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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER 1 LATA DE REFRIGERANTE

Primeiros 10 minutos:

10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente.
Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.

20 minutos:


O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura.


40 minutos:


A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.


45 minutos:
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como com a heroína)


50 minutos:
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE.


60 minutos:


As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina.
Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam.
Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar.
Ficará irritadiço.
Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.


Luís Cristóvão de M. Sobrino Porto

Médico, doutorado em Biologia Humana (Université Claude Bernard Lyon I, 1990). Professor Titular da UERJ e pesquisador 1D do CNPq. Atua na área de Morfologia, com ênfase em Histologia e Matriz Extracelular e na área de Imunogenética, com ênfase em Histocompatibilidade (HLA). Chefe do Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação da UERJ.

Produção de alimentos terá que aumentar 70% para suprir população em 2050

Se hoje em dia a produção mundial de alimentos já gera debates acerca de seu rendimento, a situação deve se tornar muito mais crítica em 2050, quando será necessário alimentar uma população de cerca de nove bilhões de pessoas.

Pelo menos é o que indica o novo relatório da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, publicado nesta segunda-feira. O documento, intitulado State of Land and Water Resources (SOLAW – algo como Estado dos Recursos de Terra e Água), é a principal publicação da FAO sobre a situação dos recursos de terra e água do planeta.

De acordo com a análise, para conseguir abastecer toda a população mundial, que em 2050 deve atingir a marca de nove bilhões de pessoas, a produção de alimentos terá que ser aumentada em 70% em relação aos níveis de 2009. Isso significa um acréscimo de cerca de um bilhão de quilos de arroz, trigo e outros cereais e de 200 milhões de quilos de carne a mais.

O problema é que, segundo o estudo, em decorrência de anos de práticas como o uso de fertilizantes tóxicos e a utilização intensiva do solo, que levaram ao desperdício de água, à erosão do solo e à perda de biodiversidade, cerca de 25% das terras agrícolas de que dispomos hoje estão “altamente degradadas”.

Outros 8% estão “moderadamente degradadas”, 36% foram classificadas como “estáveis” ou “ligeiramente degradadas” e 10% como “em melhoramento”. Para se ter uma ideia da amplitude do uso intensivo da terra, é só observarmos o aumento do uso de terras agrícolas em relação ao crescimento da produtividade: enquanto a quantidade de terras agrícolas cresceu 12% entre 1961 e 2009, a produtividade aumentou 150%.

A pesquisa também enumera os diferentes problemas relativos à agricultura vividos em cada região do planeta. Na Europa Ocidental, por exemplo, a agricultura de alta intensidade levou à poluição do solo e de aquíferos e resultou na perda de biodiversidade.

No Himalaia, nos Andes, no planalto da Etiópia e no sul da África, a erosão do solo aumentou a intensidade de enchentes. Já nos sistemas alimentares do sudeste e do leste da Ásia, baseados no arroz, a terra foi abandonada em parte devido à perda de seu valor cultural.

Além do uso da terra, a água também poderá se tornar um problema futuro para a agricultura, à medida que o aumento da população diminuiu a oferta de água por pessoa e para as atividades agrícolas e que os reservatórios de água são cada vez mais contaminados por poluentes, resíduos agrícolas tóxicos e água salgada.

Entre as alternativas para contornar estes problemas, o relatório cita o aumento da eficiência dos métodos de irrigação, novas práticas agrícolas, investimentos no desenvolvimento agrícola e criação e desenvolvimento de técnicas mais sustentáveis, como a agroecologia e a agricultura orgânica.

O documento calcula ainda, por exemplo, que só para colocar em prática novas práticas de irrigação nos países em desenvolvimento, seria necessário US$ 1 trilhão. Já para a conservação do solo e controle de enchentes, o SOLAW afirma que seriam necessários US$ 160 bilhões em investimentos.


Jéssica Lipinski - Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

Promessas de impasse marcam início da COP17 em Durban

Conferência do Clima começa com a missão de traçar o futuro do Protocolo de Quioto e das políticas para mitigar as mudanças climáticas, mas a crise econômica e divergências entre países devem dificultar andamento das negociações.

Apesar de todos os estudos e apelos apresentados pela comunidade científica e pelas Nações Unidas, a 17ª Conferência das Partes da ONU (COP17), que teve início nesta segunda-feira (28) na cidade sul-africana de Durban, não deverá estabelecer um novo acordo climático e dificilmente promoverá a extensão do Protocolo de Quioto, que expira em 2012.

Isso porque diante da crise econômica que assola os Estados Unidos e a União Europeia as delegações não apresentam a força política para assumir compromissos que podem ser onerosos e impopulares.

A comitiva norte-americana, por exemplo, já afirmou que não assinará nenhum acordo climático e que também não pretende participar de Quioto mesmo se o tratado for prolongado. A posição é justificada com o argumento de que os países emergentes, China, Índia e Brasil, são grandes emissores de gases do efeito estufa e mesmo assim não são obrigados a ter metas. Dessa forma, empresas norte-americanas perderiam competitividade diante das companhias desses países.

Japoneses e russos também se negam a assinar a extensão de Quioto porque alegam que sem os EUA nenhuma política climática internacional faz sentido.

“Não vejo um acordo climático global antes de 2020. Acredito que o melhor caminho são medidas unilaterais sem necessidade da aprovação internacional. Cada país pode assumir compromissos maiores se fizer isso internamente”, declarou Todd Stern, chefe da delegação norte-americana.

Entretanto, pesquisadores afirmam que o mundo não pode contar apenas com a boa vontade de cada nação, pois o tempo para agir está acabando.

O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou recentemente que é certo que haverá um aumento da frequência e da magnitude das temperaturas diárias extremas em todo o planeta no decorrer do século 21 e que isso provocará eventos climáticos mais intensos e frequentes.

“Estamos perdendo tempo que deveria ser utilizado para minimizar as consequências das mudanças climáticas. Todos esses que estão sugerindo o adiamento dos acordos sobre emissões estão na verdade expondo a sociedade a uma situação muito perigosa”, explicou Rajendra K. Pachauri, diretor do IPCC.

A presidente da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), Christiana Figueres, também reforça a necessidade dos países responderem a altura os problemas apresentados pela comunidade científica.

“Nas últimas semanas diversos estudos foram apresentados mostrando como as emissões estão mais altas do que nunca e como isso afetará negativamente o futuro da humanidade. É como se os negociadores estivessem ignorando as sirenes de alerta que os cientistas estão acionando”, disse Figueres.

Protocolo de Quioto

Sobre o futuro do único acordo climático internacional que limita as emissões dos países em vigor no planeta, Figueres afirmou que todos têm plena noção da importância de Quioto e que acredita que a COP17 tem como seu principal objetivo estender o tratado.

“Espero ver esforços sérios aqui em Durban para que exista um segundo período de compromisso do Protocolo”, resumiu.

As esperanças de continuidade do Protocolo estão principalmente nas mãos de uma 'coalizão' formada pela União Europeia, Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) e os países menos desenvolvidos (LDCs). A ideia do grupo é abranger o tratado para que englobe as nações emergentes e assim facilite a aceitação pelos Estados Unidos.

Porém, a delegação chinesa não aceita essa sugestão, alegando que a responsabilidade histórica dos países ricos os obriga a terem metas de emissão e que não seria justo impor-las às nações que só agora estão saindo da pobreza.

Assim, com tantos obstáculos, o que já está sendo cogitado é que o Protocolo de Quioto continue existindo apenas como um instrumento para possibilitar a continuidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de outras iniciativas de baixo carbono.

“Mesmo essa versão 'light' de Quioto encontrará dificuldades para ser aceita e pode acabar apenas com as assinaturas da União Europeia, Nova Zelândia, Austrália e Suíça”, afirmou Ian Fry, chefe da delegação de Tuvalu, uma pequena nação insular que está sendo lentamente engolida pelo avanço do nível do mar.

Financiamento

Outro entrave para as negociações climáticas e que pode ser a primeira grande discussão em Durban é a questão da disponibilização de US$ 100 bilhões em ajuda climática prometida ainda em 2009 na COP15 em Copenhague.

O chamado Fundo Climático Verde foi aceito por todos os países, mas tirá-lo do papel está levando muito mais tempo do que se pensava e já existe troca de acusações sobre 'adiamentos propositais'.

De acordo com o jornal Financial Times, os Estados Unidos e a Arábia Saudita estão questionando os planos de formação do fundo e dificultando sua implementação.

Os dois países querem mais dados sobre o envolvimento da iniciativa privada e sobre quais as nações serão obrigadas a contribuir. A Arábia Saudita está pedindo também que os produtores de petróleo recebam compensações pela queda na produção como resultado da adoção de políticas climáticas que reduzam a demanda por combustíveis fósseis.

Um grupo independente formado por economistas e especialistas climáticos divulgará em Durban um relatório com sugestões de como arrecadar os US$ 100 bilhões. Porém, parece certo que a COP17 perderá dias preciosos negociando como resolver essa situação.

Prevendo que as conversas ficarão estagnadas por causa de tantos conflitos de interesse, as nações mais vulneráveis às mudanças climáticas estão se organizando para realizar a 'ocupação' da Conferência. As delegações desses países prometem realizar protestos nos corredores da COP17 seguindo o modelo visto em Wall Street, onde manifestantes ocupam praças para atrair a atenção para o mal da especulação financeira.

A Conferência das Partes vai até o dia 9 de dezembro.


Fabiano Ávila - Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

Livro: Um mundo sem gelo

Com clareza e inteligência, o geofísico Henry Pollack faz um retrato irrefutável do delicado equilíbrio geológico entre a Terra e o gelo, e mostra por que a rápida perda de gelo atual é o presságio de sérias consequências para o futuro próximo.

seja esculpindo montanhas, regulando as temperaturas, influenciando as correntes oceânicas ou definindo os limites do assentamento humano, o gelo modelou —e continua modelando— o mundo em que vivemos.

Durante séculos ele representou um desafio bonito, porém difícil, para marinheiros, exploradores, cientistas e outros que buscam atravessar e entender os confins extremos da Terra, e até mesmo de outros planetas do Sistema Solar. Em uma escrita acessível e envolvente, este livro explica por que o gelo é importante e como nós, humanos, estamos modificando radicalmente esse elemento crítico e sustentador de nossoambiente global.

Nos últimos 3 séculos o rápido crescimento populacional e o advento das economias industriais levaram a relação entre o gelo e as pessoas a um ponto de virada. Logo, pela primeira vez na história humana, poderemos viver em um planeta sem gelo. Este livro responde as questões mais urgentes sobre essa crise iminente e traça um esboço das ações que devemos tomar para evitar graves repercussões ao planeta que chamamos de casa.

O autor

Henry Pollack, PhD., e seus colegas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, dividiram o Prêmio Nobel da Paz de 2007 com Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos.Pollack, professor de geofísica da University of Michigan há mais de 40 anos, viaja regularmente para a Antártica e conduziu pesquisas científicas nos sete continentes. Hoje trabalha como conselheiro científico do Projeto Climático de Gore. Também é autor de Uncertain Science... Uncertain World.

Titulo: Um Mundo Sem Gelo
(Apresentação de Al Gore)
Autor: Henry Pollack
Tradução: Rogério Bettoni
ISBN: 9788580500080
Páginas: 256 , p&b, brochura, ilustrado
Formato: 16 x 23
Preço: 40,00
Ano: 2011
Edições Rosari

Fonte: Assessoria

Derretimento do gelo ártico marítimo é o maior em 1450 anos

Não é novidade que o gelo marítimo do Ártico está derretendo a um índice cada vez mais acelerado. No entanto, o que cientistas norte-americanos descobriram em um novo estudo é que esse nível de degelo é o maior em mais de um milênio.

De acordo com os autores do relatório, publicado pela revista Nature na última quinta-feira (24), “tanto a duração quanto a magnitude da redução atual no gelo marítimo parecem ser sem precedentes nos últimos 1450 anos”.

“O que estamos experimentando nesse momento parece ser muito excepcional. Isso significa que estamos entrando em um mundo que não tem equivalente no passado”, observou Anne de Vernal, cientista da Universidade de Quebec e coautora da análise.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram uma série de dados, como registros da cobertura de gelo, dados de anéis de árvores, sedimentos de lagos e evidências históricas. O que eles descobriram é que esse derretimento foi causado principalmente por correntes marítimas anormalmente quentes que estão chegando ao Ártico.

“Tudo está em tendência de alta – a temperatura superficial, a atmosfera está mais quente, e parece também que o oceano está esquentando e há mais água quente e salina chegando ao Ártico, e então o gelo marítimo é erodido por baixo e derretido por cima”, explicou Christophe Kinnard, principal autor da pesquisa.

E embora ainda não haja certeza sobre o que está causando este aquecimento anormal da água, os cientistas acreditam que há grandes possibilidades desse aquecimento ser uma consequência das mudanças climáticas causadas pelo ser humano.

“Temos que concluir que há uma grande chance de que haja influência humana incorporada nesse sinal”, declarou Christian Zdanowicz, glaciologista do Departamento de Recursos Naturais do Canadá, coautor do documento.

“Esses resultados reforçam a afirmação de que o gelo marítimo é um componente ativo da variabilidade climática do Ártico e que a diminuição recente do gelo marítimo de verão é consistente com o aquecimento antropogênico forçado”, concordaram os outros autores.

Segundo o relatório, em 2011 a extensão do gelo marítimo de verão foi a segunda menor registrada no Ártico desde 1979, quando começou o armazenamento de dados. A primeira foi em 2007, mas os índices de 2011 bateram o recorde de menor volume de gelo marítimo de verão.

Essa taxa de degelo de 8,6% por década preocupa os pesquisadores, pois além de ter implicações na vida selvagem da região, como morsas e ursos polares, também afeta a vida da população local e de toda a economia baseada na região. “A perda de gelo marítimo está tendo, e continuará a ter, repercussões profundas no clima, na circulação oceânica, na ecologia e na economia do Ártico”, concluíram os autores.

Jéssica Lipinski - Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Fármaco dissolve HIV e poderá impedir transmissão da AIDS

Molécula virucida

Pesquisadores desenvolveram um composto químico que "dissolve" o vírus HIV, destruindo sua capacidade de infecção.

Zhilei Chen e seus colegas da Universidade do Texas (EUA) afirmam que o composto - chamado PD 404,182 - tem potencial para se tornar um medicamento tópico capaz de desativar o HIV antes que ele provoque a AIDS.

"É uma pequena molécula virucida, o que significa que ela tem a capacidade de matar um vírus; neste caso, o vírus é o HIV," diz a Dra. Chen.

Os testes mostraram que o composto também é eficaz contra o vírus daHepatite C.

Anti-resistência

"Basicamente, o composto age abrindo o vírus. Nós descobrimos que, quando o HIV entra em contato com esse composto, ele se abre e perde seu material genético," explica a pesquisadora.

Como o material genético do vírus, o RNA, é altamente instável, logo que é exposto ele se degrada, e o vírus perde sua capacidade de infecção.

"De certa forma, o composto 'dissolve' o vírus," diz Chen.

O que é ainda mais importante é que o composto age sobre algo no interior do vírus, e não sobre o seu envelope de proteína, o que significa que o vírus não poderá alterar suas proteínas para se tornar resistente ao ataque.

Gel vaginal anti-AIDS

Embora não seja uma cura para a AIDS, o composto tem um grande potencial para ser usado como uma medicação preventiva.

Chen afirma que isto poderia ser feito desenvolvendo um gel tópico para ser aplicado no canal vaginal.

No caso de um dos parceiros estar infectado, o vírus seria dissolvido antes de ser transmitido para o outro.

"Nós fizemos uma série de testes para demonstrar que esse composto permanece ativo no fluido vaginal," explica ela. "Na forma de um gel vaginal, o composto poderá funcionar como uma barreira, agindo de forma praticamente instantânea para destruir o vírus antes que ele infecte uma célula, evitando assim a transmissão do HIV de uma pessoa a outra."

Testes

Como ocorre com todos os fármacos, serão necessárias várias etapas antes que ele vire um produto nas prateleiras das farmácias.

Além de várias rodadas de testes em animais, será necessário garantir que o composto é seguro para os humanos.

A pesquisadora salienta que, nesse meio tempo, sua equipe procurará parcerias para tentar elevar a eficiência do composto.

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Não coma sal demais... e nem de menos

Quantidade certa de sal

Os médicos alertam há décadas que não se deve comer sal demais porque isso faz mal ao coração.

Mas agora um novo estudo mostrou que tanto sal em excesso, quanto pouco sal, podem elevar os riscos de complicações cardiovasculares, sobretudo em pacientes sabidamente cardíacos ou diabéticos.

Ou seja, não é exatamente o excesso de sal que faz mal à saúde cardiovascular, é o sal na quantidade incorreta.

Consumo ideal de sal

Os pesquisadores da Universidade Nacional da Irlanda demonstraram que a liberação de sal pelo organismo entre 6 e 7 gramas por dia está associada com um aumento no risco de todos os eventos cardiovasculares.

Surpreendentemente, a excreção de menos do que 3 gramas de sal por dia está associada com um aumento no risco de morte por causas cardiovasculares e hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva.

Ou seja, o nível saudável de excreção de sal pelo organismo fica entre 4 e 5,99 gramas por dia.

Este é o primeiro estudo a demonstrar essa curva de associação entre a ingestão de sal e as doenças cardiovasculares, e pode explicar grande parte da controvérsia e dos resultados conflitantes que vêm sendo apresentados por diversos estudos recentes na área - há estudos mostrando associações positivas, negativas e até nenhuma associação.

Orientações sobre consumo de sal

A descoberta coloca em dúvida as atuais orientações sobre o consumo de sal, que recomendam ingerir menos do que 2,3 gramas - ou 2.300 miligramas - de sal por dia.

As recomendações se baseiam em estudos que mostram que a pressão sanguínea cai ligeiramente quando a ingestão de sal é reduzida a estes níveis - este estudo confirmou este dado.

Mas ninguém havia pesquisado especificamente os efeitos de comer pouco sal sobre a saúde cardiovascular.

Estabelecer um nível ótimo de consumo de sal é particularmente importante para os pacientes diagnosticados com doenças cardíacas, uma vez que eles são mais vulneráveis à variação na ingestão de sal.

Provavelmente as autoridades de saúde esperarão a confirmação da descoberta por outros pesquisadores antes de alterarem as recomendações.

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Iogurte com vitamina D diminui risco cardíaco entre diabéticos

Risco cardíaco

Pessoas com diabetes têm um risco de doenças cardíacas mais elevado.

Mas esse risco pode ser trazido aos níveis normais com o simples consumo de iogurte enriquecido com vitamina D.

Esta é a conclusão de um estudo, publicado na revista BMC Medicine, que acompanhou os níveis de colesterol e biomarcadores da disfunção endotelial, um precursor de doenças cardíacas, entre pessoas com diabetes.

Deficiência de vitamina D

Níveis insuficientes de vitamina D afetam a cobertura interna dos vasos sanguíneos - as células endoteliais - eventualmente levando à arteriosclerose e outras doenças cardiovasculares.

E é muito comum a deficiência de vitamina D entre os diabéticos.

Os pesquisadores investigaram os efeitos da vitamina D sobre os biomarcadores endoteliais, os níveis de colesterol e os níveis glicêmicos, dando aos pacientes iogurte comum ou o mesmo iogurte reforçado com vitamina D, duas vezes ao dia, durante 12 semanas.

Os resultados foram satisfatórios para 95% dos pacientes que tomaram o iogurte vitaminado.

Bom para a maioria

"A maioria dos nossos pacientes tinha deficiência de vitamina D no início do estudo, mas o iogurte fortificado levou a maioria dos níveis [dos seus exames] para um estado normal," disse o Dr. Abolghassem Djazayery, um dos autores do estudo.

"Entretanto, mesmo entre aqueles que tomaram o suplemento de vitamina D, alguns continuaram com deficiência ao final das 12 semanas. De qualquer forma, para a maior parte dos diabéticos com deficiência de vitamina D, esta é uma forma fácil de lidar com o problema," concluiu.

O estudo mostrou que a vitamina D melhorou os níveis de glucose, insulina, QUICK1 (um indicador da resistência à insulina) e HbA1c.

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Cresce no País o cuidado com impacto ambiental

Os limites do modelo produtivo agrícola atual e a promoção de uma agricultura ecologicamente correta são os principais pontos dos debates do 11º Seminário Internacional sobre Agroecologia, iniciado ontem no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), Francisco Roberto Caporal, a preocupação em adotar métodos de produção menos impactantes ao meio ambiente tem crescido entre os agricultores brasileiros na última década.

"Está avançando muito mais rapidamente do que esperávamos, existem milhares de experiências no Brasil inteiro", destacou. Caporal acredita que um grande impulso para o crescimento dessa metodologia foi a introdução do tema entre instituições e centros de pesquisa, com a criação novos estudos e projetos voltados para facilitar a transição para do sistema agrícola tradicional para o agroecológico.

A expansão da agroecologia também foi destacada por Gervásio Paulus, diretor-técnico da Emater-RS e organizador do evento. "Há sinais de que há uma preocupação muito forte de estabelecer formas mais sustentáveis de relação e produção com o ambiente." Segundo Paulus, os segmentos produtivos que estão mais avançados na adoção de técnicas agroecológicos são a fruticultura e olericultura. O diretor lembrou que a Comissão de Produção Orgânica (CPOrg), ligada ao Ministério da Agricultura, está fazendo um levantamento para indicar o número de produtores agroecológicos no País, suas principais culturas e dados de produção.

Já no Rio Grande do Sul, a adoção da metodologia ecologicamente correta deve ganhar impulso com o programa estadual de apoio à produção agroecológica, que será lançado amanhã no seminário. Previsto no Plano Safra Estadual, o projeto buscará apoiar produtores que quiserem investir em produtos ecológicos. "Nosso objetivo é desenvolver a cadeia produtiva dos orgânicos, que tem um potencial de consumo crescente, devido ao maior interesse do público", destacou o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan.

Durante o evento, Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC-SP, destacou que, com as tecnologias modernas e o avanço na biotecnologia, é possível que os pequenos e médios agricultores consigam altos rendimentos em suas terras mantendo padrões ecológicos de produção. "Pelos exemplos que existem na Europa e na China, é possível haver pequenas e médias propriedades mais intensivas e produtivas", lembrou.

Além disso, Dowbor lembrou que a diversificação de culturas em pequenas áreas faz com que as propriedades sejam mais eficientes. "Grandes monoculturas demandam muitos agrotóxicos e combustíveis, por exemplo. Já sistemas menores possuem ciclos mais coerentes, onde o adubo de animais serve para as hortas, e a mão de obra liberada de uma safra é empregada imediatamente no plantio de outros produtos."

Para o professor, o avanço da agroecologia depende do incentivo à organização cooperativa dos produtores, citando exemplos da Polônia, onde grupos de agricultores uniram-se de forma a criar serviços de apoio mútuo. "Quando não se dá suporte efetivo para os pequenos você os torna precários e diz que são pouco produtivos.

Mas quando geramos um sistema cooperativo ou público o salto de produtividade é fenomenal", destacou Dowbor.

O evento, que acontece até amanhã, reúne acadêmicos, pesquisadores, extensionistas e produtores rurais para discutir o papel da agroecologia na promoção do desenvolvimento rural sustentável.

Marcelo Beledeli

domingo, 27 de novembro de 2011

São Paulo terá centro de pesquisas em energia sustentável

Pólo Terra

O Estado de São Paulo está afirmando cada vez mais sua nova feição "bio", também na área de pesquisas científicas.

O estado é o maior produtor de biocombustível do país.

Agora, acaba de ser anunciada a construção de um novo núcleo focado em pesquisas em bioenergia, biomassa e sustentabilidade, que ficará sediado no campus da USP em São Carlos.

O Pólo Temático em Energias Renováveis e Meio Ambiente (Pólo Terra) ocupará uma área de 216 mil metros quadrados.

O principal objetivo do Pólo Terra será reunir especialistas das três universidades públicas do Estado de São Paulo (USP, Unesp e Unicamp) engajados em pesquisas relacionadas à geração de energia a partir de biomassa.

Esta integração pretende estimular e articular pesquisas sobre biomassa e tecnologias de transformação em biocombustíveis, além de promover e aplicar o conhecimento gerado.

Prédio verde

Os custos do novo prédio serão bancados pelo governo estadual, que contribuirá com R$ 20 milhões, pela Fapesp, que investirá nos projetos de pesquisa, e pela USP, que providenciará os recursos humanos necessários para o trabalho prático.

O prédio já tem um projeto pronto, apresentando uma área total que envolve 216 mil m2, divididos em três blocos. Contará com um teatro principal com capacidade para mil pessoas e dois espaços de 2.700 m2 cada, destinados a eventos, e um estacionamento para 1,3 mil veículos. Este novo centro de convenções é uma forma de a USP estreitar os laços locais e regionais, servindo tanto à universidade como à comunidade.

"Será um 'prédio verde'", afirma Igor Polikarpov, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC). A estrutura do prédio deve estar preparada para aplicar, na prática, os princípios da sustentabilidade, constituindo um prédio ecologicamente correto.

"Teremos ventilação natural, captação de água pluvial, janelas basculantes no teto do último andar, para dispensar uso de energia elétrica, vigas de sustentação feitas de madeira, entre outras coisas. Nosso ambiente de trabalho será um reflexo das nossas pesquisas: um ambiente inteiramente renovável", refere Polikarpov.

Rede "bio"

Há uma crescente atuação das três universidades estaduais paulistas em biocombustíveis, o mesmo podendo ser observado na FAPESP, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - uma "vocação" que não deixa de ser curiosa, em se tratando do maior estado industrial do país.

Apesar dessa grande dedicação às áreas de biocombustíveis, energias renováveis e meio ambiente, os gestores das três universidades e da FAPESP acreditam que os grupos de pesquisa não estão adequadamente integrados, e "o conhecimento mútuo da pesquisa realizada nestas áreas é dificultado em grande escala pela dimensão e dispersão geográfica das instituições", segundo nota da USP.

De acordo com o coordenador geral do núcleo, Antônio Roque Dechen, o núcleo pretende implantar um programa de pós-graduação interuniversidades em bioenergia e sustentabilidade.

Estes grupos de pesquisa atuam nas mais diversas áreas relacionadas à bioenergia, que vão desde a agricultura e genética de plantas a impactos socioeconômicos e ambientais.

Devido a esta variedade de tópicos, o Pólo Terra foi estruturado em seis principais eixos, que cobrem todas as etapas da produção de energias renováveis: "Produção de Biomassa", "Genômica Funcional", "Transformação da Biomassa em Biocombustíveis", "Morfologia e Composição de Biomassa", "Processos Industriais" e "Sustentabilidade".

"Nós não queremos fazer apenas pesquisa básica", afirma Polikarpov. "Queremos também fazer pesquisa aplicada, que leve até a sociedade os benefícios daquilo que estamos fazendo."

A expectativa é que as obras tenham início em 2012 e sejam finalizadas em dois anos. "

Informações do IFSC

Aplicativo permite avaliar diferentes usos do solo

Destinos do solo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lançou o Land Use and Cover Change (LuccME) - uma ferramenta de código aberto para a construção e customização de modelos de mudança de uso e cobertura da terra.

O aplicativo possibilita representar e simular diferentes processos de mudança de uso e cobertura da terra, como desmatamentos, expansão da fronteira agrícola, desertificação, degradação florestal, expansão urbana e outros processos em diferentes escalas e áreas de estudo.

Uma das aplicações desse tipo de modelo é a construção de cenários espacialmente explícitos de futuros alternativos.

Desenvolvida pelo Centro de Ciência do Sistema da Terra (CCST) do Inpe, a ferramenta é uma extensão do ambiente de modelagem TerraME, resultado de parceria entre o Instituto e a Universidade Federal de Ouro Preto.

Código aberto

Segundo Ana Paula Aguiar, pesquisadora do Inpe e líder do projeto, a proposta do LuccME é prover uma ferramenta de código aberto - a primeira no país e, talvez, no mundo - na qual componentes já existentes podem ser combinados e facilmente estendidos para a criação de modelos de alteração da cobertura e uso da Terra (LuccME).

O LuccME poderá ser utilizado por instituições de ensino, organizações da sociedade civil, iniciativa privada e órgãos públicos, como secretarias de planejamento de estados e municípios.

A nova ferramenta permite ao usuário explorar diferentes ideias, decidir quais os componentes mais adequados à sua necessidade e utilizá-los integralmente ou em partes, adaptando o modelo de acordo com a aplicação.

A ferramenta foi projetada para facilitar a construção e o reuso de modelos por pessoas que não possuem um forte conhecimento de programação de computadores.

Modelos de sistemas terrestres

Além disso, o LuccME possibilita aos usuários melhorar os componentes de modelagem já implementados dentro de seu ambiente, bem como criar novos componentes baseados em ideias e teorias preexistentes e inovadoras, tanto do ponto de vista computacional como das novas abordagens nos chamados sistemas socioecológicos.

Outra característica é facilitar o acoplamento dos modelos LUCC a outros modelos do sistema terrestre, visando à construção de modelos integrados. Para isso, a ferramenta utiliza as facilidades de encapsulamento e acoplamento de modelos oferecidas pelo TerraME.

O LuccME é usado no Inpe para a construção de modelos operacionais de mudança de uso da terra em diferentes biomas brasileiros, acoplados ao modelo de emissões de gases do efeito estufa por mudanças de cobertura da terra.

Tais modelos serão utilizados na análise de cenários de mudança de uso da terra até 2050, por sua vez acoplados a modelos climáticos, hidrológicos e de vegetação, no contexto do projeto Amazalert.

INPE e Agência Fapesp

Brasil prepara-se para boom da iluminação a LED

Futuro brilhante

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo está se preparando para participar daquilo que se espera ser uma verdadeira revolução na tecnologia da iluminação: as lâmpadas a LED.

"Estamos nos capacitando com ferramentas adequadas para viabilizar o desenvolvimento do projeto do ponto de vista do desempenho energético, térmico e ambiental", afirma Oswaldo Sanchez Junior.

O setor de iluminação no Brasil é muito competitivo, formado sobretudo por médias empresas.

O mais novo recurso disponível no IPT é a caracterização fotométrica realizada por um goniofotômetro, equipamento informatizado que mede a luz emitida.

Segundo Sanchez, os novos recursos permitirão substituir procedimentos que ainda são empíricos no desenvolvimento de luminárias, e criar um caldo de cultura que será sistematizado em novos conhecimentos.

O mercado mundial para a tecnologia LED para iluminação deverá alcançar, em 2013, a marca de US$ 20 bilhões, cerca de 16% do mercado de iluminação.

Mas ainda há desafios a serem vencidos, sobretudo no tocante à eficiência energética e ao desempenho térmico das luminárias de LEDs.

Tecnologia LED

A tecnologia de LED de luz branca nasceu no fim dos anos 90 com as pesquisas do japonês Shuji Nakamura, que atualmente trabalha no Departamento de Materiais da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA).

A invenção de Nakamura surgiu a partir de uma pesquisa para melhorar os LEDs convencionais, que até então só emitiam luzes coloridas. A descoberta da luz branca foi praticamente acidental, quando o pesquisador obteve um semicondutor que emitia uma luz azulada.

Atualmente, existem várias tecnologias de LED de luz branca, a maior parte delas adotando a propriedade de fluorescência do fósforo ao reagir com a emissão de raios ultravioleta.

Há também tecnologias mais conceituais, que permitem mudar a cor da luz, explorando o fato de que a luz branca resulta da combinação das cores primárias.

Desde que foram lançadas, as lâmpadas a LED têm evoluído em relação a uma característica que é chamada IRC (Índice de Reprodução de Cor).

Nesse índice, a referência é a luz do sol, que é considerada 100%. Inicialmente, as lâmpadas LED apresentavam entre 60% e 65% de IRC; atualmente estão entre 85% e 90%, com tendência a subir.

Luminárias a LED

Em particular, a necessidade de aprimorar o aspecto térmico de projeto de luminárias deverá também mudar a composição de custos de fabricação dos produtos com tecnologia a LED, acredita o pesquisador do IPT.

Atualmente, uma luminária pública a LED custa cerca de R$ 2.000 para o consumidor final e estima-se que cerca de 65% do seu custo de fabricação é representado pela integração de módulos a LED e seus drivers (fontes de alimentação), 30% refere-se à produção do corpo da luminária (estrutura mecânica) e o restante (5%) refere-se ao processo de montagem.

O preço para o consumidor final deve cair para cerca de um terço em dez anos. O perfil dos custos de fabricação, no entanto, deverá ser significativamente alterado, refletindo a maior sofisticação de projetos, novas exigências do consumidor final, necessidade de certificações e maior escala de fabricação (barateamento dos módulos a LED e suas fontes).

Estima-se que o porcentual relativo ao custo da produção do corpo da luminária deve se tornar central (cerca de 55% do custo de fabricação) devido a dificuldades tecnológicas complexas inerentes ao projeto térmico e produção deste componente.

Portanto, a penetração da tecnologia LED no mercado de iluminação depende, num primeiro momento, do barateamento dos componentes associados ao LED (módulos e drivers), mas deverá depender, no médio e longo prazo, da capacidade dos fabricantes em dominar as tecnologias de materiais e fabricação do corpo da luminária, visando um projeto energeticamente eficiente e termicamente confiável.

Desempenho óptico

Outro ponto que deverá atrair projetos de inovação no segmento é quanto ao desempenho óptico das luminárias a LED. Isso, no entanto, deverá amadurecer quando as condições de mercado permitirem ampliar o potencial de exploração da tecnologia.

"Atualmente, o mercado é bastante focado na substituição de lâmpadas convencionais por dispositivos a LED", afirma Sanchez.

O pesquisador acredita que a versatilidade e eficiência da tecnologia motivarão uma verdadeira revolução nos serviços de iluminação. "Será possível repensar o modo de atender as necessidades do usuário", diz Sanchez.

Ele observa que, por exemplo, as lâmpadas a LED podem ser facilmente dimerizadas (com intensidade ajustável), característica que, se atendida em projeto, proporcionará um serviço que se harmoniza com a iluminação natural, sem excedentes ou carência de energia luminosa em cada ambiente.

Os controles deste tipo de iluminação (com sensores de presença, sensores de ambiente, programação de acordo com a atividade e interação com redes inteligentes) abrem novas possibilidades que poderão tornar o seu acionamento integrado ao ambiente e mais amigável ao usuário.

Por conta dos materiais mais compactos, a infraestrutura com LED pode ser menos dispendiosa e os projetos mais flexíveis. Outra tendência é o abandono de fios e cabos, o que também será um dos vetores da revolução que se espera. "Haverá menos impactos ambientais em todos os aspectos", prevê Sanchez.

Análise do Ciclo de Vida

Não se deve esquecer que a fase do projeto do produto é a mais importante do ponto de vista do seu comprometimento com requisitos ambientais.

Mas para que os ganhos ambientais se efetivem, a indústria também precisará dotar seus projetos dos instrumentos de Análise do Ciclo de Vida (ACV), competência que hoje está se ampliando horizontalmente no IPT para que todos os projetos possam ter abordagem sustentável.

Basicamente, a técnica de ACV consiste na realização do inventário dos fluxos de materiais, insumos e energia utilizados e das emissões (para o ar, terra e águas) realizadas em todos os processos ao longo do ciclo de vida do produto.

Também permite identificar e mensurar os impactos ambientais associados a estes fluxos, o que representa uma maneira eficaz para avaliar ambientalmente qualquer bem ou serviço.

Avalia-se que o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida (PBACV) devam impulsionar as inovações para o segmento.

Mercado de LEDs no Brasil

No Brasil, existem poucos fabricantes de lâmpadas e a maior parte das empresas do setor atua com fabricação de luminárias para os segmentos residencial, comercial e industrial. O estado de São Paulo tem grande concentração de empresas.

Segundo a Abilux, 58% das indústrias estão na Grande São Paulo e 17% no interior do estado - outros estados atuantes são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. O setor também é dominado por empresas pequenas e médias. "É um setor muito competitivo", afirma Sanchez, que acredita que a concorrência deverá ser combustível para as inovações nos próximos anos.

A iluminação pública, que conta com cerca de dez empresas de porte médio no País, também deverá atrair projetos de inovação, sobretudo porque as exigências dos processos licitatórios em empresas públicas são cada vez maiores.

Os governos municipais tendem a valorizar a abordagem ambiental em seus projetos, visto que a União e os estados estão compromissados com acordos globais de redução dos Gases do Efeito Estufa (GEE). Um dos municípios que está à frente nessa corrida é Guarulhos (SP), que desenvolveu um projeto para recuperar componentes usados, com suporte do grupo do IPT, por meio do LEO.


Informações do IPT