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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Site interessante sobre saúde da mulher

Boa dica enviada pela nova amiga Fernanda, apesar desta semana ter sido muito agitada e ter somente olhado seu e-mail hoje, aqui esta, antes tarde do que nunca o endereço www.mulhersemfalta.com.br , vale apena conferir assuntos interressantes.

Obrigado Fernanda

José Carlos da Fonseca Maciel
Biólogo

Conselho de Saúde realiza seminário sobre contaminantes ambientais

Com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre os riscos à saúde decorrentes de substâncias tóxicas lançadas no meio ambiente, o Conselho Estadual de Saúde (CES) promoveu o Seminário Contaminantes Ambientais e Seus Impactos na Saúde. O encontro foi aberto na manhã desta quarta-feira (24), no Centro de Convenções de Curitiba.

“Quando a gente aborda contaminantes ambientais que causam prejuízos ao meio ambiente, seja por material radioativo, inseticidas ou outros produtos, eles são motivados muitas vezes por ganância. O seminário tem o dever de discutir essas questões, mas também de levar à frente a necessidade de conscientização da população para importância do consumo consciente e da produção sustentável”, afirmou o secretário da Saúde, Carlos Moreira Junior.

Proposto pela Comissão de Vigilância Sanitária e Meio Ambiente do CES, o seminário abordará temas como agrotóxicos, contaminantes químicos e poluentes atmosféricos. Além disso, o evento busca definir estratégias que valorizem a construção de políticas públicas relacionadas à saúde ambiental, mobilizando setores da sociedade para a importância de práticas sustentáveis.

CONSUMO – “O meio ambiente tem sofrido cada vez mais com o consumo desenfreado e isso tem gerado impactos imensos. É importante que o evento contribua para a formulação de ideias que busquem desenvolvimento social e econômico que garantam um ambiente saudável e que possa proporcionar qualidade de vida”, disse o representante da Secretaria do Meio Ambiente, Celso Augusto Bittencourt.

Esse consumo tem gerado cada vez mais conseqüências negativas como o esgotamento dos recursos naturais, a contaminação de águas, intensificação de eventos climáticos, a carência de serviços como saneamento básico, habitação transporte, entre outros problemas. “Todas essas questões geram demandas principalmente na saúde pública. Cada vez mais pessoas ficam doentes o que aumenta os gastos com saúde”, complementa a presidente do CES, Joelma Aparecida de Souza Carvalho.

http://www.aen.pr.gov.br

Tecido adiposo contém células-tronco, diz estudo

O tecido adiposo não é apenas reserva de gordura, também contém células-tronco hematopoiéticas, similares às das medula óssea e capazes de se especializar em células imunológicas, segundo um estudo preliminar feito com ratos.

Os resultados ainda precisam de confirmação em humanos, mas se ficar demonstrado que o tecido adiposo masculino contém células hematopoiéticas que podem se diferenciar em mastócitos (células imunológicas) ou outras células, “isto revolucionará o mundo da hematopoiese” (criação de sangue), disse à AFP uma das pesquisadoras da equipe responsável pela descoberta, Béatrice Cousin, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).

Por enquanto, só se produz células sanguíneas a partir de células-tronco da medula óssea, cuja extração é “complicada e muito invasiva”, lembrou. Ao contrário, no tecido adiposo “há muitas e são fáceis de extrair”.

Estudos anteriores demonstraram que o tecido adiposo, composto sobretudo por células carregadas de lipídios ou de adipócitos, possui também células presentes no sangue. Mas se acreditava que procedessem da medula óssea, onde teriam se especializado a partir de células-tronco.

Depois de uma inflamação causada por vírus ou bactéria, os mastócitos são onipresentes no sistema imunológico.

O estudo está publicado na edição da revista científica americana “Stem Cell”.

(Fonte: Folha.com)

Cuide bem da sua pele no verão

Se você já entrou para o time de quem não dispensa o filtro solar, parabéns. Sua pele agradece hoje e, mais adiante, o espelho certamente vai refletir os efeitos desse cuidado.
Mas, no verão, toda atenção é pouca. A pele fica mais exposta aos agentes que causam doenças, além de ficar mais sensível por causa da exposição maior ao sol, à água do mar e ao cloro das piscinas , afirma a dermatologista Letícia Secco. A seguir, ela dá uma série de dicas para você se proteger e evitar que problemas como psoríase, vitiligo e eczema se agravem nos dias de mais calor.Psoríase sob controle
O nome da doença é complicado, mas ela é mais comum do que você imagina: trata-se daquelas placas vermelhas ou brancas que se formam na pele, como se fossem escamas. Essa inflamação tem origem no sistema imunológico, que trabalha em excesso e estimula a proliferação de células cutâneas , explica a dermatologista.

Daí a formação das placas caracteristicamente avermelhadas e recobertas por escamas brancas. Para se ter uma idéia, na pele normal e saudável, as novas células levam cerca de um mês para migrarem para a superfície. Já na pele de uma pessoa com psoríase, esse processo pode levar apenas três a quatro dias para acontecer . Como se trata de um problema auto-imune e de predisposição genética, é difícil prevenir a psoríase. Mas os especialistas já identificaram que mudanças emocionais repentinas, estresse e a variação de temperatura podem desencadear crises daí a maior incidência de reclamações logo no início do verão, quando o calor aumenta.
Se você tem dúvidas quanto a alguma marca diferente que surgiu no corpo, não pense duas vezes. Qualquer alergia passageira não dura mais do que uma semana. Passado esse prazo, o paciente precisa buscar orientação de um dermatologista , alerta Letícia. E nada de sair passando a pomadinha que tem em casa ou seguir as dicas da sua amiga sabe-tudo. Usar pomadas erradas piora o problema e só deixa a pele mais sensível, sem esquecer o risco de surgirem manchas , afirma a médica. Também podem aparecer cicatrizes, provocadas pela coceira.

Vitiligo: sol sem traumas
Quem vive às voltas com as manchinhas mais claras do que a pele só precisa reforçar uma preocupação: o uso de filtro solar. A não ser que a pessoa esteja usando algum medicamento sensível à luz, não há restrições , diz a dermatologista. Para não arriscar, pergunte ao seu médico antes de correr para o sol. Ao

contrário do que se poderia imaginar, o sol em si não prejudica as pessoas com vitiligo. Ainda mais nos casos em que a doença está sendo tratada e sob controle. Basta usar um filtro solar com fator de proteção acima de 15 e evitar a exposição aos raios ultravioletas entre 11h e 16h.

Fuja do cloro para sumir com o eczema
Esse tipo de irritação na pele costuma piorar em momentos de estresse, como acontece no final de ano. As preocupações aumentam e as chances de sofrer com as escamas e manchas avermelhadas também crescem. Mas não é só isso. Substâncias como o cloro, que irritam e ressecam a pele, também fazem mal e atrasam o tratamento , afirma Letícia. E abuse dos hidratantes por todo o corpo, além de aplicar as pomadas indicadas pelo médico e tomar os remédios prescritos.

Muita gente desiste das recomendações assim que a coceira alivia. Não caia nessa armadilha, ou o problema pode piorar ainda mais (e os remédios deixarem de apresentar resultados).

Sabonetes anti-sépticos
Para quem tem animais de estimação por perto, eles são uma ótima pedida. Mas é preciso, antes de usar, avaliar qual o seu tipo de pele. Isso porque essas barrinhas costumam provocar ressecamentos. Quem já tem pele seca ou apresenta algum problema que provoque isso deve evitar esses sabonetes , diz a médica. Em vez deles, a dica é usar barras de glicerina. Elas não protegem contra os germes, mas também não ressecam.

Receitas caseiras acesse:
http://www.minhavida.com.br/conteudo/777-Receitas-caseiras-para-hidratar-dos-pes-a-cabeca.htm

Como escvolher o filtro solar acesse:
http://www.minhavida.com.br/conteudo/742-Como-escolho-meu-filtro-solar.htm

Um belo bronzeamento acesse:
http://www.minhavida.com.br/conteudo/778-Descubra-todos-os-segredos-para-ter-um-betabronzeado.htm

http://www.minhavida.com.br

Hipotireoidismo: oito dúvidas sobre a doença da tireoide

De acordo com os resultados recentes do censo IBGE 2010, as doenças endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas das doenças cardiovasculares. A tireoide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.

Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:

1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);

2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo.


1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?

Os sintomas, infelizmente, são pouco específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; lentidão de fala, de pensamento e de batimentos cardíacos; problemas no intestino (constipação, prisão de ventre), lentidão de reflexos; pele ressecada; cabelos e unhas quebradiços.

2.Por que o hipotireoidismo ocorre mais em mulheres e se manifesta predominantemente a partir de certa idade?

Não se sabe com exatidão por que o distúrbio afeta mais mulheres, mas acredita-se que um dos fatores seja a maior incidência, na fase da menopausa, da doença de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune da tireoide em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto.

3.Como saber se estou no grupo de risco da doença?

São fatores de risco para o hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio (aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na família.


4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico?

Eles devem ser feitos periodicamente? O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame periodicamente.

5.O hipotireoidismo tem cura?

Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso.

6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento?

A falta do hormônio tireoidiano pode levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da temperatura corporal e ocorre a lentidão de todas as funções do organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.

7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?

Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e o metabolismo. Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com hipertireoidismo.

8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?

Se o paciente estiver com a medicação ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.

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Macarrão instantâneo é campeão de sódio; batalha palha, de gordura saturada

Um estudo divulgado na quinta-feira (18/11) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta o macarrão instantâneo e os temperos prontos desse macarrão como os produtos com maior concentração média de sódio, dentre 20 categorias de alimentos industrializados analisados.

Na concentração de gordura saturada, salgadinho de batata frita e batata palha lideram a lista, com concentração média ligeiramente maior na batata palha. O biscoito de polvilho, segundo o estudo, é o campeão na concentração de gordura trans.

Entre os refrigerantes e sucos industrializados, o estudo constatou que os refrigerantes de baixa caloria têm mais sódio que os normais, e os néctares apresentam maior teor de açúcar que os refrigerantes e os sucos.

O sódio participa de funções básicas importantes do organismo, sendo responsável por equilibrar a quantidade de água, contrações musculares, impulsos nervosos e ritmo cardíaco entre outros. Entretanto, o excesso da substância é apontado como um dos responsáveis pelo aumento dos registros de doenças crônicas, como hipertensão, problemas cardíacos, de colesterol e de rins e obesidade.

A gordura saturada é de origem animal e encontrada, principalmente, em carnes vermelhas e brancas e leite e seus derivados. Para um bom equilíbrio nutricional, o organismo humano necessita desse tido de substância, mas em quantidades pequenas. “A questão é que quando consumida excessivamente, elas podem causar problemas cardiovasculares”, explica Mariana Del Bosco, nutricionista da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas da USP e responsável pelo Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso).

“Já as gorduras trans, devem ser evitadas. Não há benefício algum para a saúde humana derivado do consumo dessa substância”, alerta a especialista. “Esse tipo de gordura é responsável pela diminuição do colesterol benéfico ao organismo (HDL) e pelo aumento do colesterol ruim (LDL), elevando o risco de obesidade e complicações cardíacas”, explica. A gordura trans é produzida por meio de processos químicos e adicionada a produtos processados como margarina, biscoitos e sorvetes, além de melhorar o sabor, aumenta sua validade, tornando-os menos dependentes da refrigeração.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgado neste ano, aponta que metade da população brasileira está obesa ou tem sobrepeso, e a cada três crianças, uma é gordinha ou obesa. Uma das causa apontadas foi o aumento do consumo de produtos industrializados.

Este relatório da Anvisa também alerta para o risco dos exageros no consumo de industrializados. “A crescente oferta de alimentos industrializados (ricos em gorduras, açúcares e sódio), a facilidade de acesso a esses alimentos com alta densidade energética e às vezes com preços mais baixos, a redução da atividade física e do consumo de alimentos mais saudáveis, como cereais, leguminosas, frutas e verduras, decorrente do estilo de vida da população, resultaram em alterações dos padrões do estado nutricional com um aumento da prevalência de sobrepeso e da obesidade e a diminuição da incidência de desnutrição, caracterizando assim a transição nutricional da população brasileira”, afirma um trecho do relatório.

De acordo com o estudo, a quantidade de sódio presente em apenas uma porção de macarrão instantâneo, chega a ser superior a uma colher rasa de sal, equivalente a toda quantidade recomendada de consumo da substância para um dia inteiro.

“Em algumas amostras ficou constatado que, ao comer uma única porção do macarrão instantâneo, a pessoa está ingerindo 167% do sódio recomendado para ser consumido durante todo dia”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Ainda segundo a pesquisa, a quantidade do sódio encontrado nas análises pode variar em até 14 vezes de marca para marca. É o caso da batata palha, que apresenta a maior diferença de teor do mineral entre as marcas analisadas.

Bebidas
A mesma pesquisa mostrou também que os níveis de sódio dos refrigerantes de baixa caloria, tanto à base de cola quanto à base de guaraná, apresentam maiores valores de sódio em relação aos refrigerantes comuns. Nos refrigerantes de cola, a média dos teores de sódio encontrada foi de 54mg/l, enquanto nos refrigerantes de cola de baixa caloria essa média foi de 97mg/l.

Já nos refrigerantes de guaraná, os valores médios de sódio encontrados no produto convencional e no de baixa caloria foram 81 mg/l e 147 mg/l respectivamente. “Esses valores mais altos podem ser explicados pelo uso de aditivos, como o ciclamato de sódio, nos produtos de baixa caloria”, explica Maria Cecília.

Segundo Maria Cecília, o estudo será encaminhado ao Ministério da Saúde, para que seja pactuado entre Governo Federal e as indústrias de alimentos uma redução das quantidades de gorduras, açúcar e sal nos alimentos processados.

Paralelamente, às iniciativas governamentais, deve o consumidor exercer seu poder sobre o mercado e escolher os alimentos mais saudáveis para sua família. A pesquisa da Anvisa explicita uma diferença enorme de concentração de sódio, açúcar, gordura saturada e trans em um mesmo produto, mas de fabricantes diferentes.

O que fazer? Ler o rótulo. Consumir de maneira consciente não é parar de consumir, mas consumir menos e diferente. Cabe ao consumidor procurar uma alimentação equilibrada também com produtos naturais, frutas, verduras, legumes. E, no caso dos industrializados, optar pelos produtos “zero gordura trans” (as marcas são obrigadas e informar no rótulo) e priorizar os que apresentam as menores concentrações de sódio, açúcar e gorduras saturadas.

A pesquisa foi realizada durante o ano de 2009 com amostras coletadas no mercado brasileiro.

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Inpe inaugura Sistema Nacional de Dados Ambientais nesta sexta-feira

Dentro do propósito de desenvolver suas atividades em todo o território brasileiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugura nesta sexta-feira (26/11) o Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda) no seu Centro Regional do Nordeste (CRN), localizado em Natal (RN). Até então, as operações de processamento e disseminação de dados ambientais por satélites eram feitas na unidade do Inpe de Cachoeira Paulista (SP), no Centro de Missão de Coleta de Dados, que foi levado para a capital norte-rio-grandense e integrado à sede do Centro Brasileiro de Coleta de Dados (CBCD). O novo serviço já está à disposição dos usuários no endereço http://sinda.crn2.inpe.br

O objetivo da transferência para o CRN/Inpe é centralizar e ampliar as atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de coleta de dados ambientais, atendendo ao mesmo tempo a uma demanda regional de monitoramento espacial do semiárido e do atlântico tropical. O uso de tecnologias espaciais e de instrumentação inovadora viabilizará, entre outras atividades, o monitoramento de manguezais, de pescas e de zoneamento urbano.

O Brasil dispõe de um sistema de coleta de dados por satélite para monitoramento ambiental, construído e operado pelo Inpe, desde a década de 90. Este sistema fornece dados para instituições nacionais governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas. Entre elas, podem ser citadas o monitoramento de bacias hidrológicas, a previsão meteorológica e climática, o estudo da química da atmosfera, o controle da poluição, a previsão e mitigação de catástrofes e a avaliação do potencial de energias renováveis.

Atualmente, o Sistema de Satélites Coleta de Dados (SCD) conta com a operação de dois satélites brasileiros da série SCD (SCD-1 e SCD-2), lançados na década de 90. A modernização e revitalização do sistema SCD é uma das prioridades de desenvolvimento e atuação do INPE em âmbito nacional, principalmente para atender à demanda de alerta de desastres naturais.

Inpe/EcoAgência

10 atitudes para ajudar no emagrecimento

Se você é daquelas pessoas que imaginam que emagrecer é uma simples questão de restrição de calorias está na hora de reavaliar as suas atitudes durante a dieta. Ter um novo pensamento, buscar novas ações e pensar que dieta é um período de mudanças que deve levar a uma alimentação adequada durante toda a vida é uma nova maneira de buscar, além do emagrecimento, uma melhor qualidade de vida.

Siga as dicas abaixo e mude a forma de fazer dieta:

1. Pense a longo prazo
Não importa a quantidade de peso que deseja emagrecer, você deve pensar em uma eliminação de peso gradual. Trabalhe com a perda de meio a um quilo por semana.

2. Tenha atitudes positivas
Pensamento positivo atrai atitudes corretas e estimulantes. Por isso, nada de desânimo ou de pensar que você não consegue ou que o mundo conspira contra o seu objetivo. Tudo na vida exige uma postura firme e determinação.

3. Foco na meta de peso
A sua atenção deve estar focada no objetivo de peso e não nos alimentos que você pode comer ou deve evitar. A boa escolha alimentar será consequência.

4. Fuja do estresse e da ansiedade
Corte o mal pela raiz. Nenhum alimento por mais doce que ele seja será capaz de dar o fim no estresse e na ansiedade. Quando perceber que irá descontar nos alimentos todo o peso da rotina do dia, desvie a sua atenção daquele alimento que faz a luz vermelha da dieta piscar. Assistir a um bom filme, caminhar pelo bairro, ler um livro, ouvir música colocam o pensamento bem longe da alimentação.

5. Assuma a responsabilidade
Se você opta por dietas da moda ou altamente restritas, as chances de conseguir o que deseja e, principalmente, manter o peso, são mínimas. Assuma que a mudança na alimentação deve ser para a vida e não para a próxima festa ou encontro social. Não terceirize a vitória e o seu sucesso. Você somente irá conseguir se responsabilizando pelas suas atitudes.

6. Não se dê desculpas
Como resistir ao bombom ou ao doce que está na gaveta do escritório ou na despensa da cozinha? É quase impossível! Por isso, antes de plantar a sua própria armadilha, pense muito bem o porquê de deixar tão facilmente disponíveis esses alimentos tentadores. Você realmente quer emagrecer? Se sim, comece a oferecer esses alimentos para os seus amigos, livre-se deles. Evidentemente, você poderá comer um bombom, mas esporadicamente e não todos os dias.

7. Se cair, levante
Pessoas magras também exageram na alimentação. Elas não ganham peso porque logo em seguida retomam uma alimentação equilibrada em calorias. Se você exagerar, não faça disso o estopim para jogar o seu objetivo para o alto! No momento seguinte, retome a dieta e não faça uma restrição exagerada por conta disso como, por exemplo, dietas desintoxicantes, à base de sucos ou de sopas.

8. Prepare-se para experimentar
Em vez de pensar no que você não poderá comer, pense no que você poderá! Novos sabores, texturas e muitos novos alimentos que não fazem parte da sua rotina alimentar poderão ser provados. O seu paladar será estimulado, testado e você terá novos alimentos para variar as suas refeições.

9. Se informe
Quanto mais informações você tiver sobre alimentação saudável mais saberá diferenciar o que é correto ou não para o seu emagrecimento e para a sua saúde. Evite promessas de um rápido emagrecimento. Se a promessa é de eliminar mais do que 1 quilo por semana, cuidado! A sua saúde e autoestima estão em jogo.

10. Siga em frente
Mantenha sempre em mente as boas atitudes que não farão você desistir do seu objetivo final. Quanto mais certeza tiver de que está colhendo os resultados esperados, mais estimulado ficará para manter uma boa qualidade de vida e de peso por um longo período.

Roberta Stella
Especialidade: Nutrição
www.minhavida.com.br

Bisfenol-A em mamadeiras é proibido na Europa

Não ao bisfenol-A

A União Europeia anunciou nesta quinta-feira a proibição do elemento químico bisfenol-A em mamadeiras plásticas.

O bloco disse por meio de comunicado que a decisão foi tomada por temores de que o elemento, também conhecido como BPA, afete o desenvolvimento, o sistema imunológico e possa causar câncer em crianças pequenas.

A fabricação de mamadeiras com o bisfenol-A fica proibida a partir de março de 2011 e sua importação ou comercialização, a partir de junho.

Só um pouquinho

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite o uso da substância desde que dentro do limite de 0,6mg para cada quilo de embalagem.

O Mercosul estabeleceu o limite, em 2008, por considerar que "dentro desse parâmetro a substância não oferece risco para a saúde da população", segundo a Anvisa.

A agência afirma que "acompanha a discussão e estudos internacionais sobre o tema" mas não tem previsão de reabrir o debate sobre o bisfenol.

Preocupações

A preocupação sobre o uso do bisfenol-A tem crescido internacionalmente.

O Canadá se tornou o primeiro país a tornar ilegal a substância, em setembro, apesar da oposição da indústria. França e Dinamarca baniram o bisfenol-A pouco depois.

O governo dinamarquês chegou a proibir o uso do produto em qualquer alimento para crianças de até três anos de idade.

Uma pesquisa mais ampla revelou que alguns tipos de plásticos causam riscos críticos à saúde.

http://www.diariodasaude.com.br

Extrato fitoterápico de sucupira é analgésico e anticâncer

Extrato de sucupira

Cientistas brasileiros já haviam descoberto que a fava de sucupira é eficaz contra o câncer.

Agora eles descobriram que dois outros compostos também extraídos da sucupira - vouacapano e geranilgeraniol - têm efeitos analgésicos e anticâncer, ou antitumoral.

Os experimentos foram feitos pelo farmacêutico Humberto Moreira Spíndola, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da Unicamp.

Analgésico fitoterápico

Os primeiros resultados positivos os efeitos dos extratos de sucupira foram confirmados em roedores. Trata-se ainda de uma pesquisa básica, mas que traz a possibilidade, em alguns anos, de resultar em um novo produto fitoterápico para o tratamento da dor.

Os cientistas já cogitam de aplicações tópicas como pomadas ou creme de massagem, para aliviar as dores reumáticas, além de um produto de uso oral também indicado para essas dores.

Além do desenvolvimento de um fitoterápico produzido com o extrato bruto ou uma fração enriquecida com os princípios ativos, existe a possibilidade de desenvolvimento de um medicamento somente com o uso de uma substância ativa. "Pode ser um medicamento para tratamento inclusive da dor do câncer", relata o pesquisador.

Sementes e folhas de sucupira

O trabalho desenvolvido por meio de modelos in vitro e in vivo fez a avaliação de extratos, frações e compostos obtidos da sucupira (Pterodon pubescens Benth).

A sucupira é uma árvore alta, que atinge cerca de 40 metros, sendo encontrada no Cerrado dos Estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul e região Nordeste.

Mary Ann Foglio, que coordena as pesquisas, relembra que a literatura também atribui à sucupira uma ação anti-inflamatória - como tônico depurativo -, analgésica e, pelo uso popular, antirreumática. Da semente, se extrai um óleo viscoso e cada parte da planta acumula diferentes tipos de substâncias.

As sementes são facilmente achadas no mercado popular de plantas e, por terem passado por um processo de secagem, têm uma boa preservação, o que tem gerado grande interesse comercial por elas. Desta forma, como a procura é intensa, mais do que nunca hoje existe a necessidade de comprovar a segurança de seu uso pela população.

As folhas de sucupira já foram igualmente analisadas, relata Spindola, "não tendo a mesma atividade que os extratos das sementes, provavelmente por não conterem os mesmos princípios ativos". Um dos pontos favoráveis da semente é que se trata de um material renovável e que fornece o produto com atividade analgésica e anticâncer, não exigindo derrubada de árvores."


A sucupira é uma árvore alta, que atinge cerca de 40 metros, sendo encontrada no Cerrado dos Estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul e região Nordeste.

Dor e nocicepção

Em um estudo anterior desenvolvido no CPQBA, averiguou-se a variabilidade de sementes de diferentes origens, notando-se que todas elas tinham as mesmas classes de compostos, contudo com algumas variedades.

Também foi avaliada a potência destas sementes e observou-se que todas elas acabaram por acumular um composto bastante estável, um vouacapano (vouacapano é uma família de compostos; portanto pode-se falar genericamente um vouacapano ou chamá-lo por seu nome, que é "éster 6α,7β- diidroxivouacapano-17β oato de metila"), envolvido tanto na atividade analgésica como na atividade anticâncer.

Spindola primeiramente fez o fracionamento e a padronização do material que seria testado, partindo, a seguir, para a avaliação da atividade em diversas linhagens tumorais humanas. Constatada a atividade in vitro, o próximo passo foi realizar o ensaio in vivo, mediante padronização de um modelo experimental utilizando camundongos.

Foram feitos experimentos da atividade antinociceptiva (contra a excitação nervosa que provoca uma sensação dolorosa ou sua reação) e depois a determinação de possíveis mecanismos de ação que possam estar envolvidos na atividade dos compostos com maior potencial de atividade analgésica. A principal conclusão foi que ela funciona.

Foglio explica a diferença entre a atividade nociceptiva e a dor: o último termo é relacionado mais ao ser humano, pois envolve componentes ligados ao sofrimento, ocasionados pelo estímulo. A dor envolve inclusive a reação psicológica do indivíduo. Com o animal, não há condições de mensurar isso. Na verdade, o que se mensura é a resposta a um impulso dolorido. Logo, isso está ligado à nocicepção, que pode ser avaliada experimentalmente.

Analgésico sem efeitos colaterais

Diferente dos mecanismos de ação da morfina, por exemplo, as substâncias estudadas demonstraram potencial para inibir a dor, sendo que os estudos de toxicidade determinarão se os efeitos adversos serão menores do que os produzidos pelos produtos disponíveis no mercado. "Interessa-nos encontrar substâncias que, além da atividade analgésica, tenham menos efeitos adversos", expõe a orientadora.

Foram reproduzidos alguns ensaios para comparar a morfina com as substâncias isoladas do extrato. Quando se avalia a ação analgésica, exemplifica Foglio, diversos mecanismos podem estar envolvidos. E ele avaliou alguns destes mecanismos, que envolvem oito vias. Dentre elas, foram identificadas duas vias principais: a serotonina e os receptores imidazólicos.

Spindola pontua que ainda há muito a se fazer na etapa de mecanismos de ação, porém o que se pôde apurar foi a possibilidade de descartar outras vias e, descartando-as, consegue-se determinar estas duas como as principais, pelas quais estes compostos atuam modificando a atividade fisiológica.

Da planta ao medicamento

Contudo, para chegar a um novo medicamento a partir desta planta, avisa Foglio, é preciso comprovar três parâmetros.

O primeiro é se ele é eficaz: se tem atividade analgésica e/ou contra o câncer. O pesquisador conseguiu comprovar que funcionava e agora está tentando esclarecer de que maneira funciona.

O segundo é a reprodutibilidade deste produto, que está relacionada com sua constância. Quando se trabalha com extratos e, portanto com uma mistura de muitas substâncias, é preciso garantir que isso seja reprodutível. O trabalho de Spindola conseguiu contemplar o parâmetro de eficácia enquanto a aluna Leila Servat, na sua dissertação de mestrado, os parâmetros de reprodutibilidade.

O terceiro parâmetro, o de segurança, está envolvido com a toxicidade. Como são os efeitos sistêmicos dos produtos dessa planta? Muitos falam de uso crônico ou uso continuado. A pessoa pode usar este produto todos os dias sem nenhum problema?

Estas indagações poderão em parte ser respondidas pelos estudos de toxicidade não clínica. Esta etapa deverá ser iniciada em breve. Se o produto não apresentar toxicidade, a outra parte da comprovação virá com os estudos clínicos em pacientes. "Mas será um longo estudo", adianta o pesquisador.


As sementes de sucupira são facilmente achadas no mercado popular de plantas e, por terem passado por um processo de secagem, têm uma boa preservação, o que tem gerado grande interesse comercial.

Medicamento fitoterápico

Entre o saber popular que funciona, até chegar a um medicamento, passam-se anos. Isso ocorre porque é necessário comprovar que o princípio ativo funciona, que se consegue fazer um produto reprodutível e que ele é seguro.

Spindola enfatiza que estes estudos ainda estão numa etapa inicial em que se comprovou que os extratos da planta funcionam.

Muitos fatores têm que ser considerados, mas de que forma? "Quando se fala em forma, estão sendo inclusive consideradas as formulações: fazer um produto de uso oral ou tópico?", ensina Foglio. "Há um leque muito abrangente de perspectivas. Se for tópico, pela legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário fazer todos os estudos de toxicidade que incluem os de irritação da pele e de toxicidade oral, de doses repetidas. Basicamente esses estudos avaliam se o uso continuado de uma substância pode apresentar efeitos adversos graves que inviabilizem sua utilização em humanos."

Caso não sejam observados efeitos adversos graves, prossegue ela, os estudos clínicos podem ter início e compreendem várias etapas. Para avaliação da atividade analgésica, na primeira etapa o produto é avaliado em voluntários sadios, quando podem ser observados efeitos adversos e realizados estudos de farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e eliminação da substância do organismo).

Aprovado nessa etapa, na segunda o produto será avaliado em um grupo reduzido de pacientes, agora avaliando a eficácia e também os possíveis efeitos adversos. Na terceira etapa, envolvendo um grupo com número elevado de pacientes, sua eficácia será comparada com outros produtos já existentes para a mesma indicação.

Para avaliação da atividade anticancerígena, os estudos clínicos têm início com pacientes cuja doença esteja em estado avançado. Passando por essa primeira fase, é possível avaliar a atividade em pacientes com a doença em estágios iniciais. "É um trabalho que irá consumir pelo menos dez anos até conseguir colocar o produto no mercado", estima Foglio. "Enquanto não forem realizadas todas as etapas, não se pode, de maneira alguma, recomendar o produto."

Fitoterápicos e Anvisa

Infelizmente muitas pessoas, ao saberem dessa pesquisa, ficam sobremodo empolgadas e já querem ver resultados. "É necessário tomar cuidado, pois sabemos que ela funciona em animais, conhecemos as substâncias envolvidas, mas ainda não temos dados suficientes de segurança e eficácia clínica", salienta Spindola.

Conforme a orientadora do estudo, o órgão que regulamenta o uso de medicamentos fitoterápicos é a Anvisa. Os resultados de todos esses estudos são avaliados por esta Agência que poderá, ou não, registrar o produto. Com o registro, a empresa pode iniciar a comercialização do produto. Isso significa que na embalagem e no rótulo de cada medicamento deve existir um número de registro fornecido pela Anvisa.

Muitas "empresas", de forma ilegal, comercializam produtos sem essa autorização, expondo a população a sérios riscos. Deve-se portanto sempre adquirir os produtos em farmácias e drogarias, e verificar se o número de registro consta no produto. Produtos comercializados pela Internet geralmente não possuem o registro, adverte João Ernesto. Na dúvida, o paciente deve consultar a Anvisa através de sua página na Internet: www.anvisa.gov.br.

Isso também está acontecendo com as sementes de sucupira. Algumas "empresas" estão comercializando produtos à base dessas sementes, inclusive utilizando dados desses estudos da Unicamp. "Podemos afirmar que até o momento não existem medicamentos fitoterápicos à base de sucupira autorizados (registrados) pela Anvisa", informa João Ernesto.

A pesquisa de Spindola contou com o amparo de uma equipe formada por botânicos, agrônomos, farmacêuticos, químicos e médicos. Outras pesquisas estão sendo realizadas para a padronização e estabilidade do extrato. Também estão sendo desenvolvidos processos de microencapsulação para viabilizar a proposição de novos produtos.

Isabel Gardenal - Jornal da Unicamp

Implante espinhal permite exercitar membros paralisados

Implante na coluna

Engenheiros europeus desenvolveram um novo tipo de implante estimulador muscular que permite que pessoas com paraplegia exercitem os músculos dos membros paralisados.

O implante contém um microchip que envia os impulsos nervosos que acionam os músculos.

É a primeira vez que os pesquisadores conseguem desenvolver um dispositivo deste tipo que é pequeno o suficiente para ser implantado no canal espinhal.

Além disso, o implante incorpora todos os elementos necessários em um único invólucro, incluindo o chip estimulador e os eletrodos. O implante é minúsculo, do tamanho de uma unha de criança.

Ciclismo e remo

O projeto está sendo coordenado pelo professor Andreas Demosthenous, da Universidade College London, na Inglaterra. Participam ainda engenheiros da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e do Instituto Tyndall, na Irlanda.

"Nosso trabalho tem o potencial de estimular mais grupos musculares do que é atualmente possível com as tecnologias existentes porque vários desses dispositivos podem ser implantados no canal espinhal", diz o professor Demosthenous.

"A estimulação de um maior número de grupos musculares significa que os usuários poderão executar movimentos suficientes para realizar exercícios controlados, tais como o ciclismo ou o remo," explica o pesquisador.



A equipe teve de superar várias limitações dos desenvolvimentos anteriores para conseguir enfiar todo o aparato dentro uma unidade miniaturizada.

Os implantes estimuladores musculares também poderão ser usados em uma ampla gama de funções reparadoras, como estimular os músculos da bexiga para ajudar a superar a incontinência urinária e estimular os nervos para melhorar a capacidade do intestino e eliminar espasmos.

Livro ativo

A equipe teve de superar várias limitações dos desenvolvimentos anteriores para conseguir enfiar todo o aparato dentro uma unidade miniaturizada.

A mais recente tecnologia de processamento a laser foi usada para cortar os minúsculos eletrodos de uma folha de platina.

A seguir, esses eletrodos são dobrados em um formato 3D, deixando-os parecidos com um livro - daí o nome do novo implante Active Book, ou livro ativo, em tradução livre.

As "páginas do livro" fecham-se ao redor das raízes nervosas. Elas são unidas por microssoldagem a um chip de silício, que é hermeticamente fechado para evitar a penetração de água, o que poderia levar à corrosão do sistema eletrônico.

Os primeiros testes do novo implante em pacientes começarão em 2011.

Redação do Diário da Saúde

Tecnologia de luz elimina superbactérias de hospitais

Luz contra bactérias

Cientistas escoceses desenvolveram um sistema inédito de iluminação que capaz de matar as superbactérias resistentes a antibióticos que infestam vários hospitais ao redor do mundo.

A tecnologia óptica descontamina o ar e as superfícies banhando-as com luz visível de um estreito espectro de comprimentos de ondas, conhecido como luz HINS.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Strathclyde, o sistema de iluminação consegue eliminar até mesmo as temidas superbactérias MRSA e C.diff.

Letal para bactérias

Os ensaios clínicos, realizados no hospital Glasgow Royal Infirmary, comprovaram que o sistema de descontaminação ambiental baseado na luz HINS alcança uma redução nas bactérias do ambiente hospitalar significativamente maior do que o que se pode conseguir apenas com a limpeza e a desinfecção.

"A tecnologia mata os micróbios patogênicos mas é inofensiva para os pacientes e funcionários, o que significa que, pela primeira vez, os hospitais poderão desinfectar continuamente enfermarias e quartos de isolamento," diz o Dr. Scott MacGregor, que desenvolveu a tecnologia juntamente com seus colegas Michelle Maclean e Gerry Woolsey.

"O sistema funciona usando um estreito espectro de comprimentos de onda de luz visível para excitar moléculas contidas no interior das bactérias. Isto gera espécimes químicos altamente reativos que são letais para bactérias como a Staphylococcus aureus, resistente à meticilina, a MRSA e a Clostridium difficile, conhecida como C.diff," explica MacGregor.

Luz HINS

A luz HINS possui normalmente uma tonalidade violeta, mas a equipe usou uma combinação de tecnologias de LED para produzir um sistema de iluminação branca suave, que pode ser usado juntamente com a iluminação normal do hospital.

HINS é um acrônimo para High Intensity Narrow Spectrum Light: luz de espectro estreito de alta intensidade.

"Outros métodos de descontaminação, envolvendo gases esterilizantes ou luz ultravioleta podem ser perigosos para funcionários e pacientes, enquanto a limpeza, desinfecção e lavagem das mãos, embora sejam procedimentos de rotina essenciais, têm uma eficácia limitada e são difíceis de aferir," diz Maclean.

Já a tecnologia da luz HINS é segura e pode ser usada continuamente, oferecendo um sistema de desinfecção contínua.

Redação do Diário da Saúde

Um coração saudável está nos genes ou no estilo de vida?

Coração sob controle

A saúde cardiovascular a partir da meia-idade é uma herança dos seus genes ou é algo que dependa do seu estilo de vida, estando portanto dentro do seu controle?

Dois grandes estudos, realizados na Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, confirmaram que um estilo de vida saudável tem impacto muito maior sobre a saúde cardiovascular do que a herança genética.

O outro estudo testou diretamente a questão genética, e também mostrou que a saúde cardiovascular é devida principalmente ao estilo de vida e aos comportamentos saudáveis, e não à hereditariedade.

Os dois trabalhos foram apresentados na semana passada durante a reunião anual da Associação Americana do Coração, em Chicago.

Como manter o coração saudável

O primeiro estudo revela que a maioria das pessoas que adotaram comportamentos de vida saudáveis no início da vida adulta mantiveram um baixo risco cardiovascular na meia-idade.

Os cinco comportamentos saudáveis mais importantes são:

não fumar;
pouca ou nenhuma ingestão de álcool;
controle do peso;
atividades físicas e
dieta saudável.

"Os comportamentos saudáveis podem superar a maior parte da sua genética," disse o Dr. Donald Lloyd-Jones, um dos autores dos estudos. "Esta pesquisa mostra que as pessoas têm controle sobre sua saúde cardíaca. Quanto mais cedo eles começarem a fazer escolhas saudáveis, maior probabilidade terão de manter um perfil de baixo risco para doenças cardíacas."

Comportamento de alto risco

O primeiro estudo investigou por que muitos adultos jovens, que apresentam um perfil de baixo risco para doenças cardíacas, saltam para a categoria de alto risco na meia-idade, apresentando pressão arterial elevada, colesterol alto e excesso de peso.

Essa piora no estado de saúde é resultado de mudanças no estilo de vida, conclui o estudo.

Mais da metade dos jovens que seguiram os cinco fatores de estilo de vida saudável ao longo de 20 anos foram capazes de manter seu perfil de baixo risco para a doença cardíaca na meia-idade.

Há grandes benefícios em chegar à meia-idade com um perfil de baixo risco para doença cardíaca. Essas pessoas vão viver muito mais tempo, terão uma melhor qualidade de vida e gastarão menos com saúde.

Um perfil de baixo risco significa ter colesterol baixo, pressão arterial normal, não fumar, não ter diabetes, fazer atividades físicas regulares, ter uma dieta saudável e não ter excesso de peso.

Saúde cardiovascular

O segundo estudo monitorou três gerações de famílias para determinar se a saúde cardiovascular é herdada ou não.

A "herdabilidade", conforme foi definida no estudo, inclui não apenas uma combinação de fatores genéticos, mas também os efeitos de um ambiente compartilhado, como os tipos de alimentos que são servidos em uma família.

O estudo descobriu que apenas uma pequena proporção da saúde cardiovascular é passada de pai para filho. A maior parte da saúde cardiovascular é devida ao estilo de vida e aos comportamentos saudáveis assumidos por cada membro da família.

"O que você faz e como você vive vai ter um impacto maior sobre sua saúde cardiovascular do que seus genes ou como você foi criado," explica Norrina Allen, principal autora do estudo.

Redação do Diário da Saúde

Inauguração Parque Turístico Nossa Senhora da Conceição - Canguçu RS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rússia vai testar nova vacina contra Aids

Três laboratórios russos anunciaram nesta segunda-feira (22) que uniram esforços para desenvolver uma vacina mais efetiva contra o HIV, vírus causador da Aids. Testes realizados com humanos já mostraram que a nova terapia é segura, não traz riscos e tem eficiência de 30%.

De acordo com Igor Sidorovich, do Departamento de Aids do Instituto de Imunologia da Rússia, a efetividade da nova vacina será de 30% se o paciente receber seis doses anuais. “A vacina pode salvar um milhão de vidas ao ano.”

Por volta de 500 portadores do HIV foram selecionados para participar dos testes de laboratório da vacina, que já demonstrou não trazer risco para humanos. Sidorovich ressaltou que, até o momento, só uma vacina contra o HIV desenvolvida nos Estados Unidos e testada na Tailândia demonstrou ter eficiência.

Em 2007, o governo russo investiu R$ 55 milhões (23,5 milhões de euros) na pesquisa de vacinas contra o HIV e os responsáveis do projeto preveem mais uma leva de investimentos antes de fim de ano, explicou Yevgeny Stavsky, chefe do centro Vector, de Novosibirsk, que participa do desenvolvimento da vacina. ” Vamos começar agora a fase principal e mais cara do processo.”

O pesquisador afirmou ainda que o trabalho conjunto dos três laboratórios vai acelerar a pesquisa e simplificar o processo. Até o momento, cada um dos participantes desenvolvia sua vacina em seus respectivos centros em Moscou, São Petersburgo e Novosibirsk.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 33 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV no mundo todo, das quais metade tem entre 15 e 24 anos.

(Fonte: Portal R7)

Calor aumenta ameaça da conjuntivite

A proximidade do verão e a chegada do calor fazem aumentar o alerta em relação à conjuntivite. Problema comum e de fácil tratamento, ela causa grande irritação nos olhos. Ambientes como piscinas, saunas e o próprio local de trabalho, com o ar condicionado ligado sem interrupção, facilitam a proliferação do vírus. Mas cuidados simples, como lavar as mãos e não compartilhar toalhas, podem evitar o contágio.

Apesar de não haver estatísticas oficiais sobre casos de conjuntivite, oftalmologistas já percebem um aumento no número de consultas ligadas ao problema. A própria mudança de estação afeta os olhos, ainda que indiretamente.

O vice-presidente do Departamento de Oftalmologia da AMMG (Associação Médica de Minas Gerais), Luiz Carlos Molinari, explica que a conjuntivite alérgica é a mais frequente. Mas, nesta época do ano, o tipo viral faz mais vítimas. A causa é uma inflamação na conjuntiva, a camada mais externa do olho.

O médico diz que os sintomas mais comuns são desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho nos olhos e lacrimejamento. Outro sinal está nos olhos vermelhos. Mas, em geral, não há redução da capacidade visual, diz. “O que pode acontecer é um leve embaçamento pelo acúmulo de lágrimas e secreção.”

O período de incubação varia de 20 horas a três dias e a transmissão normalmente acontece em uma semana. O oftalmologista Victor Saques Neto, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), destaca que a infecção afeta pessoas de qualquer idade e pode haver reinfecção ou recaída.

Ele explica que, durante a primavera, o tempo mais seco e a baixa umidade do ar tornam mais frequentes os registros das conjuntivites chamadas “primaveris”. Elas são causadas por reações alérgicas aos resíduos que flutuam na atmosfera, como poeira e pólen.

Já no verão as pessoas compartilham piscinas, praias, academias e outros ambientes públicos, o que aumenta potencialmente o risco de manifestação das conjuntivites contagiosas. No inverno, as pessoas costumam permanecer mais tempo dentro de casa, sem muita ventilação, propiciando um ambiente que favorece o compartilhamento de vírus e bactérias. É quando aparecem as conjuntivites bacterianas.

O tipo alérgico do problema, que não é contagioso, normalmente atinge entre 12% e 13% da população. O agente causador pode estar em cosméticos, no estojo das lentes de contato, em medicamentos, na poeira e no pólen. Esse tipo de conjuntivite geralmente afeta os dois olhos simultaneamente e provoca coceira, lacrimejamento, vermelhidão e pálpebras inchadas.

Uma conjuntivite viral afastou do trabalho, por sete dias, a assistente social Daísa de Souza Pinto, de 32 anos. Ela nunca tinha passado pelo problema. “Há uma semana, acordei com um dos olhos inchado, coçando muito e lacrimejando. Foi como se eu tivesse levado uma picada de marimbondo.”

No mesmo dia, ela procurou o médico. O tratamento foi apenas a limpeza dos olhos com soro fisiológico e uso de um colírio específico a cada seis horas.

Os cuidados pessoais só não foram suficientes para evitar a transmissão do vírus em família. O irmão de Daísa também acabou pegando conjuntivite. “Acredito que foi porque compartilharmos a toalha de rosto.”

O oftalmologista Luiz Molinari alerta que cautela não é frescura. “Quando se tem a doença é preciso evitar de qualquer maneira compartilhar objetos pessoais.”

Dor ocular muito intensa, febre, desconforto ao movimentar os olhos ou persistência de secreção contínua mesmo após o término da medicação podem indicar complicações. Neste caso, o médico deve ser procurado novamente.

Molinari chama atenção ainda sobre cuidados que o paciente deve ter durante a doença. É importante não coçar e não esfregar os olhos ao enxugá-los. Para fazer a higiene, a pessoa deve usar lenço de papel. Óculos escuros e compressas frias sobre as pálpebras também ajudam a aliviar o incômodo.

Se as pálpebras estiverem aderidas pela manhã, deve-se usar água filtrada ou soro fisiológico para a limpeza. Além da conjuntivite, outros problemas nos olhos podem surgir durante o período de calor, devido à maior sensibilidade dos olhos e à exposição mais frequente a agentes agressores como a poeira.

(Fonte: Portal R7)

Curitiba/PR é escolhida a cidade mais verde entre 17 outras da América Latina

A cidade de Curitiba, capital do Paraná, obteve neste domingo (22) a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, segundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica “The Economist”.

No marco da Cúpula Climática Mundial de Prefeitos (CCLIMA), realizada no México, se apresentou pela primeira vez o Green City Index (GCI) da América Latina, classificando Curitiba, com 1,7 milhão de habitantes, como a única cidade “muito acima” da média quanto a normas ambientais.

Seguida dela, no segundo dos cinco níveis, ficaram outro grupo de cidades como Bogotá, capital da Colômbia; e Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Resultados “aceitáveis” na classificação foram obtidos pela colombiana Medellín, Cidade do México, Puebla e Monterrey, Porto Alegre, Quito e Santiago do Chile, colocadas no terceiro nível.

“Abaixo da média”, o quarto nível em termos ambientais, ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Guadalajara e Lima, capital do Peru, estiveram um nível mais abaixo, “muito abaixo” da média, no nível mais baixo.

O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda meio ambiental de Governo.

O GCI pretende se transformar em um indicador que ajude a conscientizar as autoridades municipais sobre as necessidades de desenvolver políticas sustentáveis, explicaram os responsáveis pelo estudo.

“A ferramenta permitirá às cidades aprender mais de suas respectivas situações e fomentará a troca sobre estratégias eficazes partindo de uma base objetiva”, disse Pedro Miranda, executivo da Siemens e diretor do estudo.

Segundo Leo Abruzzese, diretor global da Unidade de Inteligência de “The Economist”, “o estudo demonstra que as cidades que seguem uma colocação integral alcançam resultados muito notáveis”.

A metodologia do GCI foi empregada pela primeira vez com cidades europeias há um ano em outro estudo apresentado pela Siemens e “The Economist” com o apoio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Mundial (BM).

Aquela vez se tornou público o resultado em Copenhague dentro da 15ª Conferência das Partes da ONU sobre a Mudança Climática realizada em dezembro de 2009.

(Fonte: Folha.com)

O negócio da água potável

O mundo está começando lentamente a entender que estamos em meio a uma séria crise da água em nível planetário e, portanto, da saúde pública. Atualmente, 884 milhões de pessoas não têm acesso ao fornecimento seguro de água doce, enquanto a ONU estima que até 2030 mais da metade da população mundial viverá em áreas com alto risco de escassez.

Não surpreende que o mundo empresarial esteja cada vez mais consciente de que a crescente demanda está criando um futuro incerto. A água agora se converteu em um grande negócio. Existe uma interligação entre o acesso das pessoas a água, as empresas com interesse particular na água e as que centram sua atenção nos mercados emergentes.

Os negócios dependentes do uso da água em operações diretas e por meio de redes de fornecimento – em particular às companhias multinacionais – estão reconhecendo de maneira crescente os riscos políticos, sociais, econômicos e ambientais vinculados à água. Em última instância, se as pessoas não tiverem acesso a água devido às atividades de uma empresa, coloca-se em risco sua reputação e sua autorização para operar.

De fato, vimos uma proliferação de campanhas relacionadas com a água que algumas das principais firmas do setor realizam. Estas campanhas têm temas comuns: destacam o trabalho que as empresas realizam para minimizar a quantidade de água utilizada na produção e baixar o nível de contaminação provocado pelos processos industriais, e anunciam em alto e bom som que estão gastando dinheiro para garantir que mais pessoas tenham acesso a um fornecimento seguro.

Os compromissos assumidos por estas empresas merecem aplauso. Porém, diante da crua realidade de que quase um bilhão de pessoas vivem sem água segura, é claro que os empresários devem rever seus planos e suas atividades com a utilização deste recurso.

As campanhas não são suficientes. O setor privado, os governos e a sociedade civil devem ampliar seus esforços para garantir que os mais pobres do mundo tenham um acesso justo a água. O impacto da escassez de água nos países em desenvolvimento é imenso, particularmente nas áreas de saúde infantil, educação das meninas, e bem-estar e sustento das mulheres.

Nas áreas urbanas as mulheres podem passar horas em filas para conseguir água em uma torneira pública ou se veem diante da necessidade de obter água contaminada ou de vendedores, que cobram altos preços, ou de outras fontes duvidosas. Frequentemente suja e insegura, essa água pode ser letal.

Este ano, uma análise da revista The Lance aponta a diarreia como o maior assassino de crianças na África subsaariana; 90% dos casos de diarreia são causados por água insegura e pobres instalações sanitárias, e matam mais crianças do que a aids, o sarampo e a malária juntos.

Com tais consequências fatais, não é, absolutamente, suficiente as empresas assumirem a questão por meio de sistemas de manejo razoável do recurso (que deveria ser uma prática padrão) ou que invistam em esquemas de fornecimento de água para a comunidade acreditando que com isso cumprem suas responsabilidades. A situação exige que as empresas, os doadores, as organizações da sociedade civil e os governos se unam para enfrentar e mitigar os riscos compartilhados.

Existem muitos obstáculos que impedem uma visão de um mundo onde todos tenham acesso a água e a instalações sanitárias. Essas obstruções vão desde os fracassados reguladores e a falta de aplicação das leis, de problemas de capacidade e recursos, de coordenações ineficientes no financiamento, até a carência de dados disponíveis e confiáveis sobre as bacias hidrográficas.

Estas questões apresentam desafios para as companhias que pretendem conservar autorização legal e social para funcionar. E também – o que é mais importante – criam crescentes dificuldades para os setores mais pobres do mundo.

Somente com a ampliação de seu enfoque e uma abordagem ativa dos problemas nas áreas de risco compartilhado, por meio de proposições cooperativas e integradas, as empresas poderão ter capacidade de dar, verdadeiramente, uma contribuição duradoura para enfrentar a crise mundial da água. Envolverde/IPS

* Duncan Wilbur é um dirigente da WaterAid, organização não governamental dedicada a conseguir acesso a água limpa e saneamento adequado (http://www.wateraid.org).

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Próximo relatório do IPCC deve ser ainda mais preocupante

“Praticamente tudo o que foi mostrado pelo relatório de 2007 agora se encontra numa situação mais dramática”, alerta Robert Orr, sub-secretário geral de planejamento da ONU.

Segundo Orr, esse é o resumo do que podemos esperar para o relatório que deve ser publicado em 2014 se os governos continuarem adiando as decisões necessárias para frear as emissões de gases do efeito estufa e de adaptação.

Falta menos de uma semana para o começo da Conferência do Clima de Cancún (COP 16) e a intenção da ONU é chamar a atenção de que não é aceitável que o encontro termine apenas com fracas promessas.

“Nós precisamos nos lembrar que quanto mais demorarmos, mais pagaremos em termos de vidas e de dinheiro”, explicou Orr.

Tecnologia

Mas nem tudo está tão desesperador, garante Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas, que se diz otimista para a COP 16 e que aponta para os saltos tecnológicos como uma possível saída para enfrentar o aquecimento global.

Para Pachauri, avanços nos métodos e equipamentos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa podem ter grande impacto nos custos projetados para lidar com as mudanças climáticas.

“É inteiramente possível que os benefícios das novas tecnologias reduzam as quantias que hoje são indispensáveis. Mas não podemos ficar apenas esperando por isso, pois a cada dia as piores consequências do aquecimento global ficam mais próximas de nós”, explicou.

Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (22), o IPCC afirmou que se até 2015 as emissões não estiverem em um limite aceitável, os custos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas podem ser da ordem de 0,12% do PIB mundial.

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O que comemos e nem imaginamos

Sendo o maior consumidor mundial de agrotóxicos, o Brasil enfrenta um grande desafio no controle do seu uso e no desenvolvimento de pesquisas para retirar produtos tóxicos do mercado e avaliar os efeitos das milhares de substâncias ativas que circulam em nossos pratos diariamente.

Até mesmo a nossa legislação reconhece a periculosidade do uso de agrotóxicos. A Constituição Federal em seu Art. 220, § 4º, determina que a propaganda de produtos nocivos, entre eles os agrotóxicos, seja acompanhada de advertências. A Lei nº 9.294/1996 impõe restrições legais ao uso e propaganda dos mesmos.

Dentre as ações programáticas da Política Nacional de Direitos Humanos (Lei 7.037/2009) está "Fortalecer a legislação e a fiscalização para evitar a contaminação dos alimentos e danos à saúde e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos". Um dos objetivos estratégicos desta política é o apoio à agricultura familiar nos modelos de produção agroecológica.

A finalidade dos agrotóxicos, de acordo com a Lei 7802/1989 é “alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos”, ou seja, eliminar algumas espécies.

Para o professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rubens Onofre Nodari, os agrotóxicos representam “um grande risco para a sobrevivência da espécie humana”.

Se estes produtos são capazes de acabar com algumas espécies ditas “pragas”, é possível imaginar que eles também tenham alguns efeitos sobre a própria saúde humana.

Pesquisas

De acordo com o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cerca de 29% dos alimentos analisados em 2009 apresentavam irregularidades, substâncias não autorizadas ou limite de resíduos acima do permitido.

Os resultados são preocupantes: 80% das amostras de pimentão, 56,4% das de uva, 50,8% de morango, 44,2% de couve, 44,1% de abacaxi, 38,8% de mamão, 38,4% de alface e 32,6% de tomate.

Além dos consumidores, os agricultores também são muito prejudicados pelos excessos de agrotóxicos, sendo que 84,4% dos agricultores familiares têm intoxicação aguda, segundo a ANVISA.

De acordo com o juiz federal Paulo Afonso Brun, em uma pesquisa realizada pela Fiocruz em 2007, descobriu-se que os altos índices de suicídio entre os agricultores da região de plantio de fumo do Rio Grande do Sul são ligados ao alto nível de manganês, presente em alguns fungicidas, que causa depressão.

Diversos estudos demonstram o efeito prejudicial dos agrotóxicos, como Dallegrave (2007) que constatou a toxicidade do glifosato- Roundup sobre a produção de espermatozóides, sendo um potencial desregulador endócrino.

Outra pesquisa realizada pela FIOCRUZ e UFMT revelou que o endossulfam foi encontrado na água da chuva e no ar coletado dentro de escolas, no município de Lucas de Rio (MT). Esta substância, usada em cultivos de algodão, café, soja, cana, entre outros, é de toxicidade aguda, com suspeita de desregulação endócrina e toxicidade reprodutiva.

“Uma grande parte dos agrotóxicos aprovados depois acabam sendo banidos devido à descoberta tardia dos efeitos”, lamentou Nodari.

Soluções

Uma das soluções para controlar a aplicação dos agrotóxicos seria a criação de um sistema informatizado, como no caso dos remédios controlados onde as farmácias informam a ANVISA a cada sete dias dos medicamentos adquiridos, propõe a coordenadora do PARA Janete Ferreira Pinheiro.

Outras medidas estão sendo tomadas pela ANVISA, como o banimento de algumas substâncias ativas, a tentativa de melhorar a rastreabilidade dos alimentos (saber de onde eles vem) e a qualificação dos fornecedores através dos supermercados, especialmente quando um laudo das amostragens realizadas periodicamente tem resultado negativo.

“O desafio é chegar a 100% de rastreabilidade de produtos in natura”, comentou Janete.

Para Nodari, o controle biológico é “muito mais seguro e barato” do que nos sujeitarmos aos efeitos adversos do uso de agrotóxicos.

Existem vários tipos de agrotóxicos, porém boa parte deles são absorvidos pelos vegetais e mesmo lavando com água sanitária ou água corrente apenas são removidos do exterior do alimento.

Segundo a ANVISA, de acordo com os conhecimentos científicos atuais, se ingerirmos quantidades dentro dos valores diários aceitáveis (IDA) não sofreremos nenhum dano à saúde. Existem estudos que indicam que, se ultrapassarmos essas quantidades, as conseqüências poderão variar desde sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central ou câncer, nos casos mais graves de exposição, como é o caso dos trabalhadores rurais.

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Exercícios regulares previnem doenças mentais

Pessoas que se exercitam regularmente, não só reduzem suas chances de se tornarem obesas, mas também o risco de desenvolver mais de 20 problemas de saúde física e mental, de acordo com uma compilação de cerca de 40 estudos. O estudo foi publicado na edição de dezembro da revista International Journal of Clinical.

Os pesquisadores concluiram que os exercícios reduzem o risco de alguns tipos de câncer, demência, problemas sexuais como a disfunção erétil, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, depressão, derrame, hipertensão e outras.

Além de parar de fumar, uma das medidas mais eficazes que uma pessoa pode tomar para tentar prevenir essas doenças é manter-se saudável e se exercitar regularmente.

A revisão das pesquisas foi mais voltada para a saúde dos homens, mas, segundo os pesquisadores, essas suas conclusões se aplicam a ambos os sexos e todas as faixas etárias.

Outras conclusões importantes do estudo foram:

- Há relação entre o aumento da atividade física e e redução dos riscos de câncer de cólon em ambos os sexos.

- Homens que são mais ativos no trabalho, passando pouco tempo sentados, têm menos chances de desenvolver câncer de próstata.

- Homens que praticam atividade física têm menos propensão a ter problemas de ereção.

- A atividade física reduz o risco de demência em idosos. De acordo com os cientistas, os adultos saudáveis, com idades entre 18 e 65 anos, devem fazer atividades físicas de intansidade moderada por 150 minutos por semana. Isso equivaleria a cerca de meia hora de caminhada rápida, cinco vezes por semana. Quem já é atleta e tem uma rotina, pode limitar-se a 20 minutos de atividade física três vezes por semana. Ele diz que o exercício pode ajudar os idosos a manter o equilíbrio e flexibilidade, e recomenda que as pessoas diminuam o ritmo à medida que envelhecem, mas jamais parem de se exercitar.

Saúde mental em dia

Além dos exercícios físicos, alguns hábitos são capazes de medir (e reduzir) o risco de ter doenças mentais. Confira quais são eles:

-Menos fumo: a exposição à fumaça do cigarro pode aumentar os riscos de uma doença psiquiátrica, mesmo entre aqueles que não fumam, segundo um estudo da University College London, no Reino Unido. Avaliando os níveis de cotinina na saliva, substância indicadora de exposição ao fumo, de 5,5 mil não fumantes e 2,7 mil fumantes sem histórico de doenças mentais, os especialistas descobriram que uma maior exposição ao cigarro estava associada a 50% mais chances de relatar sofrimento psicológico.

-Sexo seguro: de acordo com um estudo da Universidade da Escócia (Reino Unido), pessoas que fazem sexo sem camisinha têm, em geral, uma saúde mental melhor do que aquelas que se protegem. O estudo contou com a participação de 99 mulheres e 111 homens. Segundo os cientistas, as pessoas que não usam camisinha nas relações sexuais conseguem manter uma postura mais madura diante de problemas do dia a dia e não se deixam levar por situações estressantes. Fatores que indicariam uma saúde mental melhor, quando o grupo foi comparado com os outros participantes.

-Mais verde: um estudo realizado pelo Centro Médico universitário de Amsterdã, na Holanda, sugere que morar até três quilômetros de parques ou áreas de lazer que incluam vastas zonas de vegetação é benéfico para saúde mental. De acordo com o estudo, as pessoas que moram perto de parques e de áreas de lazer sofrem menos com problemas de depressão e ansiedade. Doenças como diabetes, problemas digestivos e doenças infecciosas também apresentaram uma queda.

- Vitamina D: uma pesquisa feita na Universidade Científica de Portland, nos EUA, constatou que a presença de receptores de vitamina D no cérebro pode afetar positivamente o tecido cerebral, podendo retardar o declínio mental em idosos.

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Consumo de energéticos pode desencadear o alcoolismo

Os energéticos são bebidas cada vez mais consumidas por adolescentes e universitários. Uma das características de muitos estudantes na faculdade é ficar acordado até tarde estudando para uma prova na manhã seguinte, e muitos deles conseguem virar a noite com a ajuda da bebida, que é rica em cafeína, uma substância estimulante. Porém, de acordo com um novo estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, o consumo desse tipo de bebida está relacionado ao aumento dos riscos de beber além da conta e pode ser um gatilho para desenvolver o alcoolismo. Os resultados da pesquisa serão publicados na publicação científica Alcoholism: Clinical & Experimental Research.

Outro motivo da popularidade da combinação álcool-energéticos é a crença de que ao ingerir cafeína com uma bebida alcoólica, o efeito estimulante da substância neutralizaria o efeito depressor do álcool. O que não é verdade: a cafeína simplesmente reduz a sensação de sonolência causada pelo álcool, mas não a "lerdeza" causada pela embriaguez.

O estudo avaliou de mais de mil estudantes universitários, que foram indagados sobre o consumo de energéticos e o comportamento sob efeito do álcool nos últimos 12 meses. Cerca de 10, 2% deles afirmaram consumir energéticos pelo menos uma vez por semana. Os pesquisadores concluíram que indivíduos que consumiam bebidas energéticas com uma maior frequência (52 vezes ou mais em um ano) eram mais propensos a ficar bêbados cada vez mais jovens, a beberem maiores quantidades de álcool e desenvolviam mais facilmente a dependência alcoólica do que aqueles que não consumiam essas bebidas ou eram usuários com menos frequência.

De acordo com os pesquisadores, os resultados estão relacionados às altas doses de cafeína, um dos principais componentes dos energéticos. Uma das preocupações dos envolvidos na pesquisa é que não existem regulamentos sobre a quantidade de cafeína que deveria ser permitida nessas bebidas.

A cafeína é um poderoso estimulante que faz o corpo reagir assim: o sistema nervoso é acionado, glândulas liberam adrenalina, o coração bate mais rápido e o sangue ganha mais glicose. Por isso, a cafeína é conhecida como uma grande aliada para aumentar a disposição, melhorar a concentração e aplacar o sono. Mas euando é consumida em exagero, ela acelera o ritmo cardíaco, faz a pressão subir e os rins trabalharem mais, aumentando a vontade de urinar.

Além da cafeína, os energéticos contêm outras substâncias estimulantes, como a taurina e a glucoronolactona, que potencializam a resposta do cérebro aos estímulos, deixando o corpo mais esperto e disposto durante algumas horas após o consumo. Sua fórmula faz com que a pessoa se sinta revigorada durante algumas horas o que causa uma disposição aparente. Mas a ação dos energéticos também tem efeito rebote para o organismo. "É um meio falso de restabelecer o pique. Passado o efeito, você fica ainda mais cansado e sente os efeitos do estresse muscular", explica o fisiologista Paulo Zogaib.

Em excesso, as substâncias estimulantes presentes na fórmula do energético causam ansiedade, agitação e dor de cabeça. Além disso, esta bebida não hidrata. Muito pelo contrário, tem ação diurética, que faz o organismo eliminar líquido.
Mix energéticos e álcool causa três vezes mais embriaguez

Um outro estudo da Universidade da Flórida (EUA), publicado no periódico Addictive Behaviors, comprovou que a combinação entre energéticos e bebidas alcoólicas pode causar três vezes mais embriaguez, em comparação com o consumo exclusivo de álcool.

Outros estudos já haviam descoberto que 73% dos universitários americanos e 85% dos estudantes de medicina italianos consumiam essa perigosa mistura. Nesta pesquisa, foram entrevistados mais de 800 frequentadores de bares com idade universitária, que responderam sobre seus hábitos de ingestão de bebidas.

Além de concluir que a taxa de embriaguez aumenta em até três vezes, as análises também sugerem que os consumidores da mistura álcool e bebidas energéticas tendem a permanecer mais tempo nos bares, pois com mais "gás", dado pela cafeína e os outros estimulantes do energético, ficam empenhados em beber por um período de tempo maior. Em segundo plano, também foi verificado que os jovens que relataram consumir bebidas energéticas misturadas com álcool têm 4,26 vezes mais chances de conduzir um veículo automóvel após sair do bar.

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O Brasil foi o país que mais publicou notícias sobre a Conferência do Clima, em Copenhague

O Brasil foi o país que publicou o maior volume de notícias sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague (Dinamarca), no ano passado. O levantamento, feito pela Fundação Reuters de Jornalismo e pela Universidade de Oxford, foi divulgado nesta segunda-feira (15). O relatório confirma ainda que o Brasil levou a maior delegação oficial entre os 119 países que participaram da conferência, com 572 pessoas. A delegação brasileira superou, inclusive, a da anfitriã Dinamarca (527).

As informações são da BBC Brasil. A pesquisa concluiu que, dos 427 artigos publicados nos 12 países estudados, 88 saíram na imprensa brasileira. Em segundo ficou a Índia, com 76 notícias, seguida por Austrália (40), Grã-Bretanha (39) e Itália (37).

O estudo se concentrou na imprensa do Brasil, Egito, México, Reino Unido,Vietnã, da Austrália, China, Índia, Itália, Nigéria, Rússia e dos Estados Unidos. No Brasil, foram examinadas notícias publicadas em páginas da internet e nos jornais Folha de S.Paulo e Super Notícia.

O interesse da imprensa brasileira elevou para 5% a participação da América Latina entre os jornalistas registrados na conferência, segundo o estudo. Em 2007, no encontro de Bali (Indonésia), essa porcentagem foi de 1%, subindo para 3% no ano seguinte, em Poznan, na Polônia.

A conferência foi considerada o evento não esportivo que mais atraiu jornalistas até hoje, cerca de 4 mil profissionais. A grande maioria (85%), de países desenvolvidos. Países em desenvolvimento levaram quase 600 jornalistas à capital da Dinamarca. Por outro lado, os países que menos espaço dedicaram à histórica reunião sobre mudança climática foram Nigéria, Rússia e Egito.

(Fonte: Agência Brasil)

Milhares de pessoas farão um espetáculo artístico mundial pelo clima

Milhares de crianças de Mumbai vão se agrupar para formar a figura de um elefante; uma multidão de americanos se deitará no leito de um rio seco no Novo México e centenas de australianos carregarão uma tocha: estas são algumas das manifestações artísticas em nível mundial organizadas em favor da Terra no próximo sábado (20).

O objetivo dessa manifestação planetária é denunciar o papel dos humanos no aquecimento global através de imagens que poderão ser vistas e fotografadas do espaço.

A mostra, organizada pelo ambientalista Bill McKibben e seu grupo de defesa do planeta, o “350 Earth”, usará corpos humanos como principal meio de expressão e será realizada de 20 a 27 de novembro, um pouco antes do início da conferência da ONU sobre o clima em Cancún, oeste do México.

“Uma das coisas que espero que consigamos com isso é que as pessoas lembrem que vivemos em um planeta. Exatamente como Vênus e Marte, somos um pedaço de rocha no espaço e nosso futuro depende, entre outras coisas, da composição gasosa de nossa atmosfera”, disse McKibben.

O nome do grupo e do espetáculo, “350 Earth” (Terra 350), refere-se ao número de partes por milhão que muitos cientistas concordam em estabelecer como o nível máximo aceitável de dióxido de carbono na atmosfera.

Atualmente, esse nível está em torno das 390 partes por milhão.

As ideias para o espetáculo foram dadas por artistas de várias partes do mundo.

Nos Estados Unidos, os planos são que um grupo de 1.000 pessoas em Los Angeles formem uma “águia solar”. Além disso, um artista americano fará uma pintura sobre os tetos de Nova York e na costa de Nova Jersey e milhares de pessoas no Novo México deitarão sobre o leito seco do rio Santa Fé.

Em Mumbai, milhares de escolares se unirão par formar o contorno de um elefante para representar um “elefante na sala”, ou seja, algo difícil de ignorar, como é o caso da mudança climática.

Os australianos acenderão tochas que formarão o número 350.

Na Islândia, os artistas planejam instalar, no extremo de uma geleira que está derretendo, barracas de campanha vermelhas em forma de um urso polar.

Outras instalações artísticas serão montadas no Egito, Espanha e China.

Uma companhia com sede no Colorado (oeste dos Estados Unidos) fará fotos das obras de arte a partir do espaço através de uma série de satélites.

(Fonte: Yahoo!)

Dinamarca quer só casas “verdes” feitas até 2020; projeto inclui incentivos fiscais

A Dinamarca estuda beneficiar financeiramente quem construir casas “verdes”. A ideia é que as pessoas que utilizarem painéis solares e sistema de reaproveitamento de água, por exemplo, paguem menos impostos.

Com isso, o governo pretende que todas as novas casas construídas sejam consideradas “verdes” até 2020.

“Os dinamarqueses não são do tipo que abraça árvores, mas a preocupação ambiental está sendo incentivada pelo governo”, diz Thomas Nordli, consultor da Rockwool (empresa que trabalha com tecnologias limpas para construção civil).

Uma casa “verde” custa cerca de 5% a mais do que uma casa comum naquele país. “Depois de construída, o proprietário só se beneficia e economiza”, explica o especialista da Rockwool.

Num país frio como a Dinamarca, algumas tecnologias de construção podem reduzir significativamente os custos de aquecimento. Por exemplo, as janelas maiores (para entrar mais luminosidade) e com vidros três vezes mais grossos.

Esses vidros, aliados às paredes com cerca de 50 cm, funcionam como “cobertor” para a casa e reduzem os gastos com aquecimento.

“Essa tecnologia pode ser usada também para resfriamento, em países quentes como o Brasil”, diz Nordli.

Desde a crise do petróleo da década de 1970, a Dinamarca tem investido em energias alternativas, como biomassa, energia solar e eólica (que hoje representa cerca de 20% da matriz energética do país).

(Fonte: Sabine Righetti/ Folha.com)

Cientistas identificam sistema antivírus no corpo humano

Antivírus humano

Os vírus que causam doenças em animais derrotaram o sistema de segurança desses animais há milênios, ao longo do processo evolutivo.

Agora que os cientistas estão conscientes disso, eles começaram a explorar a possibilidade de reativar esse sistema antivírus, colocando-o em condições de lutar contra doenças como a síndrome respiratória aguda repentina (SARS), o vírus do Nilo Ocidental, a dengue, a febre amarela e muitos outros.

Os resultados, obtidos por cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, foram publicados no último exemplar da revista Nature.

Capas de RNA

A descoberta resolve um mistério que já durava 35 anos, desde que o pesquisador Bernard Moss notou que os vírus colocam "coberturas" químicas em pontos específicos de cada pedaço de material genético transcrito de seu DNA.

O material transcrito é o RNA - para se reproduzir, os vírus precisam enganar a célula hospedeira para que ela produza proteínas virais a partir deste RNA.

Observando evidências de que as células hospedeiras colocam coberturas no seu próprio RNA, em posições idênticas, Moss teorizou que essas capas poderiam se tornar um recurso para que as células distinguissem entre o seu próprio RNA e o de um invasor.

Ele propôs que as capas poderiam servir como uma espécie de crachá falso de identificação para o RNA do vírus, permitindo que ele engane os sistemas de segurança das células, que estão preparados para atacar qualquer RNA sem as capas.

Desde o estudo de Moss, os cientistas descobriram que alguns vírus têm estratégias para roubar as coberturas de RNA das células do hospedeiro e colocá-las em seu próprio RNA.

Vários vírus causadores de doenças fazem suas próprias coberturas, incluindo o vírus da varíola, os flavivírus, que causam a encefalite do Nilo Ocidental, a febre amarela e a dengue, o rabdovírus, que causa a raiva, o coronavírus, que causa a SARS e os reovírus, que causam desconfortos respiratórios leves ou diarreia.

Os cientistas também descobriram que uma das capas químicas adicionadas ao RNA ajuda a estabilizá-lo, impedindo o RNA de se quebrar. No entanto, apesar de anos de investigação, o objetivo de outra capa, colocada perto do início de cada fita de RNA, em uma posição que os cientistas chamam de 2' (dois linha), continuava um mistério.

Imunidade intrínseca

O novo artigo, publicado pela equipe do Dr. Michael S. Diamond, resolve o enigma e confirma as especulações de Moss.

O estudo utilizou uma forma mutante do vírus do Nilo Ocidental. A cepa mutante consegue colocar a capa que mantém o RNA estável, mas é incapaz de colocar a capa 2'.

Quando os cientistas infectaram camundongos com este vírus mutante, ele não causou a doença.

Em seguida, os cientistas injetaram o vírus mutante em camundongos sem o receptor de interferonas. Estas proteínas são importantes nas reações de defesa do organismo contra os vírus invasores da célula, um ramo do sistema imunológico conhecido como imunidade intrínseca.

O vírus mutante causou a doença nas cobaias, sugerindo que a imunidade intrínseca pára o vírus mutante em ratos normais, e que a capa 2' estava ajudando os vírus normais a escapar desta parte do sistema imunológico.

"Agora que sabemos para o que esta capa é utilizada, podemos olhar para a questão de saber se as enzimas humanas e virais que colocam a capa são suficientemente diferentes," explica Diamond. "Se elas forem, podemos ser capazes de projetar inibidores que impeçam o vírus de cobrir seu RNA e tornar sua replicação muito mais difícil, uma vez que o sistema imunológico intrínseco será ativado."

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sábado, 20 de novembro de 2010

81% dos jovens nunca usaram critérios de sustentabilidade ao comprar

No entanto, 34% dos entrevistados acreditam que privilegiar empresas responsáveis induz melhorias na sociedade, mostra estudo da ESPM

Embora concordem que os cidadãos podem influenciar melhorias sociais por meio de suas escolhas de consumo, os jovens brasileiros ainda usam muito pouco seu poder de compra para induzir práticas sustentáveis nas empresas. Essa é a principal conclusão da pesquisa “Juventude, Consumo e Política”, realizada pelo Centro de Altos Estudos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o banco Santander, apoiador pioneiro do Akatu.

Divulgado na quarta-feira (11/11), o estudo revela que 81% dos jovens brasileiros admitem que, nunca levaram em consideração como fator de escolha na compra se o fornecedor ou o fabricante cumpre princípios éticos e de preservação ambiental e social. Por outro lado, 34% acreditam que ao privilegiar essas empresas na hora da compra, podem induzir melhorias sociais e a vida no planeta.

Os entrevistados afirmaram que entre as principais dificuldades para praticarem o consumo consciente estão os preços dos produtos (para 45% os produtos sociais ou ambientalmente corretos são mais caros) e a dificuldade de identificar esses produtos e serviços (39%).


"Os dados da pesquisa confirmam o que já ocorre na sociedade brasileira como um todo, ou seja, há uma disposição considerável em praticar boas ações. As pessoas, inclunido os jovens que foram pesquisados, sabem claramente o que é certo e o que é errado. Entretanto há uma certa dificuldade na hora de praticar a ação concreta em benefício do bem", avalia Lívia Barbosa, diretora de pesquisa do CAEPM e membro do Conselho Acadêmico do Instituto Akatu. "Mas por outro lado, ainda existem problemas estruturais sérios no Brasil para que as pessoas possam adotar estilos de vida sustentáveis. Para se ter uma idéia, nem todos têm a possibilidade de praticar a reciclagem porque suas cidades não oferecem estruturas para coleta seletiva", defende.

No geral, Barbosa considera os resultados da pesquisa satisfatórios. "De certa forma já esperava esses resultados. Eles abrem boas prespectivas para o futuro, considerando nossa realidade", afirma.

O levantamento foi feito com objetivo de verificar o quanto a prática de consumo responsável está consolidada entre jovens de 16 a 25 anos e como isso se relaciona às práticas políticas tradicionais, além de estabelecer as bases iniciais para a criação de um índice de consumo responsável para a sociedade brasileira.

Rogério Ferro, da equipe Akatu

Cientistas comprovam eficiência do alho para controlar hipertensão

Cientistas australianos têm uma nova solução para controlar a hipertensão. A arma secreta é o alho, segundo um estudo publicado na revista científica Maturitas.

Durante teste de 12 semanas envolvendo 50 pacientes, Karen Reid e colegas da Universidade de Adelaide descobriram que o consumo de quatro cápsulas diárias de extrato de alho envelhecido reduz a pressão arterial em cerca de 10 milímetros de mercúrio, em comparação a um grupo que usava um placebo. Reid disse que o alho consumido de outra forma não tem o mesmo efeito.

“Quando você cozinha o alho fresco, o ingrediente que é responsável por reduzir a pressão sanguínea desaparece”, disse a cientista. “Acho que o ponto realmente importante é que o extrato de alho envelhecido como suplemento é a arma secreta para a pressão sanguínea.”

Há muito tempo se sabe que o alho é bom para o coração e a medicina tradicional indiana (aiurvédica) há séculos usa o produto na prevenção da hipertensão. Este, no entanto, é o primeiro estudo a avaliar cientificamente o impacto do extrato de alho envelhecido.

(Fonte: G1)

Ministros de Meio Ambiente do Mercosul discutem clima e preparação para a Rio+20

Brasília sediou nesta sexta-feira (19) a XII Reunião de Ministros de Meio Ambiente do Mercosul. O encontro, realizado no hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, reuniu ministros e representantes dos países-membros do bloco (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai) e de Estados associados (Chile e Bolívia).

Os participantes debateram formas de alcançar uma posição comum para ser levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-16), a ser realizada no final deste mês em Cancun (México). Também foi discutido o processo preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), prevista para 2012.

”Esta reunião tem contornos importantes e estratégicos”, avaliou a ministra brasileira, Izabella Teixeira, que abriu os trabalhos às 9h30. Os representantes dos demais países do bloco também ressaltaram a importância do encontro. ”Vislumbramos este fórum como uma grande instância para o debate”, disse Ricardo Ararrázabal, vice-ministro de Meio Ambiente do Chile.

O primeiro tema da pauta a ser discutido pelos participantes foi uma proposta de elaboração de declaração da sub-região para a COP-16. ”Os países do Mercosul podem exercer um papel de liderança na conferência”, disse a diretora do escritório do PNUMA para a América Latina e Caribe, Margarita Astrálaga. O PNUMA é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, convidado a participar da reunião em Brasília.

Izabella Teixeira destacou a importância do tema ‘mudança climática’. ”A questão climática é estratégica. Em Cancun, o Brasil quer continuar a ter o protagonismo que teve em Copenhague [por ocasião da COP-15]”, frisou. A ministra convidou os demais países a visitarem o espaço físico que o País terá na COP-16, para conhecer as políticas e demais iniciativas que vêm sendo implementadas pelo governo brasileiro.

Em seguida, a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Branca Americano, fez um histórico sobre as negociações que precederam a conferência de Copenhague, realizada no fim de 2009, partindo da reunião em Bali sobre clima, realizada em 2007.

Segundo Branca, 2010 foi um ano dedicado a negociações em todo o mundo sobre os temas abrangidos pelo Acordo de Copenhague – resultado da COP-15, que não tem caráter legalmente vinculante. ”Não ter resultado em Cancun será um fracasso, e ninguém tem interesse nisso. É importante fortalecer as negociações multilaterais para que possamos avançar no âmbito da convenção [Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, UNFCCC] e do Protocolo de Kyoto”, afirmou. A secretária ainda destacou a importância da reunião de ministros de Meio Ambiente nesse sentido. ”Este é um espaço para a troca franca e transparente de impressões sobre todos os aspectos das negociações em curso.”

Na opinião da ministra Izabella, há um esforço dos países em desenvolvimento para que a conferência de Cancun tenha sucesso e o Mercosul ”pode e deve ganhar uma posição política mais estratégica no tema”. Segundo ela, ‘’seria importante que todos os ministros de Meio Ambiente dos países-membros do bloco e dos Estados associados fossem à conferência”.

Os participantes da reunião em Brasília concordaram em dar continuidade às discussões e trabalhar em conjunto para chegar a uma posição que represente os interesses e desafios da região. A ideia é que seja feita uma abordagem mais programática, respeitando as políticas nacionais de cada país. Também decidiram instituir uma área técnica, no âmbito do fórum de ministros de meio Ambiente, para elaborar estudos técnicos. O grupo também deliberou em favor de uma aproximação com o GRULAC [Grupo de Países da América Latina e Caribe].

Rio+20 - Outro assunto da reunião foi a preparação para a Rio+20. Izabella Teixeira lembrou que, dada a magnitude da conferência, bem como as pouco frequentes reuniões do comitê preparatório, é possível concluir que o processo oficialmente estabelecido para a Rio+20 será exíguo e insuficiente, o que fará com que sejam necessárias consultas complementares em âmbito nacional e regional. “Esperamos que não seja uma conferência para avaliar as conquistas da Rio-92, e sim para pensarmos no futuro, nos próximos 20 anos”, disse a ministra.

Um dos principais temas que serão tratados na Rio+20 é o conceito de Green Economy (Economia Verde), que prevê iniciativas capazes de promover o desenvolvimento econômico sustentável, reduzindo danos ao meio ambiente. Por isso, o assunto foi debatido entre os participantes da reunião desta manhã em Brasília.

Izabella Teixeira apresentou um documento elaborado por consultor independente a pedido do governo brasileiro, contendo informações gerais sobre o tema, a fim de subsidiar o debate. De acordo com a ministra, o tema foi incluído na pauta da reunião devido à necessidade de que os Estados membros viessem a ter o mesmo entendimento sobre o assunto e dar início a uma discussão sobre suas implicações no processo preparatório da sub-região para a Rio+20.

A XII Reunião de Ministros de Meio Ambiente do Mercosul foi realizada em Brasília porque o Brasil atualmente exerce a presidência pro tempore do Mercosul.

(Fonte: MMA)

Anvisa constata alto teor de sódio em alimentos industrializados

Sódio nos alimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou teores elevados de sódio em vários alimentos industrializados encontrados nas prateleiras dos supermercados.

Dos mais de 20 tipos de produtos analisados, o macarrão instantâneo apresentou a maior quantidade de sódio.

De acordo com o levantamento, algumas marcas têm mais que o dobro de sódio do que o limite recomendável para consumo diário.

A ingestão do elemento químico em altas concentrações contribui para o surgimento de doenças cardíacas e renais, obesidade, hipertensão e diabetes.

Excesso de sal

A pesquisa revela que os refrigerantes de baixa caloria (light e diet) à base de cola e guaraná têm maior concentração de sódio em comparação com os convencionais.

O estudo constatou ainda diferenças na quantidade de sódio de uma marca para outra. No caso da batata-palha, algumas marcas apresentaram até 14 vezes mais sódio do que o recomendável.

Para a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, a variação mostra que as empresas podem produzir alimentos com menos sódio e recomenda ao consumidor que observe o rótulo das embalagens.

"A população deve saber que existem alimentos semelhantes, porém menos saudáveis. A Vigilância Sanitária não pode dizer que recomenda este ou aquele produto. Seria insano lançarmos uma proibição [desses alimentos] neste momento, porque é preciso desenvolvimento técnico [das empresas para adaptar a produção]", disse a diretora.

Açúcar, ferro e gordura

O estudo avaliou também a quantidade de açúcar, ferro e gorduras trans e saturadas nos alimentos. Os sucos de polpa de fruta apresentaram menos açúcar que os néctares (bebidas com menor concentração de polpa). No caso dos néctares, o de uva foi o que apresentou o maior nível de açúcar.

Na avaliação da gordura saturada, 55% das marcas de batata-palha ultrapassaram o valor médio. Os biscoitos de polvilho lideram o índice de gorduras saturadas e trans.

Os resultados apontaram ainda que 87% das farinhas, dos fubás e dos flocos de milho têm menos ferro e ácido fólico que o exigido em lei.

Ainda este mês, representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa e da indústria alimentícia devem se reunir para traçar metas de redução desses nutrientes nos produtos industrializados.

Carolina Pimentel - Agência Brasil

Ingestão de energéticos aumenta risco de alcoolismo

Energéticos e álcool

Uma nova pesquisa, feita nos Estados Unidos, verificou uma importante associação entre o consumo de bebidas energéticas e o risco de desenvolver alcoolismo.

O estudo, que será publicado na edição de fevereiro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, avaliou dados de mais de 1 mil estudantes universitários, dos quais 10,1% disseram ingerir energéticos pelo menos uma vez por semana.

Segundo o trabalho, aqueles com elevado consumo de energéticos (52 vezes ou mais por ano) apresentaram risco significativamente maior de desenvolver dependência de bebidas alcoólicas e se embebedavam mais e mais cedo (com relação à idade) do que os demais.

Embriaguez desperta

O estudo destaca que os energéticos contêm bastante cafeína e podem levar ao desenvolvimento de outros problemas, além da perda de sono.

Segundo o trabalho, uma importante preocupação é que a mistura de energéticos com bebidas alcoólicas pode levar a um estado de "embriaguez desperta", na qual a cafeína mascara a sensação de embriaguez sem reduzir os prejuízos causados pelo estado.

O resultado é que o usuário se sente menos bêbado do que realmente está, o que pode levar a consumir quantidades ainda maiores de bebida. "Os resultados reforçam a necessidade de maiores investigações a respeito dos possíveis efeitos negativos para a saúde das bebidas energéticas e dos riscos de seu consumo misturado com o álcool", destacaram os autores.

"A cafeína não se opõe ou cancela os prejuízos associados com a embriaguez, ela apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado. O fato de que não há regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é desconcertante", disse Amelia Arria, da Universidade de Maryland, um dos autores da pesquisa.

Agência Fapesp