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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mulher perde as amígdalas e torna-se incapaz de sentir medo

Amígdalas do medo

Uma mulher que não vivencia a sensação de medo é a última esperança dos cientistas para tratar fobias extremas e transtornos de estresse pós-traumático.

SM, uma mãe de dois filhos e 44 anos que permanece anônima, serviu de "cobaia" para pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, estudarem os efeitos da ausência de uma estrutura cerebral responsável pelas emoções.

Em um raro caso, a paciente teve as chamadas amígdalas cerebrais destruídas por uma doença.

Essas estruturas em forma de amêndoa, uma de cada lado do cérebro, são conhecidas dos cientistas por estar associadas à geração de medo em animais, de ratos a macacos.

Mulher sem medo

Em um estudo publicado na revista científica Current Biology, os pesquisadores afirmam que, pela primeira vez, é possível confirmar cientificamente que a ausência da amígdala também impede a experiência do medo em humanos.

"Para provocar medo, expusemos SM a serpentes e aranhas vivas, a levamos para um passeio em uma casa assombrada e lhe mostramos filmes de grande apelo emocional. Em nenhum momento ela manifestou medo, e nunca disse ter sentido senão níveis mínimos de medo", escreveram os cientistas.

"Da mesma forma, ao longo de uma bateria de questionários de perguntas e respostas (avaliando o receio dela de morrer ou falar em público, por exemplo), três meses de amostras de experiências na vida real e uma história de vida repleta de eventos traumáticos, SM repetidamente demonstrou ausência de manifestações abertas de medo, e pouca experiência geral de medo."

Os pesquisadores disseram ter ficado especialmente impressionados com a reação dela às cobras e serpentes vivas. Levada para uma loja de animais de estimação, SM começou a tocá-los imediatamente, "de curiosidade".

Alarme desligado

Além disso, SM declarou ter passado por situações violentas potencialmente traumáticas - ela teria sido ameaçada com faca e arma de fogo, por exemplo -, sem manifestar nenhum temor.

"Sem a amígdala, o alarme no cérebro que nos impede de evitar perigo fica ausente", sintetizou o coordenador do estudo, Justin Feinstein.

"A paciente se aproxima exatamente das coisas que ela deveria evitar. Ao mesmo tempo, surpreendentemente, ela tem consciência do fato de que deveria evitá-las. É bem impressionante que ela ainda esteja viva."

Emoções básicas

Apesar de sua falta de medo, SM é capaz de manifestar outras formas de emoções básicas e experimentar os sentimentos respectivos, disseram os cientistas.

Eles acreditam que as conclusões do estudo podem ajudar a direcionar o tratamento de pacientes com fobias extremas ou transtornos de estresse pós-traumático.

"No último ano, tenho tratado veteranos de guerra retornando do Iraque e do Afeganistão que sofrem com estresse pós-traumático. As vidas dessas pessoas são impregnadas de medo, às vezes eles não conseguem sequer sair de casa devido ao sentimento onipresente de perigo", disse Feinstein.

Para o co-autor do estudo, Daniel Tranel, "psicoterapia e medicação são as opções existentes de tratamento de estresse pós-traumático, que poderiam ser refinadas e desenvolvidas com o objetivo de visar à amígdala".

www.diariodasaude.com.br

Brasileiros desenvolvem novo gel para tratar câncer de pele

Gel que salva a pele

Uma nova formulação química adaptada à terapia fotodinâmica foi criada para tratar, de forma menos agressiva, o melanoma maligno - tipo de câncer de pele com pior prognóstico, devido à sua elevada probabilidade de causar metástases.

A formulação está sendo desenvolvida pelos pesquisadores Paula Aboud Barbugli e Antonio Claudio Tedesco, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da USP, e visa combater a doença sem causar grandes efeitos colaterais e prejuízos estéticos.

Atualmente, existem poucos tratamentos efetivos para o tratamento do melanoma.

Os pacientes com este tipo de câncer normalmente são submetidos à tratamentos cirúrgicos associados à radioterapia e quimioterapia.

Com a evolução da doença e o surgimento de metástases a probabilidade de cura e remissão da doença são muito remotas.

Terapia fotodinâmica

As pesquisas de Paula revelam resultados positivos na eliminação das células de melanoma maligno após o tratamento de Terapia Fotodinâmica (FTD).

O estudo trabalhou na criação de uma formulação com o fármaco Ftalocianina de Cloroalumínio capaz de induzir a morte de células malignas em mais de 90% após a irradiação com laser em comprimento de onda específico.

"A terapia fotodinâmica é uma modalidade terapêutica seletiva e não invasiva, que age diretamente sobre a pele do paciente. O fármaco é administrado e após algumas horas ocorre a irradiação com luz laser somente no local do tumor. Esta técnica já vem demonstrando excelentes resultados clínicos no tratamento de tumores de pele do tipo não melanoma, agora, comprovamos que a terapia também é capaz de surtir efeito em células de melanoma em fase avançada de progressão da doença", afirma a pesquisadora.

Segundo Paula, a ftalocianina foi "encapsulada em lipossomas", o que permite sua administração em condições fisiológicas. Ou seja, apto para a aplicação em pacientes tanto por via endovenosa (injetada em veias) como por uso tópico (colocando os lipossomas em um gel para aplicá-lo sobre a pele).

Gel e laser

Testes in vitro, realizados na primeira fase da pesquisa, com diferentes modelos celulares - do tipo célula padrão e do tipo tridimensionais, desenvolvidos a partir de uma matriz de colágeno e fibroblastos - com diferentes fases de progressão do melanoma, demonstraram resultados positivos em relação ao tratamento.

"O próximo passo, é buscar parcerias para realizar estudos pré-clínicos e clínicos que viabilizem a implementação da técnica", relata a pesquisadora, que ressalta, "estudos in vivo em animais possuem boas perspectivas de resposta ao tratamento do melanoma humano, com possibilidades de futuras aplicações clínicas."

Caso o método obtenha respostas positivas em estudos in vivo, o fármaco poderá ser aplicado em gel sobre a pele e irradiado por um laser. "Será uma terapia localizada que não causará nenhum efeito colateral, como a radioterapia e a quimioterapia, e nenhum prejuízo estético oriundo de cirurgias", avisa Paula.

Marcelo Pellegrini - Agência USP

Gripe mata 27 na Grã-Bretanha e se espalha pela Europa

A gripe já matou 27 pessoas na Grã-Bretanha desde outubro, e a transmissão do vírus está se intensificando em toda a União Europeia, disseram autoridades sanitárias na quinta-feira.

Os dados mais recentes da Agência de Proteção Sanitária (HPA) da Grã-Bretanha apontaram 24 mortes pelo vírus H1N1, causador da pandemia da chamada ‘gripe suína’ em 2009. Outras três mortes foram causadas pela cepa conhecida como gripe tipo B.

Do total de vítimas, eram 18 adultos e 9 crianças.

‘O nível de atividade gripal que estamos vendo atualmente está nos níveis vistos com frequência durante as temporadas gripais de inverno, mas devido ao fato de que o H1N1 é uma das cepas predominantes em circulação no momento, estamos vendo mais doenças severas em pessoas com menos de 65 anos de idade do que esperaríamos normalmente’, disse John Watson, chefe do departamento de doenças respiratórias da HPA.

Marc Sprenger, diretor do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, disse em nota que o ritmo de difusão da gripe está se intensificando em todo o continente.

A Organização Mundial da Saúde diz que o H1N1 deve ser a cepa gripal predominante neste inverno do Hemisfério Norte, e por isso é um dos alvos da vacina sendo administrada atualmente contra gripes sazonais.

(Fonte: G1)

Tratamento de alergia causa nova alergia

Alergia de contato com alumínio

A dermatite alérgica de contato com o alumínio tem sido considerada uma alergia muito rara.

No entanto, veem crescendo os relatos de nódulos pruriginosos e alergia ao alumínio surgidos depois que as pessoas tomaram vacinas ou fizeram tratamentos para outras alergias.

A pesquisadora Eva Netterlid, da Universidade de Lund, na Suécia, resolveu estudar o fenômeno e fez algumas descobertas que exigirão mais pesquisas sobre os tratamentos de alergia.

Nódulos na pele

Nódulos pruriginosos são pequenos nódulos sob a pele que causam coceira e que, segundo alguns estudos, podem durar vários anos.

Um estudo sobre vacinas contra tosse convulsiva, realizado há alguns anos, mostrou que quase um por cento das crianças desenvolveu nódulos pruriginosos na área da vacinação.

Três das quatro crianças que tiveram uma reação com nódulos também desenvolveram alergia ao alumínio.

"Isso foi totalmente inesperado. O alumínio tem sido utilizado como adjuvante, intensificador, nas vacinas por mais de 70 anos, com apenas um pequeno número de relatos de nódulos pruriginosos e dermatite alérgica de contato," afirma Eva.

Hipossensibilização

Mas os resultados foram muito mais preocupantes quando a pesquisadora voltou sua atenção para a hipossensibilização, um tratamento no qual doses progressivamente maiores de uma substância alergênica são dadas aos pacientes que são alérgicos ao pólen, ácaros, etc, para habituá-los à substância.

Este tratamento também usa o alumínio como um intensificador.

O número de reações foi muito maior. Das 37 crianças monitoradas, 8 (21,6%) tiveram dermatite alérgica de contato com o alumínio, e 13 (35%) tiveram nódulos pruriginosos.

Outras 24 crianças com alergias que foram incluídas no estudo, mas que não receberam a vacina, não desenvolveram nem nódulos pruriginosos nem alergia ao alumínio.

Outro estudo analisou a hipossensibilização de crianças e adultos com alergias respiratórias. Verificou-se que quase 4% dos pacientes tiveram dermatite alérgica de contato com o alumínio.

O exame dos braços dos pacientes antes e um ano após o tratamento mostrou que o número de portadores de nódulos tinha aumentado significativamente, e a proporção daqueles que tinham nódulos pruriginosos também aumentou.

Hipóteses

Há várias explicações possíveis a respeito de porque a alergia de alumínio está se tornando mais comum: o surgimento de novas tecnologias para identificar a alergia, o tipo de compostos de alumínio usados nas vacinas e outros tratamentos pode ter mudado, e o número de vacinações pode ter aumentado com o aumento das viagens internacionais.

Mas, por enquanto, todas são apenas hipóteses e conjecturas, e somente outros estudos poderão apontar as causas reais.

Eva Netterlid e seus colegas vão se concentrar primeiro na segunda hipótese, verificando se diferentes compostos de alumínio produzem resultados diferentes.

Eles também pretendem descobrir se os pacientes que tiveram resultado positivo no teste de alergia ao alumínio também apresentam sintomas clínicos quando expostos a medicamentos e cosméticos que contenham alumínio.

Redação do Diário da Saúde

Medicina: usos das células-tronco vão da aids à dor de dente

Em 2011, a USP pretende inaugurar o laboratório para obtenção de células-tronco a partir de dentes de leite. Entre os objetivos da pesquisa está o uso de células dentais para regenerar tecidos não dentais. “Poderíamos usar células-tronco dentais para reparar lesões cardíacas ou oculares”, diz Andrea Mantesso, coordenadora do projeto. Os pesquisadores também buscam a formação de um dente inteiro no laboratório e a engenharia tecidual de partes especificas, onde seria possível reparar a gengiva perdida após uma doença periodontal.

Muito versáteis, as células-tronco seriam opção para o tratamento de vários problemas no futuro, com usos que vão da aids à dor de dente. “Falando de forma bem abrangente, elas poderão ser usadas para tratamento de lesões degenerativas em diferentes tecidos do corpo humano, sequelas de acidentes, alguns tipos de câncer, lesões ulcerativas em pele e outros órgãos e para produção de células especializadas”, explica Mantesso.

Células embrionárias x Células adultas – Recentemente, o assunto voltou à imprensa por ocasião do nascimento do filho da atriz Juliana Paes, que optou por armazenar células-tronco do cordão umbilical do seu bebê. E enquanto células-tronco adultas já são amplamente usadas para tratamento de doenças hematopoiéticas, como leucemias, a pesquisadora não acredita que um dia não precisaremos mais das células embrionárias, por elas serem mais potentes que as células adultas. “Isso significa que elas podem formar mais tecidos e com melhor produtividade. Mesmo quando reprogramamos as células adultas para que elas se comportem como células embrionárias, a taxa de sucesso desses experimentos ainda é baixa e eles são bem complexos de serem realizados”, diz.

Ainda assim, um estudo feito por médicos alemães mostra que um transplante de células-tronco teria curado um portador do virus HIV, três anos depois de realizado o procedimento, em 2006. O paciente, um homem americano na casa dos 40 anos, soropositivo há mais de dez, procurou tratamento para leucemia mielóide aguda, uma forma letal de câncer no sangue.

A idéia veio quando o médico do paciente, Gero Hutter, pensou na possibilidade de realizar um transplante de medula utilizando como doador o portador de uma rara mutação genética que o torna naturalmente resistente ao HIV. O suposto sucesso do transplante ainda é questionado por grande parte da comunidade médica, que espera confirmar os resultados dentro de dez anos.

Os resultados positivos do uso de células tronco adultas não desencoraja a pesquisa com o material embrionário. Para Andrea Mantesso, “os cientistas insistem nas células embrionárias porque elas têm um potencial imenso e ainda nem sabemos tudo que essas células podem nos proporcionar, mas já sabemos que elas são muito versáteis. Então, precisamos estudá-las em profundidade para poder não só entender seu verdadeiro potencial, mas também para entender sua natureza e comportamento. Essas respostas serão importantes tanto na área de células tronco, como também para melhor esclarecimento sobre o desenvolvimento humano, envelhecimento e várias doenças”, conclui.

(Fonte: Portal Terra)

Superbactéria se alastra e chega à metade dos Estados do Brasil

A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemases), também chamada de superbactéria, por ser resistente a quase todos os antibióticos disponíveis, já chegou aos hospitais de 13 Estados brasileiros, segundo levantamento realizado pelo R7 nas 23 Secretarias Estaduais de Saúde do país. Maranhão, Amapá e Tocantins, que não haviam registrado nenhum caso até o último levantamento oficial realizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em outubro, surgem no mapa da KPC no país, todos com mortes atribuídas à doença.

Ainda pelo levantamento, foi constatado um grande aumento no número de casos e óbitos no Distrito Federal, com 319 infectados e 25 mortes, ante os 207 casos e 22 mortes em outubro. No Rio de Janeiro, 83 pessoas foram infectadas e 13 morreram por causa da superbactéria, muito acima dos 43 casos e três mortes informadas também em outubro.

A incidência da KPC aumentou também no Nordeste. Dos 150 casos suspeitos no Ceará até outubro, 23 foram confirmados pela Secretaria de saúde do Estado no início de dezembro. Trinta e cinco pessoas foram infectadas e cinco morreram em Pernambuco até novembro, dado parecido com o da Paraíba, onde 34 pessoas foram infectadas, 15 só na primeira semana de dezembro. Os dados são da Ceciss (Comissão Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde), da secretaria estadual de Saúde. Todos os casos vêm de hospitais da capital João Pessoa.

No Maranhão foi registrado um caso confirmado, que levou o paciente à morte.

Mas é no Paraná que a bactéria se alastra com velocidade, se os dados considerados informais realmente valerem. De acordo com a secretaria estadual de saúde do Estado, cerca de 300 casos foram notificados desde o início do ano. No entanto, frisam ser uma estimativa “porque ainda não saiu a portaria da obrigatoriedade dos casos. Então, esses números ainda são informais”.

Toda essa “informalidade” na informação de dados sobre a KPC mostra que atualmente não é possível chegar a um número oficial de casos no Brasil. Isso acontece porque nem todos os Estados brasileiros são obrigados a repassar estes dados as esferas estaduais, apenas em casos de surto, após a Anvisa ter deixado de repassá-los por meio das secretarias municipais e estaduais de saúde, em outubro.

Questionada se essa lacuna, que permite aos Estados não informarem dados ou repassá-los como não oficiais, cria chances de se omitir surtos e o número de casos e mortes pela doença, a agência não respondeu.

Por meio da assessoria, explicou o motivo da mudança. “Foi pactuado junto com as vigilâncias sanitárias municipais e estaduais que elas seriam as responsáveis por passar os últimos casos registrados em cada Estado, já que o processo acaba fazendo com que os números da Anvisa fiquem desatualizados.”

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo se baseia nessa falta de regulamentação para não divulgar a incidência da KPC no Estado. Afirma que, por não haver surtos, não são obrigados a divulgar casos espaçados.

De acordo com o último levantamento da Anvisa, havia no Estado pelo menos 70 casos que decorreram em 24 mortes, de julho de 2009 a outubro de 2010.

Fora São Paulo, Minas Gerais lidera em número de casos da superbactéria na região Sudeste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Estado, 51 casos foram notificados em Minas Gerais, 49 em Belo Horizonte e dois em Nova Lima, de dezembro de 2009 a setembro de 2010.

No Espírito Santo foi comprovada a infecção de seis pessoas entre abril e outubro desse ano e três óbitos, sem confirmação se foram pela bactéria KPC.

Apesar de casos espaçados, a bactéria já chegou aos hospitais da região Norte, onde infectou uma pessoa no Amapá e outra no Tocantins, levando-as à morte.

Como pega e previne – O nome KPC na realidade é de uma enzima produzida por um grupo de bactérias, das quais a principal é a klebisiela, que tem o poder de destruir grande número de antibióticos. O nome “superbactéria” foi atribuído a ela pelo fato de ser proveniente de uma bactéria que desenvolve mais resistência aos antibióticos e tem grande facilidade de se transmitir no ambiente hospitalar e causar surtos de infecção hospitalar, explica Carlos Magno Fortaleza, professor de infectologia da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

“A klebisela é uma bactéria que faz parte do nosso intestino, mas as bactérias com frequência adquirem um pedaço de material genético que passam de uma bactéria para outra. Uma certa linhagem da klebisela adquiriu um pedaço de DNA que produzia essa enzima. Além de se reproduzir, essa bactéria, que carrega esse DNA, acabou fornecendo para outras espécies.”

O que causa a infecção, explica o professor, é quando a bactéria alojada no intestino chega a outras partes do corpo, pode infeccioná-las, causando doenças. Por exemplo, se chega ao pulmão causa pneumonia e a pessoa pode morrer.

“As infecções hospitalares acontecem quando algum procedimento médico faz com que bactérias que estejam muito quietas invadam outros lugares onde não deveriam estar. Seja porque a pessoa fez uma cirurgia, ou precisou de um aparelho para respirar, de alguma maneira se quebra a ecologia daquele organismo e a bactéria sai de onde ela estava sem provocar nenhuma doença e acaba atingindo um lugar onde ela provoca uma doença.”

Essa lógica que serve causa uma série de infecções bacterianas, é a mesma da kpc, explica Fortaleza. “A diferença da kpc para outras klebisielas é q ela é mais resistente a antibióticos, não porque ela mata mais.”

Vale lembrar que a infecção por KPC geralmente ocorre em pessoas já com a saúde debilitada. Isso acontece, segundo o professor, porque elas passam mais por processos invasivos, seja cirurgia, uso de sondas ou aparelhos, que ajudam a bactéria a “correr pelo corpo”, afetando órgãos mais sensíveis. Ao mesmo tempo, tomam mais antibióticos por estar em algum tratamento, já que estão hospitalizadas.

Tratamento – A kpc já é identificada no mundo desde 2001, quando apareceu nos Estados Unidos, segundo a Anvisa. O que chamou a atenção nesse ultimo ano foi que ela passou a surgir com uma grande frequência em alguns locais do Brasil, principalmente no Distrito Federal e em alguns hospitais de são Paulo.

Como prevenção, os hospitais tiveram de isolar os pacientes e aumentar o rigor da higiene dos profissionais, com uso reforçado de soluções de álcool em gel antes e depois de mexer em pacientes, além dos já recomendados usos de luvas e aventais, explica o infectologista Luis Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Em outubro foram notificados três casos em pacientes do hospital. Todos foram isolados para conter a proliferação, conta Camargo.

Dado o diagnóstico, o tratamento ocorre de acordo com a gravidade da infecção, afirma Camargo. “Se o paciente tiver somente a bactéria colonizada você não faz nada. Mas se ele tem a doença, você tratará de acordo com a manifestação clínica dela. Hoje poucos antibióticos são eficientes.”

As polimixinas são exemplos, mas por serem muito tóxicas, estão abrindo caminho para outros antibióticos apesar de serem muito tóxicos. “A gente faz o máximo possível para não usar as polimixinas, mas a maioria usa. O uso por pelo menos dez dias pode causar insuficiência renal, escurecimento da pele e em alguns casos modificar quadros neurológicos.”

O medicamento é usado por pelo menos uma semana em casos mais leves e até um mês em casos graves. A média de desenvolvimento de uma insuficiência renal pode chegar de 30% a 40%, explica Camargo.

(Fonte: Portal R7)

Tratando o esgoto pela raiz

Coletar e tratar o esgoto de áreas rurais ou de pequenos municípios mais afastados dos grandes centros é hoje um dos maiores entraves à universalização do saneamento básico no Brasil. Só no Paraná, segundo o IBGE, mais da metade das cidades (57,9%) não possui rede de coleta de efluentes. No entanto, existem técnicas simples, relativamente baratas e ecologicamente corretas que ajudam a minimizar o impacto ambiental e reduzir o risco de doenças provocadas pelos dejetos lançados in natura nos rios.

As estações de tratamento de esgoto (ETEs) por zona de raízes são um exemplo disso. Neste caso, plantas fazem a filtragem do efluente antes de lançá-lo na natureza. Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, a Chácara Harmonia adotou há um ano e meio esse sistema. Na frente da propriedade – que é toda autossustentável – não passa rede coletora. O esgoto, anteriormente jogado em um poço morto, agora vai para uma pequena ETE. “Qualquer um que tenha um terreno pequenininho pode fazer. E você não precisa construir a casa assim, pode adaptar o sistema que já existe”, explica Alessandra Seccon Grando, que mora na chácara com a mãe, Salete Seccon.

Fossas

No sistema adotado na residência, o efluente passa por duas fossas fechadas, que decantam a parte sólida e possibilitam sua decomposição. Em seguida, o esgoto vai para um tanque impermeabilizado que contém – de baixo para cima – camadas de pedra brita e areia. Em cima dessas camadas são inseridas macrófitas (plantas de áreas alagadas), que trabalham em simbiose com bactérias aeróbicas. Estas, por sua vez, decompõem as partículas orgânicas junto às raízes. Para isso, utilizam o oxigênio captado do ar pelas próprias plantas. Depois de tratada, a água que sobra cai no terreno e infiltra. “Dá para fazer um laguinho com peixes aqui”, planeja Salete.

“Basicamente, as fezes se transformam em plantas e em um lindo jardim, com bananáceas, juncos, papirus e aguapés”, resume o técnico em meio ambiente Thomás Moutinho, que construiu a ETE da chácara. Adepto da permacultura – ciência que valoriza práticas sustentáveis, inclusive em construções –, ele explica que a obra levou apenas dois dias para ser concluída e custou cerca de R$ 500. A ETE tem capacidade para tratar o esgoto produzido por 4 pessoas/dia. Em um sistema maior (para 12 casas), construído no interior de São Paulo, o custo foi de R$ 1 mil por casa, segundo Moutinho.

De acordo com a bióloga Tamara Van Kaick, professora adjunta do departamento de Química e Biologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a eficiência das ETEs por zona de raízes depende da combinação de fatores como o tipo de planta, a granulometria (tamanho) da brita e da areia e do tipo e volume de esgoto, entre outros. Ainda assim, na média, os resultados são muito bons. “Algumas avaliações identificam uma excelente redução em todos os parâmetros. Alguns, como coliformes fecais, chegam a ter redução de 99%”, destaca.

Além de não ter problemas com o mau cheiro e incrementar o jardim, a ETE praticamente não dá manutenção. “O que a gente tem de fazer, às vezes, é tirar o excesso de raízes”, explica Alessandra. Salete, por sua vez, toma alguns cuidados prévios. “Água sanitária não pode, então usamos somente sabão. Eu me preocupo em não colocar nada que vá matar as plantas”, justifica.

COMO FUNCIONA:

A ETE por zona de raízes tem um sistema simples, mas eficiente.
* O efluente que sai da residência vai para uma fossa séptica comum, impermeabilizada. Ali, o esgoto bruto decanta por ação da gravidade. As partículas mais pesadas vão para o fundo; as leves sobem. Neste estágio, ocorre a decomposição anaeróbica (sem oxigênio) do material orgânico.

* Ainda nesta etapa, pode-se acrescentar opcionalmente um tanque com carvão para absorver produtos químicos como sabões e água sanitária, que agem como biocidas, matando as bactérias nas raízes das plantas e comprometendo a eficiência do sistema.

* Na sequência, o efluente entra pela parte mais baixa de um tanque construído normalmente em ferro e cimento e impermeabilizado. No fundo desse tanque, acrescentam-se camadas de pedra britada – mais grossa no fundo e mais fina em cima. Quanto menor o espaço entre as camadas, mais eficiente será o tratamento. Depois, coloca-se areia, onde as plantas macrófitas são inseridas.

* A região onde as raízes avançam torna-se uma área aeróbica. As plantas têm capacidade de injetar o oxigênio em suas raízes, onde vivem microrganismos – zona conhecida como biofilme –, que decompõem as partículas orgânicas, liberando-as para as plantas.

* Finalmente, pode-se construir um pequeno lago para oxigenação do efluente que sai pela parte superior do tanque. Este lago pode ser habitado por sapos e até por pequenos peixes.

Fonte: Thomás Moutinho.

Preocupação socioambiental

A ETE do patronato ocupa uma área de 80 m2, entre a mata e a plantação (Foto: Ivonaldo Alexandre/AGP)

Além de oferecer apoio a cerca de 600 jovens em situação de risco, o Patronato Santo Antonio, em São José dos Pinhais, também virou um exemplo de responsabilidade ecológica. Como não há rede coletora de esgoto na região, a entidade investiu em uma ETE por zona de raízes. O sistema, que inclui uma cisterna de cimento de três metros de diâmetro para a decantação prévia do esgoto bruto e um canteiro de plantas de mais ou menos 80 m2 para filtragem do efluente oriundo da cisterna, foi inaugurado em maio deste ano e tem capacidade para servir a aproximadamente 700 pessoas.

“Tivemos como motivação para essa obra a preocupação com o meio ambiente, algo que o patronato sempre teve, e não simplesmente ficar esperando que isso seja imposto pela legislação. É o correto a ser feito”, justifica Euclides Nora, assessor do patronato. “E a gente sabe que essa água que sai não está poluindo nada mais para a frente, o que é muito positivo”, acrescenta Luiza Deon, administradora da entidade. O patronato ocupa uma vasta área, localizada dentro da bacia do Rio Miringuava.

Antes de adotar o sistema, tanto a água da chuva quanto o esgoto iam para fossas comuns, situadas junto às edificações. Agora, a água pluvial é direcionada diretamente para cavas que ficam no terreno ao fundo do patronato. Já o esgoto, vai para a ETE e, só depois de tratado, é que é lançado nas cavas. “Fizeram um exame na água e deu teor de pureza de 90%”, orgulha-se Euclides. “A nossa intenção agora é fazer uma cisterna para captação de água da chuva”, revela Luiza, que notou a diminuição do número de pernilongos depois da implantação da ETE. Além disso, a única manutenção que precisam fazer é esgotar, de cinco em cinco anos, a cisterna de cimento.

Orientação

A bióloga Tamara Van Kaick explica que, apesar de simples, as estações de tratamento por zona de raízes devem ser construídas sob supervisão. “A orientação técnica é fundamental, porque qualquer alteração no projeto pode trazer problemas e o transbordo do esgoto bruto causa mau cheiro”, argumenta. Segundo Kaick, infelizmente no Brasil ainda há poucos profissionais capacitados na área. Além disso, é preciso definir também algumas padronizações e estudos sobre os materiais e as técnicas empregados na construção das ETEs. Mesmo assim, as vantagens do sistema são grandes. “Ele assimila os nutrientes (fósforo e nitrogênio), que se lançados em excesso nos corpos hídricos tiram oxigênio da água, um dos maiores problemas que os sistemas convencionais não conseguem reduzir”, esclarece. Já Thomás Moutinho, aponta a descentralização do tratamento de efluentes como outra vantagem. “Os sistemas convencionais (centralizados) recolhem quantidades imensas de materiais orgânicos e os carregam a quilômetros para tratá-los. Há um alto custo de construção e de manutenção, além de um elevado gasto energético”, conclui.

(Fonte: RPC)
http://noticias.ambientebrasil.com.br

Inpe detecta 836,7 km² de desmatamento em setembro e outubro na Amazônia

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou nesta semana que detectou 836,7 km² de desmatamento na Amazônia Legal em setembro e outubro de 2010. A área equivale a cerca de 523 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a 21 vezes o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o sistema registrou 575,5 km² de devastação, o desmatamento na região aumentou 45,4%. Os novos dados do Inpe apontam, também, que a detectada em setembro e outubro de 2010 é maior do que a registrada em agosto, de 265,1 km².

O estado que apresentou maior área de desmatamento registrado em setembro e outubro foi o Pará, com 334,2 km². Rondônia aparece como o segundo mais desmatado, com 154,4 km², seguido por Mato Grosso (130,6 km²), Amazonas (119,8 km²), Maranhão (44,1 km²), Acre (41,1 km²), Roraima (5,6 km²), Tocantins (5,3 km²) e Amapá (0,5 km²).

O instituto, sediado em São José dos Campos (SP), ressalta que em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) não representam medição exata do desmatamento mensal na região.

Em setembro de 2010, por exemplo, 19% da Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte do país, mais o Mato Grosso e parte do Maranhão, esteve coberta por nuvens, impedindo a visualização por satélites. Em outubro, a presença das nuvens impossibilitou a visibilidade em 34% da região.

Por conta da variação na cobertura de um mês a outro, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos.

Em operação desde 2004, o Deter foi criado para apoiar a fiscalização ambiental. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais, seus resultados são enviados a cada quinzena ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas.

O sistema gera alertas para áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta, e para degradação progressiva, quando há destruição parcial.

(Fonte: G1/Globo.com com informações do Globo Amazônia )

Produtores orgânicos têm até o fim do ano para se adaptarem à nova legislação

Termina no dia 31 de dezembro o prazo para adaptação dos agricultores de orgânicos às regras estipuladas pelo Ministério da Agricultura para o setor. O período para que toda a cadeia produtiva, incluindo transportadoras e supermercados, se adequasse à nova regulamentação foi prorrogado por um ano, no final de 2010, para que produtores de regiões distantes tivessem tempo suficiente para compreender as novas regras.

De acordo com a legislação, há três formas de garantia da qualidade dos alimentos orgânicos comercializados: a certificação por meio das certificadoras credenciadas; as associações de produtores que fazem auditoria, fiscalizam e certificam os produtos, chamadas de sistema participativo de garantia; e o controle social para os agricultores familiares que vendem por conta própria e obtêm uma autorização para fazer feiras e entregas em domicílio, se cadastrando no site do ministério (www.agricultura.gov.br).

Na produção orgânica, não podem ser usados agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas, e os animais devem ser criados sem uso de hormônios de crescimento e outras drogas, como antibióticos. Além de produzir alimentos considerados mais saudáveis, na agricultura orgânica o solo se mantém fértil e sem risco de contaminação. Os agricultores também ficam menos expostos, já que a aplicação de agrotóxicos, sem os devidos cuidados, é nociva à saúde.

O Ministério da Agricultura explica que o agricultor que seguir as novas regras obterá o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica, que o consumidor verá ao comprar esses alimentos, tendo a segurança de que eles foram fiscalizados e aprovados. Além disso, a nova regulamentação, com um cadastro nacional de produtores orgânicos, trará dados oficiais que poderão facilitar a aplicação de políticas públicas específicas.

O chefe da Divisão de Controle de Qualidade Orgânica do Ministério da Agricultura, Roberto Mattar, ressalta que os interessados em solicitar a regularização podem acessar informações sobre legislação, cartilhas educativas, formulários para cadastros e credenciamento no site do ministério e nas suas representações estaduais.

(Fonte: Agência Brasil)

Projeto incentiva reciclagem de aparelhos eletrônicos

O setor de tecnologia da informação e comunicação (TI) nacional deverá aprofundar, a partir de janeiro próximo, o projeto Reciclaação, que objetiva difundir o hábito de reciclar eletrônicos em todos os locais em que aparelhos eletrônicos estejam em uso.

Criado pela RioSoft, agente do programa Softex do governo federal no Rio de Janeiro, o projeto visa a estimular entre as empresas o descarte correto e a reciclagem, reduzindo as agressões ao meio ambiente.

“A gente quer motivar uma ação que seja não apenas das empresas filiadas. Queremos que as empresas motivem os seus funcionários e clientes”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret. A entidade é uma das líderes do projeto, que está sendo formatado.

Paret destacou que o Reciclaação não é uma ação isolada. “O conceito é que seja um movimento permanente de diminuição do lixo eletrônico que está sendo desperdiçado. A ideia é que isso não seja uma ação pontual.”

O projeto propõe a transformação do resíduo eletrônico em matéria-prima para o desenvolvimento de ações sociais e de inclusão digital.

(Fonte: Agência Brasil)

Pesquisadora da Embrapa é perseguida por denunciar impactos ambientais

Com 20 anos de profissão e conhecida internacionalmente, a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Unidade Pantanal (MS), – Débora Fernandes Calheiros, afirma estar sofrendo “perseguição” no ambiente de trabalho devido um parecer técnico.

O problema teve início em 2006. Na ocasião a pesquisadora apresentou um parecer técnico a pedido da própria Embrapa, onde aponta os impactos ambientais provenientes da construção da empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, no pólo siderúrgico de Corumbá (MS).

Desde então a pesquisadora denuncia que vem sendo afastada de estudos considerados importantes. Débora estava há dois anos em uma comissão do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que discutia com o Ministério do Meio Ambiente assuntos relacionados a construção de 116 hidrelétricas previstas para a bacia do Alto Paraguai. Porém, no mês de outubro, foi afastada da comissão.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Vicente Almeida, já é certo para a pesquisadora que as hidrelétricas irão afetar o funcionamento hidroecológico do Pantanal Matogrossense, a pesca e o turismo de pesca, que são atividades econômicas e de subsistência das comunidades ribeirinhas. Para Almeida, o afastamento foi ocasionado por pressão política. “A própria chefe da Unidade disse que recebeu pressão de setores do governo do Mato Grosso do Sul para a retirada da Débora da comissão. Essas são questões que se colocam à frente do interesse público e à frente da missão que a Embrapa deve ter”, afirma o sindicalista

A Radioagência NP entrou em contato com da Embrapa Pantanal para falar com a chefe da Unidade, Emiko de Resende, que não respondeu.

Danilo Augusto.
Radioagência NP
http://correiodobrasil.com.br/pesquisadora-da-embrapa-e-perseguida-por-denunciar-impactos-ambientais/198395/

Estudo mostra que invernos estão mais frios porque faz mais calor

Apesar de parecer estranho, os inclementes invernos que assolam a Europa há dez anos estão relacionados, em grande parte, ao aquecimento climático, segundo estudo publicado no “Journal de Recherche Géophysique”.

À primeira vista, o frio glacial que atinge a Europa parece pouco compatível com a alta média das temperaturas previstas para antes do fim do século, e que poderá alcançar um aumento de 5 ou 6 graus.

Para os céticos que alegam que a mudança climática não existe porque os invernos são cada vez mais frios, vários cientistas respondem que estas ondas de frio são um esfriamento temporário, parte do aquecimento global.

Um novo estudo, no entanto, vai mais longe e mostra que a alta dos termômetros é precisamente a origem destes invernos nevados e tão frios.

A causa seria o degelo da calota glacial ártica.

O aquecimento, duas ou três vezes superior à média global, provocou sua redução de 20% nestes últimos 30 anos. Esta calota pode, inclusive, desaparecer totalmente durante os meses de verão antes do fim do século.

Isso permitiu que a força radioativa do Sol fosse mais absorvida pelo mar do que refletida para o espaço pelo gelo e neve, acelerando o processo de aquecimento.

Isso afeta os sistemas de pressão, criando uma fonte maciça de calor durante os meses de inverno.

“Digamos que o oceano esteja a zero grau”, explica à AFP Stefan Rahmstorf, especialista em clima do prestigiado Instituto Potsdam (Alemanha), que pesquisa o impacto das mudanças climáticas.

“O oceano está muito mais quente que o ar ambiente nesta zona polar no inverno. Há então um fluxo quente que sobe para a atmosfera, o que normalmente você não tem quando tudo está coberto de gelo. É uma mudança extraordinária”, acrescenta.

O resultado, segundo o estudo publicado no início do mês no “Journal de Recherche Géophysique”, é um sistema de altas pressões que empurra o ar polar no sentido anti-horário, na direção da Europa.

“Estas anomalias podem triplicar a probabilidade de haver invernos extremos na Europa e no norte da Ásia”, indica o físico Vladimir Petujov, que coordenou o estudo.

Outras explicações para estes invernos atípicos, como uma baixa da atividade solar ou as mudanças na Corrente do Golfo, “tendem a exagerar os efeitos”, acrescenta Petujov.

Além disso, o especialista destaca que no inverno glacial de 2005-2006, quando as temperaturas caíram 10 graus em relação às habituais na Sibéria, não foi constatada nenhuma anomalia na oscilação norte-atlântica, um fenômeno meteorológico sugerido como possível explicação desses invernos inclementes.

Os cientistas assinalam que estes invernos tão frios na Europa não refletem a tendência global constatada no planeta, já que 2010 deve ser um dos três anos mais quentes da história.

“Quando olho pela minha janela, vejo 30 cm de neve e o termômetro diz -14 graus”, conta Rahmstorf, falando por telefone em Potsdam, e acrescenta: “Ao mesmo tempo, na Groenlândia, estamos acima de zero em dezembro”.

(Fonte: G1)

Pesquisa confirma papel chave de células-tronco cancerígenas

Os pacientes de leucemia com células-tronco cancerígenas particularmente ativas têm um prognóstico menos favorável, revela uma pesquisa publicada na terça-feira (21) no “JAMA” (Journal of the American Medical Association).

O trabalho confirma a hipótese de que as células-tronco cancerígenas têm papel na resistência de certos tipos de câncer a tratamentos, e também na reincidência.

Alguns tipos de câncer poderiam derivar desta pequena população de células cancerígenas particularmente pouco sensíveis aos tratamentos e capazes de se regenerar, destacam os autores do estudo, da Faculdade de Medicina da Universidade Stanford, na Califórnia.

Estas células também poderiam ser utilizadas para prever a evolução de certos tipos de câncer, assim como para adaptar os tratamentos.

“As implicações clínicas deste conceito são enormes”, disse o doutor Ash Alizadeh, professor de oncologia em Stanford e um dos autores do estudo.

“Se não conseguirmos conceber terapias que visem as células capazes de se regenerar e resistentes à quimioterapia, os pacientes continuarão a sofrer recaídas.”

O estudo envolveu cerca de mil pacientes com leucemia mieloblástica aguda, o tipo de câncer de sangue mais agressivo, que eram tratados no Reino Unido, Alemanha, Japão e Estados Unidos.

Os pesquisadores compararam os níveis de atividade dos genes das células-tronco dos pacientes e constataram que quanto mais alto, menor era a chance de sobrevivência.

(Fonte: Folha.com)

Política de resíduos sólidos será regulamentada pelo presidente Lula

Está previsto para esta quinta-feira (23) que o presidente Lula assine o decreto de regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) durante a visita que fará, às 10h, a Expocatadores, em São Paulo. Com a regulamentação serão instituídas penalidades e a Política estará vinculada à Lei de Crimes Ambientais.

O decreto cria dois grupos permanentes no governo ligados à implementação da PNRS. Um deles é um comitê orientador da Logística Reversa, que será coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O outro é um grupo de trabalho interministerial responsável pela articulação da implementação da Política em todos os demais segmentos.

A partir da publicação do decreto, o MMA e os Ministérios das Cidades e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio terão 180 dias para criar as regras de aproveitamento energético dos resíduos.

O texto traz um capítulo específico sobre educação ambiental e informação, visando aperfeiçoar a divulgação sobre a implementação da PNRS. E ainda reúne em um capítulo as informações destinadas aos catadores, organizando num só espaço tudo que já está na Política, mas apresentado de forma dispersa em diferentes partes do texto.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada pelo presidente Lula em agosto deste ano, depois de 21 anos de tramitação no Congresso Nacional. Regulamentar a legislação que trata dos resíduos sólidos significa definir detalhes que não estão na política. A PNRS nomina várias cadeias de produção que passarão a ser responsáveis pela reutilização de materiais que fabricam, para evitar que sejam jogados no lixo, como embalagens, pneus, lubrificantes.

(Fonte: MMA)

Embrapa busca “superpeixe” nacional com melhoramento genético

Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e de outras 17 instituições de pesquisa iniciaram um mutirão para baratear a produção e popularizar o consumo de peixe e camarão no Brasil. Mais ou menos como foi feito com o frango, há 20 anos.

Batizado de Aquabrasil, o projeto está fazendo um amplo trabalho de melhoramento genético com as quatro espécies consideradas mais aptas e viáveis economicamente no país: tilápia, cachara, camarão-branco e tambaqui.

Antes de começar o processo de reprodução, cada animal é analisado. Os cientistas removem um pequeno pedaço da barbatana, que passa por um exame de DNA para determinar a composição genética do pescado.

Depois, os bichos com as características consideradas mais desejáveis são selecionados. Normalmente, há preferência por cruzamentos entre animais geneticamente mais distintos entre si.

Isso contribui para que os filhotes e futuros descendentes sejam mais resistentes a algumas doenças.

“Todas as culturas que têm grande aceitação no Brasil, como a soja, o milho e até o gado bovino, passaram por longos processos de melhoramento genético como esse”, diz Emiko Resende, pesquisadora da Embrapa Pantanal que chefia o trabalho.

Embora pareça fácil, encontrar exemplares distantes geneticamente pode ser bem trabalhoso. Sobretudo no caso da cachara (Pseudoplatystoma reticulatum), um peixe de couro (sem escamas), com baixo teor de gordura e sem espinhas intramusculares.

“A cachara é como o salmão: tem identidade de origem. Toda a bacia hidrográfica do Pantanal tem a sua família. Por isso, é mais difícil e trabalhoso”, disse Resende.

Gordinhos – Em dois anos de existência, o projeto já conseguiu um resultado expressivo: diminuiu em até três meses o tempo necessário para que as tilápias cheguem ao peso ideal de abate.

A linhagem de tilápia (Oreochmoris niloticus) usada no Aquabrasil é oriunda da Malásia. Ela é conhecida como Gift (sigla em inglês para tilápia geneticamente melhorada para a criação) e já se adaptou bem ao país.

Antes, dependendo das condições climáticas e dos recursos de criação, a espécie demorava até seis meses para o ganho completo de peso.

“Quando conseguimos melhorar a espécie, as outras coisas caminham juntas. Se nós diminuímos o tempo de criação, o que se gasta com ração e outros cuidados também é reduzido. E isso é fundamental para baratear a produção”, disse Resende.

E os produtores não precisam esperar muito. Após uma etapa de melhoramento ser concluída com sucesso, seus exemplares já são disponibilizados para criadores.

Ração vip - Os cientistas trabalham para potencializar o ganho de peso. O objetivo é que cada geração melhorada de Gift seja 15% mais pesada. O projeto também está trabalhando no melhoramento das rações. Além de influírem diretamente no processo de engorda, se usadas incorretamente, elas também podem dar um gosto ruim à carne.

“Aquele gosto de barro que muitos peixes de criação têm é provocado principalmente pela ração que não foi totalmente absorvida e acabou sobrando na água”, afirmou Resende.

Como um dos objetivos do projeto também é criar uma cadeia sustentável de produção, os pesquisadores estão investindo no aproveitamento total dos animais.

Depois de retirado o filé, são usadas máquinas especiais que conseguem separar o que sobra de carne das espinhas. Esse material é usado para fazer produtos com valor agregado, como kibes e hambúrgueres de peixe.

As vísceras podem virar ingredientes para ração ou material usado em adubo.

“Estamos trabalhando para levar essas técnicas ao produtor. Queremos que sejam aproveitadas tanto pelos grandes quanto pelos pequenos criadores”, completa Emiko Resende.

(Fonte: Giuliana Miranda/ Folha.com)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dez práticas empresariais mais valorizadas pelos consumidores

Entre as dez práticas empresariais mais citadas pelos consumidores brasileiros como sendo essenciais para que uma empresa seja considerada socialmente responsável, seis estão ligadas ao Direito das Relações de Trabalho.

É o que revela a pesquisa “O Consumidor Brasileiro e a Sustentabilidade: Atitudes e Comportamentos frente o Consumo Consciente, Percepções e Expectativas sobre a Responsabilidade Social Empresarial. Pesquisa 2010”, realizada por iniciativa dos institutos Akatu e Ethos.

Divulgado na terça-feira (14/12), o estudo foi feito com patrocínio de Santander, apoiador pioneiro do Akatu, Bradesco e Walmart, ambos apoiadores estratégicos, Faber Castell, apoiador benemérito e executado pela GfK.

O levantamento listou 56 práticas empresariais agrupadas em seis dimensões: Direito das Relações de Trabalho, defendida por 80% dos entrevistados, Proteção das Relações de Consumo (69%), Meio Ambiente (65%), Relacionamento com seus Públicos (40%), Ética e Transparência (38%) e Governança Corporativa (10%).


Veja abaixo as dez práticas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) mais importantes segundo o consumidor brasileiro:

1. Manter programas de contratação, capacitação e promoção de mulheres, negros e pessoas com deficiência, igualdade de oportunidades;

2. Metas para reduzir as desigualdades de gênero, raça e em relação a pessoas com deficiência, visando diferenças de salários e benefícios;

3. Não utilizar trabalho infantil e trabalho forçado e exigir em contrato o mesmo compromisso de toda a sua cadeia de valor;

4. Assegurar aos trabalhadores uma remuneração que garanta um nível de vida adequado para eles e suas famílias;

5. Manter programas para racionalização e otimização do uso da água;

6. Garantir ao trabalhador terceirizado as mesmas condições de saúde e segurança no trabalho dos empregados regulares;

7. Manter programas para racionalização e otimização do uso de energia;

8. Não utilizar e desenvolver programas para eliminar o trabalho infantil e o trabalho forçado em toda a sua cadeia de valor;

9. Adotar medidas em relação a seus produtos e/ou serviços que visam minimizar os riscos à saúde e segurança do consumidor ou cliente;

10. Promover programas de educação do consumidor quanto aos impactos sociais e ambientais relativos a seus hábitos de consumo.


Práticas das empresas
A pesquisa também comparou as práticas prioritárias para os consumidores e as que são adotadas pelas empresas. O resultado mostra que apesar das empresas responderem às práticas demandadas pelos consumidores, ainda existe um caminho a percorrer, buscando massificar o número de empresas que adotam tais práticas.

Importância das práticas para o consumidor e implementação pelas empresas



A pesquisa ouviu 800 mulheres e homens, com idade igual ou superior a 16 anos, de todas as classes sociais e regiões geográficas do país, nas seguintes localidades: regiões metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), capitais (Goiânia e Manaus) e Distrito Federal.

Obesidade aumenta chances de morte em 44%

Estudo realizado nos EUA revelou que as pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) no nível ideal correm menos riscos de morte, enquanto que aquelas com obesidade têm as chances de mortes aumentadas em 44%. A pesquisa analisou mortes por diferentes causas e identificou que pessoas não fumantes e com o IMC entre 20 e 24,9, vivem mais.

Para calcular seu IMC, divida seu peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). Se o resultado for menor que 20, você está abaixo do peso ideal. Se o resultado der entre 20 e 25, seu peso está normal. Acima de 25 indica sobrepeso e, a partir de 30, obesidade. Se o resultado for maior que 35, você tem obesidade mórbida.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas obesas têm 44% mais chances de morrer. Já em pessoas com obesidade mórbida, o risco cresce entre 88% e 250%.

O estudo mostrou também que as pessoas saudáveis que nunca fumaram, mas que estavam com sobrepeso, têm 13% mais chances de morrer devido a complicações relacionadas à obesidade. As principais delas são: problemas cardíacos, AVC (acidente vascular cerebral, conhecido como derrame) e alguns cânceres.

Segundo o autor do estudo, Michael Thun, da Sociedade Americana de Câncer, qualquer nível de gordura é prejudicial à saúde. “O estudo tem fortes evidências contra a ideia de que é bom pra saúde ter algum excesso de peso.”

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o médico Ricardo Cohen, a pesquisa mostra que não são apenas as pessoas com obesidade mórbida que correm riscos de saúde. “Todos que não estão no peso ideal correm um grande risco de desenvolver doenças.”

(Fonte: Portal R7)

Saiba quais são as principais medidas adotadas em Cancún

O acordo firmado neste sábado em Cancún pela conferência da ONU sobre mudanças climáticas prevê uma série de mecanismos para combater o aquecimento global e permitir que os países mais pobres e vulneráveis se adaptem as suas dramáticas consequências.

Estes são seus pontos principais:

FUTURO DO PROTOCOLO DE KYOTO

- Convoca os países desenvolvidos a discutir uma nova fase de compromissos de redução de emissões sob o Protocolo de Kyoto, cuja primeira fase expira no final de 2012, “para garantir que não ocorra um hiato” entre os dois períodos.

Não requer, por enquanto, que as nações assinem compromissos para o período posterior a 2012. Japão liderou a oposição à prolongação do Protocolo, alegando que é injusto porque não inclui os dois maiores emissores: Estados Unidos (porque não o ratificou) e China (por ser um país em desenvolvimento).

AJUDA PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

- Cria uma nova instituição, o Fundo Verde, para administrar a ajuda financeira dos países ricos aos mais pobres.

Até agora, União Europeia, Japão e Estados Unidos prometeram contribuições que devem chegar a US$ 100 bilhões anuais em 2020, além de uma ajuda imediata de US$ 30 bilhões.

- Convida o Banco Mundial a servir como tesoureiro interino do Fundo Verde Climático por três anos.

- Estabelece um conselho de 24 membros para dirigir o Fundo, com igualdade de representação de países desenvolvidos e em desenvolvimento, junto com representantes dos pequenos Estados insulares, mais ameaçados pelo aquecimento.

- Cria um centro de tecnologia climática e uma rede para ajudar a distribuir o conhecimento tecnológico aos países em desenvolvimento, com o objetivo de limitar as emissões e se adaptar aos impactos das alterações climáticas.

MEDIDAS PARA FREAR O AQUECIMENTO

- Salienta a necessidade urgente de realizar “fortes reduções” nas emissões de carbono para evitar que a temperatura média do planeta aumente mais de 2ºC em comparação com os níveis da era pré-industrial.

- Convoca os países industrializados a reduzir suas emissões entre 25% e 40% em 2020 em relação ao nível de 1990. Esta parte encontra-se incluída no Protocolo de Kyoto, e por isso não inclui os Estados Unidos, que nunca o ratificaram.

- Concorda em estudar novos mecanismos de mercado para ajudar os países em desenvolvimento a limitar suas emissões e discutir essas propostas na próxima conferência, no final de 2011, em Durban (África do Sul).

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PARA REDUZIR AS EMISSÕES

Esses países, especialmente os grandes emergentes, como China, Brasil e Índia, “em função de suas capacidades”, divulgarão a cada dois anos relatórios que mostrem seus inventários de gases de efeito estufa, e informações sobre suas ações para reduzi-los.

Esses relatórios serão submetidos a consultas e análises internacionais, “não intrusivas”, “não punitivas” e “respeitando a soberania nacional”.

REDUZIR O DESMATAMENTO

- Traz o objetivo de “reduzir, parar e reverter a perda de extensão florestal” nas florestas tropicais. O desmatamento responde por 20% das emissões de gases de efeito estufa globais. Pede aos países em desenvolvimento que tracem seus planos para combater o desmatamento, mas não inclui o uso de mercados de carbono para seu financiamento.

- Exorta todos os países a respeitar os direitos dos povos indígenas.


(Fonte: FRANCE PRESSE/Folha Online)

Superbactéria se alastra e chega à metade dos Estados do Brasil

A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemases), também chamada de superbactéria, por ser resistente a quase todos os antibióticos disponíveis, já chegou aos hospitais de 13 Estados brasileiros, segundo levantamento realizado pelo R7 nas 23 Secretarias Estaduais de Saúde do país. Maranhão, Amapá e Tocantins, que não haviam registrado nenhum caso até o último levantamento oficial realizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em outubro, surgem no mapa da KPC no país, todos com mortes atribuídas à doença.

Ainda pelo levantamento, foi constatado um grande aumento no número de casos e óbitos no Distrito Federal, com 319 infectados e 25 mortes, ante os 207 casos e 22 mortes em outubro. No Rio de Janeiro, 83 pessoas foram infectadas e 13 morreram por causa da superbactéria, muito acima dos 43 casos e três mortes informadas também em outubro.

A incidência da KPC aumentou também no Nordeste. Dos 150 casos suspeitos no Ceará até outubro, 23 foram confirmados pela Secretaria de saúde do Estado no início de dezembro. Trinta e cinco pessoas foram infectadas e cinco morreram em Pernambuco até novembro, dado parecido com o da Paraíba, onde 34 pessoas foram infectadas, 15 só na primeira semana de dezembro. Os dados são da Ceciss (Comissão Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde), da secretaria estadual de Saúde. Todos os casos vêm de hospitais da capital João Pessoa.

No Maranhão foi registrado um caso confirmado, que levou o paciente à morte.

Mas é no Paraná que a bactéria se alastra com velocidade, se os dados considerados informais realmente valerem. De acordo com a secretaria estadual de saúde do Estado, cerca de 300 casos foram notificados desde o início do ano. No entanto, frisam ser uma estimativa “porque ainda não saiu a portaria da obrigatoriedade dos casos. Então, esses números ainda são informais”.

Toda essa “informalidade” na informação de dados sobre a KPC mostra que atualmente não é possível chegar a um número oficial de casos no Brasil. Isso acontece porque nem todos os Estados brasileiros são obrigados a repassar estes dados as esferas estaduais, apenas em casos de surto, após a Anvisa ter deixado de repassá-los por meio das secretarias municipais e estaduais de saúde, em outubro.

Questionada se essa lacuna, que permite aos Estados não informarem dados ou repassá-los como não oficiais, cria chances de se omitir surtos e o número de casos e mortes pela doença, a agência não respondeu.

Por meio da assessoria, explicou o motivo da mudança. “Foi pactuado junto com as vigilâncias sanitárias municipais e estaduais que elas seriam as responsáveis por passar os últimos casos registrados em cada Estado, já que o processo acaba fazendo com que os números da Anvisa fiquem desatualizados.”

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo se baseia nessa falta de regulamentação para não divulgar a incidência da KPC no Estado. Afirma que, por não haver surtos, não são obrigados a divulgar casos espaçados.

De acordo com o último levantamento da Anvisa, havia no Estado pelo menos 70 casos que decorreram em 24 mortes, de julho de 2009 a outubro de 2010.

Fora São Paulo, Minas Gerais lidera em número de casos da superbactéria na região Sudeste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Estado, 51 casos foram notificados em Minas Gerais, 49 em Belo Horizonte e dois em Nova Lima, de dezembro de 2009 a setembro de 2010.

No Espírito Santo foi comprovada a infecção de seis pessoas entre abril e outubro desse ano e três óbitos, sem confirmação se foram pela bactéria KPC.

Apesar de casos espaçados, a bactéria já chegou aos hospitais da região Norte, onde infectou uma pessoa no Amapá e outra no Tocantins, levando-as à morte.

Como pega e previne – O nome KPC na realidade é de uma enzima produzida por um grupo de bactérias, das quais a principal é a klebisiela, que tem o poder de destruir grande número de antibióticos. O nome “superbactéria” foi atribuído a ela pelo fato de ser proveniente de uma bactéria que desenvolve mais resistência aos antibióticos e tem grande facilidade de se transmitir no ambiente hospitalar e causar surtos de infecção hospitalar, explica Carlos Magno Fortaleza, professor de infectologia da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

“A klebisela é uma bactéria que faz parte do nosso intestino, mas as bactérias com frequência adquirem um pedaço de material genético que passam de uma bactéria para outra. Uma certa linhagem da klebisela adquiriu um pedaço de DNA que produzia essa enzima. Além de se reproduzir, essa bactéria, que carrega esse DNA, acabou fornecendo para outras espécies.”

O que causa a infecção, explica o professor, é quando a bactéria alojada no intestino chega a outras partes do corpo, pode infeccioná-las, causando doenças. Por exemplo, se chega ao pulmão causa pneumonia e a pessoa pode morrer.

“As infecções hospitalares acontecem quando algum procedimento médico faz com que bactérias que estejam muito quietas invadam outros lugares onde não deveriam estar. Seja porque a pessoa fez uma cirurgia, ou precisou de um aparelho para respirar, de alguma maneira se quebra a ecologia daquele organismo e a bactéria sai de onde ela estava sem provocar nenhuma doença e acaba atingindo um lugar onde ela provoca uma doença.”

Essa lógica que serve causa uma série de infecções bacterianas, é a mesma da kpc, explica Fortaleza. “A diferença da kpc para outras klebisielas é q ela é mais resistente a antibióticos, não porque ela mata mais.”

Vale lembrar que a infecção por KPC geralmente ocorre em pessoas já com a saúde debilitada. Isso acontece, segundo o professor, porque elas passam mais por processos invasivos, seja cirurgia, uso de sondas ou aparelhos, que ajudam a bactéria a “correr pelo corpo”, afetando órgãos mais sensíveis. Ao mesmo tempo, tomam mais antibióticos por estar em algum tratamento, já que estão hospitalizadas.

Tratamento – A kpc já é identificada no mundo desde 2001, quando apareceu nos Estados Unidos, segundo a Anvisa. O que chamou a atenção nesse ultimo ano foi que ela passou a surgir com uma grande frequência em alguns locais do Brasil, principalmente no Distrito Federal e em alguns hospitais de são Paulo.

Como prevenção, os hospitais tiveram de isolar os pacientes e aumentar o rigor da higiene dos profissionais, com uso reforçado de soluções de álcool em gel antes e depois de mexer em pacientes, além dos já recomendados usos de luvas e aventais, explica o infectologista Luis Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Em outubro foram notificados três casos em pacientes do hospital. Todos foram isolados para conter a proliferação, conta Camargo.

Dado o diagnóstico, o tratamento ocorre de acordo com a gravidade da infecção, afirma Camargo. “Se o paciente tiver somente a bactéria colonizada você não faz nada. Mas se ele tem a doença, você tratará de acordo com a manifestação clínica dela. Hoje poucos antibióticos são eficientes.”

As polimixinas são exemplos, mas por serem muito tóxicas, estão abrindo caminho para outros antibióticos apesar de serem muito tóxicos. “A gente faz o máximo possível para não usar as polimixinas, mas a maioria usa. O uso por pelo menos dez dias pode causar insuficiência renal, escurecimento da pele e em alguns casos modificar quadros neurológicos.”

O medicamento é usado por pelo menos uma semana em casos mais leves e até um mês em casos graves. A média de desenvolvimento de uma insuficiência renal pode chegar de 30% a 40%, explica Camargo.

(Fonte: Portal R7)

Viva até 20 anos mais com seis hábitos.

Dois americanos parecem ter encontrado a fórmula para viver até 20 anos mais sem recorrer a tratamentos absurdos. No livro Diminua Sua Idade (editora Best Seller), o médico Frederic J. Vagnini e o jornalista Dave Bunnell apresentam hábitos que aumentam em décadas a longevidade - com justificativas cientificamente comprovadas. As principais recomendações dos americanos são: comer mais fibras, fugir do açúcar, cortar gorduras saturadas, dormir bem, fazer mais sexo e sorrir mais. No Brasil, a expectativa de vida é de 72 anos. No entanto, poucos são os que sonham viver somente até esta idade. Fomos conversar com um time de especialistas para entender como essas simples mudanças são capazes de garantir que você chegue à velhice com uma vida e saúde mais plenas.

Coma mais fibras

As fibras fazem bem para o bom funcionamento do intestino. É verdade, mas elas não servem apenas para isso. "Fibras desempenham uma série de funções importantes, como auxiliar a assimilação de outros nutrientes, reduzir o mau colesterol (LDL), prevenir doenças e até evitar o mau hálito", explica a nutricionista Daniela Jobst.

E para atingir bons níveis de fibras não são necessários grandes esforços, pois elas são encontradas em alimentos que ingerimos comumente. A quantidade ideal de ingestão gira em torno de 25 a 30 gramas por dia e é importante não exagerar, como explica a nutricionista Daniela Jobst. "O estômago se adapta ao 'efeito esponja' das fibras e acaba se dilatando. Se a pessoa ultrapassa essa quantidade, precisará comer mais do que antes para se sentir saciada". Além disso, é importante ingeris as fibras com um pouco de líquido, pois a seco sua ingestão é mais difícil.

Vários alimentos do dia a dia possuem fibras: cereais (farelos), hortaliças, frutas (com cascas), leguminosas, verduras, trigo, cereais integrais (arroz, pão, torrada), aveia, cevada, bagaço de frutas cítricas, maçã, goiaba, castanha, nozes, ervilha e leguminosas em geral.

Uma das frutas com mais fibras na composição é a goiaba com casca, que tem 5 gramas por cada unidade média. Uma porção de 40g de cereal matinal integral tem 12g de fibras, enquanto meia unidade de abacate tem pouco mais de 7g de fibras - mas tome cuidado com a escolha do cereal, pois muitos contêm açúcar e com a grande quantidade de açúcares e gorduras do abacate.

Uma colher de sopa de aveia possui 1,5g de fibra, assim como uma banana média - ótima combinação, não? E quem gosta do feijão, vale saber que ele possui 2g de fibra para cada 40g, enquanto a mesma quantidade de lentilha (que pode ser uma boa substituta) possui um pouco mais de 5g, assim como o mamão papaia, velho e bom companheiro de quem sofre de prisão de ventre.


Fuja do açúcar

De acordo com a dermatologista Marcella Delcourt, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, depois da preocupação com radicais livres e raios UV, o alvo para combater o envelhecimento é diminuir o açúcar. Isso porque ele libera um processo que liga moléculas de glicose maléficas às moléculas de proteína saudáveis.

"A glicação ocorre quando uma molécula de açúcar em excesso, por aumento da ingestão ou por lentidão do metabolismo da glicose, se adere a uma molécula de proteína (colágeno, elastina) formando os AGEs, que alteram a estrutura dessas proteínas, impedindo a eficácia no desempenho de seus papéis mais importantes e, na pele, leva ao aparecimento das rugas", explica a especialista.

Além de alterarem a estrutura da proteína, os AGEs são fábricas de radicais livres que se acumulam ao longo do tempo, piorando seus efeitos no organismo e também deixando a pele com um aspecto opaco e envelhecido. Mesmo com a corrida para tentar combater os AGEs, é possível diminuir seus efeitos com hábitos alimentares saudáveis:

- Amêndoas e quinua são uma boa pedida para as refeições, da mesma forma que o consumo de maçã também é recomendado (rica em antioxidantes e flavonoides)

- As fibras também são importantíssimas: feijão, lentilha, ervilha. Agem como estabilizadores do açúcar e ajudam a queimar a gordura;

- Beba seis a oito copos de água por dia e prefira alimentos orgânicos;

- Evite comidas industrializadas, como flocos de milho, salgadinhos, bolachas, ketchup, refrigerantes e alimentos que contêm corante caramelo na sua composição, dentre outros.

- Tome chá verde ou suplementos à base dessa bebida com probióticos, antioxidantes e substâncias anti-AGEs de ultima geração na composição (prescritos pelo médico).

Dormir bem

Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Alguns problemas de saúde foram associados com pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a autoavaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem. As chances de um bom sono foram também menores em pessoas que muitas vezes se sentiam ansiosas, que tinham pelo menos uma doença crônica e dificuldades com as tarefas diárias.

De acordo com o neurologista Renato Lima Ferraz, a quantidade ideal de horas de sono varia de pessoa para pessoa. "Mas o mínimo recomendado é de seis horas ao dia, sendo importante não ultrapassar nove para adultos, porque quem dorme mais que isso acaba ficando, na verdade, menos descansado", explica o especialista.

A importância do sono, também se estende ao aprendizado. "A fase REM, quando acontecem os sonhos, tudo que aprendemos durante o dia é processado e armazenado. Quando dormimos menos que o necessário, a memória de curto prazo não é processada e não conseguimos transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido", explica o neurologista.

Não se sature de gordura

Viver com gordura pode ser ruim, mas viver sem ela é péssimo para seu paladar e inviável para seu organismo. As gorduras servem de base para a formação de diversos hormônios, inclusive os hormônios sexuais. Entretanto, as gorduras saturadas são as mais nocivas para a saúde do organismo. Para identificá-las, basta lembrar da banha de porco que sua avó tinha guardada na cozinha ou a capa da picanha que causa arrepios no seu cardiologista. As gorduras saturadas contêm o número máximo possível de átomos de hidrogênio (daí o termo saturadas), e ingeri-las em excesso é um passaporte garantido para um infarto no miocárdio.

Derrames e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, também têm a origem associada aos excessos dessas gorduras no organismo - sem contar que a gordura saturada é inimiga número um do emagrecimento. Para prevenir tudo isso, restrinja o consumo diário desse nutriente a, no máximo, 7% das calorias totais da sua dieta.


Fazer mais sexo

Aqui cabe uma ressalva: priorize a qualidade, em vez da quantidade. O sexo, quando em uma frequência que atrapalha a rotina da pessoa, pode ser um sintoma da compulsão por sexo. Mas, nos dias atuais, o que vem acontecendo com muita gente é deixar o sexo de lado, por conta da falta de tempo e do estresse do dia a dia, que detonam a libido. Segundo o ginecologista Neucenir Gallani, o sexo é importante para a saúde física e emocional, pois o orgasmo libera substâncias como as endorfinas, que atuam no sistema nervoso. "Elas diminuem a sensibilidade à dor, relaxando a musculatura e melhorando o humor", afirma.

Estabelecer uma quantidade normal de desejo sexual não é algo satisfatório, pois cada um lida com a própria libido de forma diferente - e ao longo da vida ela costuma oscilar e até se modificar por completo. "No entanto, quando há insatisfação pessoal, há algo de errado provavelmente", de acordo com o sexólogo Paulo Bonança.

Sorrir mais

Manter uma fisionomia pacífica é essencial para a boa convivência, afinal a expressão "cara de poucos amigos" não surgiu à toa: quem vive de cara feia, afasta todos ao redor.

E sorrir vale até para ajudar a manter aquela linda história de amor. Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, identificou que pessoas que sorriem de forma sincera e verdadeira têm mais chances de manter o casamento. Isso porque a sinceridade do sorriso revela a atitude da pessoa diante da vida. "Sabemos também que a falta de senso de humor, ou uma vida acompanhada de impaciência, raiva e atitudes hostis, estão associados a um maior risco de desenvolver pressão alta, piorar o controle dos níveis de glicose e ainda aumentar o risco de doença isquêmica do coração e de morte", de acordo com o neurologista de Unifesp Ricardo Teixeira.

http://www.minhavida.com.br

Desafio para novo ministro da Saúde é reduzir obesidade, diz Temporão

O ministro da Saúde José Gomes Temporão anunciou, nesta segunda-feira (20), que um dos maiores desafios do novo ministro será diminuir o número de óbitos por diabetes, provenientes da alta taxa de obesidade, e de câncer no país. O anúncio foi feito durante a inauguração de obras na unidade do Instituto Nacional do Câncer (Inca II), dedicada a tratamento de tumores ginecológicos, no Santo Cristo, Centro do Rio.

Temporão também falou sobre a possível escolha de Alexandre Padilha para o ministério. “Não posso afirmar que será ele, mas é uma boa escolha. É sanitarista da USP e tem boa formação”, disse o ministro.

Brasil tem mais ex-fumantes do que fumantes, diz ministro – Durante a inauguração, o ministro citou ainda uma pesquisa do Ministério da Saúde que aponta uma redução de 14% de óbitos por infarto agudo do miocárdio. Para Temporão, o mérito é da equipe do Inca, que está a frente da campanha para redução do número de fumantes no Brasil. “Atualmente temos mais ex-fumantes do que fumante no país”, afirmou o ministro.

A pesquisa também apontou que, se o país não reduzir o número de obesos, em 12 anos, a saúde dos brasileiros será tão precária quanto a dos norte-americanos com relação às mortes por diabetes.

Novas instalações – Durante inauguração desta segunda, foi anunciado a conclusão do projeto de ampliação do ambulatório para o Inca II, além da farmácia, arquivo médico, cozinha e refeitório da unidade.

O obra, que começou em fevereiro, teve um custo de R$ 6 milhões. O objetivo, segundo ele, é melhorar o atendimento aos pacientes.

(Fonte: Liana Leite/ G1)

Celulares, MP3 e tablets causam impacto no planeta, alerta associação

São pequenos, leves e tentadores, mas os celulares, os MP3, os tablets ou outros brinquedinhos eletrônicos que dominarão as árvores de Natal este fim de ano têm um impacto notável sobre o ambiente.

De sua fabricação, que requer a extração de minerais raros que geram emissões de CO2, até o final de sua vida, quando devem ser submetidos a um processo de reciclagem nem sempre empregados, estes aparelhos têm todas as características necessárias para não integrar a lista de presentes dos defensores do ambiente.

“São aparelhos em miniatura, com um aspecto inofensivo, mas têm um impacto ambiental colossal: para extrair pequenas quantidades de minerais, é preciso desmatar hectares de florestas e espaços naturais”, denuncia Annelaure Wittmann, da Associação Amigos da Terra.

Wittmann cita o exemplo República Democrática do Congo (RDC), onde a extração de mineral indispensável para a fabricação de celulares ameaça as populações de gorilas. A ONG já lançou ataques contra o iPad da Apple, criticando “o incrível desperdício de matérias-primas que sua fabricação requer”.

Em termos de gases de efeito estufa, a compra de equipamentos eletrônicos representa de 6% a 7% das emissões anuais de um cidadão francês, mais da metade das quais vem de televisores, segundo Jean-Marc Jancovici do gabinete de assessoria Carbone 4.

O Centro Nacional francês de Informação Independente sobre Dejetos (Cniid, na sigla original), que milita por uma redução destes resíduos, denuncia “a estratégia deliberada” dos fabricantes destes aparelhos ao reduzir a duração de sua vida ativa, porque são dificilmente reparáveis ou porque estão submetidos à “ditadura da moda”.

“São vendidos como coisas indispensáveis de ter, dando a impressão de que não se pode viver sem um iPhone”, lamenta Hélène Bourges, encarregada do Cniid.

A importante taxa de renovação destes aparelhos – a cada dois anos para os celulares, por exemplo – causa um problema, já que muitos deles são descartados quando podiam ser úteis.

Esses aparelhos, cujos componentes são de forte poluição, não devem ser jogados em latas de lixo comum, e sim em lugares de reciclagem especiais, recorda Christian Brabant, diretor-geral da Eco-systèmes, o organismo francês que gerencia desde 2006 o recolhimento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos.

Atualmente, menos da terça parte dos aparelhos vendidos no mercado é colocada ao fim de sua vida útil nesses locais de reciclagem (6,5 kg por habitante por 22 quilos de produtos comercializados em 2009).

“Muitos aparelhos são guardados ou jogados no lixo. A prioridade é levá-los aos locais adequados ou devolvê-los ao distribuidor”, explica.

Para quem, apesar de tudo, quer ganhar um novo smartphone de presente de Natal, é possível encontrar material de segunda mão, afirma Annelaure Wittmann, que aconselha, além disso, que sejam dados presentes mais virtuais, como um lote de músicas para ser baixado legalmente.

(Fonte: Folha.com)

Transplante de células-tronco pode ter curado paciente com HIV, diz estudo

Um homem americano está livre do HIV mais de três anos depois de receber um transplante de células-tronco, o que seria o primeiro caso de cura do vírus causador da Aids, afirmaram médicos alemães nesta quarta-feira (15).

Embora a técnica de tratamento altamente letal aplicada no homem, conhecido como “paciente de Berlim”, possa não funcionar para a maioria das 33 milhões de pessoas que vivem com HIV em todo o mundo, os cientistas afirmam que a pesquisa revela um avanço importante na direção de uma cura universal.

“Nossos resultados sugerem fortemente que a cura para o HIV foi alcançada neste paciente”, destacaram os cientistas no estudo, divulgado na publicação especializada Blood, da Sociedade Americana de Hematologia.

O procedimento começou em 2006, quando um homem americano na casa dos 40 anos, soropositivo há mais de dez, procurou tratamento para leucemia mielóide aguda, uma forma letal de câncer no sangue.

Depois que uma primeira rodada de quimioterapia fracassou, o médico alemão do paciente, Gero Hutter, pensou na possibilidade de realizar um transplante de medula utilizando como doador o portador de uma rara mutação genética que o torna naturalmente resistente ao HIV.

Um por cento da população tem a mutação que evita que a molécula CCR5 apareça na superfície das células.

Uma vez que o HIV penetra na célula através das moléculas CCR5, quando elas estão ausentes, o HIV não consegue entrar.

O procedimento não foi fácil, mas depois de rejeitar dúzias de doadores potenciais, Hutter finalmente encontrou alguém compatível e realizou o transplante de medula usando células-tronco do doador resistente ao HIV em fevereiro de 2007.

O primeiro estudo de Hutter, publicado no New England Journal of Medicine em 2009, não demonstrou sinais de que o HIV tivesse ressurgido mesmo após o paciente suspender a terapia com antirretrovirais para controlar a infecção.

As últimas descobertas mostram que, três anos depois, o paciente continua sem vestígios, tanto do vírus causador da Aids quanto da leucemia.

Mas, em vista de que cerca de 30% dos pacientes morrem enquanto aguardam para realizar transplantes de medula, especialistas no tratamento da Aids pediram cautela.

“Penso que precisamos realizar muito mais pesquisas para tentar replicar isto sem colocar em risco a vida do paciente”, disse Karen Tashima, diretora do Programa de Testes Clínicos de HIV do The Miriam Hospital, em Rhode Island.

“Já que temos uma boa terapia antirretroviral capaz de controlar o vírus, seria antiético submeter alguém a um tratamento tão extremo”, acrescentou.

Além disso, a cientista chefe do estudo, Kristina Allers, reconheceu que o procedimento poderia não funcionar para a maioria das pessoas.

“Entretanto, uma vez que o estudo nos diz que a cura do HIV é, em princípio, possível, ele dá novas esperanças aos cientistas nas pesquisas de uma cura para o HIV”, disse Allers.

“Assim, o próximo desafio é traduzir nossas descobertas em uma estratégia capaz de ser aplicada sem trazer ameaças à vida”, acrescentou.

Na verdade, cientistas americanos já trabalham em meios de replicar o mesmo processo em células, sem correr os mesmos riscos.

“Estou muito contente com isto”, disse David Baltimore, co-ganhador do Nobel de Medicina em 1975.

Baltimore é o fundador de uma empresa de biotecnologia que trabalha no desenvolvimento de seu próprio tratamento de células-tronco para HIV/Aids, cujo funcionamento é homólogo ao desenvolvido pela equipe alemã, e está em processo de organização de testes clínicos, afirmou.

“O que estamos tentando fazer é tratar as próprias células de um paciente de forma que não haja problemas imunológicos”, explicou.

Jay Levy, pesquisador de câncer e Aids na Universidade da Califórnia em San Francisco, descreveu a última pesquisa como uma evidência de “cura funcional”.

“Quero dizer que uma pessoa não é suficiente. É um primeiro passo encorajador, mas é preciso realmente demonstrá-lo novamente”, afirmou.

Levy e seus colegas também estudam formas de manipular as próprias células de um paciente a fim de que elas não externalizem os receptores que permitem a infecção pelo HIV, de forma muito similar à mutação nas moléculas CCR5.

“Três anos não são suficientes… Saberemos em 10 anos”, disse Levy, em alusão à afirmação do estudo alemão de que a cura foi encontrada.

“É cedo demais para dizer que houve cura, mas meu Deus, eles fizeram um ótimo trabalho”, emendou.

(Fonte: G1)

Anvisa suspende lote de xarope pediátrico com corante

Corante no xarope

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a distribuição, o comércio e o uso, em todo o país, do Lote 0535 ABR10 do xarope pediátrico Bisolvon, fabricado pela empresa Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.

Segundo resolução publicada hoje (13) no Diário Oficial da União, a razão da suspensão foi um erro de informação na rotulagem do produto. No rótulo constava que o xarope não continha corante, mas estudos da Anvisa comprovaram a presença da substância.

A Boehringer deverá providenciar a retirada imediata do lote citado do mercado.

De acordo com resolução de 21 de março de 2005, a medida deve ser tomada sempre que houver indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade que possa representar risco à saúde.

Risco baixo

A Boehringer Ingelheim do Brasil reconheceu que houve uma falha de impressão nas embalagens de um lote do xarope pediátrico Bisolvon, distribuído no mercado brasileiro.

De acordo com nota da companhia, a embalagem em questão contém a frase "sem corante" quando, na verdade, o xarope tem, entre os ingredientes, um tipo de corante vermelho.

Apesar da informação incorreta, a Boehringer afirmou que o risco à saúde dos usuários "é muito baixo, uma vez que a quantidade de corante presente nas doses recomendadas é pequena, com baixo potencial de provocar reações cutâneas leves, mesmo em pacientes alérgicos" e que, até o momento, "não houve relato de qualquer evento adverso desta natureza".

De acordo com a nota da Boehringer, "a companhia está tomando todas as medidas corretivas para a rápida solução da situação" e informa aos consumidores que está à disposição para prestar esclarecimentos por meio do serviço de teleatendimento, no número 0800 701-6633, ou pelo e-mail carecenter@boehringer-ingelheim.com

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=xarope-pediatrico-corante&id=6029&nl=nlds

Bebidas que misturam álcool e cafeína são proibidas nos EUA

Álcool com café

Bebidas alcoólicas com cafeína foram retiradas das lojas nos Estados Unidos após relatos de que causariam reações adversas.

Entre as marcas proibidas estão a Four Loko, vendida em lata. A bebida, altamente energética, com sabor de frutas, contém álcool em concentração de 12%, o que a torna três vezes mais forte do que a cerveja comum, além de uma quantidade de cafeína equivalente a dois cafés expressos.

Por determinação da Food and Drug Administration (FDA), órgão que controla o setor de alimentos nos Estados Unidos, a marca Four Loko não poderá continuar a ser vendida na fórmula original. A nova versão não conterá cafeína.

Comentando a decisão da FDA, Joshua M Sharfstein, vice-comissário da organização, citou pesquisas que indicam que a mistura de cafeína e álcool representa um "risco à saúde pública".

Estimulante com calmante

Uma pesquisa feita pela Universidade da Flórida com 802 estudantes que haviam misturado álcool e cafeína concluiu que eles estavam três vezes mais propensos a sair do bar muito embriagados e quatro vezes mais propensos a dirigir, em comparação com estudantes que não beberam álcool em combinação com cafeína.

A cafeína é um estimulante natural que aumenta a atenção e o ritmo dos batimentos cardíacos. O álcool, por sua vez, é um calmante que produz letargia e perda das faculdades normais.

"Quando alguém mistura os dois, acreditamos que a cafeína mascara os efeitos calmantes do álcool", explicou Bruce Goldberger, um toxicologista da Universidade da Florida envolvido na pesquisa.

"Nossa pesquisa mostrou que a percepção da pessoa em relação ao seu grau de debilitação foi mascarada pelo efeito estimulante causado pela cafeína".

Goldberger acha que a combinação leva mais estudantes a ficar acordados por mais tempo, e portanto, a beber mais.

Outro estudo, feito pela universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, com a participação de 697 estudantes, revelou que os que haviam consumido bebidas alcoólicas com cafeína tinham mais propensão a dirigir bêbados, abusar sexualmente de outra pessoa ou acabar precisando de tratamento médico.

"Meu amigo bebeu um pouco menos do que três latas em uma hora", disse o estudante James Kulinski à BBC. "Ele não sabia o que estava fazendo. Ficou totalmente descontrolado. Não tinha coordenação nem capacidade de se comunicar".

Tendência mundial

Criada por três amigos que se conheceram na universidade, a bebida Four Loko chegou às lojas em 2008.

O fabricante, Phusion Projects, nega afirmações de que a bebida produz o envenenamento por álcool.

"Temos argumentado repetidamente (...) que a combinação de álcool e cafeína é segura", diz uma declaração dos criadores da marca.

"Se fosse insegura, combinações populares como rum e coca-cola ou Irish coffee (café, uísque, creme de leite e açúcar), que vêm sendo consumidas de forma segura e responsável por anos, teriam recebido a mesma atenção que os nossos produtos mereceram".

Outros países, no entanto, estão adotando medidas semelhantes às da FDA americana.

O México já proibiu vendas de bebidas alcoólicas com cafeína em bares e casas noturnas.

No Canadá, apenas cafeína derivada de fontes naturais, como o guaraná, pode ser adicionada.

Na Austrália, as autoridades estão considerando a questão, e na Escócia o partido Trabalhista pediu que as bebidas sejam proibidas.

www.diariodasaude.com.br

Células-tronco contra diabetes

Cientistas do Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos EUA, conseguiram transformar células-tronco de esperma humano em células beta-ilhotas, que produzem insulina e geralmente são encontradas no pâncreas.

Na técnica, que futuramente pode ser utilizada para tratar pacientes com diabetes tipo 1, os pesquisadores transferiram as células beta-ilhotas para ratos e obtiveram resposta positiva na regulação do açúcar no sangue dos roedores.

O efeito durou por cerca de uma semana, o que indica que durante este tempo o organismo dos animais produziu a substância.

Doença – A diabetes é causada pela destruição de células do pâncreas que produzem insulina, levando a níveis baixos do hormônio regulador do açúcar no sangue.

A doença pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum após os 40 anos, e particularmente na infância. Cerca de 5 a 15% das pessoas com diabetes tipo 1 são tratadas com injeções diárias de insulina.

(Fonte: Yahoo!)

Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda

O desmatamento da Amazônia em outubro atingiu uma área de 153 quilômetros quadrados (km²), de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados nesta sexta-feira (10) pela organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em outubro do ano passado e mantém tendência de queda apontada pela organização nos últimos meses.

Rondônia foi o estado que mais desmatou a Amazônia em outubro, com 51km² de floresta a menos (34% do total derrubado no período). No Amazonas, os satélites registraram 46km² de novos desmates. Mato Grosso e Pará, que tradicionalmente lideram o ranking de desmatamento mensal, aparecem sem seguida, com 24km² e 16km² de área derrubada em outubro, respectivamente.

De acordo com o Imazon, os 153 km² de floresta derrubados em outubro foram responsáveis pela emissão de 9,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa).

Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o sistema do Imazon também registra a degradação florestal que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e queimadas. Em outubro, a degradação avançou 562km², área 446% maior que a registrada no mesmo mês de 2009, de 103 km². O estado com mais área degradada é Mato Grosso com quase 60% do total.

O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de outubro. Em novembro, o Inpe anunciou a taxa anual de desmatamento – que considera os dados de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Em um ano, a floresta perdeu 6.451 km², menor índice registrado em 23 anos de monitoramento.


Fonte: Agência Brasil

IBGE lança o primeiro Mapa da Cobertura e Uso da Terra

O IBGE lança hoje, 08/12/10, o primeiro Mapa da Utilização e do Uso da Terra no Brasil, produto inédito que revela dados sobre a história e as tendências de ocupação e utilização do território nacional. Apresentado na escala de 1:5.000.000 (em que 1 cm corresponde a 50 km de território), o mapa pode ser acessado no site do IBGE, no link: ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais

O mapeamento permite visualizar concentrações e direções que o uso da terra desenha no país. A lavoura temporária se organiza desde a região Sul do país, se estende pelo Sudeste e entra na região Norte através da abertura de frentes de ocupação mais recentes. A pastagem plantada tem grande expressão na região Centro-Oeste, onde desde 1985 vem substituindo a pastagem natural.

A maior área de incidência do extrativismo vegetal está na região Norte, onde a cobertura da vegetação representa a principal reserva de biodiversidade do mundo, apesar dos desmatamentos; enquanto a região Nordeste se destaca pela grande diversidade de usos agrícolas e extrativos.

O estudo transforma em imagens os números do último Censo Agropecuário (2006) e disponibiliza os dados em nível de setor censitário, que corresponde à menor unidade de recorte territorial para fins censitários. Traz ainda informações sobre extrativismo, mineração, unidades de conservação, terras indígenas e usos das águas, provenientes de fontes diversas.

Os resultados são indispensáveis para o desenvolvimento de estudos e ações nacionais e internacionais voltados direta ou indiretamente para o uso da terra, como a economia e a preservação do meio ambiente.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=726563

Petrobras e ABNT lançam ISO 26000 no Brasil

Oito anos depois de um trabalho certamente exaustivo, 450 especialistas de 99 países, divididos em 6 categorias de stakeholders, deram por concluída a ISO 26000, destinada a ser, por causa de sua grande capilaridade, bem mais que um selo de certificação, mas também um conjunto de diretivas de responsabilidade empresarial, capaz de funcionar como um diferencial competitivo. A Petrobras e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN), com toda pompa e circunstância, apresentaram a nova norma ao público que lotou o auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo na última quarta-feira (08).

A Petrobras, primeira empresa nacional a aderir e a aceitar como imperativo todo o conteúdo da norma (18 linhas de ação e 800 diferentes requisitos), promoverá cursos de capacitação para os seus fornecedores, tendo em vista que especialistas prevêem que a ISO 26000 terá de superar muitos obstáculos até que seja completamente implementada. O Brasil, um dos principais protagonistas de todo o processo de sua criação, é apontado mais uma vez como decisivo para o êxito dessa empreitada.


Conheça a ISO 26000 em português

Esta versão DIS em português da ISO 26000 visa a facilitar a análise da nova norma e as discussões no nosso grupo no LinkedIn. A versão atual, que está em fase de votação pelos países-membros da ISO, é a FDIS (em inglês), cujo acesso ainda é restrito. Há certas diferenças entre a DIS e a FDIS, mas, como ponto de partida, a leitura da DIS em português é bem importante para enriquecer as nossas discussões.

Além disso, nosso objetivo aqui é ajudar a difundir no Brasil as diretrizes de Responsabilidade Social propostas na nova norma. Boa leitura!

veja
ISO 26000 em português_versão DIS
http://www.iso26000qsp.org/2010/08/conheca-iso-26000-em-portugues.html


www.institutocarbonobrasil.org.br

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ranking das cidades verdes

O ranking das cidades verdes
Planejamento para o futuro Porto Alegre – Até 2050, acredita-se que 70% da população mundial viverá em cidades. Embora representem pouco mais de 1% do território mundial, os aglomerados urbanos são responsáveis por consumir até 75% da energia do planeta e por produzir até 80% das emissões de gases de efeito estufa.

Por esses e outros motivos, a Siemens, uma das líderes mundiais em engenharia, decidiu descobrir como está o desenvolvimento ambiental de grandes metrópoles ao redor do mundo. Em 2009, o foco do estudo, realizado pela consultoria Economist Intelligence Unit, foram as grandes cidades europeias. Este ano, as da América Latina.

Dezessete capitais, incluindo as brasileiras São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília, foram avaliadas. O resultado deu origem ao Latin American Green Index (Índice de Cidades Verdes da América Latina, em tradução livre).

O objetivo principal é mapear as ações das cidades a partir de diferentes critérios: energia e CO2, uso da terra e construções, transporte, resíduos, água, saneamento básico, qualidade do ar e governança ambiental. Ao examinar o relatório, uma das surpresas é que não parece existir uma relação clara entre o desempenho ambiental e a renda per capita das cidades.

A grande cidade verde apontada pelo índice latino é a paranaense Curitiba, que alcançou uma classificação considerada muito superior à média. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília estão acima da média, enquanto Porto Alegre encaixa-se um pouco abaixo, na média estabelecida.

Ainda assim, as políticas ambientais da capital gaúcha foram destaque ao lado do sistema de captação e tratamento de água, considerado um exemplo a ser seguido. Nenhuma das cidades brasileiras foi considerada bem abaixo da média.

http://www.clicrbs.com.br


O ranking
- Curitiba
- Belo Horizonte
- Medellín
- Buenos Aires
- Guadalajara
- Bogotá
- Cidade do México
- Montevidéu
- Lima
- Brasília
- Monterrey
- Rio de Janeiro
- Porto Alegre
- São Paulo
- Puebla
- Quito
- Santiago

Consciência ambiental

1º Prêmio de Responsabilidade Sócio-Ambiental tem prazo prorrogado para 2011

O 1º Prêmio de Responsabilidade Sócio-Ambiental Elring Klinger do Brasil acaba de prorrogar o prazo de inscrição. Jovens que cursam o ensino médio (1º ao 3º ano) em escolas públicas ou particulares de Piracicaba (SP) terão até 08 de abril de 2011 para participar da premiação.

Feito em parceria com o Grupo de Extensão em Sistemas de Gestão Ambiental PANGeA, da Esalq/ USP, a iniciativa quer conscientizar os jovens e a comunidade sobre os problemas ambientais do cotidiano, e fazê-los pensar em alternativas criativas para a resolução dos mesmos.

Os vídeos inscritos anteriormente serão armazenados no banco de dados da empresa e estão automaticamente participando da disputa. “Pelo material recebido, foi possível verificar o engajamento dessa nova geração com as questões ambientais”, salientou Hans Eckert, diretor geral da Elring Klinger do Brasil.

O concurso 1º Prêmio de Responsabilidade Sócio-Ambiental estreia com o tema “Problemas Ambientais e as Soluções para uma melhor qualidade de vida”. Para participar, grupos de jovens – com 2 ou 3 participantes - deverão entregar um vídeo com no mínimo 3 e no máximo 8 minutos que aborde um ou mais problemas ambientais (ar, água, solo, etc) de um bairro de Piracicaba, citando possíveis soluções encontradas pelo grupo para reduzir ou eliminar o acontecimento.

Na realização das tarefas, a equipe precisará contar com a parceria de um professor da própria escola - que poderá auxiliar mais do que um grupo. Outras informações estão disponíveis no site http://www.wix.com/pangesalq/site.


fonte: Elring Klinger do Brasil

Saiba quais são as principais medidas adotadas em Cancún

O acordo firmado neste sábado em Cancún pela conferência da ONU sobre mudanças climáticas prevê uma série de mecanismos para combater o aquecimento global e permitir que os países mais pobres e vulneráveis se adaptem as suas dramáticas consequências.

Estes são seus pontos principais:

FUTURO DO PROTOCOLO DE KYOTO

- Convoca os países desenvolvidos a discutir uma nova fase de compromissos de redução de emissões sob o Protocolo de Kyoto, cuja primeira fase expira no final de 2012, “para garantir que não ocorra um hiato” entre os dois períodos.

Não requer, por enquanto, que as nações assinem compromissos para o período posterior a 2012. Japão liderou a oposição à prolongação do Protocolo, alegando que é injusto porque não inclui os dois maiores emissores: Estados Unidos (porque não o ratificou) e China (por ser um país em desenvolvimento).

AJUDA PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

- Cria uma nova instituição, o Fundo Verde, para administrar a ajuda financeira dos países ricos aos mais pobres.

Até agora, União Europeia, Japão e Estados Unidos prometeram contribuições que devem chegar a US$ 100 bilhões anuais em 2020, além de uma ajuda imediata de US$ 30 bilhões.

- Convida o Banco Mundial a servir como tesoureiro interino do Fundo Verde Climático por três anos.

- Estabelece um conselho de 24 membros para dirigir o Fundo, com igualdade de representação de países desenvolvidos e em desenvolvimento, junto com representantes dos pequenos Estados insulares, mais ameaçados pelo aquecimento.

- Cria um centro de tecnologia climática e uma rede para ajudar a distribuir o conhecimento tecnológico aos países em desenvolvimento, com o objetivo de limitar as emissões e se adaptar aos impactos das alterações climáticas.

MEDIDAS PARA FREAR O AQUECIMENTO

- Salienta a necessidade urgente de realizar “fortes reduções” nas emissões de carbono para evitar que a temperatura média do planeta aumente mais de 2ºC em comparação com os níveis da era pré-industrial.

- Convoca os países industrializados a reduzir suas emissões entre 25% e 40% em 2020 em relação ao nível de 1990. Esta parte encontra-se incluída no Protocolo de Kyoto, e por isso não inclui os Estados Unidos, que nunca o ratificaram.

- Concorda em estudar novos mecanismos de mercado para ajudar os países em desenvolvimento a limitar suas emissões e discutir essas propostas na próxima conferência, no final de 2011, em Durban (África do Sul).

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PARA REDUZIR AS EMISSÕES

Esses países, especialmente os grandes emergentes, como China, Brasil e Índia, “em função de suas capacidades”, divulgarão a cada dois anos relatórios que mostrem seus inventários de gases de efeito estufa, e informações sobre suas ações para reduzi-los.

Esses relatórios serão submetidos a consultas e análises internacionais, “não intrusivas”, “não punitivas” e “respeitando a soberania nacional”.

REDUZIR O DESMATAMENTO

- Traz o objetivo de “reduzir, parar e reverter a perda de extensão florestal” nas florestas tropicais. O desmatamento responde por 20% das emissões de gases de efeito estufa globais. Pede aos países em desenvolvimento que tracem seus planos para combater o desmatamento, mas não inclui o uso de mercados de carbono para seu financiamento.

- Exorta todos os países a respeitar os direitos dos povos indígenas.

(Fonte: FRANCE PRESSE/Folha Online)