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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Reduza 20 % no gasto de tinta em suas impressões

Que tal usar uma fonte, no seu computador, que reduz em até 20% o uso de tinta da sua impressora? Bom para você, para o meio ambiente e para a reciclagem de papel. Então conheça a Ecofont! As melhores ideias são as mais simples, o que não quer dizer que não dão trabalho para serem inventadas. A agência de comunicação Holandesa SPRANQ, para criar uma fonte que usa menos tinta, tentou letras bem finas, letras vazadas, tirar traços e vazar as letras usando formas geométricas. Mas o melhor resultado foi obtido fazendo pequenos círculos vazados no corpo das fontes. Surgiu então a Ecofont. O objetivo da SPRANQ é estimular a consciência sobre o uso que fazemos do computador e da impressora. É realmente necessário tudo o que imprimimos, ou desperdiçamos muito papel e tinta? Como funciona a Ecofont? O desenho da Ecofont foi baseado em uma fonte de código livre (pode ser usada gratuitamente). Com círculos vazados em todas as letras, gera economia no simples fato que a impressora vai transferir menos tinta para o papel. Mas não apresenta defeito? Não. Os círculos não são visíveis no computador (usando corpo 12, o maior tamanho comum em impressão de documentos), porque são muito pequenos. Apenas com uma ampliação de 400%, no documento testado, é que foi possível visualizar os círculos com clareza. Impresso, o resultado é o mesmo, pois na transferência da tinta para o papel, ocorre uma absorção da tinta que cobre os espaços em branco. Usando papel reciclado (mais poroso) o resultado é ainda melhor. Mesmo efeito com menos carga de tinta no papel. Hoje em dia há empresas fabricando papel reciclado branco, que é obtido a partir de papel de escritório usado e aparas brancas. Usar a Ecofont vai auxiliar na produção de um papel reciclado branco de qualidade ainda melhor. A Ecofont substitui perfeitamente a fonte de letras usada normalmente em impressão de documentos de escritório. Quer uma dica tão simples e útil quanto usar a Ecofont? Combine o uso desta fonte com a impressão de textos em tons de cinza. 70% de preto proporciona uma excelente leitura e aumenta ainda mais a economia de tinta. Baixe a fonte aqui http://www.ecofont.com/pt/produtos/verde/fonte/baixar.html

Por que há 60 minutos em uma hora?

Por que nós dividimos a hora em 60 minutos e os minutos em 60 segundos? Estas divisões menores de tempo têm sido usadas na prática apenas há mais ou menos 400 anos, mas elas foram vitais para o advento da ciência moderna. Por milênios, civilizações antigas olharam para o céu para medir as grandes unidades de tempo. Há o ano, que é o tempo que a Terra leva para completar uma órbita ao redor do sol; o mês, que é aproximadamente o tempo que a lua leva para orbitar nosso planeta; a semana, que é aproximadamente o tempo entre as quatro fases da lua; e o dia, que representa a duração de uma rotação da Terra sobre o seu eixo. Mas dividir o tempo não foi assim tão simples, embora tenha suas origens em tradições milenares. Sistemas numéricos O uso do número 60 como forma de medição começou com os sumérios, que utilizavam diferentes sistemas numéricos. Enquanto você e eu escrevemos números usando a base 10, ou “decimal”, esta civilização utilizava a base 12 (“duodecimal”) e a base 60 (“sexagesimal”). Não se sabe exatamente por que eles escolheram esses sistemas, mas há algumas teorias: Muitas culturas antigas usavam os três segmentos de cada dedo, fora o dedão, para contar até 12 em uma mão, conforme escreve Georges Ifrah em seu livro “A História Universal dos Números”. A hipótese é de que o sistema usando o número 60 surgiu usando-se os cinco dedos de uma mão com os doze segmentos da outra. Poucas frações têm decimais repetidos (1/3 = 0,333…) quando escritas em formato sexagesimal. Isto é particularmente importante porque os sumérios não tinham noção de frações que repetiam dígitos. Em “Uma Introdução à História da Álgebra”, o autor Jacques Sesiano descreve uma inscrição suméria em uma pedra onde está escrito “Eu não sei o inverso de 7/6″. Doze foi um número importante para os sumérios, e mais tarde para os egípcios. Por exemplo, era o número de ciclos lunares num ano e o número de constelações do zodíaco. Dia e noite foram divididos em 12 períodos cada e o dia com 24 horas nasceu. Ângulos e astronomia antiga No século XXIV aC, os sumérios foram conquistados pelos acádios, que, em seguida, foram derrotados pelos amorreus, que subiram ao poder e construíram a nação-estado da Babilônia, que atingiu seu ápice no século XVIII aC. Os babilônios inventaram o grau e definiram que um círculo tem 360 graus. Há algumas teorias a respeito de porque eles escolheram 360: Os Babilônios sabiam que um ano tinha aproximadamente 360 dias. Portanto, o sol “se movia” ao longo da eclíptica aproximadamente 1 grau por dia. O raio de um círculo forma um hexágono circunscrito de seis triângulos equiláteros, e, assim, um sexto de um círculo constitui uma medida de ângulo natural. Nos numerais herdados dos sumérios, o valor de um número sexagesimal foi inferido a partir do contexto, por isso seis foi “escrito” da mesma forma que 360. Astrônomos babilônios começaram a catalogar estrelas no século XIV aC. A astronomia floresceu conforme eles desenvolveram uma profunda compreensão dos ciclos do sol e da lua, e até previram eclipses. Catálogos de estrelas babilônicos serviram como base da astronomia por mais de mil anos, apesar da expansão e queda do Império Assírio Médio, do Império Neoassírio, do Império Neobabilônico e do Império Aquemênida. Grécia e Roma As conquistas de Alexandre, o Grande, entre 335 e 324 aC, ajudaram a difundir a astronomia babilônica para a Grécia e a Índia. Embora os gregos tivessem seus próprios números na base decimal, catálogos de estrelas babilônicos criaram uma associação tão forte entre a astronomia e o sistema sexagesimal que os estudiosos gregos (e mais tarde os romanos) continuaram utilizando-o. Esta associação logo resultou na navegação e na trigonometria. Após a descoberta por Eratóstenes de Cirene que a Terra é redonda, no primeiro século aC, Hiparco de Nicéia adaptou os graus para quantificar as linhas de longitude e latitude. Dois séculos mais tarde, no Império Romano, Ptolomeu de Alexandria subdividiu as coordenadas dos graus em 60s (minutos) e 60s de 60s (segundos). Esta convenção de “graus, minutos e segundos” é usada ainda hoje para traçar locais da Terra, assim como as posições das estrelas. Arábia, Ibéria e Grande Europa Grande parte desse conhecimento foi perdido na Europa durante vários séculos após a queda de Roma no século V dC. Os impérios islâmico-árabes herdaram muitas ideias romanas (e mais tarde indianas), começando com o Califado Rashidum no século VII. Muçulmanos eruditos, após expandirem esse conhecimento de forma ampla, reintroduziram-no na Europa no século VIII, através da Península Ibérica, que era então parte do Califado Omíada. O Califado de Córdoba, no século X, tornou-se muito influente na transferência de conhecimento para os estudiosos cristãos medievais. Tais obras incluíram muitos escritos perdidos por estudiosos gregos e romanos, a invenção da álgebra pelo estudioso persa do século IX, Al -Khwarizmi, a invenção indiana dos numerais de 0 a 9, e a invenção de um símbolo para o zero, do estudioso indiano do século VII, Brahmagupta. Astrônomos medievais foram os primeiros a aplicar valores sexagesimais ao tempo. O estudioso persa Al-Bīrūnī tabulou o tempo das luas novas de datas específicas em horas, 60s (minutos), 60s de 60s (segundos), 60s de 60s de 60s (terços), e 60s de 60s de 60s de 60s (quartos). Luas cheias foram tabuladas usando essas mesmas divisões pelo estudioso cristão Roger Bacon no século XIII. Ponteiros dos minutos Minutos e segundos, no entanto, não foram utilizados para a cronometragem do dia a dia por vários séculos. O relógio mecânico apareceu pela primeira vez na Europa no final do século XIV, mas somente com um ponteiro, seguindo o desenho de relógios de sol e relógios de água. Minutos e segundos eram apenas hipotéticas quantidades de tempo. De acordo com David S. Landes, na obra “Revolution in Time” (“Revolução no Tempo”, em tradução livre), os astrônomos do século XVI começaram a perceber fisicamente minutos e segundos com a construção de melhores relógios com ponteiros de minutos e segundos, a fim de melhorar as medições astronômicas. Enquanto sextantes e quadrantes (ainda não havia telescópios) eram há muito tempo usados para quantificar os céus, devido aos movimentos do céu sua precisão limitou-se a quão bem um usuário conhecia o tempo. Tycho Brahe foi um desses pioneiros do uso de minutos e segundos e foi capaz de fazer medições com uma precisão sem precedentes. Muitas de suas medições indicam que ele sabia dizer o tempo em um espaço tão curto quanto 8 segundos. Em 1609, Johannes Kepler publicou suas leis do movimento planetário com base em dados de Brahe. Setenta anos depois, Isaac Newton usou essas leis para desenvolver sua teoria da gravitação, mostrando que os movimentos terrestres e celestes eram regidos pelas mesmas leis matemáticas. Legado sumério Hoje, 5 mil anos depois que os sumérios começaram a usar o número 60, nós dividimos nossos dias em horas, minutos e segundos. Nos últimos anos, foram alterados os métodos como as unidades são medidas. Não mais obtido pela divisão de eventos astronômicos em partes menores, o segundo é agora definido em nível atômico. Especificamente, um segundo é a duração de 9.192.631.770 transições de energia de um átomo de césio. [LiveScience, Space]

sábado, 26 de abril de 2014

Pernilongos podem trazer nova doença ao Brasil

Pernilongos de dez países das Américas são altamente capazes de transmitir a febre do chikungunya, que provoca doença semelhante à dengue e é transmitido pelo mesmo vetor. Após causar epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe, o vírus chikungunya tem grande possibilidade de se espalhar pelo Brasil e por outros países das Américas, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Pasteur (França). A preocupação no continente americano cresceu depois que casos suspeitos da febre do chikungunya foram identificados na ilha de Saint Martin, no Caribe, em dezembro de 2013. "Desde 2004, o vírus vem se alastrando pelo mundo e já houve registro de casos importados no Brasil, envolvendo pessoas que viajaram para outros países. A transmissão da doença em solo brasileiro ainda não ocorreu, mas a pesquisa recém-concluída revela que há um risco real e é preciso agir para evitar uma epidemia grave, uma vez que os mosquitos transmissores são os mesmos da dengue", afirmou Ricardo Lourenço coordenador do estudo. A pesquisa, publicada na revista científica Journal of Virology, revela que, em cidades populosas como o Rio de Janeiro, onde há grande infestação de mosquitos Aedes aegypti, um dos vetores da doença, o risco de disseminação é muito alto. Aedes albopictus O estudo comprova, pela primeira vez, que pernilongos Aedes aegypti e Aedes albopictus de 10 países do continente americano são altamente capazes de transmitir chikungunya. Porém, a maior eficiência para disseminar a doença foi encontrada nos vetores da América Latina, com destaque para o Rio de Janeiro. Em uma das populações de Aedes albopictus da cidade descobriu-se que 96,7% dos insetos passaram a transmitir o vírus uma semana após terem ingerido sangue contaminado. Porém, o vírus pode ser transmitido pela picada de pernilongos do Rio de Janeiro apenas dois dias depois de os pernilongos terem sido infectados. Chikungunya Não existe vacina e nem remédio específico contra o chikungunya. O tratamento da doença consiste em hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo, ainda, fortes dores nas articulações que podem perdurar por vários dias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, complicações graves são raras, mas em pessoas idosas, a infecção pode contribuir para a morte. De acordo com o especialista, o controle da doença depende do combate aos pernilongos. "Além da dengue, que é um risco constante no Brasil, há agora um novo motivo para as autoridades e a população reforçarem as ações contra os pernilongos vetores, que são os mesmos". Redação do Diário da Saúde

Lavradora de Pium produz frutas através do sistema agroflorestal

No município de Pium, a 119 km de Palmas, a lavradora Almerinda Vieira desenvolveu um projeto modelo de plantio. Em apenas um hectare da propriedade, ela produz sem precisar desmatar. Em uma área ao lado da casa, existe um pomar diversificado com coco, mamão, graviola, banana, acerola, limão, cana-de-açúcar e até hortaliças. Almerinda ficou viúva há seis anos, os filhos moram todos na cidade e ela decidiu cuidar da propriedade de 30 hectares. Mesmo sem conhecimento, a lavradora usou o sistema agroflorestal, que reúne as culturas agrícolas com as florestais, para fazer o pomar. No meio da pequena plantação, existem jatobá, mirindiba, espécies nativas, que garantem a adubação do pomar. Desta forma, Almerinda consegue manter o solo sempre úmido e com os nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Com esse sistema, a lavradora está produzindo alimentos orgânicos de qualidade. Nenhuma fruta é vendida, todos os produtos são distribuídos entre amigos e parentes. Confira reportagem acima. (Fonte: G1)

Science publica estudo sobre o impacto do novo Código Florestal

rabalho de pesquisadores brasileiros mostra que houve uma grande anistia para quem desmatou até 2008, sendo que a nova legislação reduziu de 50 milhões de hectares para 21 milhões as áreas que precisam ser restauradas no país A revista científica norte-americana Science, na sua edição de 25 de abril, apresenta um artigo que decifra o Novo Código Florestal e os impactos causados pela nova legislação na conservação ambiental e produção agrícola no Brasil. No artigo, os autores demonstram que a revisão do código florestal brasileiro proporcionou uma grande anistia para quem desmatou até 2008, reduzindo em 58% o passivo ambiental dos imóveis rurais no Brasil. Com isso, a área desmatada ilegalmente, que pela legislação anterior deveria ser restaurada, foi reduzida de 50 para 21 milhões de hectares (Mha), sendo 22% Áreas de Preservação Permanente nas margens dos rios e 78% áreas de Reserva Legal. Essas reduções, segundo os autores, afetam os programas nacionais de conservação ambiental, principalmente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Por exemplo, a recuperação da Mata Atlântica, onde resta somente de 12 a 16% de floresta, é vital para provisão de serviços ambientais, dentre os quais se destaca o fornecimento de água para geração de energia hidroelétrica e abastecimento dos grandes centros urbanos. Dessa forma, a redução da necessidade de recuperação ambiental pode agravar a crise de abastecimento de água que já assola a região metropolitana de São Paulo e outras grandes cidades brasileiras. O estudo, liderado pelos professores Britaldo Soares Filho e Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo brasileiro e pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do centro de pesquisa americano Woods Hole Research Center, mostra ainda que é infundada a afirmação de que a conservação ambiental conflita com o fortalecimento da produção agrícola no País. Segundo o estudo, somente 1% do total nacional de áreas de lavoura ocupa margens de rios que devem ser restauradas. Apesar de constatações como essa, a publicação do estudo coincide com notícias de desmatamento crescente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, e a pressão contínua dos ruralistas que, organizados, buscam ampliar ainda mais a anistia dada pelo novo código florestal. “O lobby rural tem que entender que já teve um ganho substancial e se continuar a boicotar ou sabotar o código florestal vai dar um tiro no pé, pois a produtividade agrícola depende da manutenção do meio ambiente e estabilidade do clima”, diz Britaldo Soares Filho. Mesmo tendo feito grandes concessões ao setor rural, se a nova legislação for levada a cabo, argumenta o estudo, ela poderá trazer, finalmente, valor à floresta em pé. Em particular, proprietários que detêm áreas de florestas além do exigido pela lei poderão negociar no mercado financeiro os títulos conhecidos como Cotas de Reservas Ambientais (CRA), o que ofereceria uma alternativa econômica para a preservação de parte dos 88 Mha de vegetação nativa que ainda poderiam ser desmatados legalmente. Além disso, a implementação do agora obrigatório Cadastro Ambiental Rural (CAR) em todo território nacional pode inaugurar uma nova era de governança ambiental, tendo em vista o seu potencial para detectar e punir os desmatamentos ilegais através de imagens de satélite e do registro eletrônico das propriedades. Por fim, para a implementação plena do Código Florestal e mitigação das mudanças climáticas, o estudo defende a criação de formas de pagamento por serviços ambientais e a necessidade de incentivos econômicos aportados por fundos internacionais como o recém criado Fundo de Varsóvia para o REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). “A efetivação do Código deverá estar amarrada a benefícios econômicos para aqueles proprietários que conservarem sua vegetação nativa. Isto será crucial para que o Brasil consiga conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento agrícola”, afirma Raoni Rajão. A revista científica Science é publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência e é considerada uma das revistas mais prestigiadas de sua categoria. Para chegar aos números publicados, os autores analisaram uma extensa base de dados cartográficos sobre o Brasil através de software desenvolvido pela própria UFMG, que incorpora as complexas regras do novo Código Florestal. Intitulado Cracking Brazil’s Forest Code, o artigo integra o vol. 344 da Science. * Publicado originalmente pelo Ipam e retirado do site CarbonoBrasil. (CarbonoBrasil)

Relatório aponta que 60% da água subterrânea da China está poluída

Cerca de 60% da água subterrânea da China está muito poluída para ser bebida sem um tratamento prévio, segundo um relatório ministerial sobre a qualidade da água, informou a agência Xinhua, estatal do país. No ano de 2013, a qualidade da água era “muito pobre” ou “relativamente pobre” nas 203 cidades onde foi testada, indicou o relatório anual do ministério de Terra e Recursos. A porcentagem de água não potável cresceu de 57,4% em 2012 a 60% em 2013, acrescentou. O boom econômico da China provoca uma preocupação crescente pelas questões do meio ambiente, em um país com partes inteiras cobertas frequentemente por uma espessa névoa e com as águas e terras poluídas. O ministério do Meio Ambiente chinês indicou na semana passada que 16% das terras do país também estavam contaminadas. (Fonte: G1)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Quem foi o primeiro ser humano?

Você tem um pai e uma mãe, e todo mundo que você conhece também. Esses pais todos também pais, e assim por diante. Mas, incrivelmente, não foi sempre assim. Simplesmente, não existe o primeiro ser humano. Baseados em fósseis recuperados ao longo da história, cientistas estimaram uma “linha do tempo” dos nossos ancestrais (curiosidade: se juntássemos todos os nossos ancestrais em uma pilha, ela seria duas vezes maior que o Everest, montanha mais alta da Terra). Novos fósseis descobertos bagunçam a história da evolução humana Hoje, somos o que a ciência chama de “homem moderno”, ou Homo sapiens. 20 mil anos atrás, havia o homem mesolítico. Há 200.000 anos, havia o homem paleolítico (esses homens também eram do gênero Homo, mas haviam outras espécies, como os Neandertais). Há 1,5 milhões de anos, tínhamos um hominídeo ainda mais primitivo, como o Homo erectus. Porém, 25 milhões de anos atrás, já não temos mais um ser humano ou sequer um hominídeo; temos o Proconsul, um gênero de primatas parecidos com os atuais macacos que viveram na África. Até aí, tudo bem. Só que, ainda mais longe, 75 milhões de anos atrás, aparece o nosso ancestral Plesiadapis, uma das mais antigas espécies de mamíferos aparentada aos primatas. Esse animal estava mais para esquilo do que algo parecido conosco. E, 160 milhões de anos para longe na nossa história, temos o Juramaia, um gênero extinto de mamífero euteriano (esse lembrava um musaranho). E 300 milhões de anos atrás? Quem existia nessa época? O Hylonomus, o mais antigo réptil encontrado até hoje, anterior até mesmo aos dinossauros (mais tarde, esse lagarto primitivo se ramificou para os grandalhões protagonistas de clássicos como Jurrasic Park). Aliás, todos esses outros animais com quem temos uma “história conjunta” possuem suas próprias histórias, seus próprios “ramos” nessa árvore genealógica da vida. Finalmente, 385 milhões de anos atrás, conhecemos o último de nossos ancestrais nessa retrospectiva, o Tiktaalik, gênero de peixes sarcopterígeos (que possuem barbatanas com músculo) extinto, com muitas características típicas de tetrápodes (animais de quatro patas). Ele provavelmente é um exemplo de antigas linhas de sarcopterígeos que desenvolveram adaptações a habitats pobres em oxigênio (talvez por conta de águas pouco profundas presentes no seu tempo), e que levaram à evolução dos primeiros anfíbios. Ou seja, esses anfíbios se tornaram répteis, que depois viraram mamíferos, e primatas e hominídeos. E onde nós estamos? Quer dizer, onde se encontra o “primeiro ser humano”, o primeiro homem moderno, da mesma espécie que a gente, nessa lista? Não há um. Para os cientistas, é difícil dizer isso, afinal, todo Homo erectus teve pais Homo erectus e filhos Homo erectus, assim como os Tiktaalik, que vieram de Tiktaalik e produziram Tiktaalik, e todas as outras espécies que mencionamos aqui. Não é possível apontar o momento exato em que uma espécie surgiu, porque esse momento não existe. Para ter uma ideia do que estamos falando, pense no fato de que você era um bebê, e hoje é adulto. Não existe um único dia em que você foi dormir bebê, e acordou adulto (embora tenhamos essa impressão às vezes). E, apesar de parecer um paradoxo não haver um primeiro ser humano, essa observação é na verdade uma das chaves para entender a evolução. A evolução ocorre de maneira rápida e gradual e, como um filme rodando, muitas vezes a gente não consegue ver a mudança enquanto ela está ocorrendo. Mas, toda vez que encontramos um fóssil, é como uma captura de tela de um ponto no passado. Essas fotografias (frequentemente com vários frames faltando entre uma e outra) nos permitem ver pontos da história e nos forçam a reconstruir, baseados nelas, o filme todo. E que filme… [It'sOkayToBeSmart]

Documentário mostra riscos dos agrotóxicos nos alimentos

No país que mais consome agrotóxicos no mundo, há alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. É o que procura mostrar o filme O Veneno Está na Mesa 2, novo documentário do cineasta Silvio Tendler, lançado quarta-feira (16), no Teatro Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio. O filme dá continuidade à reflexão sobre o perigo que o uso de agrotóxicos representa para a saúde, mostrada no primeiro documentário de Tendler sobre o tema, com o mesmo título e lançado em 2011. Com 70 minutos de duração, O Veneno Está na Mesa 2 avança na desconstrução do mito de que a utilização dos defensivos agrícolas é indispensável para garantir abundância de alimentos na mesa do consumidor. Os dois documentários fazem parte de uma estratégia de ação da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, iniciativa que reúne movimentos sociais e entidades no objetivo comum de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam. A partir daí, a ideia é propor medidas para frear seu uso no Brasil. “O povo brasileiro não pode mais engolir essa história de que o agrotóxico é a modernidade no campo. Ele gera câncer, trabalho escravo e manda todo seu lucro para o exterior”, disse Alan Tygel, um dos coordenadores da campanha. A produção do filme contou com o apoio da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vem desenvolvendo iniciativas para que a produção de alimentos sem veneno se torne uma alternativa viável. De acordo com o diretor Silvio Tendler, não há sentido em se construir uma economia baseada na destruição da natureza. “A agroecologia é fundamental como forma de produção econômica, social e de desenvolvimento. No filme eu mostro pessoas que plantam e cultivam de forma sadia e também as dificuldades que elas enfrentam para a comercialização dos alimentos que produzem”, destacou o cineasta. A exemplo do primeiro documentário da série, visto por mais de um milhão de pessoas, O Veneno Está na Mesa 2 será distribuído gratuitamente para um circuito alternativo de exibição. Escolas, universidades, comunidades, igrejas, assentamentos de trabalhadores rurais e outros locais integram esse circuito, coordenado pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. (Fonte: Agência Brasil)

Crianças imunes a vírus podem ser a chave para o tratamento de doenças virais

Os vírus são criaturas terríveis e incompetentes, mas temos que admitir: eles são altamente inteligentes. Quando digo que são incompetentes, é porque são incapazes de produzir proteínas por conta própria. Por isso, invadem nosso organismo e “sequestram” as nossas, usando-as como abrigo. Assim eles ficam protegidos e conseguem se reproduzir, infestando nosso corpo os mais variados tipos de doenças. E são absolutamente inteligentes por um motivo muito simples: em alguns casos, como o vírus da AIDS, a ciência e a medicina ainda não encontraram maneiras de detê-los. Pelo menos por enquanto. Uma recente descoberta parece ter colocado a veracidade dessa afirmação em contagem regressiva, e os cientistas podem ter encontrado um novo caminho para o tratamento de doenças virais. Encontrado novo alvo para a vacina contra o vírus da dengue A descoberta O caso de um casal de irmãos (um menino de 11 anos e uma menina de 6) foi relatado recentemente no New England Journal of Medicine e pode representar um novo e brilhante momento para a medicina. Os dois foram diagnosticados com uma doença genética extremamente rara que, resumidamente, fornece proteínas quebradas aos vírus que invadem seus organismos. Isso faz com que eles se tornem imunes a muitas classes de vírus. Esses irmãos são apenas o segundo e terceiro caso já verificado com este raro distúrbio genético. A primeira foi constatada em um bebê que morreu com 74 dias. O maior problema é que a imunidade aos vírus, no entanto, tem um custo – tanto o menino quanto a menina têm problemas de desenvolvimento, ossos frágeis e um sistema imunológico drasticamente enfraquecido, o que torna ainda mais notável o fato de eles não terem doenças como infecções de ouvido ou gripe. O mais preciso e completo modelo 3D de um vírus que certamente já te deixou doente Todos esses efeitos colaterais acontecem porque essa mutação genética afeta um processo biológico básico chamado glicosilação, que é quando uma molécula de açúcar está ligada a uma proteína. Estas proteínas de açúcar resultantes são usadas ​​em todo o corpo, e também por vírus – que as roubam para construir uma espécie de escudo protetor para seu material genético. E quando essas proteínas de açúcar são perturbadas, a ação de vírus como os da gripe, herpes, dengue, hepatite C e até HIV é bloqueada, o que sugere novas possibilidades de tratamentos antivirais. Possibilidades Tratamentos antivirais podem bloquear temporariamente a glicosilação para prevenir a infecção viral sem os efeitos secundários devastadores de que falamos. Inclusive, algumas estratégias já estão sendo testadas, como uma droga que está atualmente sendo aplicada em pacientes com HIV. Segundo os médicos, os efeitos parecem promissores. “O pior efeito colateral foi flatulência”, disse o Dr. Sergio Rosenzweig. Quanto a essas crianças, o distúrbio genético que elas têm é tão rara que ainda não é bem compreendida. No entanto, é uma nova perspectiva para a compreensão de como o corpo humano e os vírus interagem, abrindo portas para novas drogas que possam interferir em outras partes do processo de glicosilação e tratar outras infecções virais. Temos um longo caminho pela frente, mas estas duas crianças podem ser a chave para o segredo de como combater diversos vírus. [Gizmodo]

Epidemia de ebola está ’sob controle’ na Guiné, diz ministro

A epidemia de febre hemorrágica, provocada em parte pelo vírus Ebola, está “sob controle”, declarou nesta segunda-feira (14) o ministro guineano das Relações Exteriores, Francois Fall. “Estamos contentes em dizer que controlamos a propagação da epidemia” de febre hemorrágica, declarou Fall à imprensa após um encontro com seu colega sul-africano Maite Nkoana-Mashabane em Pretória. “Nós conseguimos até mesmo curar alguns pacientes atingidos”, acrescentou. Desde o início do ano, foram notificados na Guiné 168 casos de febre hemorrágica, incluindo 106 mortes. Destes 168 casos, 71 pessoas foram contaminadas, de maneira confirmada por meio de análises laboratoriais, pelo vírus Ebola, de acordo com o último registro divulgado nesta segunda pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Guiné “recebeu ajuda da comunidade internacional para impedir a propagação da epidemia”, disse Queda. Ele explicou que foram tomadas medidas rigorosas para evitar a sua propagação, incluindo exames de saúde específicos para qualquer pessoa que entrasse ou saísse do território da Guiné. Não existe vacina nem tratamento específico para o Ebola, uma doença que mata grande parte da pessoas atingidas. O vírus Ebola, altamente contagioso, se propagou para a vizinha Libéria, onde foram confirmados cinco casos (de 25 casos suspeitos de febre hemorrágica e 12 mortes, de acordo com os últimos dados do governo da Libéria). Outros casos suspeitos de febre hemorrágica foram relatados em Serra Leoa e Mali, mas os testes para Ebola deram negativo. (Fonte: G1)

Pesquisadores alertam para possível descoberta de novo vírus letal na China

Uma equipe de cientistas chineses pode ter descoberto um novo vírus capaz de infectar e levar humanos à morte. Três trabalhadores de uma mina de cobre no sudoeste chinês, mortos em 2012 por pneumonia, podem ter sido vítimas do vírus. A hipótese foi levantada em um estudo quer será publicado pelo periódico Emerging Infectious Diseases e foi destaque do site da revista Science. Para chegar a ela, os pesquisadores analisaram amostras fecais de morcegos e ratos da mina. O vírus descoberto foi batizado de Mojiang paramyxovirus (MojV), em referência à região em que foi encontrado. Sua genética se parece com a de outros dois vírus, também mortais, já conhecidos. Um deles é o Hendra vírus, responsável pela morte de cavalos, que foi identificado na Austrália há cerca de 20 anos. Desde então, quatro pessoas que tiveram contato com cavalos infectados morreram. O outro é o Nipah vírus, responsável pela morte de diversos indivíduos na Ásia. No caso dessas duas espécies, o hospedeiro natural, que hospeda o vírus na natureza, parece ser o mesmo. É um morcego, que se alimenta principalmente de frutas, e é conhecido como raposa voadora. Mas os testes feitos em morcegos para o novo vírus deram negativo. Para o MojV, ratos podem ser hospedeiros naturais. Três dos nove ratos estudados estavam infectados. As vítimas da mina de cobre morreram antes dos cientistas iniciarem os estudos. Por isso, os pesquisadores não conseguiram estabelecer uma relação direta entre o vírus e a morte dos trabalhadores. Outros dois estudos foram feitos na própria China para identificar morcegos com o vírus. Nenhum obteve resultado positivo, o que pode indicar que o vírus até agora não se alastrou. Os pesquisadores acreditam que a relação entre o vírus e roedores deve ser estudada. (Fonte: UOL)

Novo fungo ameaça plantações de banana no mundo inteiro

Uma nova subespécie do mal-do-Panamá ataca a variedade do fruto mais cultivada no globo, a cavendish. No Brasil, a doença compromete mais de 90% das bananas que chegam ao mercado. O surgimento de uma nova versão do fungo que dizimou plantações de bananas no mundo inteiro durante a primeira metade do século 20 fez a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) emitir um alerta. Batizada de 4 Tropical (TR4), a nova subespécie do agente patogênico causador do mal-do-Panamá já foi encontrada em plantações na Ásia, Jordânia e Moçambique. A preocupação é que o problema chegue à América Latina e também ao Brasil. Nesta segunda-feira (14/04), a FAO pediu que os países produtores sejam mais ativos no monitoramento e prevenção da doença, considerada uma das mais destrutivas. A TR4 é mais agressiva do que as outras versões existentes do fungo. Ela ataca mais de 50 variedades de bananas, como as cavendish, que incluem os tipos nanica e nanicão. As bananas cavendish, líderes no mercado mundial de exportação, eram até então resistentes à essa praga. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o fungo ameaça também as variedades prata e maçã. Juntas, essas variedades correspondem a mais de 90% das bananas que chegam aos supermercados no Brasil. “É difícil falar em termos reais, as probabilidades de a TR4 entrar no Brasil, mas eu diria que são altas e pode ser questão de tempo. O fungo pode entrar por diferentes vias, como solo contaminado em sapatos, ferramentas, mudas de bananeira – visivelmente sadias, mas infectadas –, além de plantas ornamentais que podem também ser hospedeiras”, conta Miguel Angel Dita Rodriguez, engenheiro agrônomo da Embrapa. O fungo causador do mal-do-Panamá infecta os solos, podendo permanecer na região por até 30 anos. Ele entra nas bananeiras através das raízes e invade seu sistema vascular, causando a sua morte. A planta contaminada raramente produz frutos. História se repete – O cultivo de banana já foi ameaçado pelo mal-do-Panamá no início do século 20. A doença ganhou o nome do local onde foi observada pela primeira vez, por volta de 1890. Depois de uma década, o mal já havia aparecido na Costa Rica, Suriname, Trindade e Tobago, Cuba, Porto Rico, Jamaica, Honduras e Guatemala. Entre as décadas de 1920 e 1950, o fungo se espalhou por todas as regiões que cultivam banana na América, chegando ao Brasil. A principal variedade plantada e exportada na época era a gros michel. Nesse período, a variedade do tipo maçã quase sumiu do mercado brasileiro. Segundo o historiador da Universidade Carnegie Mellon John Soluri, que pesquisa o tema há mais de 20 anos, o mal-do-Panamá devastou principalmente a economia dos países produtores de banana, além de prejudicar os agricultores que dependiam dessa cultura. “O maior impacto foi a criação do que chamo de agricultura itinerante, ou seja, as companhias de frutas mudavam suas plantações de região em região, país em país, em busca de solos livre do fungo. Isso funcionava de cinco a 20 anos, até a doença chegar”, afirma Soluri em entrevista à DW Brasil. Por causa dessa prática, os consumidores não teriam sido afetados e o preço não teria sofrido variações drásticas. Na época, a banana foi salva graças à substituição da gros michael pela variedade cavendish, iniciada na década de 1950. É justamente esse tipo que está sendo atacado agora pela nova raça do fungo. O historiador não acredita que faltará banana para o mercado de exportação. Para ele, quem irá sofrer os impactos de uma possível epidemia são os pequenos produtores que abastecem os mercados locais e de subsistência na África e na América Latina. “A ideia de que a banana será extinta é mais um fenômeno cultural de marketing do que puramente biológico ou ecológico”, reforça Soluri. Segundo a FAO, a banana é a oitava cultura alimentar mais importante do mundo e a quarta nos países em desenvolvimento. Ela é plantada em mais de 135 países, principalmente por pequenos agricultores e para a economia local. Menos de 15% da produção mundial é exportada. Os maiores produtores são Índia, China, Uganda, Filipinas, Equador e Brasil. Prevenção é a melhor solução – Ainda não foi descoberta uma substância química ou método que possa combater e matar qualquer uma das subespécies desse fungo, eliminando-o do solo. Outras raças já estão presentes no Brasil, porém as variedades cavendish cultivadas no país são imunes a elas. Assim, a melhor maneira de evitar a epidemia é a prevenção. “Os produtores precisam se certificar de que o material usado na plantação está livre da doença, além de impedir a entrada de plantas e solo doentes na fazenda. Sistemas de irrigação e drenagem também têm um papel importante na transmissão do fungo e um planejamento nesse sistema deve ser levado em consideração”, afirma Fazil Dusunceli, do departamento de produção e proteção vegetal da FAO, em entrevista à DW Brasil. Além das medidas preventivas, o cultivo de variedades resistentes à TR4 é outro método indicado para evitar maiores impactos nas plantações. Segundo Dusunceli, pesquisas feitas nessa área já identificaram variedades resistentes, que possuem o mesmo gosto e atributos da cavendish, mas mais estudos ainda precisam ser realizados. Apesar de um possível grande impacto sobre o mercado caso a doença se espalhe pelo globo, especialista não acreditam que a banana será extinta pelo mal-do-Panamá. “Existe uma grande diversidade de variedades de bananeira e já existem pesquisas que identificaram genótipos resistentes à TR4″, reforça Rodriguez. (Fonte: Terra)

Cientistas apontam saídas para desastre climático global

Estudo de especialistas da ONU mostra que planeta ainda pode reverter previsões sombrias de catástrofes naturais. Para isso, emissões de gás do efeito estufa precisam ser reduzidas a no mínimo 40% até 2050. Apesar de todos os esforços globais para tentar reduzir a emissão de CO2 prejudicial ao clima, a liberação de gases causadores do efeito estufa teve maior aumento entre os anos 2000 e 2010 do que em qualquer outra década anterior, desde 1970. O balanço consta do terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), publicado neste domingo (13/04) em Berlim. O documento, elaborado por 195 cientistas nos últimos quatro anos, vinha sendo discutido desde o início da semana passada por representantes de vários governos nas Nações Unidas, reunidos na capital alemã. Apesar da perspectiva sombria, o relatório intitulado Mitigação da mudança climática traz esperança de que a situação pode mudar. Segundo seus autores, só será possível limitar os drásticos efeitos de catástrofes naturais – como inundações e secas – se os países conseguirem manter o aumento anual da temperatura do planeta em até 2 graus Celsius. Mas para tal, os autores do estudo apontam a necessidade de se estabelecer um conjunto de medidas políticas e técnicas. “A mensagem científica é clara: a fim de evitar danos perigosos ao sistema climático, as coisas não podem continuar como estão”, explica o cientista alemão Ottmar Edenhofer. O relatório divulgado agora é a terceira parte de um levantamento sobre mudanças climáticas. A primeira parte foi publicada em 2013 em Estocolmo, Suécia; a segunda, há poucas semanas em Yokohama, Japão. Menos CO2 até 2050 Os especialistas do clima apontam que a meta dos 2 graus Celsius só poderá ser alcançada se as taxas de emissão de gases-estufa caírem entre 40% e 70% até 2050. Para garantir o futuro das próximas gerações, as emissões de CO2 e similares terá que ser praticamente nula, até o fim deste século. No entanto, ressaltam, não basta diminuir a liberação de gases no meio ambiente. Para se chegar à ambiciosa meta de redução das mudanças climáticas, Edenhofer e seus colegas Ramón Pichs-Madruga, de Cuba, e Youba Sokona, do Mali, consideram ser essencial ter uma atmosfera completamente livre de CO2. O trio de cientistas não tem dúvidas de que a comunidade internacional precisa ser ágil em aplicar uma série de medidas a fim de limitar o aquecimento anual em apenas 2 graus Celsius. Por isso é fundamental cumprir a meta básica inicial de estabilizar a concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera. Para conseguir isso, é necessário reduzir as emissões em todos os setores, seja na geração e consumo de energia, na produção de bens de consumo, alimentação, meios de transporte ou moradia. Cooperação internacional Os cientistas enxergam um grande potencial no desenvolvimento da eficiência energética e reflorestamento. Para eles, a adoção de tecnologias menos poluentes oferece uma grande chance de diminuir os custos que seriam empregados para minimizar as mudanças climáticas. Um melhor uso da terra é outro componente-chave desta equação. Desmatamento em menor escala e maiores áreas de reflorestamento podem, na avaliação dos especialistas, não apenas estancar a emissão de CO2 como até reverter o risco atual. Segundo o relatório do IPCC, o reflorestamento orientado pode até mesmo eliminar os gases-estufa da atmosfera. Os cientistas afirmam que o uso de biomassa e o armazenamento subterrâneo de CO2 podem surtir o mesmo efeito, mas alertam sobre os riscos que essas técnicas acarretam. Assim, o objetivo principal deve ser buscar maneiras de desatrelar o crescimento econômico da necessidade de emitir gases poluentes, ressalta Sokona no relatório. Edenhofer complementa: “A chave para reduzir o aquecimento global está no trabalho de cooperação internacional.” “Este relatório é muito claro sobre o fato de estarmos perante uma questão de vontade mundial, e não de capacidade”, afirmou o secretário americano de Estado, John Kerry, num comunicado em que comenta o relatório do IPCC. (Fonte: Terra)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Guerra por comida e água está próxima, alerta Banco Mundial

Em uma entrevista ao britânico The Guardian, Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, disse que acredita que as batalhas por alimento e água devem eclodir dentro de cinco a dez anos, devido ao efeitos das mudanças climáticas. Ele pediu que ativistas e cientistas trabalhem em conjunto para criar uma solução para este problema global, e usou o exemplo do HIV para demonstrar como a união de esforços pode resultar em soluções mais rápidas e mais eficazes. A fim de manter o aquecimento global abaixo do limite acordado internacionalmente, de 2 graus Celsius, Kim disse que o mundo precisa de um plano para mostrar que está comprometido com a meta. Ele delineou quatro áreas em que o Banco Mundial poderia ajudar a combater a mudança climática: investir em cidades mais limpas e sustentáveis, encontrar um preço estável para o carbono, reduzir os subsídios aos combustíveis fósseis e desenvolver uma agricultura mais inteligente e resistente ao clima. Os comentários de Kim seguem a publicação da segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que advertiu que nenhuma nação ficaria intocada pelo aquecimento global. O relatório também alertou para os efeitos que as mudanças climáticas teriam sobre os preços dos alimentos, assim como em muitas outras áreas, como recursos hídricos. A produtividade agrícola pode cair 2% por década até o final do século, ao passo que a demanda deverá aumentar 14% até 2050. (Fonte: Exame.com)

Doenças transmitidas por insetos matam 1 milhão de pessoas por ano

A OMS ressalta que a doença que mais cresce em número de vítimas no mundo é a dengue. A OMS ressalta que a doença que mais cresce em número de vítimas no mundo é a dengue. Uma picada de inseto às vezes parece inofensiva, mas pode trazer uma grande dor de cabeça. Mosquitos, moscas, carrapatos e caramujos de água doce são exemplos de pequenos bichos que causam doenças graves, podendo levar à morte. Para chamar atenção sobre o assunto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a campanha: “Pequenas picadas: grandes ameaças”. Este é o tema do Dia Mundial da Saúde 2014, celebrado na segunda-feira (7). Neste ano, o órgão destaca que doenças como a malária, dengue, leishmaniose e febre amarela podem ser prevenidas, porém ainda afetam as regiões mais pobres, sobretudo os que moram em áreas rurais. A estimativa é que um milhão de pessoas morrem todos os anos de doenças transmitidas por insetos e o número de pessoas infectadas supera um bilhão. Além disso, mais da metade da população mundial correm o risco de serem infectados. De todas as enfermidades causadas por vetor, a mais letal é a malária. Estima-se que tenha causado 660 mil mortes em 2010, sendo as crianças africanas mais atingidas. No entanto, a OMS ressalta que a doença que mais cresce em número de vítimas no mundo é a dengue, cuja incidência aumentou 30 vezes nos últimos 50 anos. “A globalização do comércio e deslocamentos rápidos entre continentes, assim como mudanças no meio ambiente, como alteração do clima e urbanização tem exercido grande impacto na transmissão de doenças transmitidas por vetor, inclusive causando seu aparecimento em países onde eram antes desconhecidas”, afirma a OMS. (Fonte: CicloVivo)

Lixões no Brasil

O que diz a lei A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) passou duas décadas em tramitação no Congresso Nacional até virar lei, em 2010. Um dos principais objetivos é fazer com que o Brasil atinja o índice de reciclagem de resíduos de 20% até 2015, que é uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Ela foi criada com um horizonte de 20 anos, com previsão de atualização a cada quatro anos. Uma dos destaques é a logística reversa, que determina a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, fornecedores, comerciantes e consumidores de produtos para garantir que os resíduos sejam descartados de forma ambientalmente correta. Também institui programas de coleta seletiva, educação ambiental e inclusão dos catadores de material reciclável em todos os municípios. Exige, ainda, padrões sustentáveis de produção, consumo e reciclagem de resíduos.
Fonte: Greene Soluções Ambientais.

Lavar os alimentos remove todos os agrotóxicos?

Segundo a Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a lavagem dos alimentos apenas contribui para a que uma parte dos agrotóxicos seja retirada, mas não resolve o problema por completo. A explicação está nos tipos de ação. Os chamados sistêmicos são absorvidos e circulam pelos tecidos vegetais – dessa forma, a distribuição é uniforme e o tempo de ação é maior. De acordo com a Empraba, a movimentação do produto dentro das plantas “permite agir em locais dificilmente alcançáveis pelos produtos de contato”. Este é o segundo tipo, quando o agrotóxico age externamente, por contato mesmo. Ainda assim, alguns podem entrar nos alimentos por meio de porosidades. Uma boa lavagem remove parte dos resíduos que estão na superfície. Mas os que foram absorvidos continuam lá e são ingeridos junto com o morango, a maça, a cenoura, a beringela… O que pode ser feito? - Escolha alimentos certificados, cujos produtores se comprometam com boas práticas agrícolas; - Procure saber a origem das verduras e frutas que você compra no supermercado; - Quando possível, dê preferência às opções orgânicas, que não usam agrotóxicos, e escolha produtos “da época”, que não precisaram ser conservados por tanto tempo; - Mesmo que o resultado não seja 100%, lave bem os alimentos. De acordo com a Anvisa, não é comprovado que o uso de água sanitária na lavagem remove resíduos de agrotóxicos. A finalidade é matar agentes microbiológicos que podem estar presentes no alimento (essa higienização deve ser na proporção de uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água). Fonte: Super Interessante.

eBook x livro de papel: qual é o melhor?

Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você. Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels. Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa. Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares? Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos. E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele. Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa. Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria. Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa. Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você. Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels. Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa. Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares? Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos. E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele. Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa. Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria. Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa.Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você. Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels. Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa. Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares? Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos. E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele. Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa. Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria. Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa.http://hypescience.com/

Multinacionais do veneno fazem oligopólio bilionário no Brasil

Fortaleza - Foi mais de 1 milhão de toneladas de agrotóxicos nas lavouras agrícolas do Brasil na safra 2011/2012, uma boa parte com uso proibido nos Estados Unidos e nos países da União Europeia. Outra parte proibida aqui mesmo, dependendo da cultura em que seja aplicado. Para os fabricantes desses produtos químicos, isso representou um faturamento de US$ 8,9 bilhões somente no Brasil em 2011- em 2000 foi de US$ 2,5 bilhões, tornando o mercado da produção/comércio de veneno um dos mais rentáveis do Brasil. A falta de informação e fiscalização faz com que, em muitos campos agrícolas, o próprio comerciante indique e receite qual veneno o agricultor deve usar. A venda compete diretamente com os riscos. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio (5,73% em 2011) e da participação deste no PIB nacional comprovam a importância do setor que, para produzir, precisa dos agrotóxicos. O setor da agricultura teve alta de 5,57%, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). O que espanta muitos especialistas é a intensidade no uso dos produtos químicos. Em 2002, o Brasil consumiu 599,5 milhões de litros de agrotóxicos. Em 2011, a quantidade foi de 852,8 milhões de litros. Na média nacional, aumentou de 10,5 l para 12 l por hectare. E não só a quantidade, mas a toxicidade também tem aumentado. Um exemplo se dá na Região Jaguaribana, no Ceará. Um dos maiores polos fruticultores do Nordeste, há sete anos, é objeto de estudos científicos nas mais diversas vertentes sobre o impacto dos agrotóxicos - social, ambiental, econômico e na saúde humana. Um deles é o Inventário do Veneno, coordenado pelo engenheiro químico Rivelino Cavalcante, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). De acordo com o levantamento, dos 207 diferentes produtos químicos para defender a lavoura, 48% estão nas classes toxicológicas I e II, ou seja, extremamente tóxico e muito tóxico, respectivamente. Vários fatores contribuem para o crescimento no uso de agrotóxicos, como o aumento do crédito agrícola, facilitando a compra de produtos cada vez mais potentes, e mesmo a isenção fiscal (alguns agrotóxicos têm 60% de isenção de ICMS). Os agrotóxicos ficaram isentos de cobrança de ICMS no Ceará desde um decreto do Governo do Estado, em 1997. Mas a dependência do produto pela cultura é outro mantenedor de sua aquisição. É o caso do glifosato, cuja demanda é cada vez maior, sobretudo nas lavouras de soja transgênica no Estado de Mato Grosso. Trocando em miúdos, a lavoura mantém dependência do veneno quanto mais ele é utilizado. Oligopólio As 11 maiores empresas mundiais detêm 90% do mercado no Planeta e praticamente todo o mercado brasileiro. Essas fabricantes praticamente não concorrem entre si, cada uma com uma variedade de ingredientes ativos para combater uma cultura diferente, num evidente caso de oligopólio. Embora represente apenas 4% da área agrícola cultivada entre os 20 maiores países agrícolas, o Brasil responde por 20% do consumo de todos os agrotóxicos comercializados no mundo. Os produtos químicos usados na lavoura do Brasil vêm de um grupo de dez grandes empresas, por ordem decrescente de participação - Syngenta (Suíça), Bayer (Alemanha), Basf (Alemanha), FMC (EUA), Du Pont (EUA), Dow Química (EUA), Monsanto (EUA), Makhteshim-Agan (Israel) e Nufarm (Austrália). Em 2010, o Brasil respondia por 18,7% de todo o faturamento da Syngenta no mundo, de U$ 8,8 bilhões. Para conter o que chamam de "movimentos ideológicos contrários ao desenvolvimento", os fabricantes apostam na legislação a seu favor, tornando-se os principais doadores de campanhas de muitos deputados estaduais e federais, boa parte dos quais participou da elaboração do novo Código Florestal Brasileiro. Nova imagem Em outra frente, os fabricantes mundiais de veneno fazem parcerias com ONGs internacionais em projetos de preservação e, dessa forma, combatem a imagem de fabricantes de "produtos que matam". A Fundação Monsanto, por exemplo, é responsável por um projeto de capacitação de professores no interior do Estado do Paraná. O trabalho é feito em parceria com a ONG Inmed Brasil e pretende investir, até 2014, cerca de U$ 500 mil em cursos para professores, coordenadores pedagógicos e diretores de seis escolas, beneficiando também 1,6 mil alunos. Num WorkShop para jornalistas de todo o Brasil, realizado em 2012, na cidade de Campinas, com a presença do Diário do Nordeste, cientistas da Agência Nacional de Defesa Vegetal (Andef) rebateram um a um todos os argumentos de que os agrotóxicos sejam prejudiciais, se usados conforme a lei. "O alimento produzido com agrotóxico pode até ser considerado mais saudável do que os orgânicos (que não utilizam os produtos químicos)", afirmou o engenheiro agrônomo José Francisco da Cunha, consultor da empresa Tec-Fértil. O rápido crescimento e pujança dos fabricantes de veneno fez esse segmento econômico tão forte que o lobby, nas mais diversas formas, acaba prejudicando a informação sobre o uso mais correto (ou menos prejudicial) do veneno. O resultado é a aplicação de produtos em culturas para as quais ele não é orientado, a falta de obediência à carência entre uma aplicação e outra e uma medida ilegal e letal comum, tanto entre agricultores, quanto entre grandes empresas multinacionais: a produção de coquetéis (mistura de vários ingredientes ativos de herbicidas, fungicidas e inseticidas). Tudo para dar maior garantia de que a produção ficará livre de pragas. Para conseguir o registro e colocar um produto no mercado (veja infográfico), o fabricante de veneno precisa de autorização dos três órgãos brasileiros responsáveis porregular o setor: Anvisa, Mapa e Ibama. De acordo com os respectivos critérios de uso e indicação, existem cerca de 2.400 formulações de agrotóxicos registrados no Ministério da Saúde, Mapa e Ministério do Meio Ambiente, contendo cerca de 434 ingredientes ativos e o número pode aumentar nos próximos anos. Fonte: Diário do Nordeste.

Lixo é o principal criadouro do mosquito da dengue nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul

Qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue. E nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste do país, o lixo é o principal criadouro do Aedes aegypti. O número de casos da doença teve queda de 80% na comparação dos primeiros três meses de 2014 com o mesmo período do ano passado. Apesar da redução expressiva, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter-se o alerta e a necessidade de dar continuidade das ações preventivas. Segundo dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o Centro-Oeste do país concentra no lixo 43,8% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. Já na Região Norte, esse número chega a 52,4% dos criadouros. E o Sul concentra no lixo 50,1% dos criadouros. No Sudeste, os depósitos domiciliares, como calhas e pratos de vasos de planta, representam 55,7% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. O Nordeste concentra na água armazenada 75,3% dos criadouros. Por isso, remover o lixo e manter os depósitos de água tampados são medidas que evitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Se a gente tem capacidade de identificar se é um problema mais relacionado a acondicionamento de lixo, se é mais relacionado a depósitos domiciliares ou a acondicionamento da água, isso desencadeia para os municípios a possibilidade de uma estratégia mais direcionada aos determinantes. Ou seja, ao invés da gente trabalhar só na qualificação das nossas equipes para poder fazer diagnóstico precoce, evidenciar sinais de agravamento e fazer a conduta terapêutica adequada, nós podemos investir no enfrentamento dos determinantes que podem nos ajudar em relação aos resultados”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, alerta para que a sociedade se mantenha mobilizada no combate a doença. “Cada família leva, no máximo, dez a quinze minutos para fazer uma vistoria simples na casa. Além disso, é importante a população cobrar do poder público que faça a sua parte. A prefeitura tem que limpar os terrenos baldios, tem que limpar os cemitérios, as praças e fiscalizar aqueles comércios que são potencialmente mais perigosos como borracharias e ferros velhos”, completa. * Com informações de Ana Cláudia Amorim/ Web Rádio Saúde / Agência Saúde

sábado, 5 de abril de 2014

Água em garrafa está proibida nos EUA

São Francisco é a primeira cidade dos EUA a proibir água em garrafas plásticas A cidade norte-americana de São Francisco , na Califórnia, deu mais um exemplo para o mundo em termos de desenvolvimento sustentável. A partir de outubro deste ano, estarão banidas as vendas de água em ga rrafas plás ticas para uso individual. Após cobranças e protestos realizados por ativistas, as autoridades locais entraram em um consenso e determinaram que só poderá ser comercializada água em garrafas plásticas que comportem mais de 600 ml. A medida pretende reduzir os impactos ambientais gerados para a fabricação do PET e também de seu descarte. “Todos nós sabemos da importância de se combater as mudanças climáticas, São Francisco tem liderado a luta por nosso meio ambiente”, declarou o Presidente do Conselho de Supervisores, David Chiu, que também foi quem criou a lei. Durante sua fala ao San Francisco Bay Guardian, o líder também mostrou uma garrafa com 25% de sua capacidade preenchida com óleo, para representar a quantidade de petróleo usada na fabricação e transporte de garrafas d’água. Chiu lembrou que antes da década de 90 as garrafas plásticas quase não eram utilizadas, portanto não são itens necessários para manter a qualidade de vida da população. A mesma atitude tem sido replicada em outras localidades. Ainda nos EUA, a Universidade de Seattle proibiu o comércio das garrafas de água em seu campus. Na Austrália, a comunidade de Bundanoon foi a primeira a banir a água engarrafada. Fonte: Redação CicloVivo.

Água doce em risco

Aquecimento global afeta diretamente os ecossistemas de água doce A estabilidade dos ecossistemas de água doce estará seriamente com prom etida se a temperatura do planeta aumentar, de acordo com cientistas. Pesquisadores da Universidade Queen Mary, de Londres, analisaram o plâncton que existe em água doce – estruturas pequenas que são a base da cadeia alimentar nos meios aquáticos. Eles aqueceram o plâncton em 4 graus Celsius, o aumento de temperatura que os rios do planeta podem ter no próximo século, e fizeram uma descoberta alarmante. O fitoplâncton, plantas microscópicas, sofriam uma diminuição considerável em seu tamanho quando expostos a temperaturas maiores. Basicamente, o fitoplâncton maior pode fazer mais fotossíntese, mesmo que o fitoplâncton menor esteja em maior número. Pelo fitoplâncton ser capaz de produzir seu próprio alimento, eles são uma fonte de alimento para o zôoplancton – animais muito pequenos que, por sua vez, servem de alimento para animais um pouco maiores, seguindo-se, assim, a progressão natural da cadeia alimentar. Mas quando o fitoplâncton se modifica, toda essa escala é comprometida. Os cientistas responsáveis pela pesquisa acreditam que isso não quer dizer que a vida em água doce será extinta, mas que existirão mudanças e que ela, provavelmente, não ficará parecida com o modelo que conhecemos hoje. Fonte: BBC.

Entenda o que é Pegada Hídrica

Calcule o impacto que você tem causado no mundo No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água, a data é usada para gerar uma reflexão mundial acerca do uso deste bem tão precioso e finito. O evento especial também serve para instigar uma análise pessoal sobre o que cada um tem feito para preservar a água e mantê-la sempre em boas condições para as gerações futuras. Todas as escolhas, hábitos e consumos geram algum impacto ambiental. Assim como existem calculadoras que mensuram as emissões de gases de efeito estufa da rotina das pessoas, também é possível computar a quantidade de água gasta para realizar todas estas tarefas. O conceito de água virtual é extremamente necessário para que esta somatória seja possível. Antes de fazer uma lista com os hábitos alimentares e de consumo, é preciso entender que, por trás de tudo isso, existe uma quantidade enorme de água usada e que não pode ser visualizada no produto final. Este pensamento pode ajudar a definir quais são as prioridades e os padrões de consumo aplicados. A Water Footprint Network é a organização internacional responsável pela criação da calculadora que mede a pegada hídrica, seja ela individual ou de um grupo. Esta ferramenta ajuda a identificar os pontos mais críticos e aquilo que poderia ser melhorado. O consumo de carne, por exemplo, é algo que eleva muito a pegada hídrica, por toda a quantidade de água necessária durante a sua produção. As análises também avaliam a quantidade de água gasta diretamente em sua forma natural, ou seja, quantos litros são gastos no banho, na escovação dos dentes, descarga, louça, limpeza do quintal, carro, entre outras coisas. revistadomeioambiente

Cinco razões para não beber água engarrafada

O preço da água engarrafada é quase 100 vezes mais alto do que a disponibilizada pelo sistema público Apesar de ser responsável por grandes debates sobre a quantidade ideal para sua ingestão, os benefícios da água para a saúde são inegáveis. Segundo a nutricionista Amélia Duarte, o líquido está presente em 50% a 75% do peso corporal de um adulto e é um dos principais transportadores de nutrientes do nosso corpo e age também como suporte para o bom funcionamento intestinal. Mas é preciso ficar atento quando os assuntos são as fontes e o armazenamento deste recurso. Há anos, a água engarrafada está na mira de críticos e ambientalistas europeus e norte-americanos. A discussão chegou ao Brasil em 2010, mas não ganhou força, apesar deste produto ser visto por muitos cientistas como um ícone do desperdício, da desigualdade social e também um risco para a saúde. Conheça cinco motivos para não ingerir água engarrafada: 1. Ingestão de produtos químicos O biólogo Carlos Lehn alerta que, para cada litro de água engarrafada, é estimada a utilização de 200 ml de petróleo em sua produção, embalagem, transporte e refrigeração. Além disso, um estudo norte-americano revelou que há presença de fertilizantes, produtos farmacêuticos, desinfetantes e outras fórmulas químicas presentes no produto agem de forma negativa no corpo humano. 2. Danos socio-ambientais De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 900 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à água de boa qualidade, enquanto que uma parcela da população prefere consumir água engarrafada mesmo tendo acesso a água tratada. O consumo excessivo do produto em todo o mundo pode levar à superexploração de aquíferos, o que deixaria um legado de falta de água para gerações futuras. Lehn aponta que a produção e distribuição do volume das águas engarrafadas podem gerar mais de 60 mil toneladas de emissões de gases do efeito estufa, o equivalente ao que 13 mil carros geram em um ano. 3. Produção de lixo Apesar de serem materiais recicláveis, as garrafas utilizadas para o acondicionamento do recurso geralmente não são recicladas, podendo produzir até 1,5 milhões de toneladas desses resíduos por ano. E, para produzir essa quantidade de plástico, são gastos cerca de 47 milhões de litros de óleo. A cidade de Concord, em Massachusetts (EUA), foi a primeira comunidade dos Estados Unidos a abandonar a utilização das garrafas plásticas de uso único, em 2013. O motivo? Elas não estimulam a reutilização. Em 2010, só nos EUA a estimativa era o descarte de 50 bilhões de embalagens plásticas de água por ano. Menos de 10% são recicladas. “Alguns hábitos antigos, como a sacola de pano e a garrafa de vidro podem representar a solução para alguns de nossos maiores problemas, a exemplo do acúmulo de lixo nas grandes cidades”, reforçou o biólogo ao site JorNow. 4. Preço abusivo O preço da água engarrafada é quase 100 vezes mais alto do que a disponibilizada pelo sistema público. Além disso, o lucro coma venda do produto, que poderia ser investido na melhoria do abastecimento público de água, permanece privatizado. 5. Menos atenção aos sistemas públicos … E se temos água engarrafada para consumir, para que investir em um bom sistema de abastecimento de água público? O crescimento da indústria de água engarrafada pode incentivar a privatização da comercialização do recurso em todo o mundo – o que não seria um bom sinal para qualquer governo.

10 intrigantes fatos sobre a água da Terra

Se alguém pergunta: “qual é a substância mais importante que existe?”, a resposta mais óbvia é “a água”. Não só ela é diretamente responsável pela nossa existência, como perfaz a maior parte do corpo humano – precisamos dela para sobreviver. Com base em quão abundante parece ser, é fácil esquecer que na maioria das vezes é um dos recursos mais escassos (pelo menos quando se trata de água potável), ainda mais quando deixamos a atmosfera da Terra rumo a imensidão do espaço. Confira uma lista com alguns dos fatos mais interessantes sobre esse líquido e o papel que desempenha em nosso planeta: 10. A Terra não tem tanta água quanto provavelmente você acha que tem É fato que mais de 70% da superfície da Terra é coberta por água; o Oceano Pacífico, sozinho, cobre metade do globo. No entanto, na maior parte da superfície, ela não passa de uma película relativamente fina. Um estudo recente publicado pela U.S. Geological Survey (Serviço Geológico dos EUA) mostra que se reuníssemos toda a água da Terra (oceanos, rios, lagos, lenções freáticos e calotas de gelo) em uma única esfera, ela teria um diâmetro de 1.384 km, um pouco mais que a distância do Rio de Janeiro – RJ a Salvador – BA, ou o tamanho de um planeta anão como o Sedna (um dos muitos objetos trans-netunianos), e teria um volume de 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos. Além disso, a quantidade de água doce é muito menor: sua esfera teria um diâmetro de 272,8 km – 4 vezes menor em diâmetro e 50 vezes menor em volume. Essa segunda esfera inclui as geleiras. A terceira esfera, com apenas lagos de água doce e rios, teria uns 90 km de diâmetro. 9. A lua Europa tem mais água que a Terra Antigamente, os astrobiólogos achavam que a Terra era a maior fonte de água do sistema solar, algo hoje reconhecido como falso. Quando na década de 90 a sonda Galileu investigou o sistema de luas de Júpiter, descobriu que uma delas tinha uma massa de água maior que o esperado. A notícia repercutiu pelo mundo e, de uma gélida lua, Europa se tornou uma sensação no mundo dos astrobiólogos como potencial morada para a vida extraterrestre. Sua água está na forma de uma espessa crosta de gelo rachada, onde podem se formar lagos subglaciais perto da superfície, parecidos com o famoso lago Vostok, explorado na Antártida. E os estudos indicam também um oceano colossal de água líquida abaixo da crosta de gelo. Mesmo sendo menor que a lua e umas 50 vezes menor que a Terra, toda a água de Europa daria uma esfera de 1.754 km, duas a três vezes maior que toda a massa líquida da Terra. Outros mundos parecem ter ainda mais. Titã, lua de Saturno, teria uma massa maior de água que a Terra e Europa, enquanto o planeta Netuno poderia ter em seu manto uma massa colossal de vários planetas Terras em forma de água, segundo modelos teóricos para a estrutura dos gigantes gasosos distantes. No sistema solar exterior, a presença de água em mundos como luas e planetas anões não é uma pequena fração como na Terra, mas tão ou mais substancial que a própria rocha. 8. Nosso abastecimento de água veio provavelmente de cometas e asteroides Não temos uma resposta exata sobre a origem da água na Terra, mas o modelo científico mais aceito indica que ela veio por um bombardeio de cometas. Neste cenário, a primeira parte da história é que muito de nosso abastecimento de água existiu no período de formação dos planetas, quando o material que os compõe começou a se fundir no disco protoplanetário do sistema solar em formação ao redor do jovem sol. Enquanto planetas rochosos se formavam no sistema solar interior, o calor das rochas fundidas teria feito todas as massas de água evaporarem e escaparem da gravidade para o espaço, se aglutinando na forma de cometas e asteroides – no fim, a gravidade dos planetas se encarregou de arremessá-los para longe do espaço planetário, onde permaneceram inertes por bilhões de anos. A segunda parte vem no Intenso Bombardeamento Tardio, quando um fenômeno gravitacional iniciou um processo de envio de muitos desses objetos gelados na direção do sistema solar interior, tendo muitos deles caído na Terra. Com isso, uma massa imensa de água se formou em nosso planeta, com a ajuda da pressão atmosférica da Terra. Boa parte dos materiais orgânicos daqui provavelmente vieram para a Terra da mesma maneira, dando origem à vida. 7. Micrometeoritos caem na Terra sobre a forma de chuva Estima-se que em torno de 10 mil toneladas de micrometeoritos caem na Terra todos os dias, sendo muitos deles pequenos pedaços de rocha por vezes com pequenas frações de ferro, que cruzam nosso caminho. Acredita-se que a maioria desses pequenos viajantes, que consiga sobreviver ao atrito com a atmosfera que incinera objetos entrantes, acaba ficando presos na atmosfera superior e passe realmente a fazer parte dela. Em um dado momento, eles se misturam com o vapor de água, aglomerando-se e depois caindo sobre a superfície na forma de chuva. Então, na próxima vez que molhar-se numa chuva de verão, saiba que pode estar em contato com bilhões de pequenas partículas de poeira estelar, restos da formação planetária, talvez pedacinhos de Marte ou da lua. 6. Há mais de 10^30 vírus nos oceanos do mundo Através de sua pesquisa, Curtis Suttle (da Universidade de British Columbia) passou um tempo significativo a contar fisicamente o número de vírus localizados em várias partes do oceano. Em última análise, ele concluiu que cada litro de água do mar contém cerca de 3 bilhões de vírus. Considerando o fato de que os geólogos estimam que o oceano contém cerca de 1,3×1021 litros de água, devemos ter cerca de 4 E 30 (4 seguido de 30 zeros) vírus ao todo. Uma curiosidade é que se pudéssemos empilhar esse número colossal de seres microscópicos, cobriríamos algo como 10 milhões de anos-luz – uma medida mais que astronômica, galáctica. Uma ano-luz equivale a 9,46 trilhões de km. A nossa galáxia, a Via Láctea, tem 100.000 anos-luz de diâmetro. 10 milhões de anos-luz daria o diâmetro do Grupo Local de Galáxias, que abrange 35 galáxias, entre elas a nossa. 5. A vida pode sobreviver em regiões “inabitáveis” do fundo do mar A maioria de nós mantém uma boa ideia das variáveis necessárias para nossa sobrevivência – água, alimentos, oxigênio, luz solar… – tudo isso geralmente considerado imperativo para a nossa forma de vida. Imagine a surpresa dos biólogos quando vida foi descoberta ao explorarem alguns dos mais profundos lugares de nosso planeta, onde as condições são mais adversas que quaisquer outras localidades já vistas. As formas de vida encontradas são comparáveis a potenciais formas alienígenas. Algumas delas, como os vermes-tubo, são criaturas de três metros de comprimento, sem olhos, bocas ou intestinos. Outros, como bactérias que forma encontradas dentro de fontes hidrotermais, vivem a mais de 2.000 metros abaixo do nível do mar – onde não só há ausência de luz solar, como a pressão é substancialmente maior do que se poderia experimentar na superfície, e as temperaturas podem exceder os 400 graus Celsius. Para sobreviver, algumas formas de vida extraem energia a partir do sulfeto de hidrogênio proveniente das fontes hidrotermais, num processo chamado “síntese química”. Na parte mais profunda do oceano, na Fossa das Marianas, além de outros seres foi encontrada uma peculiar ameba gigante, com 10 centímetros. Esses seres vivem a quase 11 quilômetros de profundidade com uma pressão 1.100 vezes maior que a da atmosfera ao nível do mar. A vida nesses estremos obscuros tem sido uma grande esperança para a procura por formas de vida extraterrestre em mundos com oceanos obscuros como Europa, a lua de Júpiter citada no item 9. 4. Há mais moléculas em um litro de água que litros de água no oceano Se você despejasse uma garrafa de água no oceano, e viajasse para o outro lado do mundo para pegar água do oceano com essa mesma garrafa, qual a chance de pegar ao menos uma molécula da mesma água que despejou anteriormente? Provavelmente nula, dada a imensa quantidade de água em um oceano. Na verdade, as chances são muito boas (na casa dos dígitos quádruplos) de que você não só encontre uma molécula idêntica de água: cerca de 8.000 exatamente. Mas como? Um litro de água tem um monte de moléculas nele. Na verdade, há mais moléculas em um litro de água do que litros de água em todos os oceanos da Terra. Por conta disso, as chances são boas de encontrar não apenas uma, mas dígitos quádruplos de moléculas idênticas (cerca de 8.000). Esses números são discriminados aqui. Importante lembrar que isso é apenas um teste de lógica numérica, que não deve ser levado ao pé da letra. 3. Algumas das moléculas de água que consumimos já foram bebidas por dinossauros Como vimos desde as séries fundamentais, a água tem um ciclo bastante complexo: é consumida por seres vivos, devolvida a terra, evaporada, forma nuvens, precipita nas chuvas – obviamente, isso não é tudo, mas é um bom resumo do que acontece. Isso essencialmente significa que a água é constantemente reciclada. No entanto, as moléculas por si próprias mudam de estado (sólido, líquido e gasoso) o tempo todo. Embora, como na fotossíntese ou na radiação, elas possam ser separadas em suas partes constituintes – hidrogênio e oxigênio, na maior parte das fases dos ciclos, elas permanecem as mesmas, e já encontramos vários leitos de rios antigos que contém moléculas de água com milhões de anos de idade, quando dinossauros ainda andavam por aí. Uma vez sabido que moléculas são pequenas e numerosas, passam por vários ciclos e processos na natureza, podemos calcular a quantidade de água que herdamos da época dos dinossauros. Segundo os cientistas, as plantas consomem 12 trilhões de quilos de água por ano, de uma quantidade de 1.400 bilhões de bilhões de quilos; assim, a maioria das moléculas de água é separada a cada 100 milhões de anos. Considerando que a distância entre nós e os dinossauros é 65 milhões de anos, as estimativas dizem que mais da metade das moléculas de nossa água (uns 57%) eram ingeridas por eles. Ou, para quem preferir, algumas das moléculas mais recentes em seu copo d’água passaram através da bexiga de Einstein, Shakespeare, Cleópatra, Issac Newton e talvez até Confúcio. 2. Se a Terra parasse de girar, toda a nossa água iria para os pólos Entre outras coisas terríveis que aconteceriam se a Terra parasse de girar, toda a água se acumularia nos pólos. Isso aconteceria porque a migração oceânica cessaria, e toda a água se deslocaria da parte equatorial para as polares. A rotação é um elemento fundamental da formação planetária, pois equilibra o campo magnético e dá movimento as massas oceânicas e atmosféricas. Dois super oceanos nos pólos gélidos e sem chão pra pisar, e equador seco de um lado pelo calor solar, e congelado do outro por uma noite de meio ano é o que uma Terra sem giro causaria. 1. Super Barragens podem frear a rotação da Terra Talvez alguns não achem o assunto mais interessante dessa lista, mas certamente é de grande importância. É necessário uma discussão em torno dos impactos ambientais de algumas tecnologias modernas. Durante os últimos 40 ou 50 anos, temos visto uma concentração significativa em formas de geração de energia. Um avanço que tem sido massivo está na forma de barragens hidrelétricas, que apesar de geralmente caras, são uma fonte de energia limpa. A princípio, parece um bom investimento, mas logo surgem preocupações surpreendentes, como o fato de que elas podem alterar a rotação orbital do planeta. O maior exemplo é a Three Gorges Dam, Barreira das Três Gargantas, na China. É uma barreira peso-pesado que, quando cheia, contém 42 bilhões de toneladas de água – um volume de 39 km³, na capacidade total. Esta grande mudança na distribuição de massa em relação à rotação da Terra tem aumentado o tempo de um dia em 0,06 microsegundos. Isso com apenas essa barreira, sem contar as outras superbarragens que existem no globo. Certamente, 60% de um microsegundo não parece muito, mas a soma futura de várias barragens operantes simultaneamente pode trazer consequências maiores. Associadas a outros fenômenos naturais responsáveis pela gradual freagem da rotação, como o afastamento da lua, esses números podem passar a ser significativos. Fonte: FromQuarksToQuasar / HypeScience.

Dados estimam aumento de até 6°C no Brasil a longo prazo. Recursos hídricos tendem a diminuir

Relatório apresentado na 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais revela um aumento na temperatura entre 1°C e 6°C no Brasil até 2100 Foi realizada 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima) no Espaço Apas, no Alto da Lapa, em São Paulo. Após um intenso trabalho de 345 pesquisadores que reuniram mais de dois mil trabalhos de grupos de pesquisa entre 2007 e 2013, foram apresentadas as conclusões do primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) durante a conferência promovida pela FAPESP, a Rede Brasileira de Pesquisa e Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC). Infelizmente, as notícias não serão celebradas em ritmo de carnaval e exigirão fortes medidas para evitar danos maiores. Confira na tabela abaixo os resultados da principal previsão do relatório: * Fornecidos apenas os dados gerais das estimativas de mudanças até 2100 Na Amazônia, a situação é bem grave, principalmente em relação aos desmatamentos, e estima-se que esse processo aumente em 40%, interferindo no ciclo hidrológico, causando a diminuição de chuvas e a prolongação do período de seca. Os pesquisadores já preveem o risco da savanização de alguns pontos da Amazônia. Na Caatinga, ainda é pior, pois existe a possibilidade de ocorrer um processo de desertificação do bioma. E já tantas vezes protagonista de canções e da literatura brasileira por sua seca, o Nordeste não sairá tão cedo de sua condição e a situação só tende a piorar. Vamos agir As mudanças climáticas terão impactos diretos na agricultura, geração e distribuição de energia e recursos hídricos e, como podemos observar, isso não ocorrerá de forma homogênea pelo país. Cada região sofrerá impactos maiores ou menores e, portanto, é preciso tomar medidas políticas que atendam às necessidades de cada uma. Os pesquisadores ainda ressaltam que é preciso ser muito cauteloso nesse momento com projetos de construções de hidrelétricas, por exemplo, afinal não queremos contribuir com maiores impactos ambientais e sim diminuí-los. E como sempre, são as camadas da população de renda mais baixa que sofrerão mais com os problemas advindos dessas mudanças. O relatório é um grande alerta e servirá para orientar as novas estratégias de adaptação e redução desses impactos. O secretário de Políticas e Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência, Carlos Nobre, anunciou que o relatório será dirigente no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, o qual já prevê diminuição em 10% a 15% das emissões de gases de efeito estufa. O processo não será nada fácil para um país que possui tantas fragilidades em termos socioeconômicos, mas talvez isso seja um despertar para que o Brasil tenha um melhor planejamento de distribuição e investimento nas regiões e um propulsor para o investimento em tecnologias sustentáveis. O presidente da Fapesp, Celso Lafer, anunciou a atenção e interesse maiores da instituição em pesquisas sobre mudanças climáticas.
Charge: Coronel Ezequiel