seria simplificado, passando de 18 comprimidos por dia a uma injeção semanal ou dois comprimidos diários, destacou. Segundo dados do organismo federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), menos de 5% dos 3,2 milhões de americanos que sofrem de hepatite C ficram curados. Os CDC estimam também que de 50% a 75% ignoram estar infectados, frequentemente pelo uso de drogas injetáveis, transfusões de sangue contaminado dos anos 70 ou 80 ou relações sexuais. Algumas ONGs, como a Médicos do Mundo, veem uma “grande esperança” nestes medicamentos, especialmente o sofosbuvir da Gilead, mas seu alto custo (mais de 70.000 dólares para um tratamento de 12 semanas) o deixa fora do alcance da maioria dos doentes dos países em desenvolvimento. Pelo menos 185 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite C no mundo. (Fonte: Exame.com)

Bateria orgânica pode ser solução para armazenar energia renovável

Uma descoberta feita por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e destacada pelo periódico especializado Nature promete ser uma alternativa aos componentes das baterias que são caros e pouco eficientes para armazenar energia renovável, como a solar e a eólica. A parte curiosa do achado fica por conta do material que pode baratear o custo desses equipamentos: elementos da classe das quinonas, derivada de compostos químicos aromáticos como o benzeno e a naftalina. Alimentos como o ruibarbo, planta comestível muito popular no Reino Unido, têm em sua composição elementos de quinona. A bateria seria capaz de armazenar um quilowatt-hora de energia com capacidade de recarga de até 100 vezes, custando um terço do preço das baterias convencionais. A razão para isso está no fato de que a quinona é solúvel em água, o que possibilita seu armazenamento em recipientes menos sofisticados do que os usados atualmente e desenvolvidos. Segundo os pesquisadores, além de mais baratas, as baterias movidas à base desse componente orgânico teriam ainda capacidade de funcionamento muito mais veloz do que o de baterias existentes hoje. Para o co-autor do estudo, o pesquisador Roy Gordonsaid, a descoberta sinaliza uma possível revolução nesse segmento de produtos. “Com as moléculas orgânicas, nós apresentamos ao mundo uma vasta gama de novas possibilidades. Algumas delas podem vir a ser péssimas, outras, muito boas. Com as quinonas nós temos a primeira possibilidade que parece ser muito boa”, disse ele, na divulgação do estudo. Os pesquisadores acreditam que as baterias devem chegar ao mercado em poucos anos. (Fonte: UOL)

Projeto concede benefício fiscal a municípios com mais de 70% de área preservada

Em tramitação na Câmara, o Projeto de Lei 5650/13 isenta das contribuições previdenciárias os municípios que tiverem mais de 70% da sua área preservada em forma de unidades de conservação ou área de preservação permanente, de forma que não precisarão pagar mais os 22% sobre os vencimentos dos seus servidores. O projeto, do deputado Roberto de Lucena (PV-SP), acrescenta dispositivos à Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei 8.212/91). A legislação atual prevê que as empresas devem contribuir para o financiamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) com uma alíquota média de 22% sobre o total das remunerações dos trabalhadores que lhes prestem serviços. Esta norma aplica-se às prefeituras que não tenham regimes de previdência próprios, como forma de garantir a seguridade social não só de seus trabalhadores. O autor da proposta explica que, nas unidades de conservação e nas áreas de preservação permanente, é proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica. “Assim, os municípios que possuem grande parte de seu território nessas áreas não possuem uma economia forte o suficiente para arcar com todos os encargos fiscais”. Tramitação O projeto passará por análise conclusiva das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. * Colaboração: Caroline Pompeu. * Publicado originalmente no site Agência Câmara.

Degradação ambiental leva a crise na saúde pública, diz pesquisa

Uma abordagem “sistemática e abrangente” é necessária para entender o impacto do comportamento humano na saúde pública do mundo, de acordo com um novo relatório. Escrito pelo consórcio Heal (Health & Ecosystems Analysis of Linkages – Análises de Vínculos entre Saúde e Ecossistemas), o estudo destaca vários exemplos do impacto na saúde humana da degradação ambiental, incluindo doenças, mortes e até a redução do QI na infância. Por exemplo, o relatório cita que a fumaça de incêndios usados para remover florestas tropicais na Indonésia tem sido ligada a um aumento em doenças cardiopulmonares em Singapura. Outros exemplos incluem a destruição de sistemas de barreiras litorâneas como recifes de corais e zonas úmidas, que atualmente protegem cerca de um terço da humanidade (os que vivem a até 100 km do oceano) da elevação do nível do mar. Enquanto isso, à medida que a biodiversidade e os habitats naturais diminuem, o acesso local à carne também cai. A falta de proteína aumenta as chances de anemia por deficiência de ferro, uma condição que pode dificultar o potencial de aprendizagem das crianças, assim como sua capacidade física. O coautor do relatório, Samuel Myers, disse ao mongabay.com que “mais do que qualquer outra coisa, o objetivo desse trabalho é que a maioria dessas relações continua pouco caracterizada, e nos preocupamos tanto com as surpresas, como o valor nutricional dos alimentos cair com o aumento do CO2, como com as relações que já entendemos”. O relatório também analisa que populações são mais propensas a serem afetadas. Myers, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Harvard, explicou o que ele descreve como uma “dimensão da justiça ambiental”. “Os impactos tanto das mudanças climáticas quanto de outros tipos de alterações ambientais provavelmente serão vivenciados desproporcionalmente pelos pobres e pelas futuras gerações, considerando que muitos dos benefícios associados a essas transformações se revertem aos mais ricos e às populações atuais”, observou ele. Outro objetivo do relatório é estimular um sistema no qual legisladores tenham acesso a melhores informações para aprovarem leis significativas, citando exemplos como os Atos do Ar Limpo e da Água Limpa (duas legislações dos EUA que visam melhorar a saúde pública). Myers espera fornecer dados que possam ajudar os políticos a entender as consequências dos danos ecológicos, assim como capacitar os que trabalham por um ambiente mais saudável. “Quando essas relações são mais bem entendidas e quantificadas, será possível para os legisladores antecipar as implicações para a saúde pública das decisões que estão tomando”, afirmou ele. Traduzido por Jéssica Lipinski Leia o original no Mongabay (inglês) Autor: Nicholas Barrett - Fonte: Mongabay

BNDES libera R$ 46 milhões para novo parque eólico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou 46 milhões de reais para a construção do parque eólico Morro dos Ventos II, localizado na cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte. Com orçamento total de 128 milhões, a usina é construída pela empresa nacional Desa – especializada em energias renováveis – e deverá entrar em operação no início de 2016, tornando-se um dos principais projetos de geração de energia limpa do país. O BNDES liberou o dinheiro em forma de empréstimo-ponte para a empresa responsável pela obra, que, ao ser concluída, terá 29,1 MW de capacidade instalada, total produzido pelas 18 unidades geradoras que estão incluídas no projeto. De acordo com o jornal GGN, o investimento do banco público foi realizado com dois tipos de taxas de juros, e o acordo deverá vencer assim que as primeiras turbinas eólicas da usina entrarem em operação. O presidente da Desa no Brasil, William Schmidt, acredita que os projetos de geração de energia limpa da empresa incentivaram o empréstimo da alta quantia em dinheiro para a construção do parque eólico. “Estamos com um portfólio diversificado, que revela nossa firme vocação sustentável”, declarou o presidente da empresa, que já construiu seis usinas eólicas no Rio Grande do Norte e possui um parque solar em fase de licenciamento, além de hidrelétricas em quatro cidades brasileiras. “Acreditamos que essa operação revela a solidez de nossos empreendimentos", afirma Schmidt. Fonte: CicloVivo

Primeiro animal que migrou para terra já tinha força nos membros traseiros

Fósseis de um animal de transição entre peixes e animais terrestres com 375 milhões de anos contestam um conceito amplamente aceito da teoria da evolução de que grandes apêndices posteriores que dariam origem às patas teriam aparecido depois que os vertebrados migraram da água para a terra. Descobertos em 2004, os fósseis bem preservados da pélvis e de parte da nadadeira pélvica do Tiktaalik roseae, que parecia um híbrido de crocodilo e peixe, indicam que as patas traseiras na verdade tiveram origem em nadadeiras posteriores, afirmaram cientistas em uma pesquisa publicada na edição online da revista científica americana “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), com datas de 13 a 17 de janeiro. “Até então, os paleontólogos pensavam que uma transição havia sido produto de uma locomoção com duas nadadeiras nos peixes, anterior a uma locomoção ‘em quatro apêndices’ entre os tetrápodes”, explicou Neil Shubin, professor de anatomia da Universidade de Chicago, um dos principais autores da descoberta. Segundo ele, “aparentemente esta transição teria ocorrido antes de tudo nos peixes e não entre os animais terrestres quadrúpedes”, como se supunha. Os primeiros tetrápodes eram, de fato, animais exclusivamente aquáticos, ainda mal diferenciados dos peixes. Seus descendentes atuais são os anfíbios, as aves, os répteis e os mamíferos. Hoje extinto, o Tiktaalik roseae tinha cabeça achatada como a de um crocodilo e dentes cortantes de um predador. Ele tinha 2,7 metros de comprimento e possuía uma morfologia muito similar à dos peixes, mas a articulação de suas nadadeiras peitorais leva a crer que este animal conseguia sustentar o peso de seu corpo. O Tiktaalik roseae representa a espécie de transição mais conhecida entre os peixes e os tetrápodes terrestres, segundo os autores desta pesquisa. “O Tiktaalik era uma combinação de características primitivas e avançadas. Aqui, não só suas características eram distintas, mas elas sugerem uma função avançada. Eles parecem ter usado a nadadeira de uma forma mais sugestiva do modo como um membro é usado”, explicou outro autor do estudo, Edward Daeschler, curador associado de Zoologia de Vertebrados na Academia de Ciências Naturais da Universidade de Drexel. As primeiras análises sobre o animal foram realizadas em fósseis encontrados em 2004 no Ártico canadense, na altura da ilha de Ellesmere. Sem dúvida alguma, as nadadeiras eram utilizadas como remos para nadar, mas poderiam também servir como patas em algumas ocasiões, explicaram os autores deste estudo. Os trabalhos também permitiram aos cientistas fazer uma nova simulação, mostrando como o Tiktaalik se parecia e como se deslocava em seu hábitat. (Fonte: G1)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ALERTA - Primeiro caso de dengue em 2014 eleva atenção com a doença no RS

O primeiro caso de dengue registrado em 2014 no Rio Grande do Sul, confirmado após uma mulher ter contraído a doença fora do estado, é encarado como um alerta pelas autoridades. A ordem é intensificar os cuidados, como mostra reportagem do RBS Notícias. O verão é considerado a estação ideal para a proliferação do Aedes aegypti, que é o mosquito causador da dengue. Por isso, nessa época aumenta o trabalho do Laboratório Central do Estado (Lacen) para identificar possíveis larvas do mosquito. “Devido às chuvas, os depósitos são propícios para as fêmeas colocarem os óvulos. No momento que tiver umidade e temperatura, eles vão se desenvolver de uma maneira muito rápida. Em menos de 15 dias já podem ter mosquitos adultos no ambiente”, alerta o biólogo do Lacen Jorge Bernardes. A elevação do calor já provocou a estruturação de uma força-tarefa, que vai unir os três estados do Sul para reduzir a incidência da dengue. Representantes de saúde se reuniram nesta terça-feira (14) em videoconferência para buscar estratégias de combate ao mosquito. “Apesar de falarmos que dengue se trabalha o ano todo, agora é o momento que a gente pode realmente fazer a diferença em relação a essa doença aqui no nosso estado. Trabalhando de fato nas nossas residências, nas ruas e parques para não deixar lixo”, lembrou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do estado, Laura Pondero Cruz. Prevenção também é a palavra de ordem no Litoral Norte do estado: nos últimos dias, equipes estão percorridos casas para orientar moradores e veranistas. “Nós temos 44 armadilhas que são propositalmente colocadas em pontos estratégicos para detecção da presença do Aedes aegypti, como borracharias, cemitérios, floriculturas, locais que são propensos a deposito de água parada”, explicou o técnico de Vigilância Sanitária de Tramandaí, Carlos Alberto da Silveira. (Fonte: G1)

Pais cuidado com os Monstros no armário

Greenpeace divulga estudo mostrando que grandes marcas de vestuário infantil estão produzindo roupas com substâncias químicas pesadas. Uma nova investigação do Greenpeace lançada nesta terça-feira, em Pequim, China, revela que uma série de marcas famosas de vestuário infantil – como Disney, Adidas e Burberry – estão produzindo roupas e calçados com produtos químicos perigosos que estão sendo descartados no meio ambiente. O relatório “A Little Story About the Monsters in Your Closet” (“Uma pequena história sobre monstros no seu armário”, em livre tradução) mostra os resultados de testes feitos em produtos de 12 marcas da indústria, incluindo GAP, Nike e American Apparel. Foram detectados elementos químicos em roupas de todas as empresas. Nas análises, foram encontrados altos níveis de substâncias como PFOAs, Phthalates e NPEs – elementos tóxicos que, durante o processo de produção, estão sendo irresponsavelmente descartados no meio ambiente, e que podem gerar impactos nos sistemas reprodutivo, hormonal e imunológico dos seres humanos. “Em qualquer parte do mundo, comprar roupas infantis livres de substâncias químicas virou um pesadelo. De Pequim a Berlim, esses elemtentos estão poluindo nossos cursos d’água”, afirmou Chih An Lee, da campanha Detox, do Greenpeace no sudeste asiático. “É urgente que a indústria da moda deixe de usar essas substâncias em sua produção, para o bem da atual e das próximas gerações. Pais, fãs de moda e comunidades locais podem ajudar a colocar um ponto final nisso, exigindo das marcas que parem a poluição”. Chih An Lee ainda lembrou que algumas marcas famosas já começaram a caminhar para uma produção mais limpa. “Graças à mobilização de pessoas no mundo inteiro, algumas das maiores marcas de roupa já se comprometeram a desintoxicar sua produção, tornando sua cadeia produtiva mais transparente e livre de substâncias tóxicas”. A China continua sendo a maior produtora têxtil e consumidora de substâncias químicas no mundo. O Greenpeace está pedindo ao governo do país que colabore para que essa indústria deixe de usar e descartar essas substâncias no meio ambiente. É urgente que seja publicada uma lista negra dessas substâncias e que a indústria ofereça mais transparência sobre esses processos. * Publicado originalmente no site Greenpeace.

O que é ÁGUA VIRTUAL?

É aquela usada, direta ou indiretamente, na produção de um bem ou serviço. Ou seja, é aquela água que você não vê a que foi usada durante os processos da cadeia produtiva, da produção de matéria-prima até o consumo final. John Anthony Allan, um professor britânico desenvolveu o conceito denominado "água virtual" que mede a quantidade gasta do precioso líquido na produção de alimentos e que lhe valeu o "Prêmio Estocolmo da Água 2008"(Water Prize 2008), prêmio atribuído anualmente pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo. De acordo com esta teoria uma xícara de café, por exemplo, equivale a um gasto de 140 litros de água. Os cálculos do consumo da água vão desde o cultivo à produção e ao empacotamento do café. Para se obter meio quilo de queijo são necessários 2.500 litros de água e um quilo de carne de vaca, até chegar ao consumidor, consome mais de 10 mil litros. Por dia, um ser humano consome entre dois mil e cinco mil litros de "água virtual" Um mergulho mais fundo nos negócios da água Por Joel Makower Um deles, "água virtual", ganhou notoriedade quando seu mais importante patrocinador, professor John Anthony Allan, do King's College London e School of Oriental and African Studies, recebeu o 2008 Stockholm Water Prize Allan cunhou o termo em 1993 para se referir à quantidade de água embutida na produção e comércio de alimentos e produtos de consumo. Uma xícara de café, por exemplo, tem 140 litros (cerca de 37 galões) de água virtual, quando se considera a quantidade de água usada para cultivar, produzir, empacotar e enviar os grãos. Um hambúrguer contém 2400 litros (634 galões) de água virtual. (Prêmio Estocolmo para Água, 2008). O conceito de água virtual (também conhecido como "água embutida" ou "incorporada") representa mais do que interesse acadêmico. Enquanto as preocupações com água inundam um crescente número de regiões, a água embutida de produtos comuns oferece um entendimento útil sobre como os recursos de água são impactados pelo comércio no mundo. Por exemplo, explica como e o porquê países como os EUA, Argentina, e Brasil "exportam" bilhões de galões de água todos os anos - na forma de, digamos, trigo e carne com intensa quantidade de água - enquanto outros como o Japão, Egito e Itália "importam" bilhões. O conceito também poderia ser útil na política nacional de agricultura, tanto quanto a "energia embutida" tem ajudado políticos a entenderem que o cultivo e o processamento de milho para produzir biocombustíveis pode exigir uma quantidade maior e significativa de energia do que dar lucros (não que esse conhecimento tenha dissuadido políticos de apoiarem biocombustíveis com quantidade intensa de energia, claro). Além disso, ela pode se tornar um fator no preço de muita matéria-prima, caso os impostos sobre carbono ou sistemas de comércio iluminem produtos com quantidade intensa de energia e carbono, tais como o alumínio, vidro e plástico. Há outras implicações. Os cálculos de água virtual, sem dúvida, levarão empresas, pessoas e outros a calcularem suas pegadas de água (water footprint), a medida completa de água embutida nos produtos que compram e atividades que fazem. E isso pode acelerar o interesse no que Peter Gleick, sócio fundador e presidente do Pacific Institute, chama de "caminho suave", uma abordagem muito mais integrada e sofisticada da água, nas quais diferentes tipos - potável, cinza, marrom etc. - são usados da melhor maneira, ao invés de usar água potável - que é da melhor qualidade, para lavar banheiros, regar o gramado etc. Numa entrevista, Gleick disse que as empresas compreendiam muito pouco sobre a água embutida em seus sistemas. Há muito pouco entendimento ou conexões de valia entre os negócios de água. Cada setor usa a água de um jeito ou de outro. Alguns usam muita, outros nem tanto, mas para muitos negócios, a água representa um componente surpreendentemente grande na produção, tanto indireta quanto diretamente, na cadeia de fornecimento. Então, por exemplo, o setor de bebidas pode usar de 3 a 4 galões de água para produzir 1 galão de refrigerante, cerveja ou leite, mas, geralmente, é uma quantidade de água mil vezes maior usada na primeira parte do processo, talvez para cultivar o açúcar que vai no refrigerante. Da mesma forma, na indústria têxtil, é necessário água para fabricar o tecido, mas precisa de muito mais água para cultivar a fibra. Testemunhamos cada vez mais exemplos em que, se as empresas não dão a devida atenção à água que é usada em sua produção, acabam recebendo surpresas desagradáveis, tais como: Quando uma comunidade local protesta contra o uso de sua água e acontece uma seca que afeta o fornecimento, ou quando tem um problema de contaminação da água que resulta na cassação da licença de funcionamento. E Gleick continua: "Acho que o risco para as empresas é maior em alguns aspectos da água do que em relação à energia. A energia tem substituições. Pode-se substituir o petróleo ou eletricidade por biocombustíveis ou energias renováveis. A água não dá para substituir." A Coca-Cola sabe disso. E, por anos, tem entrado em conflito com ativistas, comunidades, entre outros, por causa do uso que faz da água - que, claro, é ingrediente fundamental de todas as suas bebidas. Em anos recentes, uma série de inovações antecipou a necessidade de uma estratégia mais abrangente da água no mundo. No final dos anos 90, começaram a adquirir marcas de água - sendo sua principal marca nos EUA a Dasani. Em 2002, a empresa enfrentou protestos na Índia devido ao alongamento de recursos de água subterrânea pela empresa. Um ano depois, passou a se referir à qualidade e quantidade de água como um material de risco para seus negócios em seu U.S. Securities and Exchange Commission Form 10-K (Formulário 10-K da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) para investidores. Em reação, a Coca-Cola "desenvolveu e continua a melhorar um dos mais sofisticados programas de gestão responsável de água no setor privado", de acordo com um novo relatório da Business for Social Responsibility .. "A partir de março de 2008, nenhuma outra organização se comprometeu publicamente a alcançar a "neutralização da água" por todas as operações que se estendem por mais de 100 bacias subterrâneas no mundo todo." A neutralização da água é uma idéia atraente na era dos compromissos com a neutralização do carbono e desperdício zero. Mas o recurso é um pouco diferente do carbono e resíduos: () Há uma quantidade finita de água, o que não acontece com os outros dois, e. não há maneiras conhecidas de substituí-la. Além disso, como a BSR ressalta: No que se refere à água, a verdadeira sustentabilidade envolve mais do que a "neutralização" do volume de água usada [pela Coca-Cola]. O motivo é que as flutuações na quantidade e qualidade de água disponível destinada a uma comunidade ou ecossistema têm um importante papel na sustentação da diversidade e no funcionamento adequado dos ecossistemas e bacias dos rios. A Coca-Cola anunciou suas metas para neutralização da água. A empresa se comprometeu a "estabelecer metas de uso eficiente de água para suas operações mundiais até 2008, a fim de tornar-se a mais competente entre as empresas do mesmo setor", e prometeu que, até 2010, devolverá toda a água usada nos processos de fabricação ao meio-ambiente, num nível que garanta a vida aquática e a agricultura." A Coca-Cola planejou seu trabalho para alcançar tudo isso. O relatório da BSR aponta que, no ano passado, seis organizações - Twente University, WWF, Coca-Cola, World Business Council for Sustainable Development, Water Neutral/Emvelo Group e a UNESCO-IHE - juntaram-se para investigar os benefícios da neutralização da água como um importante marco. Os grupos criaram critérios para legitimar o uso do termo: 1. Definição, medição e divulgação das "pegadas de água"; 2. Realizadas todas as ações que sejam "razoavelmente possíveis" para reduzir as pegadas de água existentes em operações; 3. Harmonização das pegadas de água com resíduo (quantidade remanescente, após uma empresa fazer o possível para reduzir as pegadas), por meio de um "investimento razoável" ao estabelecimento e a projetos que priorizem o uso sustentável e igualitário da água. 4. Isso envolve mais do que alguns assuntos sentimentais - É preciso "começar," por exemplo: Definir investimentos razoavelmente possíveis. (). Por enquanto, espero, a barreira crescerá. Isso pode funcionar? Será que a "água neutra" vai se tornar o próximo "Grande Projeto" no campo corporativo da eficiência dos recursos? Será que fará diferença em termos reais? É uma idéia em seu nascedouro, portanto ainda tem de ser vista. Porém, a tendência crescente das crises contínuas da água sugere que mais e mais empresas aprenderão sobre a "água virtual" e a "água neutra". Nesse momento, acho que apenas algumas empresas - aquelas cujos produtos e reputação estão mais ligadas a recursos preciosos - estarão dispostas a mergulhar de cabeça. E quanto uma pessoa consome de água virtual? Considerando-se uma dieta básica com carne, podemos considerar que uma pessoa consome cerca de 4.000 litros de água virtual por dia. A dieta vegetariana requer em torno de 1.500 litros. Um simples café da manhã, chega a representar o consumo de 800 litros de água virtual! http://ivege.no.comunidades.net/index.php?pagina=1281331762

Brasil é grande exportador de "água virtual"

As commodities agrícolas estão entre os principais itens de exportação do Brasil. A produção é tão elevada que se estima, atualmente, que a agricultura responde por mais de um quarto do PIB nacional. Porém, há um novo elemento, de abudante quantidade no País, que vem sendo muito bem cotado no mercado internacional e a China, um dos maiores clientes de nossas riquezas, já desponta como um dos grandes mercados para este antigo, porém valioso produto. A água! O Brasil é hoje um dos maiores exportadores globais de “água virtual”, conceito criado para explicar a quantidade de água empregada para produzir um produto em um determinado local, porém destinado para outra localidade, criando assim um fluxo virtual entre os países. “A China adotou uma política de aumentar as importações de culturas de elevado uso de água, como a soja, o que reduz a demanda de água na Ásia, mas aumenta a dependência de quem produz mercadorias que necessitam de irrigação no Mato Grosso”, explica Maria Victoria Ramos Ballester, professora do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba. Para países situados em regiões que sofrem com escassez hídrica, o comercio de água virtual é atraente e benéfico. “Por meio da importação de mercadorias que consomem muita água durante seu processo produtivo, nações, estados e municípios podem aliviar as pressões que sofrem sobre suas próprias fontes”, esclarece a professora. “Quando um produto, seja ele qual for, é comercializado entre países, estados ou municípios, entende-se que a água utilizada em seu processo fabril também foi exportada”, completa. Ponto chave Apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no âmbito das pesquisas de colaboração internacional promovidas pelo Belmont Forum, conselho de agências de fomento à pesquisa de vários países do mundo, a equipe de trabalho atuará em uma das fronteiras agrícolas de mais rápida expansão e intensificação do mundo, a bacia hidrográfica do Alto Xingu, localizada ao sul da Amazônia brasileira. “A região do Alto Xingu é globalmente conectada por meio de exportações agrícolas e, portanto, é um ponto chave na rede mundial de comércio de água virtual”, afirma Vicky Ballester, pesquisadora do projeto e membro do Programa Fapesp de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais. Ao longo das últimas quatro décadas, o Alto Xingu sofreu um processo de desmatamento em larga escala, impulsionado principalmente pela intensificação da criação de gado e lavouras. Nos últimos vinte anos, a crescente demanda mundial por carne tem alimentado a expansão das áreas de cultivo na região, especialmente a soja para a alimentação animal. “As exportações de soja aumentaram e deslocaram-se da Europa, que era o principal mercado de destino em 2000, para a China, que hoje se tornou o maior importador de soja de Mato Grosso”. As tendências de crescimento populacional na Ásia indicam que esse comércio de água virtual se tornará ainda mais estratégico para a segurança hídrica dos países da região, principalmente a China. Os pesquisadores do projeto do Cena propõem avaliar o consumo de água da cultura de soja e sua eficiência, já que os recursos hídricos subterrâneos no Alto Xingu estão entre os menos explorados do planeta, o que sugere que a futura intensificação da agricultura pode recorrer a essa região para explorar ainda mais seus recursos para irrigação. “Enquanto a água virtual, relacionada com as exportações de soja do Mato Grosso, está ajudando a subsidiar a segurança alimentar e hídrica na China, existem inúmeras demandas conflitantes de água dentro da bacia do Alto Xingu”, conclui a professora. Fonte: Agência USP

Teste caseiro pode detectar primeiros sinais do Mal de Alzheimer

Um teste que pode ser feito em casa e leva menos de 15 minutos para ser finalizado está sendo considerado uma ferramenta confiável para avaliar as habilidades cognitivas de uma pessoa – e assim ajuda a identificar os primeiros sinais de doenças como o Mal de Alzheimer ou uma demência em estágio inicial. O exame, chamado SAGE (sigla para Self-Administered Gerocognitive Examination (Exame Gerocognitivo Autoaplicável, em tradução livre), pode ser administrado no ambiente doméstico e compartilhado com o médico, que então deve identificar os sintomas. Desenvolvido por um especialista americano, o teste exige apenas papel e caneta. O exame consiste em algumas perguntas sobre orientação (como “que dia é hoje?”), linguagem (fluência verbal e capacidade de dar nomes a imagens), raciocínio (capacidade de abstração aliada a cálculos), resolução de problemas e capacidade de lembrar de fatos recentes. Das 1,047 pessoas testadas no centro médico onde o teste foi desenvolvido, 28% tiveram identificado algum índice de comprometimento cognitivo. Apesar de não diagnosticar problemas como o Mal de Alzheimer, esse simples teste consegue garantir aos médicos uma base para avaliar a função cognitiva dos pacientes – melhor do que apenas conversando e observando seu comportamento. Ao observar os sintomas iniciais de uma doença neurológica, especialistas podem acompanhar o desenvolvimento de doenças que atingem o cérebro e agir mais rapidamente, se necessário. É comum que os médicos não consigam diagnosticar os pacientes corretamente a partir apenas de visitas rotineiras aos consultórios, destaca Douglas Scharre, autor do teste e diretor da Divisão de Neurologia Cognitiva. O difícil, segundo ele, é identificar déficits sutis de cognição que aparecem no dia a dia e podem indicar males como a demência. O estudo foi publicado na revista científica The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences. A ideia dos pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio é mostrar que é possível e eficiente aplicar testes simples, que podem servir como diagnóstico para um grande número de pessoas. O doutor Scharre afirma que o tratamento é muito mais eficaz quando o diagnóstico é feito logo que surgem os primeiros sintomas, mas a maior parte dos pacientes de três a quatro anos até buscar ajuda. O teste caseiro, por enquanto disponível apenas em fase de estudos nos Estados Unidos, ainda não tem previsão para chegar aos consultórios. (Fonte: Terra)

10 mudanças profundas no mundo que você vai presenciar

A sociedade e a cultura podem mudar além do reconhecimento em apenas uma geração. Pessoas com condenações penais por homossexualidade estão hoje vivas para ver o casamento gay se tornar legal. 8 previsões absurdas para o futuro que quase se tornaram realidade O grande físico Niels Bohr uma vez nos alertou que a previsão do futuro é complicada. De fato. Ainda assim, é inegável que o mundo vai evoluir muito nas próximas décadas, e algumas mudanças são bastante prováveis. Confira: 10. Fim do dinheiro em papel O dinheiro tem mudado de formas desde que apareceu na sociedade, mas sua importância se desvaneceu dramaticamente desde que o computador se tornou amplamente disponível. Agora, é possível pagar contas com o celular. Dinheiro em papel parece cada vez mais arcaico e complicado. O custo de manutenção de moeda chega a representar até 1,5% do PIB de um país. A falsificação de dinheiro e os profissionais para combatê-la também custam muito aos governos. Os criminosos e sonegadores desfrutam do anonimato graças ao dinheiro em papel. Sem contar que as notas tendem a conter bactérias e espalhar doenças. Assim, haverá uma sociedade sem dinheiro em breve? Quase certamente. A Suécia pode ser a primeira. Você não pode mais entrar em um ônibus na Suécia com dinheiro, uma resposta direta aos roubos de motoristas de ônibus. Um sindicato de bancários pede que o dinheiro desapareça para impedir os assaltos a bancos. Mas também existem possíveis desvantagens de ficar “sem dinheiro”. Há preocupações com a privacidade, já que tudo que você gasta no cartão seria rastreado. Não ver o dinheiro também pode nos fazer gastar mais. E certos tipos de emprego, como artistas de rua e prestadores de serviço que dependem de gorjetas, devem desaparecer, a não ser que comecem a aceitar Visa ou MasterCard. No entanto, os países provavelmente vão fazer logo essa troca, e você pode viver tempo suficiente para ver o seu mudar. 9. Pico da população A população humana mundial só aumentou nos últimos 15 mil anos, e aumentou dez vezes nos últimos 300. As melhores estimativas calculam que atingimos sete bilhões de pessoas alguns anos atrás, apenas 12 anos depois de termos atingido seis bilhões. Provavelmente vai levar um pouco mais de uma década para chegarmos aos oito bilhões. Estudos creem que a Terra atingirá um pico populacional, e em seguida declinará. Uma pesquisa de demógrafos de Viena (Áustria) sugere que há 84% de chance da população atingir esse pico antes de 2100. Cientistas da Espanha pensam que poderia ser ainda mais cedo, em 2050. Claro, há a possibilidade da população apenas continuar crescendo. Mas devemos chegar aos 10 bilhões até o final do próximo século e ver um declínio depois disso. Nesse caso, quem chegar aos 150 verá o pico populacional da Terra. 8. Idade de 150 O especialista em envelhecimento britânico Aubrey de Gray acha que a primeira pessoa a atingir 150 anos provavelmente já nasceu. Pode muito bem ser você, e, nesse caso, parabéns com antecedência. Você terá tempo de sobra para ver a humanidade estabelecer outros marcos. Pode ser que alguém corra uma maratona em menos de duas horas. Haile Gebrselassie, um dos maiores corredores de distância do mundo (e o homem que deteve o recorde mundial da maratona por muitos anos), acha que isso vai acontecer em uma geração. Outras pessoas pensam que é impossível. Também é provável que o primeiro trilionário das tecnologias venha nas próximas décadas. Supercomputadores também vão evoluir, mas não tanto quanto poderiam nos próximos anos, pelo menos não com chips de silício. 7. Fim do silício na computação Muitos de vocês estão familiarizados com a Lei de Moore, uma observação que reflete a melhoria exponencial na computação nas últimas décadas. Originalmente, a lei observa que o número de transistores que podem caber em circuitos integrados dobra a cada dois anos. No entanto, estamos chegando no limite do que podemos fazer com a computação de silício. Enquanto o silício provavelmente continuará gerando trabalho por algum tempo, a computação em breve sofrerá uma mudança tecnológica. A gigante IBM está interessada em nanotubos de carbono como a solução, e os pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) já fizeram um pequeno circuito para demonstrar a tecnologia. Os nanotubos são menores, mais leves e mais rápidos do que o silício, permitindo assim que o poder da computação continue a aumentar. A computação quântica, um avanço ainda maior, está cada vez mais perto e pode definir a vanguarda da tecnologia em um futuro próximo. 6. Impressão 4D Muitas pessoas enxergam a impressão 3D como amplamente disponível no futuro. Porém, uma tecnologia relacionada, e ainda melhor, pode fazer mais sucesso: a impressão 4D, que envolve objetos que se montam sozinhos. Nem precisamos comentar as vantagens de bens manufaturados que se fabricam sozinhos. Por um lado, isso significa que você não terá que quebrar a cabeça para montar um guarda-roupa nunca mais. Além disso, materiais que mudam sua forma ou comportamento com base em condições tais como a temperatura também poderiam melhorar a impressão 3D. Você imprime um objeto, e as partes se remodelam mais tarde para permitir uma criação mais complexa. Móveis, edifícios e veículos automontáveis seriam particularmente úteis na exploração do espaço. Engenheiros já estão trabalhando em uma nave espacial capaz de criar grandes painéis solares em órbita para gerar energia. E a impressão 4D também funciona em menor escala. Nanomateriais requerem muita energia e esforço usando métodos tradicionais. Automontagem é o caminho mais promissor para a produção em massa de nanoestruturas. Uma equipe de químicos da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, está trabalhando em um pequeno robô que se monta dentro do corpo humano para rastrear e matar células cancerosas. 5. Substituto ao antibiótico Fantásticos avanços da medicina estão se tornando cada vez mais necessários, já que nossos métodos atuais estão começando a falhar. Os antibióticos, que provavelmente já salvaram a sua vida ou de alguém que você conhece, não estarão aqui por muito mais tempo. As bactérias estão ficando resistentes, e precisamos de uma nova ferramenta para lutar contra elas. Uma possibilidade é combater infecções bacterianas com infecções virais. Vírus que atacam bactérias são conhecidos como bacteriófagos, e fazem com que seus hospedeiros literalmente se despedacem. Os cientistas não necessariamente precisam usar todo o vírus. Uma equipe em Israel já conseguiu isolar uma proteína a partir de um bacteriófago que poderia levar ao desenvolvimento de drogas que destroem bactérias. Outro método possível consiste em introduzir produtos químicos que ligam anticorpos pré-existentes com agentes infecciosos, auxiliando a resposta imune do corpo. Esta tecnologia está sendo liderada por Kary Mullis, um microbiologista vencedor do Prêmio Nobel. Já a DARPA, agência de defesa americana, famosa por estar na vanguarda da tecnologia militar, está colocando seu dinheiro em nanotecnologia. A agência quer criar uma nanopartícula que combata bactérias com produtos químicos que alteram genes reprogramáveis. Dessa forma, assim que elas evoluem, a tecnologia pode ser ajustada a curto prazo para contornar sua resistência. Outras equipes estão trabalhando na prevenção da infecção para reduzir a necessidade de antibióticos. Cientistas de Cingapura criaram um revestimento que atrai bactérias e as destrói. A equipe espera desenvolvê-lo em uma substância ingerível para combater doenças como pneumonia e meningite. 4. Apocalipse mamífero Um quarto das 4.000 espécies de mamíferos do mundo estão sob ameaça de extinção nos próximos 30 anos. E não estamos falando de espécies obscuras e pouco conhecidas. Cientistas preveem que podemos viver em um mundo sem elefantes, rinocerontes e leões dentro de um quarto de século. Gorilas também estão em vias de extinção já que são caçados por sua carne, e seus habitats são destruídos por operações madeireiras e de mineração. Isso sem mencionar o tigre siberiano, ou as 51 espécies de morcegos criticamente ameaçadas de extinção. Em um par de gerações, metade dos animais nos livros de nossos filhos podem ser tão relevantes quanto o dodô. Na verdade, os cientistas sugerem que estamos vivendo atualmente um período de extinção em massa, como o que matou os dinossauros. Esta seria a sexta extinção em massa na história da Terra, em grande parte causada por nós mesmos. 3. Substituto para a gasolina Embora pareça uma batalha para o futuro, a guerra entre os carros elétricos e os com motores de combustão interna tem uma longa história. Até 1900, os carros elétricos eram os favoritos: menos fedorentos, mais silenciosos e mais fáceis de operar do que seus primos movidos a combustíveis fósseis. A primeira morte em estrada nos EUA envolveu um veículo elétrico, e não foi até a década de 1910 que os problemas da tecnologia de bateria pavimentaram o caminho para beberrões de gasolina. Teremos que voltar aos elétricos em breve, no entanto. Seja você crente ou não do aquecimento global antropogênico (97% dos cientistas climáticos são), ainda precisamos encarar o fato de que o petróleo é finito e irá se esgotar. Precisamos de um método de alimentar os nossos veículos mais renovável (ou pelo menos mais duradouro). A companhia de petróleo Shell sugere que o último carro a gasolina pode sair de linha de produção em 2070. Mudanças potenciais poderiam acelerar esse processo. Avanço na fusão nuclear já tomou o primeiro lugar nas apostas. Seria uma eletricidade limpa, confiável e segura que deixaria o petróleo no chinelo. 2. Fim da linha telefônica Que tipo de telefone você tem? Um quarto de século atrás, essa questão não teria muitas respostas para além de “um com botões”. Se você queria se comunicar instantaneamente com alguém do outro lado do país, usava uma rede de fios de cobre. É estranho até pensar por que o telefone já não se extinguiu. O sistema de linha fixa está sendo drasticamente menos utilizado conforme os anos passam. O número de telefones fixos nos EUA cai a um ritmo de 700 mil por mês. Já diminuiu de 139 milhões para 75 milhões entre 2000 e 2008. A comunicação hoje é cada vez mais feita através de conectividade baseada em IP. No entanto, incontáveis vidas foram salvas pela existência de números de emergência, como o 112. Os governos, portanto, forçaram as empresas de telecomunicações a manter sua infraestrutura. Isto as custa bilhões de reais todos os anos, o que as atrasa para mudar sua rede para alternativas mais recentes. Muitos moradores de áreas rurais gostariam de ver a velha rede de telefone ficar disponível por mais algum tempo. Para eles, é a única comunicação que funciona. E tem algumas vantagens sobre as tecnologias mais recentes, também, já que muitas vezes ainda opera durante quedas de energia. No entanto, com apenas 5% das pessoas ainda aderindo exclusivamente ao sistema de telefone fixo, é provavelmente inevitável que ele siga o caminho do telegrama. 1. Cura/extermínio de doenças icônicas A AIDS deixou de ser nada para ser uma das doenças mais onipresentes do mundo dentro de uma geração. Dezenas de milhões de pessoas estão vivendo com a doença, e outras dezenas de milhões já morreram. No entanto, a maré está virando – a doença que explodiu em uma geração pode ser derrotada em outra. O número de crianças infectadas pelo HIV a cada ano está caindo a uma taxa crescente. As estatísticas de mortes também são impressionantes. Só na África do Sul, 100.000 menos pessoas morreram de doenças relacionadas com AIDS em 2011 em comparação a 2005. O marco fundamental nesta luta vai ser uma época em que quase não há crianças nascendo com a doença. A medicina atual pode nos levar até lá, e uma vacina pode trazer esse marco mais cedo na história. A primeira doença a ser eliminada em todo o mundo sem uma vacina será, provavelmente, a doença do verme da Guiné, uma infecção parasitária horrível que causa ardor infernal perto da pele. O número de pessoas com a infecção caiu de 3,5 milhões em 1986 para 542 casos em 2012. A Organização Mundial de Saúde espera se livrar do verme até 2015. Essa não é a única doença na lista negra da OMS. Bouba foi uma infecção bacteriana alvo de erradicação no meio do século passado, e os números caíram de 50 para 2,5 milhões entre 1952 e 1964. Pairou nesse nível desde então, mas a OMS espera que desapareça em 2020. Bouba já foi eliminada da Índia, assim como a poliomielite, outra doença que todos nós devemos viver para ver desaparecer completamente. [Listverse]

Onda de frio dos EUA reaviva ceticismo sobre o aquecimento global

A frente ártica que congelou boa parte dos Estados Unidos nesta semana serviu também para levantar novas suspeitas sobre o aquecimento global, dúvidas que não são compartilhadas pela comunidade científica, que está convencida de que este fenômeno não contradiz a mudança climática. Com os termômetros registrando menos de 30 graus celsius negativos e sensações térmicas inferiores a 50 graus abaixo de zero, o frio superou recordes de baixas temperaturas, embora estas condições também não sejam uma anomalia histórica. A onda de frio provocou nesta semana a morte de 20 pessoas, o fechamento de estradas e a suspensão das aulas em vários estados. Além disso, fez com que, em alguns zoológicos, pinguins e ursos polares tivessem que buscar um abrigo, e que um detento fugido de uma penitenciária do estado de Kentucky voltasse para atrás das grades para se proteger das baixas temperaturas. Com tanto frio, não estranha que, mais uma vez, o tempo seja o tema de conversa de milhões de pessoas e, nesta ocasião, os céticos sobre o aquecimento global aproveitaram a conjuntura para tirar proveito publicamente. “Faz frio. Al Gore me disse que isso não aconteceria”, afirmou o senador republicano Ted Cruz, em referência ao ex-vice-presidente americano, prêmio Nobel da Paz por seu ativismo meio ambiental. “O ‘aquecimento global’ não é tão quente nesses dias”, afirmou o deputado republicano John Fleming em sua conta no Twitter, enquanto outro companheiro de partido, o senador Jim Inhofe, qualificou a mudança climática como uma ideia “quase ridícula”. Os cientistas lembram que, para falar de clima, são utilizadas médias, e que nos últimos anos foram acumuladas provas mais que suficientes para não duvidar da mudança climática. “Nenhum episódio meteorológico por si só pode mostrar ou refutar a mudança climática global”, sentenciou John Holdren, assessor de Ciência e Tecnologia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um vídeo divulgado pela Casa Branca. Na comunidade científica, o debate se centrou mais em se a mudança climática influenciou de forma alguma na onda de frio. Os meteorologistas concordaram em apontar um incomum deslocamento em direção ao sul do “vórtice polar” como a origem mais imediata do frio extremo que castigou nesta semana os Estados Unidos, embora as razões que tenham motivado essa trajetória tenham sido mais discutidas. O vórtice é uma zona de baixa pressão que está nas camadas altas da atmosfera e que habitualmente mantém as massas de ar frio perto do polo, mas seu enfraquecimento deixou que as correntes frias chegassem mais ao sul e cobrissem grande parte do território americano. “Não acho que a onda de frio esteja ligada diretamente à mudança climática global. É algo que só ocorre uma vez a cada certo tempo”, argumentou à Agência Efe o presidente do comitê de Variabilidade e Mudança Climática da Sociedade Meteorológica Americana e professor da Universidade de Albany, Aiguo Dai. Outros pesquisadores veem uma relação, como Judah Cohen, que trabalha na unidade de Pesquisa Atmosférica e Ambiental da Verisk, uma companhia dedicada à avaliação de riscos, e aponta o recente aquecimento do Ártico como possível causa. “Nossa investigação sugere que um Ártico quente está relacionado com o tempo frio nos conteúdos em latitudes médias”, explicou Cohen sobre um fenômeno denominado “Ártico quente, continentes frios” que ele compara com o dilema do ovo e a galinha. “O Ártico está quente porque aumentou o fluxo norte-sul que transporta ar quente para o oceano enquanto o ar frio desce a latitudes médias ou pode um Ártico mais quente aumentar o fluxo de ar norte-sul que depois provoca a chegada de ar frio a latitudes meridionais?”, se pergunta Cohen. “Se as pessoas encontram este frio surpreendente é porque as coisas estão se aquecendo”, frisou, por sua vez, o climatólogo Gavin Schmidt, do Instituto Goddard da Agência Espacial americana (Nasa). Em todo caso, condições extremas como as que ocorreram nesta semana nos Estados Unidos já aconteceram no passado e, como garantem especialistas, à medida em que o clima continua aquecendo, espera-se que aumente sua frequência. (Fonte: Terra)