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terça-feira, 31 de maio de 2011

Semana Mundial do Meio Ambiente 2011

ESTA É UMA DATA ONDE ALÉM DE COMEMORAR DEVEMOS SIM É TRABALHAR MUITO, POIS O MEIO AMBIENTE DESTE JEITO NUM FUTURO NÃO TÃO LONGE PODERÁ SER CHAMADO 1/3 AMBIENTE OU QUEM SABE 1/4 AMBIENTE VAI DEPENDER REALMENTE DE NÓS COMO NOSSOS FILHOS E NETO CHAMARAM O QUE CHAMAMOS AGORA DE MEIO AMBIENTE!

O que é consumo sustentável


O consumo sustentável é um conjunto de práticas relacionadas à aquisição de produtos e serviços que visam diminuir ou até mesmo eliminar os impactos ao meio ambiente. São atitudes positivas que preservam os recursos naturais, mantendo o equilíbrio ecológico em nosso planeta. Estas práticas estão relacionadas a diminuição da poluição, incentivo à reciclagem e eliminação do desperdício. Através delas poderemos, um dia, atingir o sonhado desenvolvimento sustentável do nosso planeta.

Principais práticas de consumo sustentável que podem ser adotadas em nosso dia a dia:

- Fazer a reciclagem de lixo material (plástico, metais, papéis).

- Realizar compostagem, transformando resíduos orgânicos em adubo;

- Diminuir o consumo de energia: tomar banhos rápidos, desligar luzes de cômodos que não tem pessoas, optar por aparelhos de baixo consumo de energia;

- Levar sacolas ecológicas ao supermercado, não utilizando as sacolas plásticas oferecidas;

- Urinar durante o banho: desta forma é possível economizar água da descarga do vaso sanitário;

- Diminuir a impressão de documentos e utilizar papel reciclável;

- Trocar o transporte individual por coletivo ou bicicleta. Outra solução é optar por carros híbridos.

- Não descartar óleo de frituras na pia da cozinha;

- Optar, quando possível, pelo consumo de frutas, verduras e legumes orgânicos;

- Comprar móveis de madeira certificada;

- Usar lâmpadas eletrônicas ou LED, pois consomem menos energia elétrica do que as incandescentes;

- Utilizar aquecedores solares dentro de casa, pois diminuem o consumo de energia elétrica.

Biólogo
José Carlos da Fonseca Maciel

Cientista fala sobre descoberta e evolução do estudo da AIDS

Do mistério ao desafio

A quantidade e qualidade das pesquisas realizadas sobre o vírus HIV e sobre a AIDS hoje no mundo contrasta com o verdadeiro mistério que essa doença representava para a ciência apenas 30 anos atrás.

A história da descoberta do vírus foi tema da conferência apresentada pelo pesquisador francês Willy Rozenbaum, um dos codescobridores do HIV e atual presidente do Conselho Nacional de AIDS da França, em conferência nesta realizada no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Ele recordou os principais passos que levaram à identificação do retrovírus e abordou avanços, descobertas e os grandes desafios ainda representados pela doença.

Descoberta da AIDS

Willy recordou o momento em que um estranho dado epidemiológico fez sua carreira de clínico interessado na epidemiologia de doenças infecciosas mudar de rumos.

"No início dos anos 1980, começaram a ser registradas muitas infecções oportunistas, como linfomas, em pacientes que não tinham nenhum motivo para apresentarem seu sistema imunológico debilitado.

Primeiro, o único fator em comum entre quase todos eles era a homossexualidade, mas em pouco tempo os heterossexuais já representavam cerca de 10% das pessoas com essa imunodeficiência de origem desconhecida", descreveu o pesquisador.

Nos meses seguintes, surgiram hipóteses relacionando a doença a algum tipo de vírus transmitido pelas relações sexuais e pelo uso de drogas intravenosas, mesmas vias de transmissão do vírus da hepatite B, identificado em 1975.

"Essa ideia foi reforçada pela identificação do primeiro retrovírus humano, também no início da década de 1980. Em 1983, a hipótese foi confirmada ao conseguirmos isolar o retrovírus responsável pela doença, o HIV, um vírus completamente diferente de todos os conhecidos até o momento" conta Willy.

A evolução da pesquisa em AIDS

A partir daí, a comunidade científica se dedicou ao estudo do ciclo da doença, desenvolvendo testes capazes de indicar a infecção pelo vírus antes dos primeiros sintomas clínicos, bem como formas de tratamento e prevenção.

"No início, o diagnóstico era apenas clínico e só acontecia com a doença já avançada. Ao entender o ciclo de replicação viral e principalmente após a criação das modernas técnicas de PCR, no início da década de 1990, foi possível desenvolver testes sorológicos para o diagnóstico da AIDS e relacionar o desenvolvimento da doença com o aumento da carga viral e a queda dos níveis do linfócito CD4, uma de nossas mais importantes células de defesa", explicou Willy.

"Esse conhecimento permitiu avaliar a evolução da doença no organismo, além de possibilitar o tratamento e a prevenção das infecções oportunistas a partir dos níveis de anticorpos, melhorando a qualidade de vida das pessoas que viviam com HIV", afirmou.

Alternativas para o tratamento da infecção pelo vírus também não demoraram a aparecer, mas os resultados a médio prazo frustraram as expectativas dos pesquisadores.

Primeiros medicamentos contra a AIDS

"O AZT, medicamento capaz de suprimir a replicação viral, foi desenvolvido em 1986 e rapidamente colocado à disposição dos pacientes. Porém, apesar da grande melhora apresentada no início da utilização, em 20 semanas os pacientes retornavam à mesma condição anterior ao tratamento. Isso nos mostrou um grande desafio, pois as drogas selecionavam as mutações do vírus menos sensíveis, fazendo com que o AZT parasse de funcionar", recordou Willy.

Nos anos seguintes, foram criadas outras drogas e as primeiras estratégicas de combinação entre elas, mas o resultado nunca era duradouro. A situação mudou na década de 1990, com o desenvolvimento de novas gerações de medicamentos inibidores de proteases.

"Atuando diretamente na capacidade do vírus de penetrar nas células de defesa, eles apresentavam resultados melhores na redução de carga viral e efeitos mais permanentes", explicou.

Hoje, cerca de 25 drogas são utilizadas no tratamento da doença, combinadas em estratégias terapêuticas que visam controlar a carga viral e os níveis de CD4.

Vacina e prevenção

Além de relembrar a evolução das pesquisas sobre o HIV nas últimas três décadas, Willy também abordou os desafios que a AIDS ainda representa nos dias de hoje.

"Apesar da queda acentuada de mortes e de infecções oportunistas associadas à doença, muito relacionada aos avanços no tratamento, o número de casos continua aumentando. Hoje são 30 milhões de pessoas vivendo com o HIV e, neste ritmo, em 2030 serão 60 milhões. Talvez a explicação para isso seja a grande parcela da população que tem o vírus, mas não sabe", avalia.

"Ainda não estamos próximos de uma vacina, mas temos apresentado avanços no estudo de microbicidas, tratamentos de pré e pós-exposição, e estratégias de prevenção da transmissão vertical.

É importante entender que só o preservativo não basta, é preciso combinar diversas estratégias de prevenção, controle e tratamento da doença. Lidar com a questão do preconceito, que ainda é grande, e transformar as inovações em alternativas de tratamento e prevenção disponíveis a toda a população também são questão fundamentais para os próximos anos", acredita o francês.

HIV no Brasil

Bernardo Galvão, pesquisador da Fiocruz-Bahia e um dos responsáveis pelo isolamento pioneiro do HIV no Brasil, realizado no Instituto Oswaldo Cruz em 1987, destacou a capacidade brasileira de responder ao surgimento da AIDS e abordou os avanços nacionais na luta contra a doença.

"O isolamento do vírus foi um marco da pesquisa nacional, mostrou como é fundamental investir em saúde e ciência para preparar o país para o surgimento de novas doenças. A partir dele foi possível desenvolver, por exemplo, um sistema de triagem dos bancos de sangue do país, conquista que colocou o Brasil no cenário mundial de luta contra a doença, rendendo à Fiocruz participação na Rede Internacional de Isolamento e Caracterização do HIV", lembrou Galvão.

"Hoje, a sociedade brasileira conquistou acesso ao tratamento gratuito para a doença através do Sistema Único de Saúde e nossos pesquisadores continuam produzindo conhecimento científico de ponta sobre a AIDS", concluiu.

Instituto Oswaldo Cruz

Bactéria letal mata 10 e já afeta outras 300 pessoas na Alemanha

Epidemia de bactéria

Autoridades de saúde da Alemanha afirmam que pelo menos dez pessoas já morreram e outras 300 estão sendo tratadas no país devido à infecção por um tipo letal da bactéria E. Coli.

O governo suspeita que pepinos orgânicos importados da Espanha e contaminados com a bactéria possam ser a causa da epidemia.

De acordo com o correspondente da BBC Mark Lobel, este tipo de contaminação é a maior já registrada na Alemanha e uma das maiores em todo o mundo, de acordo com especialistas suecos em controle de doenças.

Bactéria entero-hemorrágica

A maior parte das mortes, causadas pela ingestão de alimentos contaminados, ocorreu na cidade de Hamburgo, no norte do país.

O tipo de bactéria registrado na Alemanha é o E. Coli entero-hemorrágico (EHEC), que causa diarreia com sangramento e pode levar à insuficiência renal.

Lobel diz que, diferentemente da maioria dos casos da doença, que afeta em geral crianças de até cinco anos de idade, quase todos os infectados na Alemanha são adultos, em sua maioria mulheres.

Segundo o correspondente da BBC, pessoas originárias da Alemanha já apareceram doentes em países como Suécia, Dinamarca, Holanda e Grã-Bretanha.

Vegetais crus

Especialistas em saúde do governo alemão estão recomendando à população do norte do país que não consuma tomates, pepinos ou alface crus.

"Também é possível que haja infecções secundárias durante esta epidemia", disse à BBC a cientista da Universidade de Munster, Helge Karch. "Estas novas infecções se espalham de pessoa para pessoa, mas podem ser evitadas", afirmou.

"Por isto, precisamos fazer todo o possível para assegurar que a higiene pessoal das pessoas seja aprimorada."

Nacionalidade das bactérias

As autoridades alertaram que os pepinos possivelmente infectados podem ter sido enviados para República Checa, Áustria, Hungria e Luxemburgo.

De acordo com Lobel, restrições foram impostas sobre dois exportadores de pepinos espanhóis, embora não se saiba se a infecção ocorreu na Espanha, durante a viagem dos produtos ou na chegada dos alimentos à Alemanha.

O grupo de bactérias Escherichia coli (abreviada como E. Coli) é grande e diversificado, formado em sua maioria por cepas inofensivas. No entanto, alguns tipos de E. Coli podem causar diarreia, infecções urinárias, doenças respiratórias e pneumonia.

http://www.diariodasaude.com.br

Agrotóxicos contaminam água e até o leite materno

Impacto dos agrotóxicos

Educação e fiscalização.

Estes são os dois principais aspectos para conter os danos provocados pela utilização dos agrotóxicos na agricultura brasileira.

A conclusão é do pesquisador Josino Costa Moreira, da Fiocruz , que coordenou estudos sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e ambiente na região centro-oeste e nordeste do país.

"Os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambiente e selecionam as espécies mais resistentes em determinado local. Esse impacto chega ao homem tanto pela exposição direta nas lavouras como pelas alterações que ele provoca no ambiente", alertou.

Triste recorde

De acordo com Josino, o Brasil compõe a lista dos principais consumidores de agrotóxicos. Em volume, é o maior do mundo, sendo também, um dos primeiros quando se observa o consumo por hectare plantado.

Dessa forma, o pesquisador direcionou uma de suas pesquisas à região que mais produz soja e grãos no país.

"O Estado do Mato Grosso foi o que mais consumiu pesticidas no Brasil em 2008 e 2009. É o que mais produz soja, e isso traz um grande impacto no ambiente, pois lá temos biomas importantes, e essa utilização vem acompanhada de vários riscos, já que o cerrado e mesmo a floresta estão sendo substituídos por áreas de cultivo".

Agrotóxicos no leite materno

A pesquisa evidenciou grande contaminação em pessoas, segmentos ambientais, ar e animais.

"Observamos contaminação em águas de rios, chuva e de poços artesianos, por exemplo. Outro resultado obtido foi em relação à contaminação de anfíbios. Animais que habitam as áreas contaminadas apresentaram alterações morfológicas mais frequentes quando comparadas às mesmas espécies que habitam áreas não contaminadas. Achamos um aumento de mais de 50% de deformações nessas áreas", justificou.

O estudo também observou as minhocas. "Comparamos a situação dessas espécies nos dois ambientes. Ficou comprovado que os herbicidas estudados (2,4 D e glifosato), quando não matam, impedem a reprodução da minhoca. Também foram encontrados resíduos de agrotóxicos no leite materno. Apesar de estarem em níveis muito baixos, podem, eventualmente, comprometer o desenvolvimento normal ou a saúde dos bebês."

Educação

O crescimento do agronegócio no país é preocupante, segundo o pesquisador. Porém, deve ser enfrentado com duas ações.

"O primeiro fator para solucionar esse problema é a educação!

"Conscientizando a população de que os agrotóxicos contaminam os alimentos, o ambiente, o homem, além de selecionarem as espécies mais resistentes em determinado ambiente, fica mais fácil trabalharmos.

"Por conta disso, nossa linha de ação busca focalizar a educação em todos os níveis, mas, principalmente, na escola primária.

"O trabalhador ficará mais sensibilizado se a informação vier pela fala de seu filho, pois, para eles que já trabalham há muito tempo com a substância, é difícil relacionar seus problemas de saúde ao uso dos agrotóxicos," afirmou

Fiscalização

Outra linha de ação, na opinião do pesquisador, deve ser a fiscalização.

Nesse aspecto, o Brasil vem deixando a desejar.

"O governo tem de ser ativo na fiscalização e orientação das pessoas, particularmente dos trabalhadores rurais. Eles acabam sendo os responsáveis pela manipulação dessas substâncias que são tóxicas em alguma extensão.

"A falta de suporte técnico e científico a estes trabalhadores na utilização dos produtos é uma das falhas que estamos cometendo," completa.

http://www.diariodasaude.com.br

Maior lago de água doce da China está quase desaparecido devido à seca

O lago Poyang, o maior de água doce na China, perdeu quase 90% de seu volume em consequência da seca que castiga a bacia do Yangtze, e que é a pior no meio século, informou nesta segunda-feira (30) o jornal “South China Morning Post”.

Grande parte do leito do lago é atualmente uma planície de barro ou erva, o que coloca em uma crítica situação os habitantes dos arredores do lago, que dependem de sua água para regar seus cultivos, destacou o periódico.

Segundo a imprensa oficial, o lago tem atualmente 0,74 milhão de quilômetros cúbicos de volume, 87% menos do que o habitual ou inclusive menos, já que em épocas úmidas o lago pode ter até 25 milhões de quilômetros cúbicos de água.

O segundo maior lago do país, o Dongting (também na bacia do Yangtze) também está parcialmente seco, e sua área atual (cerca de 900 quilômetros quadrados) é menos da metade da superfície habitual, segundo especialistas da região afetada.

A seca afeta uma bacia na qual vivem 400 milhões de pessoas, quase um terço da população chinesa, e a situação é especialmente dramática nas províncias do curso médio e baixo (Anhui, Hunan, Jiangxi, Zhejiang e Jiangsu), onde as chuvas este ano foram entre 40% e 50% menores do que o normal.

De acordo com o Escritório Estatal de Controle de Inundações e Secas, a situação afeta diretamente 3,29 milhões de pessoas e 6,96 milhões de hectares de campos de cultivo, equivalentes a 5% das terras cultiváveis no país.

Por este motivo, o Centro Meteorológico Nacional declarou “alerta amarelo” por seca, já que nos próximos dias não estão previstas grandes precipitações na área afetada.

(Fonte: Folha.com)

Por que é tão difícil parar de fumar? (mas não é impossível)

Matérias
Numa coisa, fumantes e especialistas concordam: tratar a dependência é muito difícil. É um superdesafio , adianta o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, coordenador do Helpfumo e do Serviço de Avaliação Pulmonar do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. E ainda esbarra no fato de se tratar de uma droga que tem aceitação social, é legal (no sentido jurídico), de fácil acesso, relativamente barata e que o usuário aprende a regular a freqüência e a intensidade de consumo.
O grande X da questão é que, além da dependência física, há uma dependência psicológica. As pessoas associam comportamentos e situações ao ato de fumar , explica a psicóloga Silvia Ismael, do Hospital do Coração, em São Paulo. A impressão é que tudo fica melhor com o cigarro , lamenta a psicóloga.

Por isso, segundo as orientações dos consensos da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde dos Estados Unidos, Brasil, Europa, o tratamento se baseia em dois pilares: terapia cognitivo-comportamental e remédios. O paciente precisa entender por que fuma, o que é a dependência, os sintomas da abstinência, como lidar com eles, como se preparar para deixar de fumar, como evitar os gatilhos que dão vontade , enumera Ciro Kirchenchtejn.

Sabe-se que quanto maior o escore no questionário de Fagerström, que mede a dependência à nicotina, mais difícil o tratamento. Alguns pacientes, como doentes psiquiátricos e alcoólatras, também são mais difíceis de tratar. Outros campeões nos índices de fracasso são aqueles pacientes que, por algum motivo, não podem tomar medicamentos ou simplesmente se recusam a tomá-los.

O segredo do sucesso está em assumir que o tabagismo é uma doença e agüentar o tempo de tratamento, que pode levar meses. E saber que vale a pena o esforço , frisa Ciro. Muitos acham que a vida não vai mais ter graça e é justamente o contrário .

Terapias alternativas, um risco
Na guerra contra o cigarro, muita gente recorre a terapias chamadas alternativas, como acupuntura e meditação. E, diga-se, alguns até conseguem. Mas os especialistas concordam que não há comprovação científica da eficácia deles. Não existem dados que comprovem a garantia desses tratamentos alternativos , enfatiza a psicóloga Ana Lúcia Fraga, do Rio de Janeiro.

Para alguns pacientes pode até funcionar, mas muitos têm recaídas , observa a psicóloga Silvia Ismael, do Hospital do Coração, em São Paulo. Segundo ela, o problema é que essas terapias não tratam a dependência psicológica, levando o tratamento ao fracasso. Afinal, sabe-se que o sucesso depende não só de baixar a ansiedade ou desfazer o vício químico, mas de desativar os gatilhos que levam a acender um cigarro.

É muito sofrido parar de fumar e a sensação de fracasso faz retardar uma nova tentativa , lembra o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, coordenador do HelpFumo. Por isso, segundo ele, vale a pena tentar primeiro os métodos comprovadamente eficazes, que darão mais chance de sucesso.

Escolher um bom momento
Muitas das tentativas fracassadas de parar de fumar ocorrem porque a pessoa escolheu um mau momento para fazer isso. Se sua vida é agitada, você pode pensar que nunca haverá um bom momento. Nesse caso, escolha uma data e faça o possível para tornar sua vida menos agitada e estressante. Pense que, se você for esperar pelo momento ideal, ele pode nunca chegar... Qualquer momento em que você esteja decidido a atingir o objetivo de parar de fumar é um bom momento. Além disso, alguns dias podem ser uma boa idéia para estimulá-lo a parar de fumar:

Ano Novo
Seu aniversário
Um dia que signifique algo para um familiar ou amigo que queira muito que você largue o cigarro
Quando estiver doente ou com algum problema relacionado ao fumo
No seu primeiro dia de férias

Maus momentos para parar de fumar:
Períodos de stress
Quando você estiver se sentindo deprimido ou triste
Períodos de pouco contato com amigos ou família. Mas, se você estiver rodeado de pessoas que fumam, um bom momento para parar de fumar pode ser quando você estiver longe deles
Depois de passar por momentos difíceis ou de grandes mudanças em sua vida (a morte de alguém, por exemplo).

Contudo, algumas situações podem indicar o início de um futuro melhor e por isso podem ser um bom momento para parar de fumar. É o caso de um divórcio, por exemplo. Tudo depende da sua atitude perante a vida.

Reduzindo o consumo
Reduzir o consumo é uma mudança consciente na quantidade que você fuma. Isso prepara você para parar de fumar posteriormente, mesmo que a parada final não venha tão logo. Não está claro se a redução diminui os riscos do cigarro, portanto ela não deve ser um objetivo por si só.
Métodos para reduzir o fumo:
Cortar o número de cigarros que você traga pela metade ou um terço
Aumentar o intervalo de tempo entre um cigarro e outro
Fumar só nas horas pares ou ímpares
Não fumar em alguns lugares (fora de casa, no trabalho, no carro etc)

Familiares e amigos podem ajudar
Só a pessoa que fuma pode decidir parar de fumar. Você pode gentilmente encorajá-la. Mas seus comentários e conselhos são apenas um incentivo

Comece qualquer conversa sobre esse assunto de forma gentil
Deixe a pessoa saber que você quer que ela pare de fumar e quais são seus motivos
Um jeito de introduzir a conversar é falar sobre um novo tratamento sobre o qual você ouviu ou leu
Não se prolongue. Fale por menos de cinco minutos
Pergunte se você pode ajudar de alguma forma
Repita essa conversa a cada 6 ou 12 meses

Como ajudar alguém que está parando de fumar
Amigos e parentes são uma fonte valiosa de apoio e motivação para uma pessoa que está tentando parar de fumar. Pessoas que já pararam de fumar podem ser de grande valia para confortar e dar dicas. Se quem está parando de fumar pede ajuda, você pode:

Distraí-lo. Una-se a ela para diminuir o desejo de fumar em momentos mais perigosos
Ignore o mau-humor. Ele não dura eternamente
Dê agrados toda vez que ela atingir um pequeno objetivo
Se você fuma, não fume perto de quem está tentando parar
Pergunte que tipo de ajuda pode dar
Se você parou de fumar, conte os benefícios que você teve na saúde e no bem-estar. Fale também dos momentos de maior dificuldade e como saiu deles

Como ajudar quem teve uma recaída
Muitas pessoas tentam parar de fumar várias vezes antes de realmente conseguir. Alguns conselhos:

Dê os parabéns à pessoa pela tentativa, pelo tempo que ela ficou sem fumar (seja ele qual for)
Encoraje-o a tentar de novo. Não diga se você tentar de novo . Fale quando você tentar de novo
Mostre que ela pode aprender com aquela experiência

Estratégias para parar de fumar

Existem cinco estratégias que podem ajudá-lo no seu projeto de parar de fumar: prepare-se, consiga apoio, adote novos comportamentos, use medicamentos e esteja preparado para relapsos.

1. Prepare-se
Prepare seu corpo e sua mente para o stress que é tentar parar de fumar.

Estabeleça uma data e siga-a. É importante seguir alguns passos para se livrar do tabaco. Pessoas que cumprem essa meta têm dez vezes mais chances de não estar fumando seis meses depois. Escolher um bom momento pode aumentar muito suas chances de sucesso
Faça algumas mudanças. Livre-se de todos os cinzeiros e isqueiros depois do seu último cigarro. Retire do ambiente o cheiro de cigarro e outras lembranças que possam existir em sua casa, carro e roupas. Não deixe ninguém fumar na sua casa.
Se você já tentou parar de fumar no passado, reveja suas últimas tentativas. Pense nas estratégias que o ajudaram nesses momentos e repita-as. Avalie também aquilo que o fez desistir de atingir seu objetivo e veja meios de lidar com eles ou evita-los.
Uma vez que você tenha parado, não dê nem mesmo uma tragada. Você pode ir reduzindo o consumo antes da data estabelecida para parar de fumar. Em um diário, você pode ir registrando o que lhe dá vontade de fumar. Com isso, você pode pensar em como resistir às tentações depois. Depois da data estabelecida para parar de fumar, não dê nem uma única tragada.

2. Consiga apoio
Você terá mais chances de sucesso se tiver apoio do seu médico, da família, dos amigos e dos colegas de trabalho.

Um médico ou terapeuta pode ajudá-lo a montar uma estratégia para parar de fumar. Esses profissionais também são boas fontes de motivação e suporte durante todo o processo.
Conte a seus amigos que você está tentando parar de fumar e converse com ex-fumantes sobre as experiências deles durante e depois de tentar largar o vício. Peça que um amigo sempre lhe pergunte como você está indo.
Se você mora com alguém que fuma, deixe aquela pessoa saber como ela pode lhe ajudar. Seja específico. Peça para não fumar na sua frente. Melhor ainda, peça que ela pare de fumar também. Assim, um poderá ajudar o outro durante todo o processo.
Junte-se a um grupo de apoio a pessoas que estejam tentando se livrar do vício. Quem já largou do cigarro pode ajudá-lo porque sabe o que você está passando.
Faça terapia, seja em grupo ou individual. Isso pode ajudá-lo a reconhecer e lidar com situações que o tentam a fumar. As sessões também podem lhe trazer conforto em momentos de relapso.
Crianças e adolescentes podem ter boas respostas ao freqüentar programas escolares ou da comunidade que estejam baseados no aspecto da auto-imagem e na imagem social de quem fuma.

3. Adote novos comportamentos
A partir do momento em que você não estiver mais fumando, decida o que fazer em vez disso.

Pense em estratégias para evitar aquelas coisas que o fazem procurar por um cigarro ou mude seus hábitos de fumante. Pense nas situações de maior risco e veja como lidar com elas.
Mude sua rotina diária. Pegue um caminho alternativo para chegar ao trabalho ou faça uma refeição diferente. Todo dia, faça algo que o entretenha.
Diminua o stress. Acalme-se e alivie a tensão lendo um livro, tomando um banho quente ou cuidando do jardim.

4. Tome remédios
Existem medicamentos que podem auxiliá-lo a parar de fumar. Suas chances de obter sucesso dobram mesmo que o remédio seja o único instrumento usado. Mas outras ferramentas combinadas ao medicamentos podem potencializar sua eficácia. Procure um médico para saber mais e lembre-se de que tomar remédios e fazer terapia ou freqüentar um grupo de apoio potencializam em muito suas chances de sucesso.

5. Esteja preparado para falhas
A maioria das pessoas não consegue parar de fumar na primeira tentativa. Não se culpe. Faça uma lista das coisas que você aprendeu e pense quando você está disposto a pensar de novo. Pode ser na próxima semana, no próximo mês... Você pode tentar algo novo da próxima vez: remédios ou terapia de reposição da nicotina. Ou terapia e medicamentos.

Como parar de fumar quando você tem outros problemas de saúde

Se você tem problemas psicológicos (depressão, ansiedade etc) ou usa drogas ou álcool, tente primeiro resolver essas questões antes de pensar em parar de fumar. Algumas pessoas que têm algum desses problemas médicos percebem que eles sempre voltam quando tentam parar de fumar. Se esse for o seu caso, converse com seu médico antes de parar de fumar.

Uma vez que você tenha parado de fumar, procure ajuda a qualquer sinal de que os problemas estejam voltando. Fumar também pode afetar o nível de drogas em seu sangue. Se você tomou medicamentos para um problema de saúde, converse com seu médico antes de parar de fumar para ver se as doses precisam ser alteradas.

http://www.minhavida.com.br

Entenda por que o cigarro vicia

Dependência
Infelizmente, nem sempre o tabagismo foi considerado doença. Foi somente no final dos anos 1980, com a descoberta dos receptores da nicotina no cérebro e seu poder de viciar (maior do que drogas como cocaína e heroína), que a coisa mudou de figura.

Hoje sabe-se que os receptores específicos para a nicotina no cérebro, quando ativados, liberam substâncias que garantem sensação de prazer. É por isso que um cigarrinho já basta para amenizar sintomas de ansiedade e depressão. Diga-se, não à toa tem ganhado muitos adeptos nestes tempos de estresse crônico.
Na busca por essa sensação de bem-estar, a pessoa passa a acender um cigarro atrás do outro, condicionando-se. Nos viciados, deixar de fumar por algumas horas dá uma sensação terrível e um desejo incontrolável de tragar - é a síndrome da abstinência. Quem fuma mais de 15 por dia é considerado grande dependente.

Abstinência de nicotina
Quando as pessoas usam o tabaco de forma regular, o corpo delas desenvolve uma necessidade por nicotina. Se elas não ingerirem a nicotina, elas começam a ter sintomas de abstinência. Esses

sintomas variam de pessoa para pessoa e dependem do quanto de nicotina a pessoa está acostumada a ingerir. Quanto maior a quantidade, mais fortes são os sintomas:

Cansaço
Irritação
Nervosismo
Ansiedade
Tristeza ou depressão
Fome maior do que usual

Pessoas que estejam com abstinência da nicotina podem achar difícil:
Dormir
Lidar com o estresse
Concentrar-se

A abstinência da nicotina começa normalmente 24 depois de a pessoa parar de fumar ou de usar substâncias com tabaco. Os sintomas podem piorar entre 24 e 48 horas depois de a pessoa parar de fumar e podem durar poucos dias ou até quatro semanas. A duração média dos sintomas é de três a quatro semanas. A vontade de fumar e o aumento do apetite podem durar meses. O tratamento para a abstinência inclui remédios, terapia ou grupos de apoio, uma dieta e exercícios regulares.

Fumar para melhorar o humor ou aliviar a tensão
Pergunte a você mesmo algumas questões para descobrir se você fuma para aliviar a tensão, a irritação, o stress ou para melhorar o humor.

Fumar vem à sua cabeça automaticamente quando você está frustrado, tenso, nervoso ou triste?
Fumar lhe acalma quando você está nervoso?
Você fuma mais cigarros quando está nervoso?
Se você já tentou parar de fumar no passado, você sentiu mais a falta do cigarro quando estava em período de maior stress?

O alívio que você sente ao fumar vem do ato de tirar um tempo para fumar e também dos efeitos químicos da nicotina no cérebro. Se você retornar ao ambiente estressante logo depois de acabar o cigarro, a tensão logo voltará e você precisará de outro cigarro. O cigarro, na verdade, não faz a tensão, o stress ou depressão sumirem. A única forma de realmente controlar o stress na sua vida é identificar o que causa o stress e aprender a mudar o jeito que você reage a situações estressantes.

Fumar para controlar o peso
É verdade que a nicotina presente nos produtos de tabaco reduz seu apetite e lhe anima quando você sente que o nível de energia está caindo por causa da fome. Mas esses efeitos não duram e, antes que você espere, já está com fome de novo. Usar o cigarro para manter o peso baixo tem outras desvantagens. Fumar não faz nada por seus músculos. Você pode até perder peso, mas seus não estarão tonificados e você também não terá a energia que vem da combinação de exercícios e alimentação correta. Se você está fumando porque tem medo de ganhar peso quando parar, lembre-se que nem todo mundo engorda quando deixa de fumar.

Sensações que o fumo proporciona
Pense em que momentos do dia o cigarroé necessário:

Depois que os efeitos do café da manhã começam a passar?
Perto das refeições?
Depois de ficar parado por um longo tempo?
Às vezes as pessoas fumam para ganhar concentração ou se manter alertas. A nicotina presente nos produtos de tabaco geralmente é suficiente para despertar seu cérebro, mas não há substituto a uma boa noite de sono, alimentação saudável, exercícios e curtir a vida.

Para se enturmar
Fumar pode ser uma coisa muito importante na sua vida social. Você fuma automaticamente quando está ao lado de alguém que fuma? Algumas pessoas, lugares ou coisas parecem fazer você querer fumar? Seus amigos fumam? Os amigos se importam um com os outros, dão apoio e fazem atividades juntos para confirmar as afinidades que possuem. Mas por que compartilhar uma atividade que coloca sua vida em risco? Se seus amigos fumam, pergunte se eles não querem parar também. Talvez muitos se convençam que seja hora de parar. Um poderá ajudar o outro. Caso eles não queiram, peça que não fumem perto de você, não lhe oferecem cigarros ou não deixem cigarros por perto.

Adolescentes e tabaco
Você pode ter começado a fumar para se adequar a seus amigos. Ou talvez seus pais fumem. Qualquer que seja o motivo que o levou a fumar, há muito mais razões para parar:

Você estará controlando mais sua vida depois que você parar de fumar
Você ficará mais bonito. Seu cabelo, suas roupas e sua respiração ficarão melhores e seu dente ficará mais branco. Adolescentes sempre dizem que preferem namorar ou beijar quem não fuma
Some o quanto você gasta por semana, mês ou ano com cigarros. O que mais você poderá fazer com o dinheiro?
Fumar causa mau-hálito, problemas nos dentes, dores ou manchas na boca
Fumar não é um jeito inteligente de perder peso ou evitar de ganhar peso. Atividade física é uma forma muito melhor de controlar o peso e isso vai dar mais massa muscular. Embora algumas pessoas ganhem peso depois que param de fumar, isso é temporário. Em alguns casos, ocorre até perda de peso porque as pessoas se tornam mais ativas depois que param de fumar
Depois que você pára de fumar, você irá se cansar menos depois das atividades físicas.

http://www.minhavida.com.br

Energia eólica ganha impulso e reforça matriz renovável brasileira

Investimentos em energia eólica

O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia.

O investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos.

Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW).

O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina eólica para geração de energia elétrica conectada à rede foi instalada na Dinamarca em 1976.

"Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala; hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura", observa.

Preço da energia eólica

Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no Brasil. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009.

O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul.

Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.

Aprovada instalação de mais nove parques eólicos no Brasil
Um dos motivos que estão estimulam o investimento em energia eólica no Brasil é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias.

Segundo Eduardo Soriano, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual.

"Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva", informa o especialista.


Já existem turbinas eólicas inteligentes, capazes de prever o vento, otimizando sua posição e ajustando a inclinação das pás para aproveitar melhor o vento. [Imagem: Risoe]
Energia limpa

Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade de compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética: em torno de 45% da energia produzida no Brasil vem de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.

A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de uma só fonte de energia.

"[É necessário] diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?", indaga. "Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética", sustenta.

Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras.

Além da região Nordeste, os ventos do Sul do país e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.

Investimento e pesquisa

O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte.

Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.

Tecnologia nacional cria rotor aerodinâmico para turbinas de energia eólica
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais).

Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no país por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.

Profissionais na área de energia

Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão-de-obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica.

Empresários querem centro de pesquisa sobre energia eólica
A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano. De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica.

"Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil", reforça Soriano.

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Descubra as substâncias do cigarro que são nocivas à saúde



O tabaco é mundialmente conhecido por seus malefícios. Segundo dados do censo 2010 do IBGE, 17,2% da população com idade superior a 15 anos consomem derivados de tabaco. Essa porcentagem equivale a aproximadamente 24,6 milhões de pessoas. Dentre os fumantes, 93% afirmavam saber que o cigarro causava doenças graves.

Mas, afinal, será que nós temos consciência de todos os malefícios que o cigarro pode causar a nossa saúde? E é por isso que hoje, no Dia Mundial sem Tabaco, conversamos com especialistas e descobrimos quais os efeitos devastadores que cada uma das principais substâncias do cigarro pode causar no organismo.

Tudo que tem no cigarro faz mal?

Sim, sem qualquer exceção. De acordo com o pneumologista Alberto de Araújo, presidente da comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, não existe nenhum componente no cigarro que não seja nocivo a nossa saúde. "Alguns componentes nós sequer conhecemos".

O médico afirma que já foram identificadas mais de 5 mil substâncias na fumaça do tabaco, dentre elas gases e partículas cancerígenas, agrotóxicos usados durante o plantio da folha de tabaco e que são mantidos no processo de ressecamento para a fabricação do cigarro, dentre outros. Antes de mais nada é preciso entender que não existe limite seguro de consumo do tabaco. "Diferente do álcool, ele não pode ser consumido com moderação", afirma Alberto.

A vilã mais popular

Quando se fala sobre cigarro e seus efeitos nocivos, logo pensamos na nicotina. Embora esteja longe de ser a única vilã presente no tabaco, ela é a principal agente causadora do vício.

Os especialistas afirmam que a nicotina consegue fazer em apenas 10 segundos todo o percurso por nosso corpo: ser inalada e absorvida pelo pulmão, entrar em nossa corrente sanguínea e desencadear um impacto cerebral, liberando substâncias que propiciam uma imensa sensação de prazer. "Essa rapidez de impacto cerebral só é comparada com a cocaína", conta Alberto.


O vício começa justamente quando a nicotina se liga aos receptores do nosso sistema nervoso, desencadeando a liberação de diversas substâncias, como dopamina, que dão a sensação de prazer, melhoram da memória, deixam a pessoa mai alerta, tiram o apetite, entre outros. Esses sintomas são os que a pneumologista Maria Vera Castellano, membro da Sociedade Paulista de Pneumologia, chama de reforço positivo.

Porém, quando o nível de nicotina no sangue cai, isso mais ou menos umas duas horas depois do primeiro cigarro, a pessoa sente falta desse reforço positivo e tem uma crise de abstinência. Os sintomas relacionados à abstinência, ou reforço negativo, são irritação, nervosismo, dor de estômago, insônia e aumento do apetite.

"A dependência se dá pela alternação do reforço positivo com o negativo", diz a pneumologista. Quando o fumante sofre uma crise de abstinência, procura fumar outro cigarro para sentir novamente o reforço positivo. E assim se inicia o ciclo vicioso.

As doenças relacionadas à nicotina são: aumento do ritmo cardíaco, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, angina, elevação do colesterol ruim (LDL), menopausa precoce, gastrite, úlcera gástrica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, doença obstrutiva arterial periférica, tromboangeite obliterante, obstrução progressiva das artérias que pode culminar em amputação, além dos sintomas agudos como irritações nasais, na garganta e nos olhos, tonturas e dor de cabeça.


Os perigos do alcatrão

Alcatrão é o nome que se dá ao conjunto de substâncias presente no tabaco e que são absorvidas pelo fumante quando ele acende o cigarro. Ele é responsável pelas manchas na pele, nos dentes e dedos do fumante, além de se depositar nos pulmões, deixando-o com uma coloração castanha escura. Segundo a pneumologista Maria Vera Castellano, ele está relacionado diretamente a cânceres no pulmão, bexiga, vias aéreas e brônquios.


Entre os seus compostos são encontrados cerca de 43 substâncias cancerígenas, entre elas:

Benzeno: ele está presente na composição de detergentes e da gasolina, além de ser utilizado como pesticida. "Ao ser inalado, ele é absorvido pelos pulmões, onde provoca danos irreversíveis", diz Alberto. As doenças relacionadas à inalação do benzeno são enfisema pulmonar, asma (até nas crianças e adultos que são vítimas do fumo passivo) e câncer no fígado. "A exposição ao benzeno durante mais de 20 anos pode inclusive provocar leucemia", completa Alberto.

Polônio: é um elemento radioativo, extremamente prejudicial a nossa saúde. A radiação produzida por esse isótopo, em situações normais, é bloqueada pelas camadas da nossa pele. Porém, quando inalada via fumaça, ela se deposita nas vias aéreas, emitindo radiação às células a sua volta, contaminando-as e causando tumores pulmonares.

Níquel: material usado na produção de aço inoxidável, moedas e pilhas alcalinas. O pneumologista Alberto de Araújo conta que, quando inalado, o níquel deposita-se no fígado, rins, coração, pulmões, ossos e dentes. "Sua inalação provoca alterações no estômago e aumenta as chances de infecções respiratórias e câncer", diz o especialista.


Metais Tóxicos

No cigarro também é possível encontrar uma série de metais pesados, que são extremamente tóxicos ao nosso organismo e se depositam principalmente no fígado e rins. "O corpo leva de 10 a 30 anos para conseguir eliminar essas substâncias", diz Alberto. Ele ainda afirma que pessoas com mais de 20 anos de vício podem não conseguir reverter todas as agressões, podendo causar complicações em algum desses órgãos. Dentre os metais pesados presentes no cigarro, os principais são esses:

Arsênio: ele é usado como pesticida durante o plantio do tabaco e não se perde durante a fabricação do cigarro. Uma vez dentro do corpo, ocasiona lesões no fígado, rins, coração, pulmões, ossos e dentes, onde fica armazenado.

Acetato de chumbo: comum em tinturas de cabelo, o acetato de chumbo afeta principalmente os pulmões e rins. "Quando em grandes quantidades, pode incapacitar ou dificultar a ventilação dos pulmões, gerando falta de ar, enfisema e câncer de pulmão", diz Maria Vera.


Gases que matam

A fumaça que o fumante libera na atmosfera ao tragar o cigarro também é um veneno, não só para ele como para as pessoas que estão a sua volta e podem inalá-la. Os principais componentes da fumaça do cigarro e os riscos relacionados a eles são:

Monóxido de carbono: poluente muito comum na atmosfera, em ambiente fechado é o principal gás componente da poluição do tabaco. Os especialistas explicam que o monóxido de carbono, quando inalado, compete com o oxigênio na ligação com a hemoglobina. Ou seja: ele toma o lugar do oxigênio na ligação com nossas células sanguíneas, dificultando o transporte de oxigênio por todo nosso corpo, causando assim dificuldade de respirar. Ao se ligar às nossas hemácias ele também deixa o sangue mais grosso, fazendo com que nosso corpo tenha que produzir mais hemácias para suprir a quantidade parasitada pelo monóxido de carbono.

Por deixar nosso sangue mais denso, o monóxido de carbono pode facilitar a formação de plaquetas, que virarão trombos, que poderão obstruir as artérias e dar margem a doenças cardíacas e derrame cerebral. "Inclusive pessoas que não fumam, mas que já apresentam algum problema cardiovascular, podem sofrer de dificuldade respiratória, asma e até ataque cardíaco ao inalar a fumaça do cigarro", conta Alberto.

"Se você tem muito monóxido de carbono no corpo pode ter tontura, diminuição do nível de consciência e desmaios", diz Maria Vera.


Cetonas: mais conhecido como removedor de esmaltes em forma de acetona, as cetonas são um produto entorpecente e inflamável.

A inalação das cetonas em pequenas quantidades irrita a garganta e causa tonturas e dores de cabeça. Porém, se inalada em grandes quantidades pode causar uma intoxicação grave e levar a pessoa à morte.

Terebentina: é uma substância tóxica obtida através da extração de resinas de pinheiros. Muito conhecida como diluente e removedor de tintas a óleo. Ao ser inalada provoca irritação nos olhos, vertigem, desmaios e lesões no sistema nervoso, dependendo da quantidade.


Cigarros mentolados são mais ou menos vilões?

Os cigarros ditos mentolados são aqueles que possuem sabor, como menta e cravo. Muito popular entre adolescentes por ter um gosto mais doce do que os cigarros normais, os mentolados costumam ser o primeiro cigarro e porta para o vício de diversos jovens.

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Medicina e Odontologia de New Jersey, nos Estados Unidos, sugere que os cigarros mentolados fazem com que a pessoa tenha mais dificuldade para largar o vício. E isso se dá justamente por seu gosto refrescante, que mascara o amargo da nicotina e alcatrão.

A pesquisa revela ainda que as pessoas que fumam cigarros mentolados tendem a fumar menos cigarros por dia, porém, tragam mais profundamente, ficando assim expostas às mesmas quantidades de substâncias nocivas.

Segundo dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o número de marcas de cigarros com sabor já representa 22% dos tipos à venda.Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer aponta que 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem os tais cigarros com sabor.

O presidente da comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia afirma que os aditivos presentes no cigarro mentolado não amenizam o efeito nocivo do tabaco, porém ainda não é possível medir as consequências do consumo desses aditivos. "Não sabemos como esses produtos são adicionados ao tabaco, já que é uma informação confidencial. Por isso é difícil dizer quais são as consequências da ingestão dessas substâncias", afirma.

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Semana Mundial do Meio Ambiente

A problemática ambiental está na ordem do dia. Basta atentarmos às fontes de informações para se ver que as agressões ambientais diuturnamente desfilam nos noticiários. Tudo decorre na constatação de um fenômeno corrente, segundo o qual o homem para satisfação de suas múltiplas necessidades, que são ilimitadas, disputa os bens da natureza por definições limitadas. E é esse fenômeno tão simples quanto importante que está na raiz de grande parte dos conflitos que se estabelecem no seio da comunidade. O impasse técnico/político no Código Florestal é o maior exemplo da ganância econômica do homem em prejuízo à natureza.
É preciso crescer, sim, mas com base num plano racional e integrado, com vistas a assegurar a compatibilidade do desenvolvimento com o meio ambiente. O progresso deverá ser focado em função do homem e não às custas do homem, e sempre voltado à preservação ambiental que, em outras palavras, é a própria vida.
A política ambiental imposta não deve se constituir em obstáculos ao desenvolvimento, mas, sim, em um de seus instrumentos ao proporcionar uma gestão racional dos recursos naturais.
Quando de uma implantação de quaisquer atividades, procura-se sempre divisas e a criação de empregos, mas não podemos perder de vista os verdadeiros custos que poderão surgir: perda de amenidade, degradação paisagística e, principalmente, perda da qualidade de vida.
É evidente que as amenidades que contribuem para a qualidade de vida dificilmente poderão ser expressas em dinheiro. Quanto vale a perda de uma praia ou de um rio? Quanto vale uma bela paisagem? Qual seria o custo monetário do incômodo de ruídos? Qual seria o custo de odores desagradáveis de uma indústria? E, em especial, qual seria o custo monetário da degradação da vida?
Entendendo que o interesse maior na questão ambiental é sobre nosso Município, permitimo-nos, então, invocá-los através de um simples diagnóstico.
Pois bem, com o advento da municipalização do meio ambiente, nosso Município foi um dos contemplados com novas atribuições, passando a ter como seu gestor ambiental a nova Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Todavia, para não fugir à regra, os problemas urbanístico/ambiental continuam crescente em nosso Município, independente de quem sejam as instituições responsáveis pelo seu controle, apesar de serem praticamente ignoradas pelos meios de comunicações.
Pelo desenvolvimento que está ocorrendo em Rio Grande, seja de ordem industrial, seja de ordem habitacional, impõe-se que a Gestão Urbana implantada ou a ser implantada, seja, realmente, um conjunto de instrumentos, atividades, tarefas e funções que visam a assegurar o seu bom funcionamento. Para tal, deveria o governo municipal dispor desses instrumentos que lhe permitam intervir de forma a resolver ou amenizar os conflitos surgidos.
A desinformação dos indivíduos de como a cidade funciona e, mais ainda, quais as possíveis soluções de seus problemas têm por fundo uma herança de ordem cultural. Tal prática, vez ou outra, nos leva a imaginar que os nossos conterrâneos não amam a sua terra, face aos seus descompromissos com ela. Alguns procedimentos identificam em que comunidade convivemos.
Basta observarmos as ruas de nossa cidade, onde o descarte de qualquer objeto na área pública é realizado sem nenhum constrangimento. Lançam toda a gama de resíduos ao solo e nos recursos hídricos. Entendem eles, que tudo que for disposto fora do seu espaço físico não é mais seu problema. São dos outros!
Os famosos ruídos, conhecidos como “bate estaca”, provocados pelos veículos, é outra identificação da atual depravação cultural desses incautos para com o meio ambiente. Hoje, nossa cidade está sob a ação de uma verdadeira “farra sonora” sem que se deslumbre qualquer intervenção dos órgãos públicos para coibi-las. E durma-se com um barulho desses!
A solução é através de uma Educação Ambiental, atividade essa, já implantada no Município. Todavia, essas práticas somente serão absorvidas pela comunidade a médio e a longo prazo. Mas como a população e a natureza não poderão ficar à espera do tempo, urge tratativas imediatas para coibir essas anomalias.
Insistindo no assunto, entendemos que habitantes mais conscientes significam comunidades mais organizadas e atentas, capazes de pressionar e fiscalizar o poder público. Mas, aqui em nosso Município, vê-se uma comunidade omissa no trato ambiental. Apenas reclamam, ignorando o seu poder no exercício de Cidadania.
Décadas atrás tínhamos ONGs voltadas para o meio ambiente, com fortes atuações, nas quais colaboravam decisivamente com o órgão ambiental do estado e Ministérios Público. Hoje, ou estão atreladas ao Paço Municipal, ou se mudaram para Pelotas ou, então, foram desativadas. Nos nossos dias a questão ambiental, até por sermos uma cidade portuária, estamos, com o perdão da palavra: a ver navios! Uma pena!

*Engenheiro civil e sanitário-urbanista
Diniz Maciel da Silva

segunda-feira, 30 de maio de 2011

WWF Brasil - Nova campanha do WWF-Brasil é alerta para desastre ambiental

WWF Brasil - Nova campanha do WWF-Brasil é alerta para desastre ambiental

Fumo, Cigarro e Suas Conseqüências

O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um.

A revista The Economist comenta: “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes o matam.” Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os clientes.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, a vida dos fumantes americanos é reduzida, coletivamente, todo ano, em uns cinco milhões de anos ,cerca de um minuto de vida a menos para cada minuto gasto fumando.“ O fumo mata 420.000 americanos por ano”, diz a revista Newsweek. “Isso equivale a 50 vezes mais mortes do que as causadas pelas drogas ilegais”.


O Que Vai no Cigarro

Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em segredo. No entanto, constam entre os ingredientes matais pesados, pesticidas e inseticidas. Alguns são tão tóxicos que é ilegal despejá-los em aterros. Aquela atraente espiral de fumaça está repleta de umas 4.000 substâncias, entre as quais acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. Os pulmões dos fumantes e de quem está perto ficam expostos a pelo menos 43 substâncias comprovadamente cancerígenas.

O Que Há por Trás do Cigarro

No mundo todo, três milhões de pessoas por ano -seis por minuto- morem por causa do fumo, segundo o livro Mortality From Smoking in Developed Countries 1950-2000, publicado em conjunto pelo Fundo Imperial de Pesquisas do Câncer, da Grã-Bretanha, pela OMS(Organização mundial de Saúde) e pela Sociedade Americana do Câncer. Essa análise das tendências mundiais com relação ao fumo, a mais abrangente até a presente data, engloba 45 países. “Na maioria dos países”, adverte Richard Peto, do Fundo Imperial de Pesquisas do Câncer, “o pior ainda está por vir. Se persistirem os atuais padrões de tabagismo, quando os jovens fumantes de hoje chegarem à meia-idade ou à velhice, haverá cerca de 10 milhões de mortes por ano causadas pelo fumo - uma morte a cada três segundos.

O fumo é diferente de outros perigos”, diz o Dr. Alan Lopez, da OMS. “Termina matando um em cada dois fumantes”. Martin Vessey, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Oxford, diz algo parecido: “Essas constatações no período de 40 anos levam à terrível conclusão de que metade de todos os fumantes terminará morrendo por causa desse hábito – uma idéia muito aterradora.” Desde a década de 50,60 milhões de pessoas morreram por causa do fumo. Essa idéia é muito aterradora também para a indústria do tabaco. Se todo ano, no mundo todo, três milhões de pessoas morrem por motivos ligados ao fumo, e muitas outras param de fumar, então todo ano é preciso encontrar três milhões de novos fumantes.

Uma fonte de novos fumantes surgiu por causa do que a indústria do tabaco aclama como liberação das mulheres. O fumo entre as mulheres é fato consumado já por alguns anos nos países ocidentais e agora está ganhando terreno em lugares em que se via nisso um estigma. Os fabricantes de cigarro pretendem mudar tudo isso. Querem ajudar as mulheres a comemorar a prosperidade e a liberação recém – conquistadas.

Marcas especiais de cigarro que alegam ter baixos de nicotina e alcatrão engodam as mulheres que fumam e que acham esse tipo de cigarro menos prejudicial. Outros cigarros são perfumados ou então são longos e finos – o visual que as mulheres talvez sonhem conseguir fumando. Os anúncios de cigarro na Ásia apresentam modelos orientais, jovens e chiques, elegante e sedutoramente vestidas no estilo ocidental.

No entanto, o saldo de mortes relacionadas com o fumo ganha terreno, junto com a “liberação” feminina. O número de vítimas de câncer de pulmão entre as mulheres dobrou nos últimos 20 anos na Grã-Bretanha, no Japão, na Noruega, na Polônia e na Suécia. Nos Estados Unidos e no Canadá, os índices aumentaram 300%. “Você percorreu um longo caminho, garota!”, diz um anúncio de cigarro. Alguns fabricantes de cigarro têm sua própria estratégia. Certa empresa nas Filipinas, país predominantemente católico, distribuiu calendários gratuitos em que logo abaixo da imagem da Virgem Maria aparecia, descaradamente, o logotipo do cigarro.

“Nunca tinha visto nada igual”, disse a Dra.Rosmarie Erban, conselheira de saúde da OMS, na Ásia. “Estavam tentando relacionar o ícone ao fumo, para que as mulheres filipinas não se sentissem culpadas diante da idéia de fumar.” Na China, calcula-se que 61% dos homens adultos fumam, contra apenas 7% das mulheres. Os fabricantes ocidentais de cigarro estão de olho na “liberação” dessas belas orientais, milhões das quais por muito tempo foram privadas dos “prazeres” desfrutados pelas glamorosas ocidentais. Mas há uma pedra enorme no caminho: o fabricante estatal de cigarro supre o mercado com a maior parte do produto.

As empresas ocidentais, porém, estão gradualmente conseguindo abrir as portas. Com oportunidades limitadas de publicidade, alguns fabricantes de cigarro procuram preparar o terreno para ganhar futuros clientes à surdina. A China importa filmes de Hong Kong, e em muitos deles os autores são pagos para fumar – um marketing sutil! Em vista do aumento das hostilidades em seu próprio país, a próspera indústria norte-americana do tabaco está estendendo seus tentáculos para aliciar novas vítimas. Os fatos mostram que os países em desenvolvimento são seu alvo, não importa o custo em vidas humanas.

No mundo todo as autoridades sanitárias soam o alarme. Algumas manchetes: “África combate nova praga: o fumo.” “Fumaça vira fogo na Ásia enquanto o mercado tabagista dispara.” “Índices de consumo de cigarro na Ásia causarão epidemia de câncer.” “A nova batalha do Terceiro Mundo é contra o fumo” O continente africano tem sido castigado por secas, por guerras civis e pela epidemia da AIDS. No entanto, diz o Dr.Keith Ball, cardiologista britânico, “com exceção da guerra nuclear ou da fome, o fumo é a maior ameaça para a saúde da África no futuro”.

Gigantes multinacionais contratam lavradores para cultivar tabaco. Estes derrubam árvores cuja madeira é extremamente necessária para cozinhar, aquecer ambientes e construir casas e a usam como combustível para a cura do tabaco. Cultivam lucrativas plantações de tabaco em vez de produtos alimentícios menos lucrativos. Os africanos pobres geralmente gastam grande parte de sua escassa renda em cigarro. As famílias africanas definham, desnutridas, enquanto os cofres dos fabricantes ocidentais de cigarro engordam com os lucros.


A Praga se Espalha Pelo Mundo

A África, a Europa Oriental e a América Latina são o alvo dos fabricantes ocidentais de cigarro, que vêem nos países em desenvolvimento uma gigantesca oportunidade comercial. Mas a populosa Ásia é de longe a maior mina de ouro de todos os continentes. Só a china atualmente tem mas fumantes do que toda a população dos Estados Unidos – 300millhões. Eles fumam o total assombroso de 1,6 trilhão de cigarro por ano, um terço do total consumido no mundo!

“Os médicos dizem que as implicações do estouro do fumo na Ásia são nada menores que aterradoras”, diz o jornal New York Times Richard Peto calcula que, dos dez milhões de mortes relacionadas com o fumo que se espera que ocorram todo ano nas próximas ou três décadas, dois milhões se darão na China. Cinqüenta milhões de crianças chinesas hoje vivas podem vir a morrer de doenças ligadas ao fumo, diz Peto. O Dr.Nigel Gray resumiu isso nas seguintes palavras: “A história do fumo nas últimas cinco décadas na China e na Europa Oriental condena esses países a uma grande epidemia de doenças ligadas ao fumo.

“Como pode um produto que é a causa de 400 mil mortes prematuras por ano nos EUA, um produto que o Governo norte-americano quer a todo custo que seus cidadãos deixem de consumir, de repente tornar-se diferente fora das fronteiras americanas!”, perguntou o Dr.Prakit Vateesatokit, da Campanha Antifumo da Tailândia. “Será que a saúde se torna irrelevante quando o mesmo produto é exportado para outros países?.

A próspera indústria de tabaco tem no governo dos Estados Unidos um aliado poderoso. Juntos lutam para ganhar terreno no exterior, especialmente nos mercados asiáticos. Por anos os cigarros americanos foram impedidos de entrar no mercado do Japão, Taiwan (Formosa), Tailândia e outros países, porque alguns desses governos tinham seus próprios monopólios sobre produto do tabaco. Grupos antifumo protestam contra as importações, mas a administração norte-americana usou uma arma persuasiva: tarifas punitivas .

A partir de 1985, sobre intensa pressão do Governo dos Estados Unidos, muitos países asiáticos abriram as portas, e os cigarros americanos estão invadindo o mercado. As exportações americanas de cigarro para a Ásia aumentaram 75% em 1988.

Talvez as vítimas mas trágicas da competitividade no mundo do fumo sejam as crianças um estudo divulgado na revista The Journal of the American Medical Association diz que “as crianças e os adolescente constituem 90% de todos os novos fumantes.

Um artigo na revista U.S.News & Would Report calcula em 3,1 milhões a quantidade de fumantes adolescente nos Estados Unidos. Todo dia, 3.000 jovens começam a fumar – 1.000.000 por ano. A publicidade de certo cigarro apresenta a imagem de um personagem de desenhos animados, muitas vezes com um cigarro na boca, um camelo que adora se divertir e vive atrás dos prazeres da vida. Essa publicidade é acusada de engodar crianças e adolescentes, tornando-os escravos da nicotina, antes que compreendam os riscos para a saúde. Em apenas três anos de divulgação dessa publicidade, o fabricante teve um aumento de 64% nas vendas para adolescentes. Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Geórgia (EUA) constatou que 91% das crianças de seis anos de idade que foram avaliadas conheciam esse camelo fumante.

Outro personagem muito conhecido no mundo do cigarro é o cowboy machão, despreocupado, cuja mensagem, nas palavras de um rapaz, é: “quando você está fumando, ninguém o segura”. Consta que o produto de consumo mais vendido no mundo é um cigarro que controla 69% do mercado entre os fumantes adolescentes e que a marca que mais investe em publicidade. Como um incentivo a mais, todo maço traz cupons que podem trocados por jeans, bonés e roupas esportivas do gosto da moçada.

Reconhecendo o tremendo poder da publicidade, grupos antifumo conseguiram que se proibissem em muitos países os anúncios publicitários de cigarro na televisão e no rádio. Mas um jeito que os espertos anunciantes de cigarro acharam de driblar o sistema foi colocar outdoors em pontos estratégicos em eventos esportivos. É por isso que numa partida de futebol televisionada para uma grande audiência de jovens talvez apareça, em primeiro plano, a imagem do jogador favorito desses telespectadores, prestes a fazer uma jogada, e em segundo plano, sorrateiramente, um enorme outdoor.

Aqui no Brasil, a minissérie Presença de Anita , chamou a atenção aos vários cigarros consumidos pela protagonista de apenas 18 anos. A representação foi tamanha, ao ponto da própria atriz tornar-se dependente. A mensagem descarada é que fumar dá prazer, boa forma, virilidade e popularidade. “Onde eu trabalhava”, disse um consultor de publicidade, “tentávamos de tudo para influenciar a garotada de 14 anos a começar a fumar”. Os anúncios na Ásia apresentam ocidentais atléticos, saudáveis e cheios de juventude, divertindo-se a valer em praias e quadras esportivas – fumando, é claro. “Top models e estilos de vida ocidentais criam padrões glamorosos a imitar”, comentou um informe de marketing, “e os fumantes asiáticos nunca se fartam disso”.


Não Fumantes em Risco

Você mora, trabalha ou viaja com fumantes inveterados? Então talvez corra o risco ainda maior de contrair câncer de pulmão ou doenças cardíacas. Um estudo realizado em 1993 pela Agência para Proteção do Meio ambiente (EPA, em inglês) concluiu que a fumaça de cigarro no ambiente é um carcinógeno do Grupo A, o mais perigoso. O relatório analisou exaustivamente os resultados de 30 estudos da fumaça produzidas pelo cigarro em repouso e da fumaça expelida depois de tragada.

A EPA diz que a inalação passiva da fumaça de cigarro é responsável pelo câncer de pulmão que mata 3.000 pessoas todo o ano nos Estados Unidos. A Associação Médica Americana confirmou essas conclusões, em junho de 1994, com a publicação de um estudo que revela que as mulheres que nunca fumaram, mas que inalam fumaça de cigarro no ambiente, correm um risco 30% maior de contrair câncer de pulmão do que outras pessoas que também nunca fumaram.

No caso das crianças pequenas, a fumaça de cigarro resulta em 150.000 a 300.000 casos anuais de bronquite e pneumonia. A fumaça agrava os sintomas de asma em 200.000 a 1.000.000 de crianças todo o ano nos Estados Unidos. A Associação Cardíaca Americana calcula que ocorram, todo o ano, 40.000 mortes por doenças cardiovasculares causadas pela fumaça de cigarro no ambiente. Um levantamento feito pela equipe de José Rosember, pneumologista brasileiro, avaliou os efeitos do tabagismo na saúde de 15 mil crianças entre zero e um ano. Nas famílias em que o pai fuma, cerca de 25%das crianças apresentou problemas respiratórios. Quando a mãe é fumante o número passa para 49%, pois ela tem mais contato com a mãe.Em 2002, o governo brasileiro estampará nos maços de cigarro, imagens e alertas aterradores, como por exemplo uma doente grave aparecendo num leito de hospital com câncer de pulmão. Terá também imagens de crianças prematuras para alertar o fumo durante a gravidez e frases de efeito como “Fumar causa impotência sexual”. Será a maior ofensiva contra os mais de 30 milhões de viciados, que segundo o Ministério da Saúde mata 80 mil brasileiros por ano.

Mas, para quem quer se livrar da dependência, a medicina está trazendo tratamentos desde terapias e antidepressivos até chicletes e adesivos de nicotina. Já existem várias alternativas contra o cigarro, segundo o psiquiatra Montezuma Ferreira, do Ambulatório de Tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo “Hoje é mais fácil parar de fumar”.

Algumas dessas alternativas se baseiam na reposição de nicotina. O fumante é poupado dos efeitos da interrupção repentina do hábito, como a irritabilidade. Então, se oferece ao corpo a nicotina mas em doses menores até que ele dispense a substância, como é o caso do chiclete e do adesivo de nicotina. Há outros tratamentos que usam antidepressivos, com bupropriona (Zyban, da empresa Glaxowellcome). Mas ainda não se sabe como ele funciona contra a dependência. Acredita-se que a droga aumente o efeito de substâncias como a seretonina e a dopanina. Assim, o fumante teria as mesmas sensações de bem-estar causadas pela nicotina. Porém, esses tratamentos são recomendados para pacientes que fumam mais de quinze cigarros por dia, ou seja, um alto grau de dependência.

Há até técnicas para quem, durante o tratamento, sente um desejo incontrolável de fumar. Trata-se de um sray de nicotina. Ao bater aquela vontade de tragar, o fumante pode borrifar um pouco do líquido no nariz. Mas esse produto só existe nos Estados Unidos. Já descobriu-se que o cérebro possui receptores de nicotina, espécies de fechadura localizadas nas células nas quais o composto se encaixa. A partir daí começam a ser liberadas no corpo substâncias como a seretonina, catecolamida e dopamina. Elas estão envolvidas no processamento de sensações como bom-humor e relaxamento. Com o tempo, o corpo se acostuma com a nicotina e precisa cada vez mais dela para sentir as mesmas coisas. Está consolidada a dependência.
Sabe-se também que além da nicotina, o outro vilão é o alcatrão. Ele causa alterações nas células que podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer como o de pulmão e o de boca.


Constatações de 50.000 Estudos
A seguir temos uma pequena amostra do que preocupa os pesquisadores com relação ao fumo e à saúde:
Câncer de Pulmão:
87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem entre os fumantes.

Doenças Cardíacas:
os fumantes correm um risco de 70% maior de apresentar doenças cardíacas

Câncer de Mama:
as mulheres que fumam 40 ou mais cigarros por dia têm uma probabilidade 74% maior de morrer de câncer de mama.

Deficiências Auditivas:
os bebês de mulheres fumantes têm maiores dificuldades em processar sons.

Complicações da Diabetes:
os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco correm maior risco de ter graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rápidas.

Câncer de Cólon:
dois estudos com mais de 150.000 pessoas mostram uma relação clara entre o fumo e o câncer de cólon.

Asma:
a fumaça pode piorar a asma em crianças

Predisposição ao Fumo:
as filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro vezes mais probabilidade de fumar também.

Leucemia:
suspeita-se que o fumo cause leucemia mielóide.

Contusões em Atividades Físicas:
segundo um estudo do Exército dos Estados Unidos, os fumantes têm mais probabilidades de sofrer contusões em atividades físicas.

Memória:
doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complexas.

Depressão:
psiquiatras estão investigando evidências de que há uma relação entre o fumo e a depressão profunda, além da esquizofrenia.

Suicídio:
um estudo feito entre enfermeiras mostrou que a probabilidade de cometer suicídio era duas vezes maior entre as enfermeiras que fumavam.

Outros perigos a acrescentar à lista:
câncer da boca, laringe, gargantas, esôfago, pâncreas, estômago, intestino delgado, bexiga, rins e colo do útero; derrame cerebral, ataque cardíaco, doenças pulmonares crônicas, distúrbios circulares, úlceras pépticas, diabetes, infertilidade, bebês abaixo do peso, osteoporose e infecções dos ouvidos. Pode-se acrescentar ainda o perigo de incêndios, já que o fumo é a principal causa de incêndios em residências, hotéis e hospitais.


O Pulmão e o Coração

O pulmão humano é composto de pequenos glóbulos chamados alvéolos. O fluxo de sangue e a irrigação sanguinia entre o coração e o pulmão são intensos. A fumaça do cigarro prejudica diretamente o funcionamento do sistema coração-pulmão. Com o passar do tempo os alvéolos pulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça do cigarro, deixando de fazer sua função. O organismo então passa a ter menor oxigenação dos tecidos, resultando em maior facilidade de cansaço para o fumante. O cigarro também causa inúmeros danos ao coração, tal como infarto.


É Possível Libertar-se

Milhões de pessoas conseguiram se libertar do vício da nicotina. Se você fuma, você também poderá largar esse hábito prejudicial.
Aqui vão algumas dicas:

Saiba de antemão o que esperar. Os sintomas de abstinência podem incluir ansiedade, irritabilidade, tontura, dor de cabeça, insônia, distúrbios estomacais, fome, fortes desejos de fumar, talvez por causa de um momento estressante (lembre-se de que o impulso em geral passa dentro de cinco minutos), dificuldade de concentração e tremores. Isso não é nada confortável, mas os sintomas mais intensos duram apenas alguns dias e vão desaparecendo à medida que o corpo vai se livrando da nicotina.
Analise sua rotina para ver quando você procurava um cigarro e altere esse padrão, pois a mente estava condicionada por comportamentos associados ao fumo. Por exemplo, se fumava logo após as refeições, crie a determinação de levantar-se logo em seguida e caminhar ou lavar os pratos. Se estiver desanimado por causa de recaídas, não desista.

O importante é continuar tentando.

Parar de fumar é uma coisa. Largar de uma vez por todas o fumo é outra coisa. Estabeleça alvos de abstinência: um dia, uma semana, três meses, para daí então parar de fumar para sempre.

Se a idéia de engordar o incomoda, lembre-se de que os benefícios de parar de fumar superam esses quilinhos a mais. É bom ter frutas e hortaliças à disposição. E beba muita água.

E falando em benefícios ao parar de fumar saiba mais sobre isso:

Vinte minutos depois de deixar o cigarro, a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal

Um dia depois de largar o vício, as chances de infarto começam a se reduzir

Após três dias, há um aumento da capacidade respiratória

De duas a 12 semanas a circulação sangüínea melhora

No intervalo de 1 a 9 meses a tosse e as infecções das vias aéreas vão cessando. A capacidade física melhora

Em um ano diminui o risco de doença coronariana em 50% Em dez anos caem as chances do aparecimento de câncer

No período de dez a 15 anos o perigo de desenvolver problemas cardíacos se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.


Estatísticas
Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em conseqüência ao hábito de fumar. A Organização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2020 o vício do cigarro levará mais de 10 milhões de pessoas à morte, por ano.

Estatísticas Sobre Uso do Cigarro



Conclusão

O fumo e seus derivados fazem parte do grupo de drogas consideradas de alta periculosidade a saúde humana. Vidas são tragadas pelos malefícios do fumo a cada minuto. Entretanto o lucro gerado pelo fumo movimenta bilhões de dólares todos os anos. Milhares de horas de propaganda a favor do fumo são veiculadas nos meios de comunicação de massa toda semana buscando novos mercados consumidores. Se o fumo é um mal para uns, faz muito bem a outros tantos que usufruem do lucro gerado pelo fumo e seus derivados. A grande maioria entretanto, morre e adoece todos os dias. O fumo traz inúmeras despesas à nossa sociedade.


Fonte: http://www.areaseg.com/toxicos/fumo.html

Bactéria letal mata pelo menos 10 pessoas e afeta outras 300 na Alemanha

Autoridades de saúde da Alemanha afirmam que pelo menos dez pessoas já morreram e outras 300 estão sendo tratadas no país devido à infecção por um tipo letal da bactéria E. Coli.

O governo suspeita que pepinos orgânicos importados da Espanha e contaminados com a bactéria possam ser a causa da epidemia.

De acordo com o correspondente da BBC Mark Lobel, este tipo de contaminação é a maior já registrada na Alemanha e uma das maiores em todo o mundo, de acordo com especialistas suecos em controle de doenças.

A maior parte das mortes, causadas pela ingestão de alimentos contaminados, ocorreu na cidade de Hamburgo, no norte do país.

O tipo de bactéria registrado na Alemanha é o E. Coli enterohemorrágico (EHEC), que causa diarreia com sangramento e pode levar à insuficiência renal.

Lobel diz que, diferentemente da maioria dos casos da doença, que afeta em geral crianças de até cinco anos de idade, quase todos os infectados na Alemanha são adultos, em sua maioria mulheres.

Segundo o correspondente da BBC, pessoas originárias da Alemanha já apareceram doentes em países como Suécia, Dinamarca, Holanda e Grã-Bretanha.

Especialistas em saúde do governo alemão estão recomendando à população do norte do país que não consuma tomates, pepinos ou alface crus.

‘Também é possível que haja infecções secundárias durante esta epidemia’, disse à BBC a cientista da Universidade de Munster, Helge Karch. ‘Estas novas infecções se espalham de pessoa para pessoa, mas podem ser evitadas’, afirmou.

‘Por isto, precisamos fazer todo o possível para assegurar que a higiene pessoal das pessoas seja aprimorada.’

Outros países – As autoridades alertaram que os pepinos possivelmente infectados podem ter sido enviados para República Checa, Áustria, Hungria e Luxemburgo.

De acordo com Lobel, restrições foram impostas sobre dois exportadores de pepinos espanhóis, embora não se saiba se a infecção ocorreu na Espanha, durante a viagem dos produtos ou na chegada dos alimentos à Alemanha.

O grupo de bactérias Escherichia coli (abreviada como E. Coli) é grande e diversificado, formado em sua maioria por cepas inofensivas. No entanto, alguns tipos de E. Coli podem causar diarreia, infecções urinárias, doenças respiratórias e pneumonia.

(Fonte: G1)

MMA acrescenta 7 cidades à lista dos maiores desmatadores

Decreto do Ministério do Meio Ambiente incluiu nesta semana mais sete cidades à lista das localidades que mais devastaram o bioma Amazônia.

Passaram a integrar o grupo, que já contabilizava 41 cidades, os municípios de Moju (PA), Grajaú (MA), Boca do Acre (AM), Alto Boa Vista (MT), Tapurah (MT), Claudia (MT) e Santa Carmem (MT). De acordo com o governo federal, que publicou portaria a respeito na última quarta-feira (25), elas terão prioridade na fiscalização de crimes ambientais e em programas de criação de alternativas para a população que vive da exploração ilegal da floresta.

Para definir a lista, criada em dezembro de 2007, a União utilizou as taxas de devastação da floresta nos últimos três anos e ainda dados do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), entre o período de agosto de 2010 e abril de 2011.

Os sete municípios chamaram a atenção a partir dos dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela operação do Deter.

Entre março e abril, 593 km² da floresta Amazônica foram derrubadas. Deste total, 480 km² foram somente em Mato Grosso, estado que foi o principal responsável pela devastação no período e que abriga o maior número de cidades na lista de alerta (22).

Disputa – Alto Boa Vista é a cidade mato-grossense com o maior foco de desmatamento detectado em abril na Amazônia Legal, com uma área de 68,8 km² dentro da Terra Indígena Maraiwatsede, – o equivalente a 43 vezes o Parque Ibirapuera, em São Paulo. A reserva é palco de uma disputa entre fazendeiros e índios xavantes.

No mesmo estado, Tapurah registrou desmates com a utilização de correntes de aço gigantes. A técnica, conhecida como ‘correntão’, é empregada por fazendeiros na derrubada ilegal de grandes árvores e na limpeza de propriedades.

De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), centenas de árvores nativas, entre elas o Jatobá, Cambará e a Itaúba, são derrubadas pela corrente, que ganha força ao ser puxada por um trator. A região fica em uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia, área que já foi explorada no passado e agora sofre novo ataque.

Gabinete – Para tentar reduzir o desmatamento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou um gabinete de crise com medidas de reforço na fiscalização feita pelo Ibama e a participação das Forças Armadas no combate aos crimes ambientais.

(Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

Brasil tem grande potencial de reciclagem de resíduos, avalia diretor do Ministério do Meio Ambiente

O Brasil tem grande potencial de reciclagem de resíduos sólidos como vidros, papel, embalagens, alumínios e outros, e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em agosto do ano passado pela Lei 12.305, “veio para dinamizar a coleta desses materiais e viabilizar sua reutilização”, afirmou o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.

Além do potencial de reciclagem, ele destacou que a lei criou um artifício muito importante, denominado logística reversa, para reaproveitamento dos produtos utilizados. É, na verdade, o “caminho de volta” de baterias, eletroeletrônicos, embalagens, agrotóxicos, óleos lubrificantes e tudo o mais que possa prejudicar a saúde humana deve ser devolvido pelo consumidor ao comerciante, e deste até a origem para o devido encaminhamento à reciclagem.

Com isso, a responsabilidade atual de coleta, que é só do Poder Público municipal, passa a ser compartilhada com o fabricante, distribuidor, comerciante e usuário. Depois que o modelo for devidamente implantado, com previsão para agosto de 2014, Costa lembra que o município será obrigado a fazer a coleta seletiva e mandar para o aterro sanitário só o que não for passível de reciclagem ou reutilização – o chamado rejeito.

Segundo ele, de 30% a 37% do lixo constituem resíduo seco que pode ser reutilizado, em torno de 55% são resíduos úmidos, aí incluído o material orgânico, sobrando, portanto, de 8% a 10% de rejeito. “É só o material sem possibilidade de reaproveitamento que o município enviará para o aterro sanitário, o que vai reduzir em muito os lixões Brasil afora”, disse.

Ele salientou que a lei também cria a obrigatoriedade de o município se adequar à sistemática de coleta seletiva, pois determina que os municípios que não o fizerem, até agosto de 2014, deixarão de receber repasses de verbas do governo federal. Essa obrigação aumenta os desafios para as pequenas e médias cidades que ainda usam lixões a céu aberto por não disporem de recursos financeiros nem capacidade técnica para a gestão adequada dos serviços. Para esses casos, Costa afirma que os municípios mais pobres podem viabilizar autarquias regionais, com interveniência dos governos estaduais.

(Fonte: Stênio Ribeiro/ Agência Brasil)

Código Florestal como foi aprovado na Câmara poderá agravar mudanças climáticas, alertam cientistas do IPCC

Quatro dos cientistas brasileiros que fazem parte do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), alertaram para o possível agravamento sobre o clima com a entrada em vigência da atual versão do Código Florestal aprovada pela Câmara. Segundo eles, o aumento da pressão sobre as áreas de florestas comprometerá os compromissos internacionais firmados em 2009 pelo Brasil na Conferência de Copenhague, de diminuir em até 38,9% a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020.

Os cientistas, que são ligados à Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), falaram sobre o assunto durante um seminário que abordou as conclusões de um relatório do IPCC sobre energias renováveis, realizado na última quinta-feira (26).

Para a cientista Suzana Kanh, as posições internacionais assumidas pelo país serão prejudicadas, se o Senado não mudar o texto do código aprovado pela Câmara ou se a presidenta da República, Dilma Rousseff, não apresentar vetos. “O impacto do código é muito grande, na medida em que o Brasil tem a maior parte do compromisso de redução de emissão ligada à diminuição do desmatamento. Qualquer ação que fragilize esse combate vai dificultar bastante o cumprimento das metas brasileiras”, afirmou.

A cientista alertou que haverá mudanças climáticas imediatas no Brasil e na América do Sul com o aumento da derrubada de florestas para abrir espaço à agricultura e à pecuária, como vem ocorrendo no Cerrado e na Amazônia. “Com o desmatamento, há o aumento da liberação de carbono para a atmosfera, afetando o microclima, influindo sobre o regime de chuvas e provocando a erosão do solo, prejudicando diretamente a população”.

O cientista Roberto Schaeffer, professor de planejamento energético da Coppe, disse que a entrada em vigor do Código Florestal, como aprovado pelos deputados, poderá prejudicar o investimento que o país faz em torno dos biocombustíveis, principalmente a cana, como fontes de energia limpa. “Hoje os biocombustíveis são entendidos como uma das alternativas para lidar como mudanças climáticas. No momento em que o Brasil flexibiliza as regras e perdoa desmatadores, isso gera desconfiança sobre a maneira como o biocombustível é produzido no país e se ele pode reduzir as emissões [de GEE] como a gente sempre falou”, disse.

O geógrafo Marcos Freitas, que também faz parte do IPCC, considerou que o debate em torno do código deveria ser mais focado no melhor aproveitamento do solo, principalmente na revitalização das áreas degradadas. “O Brasil tem 700 mil quilômetros quadrados de terra que já foi desmatada na Amazônia, e pelo menos dois terços é degradada. Se o código se concentrasse nessa terra já seria um ganho, pois evitaria que se desmatasse o restante. A área de floresta em pé é a que preocupa mais. Pois a tendência, na Amazônia, é a expansão da pecuária com baixa rentabilidade”, afirmou.

Para ele, haverá impactos no clima da região e do país, se houver aumento na devastação da floresta decorrente do novo código. “Isso é preocupante, porque a maior emissão [de GEE] histórica do Brasil, em nível global, tem sido o uso do solo da Amazônia, que responde por cerca de 80% de nossas emissões. Nas últimas conferências [climáticas], nós saímos bem na foto, apresentando cenários favoráveis à redução no desmatamento na região. Agora há uma preocupação de que a gente volte a níveis superiores a 10 mil quilômetros quadrados por ano”.

A possibilidade de um retrocesso ambiental, se mantida a decisão da Câmara sobre o código, também foi apontada pelo engenheiro Segen Estefen, especialista em impactos sobre os oceanos. “Foi decepcionante o comportamento do Congresso, uma anistia para quem desmatou. E isso é impunidade. Uma péssima sinalização dos deputados sobre a seriedade na preservação ambiental. Preponderou a visão daqueles que têm interesse no desmatamento. Isso sempre é muito ruim para a imagem do Brasil”, disse.

O diretor da Coppe, Luiz Pinguelli, enviou uma carta à presidenta Dilma, sugerindo que ela vete parte do código, se não houver mudanças positivas no Senado. Secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Pinguelli alertou para a dificuldade do país cumprir as metas internacionais, se não houver um freio à devastação ambiental.

“O problema é o aumento do desmatamento em alguns estados, isso é um mau sinal. Com a aprovação do código, poderemos estar favorecendo essa situação. Seria possível negociar, beneficiando os pequenos agricultores. Mas o que passou é muito ruim”, afirmou Pinguelli, que mantém a esperança de que o Senado discuta com mais profundidade a matéria, podendo melhorar o que foi aprovado na Câmara.

(Fonte: Vladimir Platonow/ Agência Brasil)

BITUCAS RECICLADAS AJUDAM A RECOMPOR ÁREAS DEGRADADAS

Tecnologia desenvolvida no Paraná retira resíduos tóxicos das pontas de cigarro e as utiliza no processo de hidrossemeadura.

O hábito de fumar já foi alvo de diversas campanhas contrárias à prática, inclusive com a criação de leis. Em abril de 2009, foi aprovada a lei antifumo, que proíbe o uso do cigarro em ambientes fechados em todo o Estado de São Paulo.

Deixando de lado o fato de que fumar não faz bem a saúde, o ato de jogar a ponta do cigarro no chão é muito comum e aumentou ainda mais com leis antifumo e com a criação de fumódromos externos, mas pouca gente percebe que a bituca é um lixo ainda mais perigoso por conter substâncias tóxicas.

O que fazer?

Por conta dessa falta de educação e às vezes até descuido, o empresário Roberto Façanha, da empresa Ecocity, responsável por implementar soluções ambientais inovadoras em empresas, comércios e órgãos públicos de Curitiba, criou o PROGRAMA BITUCA ZERO, que além de coletar as pontas de cigarro, faz a reciclagem das bitucas de locais que solicitem o serviço.

Segundo Façanha, o interesse pelo tema surgiu devido à preocupação com o excesso de bitucas presente nas ruas de Curitiba, onde o consumo de cigarros gera cerca de oito milhões de resíduos desse tipo diariamente. “Muita gente não enxerga a questão como um dano. Pensam que o problema é só da prefeitura. Mas a mentalidade está mudando, os órgãos estão acreditando”, diz o diretor da Ecocity.

Após um ano e meio de pesquisas com biólogos, o sistema teve início em 2011 e já possui contato de empresas, além de uma parceria com o ESCRITÓRIO VERDE, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Com a implantação de coletores de bituca nos lugares solicitantes, a arrecadação é feita a uma ou duas vezes por semana. A contagem ocorre no local e o material é destinado para a reciclagem.

A reciclagem

O processo faz com que todas as partes da bituca sejam reaproveitadas. O restante do tabaco, o filtro e o papel são separados por um processo mecânico e todo o resíduo é colocado em um biodigestor. Depois de 90 horas, bactérias específicas quebram as toxinas e as retiram dos resíduos, que passam por uma separação.

Os filtros irão compor uma manta de sustentação que ajudará em processos de hidrossemeadura (processo que reveste encostas sem vegetação) em locais degradados, já o papel e restos de tabaco serão usados como fertilizantes, que posteriormente podem ser aplicados na mesma área que a manta está sendo usada.

O cigarro possui cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas e as bitucas podem causar estragos como poluição das ruas, entupimento de tubulações e contaminzação de rios córregos. Segundo Roberto Façanha, “não adianta só coletar, mas sim dar uma destinação correta ao material ao invés de queimar”.

A expectativa do inovador é de que a iniciativa se repita em outras cidades do Brasil e que as cerca de cinco toneladas do resíduos descartadas diariamente em Curitiba ganhem mais dígitos no restante do país.

Texto: Diego Menezes

Conheça mais sobre o eCYCLE no site: http://ecocitybrasil.blogspot.com

Postado por Roberto Façanha

sábado, 28 de maio de 2011

Fumo poderá matar 8 milhões de pessoas ao ano em 2030

O tabaco matará quase seis milhões de pessoas neste ano, entre elas 600 mil não fumantes expostos à fumaça, afirmou nesta sexta-feira (27) a OMS (Organização Mundial de Saúde). Armando Peruga, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS, disse que o número deve ser muito maior no futuro. “Se não forem tomadas mais medidas, em 2030 o tabaco pode causar a morte de oito milhões de pessoas ao ano.”

Por conta disso, a organização decidiu dedicar o Dia Mundial Sem Tabaco de 2011, celebrado em 31 de maio, ao Convênio Marco para o Controle do Tabaco, que considera como o melhor instrumento para acabar com um hábito que matou 100 milhões de pessoas no século 20 e que pode tirar a vida de um bilhão de indivíduos no século 21 caso a atual tendência seja mantida, ressalta a OMS.

O Convênio foi adotado em 2003 e entrou em vigor em 2005, e desde então 173 Estados-membros da OMS aderiram à iniciativa. “O tabaco é um dos principais responsáveis pela epidemia de doenças não transmissíveis como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisemas, que causam 63% de todas as mortes no mundo.”

Entre as obrigações que os países que fazem parte do convênio assumem, está proteger as políticas de saúde pública dos interesses da indústria do tabaco, adotar medidas relacionadas com os preços e impostos para reduzir a demanda de tabaco e proteger as pessoas contra a exposição à fumaça do cigarro.

Apenas 20 Estados-membros da OMS não aderiram ao Convênio Marco, entre eles Estados Unidos, Suíça, Argentina e Indonésia.

(Fonte: Portal R7

Glaucoma atinge 65 milhões de pessoas, 900 mil no Brasil

Prevenção do glaucoma

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 65 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com glaucoma em todo o mundo - dessas, 900 mil são brasileiras.

Provocada pela elevação da pressão ocular, a doença não tem cura e, quando não é tratada, pode levar à cegueira.

Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Alípio de Sousa Neto, explicou que a principal barreira a ser vencida no país é o hábito de procurar um médico somente diante da presença de sintomas.

"A pessoa não vai sentir nada. Só vai sentir na fase mais avançada, quando começa a esbarrar nas coisas", explicou.

Isso porque, segundo ele, a doença pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma. A saída é investir em exames periódicos - pelo menos uma vez ao ano.

Risco de glaucoma

Pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina.

Após o diagnóstico, o tratamento vai desde a utilização de colírios, que baixam a pressão ocular, a cirurgias e ao uso do laser.

"Uma gota por dia de colírio já é suficiente para resolver o problema. Pela vida toda. Mas tem que estar controlado", destacou Neto. O oftalmologista alertou para que as pessoas não façam uso indiscriminado de medicamentos para os olhos, já que eles podem, inclusive, agravar o glaucoma se mal utilizados.

De acordo com a OMS, a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma no mundo. A doença pode se manifestar de diferentes maneiras: de ângulo aberto (80% dos casos), de ângulo fechado, de pressão normal, pigmentar, secundário e congênito e é responsável por cerca de 13% da cegueira derivada de enfermidade.

Paula Laboissière - Agência Brasil