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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Projeto de universidade monitora golfinhos em Rio Grande, no RS

O encontro das águas da Lagoa dos Patos com as do Oceano Atlântico, em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, tornou-se um território sagrado para diversas espécies. É nesta região que vive um grupo de cerca de 90 golfinhos. Também chamados de botos, desde 1974 eles são identificados e monitorados por pesquisadores da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), que tentam preservar a espécie, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV. O projeto Botos da Lagoa envolve biólogos, oceanógrafos e alunos da universidade. Desde 2005, o trabalho é feito ate três vezes a cada mês. Trata-se de um grande esforço para ajudar na preservação da espécie conhecida como nariz-de-garrafa. Os animais parecem pequenos quando vistos de longe, mas podem chegar a quatro metros de comprimento e pesar até 300 quilos. O oceanógrafo Rodrigo Cesar Genoves é um dos participantes do projeto e, desde 2004, percorre o local monitorando a vida e os hábitos de espécie. “Nosso intuito é sempre monitorar porque é uma região de alto impacto. Há um grande tráfego de navios e muitas indústrias associadas à área costeira. Monitorando esses animais, podemos usá-los como um fator de proteção, porque são animais carismáticos. Então, utilizando esses indivíduos, podemos proteger todo esse ambiente de uma maneira fácil”, explica Genoves. O estuário oferece aos golfinhos fartura de alimentos, mas também uma grande ameaça: as redes de pesca. “A população que reside no estuário se mantém constante ao longo dos anos. Nós estimamos por volta de 84 indivíduos. Porém, muitas mortes têm ocorrido devido à pesca. Algumas também por mortalidade natural. Isso tem nos preocupado bastante nos últimos anos”, acrescenta o oceanógrafo. O principal objetivo do monitoramento é a contagem de animais, mas outros dados importantes são coletados, como as marcas nas nadadeiras dorsais, que funcionam como uma identidade de cada mamífero. Vento, frio e o movimento rápido dos golfinhos exigem habilidade e um olhar muito atento dos pesquisadores. É no laboratório do Museu Oceanográfico da Furg que as imagens coletadas em campo são analisadas. Um dos golfinhos observados tem uma marca bem específica causada por redes de pesca. É um velho conhecido dos pesquisadores. “A parte da frente da dorsal do animal ficou presa. Ele continuou nadando e foi cortando”, explica Genoves. Entretanto, a área não oferece apenas ameaças. Dos 15 quilômetros quadrados em que os botos transitam, pelo menos 10 km são preservados por lei. É a Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre, onde os golfinhos dividem espaço com outros moradores. Localizado nos molhes da cidade de São José do Norte, na divisa com Rio Grande, o espaço é um santuário de espécies marinhas. O coordenador do Museu Oceanográfico de Rio Grande, Lauro Barcellos, acompanha há 40 anos uma realidade que muda lentamente. “Hoje nós temos um espaço onde esses animais podem descansar e cumprir os seus ciclos de vida. Os botos já têm um lugar bastante protegido, em que não é permitida a colocação de redes, porque, como se sabe, elas têm dizimado muito a população dos mamíferos marinhos, não só aqui nessa região, mas no mundo inteiro”, diz o oceanógrafo e coordenador. Para os especialistas que dedicam a vida à preservação dos golfinhos e de outras espécies marinhas, a consciência da população é uma aliada fundamental. “Nós precisamos permitir que os botos consigam viver, precisamos que os peixes continuem existindo, precisamos que os leões marinhos continuem descansando, porque tudo isso está relacionado com a nossa sobrevivência. Enquanto isso não estiver claro, enquanto isso não for assumido como um compromisso de cada cidadão, teremos sempre dificuldades enormes pra que a vida se perpetue para as próximas gerações”, conclui Lauro Barcellos. (Fonte: G1)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Suco de beterraba diminui pressão arterial

Um copo de suco de beterraba por dia pode ajudar a reduzir a pressão arterial - hipertensão, ou pressão alta. Os voluntários com pressão arterial elevada que beberam cerca de 240 mililitros (ml) de suco de beterraba apresentaram uma diminuição da pressão arterial de cerca de 10 mm Hg. "Nossa esperança é que um aumento na ingestão de legumes com um teor elevado de nitrato na dieta, tais como vegetais de folhas verdes ou de beterraba, possa ser uma abordagem no estilo de vida que se pode facilmente utilizar para melhorar a saúde cardiovascular," disse Amrita Ahluwalia, da Escola de Medicina de Londres, uma das autoras do estudo publicado no jornal da Associação Norte-Americana do Coração. O suco de beterraba contém cerca de 0,2 grama de nitrato, um nível que se pode encontrar em uma grande bacia de alface ou em duas beterrabas. No corpo, o nitrato é convertido em um composto químico chamado nitrito e, em seguida, em óxido nítrico no sangue. O óxido nítrico é um gás que alarga os vasos sanguíneos, auxiliando o fluxo do sangue. "Ficamos surpresos com a pequena quantidade de nitrato necessária para resultar em um efeito tão grande", disse Ahluwalia. "Este estudo mostra que, em comparação com indivíduos com pressão arterial saudável, muito menos nitrato é necessário para produzir reduções na pressão arterial capazes de gerar benefícios clínicos em pessoas que precisam reduzir a pressão arterial. Entretanto, ainda é incerto se este efeito é mantido a longo prazo," conclui a pesquisadora. De acordo com o manual da Sociedade Brasileira de Hipertensão, uma dieta rica em potássio ajuda a controlar a pressão arterial. Alimentos como feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja são indicados por serem ricos em potássio e pobres em sódio. Diário da Saúde

Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada até 10 de maio

A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 10 de maio, informa o Ministério da Saúde. A previsão anterior era que a campanha terminasse nesta sexta-feira (26). O prazo maior é necessário para dar mais tempo para as pessoas se imunizarem, diz o ministério. A cobertura até agora foi de mais de 50% do público-alvo, formado por de 39,2 milhões de indivíduos, e a meta é chegar a 80%, segundo a pasta. A prorrogação é normal e atinge todos os estados. Nada muda, com exceção do prazo, diz o ministério. A meta é atingir 32 milhões de pessoas. A imunização protege contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no inverno passado: A (H1N1) – conhecido popularmente como gripe suína –, A (H3N2) e B. Foram distribuídas, neste ano, 43 milhões de doses da vacina para 65 mil postos de saúde, segundo a pasta. Em 2012, 26 milhões de pessoas foram imunizadas, número equivalente a 86,3% do público-alvo. O índice superou a meta prevista, de 80% do público. O objetivo deste ano é de atingir cerca de 80% do público-alvo da ação, que inclui idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, indígenas, presidiários e profissionais de saúde. Doentes crônicos e mulheres no período até 45 dias depois do parto também devem receber a vacina. “A vacinação é segura e feita com o objetivo de diminuir o risco de ter doença grave e evitar o óbito. Ao mesmo tempo, as pessoas que apresentarem os sintomas de gripe devem procurar o posto de saúde, porque tem tratamento”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota oficial divulgada pelo ministério. Segundo o ministro, o governo federal quer estimular estados e municípios a terem uma estratégia de busca ativa do público-alvo. Reduzir internações – O principal objetivo da campanha é ajudar a reduzir as complicações, internações e mortes decorrentes da gripe. De acordo com Padilha, a meta é reforçar o atendimento às pessoas com doenças crônicas, independentemente da faixa etária. Isso inclui quem tem problemas cardíacos, pulmonares, transplante de rim, obesidade, deficiência mental e pacientes que usam medicamentos imunossupressores, entre outros. A novidade de 2013 é que os doentes crônicos terão acesso ampliado a todos os postos de saúde, e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries). Para isso, é preciso apresentar apenas a prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes já cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em que estão inscritos. Caso a unidade de saúde que oferece atendimento regular não tenha um posto de vacinação, a pessoa deve solicitar uma prescrição médica. Os pacientes da rede privada ou conveniada também devem ter prescrição médica e apresentá-la nos postos durante a campanha. Vírus inativo – O ministro Padilha esclareceu que o vírus usado na vacina é inativo e, por isso, não causa gripe. Ele ponderou, porém, que, ao se vacinar, a pessoa pode pegar outros tipos de vírus capazes de provocar um resfriado ou uma gripe mais fraca. Existe, ainda, a possibilidade de o indivíduo se vacinar no momento em que já se contaminou com o vírus, aí a dose não terá efeito. “Por isso, é muito importante aproveitar a campanha, que é um período em que ainda não aumentou muito a circulação do vírus da gripe do país”, afirmou ele recentemente. (Fonte: G1)

Brasil cresce em produção científica, mas índice de qualidade cai

A produção científica brasileira, medida pela quantidade de trabalhos acadêmicos publicados em periódicos especializados, está em ascensão. Mas a qualidade dos trabalhos não acompanha o ritmo. O cenário foi encontrado em informações tabuladas pela Folha a partir da base aberta de dados Scimago (alimentada pela plataforma Scopus, da editora de revistas científicas Elsevier). Ela traz números da produção científica de 238 países. De 2001 para 2011, o Brasil subiu de 17º lugar mundial na quantidade de artigos publicados para 13º – uma conquista que costuma ser comemorada em congressos científicos do país. Em 2011, os pesquisadores brasileiros publicaram 49.664 artigos. O número é equivalente a 3,5 vezes a produção de 2001 (13.846 trabalhos). O problema é que a qualidade dos trabalhos científicos, medida, por exemplo, pelo número de vezes que cada estudo foi citado por outros cientistas (o chamado “impacto”), despencou. O Brasil passou de 31º lugar mundial para 40º. China e Rússia, por outro lado, ganharam casas no ranking de qualidade nesse período. Mais brasileiros – Segundo especialistas ouvidos pela Folha, um dos motivos do salto de produção com queda de qualidade foi o aumento do número de periódicos brasileiros listados nas bases de dados: de 62 para 270 em dez anos. “Isso aconteceu por causa de uma política de abertura para revistas científicas nacionais de países como Brasil, China e Índia”, explica o cienciometrista da USP Rogério Meneghini, coordenador da base Scielo, que reúne 306 periódicos brasileiros. O problema é que os trabalhos de periódicos científicos brasileiros têm pouco impacto. Apenas 16 dessas revistas receberam, em 2011, uma ou mais citações por artigo. Para ter uma ideia, cada artigo da revista britânica “Nature” recebeu cerca de 36 citações. O maior impacto entre os periódicos nacionais é igual a 2,15, da revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”. “Cerca de 45% dos trabalhos científicos que recebemos são de autores estrangeiros”, conta Francisco José Ferreira da Silva Neto, do corpo executivo do periódico. Mas não são apenas os periódicos nacionais que derrubam o impacto da ciência brasileira no mundo. “A política atual de ensino superior no Brasil pressiona para que os pesquisadores publiquem mais e para que publiquem de qualquer jeito”, diz o biólogo Marcelo Hermes-Lima, da UnB (Universidade de Brasília). Salame - Cientistas brasileiros acabam desmembrando trabalhos parrudos em artigos com menos impacto, fenômeno conhecido como “salame”. “Cada descoberta é fatiada e publicada separadamente”, explica Fernando Reinach, biólogo que deixou a academia e agora está na iniciativa privada. “O número de trabalhos aumenta, as descobertas ficam semelhantes e o impacto diminui.” (Fonte: Folha.com)

Dia da Terra 2013: “estamos solapando nosso lar”, diz Ban Kim-moon

O secretário-geral da ONU, Ban Kim-moon, advertiu nesta segunda-feira (22), o Dia Internacional da Terra, que o planeta está “em perigo” devido à mudança climática e à exploração “insustentável” dos recursos. “Temos que enfrentar a dura realidade que nosso planeta está em perigo. A mudança climática é um problema real e crescente”, afirmou Ban durante a abertura de um encontro sobre como alcançar a harmonia com a natureza. Assim, o principal responsável da ONU denunciou que o ecossistema está sendo danificado “pela exploração insustentável dos recursos naturais frequentemente impulsionados pela cobiça”. Neste aspecto, Ban também advertiu que cada vez mais a natureza perde em diversidade, assim como as práticas de pesca comerciais e imprudentes estão ameaçando os peixes. Em palavras do secretário-geral da ONU, “estamos solapando nosso único lar e nossa sobrevivência e, por isso, temos que passar a “honrar” à Terra”. Na celebração do Dia Internacional da Terra, que foi iniciada nos EUA nos anos 70 e que a ONU adotou em 2009 após um pedido da Bolívia, Ban também pediu responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza. Segundo Ban, a prioridade geral das Nações Unidas é o desenvolvimento sustentável, já que é “o desafio mais importante que nosso mundo enfrenta”. Embora ainda haja muito a se fazer, Ban também destacou que cada vez mais pessoas e governos reconhecem este problema e destacou o trabalho de países latino-americanos, como a Bolívia e o Equador, que incluíram os direitos da natureza em suas constituições. Por outro lado, o secretário-geral da ONU mostrou suas condolências aos afetados pelo terremoto que sacudiu a província chinesa de Sichuan neste último sábado e causou pelo menos 152 mortos e mais de 5,5 mil feridos. “Embora os desastres naturais sejam um problema grave e crescente, este dia comemorativo serve para lembrar que a Terra sustenta toda a vida”, acrescentou Ban, quem assegurou que a ONU proporcionará ajuda e apoio aos afetados pelo terremoto. (Fonte: Terra)

Incentivo às embalagens sustentáveis

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) firmou compromisso com o Instituto de Embalagens para o desenvolvimento sustentável do setor e promoção do consumo consciente, do descarte responsável e da educação e conscientização da população. A iniciativa faz parte do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) e foi celebrada na modalidade “iniciativa voluntária”, que são ações empreendidas pelo setor privado ou por organizações da sociedade civil sem o concurso de recursos governamentais. “Essa iniciativa está relacionada aos temas de educação para o consumo sustentável e aumento da reciclagem de resíduos sólidos, que são prioritários para a execução do Plano”, destaca a diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA, Ana Maria Neto. “Por isso, consideramos que a construção dessa agenda em comum é uma ação relevante e estratégica para promover ações que resultem na redução dos impactos ambientais gerados na produção, uso e pós-consumo da indústria de embalagem”, completa. A diretora afirma, ainda, que essa iniciativa setorial servirá de estímulo e engajamento para toda a indústria de produção de embalagens pelo desenvolvimento sustentável, o que contribuirá para o alcance das metas do PPCS. Ações previstas – O Instituto de Embalagens ficará responsável por elaborar o conteúdo do primeiro Caderno de Produção Sustentável sobre Embalagens, ecodesign e descarte de resíduos. Além disso, oferecerá capacitação técnica aos servidores do MMA e parceiros para alinhar conceitos de sustentabilidade aos do mercado de embalagens. Outra ação é a elaboração de um filme sobre a importância do ecodesign das embalagens e da correta escolha de materiais. A primeira dessas ações já está em andamento. Até quinta-feira (25), acontece o curso “Embalagens de A a V – do Aço ao Vidro”, no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília. Participam da capacitação técnica os servidores do MMA, das companhias aéreas, SENAI, SEBRAE e Confederação Nacional da Indústria (CNI). São apresentadas informações sobre as propriedades de materiais de embalagens necessárias para colaborar na construção de projetos mais sustentáveis. Os professores do instituto falam de mercado, design, materiais, processos e sustentabilidade das embalagens. Descarte seletivo - Outra iniciativa do MMA com o setor foi o pacto setorial assinado em 2011 com a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). O pacto tem como meta a inclusão da simbologia técnica do descarte seletivo em mil produtos/embalagens por ano e a inclusão da simbologia técnica de identificação de materiais em 300 produtos/embalagens. Com isso, é possível propagar em todos os domicílios e estabelecimentos brasileiros a prática do descarte seletivo através das embalagens em geral, além de facilitar o trabalho das cooperativas e catadores ao identificar os tipos de materiais. Responsabilidade compartilhada – As iniciativas também estão atreladas à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com definição de atribuições dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e responsáveis pelos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. A proposta é minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, assim como reduzir os impactos causados à saúde e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. Soluções socioambientais - Iniciativas como estas estão inseridas no Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), lançado pelo MMA em novembro de 2011. O objetivo é promover políticas, programas e ações que envolvam a produção e o consumo sustentáveis no país, com a proposta de ampliar soluções para problemas socioambientais, articulada com as políticas nacionais visando à erradicação da miséria, a redução de emissões de gases de efeito estufa e ao desenvolvimento sustentável. O Plano também está de acordo com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, sobretudo com as diretrizes do Processo de Marrakesh, que foi criado para dar aplicabilidade ao conceito de Produção e Consumo Sustentáveis. Sua principal contribuição está em promover mudanças verificáveis nos padrões de produção e consumo. (Fonte: MMA)

De olho na justiça climática

Formas de combater a miséria no mundo com relação aos impactos do aquecimento global serão debatidas com entidades europeias. Na próxima semana, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Klink, representará o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em encontro de alto nível com autoridades irlandesas, em Dublin, capital do país. Além disso, o secretário se reunirá, em Londres, com chefes de organizações não governamentais britânicas ligadas à causa ambiental. Promovida pela ONG irlandesa Mary Robinson Foundation, a Conferência de Alto Nível sobre Fome, Nutrição e Justiça Climática ocorrerá entre segunda (15) e terça-feira (16). Durante o evento, Klink apresentará as políticas brasileiras de combate ao aquecimento global e à extrema pobreza. Entre elas, estarão os avanços do programa Fome Zero, do governo federal, e os esforços brasileiros no âmbito da construção da Agenda de Desenvolvimento pós-2015. Autoridades locais, como o ministro do Meio Ambiente da Irlanda, Phil Hogan, participarão do debate. O objetivo da Conferência é fomentar o debate no contexto da nova agenda internacional. A pauta dos dois dias de reunião inclui assuntos como a fome e a desnutrição, a agricultura, as emissões de gases de efeito estufa, a biotecnologia e a segurança alimentar. Em Londres, estarão em pauta os mecanismos de preservação Amazônia Legal desenvolvidos no Brasil. Com os integrantes da organização Global Canopy Programme, Klink discutirá formas de participação e apoio em programas florestais, além de mostrar os resultados do política de combate ao desmatamento. Haverá também um encontro com a Children’s Investment Fund Foundation, fundação com foco na luta contra a pobreza infantil. (Fonte: MMA)

Casca de banana pode descontaminar águas poluídas com pesticida, diz pesquisa da USP

Um estudo da USP identificou que a casca de banana pode ser utilizada no tratamento de água contaminada pelos pesticidas atrazina e ametrina. Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) fizeram testes com amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari, no interior do estado de São Paulo, que comprovaram a absorção de 70% dos químicos pela casca. Embora ainda não comprovada a toxicidade desses pesticidas em seres humanos, a utilização de ametrina é proibida nos Estados Unidos por ter provocado mutação em espécies aquáticas. “Já existiam outros estudos de uso da casca para absorção de metais, como urânio, cromo, então veio a ideia de utilizá-la para os pesticidas. A atrazina e a ametrina são muito utilizadas aqui na região [de Piracicaba] nas plantações de cana-de-açúcar e milho. Constatamos uma boa absorção também desses compostos orgânicos”, explicou à Agência Brasil a pós-doutoranda Claudineia Silva, uma das pesquisadoras envolvidas com o trabalho. Os químicos, ao serem utilizados nas lavouras, contaminam indiretamente os rios. Para que seja utilizada como agente de descontaminação, a casca da banana, que pode ser recolhida inclusive no lixo, é ressecada ao sol por uma semana ou em estufa a 60 graus Celsius (°C), o que diminui o tempo do processo para um dia. Após a secagem, o material é triturado e peneirado para formar um pó para ser despejado na água. “[Em laboratório,] variamos a quantidade de casca de banana, tempo de agitação e verificamos quais seriam as melhores condições para conseguirmos o melhor resultado”, disse Claudineia. A casca da banana corresponde de 30% a 40% do peso total da fruta. A presença de grupos de hidroxila e carboxila da pectina na composição na casca é que garantem a capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos. A pesquisadora disse que até o momento foram feitos testes somente em laboratório, com pequenas quantidades, e que seria necessário fazer testes piloto para atestar a eficácia em grandes proporções. “Encerramos a primeira etapa. A proposta é continuar com o trabalho com um volume maior de água, 100 litros em um tanque por exemplo, pôr casca de banana e ir monitorando a absorção”, disse. A nova etapa possibilitaria que a casca de banana pudesse ser utilizada como descontaminante em larga escala. “É um mecanismo de baixo custo”, disse. Silva aponta que, futuramente, o ideal é que essa descoberta seja utilizada em estações de tratamento de água. “Descartar toneladas de casca de banana nos rios iria gerar poluição e talvez uma contaminação em cadeia. A casca absorve do rio, o peixe come e a gente come os peixes”, explicou. De acordo com a pesquisadora, atualmente, a atrazina e ametrina são retirados da água por meio de carvão ativado. “É um custo maior, considerando que a casca iria para o lixo”, disse. (Fonte: Agência Brasil)

Vírus H7N9 pode estar sendo transmitido entre pessoas

Há poucos dias, pesquisadores mostraram que o vírus H7N9 da nova gripe aviária está se adaptando a humanos. Agora, as autoridades sanitárias da China admitiram que o contágio de três membros de uma mesma família pelo H7N9 pode indicar que há transmissão entre humanos da nova variante da gripe aviária. Já havia suspeitas da transmissão entre humanos quando começaram a surgir pessoas que não tinham contato com aves, mas que foram infectadas pelo vírus. As estatísticas oficiais indicam que, até agora, 83 pessoas foram afetadas pelo H7N9. O caso mencionado pelas autoridades chinesas refere-se a uma família de Xangai que inclui o pai, de 87 anos, que morreu no último dia 4, e dois filhos. "Há mais investigações em andamento para determinar se o fato de três pessoas da mesma família terem sido afetadas pode implicar um contágio entre pessoas," disse o diretor do Centro de Emergência para Prevenção e Controle de Doenças, Feng Zijian. Zeng Guang, chefe de epidemiologia de um hospital chinês, disse que a transmissão humana só ocorre "por um período" e "pode se restringir ao âmbito familiar". O epidemiologista baseia suas hipóteses em estudos e experiências com o vírus H5N1, que circula em alguns países da Ásia e Norte da África desde 2005 e cuja transmissão entre humanos é rara. Se Guang estiver certo, a chance de que o vírus H7N9 gere uma pandemia serão muito menores. Agência Brasil

Anvisa reduz quantidade de iodo no sal de cozinha

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a redução dos limites de iodo adicionado no sal de cozinha. Segundo a agência reguladora, há indícios de que o consumo excessivo de iodo possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre seus principais sintomas a fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso. A norma atual fixa uma quantidade de iodo entre 20 miligramas (mg) e 60 mg para cada quilo de sal. Com a nova resolução, a adição de iodo no sal poderá ficar entre 15 mg e 45 mg. Os limites de adição de iodo no sal recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ficam entre 20 mg e 40 mg para países em que a população consume uma média de 10 gramas de sal por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o brasileiro consome 9,6 gramas de sal diariamente, mas o consumo total pode chegar a 12 gramas quando levado em consideração alimentos processados e consumidos fora de casa. A medida havia sido antecipada em 2011 (Governo quer reduzir quantidade de iodo no sal de cozinha), quando a Anvisa colocou o assunto em consulta pública. De acordo com a Anvisa, o processo de iodação do sal é uma medida adotada em todo o mundo com o objetivo de prevenir distúrbios por deficiência de iodo (DDI), que incluem retardo mental grave e irreversível e surdo-mudez em crianças, anomalias congênitas e bócio. Agência Brasil

Gorbachev pede uma ‘perestroika’ das políticas ambientais globais

O ex-presidente soviético, Mikhail Gorbachev, pediu nesta quinta-feira (18) uma “perestroika” (reestruturação, em russo) das políticas ambientais para reduzir a brecha existente entre países ricos e pobres, além de revolucionar a maneira que a população valoriza a vida do planeta. “Nas últimas duas décadas, a comunidade internacional não conseguiu responder às ameaças que pesam sobre a humanidade e o meio ambiente, e está adiando os benefícios econômicos de curto alcance”, disse Gorbachev, fundador da organização não-governamental internacional Cruz Verde. De acordo com as agências internacionais Associated Press e EFE, o último presidente soviético, ativista ambienta há anos, falou em uma conferência de imprensa realizada na Suíça, onde apresentou o calendário de atividades de sua ONG, que prepara a comemoração de 20 anos de fundação. “Mais de vinte anos atrás percebi que a situação ambiental era alarmante, que estava tomando um rumo destrutivo e que políticos e empresários não seriam capazes de lidar com esta difícil tarefa. Uma organização internacional era necessária para proteger o meio ambiente”, explica. Ele se mostrou preocupado com os desafios que permanecem no mundo e com a falta de êxito no alcance de objetivos globais. “A população mundial vai atingir 9 bilhões de pessoas em 2050. Essa pressão demográfica, aliada a uma economia danificada e à exploração de recursos naturais sem supervisão, poderá aumentar o sofrimento humano, a pobreza, reduzir a segurança humana e causar mais degradação e conflitos ambientais”, complementa. O pai da “perestroika”, política de transparência que levou à desintegração do bloco comunista soviético entre os anos 1980 e 1990, acrescentou que os esforços atuais para enfrentar os desafios da humanidade não têm sido suficientes e há uma falta de liderança e visão. “Precisamos da união de políticos, empresários e sociedade civil para promover a mudança. É preciso também uma mudança no modelo de crescimento econômico e global, que só trouxe injustiça e desastres ambientais”, complementa. (Fonte: G1)

Por que o Brasil está sendo desmatado?

Soja e criação de gado continuam sendo os vilões principais da devastação na Amazônia. É o que revela um estudo do Centro de Pesquisas Ambientais e Climáticas Internacionais de Oslo (CICERO, na sigla em inglês), da Noruega. Os cientistas explicam, no entanto, que a culpa está longe de caber exclusivamente ao Brasil. Todos os países com elevados níveis de consumo e emissões de gases têm responsabilidade sobre o problema. Grande parte da guinada que o Brasil teve em sua economia, na última década, se deve à soja e à carne. A ampla janela de exportações (em boa parcela para países também emergentes, como a Rússia e China) ocasionou um aumento brutal do número de latifúndios e pastos, o que deu margem a níveis alarmantes de desmatamento. Como se não bastasse a devastação da fauna, tais atividades econômicas impulsionam a emissão de CO2. Nos últimos dez anos, o Brasil emitiu 2,7 bilhões de toneladas de gás carbônico. Deste valor, 29% estão associadas ao plantio da soja e 71% à criação de gado. Nem só de russos e chineses, no entanto, se faz o consumo acelerado destes produtos. O próprio mercado interno brasileiro absorve ampla porcentagem da produção. Estas discussões estiveram em alta durante a tramitação do Novo Código Florestal Brasileiro, aprovado no dia 25 de maio de 2012. Ambientalistas de várias organizações criticaram a flexibilização das leis de proteção da floresta em prol do aumento de produtividade do agronegócio. No acordo, os parlamentares brasileiros preveem anistia a empresas que desmatarem, livrando-os da obrigação de recompor a mata. A proteção sobre as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) fragilizou-se com a nova lei. Os cientistas noruegueses afirmam que a Europa vê a proteção da floresta amazônica como um problema global, não mais limitado ao Brasil. Por essa razão, deve aumentar nos próximos anos a pressão da comunidade internacional para que as leis de proteção existentes, ainda que distantes do que os ambientalistas desejariam, sejam cumpridas. [Science Daily / Mongabay / Diário do Grande ABC]

Aquecimento global poderá voltar em 2020?

Será que o aquecimento global parou? A tendência de aumento da temperatura global foi interrompida nos últimos anos. Modeladores do clima disseram durante uma reunião científica na semana passada que isso equivale a um "soluço nos dados" causado pela variabilidade natural. Em janeiro deste ano, os cientistas revisaram para baixo suas previsões do aquecimento global, depois de admitir que o aquecimento global era mais suave do que haviam previsto. Os climatologistas argumentam, para defender os modelos ainda ineficientes, que um deles teria feito uma previsão correta em 1999 em relação ao inesperado "desaquecimento global" que tem marcado a última década - embora as temperaturas precisem começar a subir novamente muito em breve para que essa previsão continue com a razão. Senão, todas as previsões terão falhado. O fato é que o assunto foi mascarado pelos cientistas durante os últimos anos com seguidos anúncios do tipo "segundo ano mais quente", "terceiro ano mais quente" ... "décimo ano mais quente", numa tentativa sorrateira de transmitir uma falsidade sem dizer uma mentira - cada ano era mais frio do que o anterior, mas os anúncios sempre ressaltavam o aquecimento. A falta de uma explicação mais razoável para essa reversão do aquecimento global, por momentânea que seja, está incomodando muitos. A revista britânica New Scientist, por exemplo, publicou um artigo cobrando dos cientistas explicações e teorias melhores para costurar as previsões do tempo - de curto prazo - com as previsões do clima - de longo prazo. A causa mais provável da reversão recente do aquecimento, respondem os cientistas, está na variação de fluxos de calor entre os oceanos e a atmosfera. Se assim for, as temperaturas podem subir novamente em torno de 2020, conforme o ciclo natural se combine com o efeito estufa para causar uma nova onda de aquecimento. Embora se saiba que modelar o clima nessas escalas é algo muito complicado, a revista lembra que a lacuna entre as previsões de curto prazo do tempo e as previsões de longo alcance sobre as mudanças climáticas gera incerteza nas projeções e abre espaço para questionamentos que soam muito válidos. Como exemplo principal desses argumentos está o de que o aquecimento global é atribuído aos gases de efeito estufa gerados pela ação humana, mas o resfriamento que os dados estão mostrando agora é explicado como sendo culpa de ciclos naturais. Esse argumento pode até ser injusto, diz a New Scientist, mas é um argumento que deve ser levado a sério. Da próxima vez que nos depararmos com um episódio temporário, seria melhor que os cientistas fossem capazes de explicá-lo de maneira fundamentada, e não apenas dizer que é um "soluço" esporádico, conclui a reportagem. New Scientist
Brasileiros revolucionam fabricação de cimento Cientistas da Escola Politécnica da USP desenvolveram uma nova técnica para a fabricação de cimento combinando matérias-primas simples com ferramentas e conceitos avançados na gestão do processo industrial. O resultado pode ser uma revolução mundial na indústria cimenteira. Segundo o professor Vanderley John, um dos responsáveis pelo projeto, o novo processo industrial permitirá dobrar a produção mundial de cimento sem precisar construir novos fornos e, portanto, sem aumentar as emissões de gases de efeito estufa. O cimento Portland tradicional é composto basicamente por argila e calcário, substâncias que, quando fundidas em um forno sob altas temperaturas, transformam-se em pequenas bolotas chamadas clínquer. Esses grãos de clínquer são moídos com o mineral gipsita (matéria-prima do gesso) até virarem pó. "Estima-se que para cada tonelada de clínquer são emitidos entre 800 e 1.000 quilos de CO2, incluindo o CO2 gerado pela decomposição do calcário e pela queima do combustível fóssil (de 60 a 130 quilos por tonelada de clínquer)", diz o professor John. "A indústria busca alternativas para aumentar a ecoeficiência do processo substituindo parte do clínquer por escória de alto-forno de siderúrgicas e cinza volante, resíduo de termelétricas movidas a carvão. O problema é que a indústria do aço e a geração de cinza crescem menos que a produção de cimento, o que inviabiliza essa estratégia a longo prazo," explica ele. Carga bem distribuída A nova tecnologia consiste basicamente em aumentar a proporção de carga (filler) na fórmula do cimento Portland, adicionando dispersantes orgânicos que afastam as partículas do material e possibilitam menor uso de água na mistura com o clínquer. A carga é uma matéria-prima à base de pó de calcário que dispensa tratamento técnico (calcinação), processo que, na fabricação do cimento, é responsável por mais de 80% do consumo energético e 90% das emissões de CO2. A fórmula para calcular a quantidade de carga no cimento é usada desde 1970, estabelecendo que a quantidade do material de preenchimento não poderia ser alta porque havia o risco de comprometer a qualidade do produto. Os pesquisadores brasileiros descobriram que isto não é verdade. "Em laboratório, foi possível chegar a teores de 70% de filler, sendo que atualmente ele está entre 10% e 30%", afirma John. "Com isso será possível dobrar a produção mundial de cimento sem construir mais fornos e, portanto, sem aumentar as emissões". A solução veio da matemática, mais especificamente de estudos que, muitas vezes, parecem teorias sem qualquer ligação com a praticidade do mundo industrial. "A tecnologia é baseada em modelos de dispersão e empacotamento de partículas que possibilita organizar os grãos por tamanho, favorecendo a maleabilidade do cimento", diz o professor Rafael Pileggi, coautor do estudo. "Por meio da reologia, ramo da ciência que estuda o escoamento dos fluidos, obteve-se misturas fluidas com baixo teor de clínquer e outros ligantes como a escória. Também foi possível reduzir a quantidade de cimento e água utilizados na produção de concreto, sem perda da qualidade". "O estudo atual mostrou que é possível mudar a forma como se fabrica cimento, concretos e argamassas", comemora John. "Agora é preciso desenvolver uma tecnologia de moagem sofisticada em escala industrial." A Escola Politécnica da USP já está negociando parcerias com as indústrias cimenteiras para aperfeiçoar e transferir a nova técnica. Agência USP Concreto com menos cimento reduz impacto ambiental Concreto resistente e barato A produção de concreto de alta resistência, com menor impacto ambiental e custo reduzido acaba de ser obtida em uma pesquisa desenvolvida na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. "A pesquisa teve como objetivo buscar tecnologia que possibilitasse um concreto autoadensável, com baixo consumo de cimento Portland, e de alta resistência", conta Tobias Pereira, que desenvolveu o trabalho em conjunto com o professor Jefferson Libório. Segundo ele, a fórmula - fcm = 65 MPa aos 28 dias - significa que o concreto pudesse, em 28 dias, suportar a compressão de 65 Mpa (megapascal - valor que expressa resistência à compressão) e, por fim, ainda viesse a ter alta durabilidade. Resistência do concreto Para a realização desta pesquisa, o engenheiro utilizou modelos teóricos e práticos de distribuição granulométrica dos tamanhos de partículas para a composição do concreto, além de um aditivo superplastificante composto por policarboxílicos, que permite que o concreto se torne mais fluido sem adicionar muita água, e de adições minerais correspondendo a 10% da massa de cimento Portland adicionado. Em geral, a recomendação de uso de altas quantidades de cimento Portland ocorre devido à necessidade de alta resistência do concreto, por exemplo, em pilares de edifícios altos ou em peças de sustentação em grandes vãos. Porém, altas quantidades de cimento aumentam o calor de hidratação, ocasionado pela reação química entre o cimento e a água. Este calor, quando liberado,atua aumentando a temperatura do concreto, que se expande e acaba por ter maior propensão a rachar, o que implica na diminuição da resistência mecânica e na possibilidade de penetração de água ou infiltração de umidade do meio ambiente. Na produção de concreto, 90% do CO2 vem da fabricação do cimento Portland Redução do impacto ambiental O maior problema quanto ao uso do cimento Portland em altas porcentagens é que atribui à produção de concreto a característica de vilã ambiental, pois implica na produção de 90% de gás carbônico da indústria de concreto. O pesquisador explica que, "a intenção era produzir um concreto que utilizasse apenas 350 quilos por metro cúbico (kg/m³) do cimento Portland, bem menos do que os 500 Kg/m³ de um concreto tradicional. Mas os resultados encontrados foram até melhores, porque mais baixos, chegaram a apenas 325 kg/m³." Esta redução na quantidade de cimento sinaliza a possibilidade da diminuição da produção de cimento e, consequentemente, a diminuição de emissão de gás carbônico e menor impacto ambiental. Além do barateamento da produção de concreto". Concreto com fibras e lã de rocha A mais na composição, diferenciando-se de um concreto tradicional, foram utilizadas fibras de poliamida ou lã de rocha. Os resultados foram melhores do que os esperados, pois "em um concreto tradicional, em caso de incêndios, a água que permeia o concreto se expande em forma de gás e há a possibilidade de explosão. Porém, havendo a fibra de poliamida, esta derrete formando canalículos que acabam por auxiliar na liberação do vapor, diminuindo a possibilidade de explosão." afirma o pesquisador. Já ao se adicionar lã de rocha, a surpresa foi ainda maior porque "apesar de não contribuir para diminuir a possibilidade de explosão do concreto em situações de incêndio, observou-se que esse tipo de fibra contribui para aumentar a resistência à abrasão do concreto, ou seja, diminuir a possibilidade de erosão. Este resultado indica que concretos com esse tipo de fibra podem ser uma boa opção para aplicá-los em pavimentos", acrescenta o pesquisador. Concreto autoadensável Um dos processos durante a produção do concreto é denominado vibração, ela é essencial para a retirada de ar aprisionado da massa e também para tornar o concreto mais homogêneo ao preencher as fôrmas e envolver as armaduras. O engenheiro ressalta, no entanto, que o concreto obtido por meio do estudo "é autoadensável e não necessita ser vibrado para que tome forma, ele acaba por se moldar às formas com o próprio peso." A ausência da vibração elimina uma etapa da moldagem do concreto o que consequentemente gera redução do tempo de construção e do custo de fabricação. Agência USP

OMS ainda não sabe origem do novo vírus da gripe aviária na China

Autoridades da área de saúde lançaram nesta sexta-feira (19) mais dúvidas sobre a origem da nova cepa da gripe aviária que está infectando humanos na China, após dados indicando que mais de metade dos pacientes não teve contato com aves. O vírus H7N9 já foi diagnosticado em 87 pessoas, principalmente no leste da China, e matou 17 pacientes. Não está claro como as pessoas estão sendo contaminadas, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse não haver indícios apontando para o cenário mais preocupante – a contaminação regular entre pessoas. Um porta-voz da OMS disse em Genebra que “os indícios sugerem que as aves de criação sejam um veículo de transmissão, mas os epidemiologistas não conseguiram ainda estabelecer uma ligação forte e clara”. Especialistas dizem que é prematuro afirmar ou descartar que as pessoas contaminadas tenham tido contato com aves de criação, e eles observam que o contato com aves selvagens é ainda mais difícil de estabelecer. O representante da OMS na China, Michael O’Leary, divulgou dados nesta sexta-feira mostrando que metade dos pacientes examinados não havia tido contato com aves, o que seria a origem mais óbvia da contaminação. Mas ele disse também que a transmissão entre humanos parece ser rara. “Esse é ainda um vírus animal que ocasionalmente infecta humanos”, afirmou. “Com raras exceções, sabemos que as pessoas não estão ficando doentes a partir de outras pessoas.” Um estudo científico publicado na semana passada mostrou que a cepa H7N9 é de um vírus “triplo recombinante”, com uma mistura de genes de outras cepas de gripe encontradas em aves da Ásia. Uma dessas três cepas provavelmente seria originária de um passarinho chamado tentilhão-montês. O virologista Ian Jones, da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, disse que nenhum estudo científico conseguiu até agora identificar a origem exata da contaminação humana ou a rota da transmissão. “São coisas sobre as quais precisamos saber”, afirmou. Nos próximos dias, especialistas sob o comando da OMS e do governo chinês vão visitar mercados avícolas e hospitais em Pequim e Xangai. Algumas amostras aviárias já tiveram resultados positivos, e a China abateu milhares de aves e fechou alguns mercados que vendem animais vivos. (Fonte: G1)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

SITE SOBRE COMO VAI SUA SAÚDE, DESCUBRA COMO ELA VAI!

Saúde é importante: como vai a sua? Saúde é uma questão importante que, em geral, ninguém se preocupa muito até que surge a necessidade de se fazer uma visita ao médico. Faça a sua avaliação agora e saiba o que isso significa para você! Nesse momento é que damos conta que tivemos pouco cuidado com a nossa saúde, que não pensamos no que devemos ou não comer, nos exercícios que devemos fazer, nas boas noites de sono que devemos ter. Risco de desenvolvimento de doenças crônicas Entre as doenças crônicas não transmissíveis (DNCT) mais comuns na população estão diabetes, câncer, doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, infarto acidente vascular cerebral). Muito embora essas doenças possam ocorrer por fator genético ou familiar, a principal causa é o estilo de vida, isto é, alimentação incorreta, excesso de álcool e cigarros e sedentarismo (falta de atividade física regular), dentre outros fatores. Pequenas mudanças de comportamento promovem um grande impacto na saúde Os meios mais simples de prevenção das doenças crônicas incluem um pouco de disciplina e atenção aos comportamentos do dia a dia, como ter uma alimentação saudável (consumir menos gorduras, açúcares e sal), praticar atividades físicas regularmente, diminuir o estresse, parar de fumar, evitar o álcool e dormir bem. DESCUBRA NESTE SITE http://vitalbox.com.br/saude/?gclid=CK2i57fz17YCFcLc4AodUDMAyw

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vírus H7N9 da nova gripe aviária está se adaptando a humanos

Uma análise genética do vírus H7N9 da nova gripe aviária, responsável por pelo menos treze mortes na China, mostra um vírus que está evoluindo para se adaptar às células humanas. Essa conclusão, de uma equipe norte-americana e japonesa que teve acesso a amostras do vírus H7N9, aumenta a preocupação sobre seu potencial para desencadear uma pandemia de gripe. O grupo analisou as sequências genéticas do H7N9 isolados de quatro das vítimas humanas do patógeno, bem como amostras derivados de aves e de um mercado nos arredores de Xangai. "Os [vírus coletados dos] humanos, mas não das aves e ambientais, têm uma mutação de proteína que permite seu crescimento eficiente em células humanas, e isto também permite que cresçam a uma temperatura que corresponde ao trato respiratório superior dos humanos, que é mais baixa do se encontra nas aves," afirmaram Yoshihiro Kawaoka e seus colegas das universidades de Wisconsin-Madison (EUA) e Tóquio (Japão). Os resultados, obtidos a partir de sequências genéticas depositadas por pesquisadores chineses em um banco de dados internacional, fornece algumas das primeiras pistas moleculares sobre a nova cepa da gripe aviária. Os primeiros casos humanos dessa gripe foram notificados em 31 de março pelo Centro Chinês para o Controle de Doenças e Prevenção. Até agora, o novo vírus já infectou mais de 30 pessoas, matando pelo menos treze. Embora seja muito cedo para prever o potencial de que o H7N9 cause uma pandemia, os sinais de que o vírus está se adaptando aos mamíferos e, em particular, aos hospedeiros humanos são inconfundíveis, disse Kawaoka. "Estes vírus possuem várias características dos vírus da gripe de mamíferos, o que provavelmente contribui para a sua capacidade de infectar os seres humanos e aumentar as preocupações quanto ao seu potencial de uma pandemia", concluíram Kawaoka e seus colegas.Redação do Diário da Saúde

Droga encolhedora de tumores começa a ser testada em humanos

Em março de 2012, um grupo de pesquisadores de diversos países revelou que uma proteína específica é capaz de “enganar” o sistema imunológico e permitir o crescimento de tumores – e, depois, testou com sucesso uma droga que pode inibir essa proteína, levando à redução (ou mesmo destruição) de diversos tipos de tumores em animais. Agora, a equipe está pronta para fazer testes em humanos. A proteína (CD47), normalmente localizada na superfície de células sanguíneas, impede que o sistema imunológico ataque a célula. Os pesquisadores perceberam que células cancerígenas possuem níveis elevados de CD47 e, assim, “enganam” o sistema imunológico – e isso, a princípio, vale para qualquer tipo de câncer. “O que nós mostramos é que a CD47 não é importante apenas em leucemia e linfoma”, explica o pesquisador Irving Weissman, que liderou o grupo. “Está em cada tumor humano primário que testamos”.Depois de publicar o artigo, a equipe testou em ratos uma droga que inibe a CD47. Resultado: os sete tipos de tumores combatidos (mama, ovário, cólon, bexiga, cérebro, fígado e próstata) regrediram parcialmente ou completamente, e o câncer não se espalhou para outros órgãos. “Isso mostra de modo conclusivo que essa proteína é um legítimo e promissor alvo para terapia contra câncer em humanos”, disse Weissman. Com apoio financeiro do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (EUA), o grupo se prepara para iniciar testes clínicos em humanos.[Huffington Post, Medical Daily, PNAS]

Cientistas debatem teoria sobre desaceleração do aquecimento global

Cientistas estão em dificuldades para explicar uma desaceleração do aquecimento global que expôs lacunas no seu conhecimento, e buscam entender as causas para determinar se esse alívio será breve ou se o fenômeno é duradouro. A maioria dos modelos climáticos, geralmente focados em tendências que duram séculos, foi incapaz de prever que a elevação das temperaturas iria se desacelerar a partir do ano 2000, aproximadamente. Isso é crucial para o planejamento em curto e médio prazo de governos e empresas em setores tão díspares quanto energia, construção, agricultura e seguros. Muitos cientistas preveem um novo aumento do aquecimento nos próximos anos. Uma das teorias para explicar essa pausa diz que os oceanos teriam absorvido mais calor pelo fato de sua superfície ficar mais fria do que se esperava. Outras especulam que a poluição industrial da Ásia ou nuvens estariam bloqueando o calor do sol, ou então que os gases do efeito estufa retêm menos calor do que se acreditava. Debate – A mudança pode também decorrer de um declínio já observado na presença de vapor de água (que absorve calor) na alta atmosfera, por razões desconhecidas. Os cientistas dizem que pode estar ocorrendo uma combinação de vários fatores, ou variações naturais ainda desconhecidas. O fraco crescimento econômico mundial e a redução na tendência de aquecimento global estão afetando a disposição dos governos para fazerem uma rápida transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, o que exige bilhões de dólares. Quase 200 governos já concordaram em definir até 2015 um plano para combater o aquecimento global. “O sistema climático não é tão simples quanto as pessoas acham”, disse o estatístico dinamarquês Bjon Lomborg, autor do livro “O Ambientalista Cético”. Ele estima que um aquecimento moderado seria benéfico para as lavouras e para a saúde humana. O químico sueco Svante Arrhenius mostrou pela primeira vez na década de 1890 como as emissões de dióxido de carbono a partir do carvão, por exemplo, prendem o calor na atmosfera. Muitos dos efeitos exatos ainda são desconhecidos. Em busca de explicações – As emissões de gases do efeito estufa atingiram níveis recordes repetidamente com um crescimento anual de cerca de 3% na maior parte da década até 2010, em parte alimentada por aumentos na China e na Índia. Emissões mundiais foram 75% maiores em 2010 do que em 1970, segundo dados da ONU. Um rápido aumento das temperaturas globais nos anos 1980 e 1990 – quando as leis de ar limpo em países desenvolvidos reduziram a poluição e deixaram o sol mais forte na superfície da Terra – serviu como um argumento convincente de que as emissões de gases do efeito estufa eram culpadas pelo aquecimento. O painel de especialistas sobre clima da ONU, chamado de IPCC, vai procurar explicar a pausa atual no aquecimento em um relatório que será divulgado em três partes a partir de final de 2013, com o objetivo de servir como um roteiro científico principal para os governos na mudança de combustíveis fósseis para as energias renováveis, como a energia solar ou eólica. (Fonte: G1)

Nem todas as vítimas do vírus H7N9 tiveram contato com aves, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira (17) que algumas pessoas com testes positivos para uma nova cepa da gripe aviária na China não tinham histórico de contato com aves, aumentando o mistério sobre o vírus que já matou 16 pessoas até o momento. O porta-voz da OMS Gregory Hartl confirmou que “há pessoas que não têm histórico de contato com aves”, depois de um importante cientista chinês dizer que cerca de 40% das pessoas com o vírus H7N9 não tinha tido contato com aves. Zeng Guang, o cientista-chefe encarregado de epidemiologia no Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse que cerca de 40% das vítimas não tinham nenhum histórico claro de exposição a aves, informou o “Beijing News”. “Como essas pessoas são infectadas? É um mistério”, disse Zeng, segundo o jornal. O governo chinês alertou nesta quarta que o número de infecções pode aumentar, após mais duas pessoas morreram devido à nova cepa da gripe aviária, elevando para 16 o número de mortes pelo vírus H7N9. De acordo com uma análise da Reuters sobre as infecções, com base em relatos da mídia estatal, apenas 10 dos 77 casos confirmados até esta terça-feira teriam tido contato com aves. Há 12 dias, especialistas da própria OMS disseram que não havia sinais de transmissão entre humanos – transmissão esta que potencializaria uma pandemia. A OMS disse que nenhuma vacina para o H7N9 está sendo produzida. “Essa decisão vai depender, por parte da OMS, em considerações sobre saúde pública”, disse. “Temos que ver como o H7N9 se desenvolve antes de qualquer decisão ser considerada”. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disse no início de abril que tinham começado a trabalhar em uma vacina para estarem preparados caso fosse necessário. (Fonte: G1)

Usinas eólicas encerram 2012 com capacidade instalada de 2,5 gigawatts

A capacidade eólica brasileira instalada em seus 108 parques alcançou 2,5 gigawatts (GW) no ano de 2012, crescimento de 73% em relação a 2011, segundo o balanço anual divulgado na segunda-feira (15) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, esse tipo de energia respondeu, no ano passado, por 2% da matriz elétrica do país. Do total, o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), primeira fase de implantação da energia no país; e 1,2 GW compõe o Leilão de Reserva (LER 2009), que corresponde a uma segunda fase. Segundo a Abeeólica, 622 megawatts (MW) que fazem parte da segunda fase estão fora de operação, sem linha de transmissão, em dois parques localizados no Rio Grande do Norte e dois na Bahia. Em média, 7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte eólica em 2012. Essa média considera residências de famílias com três moradores. Até o final deste ano, a expectativa da Abeeólica é que a capacidade instalada em todo o país chegue a 6,05 GW, alcançando até 2017 os 8,8 GW. O Fator de Capacidade (FC) da fonte eólica em 2012, que é a proporção entre a geração efetiva das usinas e a sua capacidade total, foi 33% na média. Entre as usinas de primeira fase, a média foi 27%, enquanto na segunda fase, o percentual subiu para 54%. A presidenta executiva da Abeeólica, Elbia Melo, disse que fatores como o avanço tecnológico dos aerogeradores, o modelo de leilão competitivo e o melhor entendimento do Brasil sobre aproveitamento dos ventos foram as principais razões para o aumento do desempenho das usinas de segunda fase. Enquanto os primeiros parques eólicos utilizam aerogeradores de 600 quilowatts (kW) e têm 48 metros de altura, os mais novos usam equipamentos com potência de 3 MW e altura de 100 metros. Os aerogeradores transformam a energia eólica em energia elétrica. “Isso mostra o quanto nós estamos com um modelo de gestão eficiente de energia eólica e acaba desmistificando aquilo que se dizia no passado, de que a fonte eólica é instável, que não contribui para o sistema”, declarou. A geração realizada pelos parques eólicos bateu recorde histórico em outubro, chegando a 771 MW em média. “Foi justamente esse período que o sistema estava precisando, porque nós estávamos esperando o período úmido para encher os reservatórios e isso não aconteceu, houve um atraso das chuvas. No momento em que estava seco, a eólica gerou e contribuiu para o sistema. Isso é muito interessante, isso demonstra a complementaridade entre as fontes hidrelétrica e eólica”, disse Elbia. (Fonte: Agência Brasil)

Práticas sustentáveis nas escolas

Com o tema “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis”, a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) tem o objetivo de fortalecer a cidadania ambiental nas escolas e comunidades, promover espaços educadores sustentáveis e apresentar propostas para políticas públicas, por meio de uma educação crítica, participativa, democrática e transformadora. O debate nas escolas já iniciou e segue até 31 de agosto. A etapa nacional da conferência acontecerá de 25 a 29 de novembro, em Brasília. Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a IV CNIJMA é destinada ao público das escolas do Ensino Fundamental, públicas e privadas, urbanas e rurais, da rede estadual ou municipal. Também das escolas de comunidades indígenas, quilombolas e de assentamento rural. A IV Conferência Nacional Infantojuvenil trabalhará a temática de escolas sustentáveis a partir dos projetos de ação selecionados na etapa estadual, utilizando metodologias participativas, por meio de encontros e diálogos. Após as conferências nas escolas, realizadas até 31 de agosto, acontecerá a fase municipal ou regional, que tem prazo até 6 de outubro. Depois ocorre a fase estadual, que é obrigatória, até 25 de outubro, culminando na etapa nacional, de 25 a 29 de novembro. O diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, reforça a importância das etapas preparatórias, que antecedem à nacional. “Os alunos vão discutir projetos para tornar as escolas mais sustentáveis. Na fase nacional, eles trazem essas experiências vivenciadas nas escolas e discutidas nos estados, que devem inspirar propostas ao governo federal”, explica. Cerca de 700 alunos de 11 a 14 anos serão eleitos delegados que representarão todos os estados na etapa nacional, sendo asseguradas 81 vagas para estudantes de assentamentos rurais, comunidades quilombolas e populações indígenas. Parceria - A quarta edição da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente começou a ser articulada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, ocorrida no ano passado. Na ocasião, foi assinada portaria interministerial pelos ministros Aloizio Mercadante e Izabella Teixeira (nº 883). Neste mês, o MEC realizou uma webconferência preparatória junto a diversos professores e gestores de todo o país, com a participação do MMA. O encontro foi aberto pela professora Macaé Maria Evaristo dos Santos, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC). Em outubro deste ano acontece também a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que vai tratar da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Um tema atual que envolve a participação de todos na gestão e descarte correto do lixo. “Neste ano, todo o país debaterá a política de meio ambiente, inclusive as crianças e os jovens”, conclui Diniz. (Fonte: MMA)

Energia limpa exigirá pequenas usinas distribuídas

Usina virtual Um mundo que queira se basear em energia limpa e ambientalmente correta deverá contar com uma série de pequenas usinas geradoras distribuídas, e não mais nas enormes plantas que concentram a geração de eletricidade atualmente. A conclusão é de um estudo experimental realizado na Alemanha, não através de simulações, mas da interligação de usinas reais. O conceito foi chamado de "usina virtual" por seus criadores, o Dr. Kurt Rohrig e sua equipe do Instituto de Energia Eólica e Tecnologia de Sistemas Energéticos (IWES, na sigla em inglês). A usina virtual, chamada RegModHarz (Regenerative Modellregion Harz) já conectou via internet 25 pequenas usinas que, juntas, somam 120 megawatts de potência. "Cada fonte de energia - seja vento, sol ou biogás - tem seus prós e seus contras. Se conseguirmos combinar habilmente as diferentes características das energias regenerativas, nós poderemos garantir o abastecimento de energia," disse Rohrig, referindo-se à natureza variável sobretudo das energias eólica e solar. União faz a força Para fazer a RegModHarz funcionar, a equipe desenvolveu um plataforma de software que permite que os operadores de pequenas usinas geradoras trabalhem em conjunto como se fossem uma única grande usina. Como sistema de armazenamento simulado, eles usaram veículos elétricos, que podem guardar energia em suas baterias para vender à noite, quando não estão em uso, e um sistema de bateria de fluxo químico. O controle central permite reduz as desvantagens da natureza instável das fontes alternativas de energia. Quando as pequenas usinas operam em conjunto, as diferenças regionais quanto ao vento e à incidência do Sol são balanceadas pela operação de termelétricas a biogás ou valendo-se da energia armazenada. Os cientistas estão agora utilizando a usina virtual para modelar em detalhes o novo sistema de fornecimento de energia, sobretudo a quantidade e a distribuição das pequenas usinas geradoras, e as potências mínimas com que devem operar. Outro elemento importante é determinar como a usina virtual atenderá aos padrões da rede de distribuição atual - tensão de 230 volts e frequência de 60 hertz, por exemplo. O projeto está sendo bancado pelo governo alemão em parceria com diversos institutos de pesquisa, universidades e empresas. Site Inovação Tecnológica

Estudo alerta para riscos da superpopulação de pombos

Apesar de o animal ser responsável pela disseminação de várias doenças, consciência da população para o controle da ave ainda é um desafio. Pesquisadora de São Paulo considera os pombos um problema de saúde pública Embora possam parecer aves inofensivas, os pombos são um problema de saúde pública. No Brasil, uma pesquisa indica que essas aves podem transmitir até 60 doenças para os seres humanos. Segundo a bióloga e pesquisadora Margarete Teresa Gottardo de Almeida, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a Famerp, os pombos são fontes de infecção e transmissão de várias doenças, como a criptococose, salmonelose, histoplasmose e até a meningite. O contágio se dá principalmente pela via respiratória, quando se inalam os fungos encontrados nas fezes das aves. Se o organismo da pessoa que entra em contato com os excrementos estiver debilitado, aumentam as chances da propagação de doenças. A professora coordena uma pesquisa sobre pombos há três anos. No início, a grande quantidade de pombos em locais como praças públicas, no mercado municipal e nas portas de igrejas da cidade de São José do Rio Preto chamou a atenção. Sabendo que as fezes de pombos têm bactérias e fungos que podem causar doenças, ela começou a coletar fezes dos animais para saber se as aves estavam contaminadas. Das amostras coletadas em 40 bairros na cidade, somente uma delas não apresentou o fungo causador de Criptococose (doença que afeta principalmente as vias respiratórias), área de pesquisa da professora. Contaminação pelo ar O vento torna-se um facilitador na propagação e dispersão do fungo, que já foi encontrado pela professora inclusive em frutas nas árvores. O trabalho mostrou que animais também estão sendo vítimas de infecções causadas por este fungo. Foram encontradas espécies de calopsitas e canarinhos contaminadas. A pesquisa da Famerp não terminou com a divulgação dos primeiros resultados. O trabalho segue agora com a intenção de estender o estudo para as fezes de outras aves, inclusive galinhas, para ver se há alguma relação com doenças causadas aos seres humanos. Quanto aos pombos, já se sabe que em áreas silvestres eles deixam de ser um problema. “Existe aquele estigma de que a ave é ‘bonitinha’, é o símbolo da paz, então as pessoas acabam alimentando os pombos, deixando-os em ambiente doméstico.” Ela explica que o certo é os pombos ficarem nas florestas, em ambiente silvestre, e sugere um controle rigoroso da propagação da espécie. O primeiro passo é não alimentar a ave. Assim, ela vai começar a procurar por outros lugares. “Mas a conscientização da população é complicada”, lamenta. De acordo com a pesquisadora, há uma lei municipal em São José do Rio Preto (SP) que impede as pessoas de alimentarem pombos e define uma multa para quem infringir a norma. Segundo ela, há casos na cidade de quem alimente os animais à noite, em dias e horários alternativos, para fugir de um possível flagrante. Problema mundial – A multiplicação desenfreada de pombos é um problema mundial, principalmente nos grandes centros urbanos. A pesquisadora lembra que em países como a Itália, campanhas buscam controlar a natalidade dessas aves não apenas pelos riscos apresentados à saúde, mas também pelo mau cheiro em pontos turísticos, em função do excesso de fezes das aves. “Como bióloga, falo sempre a favor da vida. Existe uma importância deste ser vivo no convívio humano. Estando na origem deles, na área silvestre, eles são benéficos, comem insetos e contribuem para o controle de pragas. Há benefício quando eles estão no ambiente correto. O problema é saírem desse ambiente”, destaca Almeida. A bióloga considera os pombos um problema de saúde pública. “Os pombos passam a ter importância na cadeia epidemiológica de várias doenças”. Ela é taxativa em dizer que “onde há muitas aves, há muitas fezes, onde há muitas fezes, há muitos fungos, que são respirados, assim os pombos se manifestam como agentes de infecção.” (Fonte: Terra)

Pesquisadores tentam salvar o café das mudanças climáticas

Com um quarto da produção mundial, o Brasil é o maior produtor e exportador de café do planeta, e o consumo da bebida aumenta cada vez mais. Segundo o IBGE, a estimativa para o ano de 2013 no Brasil é de colher 47,8 milhões de sacas de 60kg de café, mais de 2 milhões de toneladas. No entanto, pesquisadores afirmam que as alterações no clima podem influenciar na produção do grão. Especialmente o café do tipo arábica, sensível a altas temperaturas, pode ter a produção seriamente prejudicada. Para evitar problemas no futuro, pesquisadores fazem simulações e tentam achar uma maneira de manter o cultivo, mesmo em situações adversas. Previsões pessimistas – O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estima que as temperaturas ao redor do globo podem subir de 1,8ºC a 4ºC até o final do século 21. O que, segundo especialistas, apresenta sérios desafios para a indústria cafeeira nas próximas décadas. No Brasil, o tipo café mais ameaçado é o arábica, que representa 73% do grão colhido no país. A temperatura ideal para este tipo de café é de 18ºC a 22ºC. De acordo com o professor Hilton Silveira Pinto, pesquisador e professor da Unicamp, o aumento de 1ºC na temperatura já implicaria na perda de cerca de 25% da produção. Isso porque se durante o florescimento das árvores houver um único dia de temperatura acima de 23ºC, a perda de flores é significativa. O professor comenta ainda que, nos últimos anos, em algumas regiões como São Paulo, foram registrados até 10 dias com temperaturas acima de 23ºC no período de setembro a outubro. Pinto explica que, numa previsão mais pessimista e extrema, em que o aumento da temperatura fosse de 3ºC – o que aconteceria entre 2030 e 2040 –, a queda na produção de café poderia chegar a 30 milhões de sacas. O que significaria uma quebra de safra de 90%, ou seja, 10,6 milhões de hectares de café a menos. Atualmente são produzidos cerca de 2 milhões de toneladas de café por ano. Com o aumento de 1ºC, esse número cairia para 1,54 milhão. Com 3ºC a mais, a produção seria de apenas 840 mil toneladas por ano. E num caso crítico, com 5,8ºC de aumento na temperatura, a produção cairia para 160 mil toneladas. Soluções encontradas – Para fugir das altas temperaturas, a solução encontrada pelos especialistas é ganhar altitude. Pinto diz que já se está perdendo café nas áreas mais baixas de Minas Gerais e São Paulo. No entanto, o Paraná está ganhando áreas para os cafezais, já que, com o aquecimento, em muitas regiões altas praticamente não há mais geadas. O pesquisador explica que as plantações são feitas agora em áreas acima de 650 metros, com temperaturas mais amenas, o que favorece também a qualidade do café. De acordo com o professor, em uma situação extrema, a saída seria mudar a região de plantio para Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas embora a temperatura venha a ser adequada, no Sul não ocorre o período de seca necessário para a secagem do café. Projeto piloto – Com o objetivo de capacitar produtores de café, sobretudo de base familiar, para reagir aos impactos das mudanças climáticas, foi criada em 2010 a iniciativa internacional Coffee & Climate (Café e Clima). O projeto está sendo executado em quatro países-chave para a cafeicultura: Brasil, Guatemala, Tanzânia e Vietnã. O Coffe & Climate criou uma série de práticas que ajudam os produtores rurais a buscar saídas contra a falta de água e o aumento da temperatura. Os produtores locais participam ativamente do projeto. “Nós desenvolvemos uma metodologia de triangulação de informações entre produtores rurais, extensionistas de campo, pesquisadores e cientistas para analisar os pontos convergentes em relação às alterações climáticas e buscar formas para atenuar ou se adaptar a esta mudança” diz Patrik Avelar Lage, coordenador do projeto no Brasil pela Fundação Hans Neumann. O Brasil é o primeiro país em que o projeto entrou em execução. De acordo com Lage, foram desenvolvidas no país oito práticas para monitorar e ajudar na adaptação às mudanças no clima. “A ideia é estabelecer unidades demonstrativas para colher informações sobre as novas práticas, como a utilização de mudas de café de um ano, em vez de mudas de seis meses. Assim, as raízes já estão mais profundas e reagem melhor às condições adversas do clima, como em períodos de seca”, diz. Segundo o coordenador, produtores rurais e líderes comunitários estão ajudando a monitorar o clima, ao registrar regularmente temperatura e precipitação local. “As estações de coleta de dados climáticos geralmente têm um nível muito abrangente, então nós identificamos produtores que podem fazer este monitoramento local”, diz Lage. Ele comenta que, pelos resultados obtidos, as oito práticas desenvolvidas no projeto podem ser uma boa saída para salvar as plantações das alterações climáticas. O projeto é desenvolvido em Minas Gerais, nos municípios de Perdões, Santo Antônio do Amparo, Lambari, São Francisco de Paula, Ribeirão Vermelho e Cana Verde. (Fonte: Terra)

Gestão do lixo - resíduos sólidos

Cada brasileiro produz 1,1 quilograma de lixo em média por dia. No País, são coletadas diariamente 188,8 toneladas de resíduos sólidos. Desse total, em 50,8% dos municípios, os resíduos ainda têm destino inadequado, pois vão para os 2.906 lixões que o Brasil possui. Em 27,7% das cidades o lixo vai para os aterros sanitários e em 22,5% delas, para os aterros controlados, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE). Apesar desse quadro, o Brasil alcançou importantes avanços nos últimos anos na opinião do diretor da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Silvano Silvério. “Para se ter uma ideia, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos aterros. Em 2008, esse número passou para 58%”, destacou ele. No mesmo período, o número de programas de coleta seletiva mais que dobrou. Passou de 451, em 2000, para 994, em 2008. A maior concentração está nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46% e 32,4% dos municípios informaram à pesquisa do IBGE que possuem coleta seletiva em todos os distritos. Política para o lixo A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto de 2010, disciplina a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros. A lei estabelece metas importantes para o setor, como o fechamento dos lixões até 2014 - a parte dos resíduos que não puder ir para a reciclagem, os chamados rejeitos, só poderá ser destinada para os aterros sanitários - e a elaboração de planos municipais de resíduos. Para garantir o cumprimento do que está estabelecido na PNRS, está em fase final de estruturação o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O Plano, que esteve em consulta pública até dezembro de 2011, deve ser finalizado no primeiro semestre de 2012, segundo Silvério. A socióloga Elisabeth Grimberg, coordenadora-executiva do Instituto Polis, que participou das audiências que definiram o texto, acredita na eficiência do Plano. “Ele será eficiente, pois foi construído de forma participativa e com metas desafiadoras”, afirma. De acordo com Grimberg, as novas responsabilidades definidas na PNRS reduzem gastos públicos municipais e ampliam a capacidade de investimentos das prefeituras em sistemas de reaproveitamento de resíduos de forma consorciada, assim como compartilhamento de aterros sanitários entre municípios de uma mesma região. A PNRS também define metas para a redução da geração de resíduos no País. “Para isso, é necessário investir em educação ambiental e assim mudar o comportamento da sociedade com relação a esse setor”, declarou o diretor de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Fontes: Campanha Separe o Lixo Lei 12. 305 http://www.resol.com.br/curiosidades/curiosidades2.php?id=3961&idnt=680

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Repelentes de insetos passam a ter novas normas

Normas para repelentes de insetos A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o uso de desenhos ou imagens de apelo infantil em embalagens de repelentes de insetos. Segundo a agência, o objetivo é evitar casos de intoxicação em crianças por uso indevido do produto. Os fabricantes poderão continuar utilizando cores e dizeres apropriados para distinguir o produto de uso adulto e o de uso infantil. A medida vale para todos os tipos de repelente, inclusive os menos tóxicos, à base de citronela. A ANVISA também anunciou que passar a ser obrigatória a impressão do número do Disque Intoxicação (0800 722 6001) nas embalagens de repelentes contra insetos. Outra mudança diz respeito aos rótulos dos produtos com o ingrediente conhecido como DEET. Neste caso, os repelentes deverão trazer um alerta específico para o uso em crianças, destacando que o produto não deve ser utilizado em menores de dois anos. O rótulo também deverá deixar claro que o produto não deve ser utilizado mais do que três vezes ao dia em crianças de dois a 12 anos. Gestantes e lactantes só devem usar repelentes de insetos sob orientação médica. As empresas com produtos no mercado terão 18 meses para zerar o estoque e passar a produzir as novas unidades de acordo com a nova determinação. Agência Brasil e Anvisa

População mundial deverá se estabilizar em 2050

Superpopulação humana A Terra não será devastada pela superpopulação humana. É o que garantem Félix Muñoz e seus colegas da Universidade Autônoma de Madri (Espanha). A equipe de Muñoz desenvolveu um modelo do crescimento da população global que concluiu a população mundial deverá se estabilizar por volta do ano 2050. E a estabilização deverá se dar em um número menor do que a população atual da Terra, ao redor dos 6 bilhões de pessoas - segundo as estimativas da ONU, a Terra possui hoje cerca de 7 bilhões de habitantes. Segundo os modelos da própria ONU, em 2100 a Terra poderá ter entre 15,8 bilhões e 6,2 bilhões de habitantes, dependendo do nível de fertilidade da população - alta fertilidade na primeira projeção e baixa fertilidade na segunda. Gaia A equipe considerou a Terra como um sistema fechado e finito, onde a migração de pessoas dentro do sistema não tem impacto e onde vale o princípio fundamental da conservação de massa - biomassa, neste caso - e energia. "Este é um modelo que descreve a evolução de um sistema de dois níveis em que há uma probabilidade de passar de um nível para o outro," diz Muñoz. Nesse princípio, as variáveis que impõem os limites superior e inferior da população são as taxas de nascimento e de mortalidade. Os dados têm mostrado um aumento na expectativa de vida da população, o que aponta para um maior número de habitantes. Por outro lado, as taxas de fertilidade têm caído sistematicamente ao longo das últimas décadas. O estudo produziu como resultado uma curva em formato de S deitado, com um ponto de inflexão nos anos 1980, quando a velocidade de crescimento populacional começa a declinar até se estabilizar, por volta de 2050. Mas pode ser que o declínio seja maior do que o modelo prevê. "Este trabalho é outro aspecto a ser levado em consideração no debate, embora não tenhamos lidado com as consequências significativas - econômicas, demográficas e políticas - que a estabilização e o envelhecimento da população mundial poderia acarretar," concluem os pesquisadores.http://www.diariodasaude.com.br/

Temperatura do corpo humano modifica vírus da dengue, diz estudo

Cientistas demonstraram nesta segunda-feira (8) que o vírus da dengue adquire formas diferentes dependendo do ambiente em que ele está. A descoberta deve ter implicações sobre a produção de vacinas contra a doença. A equipe de Michael Rossmann, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, analisou o vírus da dengue usando um microscópio especial que trabalha com diferentes temperaturas. Nele, observaram as transformações pelas quais o vírus passa. As conclusões do estudo foram publicadas pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências. Em temperatura ambiente, o vírus tem uma superfície lisa. Porém, quando a temperatura passa dos 33 graus, ele tende a ficar um pouco maior e a adquirir uma superfície irregular, que infecta mais facilmente o corpo dos mamíferos. Depois que a alteração ocorre, resfriar o vírus não o faz retomar a estrutura original. Na prática, isso quer dizer que o próprio corpo humano oferece ao vírus um ambiente no qual ele se torna mais nocivo. O corpo do mosquito fica em temperatura ambiente, geralmente abaixo dos 33 graus, onde o vírus tem a superfície menos agressiva. Porém, o corpo humano se mantém a uma temperatura em torno dos 37 graus e, desta forma, altera a estrutura do vírus – isso ocorreu em 96% dos casos na experiência conduzida por Rossmann. Assim, os autores do estudo apontam que a diferença estrutural deve ser levada em conta pelos cientistas que trabalham na elaboração das vacinas. Afinal, os anticorpos precisam se ligar ao vírus, e esse contato é feito na superfície do organismo. Até o momento, não existe uma vacina considerada eficaz e segura contra a dengue. Além do desafio em relação à estrutura do vírus, os cientistas precisam também levar em conta que existem quatro subtipos – cepas – diferentes, e que uma vacina deveria gerar proteção contra os quatro. (Fonte: G1)

Vaso sanitário brasileiro economiza 50% de água

A empresa brasileira Acquamatic criou um vaso sanitário que economiza mais de 50% da água. O sistema usa apenas 2 litros de água, enquanto os convencionais gastam de 6 a 10 litros. Segundo a fabricante, a novidade pode ajudar a revolucionar o setor. Isso porque um dos grandes vilões das grandes empresas e centros empresariais é o consumo de água, que além de custar caro, contribui para o uso desnecessário da água. Nesses ambientes, o banheiro é o local com o maior desperdício, com torneiras, duchas e vasos sanitários desregulados. O vaso usa um basculante que despeja os dejetos no canal de esgoto do edifício pela própria dinâmica da água, sem usar eletricidade. Tudo isso sem uso de sifonagem, método que usa um cano de plástico ou vidro com uma articulação capaz de escoar a água de um local para outro. Além de usar metade da água que um vaso sanitário comum desperdiça, o vaso é feito em ABS, matéria mais leve e durável do que a louça. Por ser produzido com um polímero resistente, não polui o meio ambiente durante a produção ou no descarte. O Projeto C.U.R.A, sigla para Consumo e Uso Racional da Água, idealizado pela Acquamatic, é uma concepção de Leonardo Sousa, atual diretor da empresa. Segundo o fabricante, a lista de clientes do projeto inclui Mercedes Benz, Johnson&Johnson, Porto Seguro, PUC, VIVO, Shoppings Centers, entre outros. (Fonte: INFO)

Paciente africano mostra caminho para vacina contra AIDS

Acompanhando um paciente africano desde os primeiros dias após a infecção pelo HIV, cientistas podem ter descoberto a rota para derrotar o vírus da AIDS. A chave para a descoberta foi uma pessoa da África, cuja infecção pelo HIV foi detectada apenas quatro semanas após a exposição ao HIV. A detecção foi tão precoce que os cientistas puderam observar o vírus antes que ele apresentasse as mutações típicas que usa para se esconder do sistema imunológico. Para sorte dos pesquisadores, o voluntário apresenta ainda uma característica que ocorre em apenas 20% dos HIV-positivos - um sistema imunológico capaz de produzir anticorpos com forte efeito neutralizador sobre o vírus. Ao monitorar o paciente, o Dr. Barton F. Haynes e seus colegas de várias instituições de pesquisa puderam verificar que as defesas raras, mas naturais do organismo do voluntário, atacavam partes vulneráveis da capa protetora do vírus.A melhor notícia é que essas partes vulneráveis permanecem no vírus mesmo depois que ele apresenta mutações, abrindo a possibilidade de criação de uma vacina que aumente a capacidade do corpo em neutralizar o HIV. Monitorando o vírus ao longo de suas mutações, os cientistas agora têm um roteiro detalhado da relação entre o HIV e o sistema imunológico, incluindo antígenos com um envelope externo especificamente selecionado para estimular a produção dos anticorpos neutralizantes. "O próximo passo é usar esta informação para criar envelopes virais sequenciais e testá-los em vacinas experimentais," disse o Dr. Haynes. http://www.diariodasaude.com.br/

Medicamento mostra eficácia contra vírus H7N9 da nova gripe aviária

H7N9 Depois de negar indícios iniciais de que o vírus H7N9 estaria sendo transmitindo entre humanos, autoridades chinesas agora anunciaram medicamentos que se mostraram eficazes contra a doença. O órgão de saúde do país (CFDA - China Food and Drug Administration) anunciou estar tendo bons resultados com a aplicação do medicamento peramivir diluído em solução salina. O peramivir - um inibidor de neuraminidase - é medicamento para gripe com eficácia para infecções dos tipos A e B - o vírus H7N9 pertence ao subtipo A da influenza. Segundo a autoridade chinesa, o medicamento, que tem aplicação intravenosa, é adequado para pacientes com gripe grave, que não pode ser tratada com medicamentos inaláveis ou tomados oralmente. As ações do fabricante do medicamento, a empresa norte-americana BioCryst, subiram 29% após o anúncio. Medicina chinesa A autoridade chinesa também cita em sua nota a importância do uso de medicamentos da medicina tradicional chinesa no tratamento dos primeiros sintomas da gripe, embora não associe nenhuma erva com os tratamentos do atual surto de H7N9. Em entrevista, o ministro da saúde do país citou como principal alternativa o composto conhecido como ban lan gen, um extrato fermentado da planta Isatis tinctoria L. Nova gripe aviária A Organização Mundial da Saúde afirma que não se trata de uma epidemia, confirmando informações das autoridades de saúde da China de que não há indícios de que o vírus H7N9 possa ser transmitido entre humanos, como chegou a se suspeitar inicialmente. O número de pessoas infectadas pelo H7N9 agora já chega a 18, com seis mortes. Para tentar estancar a transmissão de aves para humanos, a China interrompeu a comercialização de aves e produtos derivados na região afetada pelo surto, até agora limitado à região de Xangai. A maioria das pessoas identificadas com a nova gripe aviária apresentou sintomas de grave pneumonia, tais como congestão no peito, dificuldade de respirar, febre e tosse severa. Vírus H7N9 que só infectava aves sofre mutação e pode contaminar humanos A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que o vírus H7N9, que até então só afetava aves, sofreu mutações para uma forma capaz de infectar as pessoas. "Foi detectada uma mutação do vírus que permite a infecção em mamíferos", disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl. "Aparentemente a mutação facilita a infecção em humanos." Já são nove os casos confirmados pelas autoridades chinesas de pessoas infectadas pelo vírus H7N9, com três mortes. No entanto, o porta-voz da ONU disse que "não há qualquer prova" de contágio entre pessoas. Segundo ele, uma das probabilidades é que a infecção "seja ambiental". Se este for o caso, há uma chance de que a doença possa se esgotar e nunca sofrer mutação total para uma forma humana de gripe. Por outro lado, o porta-voz considerou de "moderada a alta" a possibilidade de novas infecções de humanos. As autoridades sanitárias chinesas não conseguiram estabelecer relações epidemiológicas entre os infectados associando os casos às áreas geográficas. Há estudos sobre dois casos de pessoas que mantiveram contatos com aves e dois com porcos. A possibilidade de os suínos serem a fonte de contágio não foi confirmada. O especialista Ab Osterhaus, do Erasmus Medical Centre (Holanda), que está analisando o DNA do H7N9, afirmou que as sequências genômicas mostram mutações genéticas que devem colocar as autoridades em alerta, justificando maior vigilância em animais e humanos. "O vírus de certa forma já se adaptou a espécies mamíferas e a seres humanos, então desse ponto de vista é preocupante", disse ele à agência Reuters. Os primeiros dados indicam que o H7N9 produz sintomas brandos nas aves, o que pode dificultar sua detecção. Contudo, segundo os especialistas, isto não significa que, ao atingir os humanos, o vírus produza apenas uma gripe leve - na verdade, os primeiros casos apresentam uma taxa de mortalidade muito elevada (30%). Outras cepas de gripe aviária, como a H5N1, têm circulado por muitos anos e podem ser transmitidas de ave para ave, e das aves para o ser humano, mas não de humano para humano. No ano passado, uma polêmica internacional envolveu o trabalho de dois grupos de cientistas que induziram mutações genéticas em laboratório que tornaram o vírus H5N1 transmissível entre mamíferos. Não há registro de trabalhos semelhantes com a nova cepa H7N9. Redação do Diário da Saúde

OMS diz que surto de gripe aviária na China não é motivo para pânico

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (8) que o surto de gripe aviária que já infectou 21 pessoas e matou seis no leste da China não é motivo para pânico. A entidade elogiou o governo chinês por mobilizar recursos em nível nacional para combater a gripe H7N9, o que inclui o abate de milhares de aves e o monitoramento de centenas de pessoas próximas aos contaminados. “Até agora, realmente só temos casos esporádicos de uma doença rara, e talvez continue assim. Então, esta não é hora de uma reação exagerada ou de pânico”, disse o representante da OMS na China, Michael O’Leary. A diretora da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Li Bin, disse no domingo estar confiante de que as autoridades conterão o vírus. “É um número relativamente pequeno de casos sérios com implicações médicas e de saúde pessoal, mas não há neste estágio implicações conhecidas para a saúde pública”, disse O’Leary a jornalistas numa entrevista coletiva conjunta com o governo chinês. Mas ele alertou que as informações sobre o vírus continuam incompletas. “Realmente não podemos depender das informações de outros vírus. O H7N9 é um vírus novo em humanos, e o padrão que ele segue não pode ser previsto pelos padrões que temos de outros vírus da influenza”, disse O’Leary. Não foram relatados casos do novo vírus fora da China, segundo ele. Ao todo, 621 pessoas que tiveram contato próximo com os 21 contaminados estão sendo monitoradas, sem demonstrar por enquanto sintomas de infecção, segundo o diretor do departamento de prevenção e controle do H7N9, Liang Wannian. “Nos últimos anos, tem havido enormes mudanças no nosso sistema nacional de epidemias, especialmente na nossa capacidade de reação a emergências sanitárias”, disse Liang. O surto da gripe aviária gerou preocupação global, e alguns jornais e usuários da internet chineses questionaram por que o governo demorou tanto para anunciar novos casos, especialmente porque duas das vítimas adoeceram em fevereiro. Ações de companhias aéreas caíram na Europa e em Hong Kong por causa do temor de que o novo vírus leve a uma epidemia como a da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), que surgiu em 2002 na China e matou um décimo das 8 mil pessoas contaminadas no mundo todo. Na época, as autoridades chinesas inicialmente tentaram acobertar o surto de Sars. O governo diz que, no caso do H7N9, levou tempo até identificar corretamente o vírus. (Fonte: G1)

Incidência de dengue no mundo pode ser o triplo do estimado, diz estudo

Um estudo publicado neste domingo estima que o número de pessoas infectadas com dengue por ano em todo o mundo seja mais de três vezes maior do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) acreditava. Neste artigo, publicado na versão online da revista “Nature”, a equipe internacional de pesquisadores reuniu dados de vários países afetados pela doença e criou um modelo de computador para estimar o número de pessoas infectadas. Eles concluíram que cerca de 96 milhões apresentam sintomas claros da doença, mas que até 300 milhões podem adquiri-la sem terem o diagnóstico confirmado por médicos. O total ficaria em aproximadamente 390 milhões de casos por ano, bem acima dos 100 milhões estimados pela OMS. O levantamento mostrou ainda onde ocorrem esses casos. A Ásia é o continente mais atingido, com 70% dos casos – a Índia sozinha reúne 34% das infecções. Outros 14% dos casos estão nas Américas, com destaque para o Brasil e para o México. O restante está na África, o que serve como um alerta. Geralmente, a doença não é considerada uma ameaça tão grande no continente porque os médicos não conseguem fazer muitos diagnósticos – em boa parte das vezes, a dengue é confundida com outras doenças que têm sintomas parecidos. A equipe de Samir Bhatt, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, afirmou que a descoberta deve ajudar na coordenação na prevenção da dengue, principalmente depois que os cientistas conseguirem elaborar uma vacina contra o vírus. Outro objetivo dos autores é ampliar a discussão sobre o impacto global da doença – apesar de presente no cotidiano brasileiro, a dengue não é muito conhecida na Europa e nos Estados Unidos. (Fonte: G1)

Calor liberado por oceanos pode agravar efeito estufa, diz estudo

Os efeitos da mudança climática podem se intensificar rapidamente se grandes quantidades de calor absorvidas pelos oceanos forem liberadas de volta para a atmosfera, afirmaram cientistas, depois de apresentarem uma nova pesquisa, apontando que os oceanos têm ajudado a mitigar os efeitos do aquecimento global desde o ano 2000. Gases de efeito estufa vêm sendo emitidos para a atmosfera em ritmo cada vez mais rápido. E os dez anos mais quentes desde que os registros de temperatura começaram a ser realizados ocorreram todos de 1998 em diante. Mas a taxa na qual a superfície da Terra está se aquecendo diminuiu um pouco desde o ano 2000, levando os cientistas a procurarem uma explicação para o fenômeno. Especialistas de França e Espanha afirmaram no domingo que os oceanos absorveram mais calor da atmosfera em torno do ano 2000. Isso ajudaria explicar a desaceleração do aquecimento global, ao mesmo tempo que sugere que a pausa pode ser apenas temporária. “A maior parte desse excesso de energia foi absorvida na camada submarina que vai até os 700 metros de profundidade na fase inicial desta pausa de aquecimento, 65% tendo sido absorvidos nas regiões tropicais dos oceanos Pacífico e Atlântico”, escreveram os pesquisadores na revista Nature Climate Change. A chefe da equipe de pesquisa, Virginie Guemas, do Instituto Catalão de Ciências de Clima, disse que o calor absorvido pode voltar à atmosfera na próxima década, acelerando novamente o aquecimento do planeta. “Se depender apenas das variações naturais, a taxa de aquecimento logo poderá aumentar”, alertou. Caroline Katsman, do Instituto Real de Meteorologia da Holanda, especialista que não esteve envolvida no estudo, afirmou que o calor absorvido pelo oceano vai voltar para a atmosfera como parte dos ciclos dos oceanos, como os fenômenos de aquecimento e de resfriamento do Pacífico, respectivamente chamados de “El Niño” e “La Niña”. Implicações econômicas – Ela ressalta que o estudo confirmou pesquisas anteriores realizadas por seu instituto, mas que é improvável que seja a única explicação para a pausa do aquecimento, já que só se aplica ao período inicial da desaceleração, em torno do ano 2000. O ritmo da mudança climática tem grandes implicações econômicas, já que quase 200 Estados concordaram em 2010 em limitar o aquecendo global para menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, principalmente através de medidas para limitar a queima de combustíveis fósseis. As temperaturas já subiram 0,8ºC. Dois graus já são amplamente reconhecidos como um limite que poderá causar mudanças perigosas,como mais secas, deslizamentos de terra, inundações e elevação dos mares. Alguns governos e os céticos do clima argumentam que a desaceleração da tendência de aquecimento é uma prova de que há menos urgência em agir. Os governos concordaram em cooperar para fechar até o final de 2015 um acordo global para combater as mudanças climáticas. O ano passado foi o nono mais quente desde que os registros começaram, em 1850, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial da ONU, e 2010 foi o mais quente, à frente de 1998. Fora 1998, os dez anos mais quentes ocorreram todos a partir de 2000. O estudo, baseado em observações e modelos de computador, demonstrou que os eventos climáticos naturais do fenômeno “La Niña” no Pacífico por volta do ano 2000 levaram águas frias à superfície que absorveram mais o calor do ar. Num outro conjunto de variações naturais, o Atlântico também absorveu mais calor. Turbulências – Outra pesquisa, realizada por cientistas britânicos, indica que as alterações do clima poderão provocar um aumento de turbulências em viagens transatlânticas. Segundo escrevem Paul Williams (University of Reading) e Manoj Joshi (University of East Anglia), na edição online da revista Nature Climate Change, a partir de meados deste século pode aumentar a ocorrência das chamadas “turbulências de ar claro”, ou seja, aquelas que ocorrem em um céu sem nuvens. Ao contrário das ocorridas perto de zonas atingidas por tempestades, tais turbulências são muito difíceis de serem previstas. Elas são causadas por correntes opostas de vento, através das quais até aviões de grande porte podem ser puxados abruptamente para cima ou para baixo. Em sua análise, os pesquisadores se limitaram à zona de voo sobre a metade norte do Atlântico Norte nos meses de inverno de dezembro a fevereiro. Usando simulações de modelos climáticos, eles calcularam que a ocorrência de turbulências na região poderá aumentar de 40% a 170% nos próximos 40 anos. Além de poderem se tornar de 10% a 40% mais fortes. Como consequência, empresas aéreas podem ser obrigadas a planejar novas rotas para seus voos, aumentando o consumo de combustíveis e a duração das viagens. (Fonte: Terra)

Poluição do ar reduz raios solares sobre o mar e afeta corais, diz estudo

Um estudo publicado neste domingo (7) aponta que a poluição do ar pode ter influência direta sobre os recifes de corais porque reduz a incidência de raios solares sobre o oceano, o que desequilibra os ecossistemas marinhos. A pesquisa foi liderada por Lester Kwiatkowski, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e publicada na edição online da revista “Nature Geoscience”. Pequenas partículas de carbono suspensas no ar, que podem vir tanto de erupções vulcânicas quanto da queima de combustíveis fósseis, refletem de volta a luz solar. Desta forma, as nuvens ficam mais brilhantes, mas menos luz do sol chega ao mar. Com menos luz, as algas que fazem fotossíntese acabam produzindo menos energia, o que afeta a cadeia alimentar marinha. Isso começa pelos corais, que, apesar de formarem estruturas fixas no fundo do mar, são animais e dependem da energia produzida pelas algas. Dessa forma, a redução da quantidade de luz no mar enfraquece os corais. Os recifes de corais servem de abrigos para vários outros animais marinhos e proporcionam diversos ecossistemas no oceano. Assim, tudo que os afeta também pode pôr em xeque todo o equilíbrio da vida marinha. Esta não é a única maneira como as emissões de carbono ameaçam os corais. Quando a concentração de CO2 aumenta na atmosfera, a água do mar tende a ficar mais ácida, o que torna os esqueletos dos corais quebradiços, conforme já mostraram estudos anteriores. (Fonte: G1)

Estrago causado por meteorito na Rússia poderia ser muito pior

Usando uma variedade de vídeos colaborativos, informações provenientes do Google Earth e dados de sensores que servem para a interdição de testes nucleares, cientistas obtiveram uma imagem muito mais precisa da queda do meteorito perto da cidade russa de Chelyabinsk em 15 de fevereiro. O que fica mais claro, porém, é que mesmo que Chelyabinsk não tenha conseguido exatamente escapar do meteorito, a cidade teve sorte de ter sido atingida apenas de raspão por ele. “O povo de Chelyabinsk teve muita sorte”, disse Edward Lu, ex-astronauta que atualmente chefia a Fundação B612, uma iniciativa privada dedicada a detectar asteroides desse mesmo tipo, em uma audiência realizada na semana passada no Congresso dos Estados Unidos sobre as ameaças vindas do espaço. O meteorito russo – que, de acordo com as últimas estimativas, tinha cerca de 18 metros de diâmetro e chegou ao espaço aéreo sem ser detectado a cerca de 67 mil quilômetros por hora – estava a quase 25 quilômetros de altura quando explodiu. Não houve mortes, e a maioria das 1.500 pessoas machucadas se feriu com pedaços de vidro, quando janelas se quebraram após uma onda de choque atingir a cidade 88 segundos depois. “Se ele tivesse explodido mais perto da terra, teria sido pior”, disse Margaret Campbell-Brown, membro de uma equipe de pesquisadores da Universidade do Oeste de Ontario que analisou a órbita do meteoro e as características da explosão. O que também ajudou foi o fato de que o meteoro era pedregoso – o que os cientistas chamam de condrito ordinário – e não um mais raro de ligas de ferro e níquel, caso em que ele poderia ter chegado ao solo antes de explodir. A explosão envolveu a maior bola de fogo vista desde o evento de Tunguska, ocorrido em 1908, e à medida que vídeos provenientes de sistemas de vigilância, de câmeras montadas em automóveis e gravados por celulares começaram a ser rapidamente publicados na Internet, ficou evidente que essa explosão seria estudada como nenhuma outra, com cientistas e blogueiros amadores se apressando para analisar as imagens. O evento de Tunguska ficou marcado pela explosão do que geralmente se acredita ser um meteorito sobre uma parte remota da Sibéria central. Esse objeto pode ter entrado na atmosfera em um ângulo mais inclinado que o de Chelyabinsk – que ficou a um ângulo de menos de 20 graus em relação à horizontal – e explodiu a cerca de oito quilômetros acima do solo. A altitude mais baixa, assim como a maior dimensão da rocha de Tunguska, ajuda a explicar por que ela teve um impacto muito maior, aplainando árvores em uma área do tamanho da região metropolitana de Washington. A equipe canadense calculou que a energia liberada na explosão de Chelyabinsk teve o equivalente a cerca de 440 quilotons de TNT, ou cerca de 30 vezes a potência da bomba de Hiroshima. Esse cálculo foi feito com a ajuda de dados de uma rede de sensores acústicos criados para monitorar o cumprimento do tratado de interdição dos testes de armas nucleares. Há cerca de 45 desses sensores em todo o mundo, detectando os chamados infrassons a frequências bem abaixo das captadas pela audição humana. Thomas Muetzelburg, porta-voz da Comissão Preparatória da Organização do Tratado de Interdição Completa de Testes Nucleares, sediada em Viena, disse que a explosão foi detectada por mais de 20 dos sensores, incluindo um baseado na Antártica, a cerca de 16 mil quilômetros de Chelyabinsk. Sons de baixa frequência não se dissipam facilmente, motivo pelo qual alguns dos detectores captaram a explosão mais de uma vez, já que o som deu a volta ao mundo várias vezes. Com o conhecimento da energia e informações sobre o quão rápido o meteoro estava se deslocando, os pesquisadores puderam calcular a massa do meteoro: cerca de 11 mil toneladas. “Tudo se resume à energia cinética desse corpo”, que está relacionada com sua massa e velocidade, disse Richard P. Binzel, cientista planetário do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O meteoro tem certa quantidade de energia ao entrar na atmosfera, disse Binzel. Assim que ele atinge o ar, começa a desacelerar rapidamente e, em seguida, o diferencial de pressão entre o ar superpressurizado na frente e o ar menos pressurizado na parte de trás faz com que a rocha se parta violentamente. “Toda essa energia cinética tem de ser liberada”, disse ele. Apenas pequenos fragmentos do meteoro atingiram a terra, e alguns foram levados para laboratórios nos Estados Unidos, incluindo o Instituto de Magnetismo de Rochas da Universidade de Minnesota, onde um cientista russo está estudando suas propriedades magnéticas. Como outras equipes, os pesquisadores canadenses usaram imagens em vídeo do percurso que o meteoro seguiu de leste a oeste sobre Chelyabinsk, a fim de ajudar a calcular sua trajetória e órbita. Como a explosão ocorreu à luz do dia, Campbell-Brown disse que eles pediram a um colega que estava na área para tirar fotos noturnas dos mesmos locais. Ao sobrepor as imagens da trajetória do meteoro às imagens da noite estrelada, os pesquisadores devem conseguir traçar com ainda mais precisão o caminho que ele percorreu. Por enquanto, porém, essa e outras equipes, incluindo uma da Universidade de Antioquia, em Medellín, na Colômbia, concordam que o meteoro se originou na parte interna do cinturão de asteroides, em uma órbita regular e inofensiva ao redor do sol, entre Marte e Júpiter. Não se sabe como ele veio a assumir uma órbita irregular, que cruzou a Terra, mas como outros objetos que passam pela Terra, ele provavelmente sofreu influência da gravidade de Júpiter ou outro planeta em algum momento. Em seguida, circundou o Sol por completo a cada 18 meses em uma órbita altamente excêntrica – mais de 2 1/2 vezes a distância da Terra ao Sol em seu ponto mais afastado, perto da órbita de Vênus em seu ponto mais próximo – antes de atingir a atmosfera da Terra. Jorge Zuluaga, membro do grupo colombiano, disse que foi inspirado pelo trabalho feito logo após o evento por Stefan Geens, um blogueiro de Estocolmo. Geens utilizou vários vídeos – incluindo um feito com uma câmera na Praça da Revolução, no centro de Chelyabinsk – para triangular a trajetória. O vídeo não mostra a explosão diretamente, mas sim as sombras dos postes de luz (e de uma enorme estátua de Lênin) que se moviam assim como a sombra de um relógio de sol à medida que a bola de fogo cruzava o céu. Usando o Google Earth, é fácil identificar as coordenadas da câmera que estava na Praça da Revolução e de outras. Zuluaga disse que sua equipe, que incluiu Geens como coautor em sua mais recente publicação, está trabalhando para aprimorar seus cálculos por meio, entre outras coisas, do conhecimento da ótica das câmeras de vídeo. “Estamos tentando entender a distorção com a qual estamos lidando”, disse ele. Zuluaga acredita que mais cedo ou mais tarde será possível reconstruir a órbita da rocha com tanta precisão que os pesquisadores podem conseguir detectá-la retroativamente, debruçando-se sobre imagens de telescópios que mapeiam o céu, feitas na última vez que ele transitou nas proximidades da Terra. “Poderemos então atribuir-lhe um nome”, disse ele. “Como se trata de um asteroide morto, ele ainda não tem nome”. Além de ajudar os cientistas a identificarem o percurso do meteoro, os vídeos que foram postados na Internet contribuíram para aumentar o interesse em projetos de detecção de asteroides antes que eles atinjam a Terra. Em entrevista realizada após seu depoimento ao Congresso, Lu disse que a sua fundação, que quer colocar em órbita um telescópio financiado pela iniciativa privada dentro de cinco anos, passou a receber bem mais doações desde a explosão. “Foi um evento que tornou a queda de meteoros mais real para as pessoas”, disse ele. “Nada como uma centena de vídeos do YouTube para fazer isso.” (Fonte: Portal iG)