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sábado, 29 de agosto de 2009

ABC da Alimentação Saudável

Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se dividem em:

macronutrientes:

carboidratos, proteínas e lipídeos;

micronutrientes:

vitaminas e sais minerais.

Carboidratos

De uma forma geral, todos os grupos de alimentos exceto as carnes, os óleos, as gorduras e o sal, possuem carboidratos. Estes podem ser:

Simples:
Como os açúcares e o mel: Os açúcares simples não são necessários ao organismo humano, pois apesar de ser fonte de energia, esta pode ser adquirida por meio dos carboidratos complexos. Sendo assim, é importante diminuir as quantidades de açúcares simples adicionados aos alimentos.

Complexos:
Presentes principalmente nos cereais (arroz, pão, milho), tubérculos (batata, beterraba) e raízes (mandioca, inhame), os quais representam a mais importante fonte de energia e, por esta razão, recomenda-se o consumo de seis porções diárias desse tipo de alimento, o que representa em torno de 60% do total de calorias ingeridas.

Fibras

Uma alimentação saudável deve incluir os carboidratos complexos e fibras alimentares em maior quantidade do que os carboidratos simples. Na sua forma integral, a maioria dos alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, verduras e legumes contêm fibras, as quais são benéficas para a função intestinal, reduzem o risco de doenças cardíacas, entre outros diversos benefícios. A quantidade de fibras na alimentação é uma medida de uma alimentação saudável.
As frutas, legumes e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, necessitando-se consumir, diariamente, três porções de frutas e três porções de legumes e verduras. É importante variar o consumo desse tipo de alimento, tendo em vista que o consumo regular e variado, juntamente com alimentos ricos em carboidratos menos refinados (pães e arroz integrais), oferecem quantidade significante de vitaminas e minerais, aumentando a resistência a infecções. Além das vitaminas e minerais, as verduras e os legumes também contêm componentes bioativos, alguns dos quais especialmente importantes para a saúde humana, podendo reduzir o risco de doenças, inclusive as doenças cardíacas e o câncer.

Proteínas

Origem vegetal:
Leguminosas como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, são alimentos fundamentais para saúde, por serem um dos alimentos vegetais mais ricos em proteínas. Entretanto, estas proteínas são consideradas incompletas, ao contrário das proteínas de origem animal, necessitando então, de combinações de alimentos que completem entre si os aminoácidos, tornando-se combinações de alto valor protéico como, por exemplo, a combinação de duas partes de arroz para uma parte de feijão.
Origem animal:
Carnes, leite e derivados, aves, peixes e ovos são proteínas completas, ou seja, contêm todos os aminoácidos de que os seres humanos necessitam para o crescimento e manutenção do corpo. São também, entre outros nutrientes, importantes fontes de proteína de alto valor biológico sendo, assim, necessário o consumo diário de três porções de leites e derivados e de uma porção de carnes, peixes ou ovos.
As carnes selecionadas para o consumo devem ser aquelas com menor quantidade de gordura (magras, sempre retirando as peles e gorduras visíveis), sendo consumidas moderadamente, devido ao alto teor de gorduras saturadas e colesterol.

Ferro e Cálcio

As carnes em geral, principalmente os miúdos e vísceras, possuem alta biodisponibilidade de ferro, ou seja, a quantidade de ferro ingerida que será efetivamente utilizada pelo organismo é significativamente grande. O leite e seus derivados, além de fonte de proteínas e vitaminas, são as principais fontes de cálcio da alimentação. Este nutriente é fundamental para a formação e manutenção óssea ao longo da vida, prevenindo futuras complicações como a osteoporose.

Gorduras

Lipídeos:
As gorduras são de diferentes tipos, e podem ou não ser prejudiciais à saúde, dependendo do tipo de alimento. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado. As gorduras trans que são obtidas pelo processo de industrialização dos alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais, são prejudiciais à saúde. O consumo excessivo deste tipo de alimento pode acarretar doenças cardiovasculares, excesso de peso, obesidade, entre outras. As gorduras insaturadas, presentes nos óleos vegetais, não causam problemas de saúde, exceto se forem consumidas exageradamente. São fontes de ácidos graxos essenciais, ou seja, podem ser produzidos pelo organismo, sendo assim necessárias para a manutenção da saúde.
Colesterol:
O colesterol é uma gordura que está presente apenas em alimentos de origem animal, e é componente estrutural de algumas partes do organismo humano, sendo ele capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades metabólicas, não sendo indicado o consumo desse composto. O alto consumo deste pode acarretar doenças cardiovasculares.

Sal

O sal de cozinha - cloreto de sódio - utilizado como tempero e conservação de alimentos, contém sódio em sua composição, bem como outro tempero atualmente muito utilizado, o glutamato de sódio - este mineral quando consumido em excesso é prejudicial à saúde. Sendo assim, recomenda-se a redução no consumo de alimentos com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos, entre outros.

Água

A água é um nutriente indispensável ao funcionamento do organismo; a ingestão de, no mínimo, dois litros diariamente é altamente recomendada. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo regulação da temperatura, transporte de nutrientes e eliminação de substâncias tóxicas. Recomenda-se a ingestão de 6 a 8 copos de água por dia.

Atividade Física

É muito importante a prática de exercícios físicos regularmente, aliada a uma alimentação saudável, o que previne o sobrepeso e a obesidade, além de trazer benefícios para saúde mental e emocional. As pessoas fisicamente ativas são profissionalmente mais produtivas, e desenvolvem maior resistência a doenças.
Para ter uma vida saudável, associe sempre uma alimentação equilibrada, com o consumo de água e a prática de atividades físicas regularmente.
Assegurando, assim, o aumento da imunidade, o peso ideal e a prevenção de doenças.

Fonte:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?650

Quem toma Tamiflu terá de ser monitorado, alerta Anvisa

29 / 08 / 2009

Casos de gripe voltam ao normal no hemisfério sul, diz OMS
Todos os pacientes que tomam o medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir) terão de ser monitorados e as autoridades médicas notificadas quanto a possíveis reações alérgicas. A obrigatoriedade do monitoramento foi decidida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em medida publicada ontem no Diário Oficial da União. A medida tem por objetivo ampliar as informações sobre a segurança da medicação durante a pandemia de Influenza A (H1N1), a gripe suína.
No dia 12 de agosto, o órgão havia decidido que grávidas e crianças tivessem acompanhamento especial. De acordo com a Anvisa, o monitoramento e a notificação de qualquer evento adverso será "compulsório".
O acompanhamento será feito pelo médico e/ou pelo serviço de saúde e é uma necessidade pelo fato de se tratar de uma doença nova.

(Fonte: Estadão Online)

Vírus da gripe suína já é dominante no mundo, diz OMS

29 / 08 / 2009

Casos de gripe voltam ao normal no hemisfério sul, diz OMSA Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que o vírus da gripe suína agora é a variedade de vírus de gripe dominante na maior parte do mundo.

De acordo com um comunicado no site da organização, provas recolhidas em vários locais onde ocorreram epidemias do vírus A (H1N1) mostraram que ele proliferou rapidamente."O monitoramento pela rede de laboratórios da OMS mostra que o vírus, em todos os locais onde há surtos, permanece virtualmente idêntico. Estudos não detectaram sinais de que o vírus tenha sofrido mutações para uma forma mais perigosa ou fatal", informou a OMS em seu site."A grande maioria dos pacientes continua sofrendo de uma doença leve. Apesar de o vírus poder levar a uma doença muito grave e fatal também em pessoas jovens e saudáveis, o número de casos assim permanece pequeno.
"A OMS também advertiu que "a pandemia vai persistir nos próximos meses enquanto o vírus continua se movendo entre as populações suscetíveis".
Segunda onda - Em sua declaração, a OMS afirma há o risco de uma segunda grande onda de contaminação pelo vírus da gripe suína.
"Países de clima tropical, onde o vírus da pandemia chegou mais tarde, também precisam se preparar para um aumento do número de casos.
"Países nas partes temperadas do hemisfério sul devem permanecer atentos. (...) Locais restritos com aumento de transmissão podem continuar surgindo mesmo quando a pandemia já tiver atingido seu auge no nível nacional.
"A OMS também alertou que grandes números de pessoas em todos os países continuam suscetíveis à doença e que, mesmo se o padrão de uma doença menos grave continuar, o impacto da pandemia durante a segunda onda pode ser pior.
"Números maiores de pessoas gravemente doentes, que precisam de cuidados intensivos, poderão se transformar no problema mais urgente para os serviços de saúde, criando pressões que podem sobrecarregar unidades de terapia intensiva e possivelmente prejudicar o fornecimento de tratamento para outras doenças.
"A organização acrescentou que, como boa parte dos dados atuais a respeito da pandemia de gripe suína vem de países mais ricos, a situação nos países em desenvolvimento precisará ser monitorada com muita atenção.
"O mesmo vírus que causa problemas gerenciáveis em países ricos pode ter um impacto devastador em muitas partes do mundo em desenvolvimento", informou a organização em sua declaração.

(Fonte: Estadão Online)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vinho tinha uso medicinal há 5 mil anos

Vinho e saúde

Enquanto hoje se tenta entender se o vinho faz mesmo bem ao coração, particularmente por ser uma rica fonte de antioxidantes, há milhares de anos uma antiga civilização não tinha dúvidas. E ainda caprichava no tipo da bebida, ao acrescentar certos compostos para ampliar suas propriedades.

Em estudo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores norte-americanos descrevem a descoberta de evidências de que os antigos egípcios tratavam vinho com ervas medicinais.
Na Antiguidade, o Egito era conhecido como um dos grandes centros também na questão da saúde, com uma extensa farmacopeia de produtos orgânicos que eram usados para tratar doenças e ferimentos.

Compostos fitoterápicos

Patrick McGovern e seus colegas da Universidade da Pensilvânia analisaram resíduos encontrados em um jarro datado em 3150 a.C., descoberto na tumba de um rei que precedeu a primeira dinastia dos faraós, Escorpião 1º, do Alto Egito. Por meio de métodos biomoleculares, os pesquisadores identificaram marcadores para uva e compostos fitoterápicos.
Segundo eles, o jarro foi impregnado com ervas, entre as quais bálsamo, menta, coentro e sálvia, além de resina de pinheiro. A análise de uma outra peça, uma ânfora produzida entre os séculos 4 e 6 a.C. e encontrada em uma tumba no sítio arqueológico de Gebel Adda, também mostrou a presença de alecrim e de resina de pinheiro.
Estudos anteriores, menos precisos por não terem usado métodos biomoleculares, haviam apontado a presença de vinho em jarros. A nova pesquisa confirma a utilização e, portanto, a produção da bebida pelos egípcios há mais de 5 mil anos.

Remédios medicinais orgânicos

"Os resultados [da pesquisa] fornecem evidência química de remédios medicinais orgânicos no Antigo Egito, até então apenas documentada de maneira não conclusiva em papiros datados em 1850 a.C.", afirmaram os pesquisadores.
"O estudo ilustra como os humanos pelo mundo, provavelmente há milhões de anos, têm explorado seus ambientes naturais em busca de remédios herbais efetivos, cujos compostos ativos apenas recentemente começaram a ser isolados por técnicas analíticas modernas", destacaram.

Agência Fapesp

Alimentos apresentam níveis de agrotóxicos acima do permitido

Pimentão, o vilão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou 1.773 amostras de 17 alimentos em todo o país em busca de contaminação com agrotóxicos. O pimentão foi considerado o alimento que apresentou pior resultado, com 65% das amostras com índices insatisfatórios.
A Anvisa considera o resultado insatisfatório quando o alimento apresenta índices de resíduos agrotóxicos acima dos permitidos, ou quando detecta que foram usados venenos proibidos para aquele tipo de cultura.

Agrotóxicos nos alimentos

Morango, uva e cenoura também apresentaram resultados insatisfatórios, acima de 30% das amostras. Já o arroz e o feijão tiveram bons resultados, com 4,41% e 2,92% das amostras insatisfatórias, respectivamente.
Manga, batata, banana, cebola e maçã estão entre os que apresentaram os menores índices de contaminação, sempre abaixo de 4%.
O tomate também reduziu a quantidade de agrotóxicos encontrados nas amostras, de 44,72% em 2007, para 18,27% em 2008. Mesmo assim, ele ainda está acima da média geral de irregularidades encontradas nos alimentos, que foi de 15,29%.
Os resultados representam uma média nacional, o que significa que os alimentos não apresentam estes índices de contaminação em todo o país.
A Anvisa alertou ainda para o fato de que foi detectado uso de agrotóxicos proibidos em todas as amostras.

Dicas para minimizar os problemas

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que ele próprio já cortou o consumo de alguns dos alimentos com maiores índices de contaminação e que a população deve dar preferência aos produtos da época, que necessitam de menos pesticidas na hora de serem produzidos.
"Eu mesmo já cortei [esses alimentos]. Agora, vai do critério de cada um. E a dica e esta: use produtos da época", disse.
O ministro lembrou ainda que as frutas e hortaliças devem ser bem lavadas e as folhas externas dispensadas.
Temporão assinalou também que os resultados servem de alerta tanto para a população quanto para os próprios produtores, para que eles sigam as regras da vigilância sanitária.
Ranking indesejado
O Brasil é o país que mais consome produtos agroquímicos no mundo. Os agrotóxicos respondem por um mercado que movimentou, no ano passado, R$ 12,7 milhões.
Os agrotóxicos também são responsáveis pela segunda maior causa de intoxicação da população no Brasil, perdendo apenas para as intoxicações por medicação. Esses produtos também podem causar problemas hormonais, reprodutivos e câncer.
Redação do Diário da Saúde

O tempo é aquilo que nós fazemos dele

Percepção do tempo

Fale com qualquer pessoa sobre um projeto que ela estiver conduzindo e a principal preocupação que você ouvirá será "O tempo não será suficiente para terminar."
Mas, em vez de tempo, talvez o que essa pessoa precise seja uma mudança na sua própria percepção.

"Nossa pesquisa mostrou que não é necessariamente a pressão do tempo, mas é a percepção da pressão do tempo que afeta você," explica Michael DeDonno, pesquisador em psicologia da Universidade Case Western (Estados Unidos). "Se você sente que não tem tempo suficiente para fazer algo, isso o afetará."

Informações sobre o tempo

DeDonno pesquisou 163 profissionais que passavam por um teste de avaliação psicológica para analisar o efeito da percepção da pressão do tempo sobre uma tarefa de aprendizagem. Seu estudo, o primeiro a estudar a relação entre a percepção da pressão do tempo e o desempenho no teste, foi publicado na revista Judgment and Decision Making.

Ele dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro foi informado de que o tempo dado para a tarefa seria insuficiente, e o controle de controle, que foi informado de que o tempo era suficiente. Na realidade, os dois grupos tinham tempo suficiente para fazer a tarefa.
Ao longo da tarefa, cada um dos dois grupos foi sendo quebrado em subgrupos, com um dos subgrupos recebendo menos tempo de fato, sem qualquer aviso, para pensar nas tarefas.

Tempo e desempenho

Os resultados mostraram que o participantes que foram alertados que não teriam tempo suficiente saíram-se pior do que aqueles que tinham a informação de que o tempo era o bastante para a realização da tarefa, independentemente do tempo real alocado a cada um.
"Seu eu lhe digo que você não tem tempo suficiente, seu desempenho será ruim tenha você tempo bastante ou não. Se lhe disser que você tem o tempo necessário, nos dois cenários (tendo de fato ou não), você se sairá melhor do que aqueles que pensam que não têm tempo," diz DeDonno.

Como evitar a pressão do tempo

Embora ainda fique por ser explicado exatamente por que a percepção do tempo afeta o desempenho, DeDonno afirma que há formas de combater esse efeito.
"A tomada de decisão pode ser baseada em emoções, assim, mantenha suas emoções sob controle. Tenha confiança na quantidade de tempo que você tem para desempenhar sua tarefa. Tente focar na tarefa e não no tempo. Nós não controlamos o tempo, mas podemos controlar nossa percepção. É incrível o que você consegue fazer em um período muito limitado de tempo," diz o psicólogo.

"O tempo é relevante. Simplesmente tenha confiança no tempo que lhe foi dado. Eu sempre digo aos meus alunos: 'Faça o melhor que puder no tempo dado. Quando ele acabar, ele acabou.'", conclui o pesquisador.
Redação do Diário da Saúde

Consumo de frutas e hortaliças diminui risco de doenças crônicas

Consumo de frutas, legumes e hortaliças

Pesquisadores da Embrapa querem estimular no brasileiro o hábito de comer frutas e hortaliças que, atualmente, está muito abaixo do total recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por pessoa, no mínimo, por dia. O consumo médio por brasileiro é de apenas um terço dessa quantidade recomendada pela entidade.
Para isso, a Embrapa Agroindústria de Alimentos desenvolveu um projeto de promoção do consumo de frutas, legumes e hortaliças (FLV). A coordenadora do projeto, Virginia Matta, informou que o projeto pretende estimular o consumo desses alimentos por meio da distribuição de livretos educativos, em uma ação que abrange as famílias, escolas e creches, pontos de venda e empresas.

Benefícios de vegetais e frutas

Virginia Matta disse que a população brasileira, de um modo geral, ainda não percebeu os benefícios que a ingestão de frutas e hortaliças traz para a saúde. "É preciso levar às pessoas o conhecimento de como é fundamental, cada vez mais, o consumo de frutas, legumes e verduras para a promoção e a manutenção da saúde". O projeto FLV busca promover uma mudança de hábito no brasileiro.

Segundo Virginia, a ingestão desses alimentos protege o organismo contra deficiências de vitaminas e minerais e aumenta a resistência às infecções. "Hoje já se sabe que esse é um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis, as doenças crônicas, como doença cardiovascular, diabetes, obesidade e alguns tipos de câncer. O não consumo ou o consumo abaixo do recomendado é um dos dez principais fatores de risco para essas doenças. Se você não consome, está mais sujeito a essas ocorrências", revelou.

Educação alimentar

Com base na última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Virginia afirmou que o consumo de frutas e hortaliças é baixo em todo o país, independente da classe de renda. "A gente sabe que a diferença é maior nas classes mais baixas. Mas mesmo as classes média e alta têm consumo ainda abaixo do recomendado". Isso decorre principalmente da falta de hábito e de um problema de desinformação, explicou.

O projeto, chamado Construção de uma estratégia de intervenção em nível local para a promoção do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV), engloba três livretos, que são dirigidos aos professores, agentes de saúde e gestores escolares. Uma das dicas apresentadas é substituir no consumo de sopas, no dia a dia, parte da batata, inhame e aipim por chuchu, cenoura, couve e abobrinha. Os pesquisadores sugerem também que se reduza a quantidade de sal e de temperos prontos nos alimentos, trocando-os por limão e ervas, entre as quais a salsa, cebolinha, manjericão e orégano.
Alana Gandra - Agência Brasil

Saúde do homem era negligenciada no Brasil, diz Ministro

Homens esquecidos

Ao participar do lançamento da Política Nacional de Saúde do Homem, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou hoje (27) que a ausência de ações na área "incomodava há muito tempo", além de ter sido "negligenciada".
"Temos política de saúde para qualquer coisa que se possa imaginar, mas não para os homens, que vivem uma situação bastante delicada do ponto de vista da mortalidade", disse. Dados do Ministério da Saúde indicam que, a cada três adultos que morrem no país, dois são homens. "Decidi enfrentar esse desafio bastante complexo", afirmou o ministro.

Medo da doença

Para Temporão, os homens têm medo de descobrir que estão doentes. "Eles acreditam que nunca vão adoecer e não se cuidam", avaliou. O ministro reconheceu que o lançamento de um pacote de ações específicas para os brasileiros representa um "desafio" para o sistema de saúde pública, porque vai exigir mudanças estruturais.
"É preciso que o sistema esteja mais sensível. É um desafio também para os gestores estaduais e municipais, para pensarem em estratégias. É preciso que enfermeiras e médicos estejam mais atentos e tenham um olhar diferenciado."

Homens vulneráveis

O secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, acredita que o plano faz uma espécie de "resgate do compromisso" de destacar a atenção à saúde masculina. Ele lembrou que o homem apresenta "peculiaridades" que o colocam em uma posição "vulnerável".
"Os homens têm mais doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, cânceres, colesterol elevado, diabetes, hipertensão. O quadro de morbidades é maior do que o das mulheres e eles são mais resistentes a procurar ajuda. Têm medo de descobrir a doença em função de serem provedores do lar", destacou o ministro.

Políticas integrais

O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Diego Victoria, disse que reconhece no Sistema Único de Saúde (SUS) "uma série de fatores que outros sistemas de saúde têm que aprender".
"Esse lançamento é o maior compromisso que poderíamos ter. A regulamentação de políticas integrais e substantivas para o homem é um marco. Há uma completa harmonia de prioridades, dando o exemplo de políticas que garantem na prática a universalização do acesso à saúde."
Política Nacional de Saúde do Homem
A meta da Política Nacional de Saúde do Homem é que 2,5 milhões de brasileiros com idade entre 20 e 59 anos procurem o serviço de saúde pelo menos uma vez ao ano. O pacote de medidas, denominado Política Nacional de Saúde do Homem, prevê o aumento de até 570% na realização de procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como a vasectomia.
Dados do ministério revelam que as brasileiras são submetidas ao dobro de cirurgias de esterilização em comparação aos homens. O número de laqueaduras, por exemplo, passou de 58.397 para 61.747 de 2007 para 2008. No mesmo período, as vasectomias caíram de 37.245 para 34.617.

Prevenção para homens

A estratégia do plano é superar obstáculos que impedem os homens de frequentar os consultórios médicos. Na maioria das vezes, segundo o ministério, eles só procuram o serviço de saúde quando a doença já está em estágio avançado. "Em vez de serem atendidos no posto de saúde, eles precisam procurar um especialista, o que gera maior custo para o SUS [Sistema Único de Saúde]", afirma uma nota oficial do Ministério.
O ministério alerta que a não adesão dos homens às medidas de saúde integral leva ao aumento de doenças e também da mortalidade. Do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos, 68% são de homens. Isso significa que, a cada três adultos que morrem no Brasil, praticamente dois são do sexo masculino.
Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,2 para 68,9 anos de 1991 para 2007, ainda é 7,6 anos abaixo da média das mulheres.
A Política Nacional de Saúde do Homem vai receber um investimento total de R$ 613,2 milhões até 2011 - R$ 105,6 milhões em ações para aumentar o número de vasectomias, de ultrassonografia de próstata e de cirurgias para doenças do trato genital masculino.

Fonte: Paula Laboissière - Agência Brasil

Atividades físicas alteram sensação de fome diretamente no cérebro

Corpo e cérebro

A atividade física é capaz de restaurar a sensibilidade dos neurônios envolvidos no controle da saciedade, o que pode contribuir para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso corporal.
Essa é uma das conclusões de um estudo coordenador por Eduardo Rochete Ropelle, pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Obesidade e Diabetes.

Benefício duplo

O trabalho aponta evidências de que mamíferos obesos apresentam falhas na transmissão de sinais em neurônios que controlam a saciedade. Essas falhas podem ser determinantes para a prevalência da obesidade. Até então se achava que o exercício físico aumentaria o gasto energético e que, apenas por isso, provocaria a diminuição do peso.
"O papel do exercício pode ir além da simples queima de calorias. Pode causar uma melhora no sistema nervoso, controlando a saciedade e diminuindo o apetite. Em outras palavras, é possível que a atividade física controle o outro lado da balança", disse Ropelle.
"O estudo sobre a atividade física está dentro da discussão da minha pesquisa - que trata do controle da ingestão alimentar -, mas no caminho inverso porque no doutorado abordo a anorexia promovida por pacientes com câncer", explicou, ao destacar a contribuição do seu orientador José Barreto Campello Carvalheira, também da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Ação de hormônios

A base do trabalho envolve dados sobre a ação de certos hormônios, como a insulina e a leptina, sobre o cérebro. O sistema nervoso central é considerado a "caixa preta" do controle energético.
O hipotálamo (que entre outras funções controla a temperatura corporal) é a principal estrutura do cérebro responsável pelo controle da ingestão alimentar. Segundo Ropelle, várias evidências indicam que dietas ricas em ácidos graxos saturados causam problemas na transmissão de alguns hormônios, como insulina e leptina, no sistema nervoso central.
"Esses hormônios controlam a saciedade e, à medida que a pessoa ingere gordura em excesso, essa sinalização é perdida. Assim, alguns fenômenos intracelulares acontecem impedindo a ação hormonal", explicou.
Até agora se estimava que o gasto energético provocado pela atividade física seria a principal arma para combater e tratar a obesidade. "O que propomos é que, além de promover o gasto energético, o exercício físico também é capaz de modular esses hormônios no sistema nervoso central", disse. A atividade física seria capaz de reverter esse fenômeno, possibilitando que o paciente volte a ter a transmissão do sinal para a saciedade.

Comer mais aumenta a fome

Nos testes feitos com animais obesos, submetidos a uma dieta rica em gordura, os hormônios perderam a capacidade de regular o apetite, ou seja, a obesidade envolveria um círculo vicioso comportamental: quanto mais se come, mais se quer comer.
A atividade fez com que a sinalização do apetite no cérebro dos animais voltasse a níveis normais. Esse efeito durou de 12 a 16 horas. "Observamos que animais obesos submetidos à atividade física voltam a comer na mesma proporção que o animal magro. À medida que ele faz o exercício, parece que ele volta a entender a hora de parar, voltando a comer nos níveis considerados normais", destacou.

Testes em humanos

A pesquisa é inteiramente experimental e não foi testada em humanos. Algumas evidências, de acordo com o autor, mostram que em seres humanos o exercício físico é capaz de alterar o comportamento alimentar, mas a avaliação é mais complexa.
"É muito difícil acompanhar e colocar um valor numérico no caso de testes em humanos, porque, ao colocar alguém para fazer atividade física e dizer a ele que vai controlar a ingestão alimentar, tira-se a condição natural. No animal, fica mais fácil e é um bom modelo metabólico de obesidade induzida por dieta", disse.

Interleucina

A explicação para a redução da ingestão alimentar e do peso corporal nos roedores submetidos à atividade física pode ser atribuída à interleucina-6, uma molécula produzida no hipotálamo em resposta ao exercício.
De acordo com o estudo, o animal que faz exercício tem o nível de interleucina-6 aumentado no tecido hipotalâmico, sendo ela responsável por melhorar a sensibilidade de insulina e leptina.
"Sabe-se que o prejuízo causado pela dieta na sinalização desses hormônios é mediado por um processo inflamatório. E a interleucina-6 é capaz de aumentar a expressão de uma outra proteína, a interleucina-10, sendo que, essa sim, tem uma atividade antiinflamatória", disse Ropelle.
Segundo o pesquisador, a atividade física pode ser benéfica para o "apetite dos obesos". Haveria uma espécie de equilíbrio dinâmico para evitar tanto o acúmulo excessivo de energia quanto o gasto excessivo.

Fonte: Alex Sander Alcâncara
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividades-fisicas-alteram-sensacao-fome-diretamente-cerebro&id=4481&nl=sit

O que é HPV

Riscos do HPV

Depois de dar adeus aos preconceitos, às proibições e à repressão sexual, tanto os homens quanto as mulheres passaram a iniciar sua vida sexual muito cedo e a ter uma vida sexual mais ativa. Porém, esta intensa atividade pode vir acompanhada de alguns problemas de saúde, que merecem atenção e tratamento adequado.
Entre estas questões encontra-se o HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba diferentes tipos e, por ser transmitido sexualmente, pode provocar o surgimento de lesões genitais de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, entre outros sinais de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).

HPV em mulheres

Por ser um vírus que atinge um grande percentual de mulheres, apesar de afetar também os homens, entrevistamos a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo. Nesta conversa, a médica fala sobre o que é o HPV, seus sintomas, porque ele atinge mais mulheres do que homens e os tratamentos para combater este terrível inimigo da saúde íntima.

O que é o HPV e por que é tão perigoso? Meninas também podem desenvolver o câncer no colo uterino devido ao HPV?

É a sigla em inglês para papiloma vírus humano - Human Papiloma Virus. É um vírus transmitido através do contato da pele e, no caso da região genital, transmitido através de relações sexuais e podem causar lesões no pênis, vagina, colo do útero e vulva. Meninas que apresentam o HPV de alto risco podem desenvolver o câncer de colo uterino, apesar de ser raro nesta faixa etária.

As mulheres são mais vulneráveis ao HPV? Em caso positivo, por que?

Em geral, as mulheres apresentam-se mais vulneráveis à infecção pelo HPV por apresentarem variações tanto do ciclo hormonal quanto da imunidade ao longo do mês, diferentemente dos homens. Com isso, apresentam mais chance de contrair a infecção.

O que ocorre quando um indivíduo é infectado pelo HPV? Os sintomas sempre aparecem? Quais são?

Nem sempre os sintomas aparecem naquele momento. O vírus pode ficar incubado e aparecer muitos anos depois. Os sintomas dependem do tipo de HPV que infecta a mulher. As manifestações mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, conhecidas como "crista de galo".

Já outras pacientes com lesões subclínicas podem não apresentar sintomas, podendo ter apenas manifestações discretas como corrimentos de repetição, por exemplo. No caso dos tipos de alto risco, o HPV pode causar, a longo prazo, o câncer de colo de útero ou antes disso, lesões precursoras do câncer.

Como o HPV pode provocar o câncer de colo de útero?

O HPV provoca alterações estruturais no material genético da célula do colo do útero e da vulva e com isso causa uma alteração genética chamada atipia que transforma a célula normal em uma célula com potencial de malignidade.

Quanto tempo os sintomas demoram para aparecer?

Dependerá de pessoa para pessoa e da imunidade (defesa do corpo) da mesma.

Em mulheres grávidas, quais os riscos da infecção por HPV?

O risco na mulher grávida, pode ser maior, já que a imunidade da mulher nessa fase da vida é menor. Com isso o risco de contrair a infecção é maior e se a mulher já tiver o vírus, a chance do aparecimento de lesões é maior também.

Como é feito o diagnóstico? Quais são os exames solicitados? E se a menina for virgem e estiver com suspeita de HPV?

As verrugas genitais podem ser encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou vagina e podem ser visibilizadas através de exame urológico (peniscopia), ginecológico (colposcopia e vulvoscopia). Já o diagnóstico de suspeita pode ser feito através do exame citológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico definitivo é realizado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR e biópsia da região suspeita. Se a menina for virgem, o HPV externo (de vulva) pode ser diagnosticado sem dificuldades.

Como é feito o tratamento? Quanto tempo dura?

Na maioria das vezes, a infecção é assintomática. Nos casos das verrugas, os tratamentos são realizados através de uso de ácidos no local da verruga, uso de laser ou ainda a retirada cirúrgica apenas. Em alguns casos de HPV em colo de útero, pode ser realizada apenas a cauterização do local. A duração do tratamento depende da extensão do processo e da recidiva da doença.

Como prevenir o contágio?

O uso de preservativos em todas as relações sexuais durante todo o tempo. Nem sempre o homem ou a mulher apresentam lesões visíveis a olho nu. Por isso não se pode bobear.

Poderia falar um pouco sobre a vacina contra o HPV? Como ela funciona? Por que ela gerou tanta polêmica? Ela já pode ser tomada no Brasil? Quem pode tomar?

A vacina foi criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, assim, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18).
O impacto real da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas.
A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. A vacina pode ser tomada no Brasil e é administrada em 3 doses, com 1, 2 e 6 meses.

Qual o tempo de proteção após a vacinação?

Os estudos atuais estimam o tempo de infecção em 8 anos e meio.
A partir de qual idade, se pode tomar a vacina?
Preconiza-se a aplicação da vacina a partir dos 9 anos de idade.
A vacina está disponível na rede pública de saúde?
Infelizmente, ainda não.

Fonte: Redação do Diário da Saúde

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vícios de quem quer emagrecer


Se pesar todos os dias:
É normal o peso oscilar de um dia para o outro, isso pode acontecer por diversos motivos, por isso não é adequado ficar se pesando todo momento.
Deixe para fazer isso somente uma vez por semana, sempre verifique na mesma balança, com o mesmo tipo de roupa e por volta do mesmo horário. Caso esteja próximo ou no período menstrual, não verifique o peso, espere passar este período. Fazendo assim você saberá exatamente se eliminou peso.

Comer o mínimo possível“Para emagrecer basta fechar a boca”, quem já não ouviu ou falou esta frase?
Porém, é preciso ter muito cuidado! Para emagrecer é preciso diminuir o consumo de alimentos de forma adequada, ou seja, não seja radical. Restringir muito as calorias pode ser prejudicial, pois você pode entrar no efeito platô, que é quando a pessoa faz uma restrição calórica excessiva e “estaciona”, não consegue mais eliminar peso e não tem como diminuir ainda mais o peso. Por isso é importante consultar um nutricionista, esse profissional vai indicar a quantidade ideal para que elimine peso com saúde.
Malhar sem comer para “queimar” mais.
Nem pense em fazer isso, você pode passar muito mal, além de “queimar” menos calorias. Antes de praticar exercícios consuma pelo menos um alimento fonte de carboidrato (pão, arroz, batata, aveia, fruta, barra de cereais, etc.), assim você terá energia suficiente para malhar direitinho e assim “queimar” bastante calorias, certo?
Só salada.
A salada é uma preparação com muitas vitaminas, minerais e poucas calorias, por isso deve estar presente todos os dias na alimentação de todas as pessoas, inclusive de quem deseja emagrecer, mas ela é parte de uma alimentação saudável e não o todo, portanto os outros grupos alimentares não podem ser esquecidos por quem quer emagrecer. Se você quiser substituir uma refeição por salada, então capriche e faça uma salada bem equilibrada, com folhas, legumes, uma fonte de carne (frango, ovos, carne, etc.) e não esqueça do carboidrato (croutons, batata, torrada, etc.).

Cortar carboidratos
Não é a toa que devemos consumir este nutriente diariamente, ele exerce funções essenciais, importantíssimas ao nosso corpo, para que ele funcione bem. Pense bem, você acha que excluindo ele de sua alimentação será uma atitude saudável? A perda de peso pode até acontecer, mas não será uma conquista por muito tempo, além dos sintomas desagradáveis que sentirá durante a dieta. Não é preciso passar sacrifícios para emagrecer, é só comer a quantidade certa.
(Vila Mulher)

Calcular IMC: Indice de Massa Corporal

O índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC = peso / (altura)2
O índice de massa corporal (IMC) é padrão internacional usada para calcular o grau de obesidade.
Peso, dividido por:
Altura X altura = massa corporal
Veja, agora, como está a sua saúde:

Menor que 16,5 = Desnutriçãode
16,5 a 18,5 = Abaixo do peso
18,5 a 24,9 = Peso normal
25 a 29,9 = Sobrepeso
30 a 35 = Obesidade (Obesidade Grau I)
35 a 40 = Obesidade clínica (Obesidade Grau II)
maior que 40 = Obesidade mórbida (Obesidade Grau III)
Se você está com o IMC acima de 25, procure um médico e faça atividades físicas ou uma dieta. Pode prevenir problemas futuros.
Boa sorte!

Últimas informações: País registra 557 mortes por gripe suína.

27 / 08 / 2009

O Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira (26) que 557 pessoas morreram no País em decorrência do vírus Influenza A (H1N1), conhecido como gripe suína.
Entre os Estados com maior número de mortes estão São Paulo, com 223 óbitos confirmados (40% do total), Paraná, com 151 mortes (27,1%); Rio Grande do Sul, com 98 casos fatais (17,6%); e Rio de Janeiro com 55 (9,9%).
No boletim epidemiológico divulgado à imprensa, foi informado que 58 das 480 gestantes que tiveram resultado positivo para o vírus A(H1N1) morreram. Segundo o boletim do ministério, na semana de 16 a 22 de agosto foi mantida a tendência de redução de casos graves observada na semana anterior.
Na quarta-feira, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, informou que todas as escolas da rede e diretorias de ensino do Estado vão receber um vídeo com participação de médicos especialistas para orientar os docentes sobre a Influenza A (H1N1).
De acordo com a Secretaria, as recomendações são dadas por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), reunidos em uma série de entrevistas comandadas por David Uip, diretor do Emílio Ribas.
(Fonte: Priscila Trindade/ Estadão Online)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

10 erros de quem quer emagrecer!

Dieta não tem fórmula, mas existem dicas importantes que toda a pessoa magra garante que não é nenhum segredo…
1. Se apoiar em dietas milagrosas
– Chás fazem bem à saúde, mas apenas eles não são capazes de milagres. Dieta da proteína, da lua, dos astros, do signo, do repolho, da sopa, etc, podem até resolver seu problema de peso. Por algum período… Mas não se você não moldar seu metabolismo para sempre, quando enjoar desta dieta, e com certeza irá, vai ganhar os quilinhos perdidos e poderá ter problemas de saúde.

2. Pular o café da manhã
– ficar muito tempo em jejum, mais de 6 horas, pode deixar seu metabolismo preguiçoso. Ou seja, quando a primeira refeição é o almoço, o organismo entende que é preciso poupar calorias para em caso de emergência. Vá que ele pense que você se predeu em Lost e precisa guardar energia? Brincadeiras à parte, mas é bem assim que funciona nosso corpo. E se todo dia, durante muito tempo, sua primeira refeição for o almoço, você sempre irá poupar ao invés de queimar calorias neste período.

3. Abusar de produtos light e diet com a maior inocência
– Produtos light e diet podem muitas vezes compensar em calorias, mas não quer dizer que são isentos de gordura e de açúcar. Se você observar o que diz os rótulos, verá que muitas vezes apresentam mais gordura do que uma versão normal. É o caso dos chocolates, por exemplo. Portanto, não vá pensando que estes produtos estão liberados. Não seja ingênuo: Consuma-os com moderação! Todo magro consome estes produtos como cartas na manga, tenha-os da mesma forma.

4. Primeiro o trabalho, depois eu
– quem tem este pensamento esta fora de moda. Ser louco por trabalho faz mal para nosso intestino e nossa saúde. Almoço correndo então, é um grande perigo para quem pretende ser magro. Devemos almoçar devagar, mastigando bem os alimentos e conseqüentemente, comer menos, saciar mais e absorver e metabolizar melhor os nutrientes. Faça uma alimentação de no mínimo 20 minutos. Seu estômago e intestino agradecem!

5. Monotonia alimentar
– Existem centenas de opções de alimentos saudáveis e diversas vitaminas e minerais que devemos ingerir diariamente. Se sua alimentação entrar numa rotina, seu corpo não vai funcionar com a mesma eficiência. Tenha sempre alimentos coloridos no seu prato e frutas variadas no seu dia-a-dia. Comer apenas alface com tomate, priva seu organismo de receber nutrientes importantíssimos que contém em outros legumes. A cor dos alimentos é um bom sinal de variação de nutrientes. Varie!

6. Muita carne e uma saladinha
– Essa combinação é excelente desde que seja entendida que carne é apenas um pedaço e salada preenche o resto do prato! Carne vermelha engorda muito, além de ser rica em gorduras saturadas, trans e colesterol. Quer mais? Consuma mais peixes (sardinha, salmão), são ricos em ômega 3, uma gordura muito boa para quem quer emagrecer!

7. Trocar refeições por doces ou por lanches
– Esporadicamente, não tem problema nenhum em cometer este errinho, mas se você é daquelas que não despensa um hambúrguer, ou um sanduichinho no almoço, saiba que esta prática pode ser inimiga da balança. Precisamos consumir legumes, saladas, verduras variadas e é claro, arroz e feijão. E nem pense em dispensar uma boa refeição desfrutando de um buffet de doces, tortas ou sorvetes! Deixe para o chá das 5! Nosso organismo fica com fome quando falta nutrientes no corpo!

8. Beber, beber e beber
– Se você é daquelas que adora uma cervejinha todo o santo final de semana, prepare-se para esta notícia: beber pouco todos os dias tem o mesmo efeito de que beber bastante 1x na semana. Chamamos esta prática de “porres alcoólicos”e pode estar relacionado com a cirrose alcoólica, muito comum em alcoólatras. Mas não se assuste. Só não beba todo final de semana. Cada lata de cerveja contém 147 calorias. Se toda saidinha com os amigos você beber apenas duas latinhas… Vamos aos cálculos: 1 ano tem 48 finais de semana – 48 x (147 + 147) = 14 mil calorias!!! Despensa comentários!

9. Fazer atividade física em jejum
– Se você pratica exercícios físicos, parabéns! Mas se você pratica-os em jejum, cuide-se. Além de você poder ter um piripaque no meio da academia, seu corpo vai obter energia queimando proteínas do seu corpo, ou seja, dos seu músculos que tanto quer ganhar. Portanto, alimente-se SEMPRE, antes de ir à malhação!

10. Trocar água e sucos naturais por refrigerantes e sucos de caixinha
– Nada substitui a água como liquido indispensável ao nosso organismo. Ela, nos mantém em equilíbrio, em boa temperatura, e hidratados. Se você não dispensa um refrigerante ou sucos cheios de substancias artificiais, acredite: eles diminuem os nutrientes que temos dentro de nós para eliminá-los e metabolizá-los, pois requerem mais energia para isso. Além de engordar e não trazer benefício nenhum ao nosso organismo. Prefira sucos naturais frescos, pois são fontes de vitaminas… Pergunte ao garçom se o suco é feito na hora!

Escrito por:
Carina Tafas

Faltam poucos meses para o verão, dicas para emagrecer com saúde.

Quando os quilinhos a mais atrapalham surgem diversas dúvidas a respeito do que é certo ou errado para emagrecer. Por isso, elaboramos 11 perguntas e respostas sobre as dúvidas mais freqüentes de quem deseja atingir o peso ideal com saúde.

1. Para eliminar peso é preciso passar fome?
Não. Pelo contrário, para que a eliminação de peso seja de forma saudável, você não deve sentir fome, apenas deve modificar os maus hábitos alimentares e comer de forma balanceada, com cerca de 5 a 6 refeições por dia, na quantidade certa.
2. Para que eu elimine peso rapidamente devo fazer uma dieta restrita?
Não é preciso e nem é saudável restringir as calorias excessivamente. O sucesso para eliminar peso e depois mantê-lo por toda a vida, é se reeducar, ou seja, aprender a comer. E para isso um nutricionista poderá montar um plano alimentar adequado com o déficit de calorias necessário.

3. Beber água em jejum emagrece?
Não. Mas a água é essencial para o ser humano. Durante o dia, eliminamos muita água através da transpiração, respiração, urina, etc. É preciso repor esta perda, para que assim o seu organismo trabalhe corretamente. A água ainda melhora o funcionamento intestinal, auxiliando na digestão e eliminação de substâncias que o organismo não precisa mais. Além de outros benefícios que a água proporciona.

4. Tenho que parar de comer doces?
Na reeducação alimentar você pode comer de tudo, só que na quantidade e freqüência certas. Esta regra se aplica ao consumo de doces também. Você pode comer, mas na quantidade certa e de vez em quando. Se pintar aquela vontade incontrolável, dê preferência por uma frutinha ou gelatina.

5. Se eu consumir alimentos de grupos variados nas refeições principais, não corro o risco de engordar, ao invés de emagrecer?
Não. O segredo está na quantidade, comendo a quantidade certa não vai prejudicar. Comer com qualidade é essencial para eliminar peso com saúde, pois os nutrientes irão proporcionar um melhor trabalho metabólico e conseqüentemente um emagrecimento mais efetivo.

6. Se abusar da dieta num dia, posso compensar no outro, comendo menos ou ficando em jejum?Procure não abusar, mas caso aconteça, no dia seguinte volte a seguir um plano alimentar de emagrecimento. Não é preciso ficar sem comer ou comer menos ainda. Uma dica boa é praticar exercícios físicos, para que assim você “queime” mais calorias. Comer apenas saladas e frutas poderá causar deficiência de nutrientes no seu corpo, e por mais que haja uma perda de peso rápida esta não será duradoura e com saúde.

7. Os medicamentos são importantes no processo de eliminação de peso?
Através da reeducação alimentar e da prática de exercícios, você pode conseguir ótimos resultados. Existem casos em que o uso do medicamento se faz necessário, mas somente um médico pode verificar esta necessidade e prescrever tais medicamentos.

8. Para ter sucesso na eliminação de peso, eu só devo consumir alimentos diet e light?Primeiramente vamos explicar rapidamente a diferença entre diet e light. Quando o alimento é diet significa que ele é isento de algum nutriente, por exemplo: chocolate diet, não possui açúcar, mas possui muita gordura, o que o torna mais calórico do que o chocolate normal. Já o alimento light possui 25% menos calorias do que o alimento tradicional, podendo sim contribuir para eliminação de peso. Mas mesmo sem consumir produtos light ou diet, você pode eliminar peso.

9. Mesmo sem praticar exercícios físicos eu consigo eliminar peso?
Praticar exercícios é muito saudável, proporciona vários benefícios ao corpo como um gasto calórico maior que colabora com o emagrecimento. Você pode emagrecer sendo sedentário mas, o mais indicado é conciliar os dois tratamentos.

10. Para emagrecer tenho que ter horários fixos para comer?
Uma alimentação fracionada contribui muito para eliminação de peso. Não é preciso ter horários fixos, mas também não se deve ficar muitas horas sem comer. O ideal é não ultrapassar o intervalo de três horas entre uma refeição e outra.

11. Trabalho o dia todo e tenho uma vida agitada, como posso seguir uma dieta?
Sim, isso é possível. Basta ter força de vontade e um pouquinho de esforço. Você pode levar alimentos práticos para o trabalho, para comer nas refeições intermediárias. Nas refeições principais, caso você coma na rua, opte por alimentos saudáveis, sempre de forma balanceada.

Escrito por:
Milena LimaFonte: Cyber Diet

Veja o que muda nas farmácias e drogarias

A Anvisa publicou na última terça-feira (18) a resolução sobre as Boas Práticas Farmacêuticas. As regras definem quais serviços e produtos podem ser oferecidos em farmácias e drogarias. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, é direito do cidadão ter acesso a orientação farmacêutica feita da forma correta.
Confira os principais pontos da resolução:

Lista de produtos permitidos:

Somente produtos relacionados à saúde poderão ser comercializados em farmácias e drogarias, tais como:

- medicamentos;
- plantas medicinais;
- cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal;
- produtos médicos e para diagnostico in vitro;- mamadeiras, chupetas e protetores de mamilos;
- lixas de unha, alicates, cortadores de unha, palitos de unha, afastadores de cutícula, pentes, escovas, toucas para banho, lâminas para barbear e barbeadores;
- brincos estéreis, desde que o estabelecimento preste o serviço de perfuração de lóbulo auricular;
- essências florais;
- alimentos para dietas, praticantes de atividades físicas, lactantes, idosos e gestantes;
- vitaminas;
- substâncias bioativas com alegações de propriedades funcionais e/ou saúde;
- chás;
- mel, própolis e geléia real.

Exemplos de produtos que não poderão ser comercializados em farmácias e drogarias: sorvetes, balas, pilhas, cartões telefônicos, chinelos e todos aqueles não relacionados na lista acima.

Serviços permitidos

Atenção farmacêutica:

- Parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal;
- Parâmetro bioquímico: glicemia capilar;
- Administração de medicamentos;
- Atenção farmacêutica domiciliar.


Perfuração de lóbulo auricular (colocação de brinco):

- Deverá ser feita com aparelho específico para esse fim e que utilize o brinco como material perfurante.
- É vedada a utilização de agulhas de aplicação de injeção, agulhas de suturas e outros objetos para a realização da perfuração

Internet
- Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet.
- O sítio eletrônico deve utilizar apenas o domínio “.com.br” e possuir nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico Responsável Técnico
- É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição.
- Todos os pedidos para dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto devem ser registrados.
- Fica vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto.

Medicamento atrás do balcão

Os medicamentos de venda sem prescrição, como analgésicos e antitérmicos, não poderão mais permanecer em área de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao alcance dos usuários do estabelecimento. A exceção vale para:
- medicamentos fitoterápicos isentos de prescrição
- medicamentos sujeitos à notificação simplificada

VEJA MAIS medicamentos sujeitos à notificação simplificada:
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=27856&word

- medicamentos de uso dermatológico isentos de prescrição (pomadas, cremes)

Os medicamentos de venda sob prescrição. Os estabelecimentos também deverão disponibilizar placa na área destinada aos medicamentos com o alerta:

“MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”

Leia também:
Anvisa anuncia novas regras para farmácias e drogarias

Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Saúde e Meio Ambiente: Enfermidades Relacionadas Com o Meio Ambiente são Preocupação Para o Novo Milênio

"Poluição é a modificação de características de um ambiente de modo a torná-lo impróprio às formas de vida que ele normalmente abriga.
No Brasil, 60% dos gastos com internações hospitalares são de pacientes com doenças causadas pela água poluída". Condições SanitáriasSegundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 10 milhões de pessoas morrerão infectadas por água contaminada até o final de 2000. O número foi discutido no Fórum Mundial da Água, realizado em 22 de março do ano passado na Holanda, quando se comemora o Dia Mundial da Água. O Brasil infelizmente contribui bastante para este resultado.
Cerca de 80% do esgoto produzido no país não recebe nenhum tipo de tratamento e é despejado em lagos, rios, mares e mananciais, segundo estudo da Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema). A estimativa do professor Aristides Almeida Rocha, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), é de que para cada dólar que o governo investe em saneamento básico, quatro são economizados em internações hospitalares decorrentes de moléstias provocadas pela falta de redes de água e esgoto. Mas a política de saneamento no Brasil ainda não atende às necessidades da população. Entre 1995 e 1997, 342 mil crianças brasileiras com menos de cinco anos morreram vítimas de doenças relacionadas à falta de higiene.
Os gastos anuais do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento desses males chega a 300 milhões de reais. "Entre as doenças relacionadas à contaminação da água as que mais matam estão a leptospirose (transmitida pela urina do rato), hepatite, diarréia e cólera", diz Aristides.O descaso com a água é mais evidente no Brasil nas periferias das grandes cidades e em alguns estados do Norte e Nordeste. Somente o Estado de Pernambuco foi responsável, em 1999, por 25.733 casos de dengue e 2.315 de cólera.
A primeira é provocada pelo acúmulo de água parada, meio para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Já a segunda é causada pelo consumo de alimentos ou bebidas que tenham tido contato com água contaminada pela bactéria Vibrium cholerae, presente nas fezes de pessoas infectadas.Segundo Aristides, uma medida importante seria investir em programas de educação ambiental, pois a melhoria das condições sanitárias das cidades brasileiras é obrigação de todos. "É preciso ensinar a população carente sobre a necessidade de ferver a água que bebe e a importância de não jogar dejetos perto dos rios e dos riachos", alerta o especialista.
No Fórum Mundial da Água, delegações do mundo inteiro procuraram soluções para cumprir os desafios estipulados pela Comissão Mundial da Água para o Século 21. As principais discussões foram: redução da escassez de água, mais investimentos em saneamento básico e garantia de água tratada para todo mundo, entre outras decisões. Doenças Relacionadas à Poluição AtmosféricaA poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico. Um relatório divulgado ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), baseado em estudos sobre Meio Ambiente e Saúde feitos na Áustria, na Suíça e na França revelou que a poluição emitida pelos carros nesses países mata mais gente do que os acidentes de carro.
O trabalho mostrou, entre outras coisas, que a exposição prolongada à poluição nesses países causou um adicional de 21 mil mortes prematuras por problemas respiratórios ou doenças do coração em pessoas acima de 30 anos. A relação entre a baixa qualidade do ar e as doenças respiratórias, cardiovasculares e até a saúde dos fetos é bem alta. Quando respiramos a atmosfera poluída, o pulmão não funciona bem e tem dificuldade para filtrar o ar. Dessa forma chega menos oxigênio para o coração, que terá de trabalhar mais para suprir a carência. Por isso, quem já tem um coração debilitado deve ter um cuidado maior.
No Instituto do Coração de São Paulo, entre 1994 e 1995, houve um aumento de 16% no atendimento de pacientes com infarto e dor no peito nos dias mais poluídos. A comprovação dos efeitos nocivos da poluição sobre os fetos, por exemplo, está na pesquisa do médico Luiz Alberto Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo (USP). O trabalho revelou que, apesar da proteção da placenta e da estrutura do corpo materno, os fetos sofrem com a poluição atmosférica.
A equipe constatou que nos dias mais poluídos as mortes fetais tardias foram maiores. Verificaram também que de cada oito óbitos fetais tardios registrados por dia, em média dois podem estar associados à poluição. "Ela não é a única causa da perda do feto, mas aumenta os riscos de morte. Quanto mais poluição, maior o risco", explicou Pereira. Para respirar melhor, os especialistas aconselham a prática de exercícios.
Um bom condicionamento físico diminui o risco de complicações causadas pela poluição porque aumenta a resistência cardíaca. "O ideal é se exercitar em parques e fugir das avenidas movimentadas. Quando não for possível, evite os horários de congestionamento. Procure caminhar bem cedo ou à tardezinha", aconselha Pereira. A Escassez de Água e os Lençóis Freáticos: A Poluição InvisívelNão faltam sinais de escassez de água doce. Os níveis dos lençóis freáticos baixam constantemente, muitos lagos encolhem e pântanos secam.
Na agricultura, na indústria e na vida doméstica, as necessidades de água não param de aumentar, paralelamente ao crescimento demográfico e ao aumento nos padrões de vida, que multiplicam o uso da água. Nos anos 50, por exemplo, a demanda de água por pessoa era de 400 m3 por ano, em média no planeta, ao passo que hoje essa demanda já é de 800 m3 por indivíduo.
Em países cada vez mais populosos, ou com carência em recursos hídricos, já se atingiu o limite de utilização de água. Nos locais onde o nível de bombeamento (extração) das águas subterrâneas é mais intenso que sua renovação natural, se constata um rebaixamento do nível de lençóis freáticos, que, por esse motivo, exigem maiores investimentos para serem explorados e ao mesmo tempo vão se tornando mais salinos.
Segundo o geólogo Luiz Amore, consultor técnico da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente a despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos. Os técnicos chamam de "causas antrópicas", quando as atividades humanas é que provocam a contaminação das águas subterrâneas. "São diversas as formas de contaminação, envolvendo desde organismos patogênicos, até elementos químicos como os metais pesados (caso do mercúrio) e moléculas orgânicas e inorgânicas", diz Amore.
O geólogo explica que várias fontes poluidoras já foram estudadas, e alguns casos são clássicos, "que longe de serem fenômenos isolados podem estar ocorrendo em diversas regiões do país e com intensidades diversas, infelizmente ainda pouco conhecidas".
Os principais focos de contaminação das águas subterrâneas:
1 - Lixos e cemitérios
2 - Postos e fossas
3 - Agrotóxicos e fertilizantes
4 - Rejeitos e aterros industriais
5 - Rebaixamento do lençol freático
Na cidade de São Paulo, nos últimos 20 anos, a mortalidade infantil caiu 50% devido aos investimentos em saneamento básico. Diante de dados como este, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) promete investir no início de 2001 R$ 624,7 mil em projetos de pesquisas de melhoria das condições de saneamento básico no País.
Segundo Mauro Ricardo Costa, presidente da entidade, as pesquisas serão desenvolvidas por universidades e pela própria Fundação nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão em saúde pública, instalações sanitárias domiciliares, unidades habitacionais e saúde indígena.
Segundo Costa, o objetivo desse trabalho é estimular tecnologias de baixo custo e eficientes que possam ser aplicadas em áreas de interesse epidemiológico no setor de saneamento, para reduzir os índices de mortalidade infantil e de doenças transmitidas por água contaminada, entre as quais a cólera, hepatite, malária, equistossomose, diarréia, verminoses e a doença de Chagas. "As tecnologias que surgirem a partir das pesquisas serão aplicadas prioritariamente em pequenos municípios e áreas indígenas" explica.
Na Universidade de Brasília (UnB), o Departamento de Engenharia Civil e Ambiental desenvolverá uma tecnologia de tratamento e desinfecção de água para pequenas localidades. Já a Universidade Federal do Mato Grosso pesquisará o impacto das doenças de veiculação hídrica e a contaminação dos lençóis freáticos pelos cemitérios.
O Instituto Universidade Popular da Baixada, em Duque de Caxias (RJ), vai desenvolver técnicas para a construção e adaptação de unidades de saúde às necessidades e características dos povos indígenas. Os especialistas em poluição acreditam em ações coletivas para amenizar o problema como, por exemplo: a comunidade científica pesquisar os efeitos maléficos à saúde e alertar as autoridades, o governo fiscalizar a emissão de poluentes, criar medidas e mais alternativas de transporte público e campanhas para conscientizar a comunidade.
FONTE:

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cenário da Coleta Seletiva no Brasil

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.

Para traçar um breve cenário da situação atual da Coleta Seletiva no Brasil, pode-se dizer que:
• 7% dos municípios têm programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2008)

Embora o número de municípios seja, ainda, relativamente pequeno, são os maiores que adotam esta prática. De tal forma que estes representam aproximadamente 14% da população.

Isto quer dizer que:

• 405 municípios, com 26 milhões de habitantes, praticam a coleta seletiva.

Destes municípios 2% se localizam no Norte do país; 4% no Centro Oeste; 11% no Nordeste; 35% no Sul e 48% no Sudeste.

A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada abaixo.

Material % da Composição

Alumínio 1
Longa Vida 3
Diversos 3
Metais 9
Vidros 10
Rejeito 13
Plásticos 22
Papel e Papelão 39


Entretanto, na maioria dos casos, as soluções adotadas ainda são bastante onerosas.

• O custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional,numa proporção de R$ 376 x R$ 73

Esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais. O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação.

Pode-se dizer que as principais dificuldades encontradas pela grande maioria dos municípios são as seguintes:

• informalidade do processo - não há institucionalização
• carência de soluções de engenharia com visão social
• alto custo do processo na fase de coleta

CEMPRE; Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades

Ecoturismo


Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas.Para o Instituto de Ecoturismo do Brasil, ecoturismo “é a prática de turismo de lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma sustentável dos patrimônios natural e cultural, incentiva a sua conservação, promove a formação de consciência ambientalista e garante o bem estar das populações envolvidas.Das diferenças existentes entre o turismo comum (clássico) e o ecoturismo (turismo ecológico) ressalta-se que enquanto no turismo clássico as pessoas apenas contemplam estatisticamente o que elas conseguem ver sem muita participação ativa, no ecoturismo existe movimento, ação e as pessoas, na busca de experiências únicas e exclusivas, caminham, carregam mochilas, suam, tomam chuva e sol, tendo um contato muito mais próximo com a natureza.
O ecoturismo ainda se diferencia por passar informações e curiosidades relacionados com a natureza, os costumes e a história local o que acaba possibilitando uma integração mais educativa e envolvente com a região.Considerando que o Ecoturismo é uma tendência em termos de turismo mundial que aponta para o uso sustentável de atrativos no meio ambiente e nas manifestações culturais, devemos ter em conta que somente teremos condições de sustentabilidade caso haja harmonia e equilíbrio no "diálogo" entre os seguintes fatores: resultado econômico, mínimos impactos ambientais e culturais, satisfação do ecoturista (visitante, cliente, usuário) e da comunidade (visitada).
O ecoturismo é uma atividade sustentável e, por se preocupar com a preservação do patrimônio natural e cultural, diferencia-se do turismo predatório. É uma tendência mundial em crescimento e responde a várias demandas: desde a prática do esporte radical ao estudo científico dos ecossistemas.
O nome “ecoturismo” é novíssimo, surgiu oficialmente em 1985, mas somente em 1987 foi criada a Comissão Técnica Nacional constituída pelo Ibama e a Embratur, ordenando as atividades neste campo.
Os principais objetivos do Ecoturismo:

promover e desenvolver turismo com bases cultural e ecologicamente sustentáveis;

promover e incentivar investimentos em conservação dos recursos culturais e naturais utilizados;

fazer com que a conservação beneficie materialmente comunidades envolvidas, pois somente servindo de fonte de renda alternativa estas se tornarão aliadas de ações conservacionistas;

ser operado de acordo com critérios de mínimo impacto para ser uma ferramenta de proteção e conservação ambiental e cultural;

educar e motivar pessoas através da participação e atividades a perceber a importância de áreas natural e culturalmente conservadas.

Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a procura por este tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de órgãos ligados ao assunto, etc. Segundo a Organização Mundial do Turismo, enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%. Existem várias hipóteses para tentar explicar o por quê de as pessoas estarem buscando esse tipo de atividade.
As mais comuns são a preocupação com o meio ambiente, maior conscientização ecológica e uma maneira de fugir da rotina e do estresse dos grandes centros urbanos.Estima-se que mais de meio milhão de pessoas no Brasil pratiquem o ecoturismo, que deve empregar cerca de 30 mil pessoas, através de, no mínimo 5 mil empresas e instituições privadas. Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias quatro condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e interação educacional - garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos patrimônios histórico, cultural e étnico. Em 1994, um grupo multidisciplinar formado por representantes dos mais diversos segmentos interessados dos setores governamental e privado, analisou e estabeleceu bases para a implantação de uma Política Nacional de Ecoturismo, de forma a assegurar:

à comunidade: melhores condições de vida e mais benefícios;

ao meio ambiente: uma poderosa ferramenta na valorização dos recursos naturais;

à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos;

ao mundo: a oportunidade de conhecer e utilizar o patrimônio natural dos ecossistemas para onde convergem a economia e a ecologia, para o conhecimento e uso das gerações futuras.

O caminho ideal para o ecoturismo é o que se chama desenvolvimento sustentável. Este conceito propõe a integração da comunidade local com atividades que possam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e culturais. Antes de implementar o ecoturismo é necessário saber se a população local está disposta a se envolver, direta ou indiretamente, com esta atividade indiretamente porque deve haver uma abertura inicial da população para receber pessoas estranhas e com hábitos diferentes.
O diálogo permanente com a população, o esclarecimento e a informação constante, o incentivo ao seu envolvimento com estas atividades e participação no Conselho Municipal de Turismo são exemplos de ações que podem ajudar os moradores a descobrirem as oportunidades que se abrem com a implantação do turismo.
Um programa de capacitação de monitores ambientais locais é uma das formas de envolver a população com o ecoturismo, gerando emprego e renda. Os monitores não possuem a mesma função do guia de turismo, mas devem saber associar os atrativos naturais da região a seus aspectos culturais.
Não há exigência de escolaridade, mas é extremamente recomendável que sejam alfabetizados.Além dessa capacitação, existem outras formas de envolvimento. Em regiões marítimas ou fluviais, pode-se adaptar (sem descaracterizar) as embarcações dos pescadores para atividades turísticas em épocas de escassez de peixe ou de proibição da pesca (desova).
Os pescadores interessados passariam por um breve período de capacitação para exercer esta atividade.O volume de recursos necessários para a implantação do ecoturismo varia conforme o tamanho do município, da área a ser utilizada e da disposição da administração e da população locais. A curto prazo pode ser feita a cobrança de ingressos em algumas atrações turísticas. Nesse caso, podem ser aplicadas tarifas diferenciadas para turistas estrangeiros, e para as diferentes atividades a serem desenvolvidas nos locais (esportiva, científica, etc.).
Isto exigiria a adaptação dos serviços de promoção do turismo (hotéis, agências, restaurantes, atividades esportivas e culturais) a uma gama de turistas bastante heterogênea economicamente.Embora todo município possua condições de implementar sozinho algum tipo de atividade turística, algumas questões correlacionadas não podem ser resolvidas unicamente na esfera municipal. Alguns municípios possuem atrações turísticas, mas não a infra-estrutura necessária para o turismo. Por isto é importante atentar para o enfoque regional dos problemas: municípios vizinhos, sem atrações turísticas, podem ter a infra-estrutura necessária para permitir esta atividade.

Pode haver degradação ambiental, mudanças nos valores locais e na sociabilidade dos moradores, com a descaracterização ou o abandono de atividades tradicionais e, até mesmo, aumento da violência e da criminalidade. A cultura local, por sua vez, deve se expressar espontaneamente, contando com o apoio da prefeitura, mas sem ser obrigada a se transformar em uma atividade turística.O Brasil possui ainda regiões relevantes de áreas naturais e é o país de maior diversidade do mundo, seu potencial ecoturístico é muito grande, o que tem proporcionado o desenvolvimento desta atividade, com movimentação de milhões de reais.

Os municípios brasileiros, em sua maioria, possuem atrativos para se tornarem pólos ecoturísticos. Mas além da disposição do município em implantar o ecoturismo, a existência de serviços e infra-estrutura (hotéis, pousadas, estradas, telefone, etc.) é uma pré-condição a ser observada.Entre os principais destinos estão: Bonito (MS), Chapada Diamantina (BA), Chapada dos Guimarães (MT), Chapada dos Veadeiros (GO), região de Manaus (AM), Fernando de Noronha (PE), Lagamar (SP), litoral sul da Bahia, Pantanal (MS/MT), Serra Gaúcha (RS), Serra do Mar (SP), Vale do Ribeira (SP) e diversas regiões do litoral nordestino.

Um dos maiores atrativos turísticos do Brasil, a Amazônia, sabe-se que os principais problemas sociais que lá vêm ocorrendo, simultaneamente a um acentuado processo de degradação ambiental, são decorrentes do confronto entre duas formas de uso: a "tradicional" e a "moderna". A forma "tradicional" na qual os diferentes grupos sociais (povos da floresta: seringueiros, caboclos, indígenas, etc) vivem em estreita relação com a natureza, praticando o extrativismo da borracha, a coleta da castanha, a caça e a pesca artesanais de subsistência, revelou-se capaz de manter o equilíbrio ecológico.

Já o "moderno", adotado intensamente nos últimos 40/50 anos, difere do "tradicional", tanto na sua relação com o uso do solo, onde prevalece a especulação imobiliária, quanto ao processo produtivo que têm na exploração maciça dos recursos naturais (madeira, garimpo, etc) seu principal objetivo. O Ecoturismo para ser sustentável deve buscar o modelo "tradicional" de extrativismo de nosso patrimônio natural e cultural.

Fonte: Embratur - www.embratur.gov.br

Gripe suína: América do Sul terá vacina a partir de março, diz OPS

A diretora-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), Mirta Roses, disse que os países sul-americanos só terão acesso à vacina para a gripe A (H1N1) provavelmente a partir de março de 2010.

- Ainda há muitas dúvidas. Se a vacina estiver disponível, não será para antes de novembro para o Hemisfério Norte. Já para os países da região, não seria antes de março - afirmou ela em entrevista ao jornal El País, do Uruguai.

A funcionária, que fez uma visita de dois dias a Montevidéu, considerou também que a região deverá definir quais grupos terão prioridade para receber o medicamento. Segundo ela, somente depois disso será possível "fazer os cálculos e iniciar as negociações com as empresas" fabricantes da vacina.

Roses ressaltou que o número de contágios da nova gripe na América do Sul pode se manter alto, mas indicou que "ainda é muito cedo para entender como se comportará o vírus influenza A", causador da enfermidade.

- Estamos observando para ver como o vírus se comportará, se ele vai afetar mais pessoas durante o inverno. Ainda não sabemos muito - explicou.
A diretora da OPS visitou vários países sul-americanos nos últimos dias e discutiu maneiras de adquirir estoques da vacina para a doença.

Há duas semanas, durante uma cúpula em Quito (Equador), a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) anunciou que recorrerá a um fundo da entidade para comprar o medicamento.
Na última quarta-feira, o governo do Uruguai informou que já reservou 2 milhões de doses, com as quais pretende imunizar um terço de sua população.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente as nações do Hemisfério Norte já encomendaram mais de um bilhão de doses da vacina.

O alto número de reservas, somado às dificuldades para produzir o medicamento, pode levar à escassez dos estoques, sobretudo para regiões mais pobres.
(Fonte: JB online / Portal Terra com informações da agência Ansa)

Alerta da gripe suína se deve ao fato de o vírus ser uma nova cepa

Muita confusão existe por conta das notícias nem sempre esclarecedoras sobre a Influenza A(H1N1), popularmente consagrada como gripe suína. De fato, embora o quadro clínico se assemelhe em quase tudo à gripe sazonal, que costuma ocorrer como epidemia principalmente no frio e em países do hemisfério norte, o fato de ser um novo vírus agindo em períodos mais temperados, por exemplo, nos Estados Unidos, fez com que a Centers for Disease Control and Prevention (CDC) tivesse se antecipado em medidas de vigilância, visto que os dois primeiros casos foram descritos nos Estados Unidos.

“Nós estamos muito atentos ao novo H1N1 porque é uma nova cepa da Influenza A, o que vinha sendo muito raro de acontecer, e a maioria das pessoas, portanto, não tem imunidade para ela”, disse Artlealia Gilliard, relações públicas, representando o CDC, em entrevista por e-mail à Agência Notisa. Embora os dois primeiros casos não mostrassem gravidade, como, aliás, acontece com a maioria dos pacientes da gripe suína, “ qualquer gripe tem taxas de casos graves, com internações e mortes”, acrescentou, o que de certa forma justifica acesso da população a notícias sobre mortes, que não são divulgadas nas gripes ‘costumeiras’, embora as taxas sejam até mais elevadas.

Para o CDC, a severidade da nova H1N1 tem se mostrado bastante similar àquela causada pela influenza sazonal. Entretanto, a nova gripe “é única que se alastrou fora da estação ‘normal’ de influenza e que parece estar afetando pessoas jovens (mais de 50% dos infectados e hospitalizados têm menos de 25 anos de idade) em número bem superior às outras faixas etárias,” diz Gilliard. Segundo ela, idosos são os principais atingidos nos outros casos, “o que diferencia a nova doença, que afeta pessoas mais novas”.

Já Joel Mossong, do National Health Laboratory, de Luxemburgo, pesquisador em doenças infecciosas, com trabalhos sobre vírus da influenza e mutantes resistentes ao oseltamivir, diz que os dados que existem na literatura médica faz com que ele e seus colegas não suspeitem que possa existir muita diferença na severidade clínica entre os casos causados pela gripe sazonal e aqueles pela nova cepa de H1N1. “A única diferença entre a pandemia de H1N1 e a influenza sazonal deve ser a futura ocorrência de um número maior de casos (visto que não existe imunidade na população contra a nova cepa), isto se uma vacina não estiver disponível antes de a estação da gripe começar no Hemisfério Norte”, disse em entrevista por e-mail à Agência Notisa.
Com relação aos mutantes dos vírus tradicionais A(H1N1), o H275Y e o D354G, resistentes ao oseltamivir, o pesquisador afirma que a mutação foi raramente encontrada na nova pandemia, “apenas em uma minoria de casos e em pacientes com tratamento prolongado devido à imunodeficiência”. Para ele, o mais importante é reforçar que os casos de vírus resistente aos medicamentos ocorrem muito esporadicamente, com nenhuma evidência de possibilidade de alastramento futuro destes vírus. “No estágio atual é muito improvável que a forma resistente ao oseltamivir se desenvolva e se dissemine de forma rápida, pois a cepa sensível já é prevalente ao redor do mundo”.

Da mesma forma, artigo divulgado on line pelo CDC, sobre os testes feitos com os antivirais, confirmam as afirmações do pesquisador de Luxemburgo. O texto informa que apenas vírus de dois pacientes – de uma amostra girando em torno de 600 espécimes investigados, metade para resistência ao oseltamivir, metade para zanamivir – com quadro da nova pandemia e imunodeprimidos apresentaram o vírus mutante H275Y. Além disso, os vírus, foram, ao exame, sensíveis ao zanamivir. “A analise da seqüência do gene da neuraminidase destes vírus resistentes ao oseltamivir mostrou que a resistência à droga não foi resultado do reagrupamento do vírus A(H1N1) sazonal”, escrevem os autores, salientando que esta resistência surgiu ao longo do tratamento. Isto parece afastar a suspeita de que o vírus da nova pandemia poderia ser, na verdade, um mutante da gripe sazonal resistente aos antivirais.

Em texto disponibilizado hoje em sua home page, A Organização Mundial de Saúde informa sobre as diretrizes sugeridas aos médicos com relação ao uso de antivirais em quadros graves, para pacientes de qualquer idade ou grávidas. “Para pacientes que se apresentam inicialmente com doença severa ou naquelas com deteriorização das condições gerais, a OMS recomenda tratamento com oseltamivir, assim que for possível”, diz o texto, indicando o uso de zanamivir, “caso o oseltamivir não esteja disponível. Já para pacientes com outras afecções médicas subjacentes, qualquer dos dois medicamentos pode ser prescrito. Além disso, já que grávidas estão incluídas no grupo de maior risco, a OMS recomenda que recebam tratamento antiviral assim que possível após a instalação dos sintomas”. Por fim, “A OMS recomenda pronto tratamento antiviral para crianças com doença severa ou deteriorante, e aquelas sobre risco de doença mais severa ou complicada. Esta recomendação inclui todas as crianças abaixo da idade de 5 anos, já que este grupo está sob risco elevado de doença mais severa”.
(Fonte: Agência Notisa)

sábado, 22 de agosto de 2009

Gripe H1N1 já matou 487 pessoas no país

22 / 08 / 2009
A gripe H1N1 já causou pelo menos 487 mortes no país, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde.
Nesta sexta-feira (21), São Paulo atualizou os dados e soma agora 179 mortes. O Estado é o mais atingido pela doença no país.Também foram confirmadas novas mortes no Paraná (142 óbitos), no Rio Grande do Sul (93), no Rio de Janeiro (47) e em Santa Catarina (11), Estado em situação de emergência pela doença desde 3 de agosto.
Minas Gerais tem seis mortes e Paraíba, duas, segundo as secretarias estaduais de Saúde.
Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e Rondônia tiveram uma morte cada.
Na terça-feira (18), o Ministério da Saúde divulgou balanço da nova gripe no país e considerou que a diminuição no número absoluto de casos graves pelo novo vírus na semana passada pode ser um indicativo preliminar de recuo da doença no país.
Na ocasião, o Brasil era o terceiro país com maior número de mortes pela nova gripe no mundo, atrás dos Estados Unidos e da Argentina, mas à frente do México, epicentro da pandemia global da doença.
(Fonte: Estadão Online)

OMS alerta governos sobre segunda onda de gripe suína

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu que os governos se preparem para uma provável segunda onda de casos de gripe suína, advertindo que eles terão de enfrentar decisões difíceis sobre como distribuir vacinas, segundo a agência Dow Jones.
O comunicado de Chan foi divulgado no momento em que mais de duas dezenas de companhias farmacêuticas ao redor do mundo se esforçam para produzir uma vacina segura e efetiva contra a gripe suína, enquanto se aproxima o inverno do hemisfério norte. "Não podemos dizer com certeza se o pior já passou ou se ainda está por vir", disse Chan, num discurso gravado e transmitido durante a abertura de um simpósio de três dias sobre gripe na região da Ásia-Pacífico.
"Precisamos estar preparados para quaisquer surpresas que este novo e caprichoso vírus trouxer", afirmou a diretora-geral. "A constante mutação aleatória é o mecanismo de sobrevivência do mundo microbial", disse Chan."Também precisamos nos preparar para uma segunda ou terceira onda de contágio, como foi visto em pandemias anteriores", alertou Chan.
Cerca de 1.800 pessoas morreram em todo o mundo desde a descoberta do vírus A H1N1, em abril, segundo a última atualização emitida pela OMS nesta semana. A grande maioria dessas mortes foi registrada no continente americano. A OMS declarou pandemia global em junho e agora diz que há casos confirmados em mais de 170 países.Embora a epidemia pareça estar se enfraquecendo no hemisfério sul, os preparativos devem ser acelerados no hemisfério norte, na medida em que a temporada de gripe sazonal se aproxima, disse Chan. "Como todo vírus de gripe, o H1N1 tem do seu lado a vantagem da surpresa", declarou. "Nós temos do nosso lado a vantagem da ciência e da investigação racional, apoiada pela coleta de dados, análise e comunicação, que têm uma força sem precedentes", acrescentou.
Chan afirmou que a questão de como garantir oferta adequada de vacina em todo o mundo tem de ser enfrentada com prioridade. "Precisamos buscar aconselhamento sobre grupos prioritários para proteção inicial", disse a diretora-geral da OMS. "Esta é uma das decisões mais difíceis que teremos de tomar, especialmente quando se sabe que a oferta será extremamente limitada em alguns dos próximos meses".
(Fonte: Estadão Online)

Queimadas afetam mais da metade das cidades brasileiras, revela pesquisa

Mais da metade dos municípios brasileiros sofre com queimadas, desmatamentos e assoreamentos. É o que aponta um levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), com base na pesquisa "Perfil dos Municípios Brasileiros de 2008", do IBGE.De acordo com a pesquisa, focos de incêndio foram verificados em 54,3% dos 5.563 municípios do país.
As regiões Norte e Nordeste são as que concentram o maior número de cidades com queimadas: Maranhão (88%), Tocantins (82,7%) e Rondônia (80,77%).Segundo a CNM, as queimadas na região amazônica, onde se concentra o problema, são comuns em razão da transformação das florestas em pastos e áreas para agricultura e manutenção destes locais. "O estudo, inédito, pode orientar e estimular os municípios a saber como agir localmente contra as queimadas", diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
Em 53,5% das cidades brasileiras foram constatados casos de desmatamento. O Maranhão também é o Estado com mais cidades atingidas (84,8%), seguido de Pará, Ceará, Pernambuco e Bahia. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do Maranhão, um trabalho para mapear as áreas de maior incidência de desmatamento e queimadas está sendo realizado para minimizar os impactos.A secretaria diz que as queimadas nos pastos são um "vício comum" entre proprietários rurais da região sudoeste em períodos que antecedem o novo plantio. A ação das carvoarias ilegais também é apontada como causa.
Outros problemas - Terceiro problema com maior incidência no país, o assoreamento de corpos d'água afeta 53% da cidades, segundo a pesquisa.Poluição e escassez de água atingem, respectivamente, 41,7% e 40,8% dos municípios. Neste quesito, após a Paraíba, que concentra mais municípios atingidos por escassez de água (76,7%), aparece o Rio Grande do Sul (61,1%). "Antes o Estado não sofria com falta d'água. Mas com as mudanças climáticas um dos maiores investimentos foi para abertura de poços nas cidades", diz Ziulkoski.
Outro dado que chama a atenção no estudo é o ranking dos Estados com mais municípios com incidência de poluição do ar. São Paulo não aparece entre os dez primeiros. Rondônia lidera a lista.
(Fonte: Folha Online)