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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ipea defende mais incentivos à preservação ambiental

A legislação ambiental do país deve prever não só a punição daqueles que degradam a natureza, mas também incentivar a preservação dela. Esta é a principal conclusão de um estudo sobre leis ambientais brasileiras divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea), na capital paulista.

O estudo faz parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro e integra também uma pesquisa mais ampla sobre sustentabilidade ambiental no Brasil produzida pelo instituto. Na publicação, dedicada exclusivamente à análise da legislação ambiental do país, pesquisadores do Ipea trabalharam com especialistas de 50 outras instituições.

A advogada Patrícia Lemos Iglecias Lemos, professora da Universidade de São Paulo (USP) e doutora em direito ambiental, foi umas das coautoras do estudo. Em entrevista nesta quinta-feira, ela afirmou que o Brasil tem leis que já reconheceram que o acesso a uma natureza preservada é um direito fundamental, o que é positivo. Entretanto, a legislação nacional ainda não conta com mecanismos que efetivamente preservem esse bem comum.

O advogado Yuri Rugai Marinho, especialista em leis ambientais, disse que isso não acontece porque a legislação é focada em punir os que degradam o meio ambiente. Essas punições, entretanto, são de difícil aplicação devido à ineficiência de órgãos fiscalizadores e a questões jurídicas não levadas em conta na época da elaboração da lei.

Por isso, para Marinho e outros autores do estudo do Ipea, seria mais eficaz que as políticas públicas incentivassem a preservação. Assim, quem atualmente está derrubando árvores ilegalmente, por exemplo, pensaria também em quais as vantagens de preservar a mata, além de quais as punições ele está sujeito por cometer esta ilegalidade.

“A Lei de Crimes Ambientais [9.605/1998] tem um aspecto conservador”, disse Marinho, citando uma das leis ambientais mais punitivas em vigor hoje no país. “Ela não pode ser tão punitiva. Tem que ter um caráter incentivador também.”

Segundo ele, leis mais recentes, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, e a Lei da Mata Atlântica, de 2006, já preveem alguns estímulos à preservação. Leis desse tipo, porém, ainda são poucas e precisam ser ampliadas pelo país. “O trabalho dos legisladores tem sido feito com seriedade, mas ainda precisamos avançar”, complementou Patrícia Lemos.

(Fonte: Vinicius Konchinski/ Agência Brasil)

Mosquito da dengue ganha site na internet

Site da dengue

Quais são as ferramentas para o controle do Aedes aegypti?

Quais os criadouros mais comuns do mosquito transmissor da dengue?

Com base no conhecimento científico de seus especialistas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reuniu no site Dengue: vírus e vetor informações, imagens e vídeos sobre o tema.

Todos os conteúdos foram construídos em parceria entre jornalistas e pesquisadores, com o objetivo de disponibilizar na internet informação qualificada e atual sobre o tema da dengue, doença que mobiliza o país ano após ano.

Assuntos variados estão contemplados, incluindo orientações sobre combate aos focos do mosquito, as diferenças entre o A. aegypti e o pernilongo doméstico, informações sobre o vírus, a história do A. aegypti e como ele se espalhou pelo mundo e dados sobre o comportamento do mosquito, conhecido por sua característica oportunista.

Material educativo contra a dengue

No site também estão disponíveis produtos educativos e documentários desenvolvidos pela Fiocruz. É possível assistir os documentários O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti - para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos, produzidos pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e dirigidos por Genilton Vieira, que já conquistaram prêmios em vários festivais internacionais.

O site disponibiliza, ainda, os conteúdos do CD-ROM Dengue, destinado a estudantes, pesquisadores e profissionais das áreas de ciências da vida, medicina e saúde, e os fascículos especiais sobre dengue da série ComCiência na Escola, que oferecem para professores atividades lúdicas sobre a biologia, morfologia e hábitos de vida do mosquito transmissor da dengue.

O endereço do site da dengue é www.ioc.fiocruz.br/dengue.

Células-tronco aceleram regeneração dos ossos

Células-tronco para os ossos

A equipe do Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) da USP, liderada por Maria Rita-Passos Bueno e Mayana Zatz, está testando diferentes fontes de células-tronco retiradas do próprio organismo capazes de acelerar a reconstrução de ossos.

A técnica pretende aumentar a eficiência no tratamento de doenças de difícil regeneração, como a osteoporose, que causa a perda da massa óssea e, com isso, aumenta a fragilidade dos ossos e o risco de fraturas.

De acordo com a pesquisadora Mayana Zatz, "o intuito da pesquisa é utilizar células tronco para acelerar a reconstrução de ossos que sofreram alguma fratura ou má-formação, como ocorre com bebês que nascem com alterações craniofaciais", afirma.

O estudo intitulado Perspectiva de um futuro tratamento para osteoporose ou outras doenças ósseas com base em células tronco foi desenvolvido pelas pesquisadoras do Centro do Genoma da USP Tatiana Jazedje da Costa Silva e Daniela Franco Bueno.

Variedade de células-tronco

Durante o desenvolvimento do estudo foram colhidas amostras de células-tronco provenientes de diversos tecidos humanos.

Num primeiro momento, foram coletadas células-tronco de tecidos extraídos do organismo, como polpa de dente de leite, tecido adiposo - descartado em cirurgias, principalmente em procedimentos de lipoaspiração - e tecido muscular do lábio - descartado em cirurgias corretivas.

Posteriormente, a equipe do CEGH testou o potencial de células-tronco das trompas de falópio - canais que ligam os ovários ao útero - e comprovou a alta concentração deste tipo de célula no órgão feminino.

"A vantagem desta descoberta é que como a osteosporose atinge majoritariamente as mulheres idosas, devido às perdas hormonais da menopausa, pode-se agora regenerar osso fraturado com os próprios recursos físicos do paciente", relata Mayana.

Reconstrução óssea com células-tronco

Após retirar as células-tronco do organismo e mensurar seu potencial em regenerar osso, são realizados testes em laboratório (in vitro) para determinar se estas células podem ou não formar tecido ósseo.

Após isso, para comprovar a eficiência do método, comparou-se a evolução na reconstrução óssea de dois grupos distintos de ratos, um com o implante de células-tronco e outro, sem implantes, em condições normais.

Por meio deste teste in vivo, constatou-se que os ratos que possuíam a membrana com células-tronco tiveram uma regeneração muito mais acelerada do osso fraturado, do que os ratos que não possuíam as células-tronco.

Nos experimentos, além das células-tronco, também foram utilizados moldes que servem como suporte para que as células-tronco se fixem antes de serem aplicadas nos modelos animais e que auxiliam no processo de ossificação.

O próximo passo é submeter a pesquisa ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisas, para que se possa iniciar os testes em seres humanos.

Marcelo Pellegrini - Agência USP

Vírus artificial pode estimular imunidade definitiva

Imunidade permanente

Vacinas feitas com vírus vivos, como as da varíola ou da febre amarela, oferecem uma proteção imunológica que dura décadas.

O grande sonho dos cientistas, contudo, sempre foi o de induzir uma resposta imunológica que dure toda a vida da pessoa.

Eles têm tateado no escuro há muito tempo em busca desse "santo remédio".

Agora eles parecem ter encontrado um ponto de referência nessa escuridão, com a ajuda da nanotecnologia.

Vírus artificial

Cientistas do Centro de Vacinas Emory, nos Estados Unidos, criaram minúsculas nanopartículas que se assemelham aos vírus, tanto no tamanho como na composição imunológica, e que induziram a "imunidade vitalícia" em camundongos.

Os resultados em macacos foram igualmente promissores.

Esses vírus artificiais reproduziram com sucesso os efeitos imuno-estimulantes de uma das vacinas de maior sucesso já desenvolvidas - a vacina contra a febre amarela.

As nanopartículas, feitas de polímeros biodegradáveis, têm componentes que ativam dois elementos diferentes do sistema imunológico, e podem ser usadas com materiais extraídos de vários tipos de bactérias ou vírus.

"Estes resultados desvendam um antigo enigma em vacinologia: como fazer com que as vacinas induzam uma imunidade duradoura," explicou Bali Pulendran, coordenador do estudo, que foi publicado na revista Nature.

Receptores TLR

As nanopartículas podem se tornar uma ferramenta importante para substituir o material viral - esse material nem sempre está ao alcance da mão quando se trata de pandemias ou no surgimento de novas infecções - e para ajudar no desenvolvimento de vacinas para doenças ainda não contempladas com soluções efetivas de prevenção, como HIV, malária, tuberculose e dengue.

Os pesquisadores se inspiraram na vacina contra a febre amarela, desenvolvida nos anos 1930 e que oferece proteção por décadas.

Esta vacina estimula receptores do sistema imunológico conhecidos como TLR (Tool-Like Receptors), moléculas produzidas pelas células que, ao detectar "produtos" dos vírus, bactérias e parasitas, ativam uma resposta do sistema imunológico.

O grupo do Dr. Pulendran descobriu que o sistema imunológico detecta a vacina contra a febre amarela por meio de múltiplos TLRs.

"Os TLRs são como um sexto sentido dos nossos corpos, porque eles têm uma capacidade requintada para detectar vírus e bactérias e transmitir esta informação para estimular a resposta imunológica," explicou o pesquisador.

"Descobrimos que, para obter a melhor resposta imunológica, é preciso acertar mais de um tipo de receptor tipo Toll. Nosso objetivo foi criar uma partícula sintética que realiza essa tarefa," completou.

Anticorpos

As nanopartículas são feitas de um plástico especial e biocompatível, chamado PLGA, atualmente utilizado para enxertos e suturas biodegradáveis. Todos os componentes da fórmula das nanopartículas já são aprovados para uso humano.

Nos testes em camundongos, as nanopartículas estimularam a produção de anticorpos para proteínas do vírus da gripe e da bactéria do antrax.

Mais importante, as células do sistema imunológico persistiram nos gânglios linfáticos por, pelo menos, 18 meses, praticamente o tempo de vida da cobaia.

Nos testes com macacos, as nanopartículas acrescidas das proteínas virais induziram respostas fortes cinco vezes maiores do que a resposta induzida por uma dose da mesma proteína viral isolada, sem as nanopartículas.

Ainda não há previsão para o início dos testes desses vírus artificiais em humanos.

http://www.diariodasaude.com.br

OMS alerta sobre o perigo das superbactérias

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistência antimicrobiana como tema do Dia Mundial da Saúde deste ano, celebrado no dia 7 de abril.

A resistência ocorre quando os microorganismos – bactérias, vírus, fungos e parasitas – se tornam resistentes à maior parte dos remédios usados nos tratamentos – chamados de superbactérias.

De acordo com a OMS, os microorganismos resistentes não são um problema novo, porém estão se tornando perigoso e ameaçam vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos. As infecções causadas por esses microorganismos deixam as pessoas doentes por mais tempo e elevam o risco de morte.

Dados da OMS indicam o surgimento de 440 mil casos de tuberculose resistentes no mundo a cada ano e cerca de 150 mil pessoas morrem. “Esta é uma grande preocupação porque uma infecção resistente pode matar, pode se espalhar para os outros e impõe custos enormes para a sociedade”.

A organização alerta que o aumento de casos está relacionado ao uso indiscriminado de medicamentos – principalmente antibióticos, abandono de tratamentos, prescrições erradas, remédios de baixa qualidade e também falta de controle e empenho por parte dos governos.

No Dia Mundial da Saúde, a OMS lançará uma política com seis pontos para o controle da resistência antimicrobiana e apelará aos países e autoridades de saúde para que a adotem.

Para conter os microorganismos resistentes, a Anvisa determinou a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias de todo o país somente com a apresentação de duas vias da receita médica, com o objetivo de restringir a automedicação. Uma via é retida pelo estabelecimento e a outra é devolvida ao paciente.

(Fonte: Carolina Pimentel/ Agência Brasil)

Brasil é terceiro com mais projetos para mercado de carbono, diz Ipea

Estudo divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a participação brasileira no mercado de carbono mundial tem característica limitada e ocupa o terceiro lugar em número de projetos, com 13% do total. O setor é liderado por China (31%) e Índia (21%), considerando valores válidos para 2008.

Segundo o comunicado, a atuação brasileira no mercado de carbono tem se limitado a projetos aplicados via Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), fruto de acordos firmados no Protocolo de Kyoto e por meio do qual países do Anexo I podem compensar suas emissões de gases causadores do efeito estufa comprando créditos de outros países.

Projetos que reduzem a emissão de gases no Brasil têm se concentrado no setor energético, com a participação de 50% do total, de acordo com o Ipea. O setor de suinocultura responde por 15% do total, seguido por projetos de troca de combustível fóssil, com 13%.

“O exemplo brasileiro mais marcante é o aumento de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, em particular na indústria da cana de açúcar, em que tem havido um aumento significativo na eficiência do resíduo de bagaço. Este setor tem se beneficiado de créditos de carbono”, aponta o relatório do Ipea.

Enquanto no período 2002-2003, a América Latina apresentou uma participação de 40%
na oferta total de carbono gerada por projetos, e a Ásia, 21%; no período seguinte, 2003-2004, esta posição de liderança já tinha se invertido. Nesse último, o continente asiático respondeu por 51% da oferta total de carbono via projetos, superando o latino-americano com 27% desta oferta (BIRD, 2005).

Ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, o Ipea alerta, porém, que a falta de investimentos no setor ainda deixa dúvidas sobre o futuro do mercado de carbono no país. Segundo o estudo, há “pouco estímulo à utilização de novas tecnologias e/ ou projetos com benefícios ambientais de longo prazo”.

Uma área que poderia se beneficiar de projetos de redução de gases é a de resíduos sólidos, mas, segundo o texto, o panorama do setor no país é “preocupante” e há “carência de investimentos”. O Ipea lembra que quase 60% dos municípios brasileiros ainda descarta seus resíduos em aterros a céu aberto, o que acarreta problemas de saúde para populações locais.

Investimento no setor seria uma “opção interessante”, segundo o relatório. Atualmente, projetos relacionados a aterros sanitários respondem por 9% do total no Brasil, mas geram 24% das reduções por conta de sua elevada eficiência.

(Fonte: Globo Natureza)

Reeducação alimentar é o caminho mais seguro para emagrecer

Começar uma reeducação alimentar séria significa dar o primeiro passo na direção de uma vida mais saudável. O emagrecimento, a manutenção do peso e o aumento da disposição são bônus dessa nova fase. No início, o foco deve estar em abandonar o radicalismo, que sempre faz com que os quilos perdidos voltem, e adotar novos hábitos alimentares. O processo é eficiente e vale a pena, como confirma a nutricionista Ligia Henriques: "A reeducação é o caminho mais seguro para a perda e a estabilização do peso".

A técnica consiste em mudar costumes e, por meio da repetição, incorporar novas práticas definitivamente à nossa vida. Os princípios básicos são não ficar mais de quatro horas sem comer e ingerir alimentos de qualidade em vez das chamadas "porcarias". Na verdade, é permitido comer de tudo, mas alguns alimentos como doces, frituras e bebidas alcoólicas devem ficar apenas para ocasiões especiais.


A quantidade diária de calorias ao qual cada um vai tentar se adaptar é definida por meio de uma avaliação física. "Não adianta comer pouco porque isso não garante o emagrecimento. O corpo tem um limite para queimar gordura. Os emagrecimentos instantâneos são irreais. Normalmente são apenas diminuição de água e de músculo", alerta Ligia.

Um dos fatores mais importantes no processo de reeducar a alimentação, ressalta a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, é não ser resistente às mudanças. De acordo com ela, muita gente não consome nenhum tipo de legume alegando não gostar. "Algumas pessoas chegam até a ter ânsias de vômito quando ingerem certos vegetais. E, em boa parte dos casos, não há nenhuma atitude favorável à experimentação de novos alimentos".

Para mudar essa realidade, é preciso abrir a boca e a mente para provar itens que antes não faziam parte dos seus pratos ou da sua rotina e são indispensáveis para a saúde, como verduras, legumes e frutas. "Caso o paladar reclame, insista até ele ceder", orienta Roberta.

Além disso, há algumas dicas que podem ajudar quem está tentando perder quilos dessa forma. Primeiro, fuja dos cardápios monótonos, já que alimentação adequada pede variedade de alimentos. Segundo, tire o foco das calorias porque, ao basear-se apenas no quesito energia, a pessoa pode não atingir a quantidade necessária de nutrientes como carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Terceiro, não descuide dos líquidos, pois eles auxiliam no funcionamento do intestino. Quarto, consuma alimentos nutricionalmente poderosos, dando preferência às versões integrais e aos itens com quantidade de gordura saturada menor. Quinto e último, seja flexível consigo mesmo para não se tornar prisioneiro da sua dieta, mas cuide para não exagerar na quantidade e na periodicidade do consumo de pratos que engordam.

Veja um exemplo de cardápio, de 1.400 calorias, usado para reeducação alimentar:

Café da manhã
- 1 xícara (chá) de leite semi-desnatado com café e adoçante
- 2 fatias de pão integral
- 1/2 mamão papaia

Lanche da manhã
- 1 barrinha de cereais
- 1 unidade de leite fermentado

Almoço
- 4 colheres (sopa) de arroz integral
- 1/2 concha de feijão cozido
- 1 unidade de bife grelhado
- 1 colher (sopa) beterraba crua ralada
- 2 fatias de tomate
- 1/2 colher (sopa) de azeite

Lanche da tarde
- 1 potinho de iogurte

Jantar
- 4 colheres (sopa) de arroz integral
- 1 colher (sopa) de soja cozida
- 4 fatias de cenoura cozida
- 2 fatias de tomate
- 1/2 colher (sopa) de azeite
- 1 maçã

http://www.minhavida.com.br

Triglicérides pode ser mais perigoso que colesterol para AVC, diz estudo

Um estudo de pesquisadores na Dinamarca mostrou que o nível de triglicérides sem jejum está relacionado a um risco maior de AVC em homens e mulheres. Já o colesterol alto esta associado a tal risco apenas entre os homens. A pesquisa, que analisou dados de 33 anos, foi publicada pelo jornal científico “Annals of Neurology”.

Evidências médicas sugerem que o alto nível de triglicérides sem jejum demonstra uma grande quantidade de fragmentos de lipoproteínas, partículas semelhantes ao LDL – conhecido como “colesterol ruim”. Ambos contribuem para a formação de placas que podem levar ao entupimento das vias coronarianas.

“Interessantemente, as guias atuais de prevenção de derrames têm recomendações quanto a níveis desejáveis de colesterol, mas não de triglicérides sem jejum”, disse a autora do artigo, Dra. Marianne Benn, do Hospital Universitário de Copenhague.

“Nosso estudo foi o primeiro a examinar o risco de derrame para níveis muito altos de triglicérides sem jejum em comparação com níveis muito altos de colesterol na população geral”, prosseguiu.

Mulheres com o triglicérides em 443 mg/dL têm uma possibilidade quase 3,9 vezes maior de sofrerem um derrame, em comparação com as que tem o nível em até 89 mg/dL. Entre os homens, com estes mesmos indicadores, o risco é 2,3 vezes maior. No entanto, quando o nível de colesterol passa de 348 mg/dL, o risco relativo sobe para 4,4.

O estudo acompanhou 7.579 mulheres e 6.372 homens, todos brancos e de origem dinamarquesa. Seus dados começaram a ser coletados entre 1976 e 1978 e foram analisados ao longo de até 33 anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças coronarianas são a principal causa de mortes no mundo. A estimativa mais recente, de 2004, apontou que 17,1 milhões de pessoas morriam em decorrência delas por ano; 5,7 milhões por causa de derrames.

(Fonte: G1)

Brasil é o novo membro do Painel de Sustentabilidade Global da ONU

A ministra Izabella Teixeira aceitou o convite feito há alguns dias pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para compor o Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global. Além do Brasil, Barbados também passa a integrar o painel, com o primeiro-ministro Freundel Stuart. Os novos membros participam da próxima reunião do colegiado, marcada para os dias 24 e 25, na Cidade do Cabo (África do Sul).

Criado em agosto de 2010, o painel é focado na discussão de oportunidades e desafios do desenvolvimento sustentável. Ele reúne personalidades renomadas mundialmente para formular um novo projeto de desenvolvimento para o Planeta.

Reconhecendo que as alterações climáticas, a escassez de água, a perda da biodiversidade, a destruição de ecossistemas e as mudanças nos padrões demográficos e de consumo exigem novas abordagens para garantir o alcance dos Objetivos do Milênio, o painel pretende explorar abordagens para a construção de uma economia ‘verde’, de baixo carbono, capaz de erradicar a pobreza e garantir vida digna para todos.

Agenda – Nesta segunda-feira (21), a ministra Izabella participou, em Nairóbi (Quênia), do Fórum Global de Ministros de Meio Ambiente e da 26ª Sessão do Conselho de Administração do PNUMA, que é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Na quarta-feira (23), a ministra segue para a África do Sul, onde participa, nos dias 24 e 25, da reunião do Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global da ONU. Em seguida, Izabella parte para Nova Déli, na Índia, para o quinto encontro do BASIC – grupo de países formado por Brasil, África do Sul, Índia e China -, que ocorre de 25 a 28 de fevereiro.

(Fonte: Maiesse Gramacho/ MMA)

Área plantada com transgênicos cresceu 10% em 2010, diz entidade

A área plantada com biotecnologia cresceu 10% no mundo em 2010, segundo levantamento do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (ISAAA) divulgado nesta terça-feira (22). Com a alta, a área plantada no mundo alcançou 148 milhões de hectares.

No acumulado dos últimos 15 anos, os dez principais países com cultivos transgênicos já plantaram 1 bilhão de hectares – área maior que o território dos Estados Unidos. De acordo com a ISAAA, 15,4 milhões de agricultores cultivam plantações biotecnológicas em 29 países.

Brasil – O Brasil é o país com a segunda maior área plantada com transgênicos, de 25,4 milhões de hectares, atrás apenas dos Estados Unidos, com 66,8 milhões de hectares. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados.

O resultado brasileiro corresponde a uma alta de 19%, ou 4 milhões de hectares, na comparação com 2009.

“O resultado levou o Brasil a consolidar a importante posição conquistada em 2009, quando passou a ocupar o segundo posto no ranking mundial de países que adotam as culturas transgênicas”, diz a ISAAA em nota.

De acordo com Anderson Galvão, representante da entidade no Brasil, o aumento de produtividade decorrente das plantações transgênicas contribuiu para dobrar a produção brasileira anual de grãos nos últimos 20 anos, enquanto a área utilizada para as plantações aumentou apenas 27%.

Dos 25,4 milhões de hectares plantados com transgênicos no Brasil em 2010, a soja ocupava a maior área, 17,8 milhões de hectares (75% do total plantado com soja). Outros 7,3 milhões de hectares estavam plantados com milho (55% do total da cultura), enquanto o algodão ocupava 0,25 milhão de hectares (26% do total plantado).

(Fonte: G1)

Rio+20 não pode se tornar arena de acusações, diz ministra Izabella no Quênia

“A Rio+20 não deve se transformar em uma arena de acusações. Porém, devemos discutir abertamente as falhas que enfrentamos hoje, em relação ao que decidimos fazer em 1992.” A avaliação foi feita pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em discurso proferido na segunda-feira (21) em Nairóbi (Quênia), onde participa da reunião do Fórum Global de Ministros de Meio Ambiente.

No evento, Izabella foi a principal oradora de mesa-redonda que debateu o processo preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 2012. A conferência marca os vinte anos da Rio 92, evento que estabeleceu uma nova base para a avaliação internacional das relações entre proteção ambiental, crescimento econômico e justiça social.

“Ao nos aproximarmos do vigésimo aniversário desse evento histórico e dos avanços tornados possíveis, temos a oportunidade de refletir sobre o que conquistamos e o que ainda precisa melhorar”, disse a ministra em seu discurso. A mesa-redonda contou, também, com a participação do diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, e do secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang.

Para Izabella, manter o compromisso político assumido à época é essencial. “Desde 1992, muitos desafios internacionais urgentes surgiram, e, não raro, tiraram a prioridade do desenvolvimento sustentável. No entanto, vemos uma necessidade crescente de iniciativas globais, regionais e nacionais, e também notamos os custos crescentes de modelos de produção e consumo insustentáveis”, observou.

De acordo com a ministra brasileira, a Rio+20 irá se defrontar com condições sociais, ambientais e econômicas específicas, que demandarão soluções criativas. “Devemos encontrar caminhos para tornar realidade a visão de 1992.”

Preparação – Em seu discurso no Fórum de Ministros, Izabella Teixeira frisou que o foco da Rio+20 será no desenvolvimento sustentável, não no meio ambiente isoladamente. “Entendemos que os problemas globais que algumas vezes são vistos com ambientais são, na realidade, problemas de desenvolvimento, que requerem uma abordagem mais integrada em suas soluções”, disse. “É com essa perspectiva que o Pnuma deve trabalhar para a Rio+20″, recomendou.

A ministra destacou a importância da atuação do Pnuma no processo preparatório para a conferência, mas disse que o papel da instituição não será cumprido, “caso opte por trabalhar com uma perspectiva ambiental limitada, sem a consideração plena do desafio do desenvolvimento sustentável”.

Em seu discurso, Izabella também reforçou a necessidade de o Pnuma continuar fornecendo elementos para discussão, inclusive nas áreas dos dois temas principais da Rio+20: economia verde e governança internacional para o desenvolvimento sustentável.

“Esses são temas que são vistos como divisores e sobre quais devemos nos debruçar para juntos desenvolvermos abordagens nas quais os países possam se reconhecer, e reconhecer suas necessidades. Qualquer abordagem que aumente o fosso entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento será inaceitável, tornando impossível o consenso necessário para uma conferência exitosa em 2012″, concluiu a ministra.

(Fonte: Maiesse Gramacho/ MMA)

O extraordinário impacto do lixo

Na semana passada fui ver um filme que deveria ser exibido em todas as escolas do país! "Lixo Extraordinário", documentário que concorre ao Oscar 2011, mostra a vida dos catadores de material reciclável no aterro sanitário do Gramacho, um dos maiores do mundo, no Rio. Também mostra como a arte pode virar a realidade dessas pessoas de cabeça para baixo.

Quando a gente produz nosso lixo diário, dificilmente pensa no impacto que esses dejetos vão ter para o ambiente e para a vida de outras pessoas. Além de separar os recicláveis (o que já deveria ser uma prática regular em todos os cantos do planeta), a própria maneira como consumimos, produzimos lixo e nos livramos dele deveria ser revista.

É uma cadeia de produção assustadora! O que isso tem a ver com saúde? Tudo! Pode apostar que, quanto mais lixo produzimos, pior estamos nos alimentando!
Outro filme que me veio à cabeça quando vi "Lixo Extraordinário" foi o já clássico "Ilha das Flores" (1989), curta do diretor gaúcho Jorge Furtado que, contando a saga de um tomate, faz uma crítica ácida à nossa sociedade de consumo.

http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=647


A questão ambiental ocupa cada vez mais espaço em nossas vidas. Água, energia, lixo e aquecimento global são temas que vamos ter de encarar. A ligação de tudo isso com nosso estilo de vida, nossa saúde e nosso comportamento não é uma discussão tão óbvia, mas é fundamental. Essa "ecologia" humana já é uma das bolas da vez!

Talvez o mais bonito desse filme seja justamente focar as pessoas, no impacto que o lixo produz em suas vidas, no resgate da sua auto-estima, no poder de compreensão do que é a arte e em como ela pode ser transformadora. Na semana passada, voando para o Rio encontrei um dos personagens (o Tião). Virei tiete! Como o cara é bacana! O lixo pode ser mesmo extraordinário!

Jairo Bouer é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. A partir do seu trabalho no Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP (Prosex), virou referência no Brasil sobre saúde e comportamento do jovem. Além da prática de consultório, mantém programas em TV e rádio e colaborações em jornais, revistas e sites. Este artigo foi publicado originalmente no caderno Folhateen do Jornal Folha de S.Paulo, na edição de dia 14/02/2011.

http://www.akatu.org.br

Pesquisa testa vacina contra dengue produzida com feijão

A Uece (Universidade Estadual do Ceará) está desenvolvendo o que pode vir a ser a primeira vacina de origem vegetal contra a dengue.

O imunizador, que deverá ser testado em humanos nos próximos meses, já se mostrou eficaz em camundongos, que conseguiram produzir anticorpos contra a doença.

O feijão-de-corda (Vigna unguiculata) ou feijão-fradinho – utilizado no preparo do acarajé baiano – serviu de base para a produção da vacina.

Os cientistas conseguiram o feito com a inserção de genes do vírus na planta.

O custo de prevenção pode ser menor que o de tratamento”, avalia a bioquímica responsável pela pesquisa, Isabel Florindo Guedes.

Mesmo antes dos testes em humanos, o Núcleo de Inovação Tecnológica da universidade cearense já trabalha na transferência da tecnologia da vacina para o mercado.

A dengue matou 1.167 pessoas em 2010 na América Latina, onde foram registrados 1,8 milhão de casos, segundo dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

(Fonte: Folha.com)

Aquecimento global pode elevar doenças transmitidas pela água

As mudanças climáticas podem aumentar a exposição das pessoas a doenças transmitidas pela água procedente de oceanos, lagos e ecossistemas costeiros, e o impacto já poderá ser sentido em alguns anos, alertaram cientistas americanos reunidos em Washington na AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência).

Vários estudos demonstraram que as mudanças no clima provocadas pelo aquecimento global tornam os ambientes marinhos e de água doce mais suscetíveis à proliferação de algas tóxicas, e permitem que micróbios e bactérias nocivas à saúde se multipliquem, informaram cientistas da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica).

Em uma pesquisa, pesquisadores da Noaa fizeram modelos de oceanos e do clima para prever o efeito nas florações de Alexandrium catenella, que produz a tóxica “maré vermelha” e pode se acumular em mariscos e causar sintomas como paralisia e inclusive ser mortal para os humanos que comerem os moluscos contaminados.

“Nossas projeções indicam que no fim do século 21, as florações podem começar até dois meses antes no ano e persistir um mês depois, em comparação com o período atual, de julho a outubro”, disse Stephanie Moore, um dos cientistas que trabalhou no estudo.

No entanto, o impacto poderá ser sentido muito antes do final do século, já em 2040, informou a especialista.

“As mudanças na temporada de floração das algas nocivas parecem iminentes. Esperamos um aumento significativo em Puget Sound (na costa do estado americano de Washington, onde foi feito o estudo) e ambientes similares em situação de risco dentro de 30 anos, possivelmente na próxima década”, disse Moore.

Em outro estudo, cientistas da Universidade da Geórgia descobriram que a areia do deserto, que contém ferro, ao se depositar nos oceanos, estimula o crescimento de Vibrios, grupo de bactérias que podem causar gastroenterites e doenças infecciosas em humanos.

A quantidade de areia com ferro depositada no mar aumentou nos últimos 30 anos e espera-se que continue aumentando, segundo registros de chuvas na África ocidental.

(Fonte: Folha.com)

Óleo de lavanda combate infecções causadas por fungos

Antifúngicos

O óleo de lavanda é eficaz no combate à crescente incidência de infecções resistentes a antifúngicos.

A pesquisa, realizada na Universidade de Coimbra, em Portugal, foi publicada no Journal of Medical Microbiology.

O óleo essencial de lavanda mostrou um potente efeito antifúngico contra as cepas de fungos responsáveis por infecções comuns da pele e das unhas.

Dermatófitos e candidíase

Os cientistas usaram o óleo de lavanda destilado a partir da Lavandula viridis.

O óleo foi testado contra uma variedade de fungos patogênicos e se mostrou letal para uma grande variedade de cepas patogênicas que atacam a pele humana, conhecidos como dermatófitos, bem como para várias espécies de Candida albicans, fungo causador da candidíase.

Os dermatófitos causam infecções na pele, unhas e cabelos, uma vez que usam a queratina presente nesses tecidos para obter nutrientes. Eles são responsáveis por doenças como a micose pé de atleta e a dermatofitose e também podem levar a infecções do couro cabeludo e sob as unhas.

As várias espécies de Candida coexistem com a maioria dos indivíduos saudáveis sem causar problemas, mas podem causar candidíase mucocutânea - ou afta - em algumas pessoas.

Em pacientes imunocomprometidos, algumas espécies de Candida podem causar infecções graves se as células fúngicas entrarem na corrente sanguínea.

Óleo de lavanda

Atualmente, existem relativamente poucos tipos de drogas antifúngicas para o tratamento de infecções, e as que estão disponíveis muitas vezes têm efeitos colaterais.

Lígia Salgueiro e Eugénia Pinto, que conduziram este estudo, explicam porque novos fungicidas são urgentemente necessários:

"Nos últimos anos tem havido um aumento na incidência de doenças fúngicas, particularmente entre pacientes imunocomprometidos," afirmam elas em seu artigo. "Infelizmente, há também um aumento na resistência às drogas antifúngicas. Estudos realizados pelo nosso grupo e por outros mostraram que os óleos essenciais podem ser alternativas eficazes e baratas, com efeitos colaterais mínimos".

Os óleos essenciais destilados do gênero Lavandula (alfazema) já são amplamente utilizados em alimentos e na indústria de perfumes e cosméticos.

Estudos das atividades biológicas desses óleos demonstram propriedades sedativas e antiespasmódicas, além de serem potentes agentes antimicrobianos e antioxidantes.

http://www.diariodasaude.com.br

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coleta seletiva Canguçu, eu participo! E você?






Roteiro Coleta Seletiva - Área Urbana

Segunda- Feira / Turno: Manhã

- Silva Tavares até Exército Nacional;
- Firmina Moreira (do início ao fim);
- Guito Otto até Posto Megapetro;
- Alberto Pasqualine até Silveira Martins;
- José Bonifácio (início até o fim);
- Fernando Ferrari (início José Bonifácio até o fim);
- Assis Brasil (Início Fábrica de Canos Shelin até Getúlio Vargas);
- Getúlio Vargas (Início Assis Brasil até os Silos);
- Tenente Edgar Verli (início nos silos abrangendo Vitório Ney e 17 de dezembro até a Escola Dom Pedro II);
- Alan Kardec, João de Deus Nunes, segue pela Oswaldo Aranha até Firmina Moreira, retornando pela Silveira Martins até a creche Santa Izabel, subindo pela Avenida Exército Nacional finalizando na Conde de Porto Alegre.

Segunda –Feira / Turno: Tarde

- Maria Conceição Monteiro Bento (início Fernando Osório) até Marechal Deodoro;
- Marechal Deodoro (do início ao fim) seguindo na 21 de abril até a BR 392;
- João Goulart a partir do trevo da BR (Nutrisa) passando pela Pedreira, Escola Getúlio Vargas retornando para João Goulart até o final desta;
- General Paranhos a partir da ponte até a Conde de Porto Alegre;
- Conde de Porto Alegre retornando pela Barão do Triunfo e seguindo pela Fernando Osório até Duque de Caxias;
- Silva Tavares até Bernardino Silva Mota, saindo pelo trevo da BR 392, entrando pela Neuza Paes do Amaral (Vila Fonseca) até a ponte, retornando pela Adriano Brockmann (Escola Germano Brockmann), João Neófito da Fonseca, Rua Alda Valente de Oliveira até BR 392.


Terça – Feira / Turno: Manhã

- Dom Otaviano a partir da Rodoviária até CFC retornando pela Barão do Triunfo;
- APAE;
- 25 de Julho, Almirante Barroso até Hipólito Ribeiro segue pela Dom Otaviano até Monsenhor Jacob, retornando pela Ângelo Grana Garcia, entrando na Coronel Leão SilveiraTerres, passando pela Marçal Martins Leal e retornando pela Izarina Couto Terres até José Albano de Souza;
- José Albano de Souza até Conselheiro Brusque retornando pela 20 de setembro até o Hospital;
- Retorna para Coronel Leão Silveira Terres passando pela Florício Ribeiro de Souza, Abílio Braga, Hipólito Gonçalves retornando pela José Francisco Jorge até Avenida 20 de setembro;
- Madre Manoela Simons até o fim;
- Retornando pela Manoel Alves Jorge a partir da Creche Branca de Neve até a Manoel Pompílio da Fonseca;
- Vereador Beto Sá, Ciro Garcia do Amaral.

Terça- Feira / Turno: Tarde

- Sebastião Ribeiro de Souza (Escola Geraldo Telesca);
- Atacadão do Povão entrando pela Olavo Gomes Duarte (Vila Zezeco Pereira), Manoel Dias dos Santos, Rosária Lopes Pereira, apartamentos da Rural;
- Retorna pela Fernando Ferrari seguindo pela Ilda Nunes Borges, João Borges da Silva, Escola Neuza Paes do Amaral, entrando na Joaquim Paulo de Freitas, Joaquim Soares, Nelson Otto, Conrado Ernani Bento, abrangendo as ruas Vera Lúcia Luiz e Valdeci Santos Ávila retornando para a Conrado Ernani Bento (Posto Fita Azul 04).

Roteiro Centro: / (Segunda, terça, quarta, quinta, sexta a partir das 17:30 e sábados pela manhã)

- 20 de setembro (do início ao fim);
- General Câmara até o fim passando pelo Banco Bradesco e a Rodoviária;
- Osório a partir da antiga Escola Santo Antônio e Teófilo Conrado de Matos retorna pela Glicério Boaventura, Júlio de Castilhos até Conselheiro Brusque até Firmina Moreira retornando pela Oswaldo Aranha seguindo pela Fernando Osório até o fim;
-Júlio de Castilhos (de início ao fim);
-Retorna pela Silva Tavares até Irmãos Andradas.

Todos Nós Fazemos Parte Deste Processo! COLABORE!

Dúvidas: (53)-32527388
Email: licenciamentoamb.cgu@gmail.com



Postado por Planejamento, Meio Ambiente e Urbanismo

VAMOS RECICLAR!

O que é reciclagem

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutiliza-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado. Outro termo usado é na verdade fazer a reciclagem.

O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.

Como reciclar

Com a colaboração do consumidor, podemos facilitar ainda mais o processo de reciclagem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.

Passo a passo:

1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.

2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.

3. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.

Atenção:

Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo, garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.

Porque reciclar

A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.

* Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
* Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
* O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.

Tipos de lixo:

- Doméstico (alimentos)
- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)
- Agrícola (esterco, fertilizantes)
- Hospitalar
- Materiais Radioativos ( indústria medicina...)
- Tecnológico (TV, rádios)


Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano.
Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem(adubo).

O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.

Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!

Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.

Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.

Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios.

Algumas Vantagens:

• Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.

• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.

• Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?

• Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá,
ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!

• Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.

• Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.

• Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.

• Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.

• Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geramos.

O que reciclar

Temos diversos tipos de materiais, que podem ser reciclados, devemos tomar cuidado pois alguns materiais existentes não podem ser reciclados.
Saiba o que pode e o que não pode ser reciclado:

Recicláveis:

Papel, jornais e revistas, folha de cadernos, formulários de computadores, caixas em geral, aparas de papel, fotocópias, metais, vidros, plásticos, copos plásticos, etc.

Não recicláveis:

Etiqueta adesiva, papel carbono, fitas adesivas, papeis sanitários, papeis metalizados, papeis parafinados, papeis plastificados, guardanapos, fotografias, espelhos, lâmpadas, cerâmicas, porcelanas, tubo de tv, cabo de panela, etc.

O QUE É LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO?

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória de causa desconhecida.
Para que se desencadeie a doença, agentes externos desconhecidos (vírus, bactérias, agentes químicos, radiação ultravioleta) entram em contato com o sistema imune de um indivíduo que está com vários genes erradamente induzindo produção inadequada de anticorpos. Estes anticorpos são dirigidos contra constituintes normais (auto-anticorpos) provocando lesões nos tecidos e também alterações nas células sangüíneas.
É uma doença razoavelmente comum no consultório dos reumatologistas. Melhor conhecimento médico e avanço em métodos diagnósticos devem ser os motivos pelos quais o LES tem sido diagnosticado com mais freqüência e seu prognóstico é muito melhor do que há 15 anos atrás.
Atinge principalmente mulheres (9:1) em idade reprodutiva, iniciando-se mais comumente entre 20 e 40 anos. Pode ser bastante benigno até extremamente grave e fatal.

O que se sente?

As manifestações clínicas são muito variáveis entre os pacientes.
As queixas gerais mais freqüentes são mal-estar, febre, fadiga, emagrecimento e falta de apetite, as quais podem anteceder outras alterações por semanas ou meses. Os pacientes já poderão estar sentindo dor articular ou muscular leve e apresentando manchas vermelhas na pele que passam por urticária.
As alterações mais freqüentes ocorrem na pele e articulações.
Pele e mucosas

Há muitos tipos de lesão cutânea no LES. A mais conhecida é a lesão em asa de borboleta que é um eritema elevado atingindo bochechas e dorso do nariz. Manchas eritematosas planas ou elevadas podem aparecer em qualquer parte do corpo.
Muitos pacientes com LES têm sensibilidade ao sol (foto-sensibilidade). Assim, estas manchas podem ser proeminentes ou unicamente localizadas em áreas expostas à luz solar. Outras vezes, as lesões são mais profundas e deixam cicatriz (lúpus discóide).

Começam com uma escamação sobre a mancha eritematosa. Com o passar do tempo a zona central atrofia e a pele perde a cor, ficando uma cicatriz que pode ser bastante desagradável.
Há casos de lúpus discóide em que nunca haverá outros problemas, isto é, não haverá lúpus sistêmico. Estes pacientes devem ser seguidos com atenção pois não há como acompanhar a evolução sem exame físico e laboratorial.
Queda de cabelo é muito freqüente. Os fios caem em chumaços e muitos são encontrados no travesseiro. É sinal de doença ativa.

Apesar de não serem freqüentes, são úteis para o diagnóstico o aparecimento de feridas dentro do nariz, na língua e na mucosa oral.
Aparelho locomotor

A grande maioria dos pacientes tem artrite. Esta costuma ser leve e melhorar rapidamente com tratamento. Entretanto, há poucos casos em que aparecem lesões destrutivas que podem ser bastante graves.
O uso de corticóide por longo tempo (que muitas vezes é indispensável) pode provocar, em cerca de 5% dos pacientes, necrose em extremidade de ossos longos, principalmente fêmur.
Tendinites ocorrem com freqüência e podem acompanhar as crises de artrite ou se manifestarem isoladamente. Regiões não habituais como tendão de Aquiles podem incomodar por bastante tempo. Poucas vezes há lesões graves.

Lúpus crônico pode provocar deformidades nas mãos que lembram artrite reumatóide.
Miosite (inflamação das fibras musculares) não é um evento comum, mas pode ser grave e confundir com outras doenças musculares. Dor muscular discreta pode ocorrer e não é preocupante.
Rins

É muito freqüente haver glomerulonefrite lúpica. Felizmente, a maioria dos pacientes sofre de lesões leves e não progressivas, sendo sua única evidência discretas alterações no exame de urina, ou apresentam lesão renal que responde muito bem ao tratamento.
Quando há proteínas, hemácias, leucócitos e vários tipos de cilindros no exame de urina e aumento da creatinina no sangue estamos diante de uma situação grave mas de modo algum sem solução.
O aumento da pressão arterial é indicativo de gravidade.
Sistema nervoso

Raízes nervosas periféricas e sistema nervoso central (SNC) em conjunto estão comprometidos em mais da metade dos pacientes com LES.
Dor de cabeça, mais do tipo enxaqueca, é a manifestação mais comum quando há inflamação do sistema nervoso central. Como é uma queixa muito freqüente na população normal, muitas vezes não é valorizada.
Não raramente outras manifestações que podem aparecer são:

Neurite periférica (ardência, formigamento, queimação, perda de força)
Distúrbios do comportamento como irritabilidade, choro fácil, quadros mais graves de depressão e mesmo psicose.
Convulsões (pode ser a primeira manifestação em crianças).
Coréia (movimentos involuntários e não coordenados de membros superiores e inferiores), muito mais raro.

Há uma regra que deve ser seguida obrigatoriamente em "neurolúpus": descartar a possibilidade de haver infecção
Outro detalhe que deve ser observado é ansiedade e depressão que ocorrem em pessoas com doença crônica (e que pode ser grave) e com problemas estéticos provocados pela dermatite ou uso de corticóide.
O síndrome anti-fosfolípide pode ser uma entidade isolada ou acompanhar o LES. Ocorrem trombos em veias e artérias de qualquer tamanho, provocando embolias. A ocorrência de microtrombos no cérebro provoca infartos pequenos com manifestações pouco observáveis de início. Pode ser uma causa de grave repercussão do LES no SNC.
Quando os trombos se instalam na placenta são causa de abortamento.
Coração

Inflamação isolada da membrana que envolve o coração (pericardite) não é rara e é facilmente resolvida. Lesões graves em válvulas, inflamação do miocárdio e das coronárias não são freqüentes.
Palpitações, falta de ar e dor no precórdio são sinais de alerta. Podem estar presentes desde o início da doença.
Pulmões

Mais da metade dos pacientes sentem dor nas costas ou entre as costelas devido à inflamação da pleura. Quando é leve, só aparece ao respirar fundo e a radiografia pode ser normal, isto é, sem derrame. Piorando, a dor fica mais forte e a respiração mais difícil e acompanhada de tosse seca.
Também ocorrem inflamação nos alvéolos (cuidado com infecção ao mesmo tempo) e nas artérias (raro e muito grave).
Vasos

É muito freqüente no LES os pacientes estarem com mãos frias que, quando em contato com superfície gelada ou quando a temperatura ambiente é baixa, passam de pálidas para roxas (cianose) e por vezes com dor na ponta dos dedos. Chama-se fenômeno de Raynaud. Pode ocorrer em pessoas que nunca terão a doença mas pode preceder por anos as outras manifestações de LES ou outras doenças inflamatórias auto-imunes.
Inflamação de vasos chama-se vasculite. Dependendo da intensidade da inflamação haverá de manchas eritematosas até pontos de gangrena na região irrigada pelos vasos comprometidos.
Olhos

Conjuntivite ou outras manifestações são pouco comuns. Uma complicação grave são trombos no fundo do olho na presença de síndrome antifosfolípide.
Aparelho digestivo

Complicações graves são muito raras. Os medicamentos são a causa mais freqüente das queixas tipo azia, dor abdominal e falta de apetite.
Em poucos pacientes aumentam as enzimas hepáticas, mostrando haver inflamação no fígado. Nesta situação, deve-se sempre descartar a concomitância de duas doenças e procurar infecção viral.
Sangue

Anemia leve é muito comum e é controlada com o tratamento habitual da doença. Piora em pacientes mais graves e quando há insuficiência renal.
Anticorpos dirigidos diretamente contra glóbulos vermelhos podem ser de difícil controle; ocorre em menos de 20% mas pode ser uma forma de início do LES e, como o tratamento com corticóide em dose alta mascara outras manifestações, o diagnóstico pode não ser percebido.
Pode haver queda importante de glóbulos brancos (risco de infecção) e de plaquetas (risco de sangramento).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do LES é feito através da associação de dados clínicos e laboratoriais.
O médico precisa lembrar-se do lúpus e há algumas pistas que auxiliam bastante mesmo quando as manifestações clínicas são pobres. Mulher em fase de reprodução (crianças e mulheres depois da menopausa também têm lúpus) com dor articular, sensação de estar doente, emagrecimento, "urticárias" de repetição, queda de cabelo, fenômeno de Raynaud, exames antigos com alterações tipo glóbulos brancos baixos, alterações na urina, anemia não explicada podem ser manifestações de início da doença.
A pesquisa dos anti-anticorpos é utilizada para diagnóstico e alguns deles para acompanhamento da doença:

FAN (fator antinuclear) é o mais freqüente.
Anti-dsDNA é sinal de doença ativa e geralmente com doença renal.
Anti-Sm não é muito freqüente mas, quando presente, confirma o diagnóstico.

A utilização clínica da presença destes auto-anticorpos e de vários outros é extremamente útil. Deve ser feita pelo reumatologista pois não são específicos, isto é, aparecem em mais de uma doença e a combinação da presença de um ou mais auto-anticorpos com a clínica é que permite que se chegue a um diagnóstico.
Critérios diagnósticos do LES

Na tabela a seguir estão os critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1982 modificados. Deve ser utilizada por médicos

1. Erupção malar: Eritema fixo plano ou elevado sobre as regiões malares e dorso do nariz.
2. Lesão discóide: Placas eritematosas com escamação aderente,comprometimento dos pelos e cicatrização com atrofia.
3. Foto-sensibilidade: Erupção cutânea que aparece após exposição à luz solar.
4. Úlceras orais: Ulceração de nasofaringe ou boca vista por médico.
5. Artrite: Não erosiva comprometendo duas ou mais articulações periféricas.
6. Serosite: Pleurite documentada por médico; pericardite documentada por ECG ou médico.
7. Desordem renal: Proteína na urina maior do que 500mg por dia ou +++ em exame comum; cilindros de hemácias, granulosos, tubulares ou mistos.
8. Desordem neurológica: Convulsões ou psicose na ausência de outra causa.
9. Desordens hematológicas: Anemia hemolítica, menos de 4000 leucócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 1500 linfócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 100.000 plaquetas/mm3 na ausência de outra causa.
10. Desordens imunológicas: Anti-DNA positivo ou anti-Sm positivo ou falso teste positivo para lues (sífilis) por mais de 6 meses com FTA-ABS normal.
11. FAN positivo: Na ausência de uso das drogas que podem induzir lúpus.

Para que se faça diagnóstico de lúpus são necessários quatro critérios ou mais. Para utilizarmos pacientes em um trabalho de pesquisa devemos seguir à risca a soma dos critérios. Na prática, se tivermos dois ou três critérios "fortes" como artrite, dermatite e FAN e não encontrarmos outra doença fazemos o diagnóstico e tratamos pois tratamento eficaz e precoce sempre leva a melhor prognóstico.

Como é o tratamento?

Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento de doenças complexas como o LES, cada paciente tem a sua história.
Sabemos qual o melhor medicamento para cerebrite, nefrite, dermatite, mas os resultados são individuais. O tratamento do lúpus não é um esquema pronto para ser executado e as características de cada caso ditarão o que se deve fazer, tornando-o artesanal.
Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser manejados por profissionais experientes.
Os pacientes devem estar alertas para os sintomas da doença e para as complicações que, embora raras, podem aparecer. Se forem prontamente manejadas é muito mais fácil solucioná-las.
Naturalmente, não é nossa intenção instruir o tratamento do LES. Este deve ser feito por médicos experientes e os pacientes não devem modificá-los sem orientação.

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?277

Vitiligo que é tratado logo no início tem maior possibilidade de controle

O vitiligo caracterizase pelo surgimento de manchas brancas na pele. A doença atinge 1% da população mundial. Manifesta-se em homens e mulheres de todas as raças. Estima-se que haja no Brasil 1,8 milhão de portadores. Por volta de 25% dos casos aparecem até os 10 anos de idade; outros 25%, dos 11 aos 20 anos; 95% da incidência manifesta-se até os 40 anos; e só 5% aparecem depois dessa idade.

As manchas surgem sobretudo no rosto, mãos, cotovelos, região genital, joelhos e pés. A causa é a morte dos melanócitos, células produtoras de melanina, substância que dá a coloração da pele. Hoje se sabe que se trata de uma doença autoimune: as próprias células de defesa do organismo, os linfócitos, passam a atacar os melanócitos e a destruílos. Ainda não se sabe, porém, por que isso ocorre.

Há sete tipos de vitiligo: vulgar, acrofacial, segmentar, focal, de mucosas, misto e universal. O vulgar é o mais freqüente; ocorre sempre nos dois lados do corpo, ou seja, nos dois joelhos ou nos dois cotovelos, por exemplo. O acrofacial, segundo tipo mais comum, é o que se manifesta no rosto e/ou nas mãos e/ou nos pés. O segmentar se caracteriza pelo aparecimento de várias manchas em forma de faixa. Pode surgir em qualquer região. Ocorre só de um lado e em geral só responde ao tratamento cirúrgico. O focal se caracteriza pelo surgimento de duas a três manchas pelo corpo. O de mucosas aparece nos lábios ou na região genital. Misto é quando surgem dois tipos - em geral, vulgar e segmentar. E universal é o que acomete mais de 70% da pele.

O vitiligo pode ser desencadeado por situações estressantes, como a perda de um familiar e a separação dos pais. A doença não causa problemas orgânicos, mas deixa a pele local mais desprotegida - pela falta da melanina - e, pois, mais suscetível ao câncer. Por isso, portadores devem intensificar o uso do protetor solar. O mais grave, porém, é que se trata de uma doença extremamente nociva para a auto-estima, sobretudo hoje, quando se valoriza em excesso a beleza física. Portadores se sentem diminuídos e enfrentam dificuldade no convívio social.

Indivíduos que percebam que surgiu uma mancha branca em sua pele devem consultar um dermatologista. Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, maior a chance de controle e, em alguns casos, até de cura. A doença ainda não é bem conhecida em todo o país. Mas, sobretudo nas capitais e cidades grandes, existem dermatologistas que se dedicam a ela e, portanto, estão aptos a reconhecer os vários tipos e a propor o tratamento mais indicado. O Brasil é um dos poucos países a disponibilizar para os pacientes todos os tipos de tratamento existentes, clínicos ou cirúrgicos.

O tratamento do vitiligo tem uma seqüência. A primeira coisa é parar a evolução da doença. Ao mesmo tempo se estimula a repigmentação da pele e a conseqüente eliminação das manchas. Utilizamse tratamentos para combater os linfócitos e interromper a ação deles sobre os melanócitos. Tanto com remédios - tópicos ou por via oral - quanto por meio de fototerapia e de cirurgias. Muitas vezes os portadores precisam de acompanhamento psicológico, para aprender a lidar com a doença e também com o estresse. Boa parte dos casos de vitiligo ainda não tem cura, mas pode-se controlá-lo e dar aos portadores mais qualidade de vida.


Paulo Luzio dermatologista no Rio de Janeiro e em São Paulo, é responsável pelo Ambulatório de Vitiligo do Instituto de Dermatologia Professor Azulay, da Santa Casa, e pela Clínica de Vitiligo (SP/RJ).

Site: www.clinicadevitiligo.com.br

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cientistas da USP produzem biodiesel da borra de café

Reciclagem do café

Cientistas da USP demonstraram que é possível usar a borra de café - o que resta do café em pó depois que ele é coado - para a produção de biodiesel.

O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café. Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para a produção do biodiesel.

A produção do biocombustível a partir do resíduo foi testada pela química Denise Moreira dos Santos, em escala laboratorial.

O estudo concluiu que a técnica é adequada para a produção do biodiesel em pequenas comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas, por exemplo.

"No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências

Óleo essencial

"O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara", conta a professora.

A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é descartado no meio ambiente.

O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas.

"O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente," conta Denise. "Após a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel."

As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade.

A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 12 mililitros de biodiesel.

"No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos," aponta a professora.

Pesquisa e educação

"Todo o experimento para obtenção de biodiesel foi realizado em escala laboratorial", explica Denise, que é professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS), em São Paulo. "O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo que é descartado no ambiente para a produção de energia".

Segundo a professora, a implantação do processo de produção do biocombustível em escala industrial dependeria de um trabalho de conscientização da população para não jogar fora a borra de café, que seria recolhida para extração do óleo.

"Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio biodiesel para movimentar máquinas", sugere.

Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no refrigerador para ser usada como fertilizante. "Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo", alerta. "O aproveitamento desse resíduo para gerar energia pode não ser uma solução mundial, mas está ao alcance de pequenas localidades".

informações da Agência USP

Programa lançado em Goiás faz com que produtores lucrem com preservação

Propriedade precisa ser cadastrada ao programa e se encaixar num padrão internacional de negócio.

O programa Goiás Sustentável foi lançado nesta sexta, dia 18, em Goiânia. Com a participação de entidades rurais, governos e empresas privadas, a proposta é permitir que o produtor possa ter lucro com a preservação da reserva legal e de áreas de proteção permanente.

Com o programa lançado, as propriedades certificadas vão poder lucrar com a prática de manter e preservar os ecossistemas. O trabalho é de longo prazo. Para poder participar, a propriedade precisa ser cadastrada ao programa, tomar o rumo da produção sustentável com novas praticas sociais, econômicas e ambientais e se encaixar num padrão internacional de negócio.

Empresas inscritas no programa vão poder investir em crédito de sustentabilidade para conseguir incentivos fiscais e tributários. A parceria entre diversos órgãos ambientais pode facilitar a aplicação dos benefícios.

Os produtores rurais acreditam que o programa vai permitir que empresas ligadas ou não ao agronegócio tenham a oportunidade de se adequarem às questões ambientais. Para o presidente da SGPA,Ricardo Yano, a conta da preservação não deve ser apenas do produtor rural.

http://www.canalrural.com.br

Agentes de saúde brasileiros e paraguaios se unem contra a dengue

Um encontro em Foz do Iguaçu capacita profissionais da área da saúde do município e também de Cidade de Leste, no Paraguai, para combater possíveis focos de dengue. O objetivo é trocar experiências para que as medidas bem sucedidas sejam implantadas no país vizinho.

No Paraguai, por exemplo, os locais onde o ambiente é favorável para a reprodução do Aedes Aegypti, mosquito que transmite a doença, são catalogados com ajuda de um Global Positioning System (GPS).

A representante regional de saúde no Paraguai Giuliana Garcete explicou que com o GPS é possível monitorar em quais localidades houve evolução ou não dos focos de dengue. Existe ainda a intenção de se criar um padrão, para os dois lados da fronteira, para atendimento das pessoas que apresentam sintomas da doença.

(Fonte: G1)

DNA de negros e pardos do Brasil é 60% a 80% europeu

No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos têm origem europeia e negros são “africanos”. Segundo um novo estudo, mesmo quem se diz “preto” ou “pardo” nos censos nacionais traz forte contribuição da Europa em seu DNA.

O trabalho, coordenado por Sérgio Danilo Pena, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), indica ainda que, apesar das diferenças regionais, a ancestralidade dos brasileiros acaba sendo relativamente uniforme.

“A grande mensagem do trabalho é que [geneticamente] o Brasil é bem mais homogêneo do que se esperava”, disse Pena à Folha.

De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.

Quase mil – Além de moradores das capitais paraense e gaúcha, foram estudadas também populações de Ilhéus (BA) e Fortaleza (compondo a amostra nordestina), Rio de Janeiro (correspondendo ao Sudeste) e Joinville (segunda amostra da região Sul).

Ao todo, foram 934 pessoas. A comparação completa entre brancos, pardos e pretos (categorias de autoidentificação consagradas nos censos do IBGE) só não foi possível no Ceará, onde não havia pretos na amostra, e em Santa Catarina, onde só havia pretos, frequentadores de um centro comunitário ligado ao movimento negro.

Para analisar o genoma, os geneticistas se valeram de um conjunto de 40 variantes de DNA, os chamados indels (sigla de “inserção e deleção”). São exatamente o que o nome sugere: pequenos trechos de “letras” químicas do genoma que às vezes sobram ou faltam no DNA.

Cada região do planeta tem seu próprio conjunto de indels na população – alguns são típicos da África, outros da Europa. Dependendo da combinação deles no genoma de um indivíduo, é possível estimar a proporção de seus ancestrais que vieram de cada continente.

Do ponto de vista histórico, o trabalho deixa claro que a chamada política do branqueamento – defendida por estadistas e intelectuais nos séculos 19 e 20, com forte conteúdo racista – acabou dando certo, diz Pena.

Segundo os pesquisadores, a combinação entre imigração europeia desde o século 16 e casamento de homens brancos com mulheres índias e negras gerou uma população na qual a aparência física tem pouco a ver com os ancestrais da pessoa.

Isso porque os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética, embora seu efeito seja muito visível. O trabalho está na revista “PLoS One”.

(Fonte: Reinaldo José Lopes/ Folha.com)

Poluição induz mutação

Durante três décadas, de 1947 a 1976, duas fábricas de uma multinacional jogaram um total estimado de 600 mil quilos de bifenilas policloradas (PCB), compostos organoclorados sintéticos considerados entre os poluentes com maior biotoxicidade, no rio Hudson, em Nova York (EUA).

O resultado foi o acúmulo do composto cancerígeno em um peixe local, o Microgadus tomcod, da família do bacalhau, em níveis nunca vistos em populações naturais. O surpreendente é que o peixe não sumiu da área afetada, mas proliferou a ponto de hoje ser encontrado em grandes populações.

O motivo é que o excesso de PCB induziu a um tipo de mutação que levou o peixe a evoluir para poder resistir à grande quantidade de toxinas presente na água, segundo estudo publicado nesta sexta-feira (18) no site da revista Science.

Esse tipo de resposta é conhecido em insetos, que desenvolvem resistência a certos pesticidas, e em bactérias, que passam a resistir a antibióticos. “Mas essa é a primeira demonstração de um mecanismo de resistência em uma população de vertebrados”, disse Isaac Wirgin, do Departamento de Medicina Ambiental da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que liderou o estudo.

Como Wirgin e colegas sabiam que o receptor de arilhidrocarbono (AHR2) regula os efeitos tóxicos do PCB em peixes, eles analisaram exemplares do M. tomcod para observar de que forma o receptor havia sido afetado.

O grupo verificou que esses peixes do rio Hudson e de áreas próximas tinham quatro mutações distintas no gene AHR2 que não eram comuns em outras populações da mesma espécie em áreas não contaminadas.

Segundo os pesquisadores, essas mutações parecem prejudicar a capacidade da AHR2 de se ligar a certas substâncias tóxicas presentes na água.

Os cientistas sugerem que os peixes no rio Hudson passaram por uma rápida evolução, alterando a AHR2 em um período curto de tempo, de modo a desenvolver resistência aos PCBs que infestaram seu habitat.

Embora o peixe tenha superado a poluição no rio, o resultado não foi tão bom para seus predadores ou o homem. “O M. tomcod sobreviveu, mas ele ainda acumula PCB em seu corpo e passa a substância para qualquer outro que o coma”, disse Mark Hahm, da Instituição Oceanográfica Woods Hole, outro autor do estudo. Ou seja, apesar de o peixe ter resistido e proliferado, a pesca está fora de questão.

(Fonte: Agência Fapesp)

Japão confirma suspensão de caça às baleias após pressão de ativistas

A intervenção de um grupo ativista contrário à caça de baleias pressionou o Japão a encerrar antecipadamente sua temporada de caça na Antártida, disse o ministro da pesca do país, Michihiko Kano, nesta sexta-feira (18). A suspensão da caça já havia ocorrido na semana passada por conta da pressão da Sea Shepherd, mas agora foi oficializada pelo governo.

Esta é a primeira vez em que uma frota está retornando para casa mais cedo por causa de confrontos com ativistas. Tentativas repetidas da organização não governamental (ONG) Sea Shepherd para bloquear a caça irritaram o Japão, um dos três países, junto com Noruega e Islândia, que ainda caçam baleias. O governo afirma que a caça é uma importante tradição cultural.

“Tem se tornado difícil garantir a segurança da frota”, disse Kano em coletiva de imprensa. “Não temos escolha senão encerrar nossa pesquisa mais cedo.”

A Sea Shepherd considerou a decisão uma vitória para as baleias e disse que o movimento estava se tornando cada vez mais eficiente em intervir nas operações da frota japonesa. “Não fizemos muito diferente, mas chegamos lá mais cedo e interceptamos e atrapalhamos eles muito antes de eles poderem começar”, disse por telefone Jeff Hansen, diretor australiano da instituição.

“A cada ano estamos custando para eles mais e mais dinheiro. É uma caça altamente subsidiada e estão gastando e perdendo milhões. Então estamos, de fato, atingindo seus bolsos”, disse.

A frota japonesa, composta de 180 pessoas e 4 navios, está retornando de sua caça anual um mês antes do previsto após caçar 170 baleias, cerca de um quinto da meta, de acordo com Shigeki Takaya, autoridade do ministério da pesca no país.

(Fonte: G1)

Quantidade de atum e bacalhau diminuiu dois terços em 100 anos

Os preferidos de quase todos os paladares, os peixes predadores, tiveram suas populações diminuídas em dois terços nos últimos 100 anos. Enquanto bacalhau, atum e garoupa são cada vez mais raros nos oceanos, peixes como anchova e sardinha (muitas vezes usados como isca) mais do que dobraram durante este mesmo período.

Pesquisadores do Centro de Pescas da Universidade da British Columbia, nos Estados Unidos, liderados pelo professor Villy Christensen usaram mais de 200 modelos com descrições detalhadas sobre a cadeia alimentar marinha nos ecossistemas marinhos de todo o mundo entre os anos de 1880 e 2007. A partir destes dados eles construíram um sistema que permitiu avaliar de maneira padronizada onde ocorria a distribuição espacial da teia alimentar. O estudo foi apresentado nesta sexta-feira (18) na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em Washington, DC.

De acordo com os pesquisadores, a relação entre o crescimento e diminuição dos dois tipos de população fornece a evidência mais forte até agora de que a pesca está quebrando a cadeia alimentar dos peixes e impactando os ecossistemas a nível mundial. “A sobre pesca tem tudo a ver com o ditado “quando os gatos partem os ratos fazem a festa’. “Ao retirar grandes espécies de predadores, peixes pequenos prosperam”, disse Christensen.

A equipe também descobriu que 54 % do declínio da população de peixes predatórios, ocorreram nos últimos 40 anos. “Alguns períodos foram mais intensos que o outro, mas de modo geral este declínio foi se intensificando ao longo dos últimos 40 anos”, disse Christensen.

De acordo com o pesquisador, atualmente, os peixes pequenos são transformados em farinha ou óleo de peixe e utilizados como alimentos para peixes cultivados em cativeiro. “Se esta tendência continuar, nossos oceanos podem se tornar uma espécie de fazenda que produz apenas insumos para o setor de aquicultura. Adeus, mar selvagem!”, disse.

(Fonte: Portal iG)

Horário de verão resulta em economia de 4,4% na demanda de energia

O horário de verão, que termina à 0h do próximo domingo (20), resultou em uma redução de 4,4% na demanda de energia do horário de pico, nas regiões onde o sistema foi adotado. No ano passado, a redução foi de 4,7% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 4,8%, na Região Sul.

Segundo dados preliminares do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a economia da geração térmica evitada com a adoção do horário de verão foi estimada em R$ 30 milhões, o que traz como consequência a redução da tarifa de energia elétrica para o consumidor.

A redução total da demanda de energia no horário de pico foi de 2.376 megawatts, sendo 1.821 megawatts no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 555 megawatts no Subsistema Sul. No caso do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a redução equivale a aproximadamente 60% da carga no horário de ponta da cidade do Rio de Janeiro ou a duas vezes a carga no horário de ponta de Brasília. No Sul, representa 60% da carga no horário de ponta de Curitiba.

A redução total de energia foi de 0,5%, o que equivale a cerca de 8% do consumo mensal da cidade do Rio de Janeiro e 10% do consumo mensal de Curitiba.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, avalia que as principais consequências da redução de demanda são o aumento da segurança e a diminuição dos custos de operação do Sistema Interligado Nacional.

A partir da 0h do próximo domingo, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão atrasar os relógios em uma hora. O horário de verão, que, neste ano, começou no dia 17 de outubro, é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, resultante do calor e do crescimento da produção industrial por causa do Natal.

Neste período, os dias têm maior duração por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.

(Fonte: Sabrina Craide/ Agência Brasil)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Estudo vincula intensificação de cheias a mudanças no clima

O aquecimento global provocado por atividades humanas aumentou a intensidade de chuvas, nevascas e, consequentemente, das cheias registradas ao longo da última metade do século XX, demonstraram estudos publicados nesta quarta-feira (16).

Dois estudos divulgados na revista científica britânica Nature estão entre os primeiros a estabelecer um vínculo direto entre as mudanças climáticas e seu impacto em eventos climáticos potencialmente destrutivos e mortais.

Brasil, Austrália, Sri Lanka e Paquistão têm sofrido cheias maciças, dando origem a questões sobre se o aquecimento global seria pelo menos parcialmente responsável pelo problema.

Modelos de computador já previram há muito tempo que o aumento das concentrações de gases causadores do efeito estufa aumentaria os episódios de temporais.

Mas até agora, o vínculo estabelecido foi amplamente teórico.

“O artigo fornece a primeira evidência específica de que este é realmente o caso”, disse Francis Zwiers, pesquisador da Universidade de Victoria, no Canadá, e coautor de um dos estudos.

“Os humanos influenciam a intensidade das chuvas extremas”, disse o cientista a jornalistas em uma coletiva por telefone.

Dados reunidos entre 1951 e 2000 em Europa, Ásia e América do Norte demonstram que, em média, a precipitação mais extrema em 24 horas de um ano dado – seja chuva, neve ou granizo – aumentou de intensidade nos últimos 50 anos do século XX.

Quando este pico mensurável foi comparado com mudanças simuladas por modelos climáticos, a marca da influência humana nos padrões climáticos da Terra se tornou inquestionável, disse Zwiers.

“A mudança observada não pode ser explicada por flutuações naturais e internas do sistema climático sozinho”, acrescentou.

Segundo ele, o estopim principal foi, simplesmente, uma concentração maior de água no ar. “Em um mundo mais quente, a atmosfera tem maior capacidade de reter umidade”, explicou.

Isto não significa necessariamente que em um lugar onde não chove muito as precipitações aumentarão, acrescentou. De fato, alguns lugares da Terra provavelmente ficarão mais secos.

Mas isto significa que quando um furacão ou uma nevasca acontece, há mais água disponível.

Mas por que demorou tanto para que os cientistas começassem a estabelecer conexões sólidas entre o aquecimento global e eventos climáticos extremos? Uma razão é que só nas últimas décadas a concentração de gases capazes de reter calor ficou mais óbvia.

“Consideramos cada vez mais fácil detectar este indício nas observações”, declarou Zwiers.

No segundo estudo, que procurou descobrir a atuação do aquecimento global do outono mais úmido já registrado na Inglaterra, no ano 2000, um grupo de cientistas, chefiado por Myles Allen, da Universidade de Oxford, contou com o poder das redes sociais na internet.

Os pesquisadores compararam dois modelos climáticos, um baseado em dados climáticos históricos detalhados e outro em um outono de 2000 “paralelo”, simulando condições sem os gases estufa emitidos no século XX.

Eles descobriram que o aquecimento global teria dobrado a possibilidade de tal evento ocorrer.

“Para realmente detectar a diferença entre estes dois mundos, tivemos que repetir esta simulação milhares de vezes”, explicou o chefe das pesquisas, Pardeep Pall, que iniciou o projeto quando ainda era estudante da graduação, em 2003.

“Nós pedimos que as pessoas ao redor do mundo rodassem as simulações para nós em seus próprios computadores, usando seu tempo livre”, acrescentou.

Com base nos resultados deste estudo, o departamento britânico responsável pelo clima está desenvolvendo ferramentas para medir a influência humana em eventos climáticos futuros.

“Este tipo de estudo vai nos permitir quantificar como as mudanças climáticas estão afetando as pessoas agora de forma que deixe de ser uma projeção hipotética no futuro”, disse Allen.

A ferramenta também seria útil, afirmou, para legitimar as demandas de países em desenvolvimento que queiram se candidatar a receber as centenas de bilhões de dólares destinados a medidas de adaptação para as mudanças climáticas.

Pessoas interessadas em emprestar a potência de seus computadores para impulsionar o projeto podem obter informações no site climateprediction.net, que atualmente é realizado com a ajuda de 50 a 60 mil computadores pessoais.

(Fonte: G1)

Entenda o hipotireoidismo, doença que tirou o Fenômeno dos campos

Após anunciar sua aposentadoria, o atacante Ronaldo disse que o seu excesso de peso e a falta de forma, que ficaram bastante evidentes nos últimos anos de sua carreira, foram causados pelo hipotireoidismo. Com isso, essa doença que desregula os níveis de hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula muito importante para regular o nosso metabolismo, entrou e pauta. É importante deixar claro qual é a relação do hipotireoidismo com o aumento de peso, e como a alimentação balanceada pode ajudar a controlar o peso de pessoas que sofrem com essa doença.

O que acontece

O metabolismo lento, ou hipotireoidismo, não é responsável pelo elevado ganho de peso. O ganho de peso observado em pessoas que possuem essa doença estará entre três a cinco quilos e, normalmente, não há aumento de gordura corporal, mas sim retenção hídrica (acúmulo de líquidos no organismo). Por isso, um aumento visível em nosso peso dificilmente será causado pelo hipotireoidismo. A presença do hipotireoidismo, normalmente, não explica um ganho maior de 10 quilos ou ganho de 5% a 10% do peso corporal anterior do desenvolvimento da doença.

Causas do ganho de peso

O ganho excessivo de peso em pessoas que apresentam metabolismo lento está associado a diversos motivos, sendo o principal fator os hábitos alimentares não saudáveis, como escolhas inadequadas e quantidades excessivas de alimentos. Com o metabolismo desacelerado pelo hipotireoidismo, fica mais fácil ver os efeitos que uma má alimentação traz a nosso corpo. O que acontece na verdade é que a pessoa já possuía maus hábitos alimentares, mas só há um ganho de peso sensível quando a pessoa desenvolve a doença.

Após o tratamento do hipotireoidismo, que é feito na maioria das vezes a partir de remédios que controlam os hormônios, o peso deve voltar ao normal, pois o inchaço não será mais observado. Se o peso não voltar ao anterior, provavelmente, ele é decorrente do excesso alimentar e da falta de hábitos saudáveis.

O esforço que se observará para emagrecer deverá ser o mesmo que se tinha antes do desenvolvimento do hipotireoidismo. Deverão ser adotados hábitos alimentares e de estilo de vida saudáveis e adequados para que haja a eliminação de peso desejada.

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Cientistas criticam novo Código Florestal

As duas principais organizações científicas do país publicam nos próximos dias um aguardado relatório sobre a nova versão do Código Florestal Brasileiro. O texto deve esquentar mais ainda o debate sobre a lei no Congresso.

No documento, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) dirão que as áreas de preservação permanente, como matas em margens de rio, não podem ser alteradas.

A flexibilização dessas áreas está prevista no texto que segue em análise na Câmara dos Deputados.

Na verdade, continuam os especialistas, a lei atual dá a elas menos proteção do que elas precisam hoje. Essa proteção apenas diminuiria.

De acordo com os cientistas, tanto essas áreas quanto as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola.

Isso porque culturas como o café, soja e maracujá, por exemplo, dependem de 40% a 100% dos polinizadores que se abrigam nesses locais.

Os cientistas dirão também que o Brasil tem terras de sobra para a expansão da agropecuária, bastando para isso mudar a política agrícola, e que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.

(Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Brasil está perdendo biodiversidade que sequer conhece, alerta Ipea

Estudo divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o Brasil deveria ter no conhecimento e na conservação da biodiversidade uma de suas estratégias para o desenvolvimento, para aproveitar seu privilegiado capital natural. Mas o Ipea ressalta que, no que diz respeito à diversidade genética, “o conhecimento é, certamente, o mais incipiente e a pesquisa em exemplares da biodiversidade brasileira encontra-se no início”.

“Se a maioria das espécies nativas é desconhecida, menos ainda se sabe acerca de seus genomas”, diz o relatório. De acordo com o Ipea, grande parte da informação está sendo irremediavelmente perdida, à medida que espécies se extinguem ou variedade interna é reduzida.

“Entre essas perdas podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará. Daí a necessidade de se estimular iniciativas de valorização, pesquisa e conservação desse patrimônio”.

Conservação – O instituto, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, afirma que, em relação à conservação da diversidade de espécies, o Brasil apresenta um nível de conhecimento e estrutura de pesquisa acima de outros países megadiversos, mas ainda assim carece de mão-de-obra especializada, como de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos), diz o Ipea.

O país tem significativo potencial para descoberta de novas espécies, seja por meio da revisão do material já depositado em coleções no Brasil e no exterior, seja pela realização de inventários em regiões pouco amostradas.

O instituto ressalta que a infraestrutura e a formação de pessoal para caracterização da diversidade da de microorganismos encontram-se em estágio embrionário, o que é um entrave à sua exploração tecnológica. “Isso torna-se particularmente relevante ante a crescente importância econômica da biotecnologia, inclusive sob o ponto de vista estratégico em ciência”, comenta o estudo.

Vantagem competitiva – Aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo, a despeito das exigências contidas em normas específicas. “Considerando-se o amplo desconhecimento sobre a biodiversidade brasileira e de seus benefícios para a humanidade, e ainda a larga taxa de alteração que os biomas vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, é bastante provável que parte considerável do capital natural brasileiro esteja sendo eliminada antes mesmo de ser conhecida pela ciência. Isso pode representar o desperdício de uma grande vantagem competitiva de nosso país, que é o uso sustentável desse patrimônio”.

O estudo defende que o potencial de perda da biodiversidade seja considerado na tomada de decisões para implementação de políticas e ações, nas esferas públicas e privadas, de forma a evitá-lo. Em relação a isso, o Ipea destaca as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem, de acordo com os autores, importantes vetores associados a essa perda.

(Fonte: Globo Natureza)

Conheça as doenças que podem impedir a perda de peso

A reclamação "eu faço dieta, mas não emagreço" é comum. Na maior parte das vezes, o que falta é dedicação ao processo de reeducação alimentar que leva à perda de peso. "A grande dificuldade que as pessoas têm para emagrecer é aceitar as mudanças alimentares e comportamentais necessárias. É impossível emagrecer comendo as mesmas coisas", afirma a endocrinologista e vice-presidente da Associação Brasileira paro o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Leila Maria Batista Araújo. Mas nem sempre esse é o caso. Algumas doenças podem, sim, afetar a capacidade de emagrecimento.

O endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) João Cesar Castro Soares explica que a pessoa deve ficar atenta se costumava ter o peso estável e começou a engordar de uma hora para outra, de forma rápida e sem ter mudado a alimentação. Algumas doenças que podem estar ligadas a isso são hipotireoidismo, síndrome de cushing e síndrome de ovário policístico.


Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide (glândula que regula importantes órgãos do corpo) que ocorre mais em mulheres, principalmente naquelas acima dos 30 anos. Mas qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascida, pode ter a doença.

Alguns sintomas são depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento do colesterol ruim (LDL). A síndrome de cushing acontece quando há um intenso e prolongado excesso de cortisona no organismo.

"Tumores podem produzir esse excesso", acrescenta Soares. Entre os sinais da patologia estão aumento de peso, com gordura concentrada no rosto, tronco e pescoço, escurecimento da pele em dobras e cicatrizes, aparecimento de estrias roxas, fraqueza muscular, depressão, problemas de memória e hipertensão arterial.

"Já a síndrome de ovário policístico é quando há produção excessiva de insulina", explica o endocrinologista da Unifesp. A mulher que apresenta ovários policísticos produz uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos, fator que pode afetar a fertilidade feminina.

Alguns indícios de que a mulher possa ter o problema são alterações menstruais (menstruação a cada dois ou três meses e, frequentemente, apenas dois ou três episódios por ano), aumento de pelos no rosto, nos seios e no abdômen, além de obesidade.

A obesidade também pode estar ligada a fatores emocionais. Um estudo realizado por pesquisadores de diversas universidades holandesas concluiu que obesidade e depressão são doenças interligadas.

A pesquisa, que analisou 15 trabalhos envolvendo 58.745 pessoas, mostrou que a obesidade aumenta o risco de depressão e, por outro lado, este pode ser o primeiro passo para o distúrbio.

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Biólogo acredita que falta pouco para criação de bife artificial

A produção de carne futuramente dependerá mais das provetas do que dos bovinos, ou pelo menos assim pensa o biólogo Vladimir Mironov, que espera colaborar com a solução para a crise alimentar mundial em seu laboratório da Carolina do Sul, Estados Unidos.

O cientista de 56 anos e seu colaborador Nicholas Genovese, de 32, esperam não apenas lutar contra a fome no mundo, com a criação de carne artificial, mas também tornar possíveis as missões de mais de seis meses a Marte, uma vez que vacas não podem embarcar em naves espaciais.

“Imagine, por exemplo, a colonização de outro planeta ou apenas que a população aumente”, afirma Mironov, antes de citar como exemplo o fato de que “não há mais nenhum espaço disponível para criar gado em Nova York ou Cingapura”.

O biólogo, que trabalha em um laboratório de dimensões modestas, mas com tecnologia de ponta, na Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Sul, no Estados Unidos, espera que a criação do bife artificial aconteça em breve, apesar de atualmente o processo de “cultivar carne” em laboratório ser longo e complexo.

“É um assunto de tempo e dinheiro”, afirmou.

Há 10 anos, Mironov obteve uma bolsa da Nasa para tentar concretizar o sonho de “cultivar carne”. No entanto, atualmente os trabalhos do cientista não são mais financiados pela agência espacial americana, que segundo ele passou a priorizar a pesquisa sobre as plantas transgênicas como fonte alternativa de proteínas.

O trabalho de Mironov e Genovese segue adiante graças ao financiamento de três anos da organização de defesa dos animais Peta.

Eles trabalham a partir de células-tronco embrionárias responsáveis pela formação dos músculos, chamadas mioblastos, procedentes de perus e que são impregnadas com soro de bovino para fazer crescer os tecidos musculares.

“Nós trabalhamos em pequena escala com o biorreator Synthecon da Nasa, a partir de esferas porosas de quitosano (uma fibra natural derivada da carapaça dos crustáceos), onde podem ser cultivados os mioblastos de animais compatíveis”, explica Mironov.

A carne assim cultivada, se chegar aos supermercados, será bastante parecida com a encontrada nos açougues, garante ele.

A carne modificada já é uma prática corrente, e inofensiva, explica.

Vladimir Mironov e Nicholas Genovese integraram em agosto do ano passado o grupo de 30 convidados pela Fundação Europeia da Ciência a participar em um laboratório de fabricação de carne em Gotemburgo, Suécia.

No local conseguiram abordar com outros investigadores as dificuldades que enfrentam. A repulsa dos consumidores é um dos mais prováveis, apesar do procedimento de cultivo ser realizado em outros alimentos, como nos iogurtes.

Outro obstáculo é o financiamiento. Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional da Alimentação e Agricultura não parece estar disposto a liberar dinheiro, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Holanda.

“Parece que os europeus estão na dianteira no tema da carne in vitro”, reconhece Mironov.

Apesar dos problemas, ele é otimista. Sem revelar a quantidade de carne artificial produzida até o momento, planeja realizar uma degustação na Suécia nos próximos meses.

“Nós estamos prontos, mas o setor do capital de risco e as agências federais ainda não estão”, destacou, antes de afirmar ter convicção de que o “momento chegará”.

(Fonte: Portal iG)

Catadores de lixo reciclável terão apoio de comitê formado por 16 ministérios

Foi instalado nesta segunda-feira (14) o Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis, sob coordenação dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com a participação de representantes de 16 ministérios e nove instituições federais. A coleta de lixo reciclável resulta na movimentação anual de R$ 8,5 bilhões, segundo informou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O comitê visa a fortalecer o trabalho dos catadores que, além de desempenhar uma atividade econômica com forte impacto social e ambiental, também ajudam a reduzir custos dos serviços de limpeza urbana das prefeituras.

Para a ministra, os catadores “já podem se orgulhar da sua atividade, que começa a ser mais respeitada no país, porque eles são os verdadeiros ambientalistas”. A sanção pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro do ano passado, da Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, “delineou a responsabilidade de empresários e do povo sobre a importância da reciclagem de materiais já utilizados”, lembrou Izabella Teixeira. “É um trabalho que envolve uma prioridade que diz respeito ao povo brasileiro e não à elite”.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que todos os municípios do país “precisam se engajar na preocupação social e econômica de reciclar materiais”. Segundo ela, o fortalecimento do trabalho dos catadores “pode ajudar muito na erradicação da pobreza até 2014, meta da presidenta Dilma Rousseff”.

O coordenador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, que representará os trabalhadores no comitê, disse que a categoria “integra a luta dos pobres por um lugar ao sol. [Os catadores] trabalham até 16 horas por dia e os mais organizados somam 800 mil em todo o país”, informou. Ele reclamou da exploração das indústrias de reciclagem, com a alegação de que a maioria dos catadores não consegue ganhar nem um salário mínimo no fim do mês. De acordo com Cardoso, apenas 10% dos recursos movimentados pelo setor de reciclagem ficam com os catadores.

“Os catadores precisam ter mais espaço para trabalhar e contar com apoio tecnológico, pois 60% da categoria ainda trabalha em cima dos lixões, que são dominados pelas empresas de ferro-velho e ainda por cima contam com a presença do tráfico de drogas”.

(Fonte: Lourenço Melo/ Agência Brasil)