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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Cientistas da Espanha descobrem material alternativo à celulose

Um grupo de pesquisadores da Espanha, ligados ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), descobriu um material alternativo à celulose produzido por bactérias do solo e que pode ter importantes aplicações na química, saúde e alimentação. O estudo, que contou ainda com a participação de pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri (UAM) e da Universidade de Sevilla, detalha a produção deste novo tipo de polissacarídeo em bactérias, que comparte propriedades com outros de interesse industrial, como a celulose e a goma curdlan. No entanto, segundo explicaram os pesquisadores em um comunicado, o material recentemente descoberto é produzido de maneira natural por bactérias do solo benéficas para as plantas. O estudo foi publicado na revista da Academia Americana de Ciências, a “PNAS”, onde foi descrita a nova estrutura deste biopolímero e os mecanismos químicos que regulam sua produção. Relação bactérias e plantas – Além disso, a pesquisa traz dados sobre o papel que pode ser desempenhado por este material nas relações que se estabelecem entre as bactérias produtoras e as plantas. Os pesquisadores acrescentaram que o novo polissacarídeo apresenta uma estrutura mista entre a celulose e a goma curdlan, e que apresenta propriedades de ambos, mas também tem algumas características próprias que permitiram que o material tenha novos usos e aplicações biotecnológicas. Os autores do trabalho afirmaram que já existem produtos feitos com celulose bacteriana que são usados como pele artificial no tratamento de feridas e queimaduras, e que estão sendo investigadas a possibilidade de se criar, entre outros, vasos sanguíneos artificiais. (Fonte: G1)

Pesquisa da Ufes mostra como reduzir em 30% o consumo de água

Um levantamento feito em Vitória mostrou que o uso de hidrômetros individuais e descarga com caixa acoplada pode gerar uma economia de até 30% no consumo de água. A pesquisa feita pelo departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizou estudos em bairros da capital do estado. Os pesquisadores também concluíram que o reúso da água e a condição financeira dos moradores também interferem no consumo de água. Segundo o estudo, a medição com hidrômetro individualizado pode ferar uma economia de 15% nos condomínios. Se esses prédios ainda contarem com descarga com caixa acoplada a redução chega a 30%. O professor que coordenou o grupo de pesquisadores, Ricardo Franci, explicou que os dados foram extraídos de alguns bairros de Vitória. “Foram 18 edificações entre Mata da Praia e Jardim da Penha. Separamos os prédios em três grupos”, explicou. Um deles eram construções apenas com medição individualizada. O outro grupo tinha também a caixa acoplada na descarga. O terceiro, não tinha nenhuma das duas estruturas. Além disso, eles também consideraram residenciais com e sem mecanismos de reúso. O grupo também analisou outros bairros, levando em consideração diferentes critérios. O estudo mostrou, por exemplo, que o reúso da água e a condição financeira dos moradores também interferem no consumo de água. Na Praia do Canto, por exemplo, o monitoramento foi feito em seis prédios. Onde havia reutilização de água das chuvas, o gasto com água era de 170 litros por pessoa por dia. Já os que não possuíam esse mecanismo tinham um consumo acima de 220 litros por morador, chegando a 280. O recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 120 litros. Outro bairro monitorado foi a Ilha do Frade. Cerca de seis casas, onde moravam alunos da Ufes que participavam do grupo de pesquisa, tiveram o gasto controlado e o resultado surpreendeu. Por dia, são gastos até 400 litros por morador. “As descargas são antigas, o que pode aumentar o consumo em até quatro vezes. Outra coisa é que, nessas residências, podem haver superduchas, que gastam até 12 litros por minuto, enquanto um chuveiro elétrico comum despeja três litros e meio nesse tempo”, ressaltou Franci. Além disso, há os gastos com irrigação do jardim, limpeza de piscina e lavagem de carros. “Se a conta de água não pesa muito no orçamento da família, não há incentivo para economizar”, comentou o professor. Periferia – De acordo com o levantamento, em bairros periféricos, a economia de água é maior do que nos bairros considerados nobres e o consumo fica bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os pesquisadores realizaram medições nos bairros Jabaeté e Zumbi de Palmares, ambos em Vila Velha. Em Jabaeté, foram 30 casas monitoradas, que registraram um consumo de 79 litros por pessoa por dia. Já em Zumbi, a média foi de 100 litros em 80% das residências da localidade. O baixo gasto, assim como acontece com o alto consumo na Ilha do Frade, também espelha a condição social da população local. “Setenta e nove litros por dia é baixíssimo. Eles se controlam para pagar de R$ 20 a R$ 30 pela água, porque isso faz diferença no orçamento deles. Irrigar jardim, por exemplo, nem pensar”, apontou o professor Ricardo Franci. Em Zumbi de Palmares, a situação é ainda mais precária. Isso porque 30% das casas não tinham banheiro adequado. “Nem mesmo bacia sanitária possuíam”, disse o professor. Mas as más condições da construção também influenciam para que haja um desperdício. “Na maioria das favelas, as habitações é mal construídas. Há muitos vazamentos e é comum a perda de água”, concluiu. (Fonte: G1)

UE quer acordo climático mais rígido antes do fim do ano

Líderes da União Europeia querem introduzir na lei internacional uma meta de corte de emissões globais de poluentes de 60% até 2050, de acordo com o rascunho de um documento que coloca o bloco em rota de colisão com os grandes poluidores. A União Europeia está determinada a instilar urgência no debate sobre a mudança climática antes da conferência internacional de Paris no final do ano, que irá tentar substituir o Protocolo de Kyoto sobre a contenção dos gases do efeito estufa. Na quarta-feira, a Comissão Europeia, o executivo da UE, irá publicar uma série de diretrizes para lidar com a mudança climática. Um esboço visto pela Reuters confirma que os países-membros do bloco pretendem fazer suas próprias promessas a respeito do corte nas emissões até o final de março, e diz que outras nações de ponta, como China e Estados Unidos, deveriam fazer o mesmo. “No total, estes compromissos – alinhados com a ciência – devem colocar o mundo no caminho certo para reduzir as emissões globais em 2050 em pelo menos 60 por cento abaixo dos níveis de 2010”, afirma o documento visto pela Reuters. A União Europeia é responsável somente por cerca de 9% de todas as emissões. Os maiores poluidores são a China, que representa 24% das emissões globais de gases do efeito estufa, e os EUA, com 12%. O documento da UE também propõe que o acordo de 2015 “deveria de preferência ser na forma de um protocolo”, que é a opção legal mais severa. Isso pode gerar resistência dos chineses e norte-americanos, que provavelmente irão preferir arranjos menos rígidos que uma lei internacional vinculante. As opções no rascunho de texto para negociação para as conversas parisienses vão do pedido de algumas nações em desenvolvimento para zerar as emissões globais até 2050, o que significa que todas as emissões de gases do efeito estufa teriam que ser compensadas por projetos como o plantio de árvores, até metas vagas para limitar as emissões. Líderes da UE dizem que prazos curtos para cortes substanciais são essenciais, já que dão tempo para constranger os países que não oferecem nenhuma ação para que prometam reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. O documento ainda afirma que em novembro a Comissão Europeia irá organizar uma conferência internacional para enfatizar o entendimento sobre a importância das promessas, conhecidas como propostas de contribuições determinadas nacionalmente (INDCs, na sigla em inglês). O relatório pede a adoção de avaliações de progresso periódicas, já que é improvável que o acordo de Paris renda comprometimentos nacionais suficientes para manter o aquecimento global abaixo do nível de dois graus Celsius que os cientistas afirmam poder evitar as consequências mais devastadoras em termos de inundações, secas e outros eventos climáticos extremos. (Fonte: Terra)

Mudanças climáticas e fronteiras planetárias

O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, Rajendra Pachauri, afirmou em julho de 2008 que "para conter a alta de temperatura aquém de 2ºC ou 2,4ºC, que é a linha que não deve ser ultrapassada para evitar o perigo grave, só nos restam sete anos para inverter a curva mundial de emissões de gases que produzem efeito estufa" (Le Monde, 8/07/2008). Ou seja, até 2015. Segundo o Relatório do IPCC de março de 2014, durante o século XXI os impactos das mudanças climáticas deverão reduzir o crescimento econômico, tornar mais difícil a redução da pobreza, agravar a insegurança alimentar e criar novas "armadilhas" de pobreza, principalmente em áreas urbanas e regiões castigadas pela fome. Um aumento maior na temperatura do planeta acarretará danos consideráveis à economia mundial. As populações mais pobres serão as mais afetadas, pois a intensificação dos eventos climáticos extremos, dos processos de desertificação e de perdas de áreas agricultáveis levará à escassez de alimentos e de oferta de água potável, à disseminação de doenças e a prejuízos na infraestrutura econômica e social. O último relatório do IPCC alerta o mundo para a urgência de medidas destinadas a combater o aquecimento global. Com efeito, a temperatura média na superfície do planeta subiu 0,85º entre 1880 e 2012. Na dos oceanos, aumentou 0,11º por década entre 1971 e 2010. O nível médio dos oceanos aumentou 19 cm entre 1901 e 2010. Na região do Ártico, que se aquece mais rapidamente do que a média do planeta, a superfície dos campos de gelo diminuiu de 3,5 a 4,1% por década entre 1979 e 2012. A concentração de gases que produzem efeito-estufa na atmosfera atingiu seus níveis mais elevados desde 800 mil anos, o que dá uma ideia do impacto atual na biosfera. Segundo os cientistas do IPCC, as mudanças climáticas trariam impactos graves, extensos e irreversíveis se não forem "controladas", o que supõe medidas impositivas e obrigatórias a serem adotadas no futuro tratado sobre o clima, a ser discutido em Paris em dezembro de 2015. Há um certo consenso de que o aumento da temperatura global não deve ultrapassar 2ºC, sob pena de consequências imprevisíveis no que se refere a eventos climáticos extremos como secas, inundações, desertificação, calor intenso, redução da produção agrícola, aumento no preço dos alimentos etc. Desde a Conferência Rio-92, porém, a ação dos "céticos do clima", muitos deles ligados ao poderoso lobby da indústria do petróleo, conseguiu barrar os avanços que seriam necessários para evitar a situação alarmante em que nos encontramos hoje. O atraso foi tamanho que há, entre os cientistas, os que temem uma elevação de temperatura de até 4ºC! Mas o IPCC adverte que existem soluções. Tais soluções exigiriam mudanças no modelo econômico que poderiam ser efetuadas sem comprometer o crescimento. Para isso, isto é, para não ultrapassar os 2ºC, as emissões mundiais de gases-estufa (CO2 e metano, principalmente) devem ser reduzidas de 40 a 70% entre 2010 e 2050, e desaparecer totalmente até 2100. Esse esforço foi quantificado, e custaria menos de um ponto no crescimento mundial anual, estimado entre 1,6 e 3% no curso do século XXI. "Para o IPCC, desenvolvimento econômico e descarbonização são compatíveis." Trata-se de fazer uma substituição de investimentos: os efetuados na energia fóssil (petróleo e carvão) devem baixar 30 bilhões de dólares durante 20 anos, e os aplicados na energia solar e eólica devem ser consideravelmente desenvolvidos. Para o IPCC, desenvolvimento econômico e descarbonização são compatíveis. Mudar o modelo econômico significa uma série de medidas e compromissos públicos e privados, conversões industriais, compensações financeiras e medidas coercitivas de renúncia aos recursos disponíveis e rentáveis em curto prazo. A Europa, por exemplo, se comprometeu a reduzir ao menos 40% de suas emissões até 2030, a aumentar sua eficiência energética e a parte das energias renováveis em torno de 27% em relação a 1990. É claro que os países têm pesos diferentes e, nas negociações internacionais, existem três grandes princípios que se consolidaram: 1) Responsabilidade comum, mas diferenciada: a responsabilidade é comum a todos, mas os países desenvolvidos historicamente poluíram mais e, por isso, sua responsabilidade é maior; 2) Limitar a elevação de temperatura a uma faixa entre 1,5º e 2º, 3) Financiamento aos países em vias de desenvolvimento para ações de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas. Os grandes atores da Conferência de Paris no final deste ano serão a China, cujas emissões aumentaram 4,2% em 2013 (menos que os anos anteriores, pela redução no crescimento econômico), os EUA, cujas emissões aumentaram 2,9% pelo aumento de seu consumo de carvão, e a Índia, que viu suas emissões aumentarem 5,1% face ao crescimento e uso intensivo de carvão. Eles deverão compor com a União Europeia, cujas emissões diminuíram 1,8% graças à crise econômica, o Canadá, que se comprometeu na Conferência de Copenhague a reduzir 17% de suas emissões em 2020 em relação a 2005 (e está longe disso), e o Japão, às voltas com a crise pós-Fukushima. Nesse contexto, o acordo bilateral de alto nível entre a China e os EUA em 11 de novembro de 2014 é uma boa notícia que mostra que esses dois países – responsáveis por cerca de 45% das emissões globais – negociam diretamente. É um passo importante do ponto de vista diplomático, mas, na prática, as emissões chinesas vão continuar a aumentar nos próximos 15 anos, ameaçando seriamente o objetivo de 2ºC. Já os EUA se comprometeram a uma redução de suas emissões de 26 a 28% até 2025, em relação a 2005, ou seja, cerca de duas vezes mais do que o compromisso anterior para o período 2005-2020. Em janeiro de 2010, os EUA falaram de uma redução de 17% em relação ao nível de 2005, mas esse compromisso dependia de uma aprovação do Congresso. Os Senadores já condenaram o novo compromisso, e os EUA mal conseguem cumprir o precedente. Por outro lado, ressalte-se que esses dois maiores países poluidores – China e EUA – são os países que mais investem em energia renovável. A China sozinha investe mais em solar e eólica do que todo o resto do mundo. "A crise econômica mundial se choca com a crise ecológica. Não existe um instrumento regulador para possibilitar a mudança do modelo econômico." Um dos grandes obstáculos a serem enfrentado na Conferência de Paris em dezembro próximo será a criação de instrumentos econômicos reguladores. O Fundo Verde, criado em Copenhague em 2009 devia originalmente contar com 100 bilhões de dólares e até hoje não passou de um terço da capitalização inicial de 15 bilhões exigidos pelos países em vias de desenvolvimento. A crise econômica mundial se choca com a crise ecológica. Não existe um instrumento regulador para possibilitar a mudança do modelo econômico. Eis porque a imposição de um preço do carbono é uma proposta apoiada por muitos, ainda mais com a queda no preço do petróleo. Sem esse instrumento e a consequente reorientação massiva de investimentos energéticos, a Conferência de Paris fracassará e terminará – como a Conferência de Lima em dezembro passado – fazendo um apelo para que uma decisão efetiva seja tomada na próxima conferência. Mas os dados alarmantes apontados pela ciência impõem uma obrigação de agir. As mudanças climáticas e a perda da biodiversidade já desencadearam um processo de destruição de recursos naturais que ameaça as condições de vida humana no planeta. Segundo Paul Crutzen - Prêmio Nobel de Química 1995 - já entramos em uma nova era geológica, o Antropoceno, em que o homem começa a destruir suas condições de existência no planeta. Em 2002, o historiador John McNeill alertou em seu livro "Algo de Novo Sob o Sol" que a humanidade vem se aproximando perigosamente das "fronteiras planetárias", ou seja, os limites físicos além dos quais pode haver colapso total da capacidade de o planeta suportar as atividades humanas (Something new under the Sun, McNeill, 2002). Os eventos climáticos extremos não cessam de confirmar sua advertência: secas, inundações, desertificação, falta d'água, temperaturas excessivas, desastres naturais, refugiados ambientais. Os interesses econômicos contrariados e a sombra da ignorância se refletem ainda numa pequena minoria de "cientistas" e políticos presos a dogmas do passado. Mas eles estão sendo esmagados pela dura realidade que mostra que a sobrevivência da humanidade no planeta está ameaçada se não houver profundas mudanças no atual modelo de civilização. http://www.oeco.org.br/

Deficiência de vitamina D causa AVC mais grave

Vitamina D e derrame Pacientes que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral ou derrame) e que apresentavam baixos níveis de vitamina D sofreram derrames mais graves e apresentaram uma saúde pior após o evento do que pacientes de AVC com níveis normais de vitamina D. Baixos níveis de vitamina D têm sido associados com lesões neurovasculares - lesões dos vasos sanguíneos principais, que irrigam o cérebro, tronco cerebral e a medula espinhal superior - além do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e autoimunes, pressão alta e diversos tipos de câncer. "Muitas das pessoas que consideramos com alto risco para o desenvolvimento de acidente vascular cerebral têm níveis baixos de vitamina D. Entender a ligação entre a gravidade do AVC e o nível da vitamina D nos ajudará a determinar se devemos tratar a deficiência de vitamina D nesses pacientes de alto risco," disse o Dr. Nils Henninger, professor de neurologia e psiquiatria da Universidade de Massachusetts (EUA). Henninger e seus colegas mediram os níveis sanguíneos da 25-hidroxivitamina D, um indicador do nível de vitamina D no organismo, para ver se a substância poderia indicar a gravidade do AVC isquêmico e problemas de saúde depois de acidente vascular cerebral. Foram analisados 96 pacientes com AVC tratados entre Janeiro de 2013 e Janeiro de 2014. Acidentes vasculares cerebrais lacunares e não-lacunares No geral, os pacientes que tinham níveis baixos de vitamina D - definidos como menos de 30 nanogramas por mililitro (ng/ml) - tiveram áreas de tecido morto resultante da obstrução do fornecimento de sangue cerca de duas vezes maiores em comparação com pacientes com níveis normais de vitamina D. Essa associação foi semelhante entre os pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais lacunares (nos quais são afetadas as pequenas artérias do cérebro) e pacientes com acidentes vasculares cerebrais não-lacunares (como os causados por doença carótida ou por um coágulo que teve origem em outro local do corpo). Para cada 10 ng/mL a menos no nível de vitamina D, a chance de recuperação saudável nos três meses após o AVC diminuiu quase pela metade, independentemente da idade do paciente ou da gravidade inicial do evento. Henninger e seus colegas ressaltam que o estudo avaliou um número pequeno de pacientes, sendo necessário envolver mais voluntários para que se possa tirar conclusões definitivas sobre a relação entre a vitamina D e a gravidade dos derrames. Redação do Diário da Saúde

Sauna frequente reduz risco cardíaco e mortalidade

Tomar uma sauna pode resultar em bem mais do que apenas fazer você suar. Um comparativo entre os adeptos da prática mostrou que homens que tomam sauna frequentemente têm menor risco de eventos cardiovasculares fatais e de mortalidade por qualquer causa. Estudos anteriores já haviam revelado que o banho de sauna está associado com melhor saúde cardiovascular e função circulatória. Jari Laukkanen e colegas da Universidade do Leste da Finlândia - a sauna também é conhecida como "banho finlandês" - queriam mais detalhes, especificamente sobre o impacto da sauna sobre o risco de morte súbita cardíaca (MSC) e doenças cardiovasculares fatais (DCF). A equipe acompanhou um grupo de 2.315 homens com idades de 42 a 60 anos. Sauna todos os dias Em comparação com homens que relataram uma única sessão de sauna por semana, o risco de morte súbita cardíaca foi 22% mais baixo para 2 a 3 sessões de sauna por semana e 63% mais baixo para 4 a 7 sessões de sauna por semana. O risco de eventos coronarianos fatais foi 23% mais baixo para 2 a 3 sessões de sauna por semana e 48% mais baixo para 4 a 7 sessões de sauna por semana, em comparação com uma vez por semana. As mortes por doenças cardiovasculares fatais também foram 27% menores para os homens que tomaram sauna 2 a 3 vezes por semana e 50% menores para os homens que estiveram na sauna 4 a 7 vezes por semana, sempre em comparação com aqueles que tomaram sauna apenas uma vez por semana. Para a mortalidade por todas as causas, banhos de sauna 2 a 3 vezes por semana foram associados com um risco mais baixo de 24%, e de 4 a 7 vezes por semana, com uma redução de 40% no risco em comparação com apenas uma sessão de sauna por semana. Os dados foram publicados em artigo no JAMA Internal Medicine. Redação do Diário da Saúde

Cientistas buscam na Antártida a chave para o futuro da humanidade

As chaves para responder às perguntas mais básicas da humanidade estão encerradas neste congelador continental do tamanho dos EUA mais a metade do Canadá: de onde viemos? Estamos sós no Universo? Qual é o destino de nosso planeta em aquecimento? Os primeiros exploradores chegaram à Antártida há 194 anos, buscando riquezas do século 19 como peles e óleo de baleia e foca, tingindo com sangue as ondas do oceano. Desde então, o primeiro continente formado demonstrou ser uma arca de tesouros para os cientistas que tentam determinar tudo, desde a criação do cosmo até o quanto as águas se elevarão com o aquecimento global. “É uma janela para o Universo e o tempo”, disse a cientista Kelly Falkner, chefe do programa polar da Fundação Nacional para as Ciências dos EUA. Durante cerca de 12 dias em janeiro, no meio do gelado verão antártico, a agência de notícias Associated Press acompanhou cientistas de diferentes áreas em busca de criaturas de forma alienígena, de pistas de contaminação presas no antigo gelo, restos do Big Bang, peculiaridades biológicas que pudessem conduzir potencialmente a melhores tratamentos médicos e, talvez o principal, sinais de um derretimento incontível. A travessia em um barco da marinha chilena ao largo das ilhas Shetland do Sul e da vulnerável península Antártica, que sai do continente como um dedo fraturado, foi de 1.340 quilômetros (833 milhas) e permitiu que a equipe da AP desse uma olhada em primeira mão neste continente vital. A Antártida reúne imagens de montanhas silenciosas e brancas planícies, mas o mais frio, seco e remoto dos continentes não está adormecido. Cerca de 98% de sua superfície estão cobertos de gelo, o qual está em constante movimento. Sendo um vulcão ativo, a ilha Decepção é um cadinho de condições extremas. Há lugares onde o mar ferve a 100 graus centígrados, enquanto em outros pode estar abaixo de 0 grau. Embora o sol raramente brilhe nos escuros invernos antárticos, parece que a noite nunca chega nos dias de verão. Os turistas vêm à Antártida por sua beleza e distância, mas para os cientistas tudo é trabalho. O que encontrarem poderá afetar a vida de pessoas a milhares de quilômetros de distância. Se os especialistas estiverem certos e a plataforma de gelo da Antártida ocidental já começou a derreter de maneira irreversível, o que ocorrerá aqui determinará se cidades como Miami, Nova York, Nova Orleans, Guangzhou, Mumbai, Londres e Osaka terão de combater de forma regular as inundações causadas pelo aumento do nível dos mares. A Antártida “é grande e está mudando. Isso afeta o resto do planeta, e não podemos nos dar o luxo de fazer vista grossa ao que acontece lá”, disse David Vaughan, diretor de ciência do Centro de Pesquisas da Antártida do Reino Unido. Com frequência os cientistas encontram algo diferente do que procuravam. No ano passado, pesquisadores calcularam que o gelo no lado oeste do continente estava derretendo mais rápido que o previsto. No mês passado, cientistas que realizavam pesquisa geológica vital desse derretimento observavam 800 metros sob o gelo, na mais profunda escuridão, e tiveram uma surpresa: peixes de 15 centímetros de comprimento e criaturas semelhantes a camarões nadavam ao lado de suas câmeras. Os geólogos estão fascinados pelos segredos da Antártida. Em uma recente expedição científica comandada pelo Instituto Antártico Chileno, Richard Spikings, um geólogo pesquisador da Universidade de Genebra, na Suíça, usou um enorme martelo para coletar amostras de rochas das ilhas Shetland do Sul e da península Antártica. Curiosos membros de uma colônia de pinguins no cabo Leogoupi observavam enquanto ele golpeava pedaços de granito preto e diorita que sobressaíam do mar meridional. Perto do fim da viagem de duas semanas, seus colegas começaram a chamá-lo de “Thor”, em tom de brincadeira. “Para compreender muitos aspectos da diversidade de animais e plantas, é importante entender quando os continentes se separaram”, disse Spikings. “Assim, também estamos aprendendo sobre a verdadeira idade da Terra e sobre como os continentes estavam configurados há um bilhão de anos, há 500 milhões de anos, há 300 milhões de anos”, comentou. Ele acrescentou que essa compreensão o ajudará a entender o papel fundamental da Antártida no vaivém dos antigos supercontinentes. Com nomes como Rodinia, Gondwana e Pangea, os cientistas acreditam que eram enormes massas de terra que fizeram parte da história do planeta e que se uniam periodicamente com o movimento das placas. Como não existe indústria local, qualquer rastro de contaminação preso no gelo e neve antigos provém de substâncias químicas que vieram de longe, como o chumbo que era encontrado no gelo até que foi eliminado da gasolina, ou os níveis de radiação de testes nucleares superficiais realizados a milhares de quilômetros e há muitos anos pelos EUA e a União Soviética, comentou Vaughan. O gelo indica como os níveis de dióxido de carbono – o gás que retém o calor na atmosfera – variaram ao longo de centenas de milhares de anos. É também o lugar onde um buraco na camada de ozônio, causado por gases refrigerantes e aerossóis feitos pelo homem, estaciona periodicamente por alguns meses e causa problemas. Ele surge quando a luz do sol volta à Antártida em agosto, provocando uma reação química que destrói as moléculas de ozônio e causa um buraco que alcança seu tamanho máximo em setembro. Ele se fecha com o clima mais quente em novembro. Explorar a Antártida é algo que o chileno Alejo Contreras, 53 anos, começou a sonhar durante sua juventude, depois de ler o diário de Robert Falcon sobre sua travessia ao Polo Sul. Quando Contreras finalmente chegou ao Polo Sul, em 1988, deixou de fazer a barba, que agora alcança seu peito, e anda sem rumo fixo, como suas explorações. A Antártida é “como o congelador do planeta”, disse Contreras, que comandou 14 expedições ao continente. “E nenhum de nós se atreveria a sujar o gelo.” Devido à natureza virgem do extremo sul do mundo, quando um meteorito cai ali permanece intacto. Assim, os pesquisadores encontram mais meteoritos, muitas vezes do vizinho Marte, incluindo um descoberto há quase 20 anos que levou os cientistas inicialmente a pensar, de maneira incorreta, que haviam encontrado provas de que já houve vida em Marte. Este é um lugar com paisagens tiradas de um filme de ficção científica. A Nasa utiliza a localização remota do continente para estudar o que as pessoas teriam de enfrentar se visitassem Marte. O ar seco também é perfeito para que os astrônomos espiem o espaço profundo e olhem para o passado. Durante uma viagem recente à ilha Decepção, Peter Convey, um ecologista do Centro de Pesquisas da Antártida do Reino Unido que visitou o continente durante 25 anos, suportou forte chuva, temperaturas congelantes e ventos de mais de 37 quilômetros por hora (20 nós) para coletar amostras de musgos esponjosos de cor verde e café, que crescem nas cinzas das montanhas de rocha negra da ilha vulcânica. Ele procurava chaves em sua genética para determinar o quanto a espécie havia evoluído na Antártida, isolada de outros continentes. “Tive sorte e fui até a metade do continente, assim estive isolado do ser humano mais próximo por 400 ou 500 quilômetros”, disse Convey. Nesse isolamento existem formas de vida raras, aumentando a esperança de que possa haver vida em outros ambientes extremos como Marte, o que inclusive há na atualidade, escondida sob o gelo da lua de Júpiter, Europa. “Este é um dos lugares mais extremos em que poderíamos esperar encontrar vida. E existe”, indicou Ross Powell, um cientista da Universidade Northern Illinois, que em janeiro utilizou um submarino com controle remoto sob o gelo em uma parte diferente do continente, para decifrar o derretimento, quando viu peixes e crustáceos nadando ali. Cerca de 4 mil cientistas chegam à Antártida para pesquisas no verão e cerca de 1 mil ficam para o duro inverno. Também há cerca de 1 mil pessoas alheias à ciência – cozinheiros, motoristas, mecânicos, zeladores e o sacerdote da Igreja Ortodoxa mais meridional do mundo, situada no alto de uma colina rochosa na estação russa Bellinghausen. Mas a igreja na colina é uma exceção, um tênue raio de luz do mundo que existe ao norte. Para os cientistas, o que torna este lugar especial é o que há embaixo, que oferece uma janela para o passado e o futuro da humanidade. “A Antártida, em muitos sentidos, é como outro planeta”, disse José Retamales, diretor do Instituto Antártico Chileno, a bordo do barco da marinha que navega por Decepção e outras ilhas Shetland do Sul. “É um mundo completamente diferente.” (Fonte: UOL)

Projeto de preservação de nascentes é destaque em Muriaé/MG

Em Muriaé, na Zona da Mata mineira, um programa socioambiental chama a atenção. Desde julho de 2014, o projeto Renascer já realizou ações de preservação em várias nascentes de mananciais no município. O programa é uma parceria entre a Prefeitura, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Até o momento, 20 nascentes já foram protegidas na cidade. Foram 15 quinze na comunidade de Água Limpa do Pontão, importante produtora de hortaliças da região, duas no distrito de Belisário, uma em Pirapanema, uma no Bairro Edgar Miranda e uma na Barra. No projeto, os arredores de cada fonte de água são cercados e várias árvores são plantadas. As ações são realizadas depois da autorização e anuência dos produtores rurais de cada local. Eles se comprometem a manter o local preservado e cuidar para que as árvores não sejam cortadas. Em troca, recebem o plantio de mudas de árvores nativas. Segundo a secretária de Meio Ambiente da cidade, Juliana Guarino, a ideia é garantir tranquilidade para o futuro. “O projeto representa um importante avanço na conservação das nossas nascentes. Precisamos que cada cidadão se conscientize cada vez mais, para que as consequências sejam menores durante os períodos de seca”, disse. O ambientalista Renato Sigiliano ressalta a importância de projetos como este na região, principalmente a conscientização dos produtores rurais. “O produtor passa a perceber que sua propriedade é mais valorizada se tiver água.”. E alerta para os efeitos futuros de comunidades que não seguem este exemplo. “Esta crise hídrica trouxe uma lição que precisa ser bem assimilada: ou mudamos nossa maneira de gerir os recursos naturais ou a situação vai piorar, trazendo prejuízos incalculáveis, inclusive relacionados à saúde”, disse. Sigiliano diz que os primeiros resultados do programa devem começar a aparecer em até quatro anos. “Nascentes que estavam secas voltam a brotar água, as que secavam na estiagem vão ter água o ano todo”. No entanto, mudanças mais complexas, como a melhora da climatização do entorno das nascentes, é percebida a partir de oito anos após a finalização do projeto. O ambientalista também chama atenção para as ações conjuntas que, segundo ele, não são realidades atuais. “A conservação, preservação e recuperação de nascentes é um dos pilares da gestão hídrica, mas precisam vir acompanhadas de outras ações, que não estão sendo feitas em Muriaé e nos municípios vizinhos. Há boas práticas em andamento, com resultados, que poderiam ser seguidas. Mas não é o que a gente observa aqui, infelizmente”, afirmou. Ele ainda cita os alguns projetos que poderiam auxiliar. “Em termos ambientais, a administração pública de Muriaé deveria elaborar um Plano Diretor Arbóreo e um levantamento das nascentes no perímetro urbano. Novos hortos florestais são extremamente necessários na cidade, além da preservação integral das matas que sobraram”. E completa. “As mudanças climáticas, alertadas pelos cientistas há pelos menos 30 anos, estão se acentuando. As cidades precisam se adaptar, aumentar a resiliência para enfrentar situações extremas.”. A Prefeitura garante que o uso consciente dos recursos hídricos é um ponto importante na gestão atual, visto que a cidade é cortada por três rios. O município vem desenvolvendo, em parceria com o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul (Ceivap), o Programa de Revitalização de Microbacias Municipais. Nele, os produtores rurais que atuam a favor da preservação de nascentes e córregos em suas propriedades podem ser recompensados pelo pagamento de serviços ambientais, como conservação de estradas, criação de curvas de níveis e implantação de fossas sépticas. Isso promove o uso sustentável dos recursos hídricos e melhora das condições socioambientais e da qualidade da água. (Fonte: G1)

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O que é uma Espécie Endêmica

Uma espécie endêmica é aquela espécie animal ou vegetal que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica. O endemismo é causado por quaisquer barreiras físicas, climáticas e biológicas que delimitem com eficácia a distribuição de uma espécie ou provoquem a sua separação do grupo original. Quando a separação ocorre por um longo período, o grupo isolado sofre uma seleção natural que desenvolve nele uma diferenciação de outros membros da espécie. O ambiente isolado tem características de clima, solo e água distintos dos demais e seleciona as espécies que lá vivem de uma forma única: determinadas espécies só se desenvolverão naquele ambiente. Por isto, quanto maior for o grau de especificidade do ambiente, maior o grau de endemismo - isto é, maior o índice de espécies endêmicas. Ilhas, áreas cortadas por rios, arquipélagos remotos, cadeias de montanhas, alagamentos, diferentes tipos de solos e diferentes biomas criam barreiras que favorecem o surgimento de espécies endêmicas. A ilha de Madagascar e continente da Austrália são exemplos de regiões de alto grau de endemismo. Cada qual apresenta inúmeras espécies que só podem ser encontradas nestes lugares, como os lêmures, os baobás, os coalas e cangurus. No Lago Baikal, na Rússia, 80% das 3.500 espécies animais e vegetais recenseadas não existem em nenhum outro lugar do mundo. A Mata Atlântica é outro exemplo: embora boa parte da floresta tenha sido devastada, ela ainda abriga 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são espécies endêmicas. Por fim, espécies indígenas (ou nativas) e espécies endêmicas não se confundem: ambas são originárias de uma determinada área, mas as indígenas também podem ocorrer em outros lugares. http://www.oeco.org.br/

O que é Ecoturismo

Ecoturismo ou turismo ecológico é o "segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações". A definição acima é dada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo e segue aquela criada pela Sociedade Internacional de Ecoturismo (TIES ou The International Ecotourism Society). Este ramo do turismo é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela realização de atividades que promovam a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Isto é, ele está fundado nos conceitos de educação, conservação e sustentabilidade. O ecoturismo pode ser entendido, então, como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental. É um segmento turístico importante ao fazer contribuições positivas significativas para o bem-estar ambiental, social, cultural e econômico dos destinos e das comunidades locais ao redor do mundo: através dele são oferecidos incentivos econômicos eficazes para a conservação e valorização da diversidade biológica e cultural e ajuda a proteger o patrimônio natural e cultural ao redor do mundo. Ele se prova também como uma ferramenta eficaz para capacitar as comunidades locais ao redor do mundo à alcançar um desenvolvimento sustentável. Além disso, o ecoturismo tem incentivado a aplicação de práticas sustentáveis aos demais segmentos da indústria do turismo. Hoje é o ramo da indústria do turismo que mais cresce. Enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce a taxas de 15 a 25% por ano. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), 10% dos turistas em todo o mundo buscam o turismo ecológico. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões. A oferta turística do segmento, além dos serviços comuns de hospedagem, transporte, alimentação, entretenimento, agenciamento, recepção, guiamento e condução, inclui também atividades na natureza que o caracterizam e permitem a integração do turista com o ambiente natural. Algumas das atividades que podem ser realizadas no âmbito do segmento de ecoturismo são: observação de fauna (relaciona-se com o comportamento e habitats de determinados animais); observação de flora (permite compreender a diversidade dos elementos da flora e seus usos); observação de formações geológicas e as visitas a cavernas (espeleoturismo); observação astronômica (estrelas, eclipses, queda de meteoros); mergulho livre; caminhadas; trilhas e safáris fotográficos. O ecoturismo surgiu como movimento ambiental global no final de 1970, uma resposta às preocupações com o desenvolvimento econômico, à degradação do meio ambiente e as questões sociais provocadas pelo turismo em massa. No Brasil, o conceito foi introduzido pelo EMBRATUR que iniciou em 1985 o Projeto Turismo Ecológico. Dele surgiu, dois anos depois, a Comissão Técnica Nacional, a primeira iniciativa com intenção de regular o segmento. Na mesma década também surgiram os primeiros cursos para guias especializados. Com a Rio 92, este tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou o mercado brasileiro. Em 1994, com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, o turismo ecológico passou a ser conceituado e denominado como Ecoturismo. http://www.oeco.org.br/

Nova vacina contra o HIV tem bons resultado em macacos

Um novo tipo de vacina contra o HIV mostrou bons resultados em macacos. O estudo foi publicado na revista Nature e anunciado por um instituto americano. A vacina funciona de uma forma diferente das convencionais. É um conceito novo de vacina. Normalmente, as vacinas treinam o o sistema imunológico para lutar contra a infecção. Essa nova vacina altera o DNA e aí o corpo produz uma ferramenta para lutar conta o vírus. É uma proteína, que se prende a dois lugares no vírus HIV. É exatamente como os dedos de um jogador de beisebol agarram a bola, dizem os cientistas. Os pesquisadores injetaram a vacina em macacos saudáveis. Ela levou as células dos músculos a produzirem em grande escala a proteína que bloqueia o vírus. Os macacos ficaram protegidos contra todos os tipos de HIV. É o método mais eficaz encontrado até agora para impedir a infecção pelo vírus da AIDS. Agora vão começar os testes com macacos com o vírus e só depois com seres humanos. Não há previsão de quando essa nova vacina estará disponível. Por enquanto a melhor proteção contra o HIV é o uso do preservativo. A descoberta foi anunciada por um cientista do Instituto Scripps da Flórida, mas envolveu pesquisadores de várias universidades americanas e do Instituto Pasteur na França. (Fonte: G1)

O mundo paga um preço alto pela carne barata

A não muito tempo atrás, uma refeição centrada na carne era um prazer raro. Hoje, porém, maioria das pessoas no Ocidente come carne todos os dias - muitos comem carne em todas as refeições. E mesmo as pessoas em culturas menos carnívoras estão pegando gosto por essa comida - na China, por exemplo, comer carne tornou-se um espécie de "objeto de desejo". Para isso, é necessário prover o bem de consumo: a produção de carne no mundo subiu de 78 milhões de toneladas por ano em 1963 para 308 milhões toneladas em 2014. Os danos da carne barata O problema - deixando de lado as questões em torno da moralidade ou não de matar os animais para comer - é que o planeta não consegue suportar esse apetite crescente. Os pastos usados para alimentar o gado já respondem por 26% das terras livres de gelo do planeta, e a indústria da carne é responsável por 15% de todas as emissões de gases de efeito estufa. Isso tem levado a uma forte convicção de que a carne hoje é muito barata, com seu preço empurrado para baixo por práticas pecuárias cada vez mais intensivas. Embora isso seja largamente bom e desejável para os consumidores, é ruim para o meio ambiente - em termos de poluição e resistência aos antibióticos, bem como para o clima - novamente, sem olhar a coisa pelo lado dos animais. O que os especialistas estão apontando agora é que, no longo prazo, isso pode ser ruim também para os consumidores. Mas será possível aumentar o preço da carne para se contrapor a esses malefícios do ponto de vista global e social? Os governos têm conseguido reduzir o consumo de álcool e tabaco aumentando os impostos sobre esses produtos, mas um "imposto da carne" seria muito mais controverso, uma vez que não há evidência tão claras sobre possíveis ligações entre altos níveis de consumo de carne e o câncer, por exemplo, ou as doenças cardíacas. Outra opção que parece viável poderia ser reduzir os subsídios agrícolas que sustentam a produção de carne - subsídios que são gastos do governo e, portanto, representam o outro lado da equação dos impostos. Mas a batalha será dura contra os grupos de pressão dos ruralistas e, novamente, do público, que verá o preço da carne subir. Persuasão A boa notícia é que parece que a persuasão pode funcionar melhor do que a coerção. No Reino Unido e nos Estados Unidos, as preocupações com a saúde já reduziram o consumo de carne vermelha e processada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos está para lançar um novo documento contendo orientações dietéticas para o consumo de carne baseadas nas últimas evidências científicas. Desta vez, as recomendações poderão abordar os efeitos da produção e consumo de carne sobre o meio ambiente, bem como diretamente sobre a saúde humana. A indústria e os ruralistas não vão gostar, mas o público pode achar que uma dieta com baixo consumo de carne está mais ao seu gosto. informações da New Scientist

Novas recomendações de quantas horas dormir por idade

Quanto tempo dormir Ter uma boa noite de sono é importante, mas poucas pessoas passam oito ou mais horas debaixo dos lençóis. Mas você sabe quantas horas de sono seriam mais saudáveis para você? Embora reconheçam que o sono é especialmente afetado pelo estilo de vida e a saúde de cada indivíduo, um painel de especialistas da Fundação Nacional do Sono, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos dos Estados Unidos, publicou recomendações gerais sobre quantas horas de descanso são necessárias de acordo com cada faixa etária. Confira as recomendações: Recém-nascidos (0-3 meses): o ideal é dormir entre 14 a 17 horas por dia, embora também seja aceitável um período entre 11 a 13 horas. Não é aconselhável dormir mais de 18 horas. Bebês (4-11 meses): Recomenda-se que o sono dure entre 12 e 15 horas. Também é aceitável um período entre 11 e 13 horas, mas não mais do que 16 ou 18 horas. Crianças pequenas (1-2): não é aconselhável dormir menos de 9 horas ou mais de 15 ou 16 hora. É recomendável que o descanso dure entre 11 e 14 horas. Crianças em idade pré-escolar (3-5): 10-13 horas é o mais apropriado. Especialistas não recomendam dormir menos de 7 horas ou mais de 12 horas. Crianças em idade escolar (6-13): o aconselhável é dormir entre 9 e 11 horas. Adolescentes (14-17): Devem dormir em torno de 10 horas por dia. Adultos jovens (18-25): 7-9 horas por dia. Não devem dormir menos de 6 horas ou mais do que 10 ou 11 horas. Adultos (26-64): O ideal é dormir entre 7 e 9 horas, embora muitos não consigam. Idosos (65 anos ou mais): o mais saudável é dormir 7 a 8 horas por dia. Para complicar um pouco as coisas, estimulantes como café e bebidas energéticas, além de despertadores e luzes, incluindo as dos dispositivos eletrônicos, interferem com o chamado ritmo circadiano, ou relógio biológico, atrapalhando o sono. Por isso, os especialistas deram também dicas sobre como obter um sono saudável. Manter um horário para dormir, mesmo nos fins de semana. Ter uma rotina para dormir relaxado. Exercitar-se diariamente. Garantir condições ideais de temperatura, ruído e luz no quarto. Dormir em um colchão e travesseiros confortáveis. Ter cuidado com a ingestão de álcool e cafeína. Desligar aparelhos eletrônicos antes de dormir. informações da BBC

sábado, 14 de fevereiro de 2015

São Paulo prepara plano de contingência para pior cenário de crise de água

São Paulo terá um plano de contingência para enfrentar a crise hídrica que atinge sobretudo a região metropolitana da capital. O anúncio foi feito na sexta-feira (13) pelo governador Geraldo Alckmin, após a primeira reunião do Comitê de Crise Hídrica, que reúne prefeituras, secretarias de governo, entidades não governamentais (ONGs), universidades e institutos de Defesa do Consumidor. O plano era uma reivindicação dos prefeitos das cidades que são abastecidas pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, que têm a pior condição de reserva de água. A próxima reunião do grupo deve ocorrer em duas ou três semanas. De acordo com o governador, o documento será preparado para o pior cenário de regime de chuva a que se pode chegar neste ano. “Para o caso de precisar de um rodízio [no abastecimento de água], termos tudo mapeado, mas todos os esforços estão sendo feitos para superar a crise e o período seco”, disse Alckmin. O cálculo do governo aponta como situação mais crítica uma afluência – entrada de água nos reservatórios – abaixo de 8 metros cúbicos por segundo (m3/s). Hoje, a demanda é de aproximadamente 14 3/s. O que faltaria de água – 6 m3/s – será providenciada, segundo o governador, por obras emergenciais que aumentariam a captação em outras reservas, como o Rio Guaió e as represas Guarapiranga e Rio Grande. O plano vai prever, por exemplo, como deve ser feito o abastecimento de instituições que não podem prescindir do fornecimento de água, como escolas, hospitais e penitenciárias. Para o prefeito da capital, Fernando Haddad, um prazo adequado para apresentação do plano seria em torno de um mês. “O que nos foi apresentado hoje (sexta-feira) mostra que o pior cenário afasta a possibilidade de rodízio. Prepararemos tecnicamente um plano de contingência esperando não usá-lo.” Os prefeitos, além de pedir a formação do comitê e a elaboração de um plano de contingência, querem a adoção de medidas de comunicação para manter a população informada. Alckmin não descartou a possibilidade de rodízio. “Isso é uma questão que avaliamos permanentemente, mas [no] fim de fevereiro, meio de março, vamos verificando. Todas as medidas já estavam sendo tomadas e agora, com o comitê técnico, serão integradas e ampliadas. Todo trabalho [será feito] para evitar o rodízio.” O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse que não há um percentual-limite no Cantareira que indique a necessidade de racionamento. “Não existe ainda esse gatilho. Vamos estudar com esse plano de contingência e, se for preciso adotar alguma medida mais restritiva do que da redução de pressão, vamos ver que tipo de medida vai ser adotada.” (Fonte: Agência Brasil)

Governo publica normas para poupar água e luz em prédios federal

O governo publicou uma portaria nesta sexta-feira (13) no “Diário Oficial da União” com medidas para que os prédios da administração federal poupem água e energia. De acordo com o texto, os órgãos terão que informar, mensalmente, os níveis de consumo, que serão registrados em um sistema batizado de Esplanada Sustentável. A iniciativa ocorre num momento de crise hídrica na região Sudeste, que afeta o abastecimento de água para consumo e também a geração de energia elétrica. Entre as práticas recomendadas na portaria estão desligar as luzes ao final do expediente e durante o almoço e também lavar os veículos a seco, quando possível. Outros hábitos simples são estimulados pelo texto, como utilizar o ar-condicionado com as janelas fechadas e utilizar escadas quando for possível prescindir do elevador. A portaria também sugere que, nos jardins, plantas mais resistentes à seca sejam priorizadas no lugar daquelas que necessitam de irrigação mais frequente. Os órgãos federais serão classificados de acordo com o nível de economia que conseguirem implementar. Aqueles que forem mais bem-sucedidos, serão chamados de unidades mais eficientes. Depois vêm as unidades com eficiência média e as unidades menos eficientes. (Fonte: G1)

5 coisas que ninguém te diz sobre redução de estômago

A obesidade é um grave problema de saúde atualmente. Em todo o mundo, há 2,1 bilhões de pessoas obesas ou com sobrepeso, o que representa quase 30% da população, segundo dados de 2013 do estudo Global Burden Disease. No Brasil, de acordo com pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), quase metade da população está acima do peso. O estudo indicou que 42,7% dos brasileiros possuía sobrepeso no ano de 2006, número que passou para 48,5% em 2011. Uma das soluções para corrigir essa condição, bem como problemas de saúde adjacentes, é a cirurgia de redução de estômago. Se você está considerando fazer uma, saiba que ela não é uma cirurgia estética (ainda que estética seja uma das metas dos pacientes que ela pode ajudar a alcançar). Existem várias dificuldades envolvidas nessa escolha, mas quem a fez também relata muitos benefícios que mostram que a operação pode valer a pena. Veja 5 coisas que ninguém te disse sobre a redução de estômago: 1. É preciso provar que isso é realmente o que você quer e precisa Geralmente, quem decide que quer realizar essa cirurgia precisa solicitar seu agendamento e passar por uma série de etapas de aprovação para consegui-la. Alguns conseguem realizá-la mais rápido do que outros, mas os procedimentos são normalmente os mesmos: é preciso consultar muitos médicos, incluindo psicólogos e psiquiatras, e realizar diversos exames para que o candidato se mostre ideal para a cirurgia e entenda quais são suas implicações e riscos. Enquanto a psicopedagoga Monaliza Haddad, 41 anos, realizou sua cirurgia um mês depois de ter decidido fazê-la, o engenheiro da computação Raphael Moraes, 23 anos, demorou quase um ano. “Fiz entrevistas e acompanhamentos perfeitos, esclarecendo tudo mesmo, para que eu tivesse consciência dos efeitos colaterais”, conta Monaliza. “Participei de diversas palestras sobre como minha vida seria, passei por terapia e avaliação psiquiátrica, fiz exames tradicionais para qualquer tipo de cirurgia abdominal como os de sangue, HIV, ultrassom do estômago e endoscopia”, completa Raphael. Se essa maratona de consultas médicas te assustou, é importante ressaltar que essa é uma escolha que pode mudar drasticamente sua vida, e é por isso que é tão importante que você esteja ciente de tudo que virá pela frente. 2. Comer nunca mais será a mesma coisa A primeira coisa que vai se transformar é a sua alimentação. A cirurgia tem como objetivo tornar a vida da pessoa mais saudável, e isso inclui mudar seus hábitos alimentares. Antes, pode ser que você não conseguisse fazer isso sozinho, mas agora vai ter seu próprio organismo como aliado: como seu estômago será literalmente reduzido, o normal é que você não seja mais capaz de comer em grandes quantidades. Além disso, comidas saudáveis serão muito mais bem-vindas ao seu organismo do que as famosas “porcarias”. “No pós-cirúrgico, tive etapas para voltar a comer. Na primeira semana apenas líquidos como Gatorade e água em copinhos de 50ml, na segunda semana sucos um pouco mais grossos, no final do primeiro mês, sopas e comidas batidas no liquidificador e a partir do terceiro mês comidas sólidas como macarrão. O restante apenas a partir do sexto mês”, explica Raphael. A operação pela qual Raphael passou é conhecida como Bypass Gástrico. É um processo que reduz drasticamente o tamanho do estômago. Com essa diminuição, o volume diário ingerido passa a ser em torno de 20% do volume pré-operatório, o que leva à uma ingestão menor de alimentos e à consequente perda de peso. O engenheiro tinha apenas 18 anos quando foi para a mesa cirúrgica. O procedimento foi realizado através de laparoscopia e não gerou nenhuma dificuldade. Seu IMC não era tão elevado comparado aos extremos, embora ele se qualificasse para a operação. Ele conta que enjoa com alimentos que contém muita gordura, como leite Integral, alimentos de fast food etc. “Algumas pessoas engasgam ou tem problemas com a alimentação pois mantiveram a ‘cabeça de gordo’. O auxílio de uma psicóloga na preparação é fundamental, além de uma nutricionista para acompanhar a sua evolução”, sugere. Monaliza afirma que, logo após a cirurgia, tentava comer como fazia antes, mas com o tempo foi aprendendo a lidar com uma nova dieta. “Dependendo do dia, passo bem, em outros, vomito feito doida”. A realidade é que um dos prazeres da vida é comer – principalmente aquelas coisas que já costumam nos fazer mal mesmo com estômagos de um tamanho normal. Então, quem passa por um procedimento como esse, logo entende que precisa mudar de ritmo. Mas definitivamente vale a pena. “Realmente, com a cirurgia acho que sou outra pessoa, gosto de outros alimentos e mudei muito o meu jeito de ser, para melhor é claro”, diz Monaliza. “Perdi aproximadamente 60 kg, sou uma pessoa ativa, vou à academia todos os dias e meus hábitos alimentares são muito, mas muito melhores do que eram”, complementa Raphael. 3. A cirurgia pode não ter o resultado que você espera Monaliza e Raphael são exemplos de sucesso, mas a cirurgia de redução de estômago, como a maioria das coisas da vida, não é algo garantido. Pode ser que o resultado não seja o que você esperava. Há pessoas que continuam comendo normalmente, e por consequência o estômago volta a esticar, de forma que o efeito da cirurgia é bem menor. “Você chega a um peso mínimo após o segundo ano de operação, e depois ele se estabiliza a partir de sua dieta”, explica Raphael. Ou seja, grande parte do sucesso da operação depende da própria pessoa: ela precisa mudar de mentalidade e se ajustar a sua nova realidade. “Hoje em dia consumo alimentos naturais e tento fugir dos industrializados. Alguns condimentos e a própria gordura acabam me enjoando, então tento focar em alimentos saudáveis para não ter dificuldade nenhuma no dia a dia”, conta Raphael. 4. Você pode ter problemas de saúde como resultado da cirurgia Monaliza já tinha anemia e, com a redução de estômago, sua condição piorou muito. “Faço uso de medicamentos há cinco anos”, conta. Monaliza realizou o mesmo tipo de cirurgia que Raphael, quando tinha 36 anos. O Bypass Gástrico é o procedimento mais realizado atualmente em todo o mundo, sendo que no Brasil difundiu-se a técnica de Capella, um cirurgião colombiano radicado nos EUA que acrescentou a colocação de um anel contensor no reservatório gástrico. A psicopedagoga ia colocar um anel, mas durante a cirurgia seu médico achou melhor não utilizá-lo; ele percebeu que sua camada interna de gordura era muito pequena, e optou por dispensar o objeto. Há sempre a possibilidade de dificuldade de adaptação ao anel, o que pode levar a novas operações para sua retirada. Esse é apenas um exemplo de inúmeras condições de saúde que podem acompanhar a operação. No caso de Monaliza, é gerenciável. Mas os riscos envolvidos são muitos. Entre os problemas que podem surgir após a cirurgia, incluem-se vazamentos, coágulos sanguíneos, dor abdominal, obstruções intestinais, osteoporose, cálculos biliares, vômitos, hérnias, anemia e desnutrição, para citar alguns. Raphael teve sorte de não ter tido nenhum problema de saúde relacionado a operação, mas todo aquele acompanhamento antes de chegar à mesa cirúrgica não é exagero – como o parágrafo acima comprova. Outro grande problema que vem sendo associado com a redução de estômago é o risco de alcoolismo. Esse tipo de cirurgia e outros procedimentos usados como tratamento para a obesidade podem deixar os pacientes mais propensos a se tornarem alcoólatras, especialmente os homens. Cientistas noruegueses, da St. Olav’s University, estão prestes a começar um estudo com 30 pacientes para avaliar se a operação pela qual passaram é capaz de mudar a reação do seu corpo com relação ao álcool. Há quem pense que as pessoas que passam pela redução de estômago substituem o prazer de comer pelo de beber. Os pesquisadores suspeitam que este tipo de cirurgia pode alterar a química do organismo, fazendo com que o álcool pareça mais satisfatório e gratificante. Diversos pacientes já admitiram que passaram a beber consideravelmente mais após o procedimento. E um estudo feito na América em 2012 sugeriu que este hábito pode dobrar o risco de alcoolismo. Não podemos deixar de destacar ainda os problemas psicológicos que podem surgir a partir da cirurgia. Ninguém está livre deles. Você se tornará uma pessoa totalmente diferente – por dentro e por fora -, e terá que lidar com isso, bem como as pessoas que convivem com você. Ou seja… 5. A operação vai mudar sua vida Quem escolhe fazer a cirurgia geralmente faz isso porque não vê outra opção para solucionar seus problemas. “No primeiro ano de faculdade, acabei engordando demais, e nenhum outro método resolveria meu problema”, afirma Raphael. “Sinceramente, não tive nenhum medo, bom, talvez o de nunca mais comer yakisoba”, brinca. Monaliza também não titubeou. “O que me levou a isso foi a qualidade de vida, estava pesando 90 quilos e sofria muito bullying e preconceito. Também tinha pressão alta na época”, revela Monaliza, que perdeu 30 kg com a operação. “Minha decisão foi muito forte devido a uma brincadeira sobre obesidade, a minha vontade foi de realizar [a cirurgia] o mais breve possível”. A redução de estômago se torna um divisor de águas para muitas pessoas. Ela não representa apenas uma possibilidade de perder de peso, mas sim de mudar de vida, de se tornar outra pessoa – uma mais saudável e mais feliz. “Com a cirurgia, minha autoestima melhorou muito. Mesmo o dia que não fico bem, eu penso que se fosse preciso faria novamente”, diz Monaliza. “Sempre tive uma personalidade forte e divertida, isso só ampliou depois da cirurgia, fiquei mais feliz e bem comigo mesmo. Alguns anos após a operação, tive minha primeira namorada de verdade. Me tornei uma pessoa saudável e sempre de bem com a vida”, compartilha Raphael. Esse bem-estar não só físico, mas psicológico deu mais qualidade às vidas de Monaliza e Raphael, bem como de tantos outros que passaram pelo mesmo processo. Na verdade, a cirurgia tem a capacidade até mesmo de mudar a vida das pessoas que estão ao redor do paciente. Elas podem passar a ficar mais saudáveis também, ou mais alegres por estarem ao lado de pessoas que também estão. Isso não significa que não haverá dificuldades – novos sentimentos também podem começar a fazer parte do dia a dia dos pacientes, como inveja, ciúmes ou novas maneiras de pensar que interfiram nos seus relacionamentos e interações. Não foi o caso com esses dois exemplos que citamos nesse artigo, mas é algo sobre o qual todos os candidatos à redução de estômago precisam pensar – no quanto sua aparência e suas rotinas vão mudar, e como isso vai afetar todas as suas esferas de convivência. [Terra, CirurgiaObesidade, Abril, Endocrino, Cracked]

Ressaca de Carnaval: como curar?

Introdução Muita gente exagera na bebida alcoólica durante o Carnaval, e no dia seguinte, sofre com a ressaca. Muitas são as receitas caseiras para curar, ou pelo menos amenizar, os sintomas, que podem ser dores de cabeça, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao barulho, letargia, disforia (mudança transitória e repentina do estado de ânimo) e sede. A ressaca é causada pela hipoglicemia, desidratação, intoxicação por acetaldeído (produto metabólico do álcool) ou deficiência de vitamina B12. Mas, o que pode ser feito para curar a ressaca? O que é mito e o que é verdade nessas “receitas milagrosas”? Água ajuda a curar ressaca? O álcool é diurético, o que quer dizer que ele tende a aumentar a quantidade de urina produzida no organismo. Com isso, a pessoa urina mais e elimina mais água do corpo, o que pode desencadear um quadro de desidratação. Por isso, beber bastante água no dia seguinte à ingestão de bebidas alcoólicas ajuda a compensar a desidratação causada pelo excesso de álcool. Além de ajudar na cura da desidratação, a água tem outra função no organismo. Durante o processo de destilação, são adicionados vários componentes às bebidas alcoólicas, e estes contribuem para as costumeiras dores de estômago que acontecem na ressaca. Beber muita água dilui estes componentes no estômago e trato intestinal, melhorando os sintomas de mal-estar abdominal. O truque da torrada queimada na manhã seguinte. Quem nunca ouviu que comer uma torrada queimada quando se acorda de ressaca ajuda a curá-la. Mas, será que isso funciona? Em coisas queimadas encontra-se carbono, composto que filtra as impurezas presentes na bebida alcoólica. Uma das práticas adotadas em Prontos Socorros para tratar a intoxicação por álcool é a ingestão de compostos de carvão. A torrada queimada funciona como uma versão muito mais leve desse tratamento. Um belo café da manhã. Comer bem na manhã seguinte a uma bebedeira ajuda na cura da ressaca. Quase qualquer tipo de alimento ajuda a aliviar os sintomas, uma vez que os alimentos dão ao corpo eletrólitos, que são fundamentais ao organismo para evitar e curar a desidratação. Claro que nem todas as pessoas sentirão disposição para comer, mas é importante fazer o esforço, especialmente se tiverem ocorrido vômitos. Refeições leves, com frutas e sucos são ideais. Quatro aspirinas e tchau ressaca! “Tomar duas aspirinas à noite e duas pela manhã é tiro e queda para ressaca!” Quem nunca ouviu esse conselho? Mas, será que ele funciona? Medicamento muito eficiente no tratamento da dor de cabeça, a aspirina é frequentemente usada para curar ressacas. O maior problema, entretanto, é que, em algumas pessoas, a droga pode agravar uma gastrite já existente, ou causar outros efeitos colaterais mais sérios, como sangramento gástrico. Em pessoas não bebem regularmente ou não apresentam quadros de gastrite, as quatro aspirinas podem funcionar muito bem. Está de ressaca? Nada de beber mais um pouco! Pessoas que costumam beber frequentemente adotam a prática de “rebater” a bebida, ou seja, tomar uma pequena quantidade bebida alcoólica logo pela manhã para elevar o nível de álcool no sangue. Biologicamente, este truque fará a pessoa sentir-se bem por um pequeno período. Entretanto, ele não é recomendado, pois o nível de álcool sanguíneo mais elevado terá que ser diminuído eventualmente, em algum momento. Além disso, é um hábito que pode muito facilmente conduzir ao alcoolismo. Uma bela noite de sono! Descanse bastante. A maioria das ressacas somem dentro de 24 horas. Mesmo que a pessoa se sinta bem na manhã depois de beber muito, os efeitos do álcool são duradouros, e podem reduzir as capacidades motoras, de atenção e de concentração. Nada de paracetamol Quem está de ressaca deve passar longe de medicamentos à base de paracetamol, pois eles podem causar danos ao fígado quando combinados ao àlcool. Tira-gosto gorduroso Segundo a cultura popular, quem quer evitar a ressaca deve comer enquanto bebe. Preferencialmente, os populares tira-gostos devem ser gordurosos. Mas, será que isso funciona? A função da gordura é criar uma barreira na camada interna dos intestinos, fazendo com que o álcool leve mais tempo para ser absorvido pelo organismo. Nos países do Mediterrâneo, um remédio popular envolve tomar uma colher de azeite de oliva antes de beber, com o mesmo efeito. Mas é preciso cuidado, pois a gordura pode levar ao desenvolvimento de outras doenças. Prevenir é o melhor remédio Para que curar uma ressaca se é possível preveni-la? A melhor recomendação é beber moderadamente, sem exagerar. Estar com o estômago cheio reduz os efeitos negativos do álcool. Ingerir água durante as doses de bebida alcoólica ajuda a beber menos e diminui a desidratação. Agora, para nunca ter ressaca, o segredo é não beber! http://www.boasaude.com.br/

Entenda o projeto sobre uso da biodiversidade aprovado na Câmara

Nesta terça-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que facilita o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais do país. O texto do deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), substitutivo à proposta do governo federal apresentada em junho passado, regula as formas de exploração da biodiversidade existente no país e modifica procedimentos para que empresas e organizações iniciem os trabalhos de pesquisa. O projeto de lei reforça as regras criadas pela Medida Provisória 2.186-16, de 2001, que incorpora os compromissos assumidos pelo governo perante a Convenção da Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional das Nações Unidas que regula o tema. No documento, patrimônio genético é definido como “informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas, ou espécies de outra natureza, incluindo substâncias oriundas do metabolismo destes seres vivos”. Entre os principais pontos aprovados, estão a retirada de penalidades impostas a empresas que descumpriram regras ligadas à exploração de materiais provenientes de plantas ou animais e a criação de normas de pagamento pelo uso de recursos genéticos naturais por empresas – tanto para o governo, quanto para povos tradicionais, como os indígenas. O texto foi enviado ao Senado Federal e deverá ser aprovado na Casa antes de ser encaminhado para a presidente Dilma Rousseff. O Senado tem 45 dias para analisar e votar o documento. Polêmica – De acordo com Mauricio Guetta, advogado e assessor político do Instituto Socioambiental, o texto aprovado privilegia apenas os interesses empresariais e viola o direito de povos tradicionais e seus conhecimentos. Ainda segundo Guetta, o projeto de lei dispensa a fiscalização das atividades feitas pelas empresas. “Ele retrocede em termos de proteção da biodiversidade”, disse. Já segundo a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, o texto elimina obstáculos impostos pela legislação atual e contempla os interesses de diversos segmentos. Em comunicado divulgado pela organização, a diretora de Relações Institucionais, Mônica Messenberg, explica que setores como o fármaco, têxtil, de alimentação, energia, cosméticos, entre outros, serão beneficiados. “Essa é uma oportunidade para o Brasil, que detém pelo menos 13% das espécies do mundo. A capacidade de transformar recursos genéticos em produtos inovadores resulta em vantagem competitiva para o país”, disse ela. (Fonte: G1)

O que aconteceria com a Terra se todos os seres humanos desaparecessem?

Puft! Você sumiu. Quais seriam as consequências se o mesmo acontecesse com todos os seres humanos da Terra exatamente no mesmo momento? Esta experiência de imaginação não só explora o impacto que a humanidade tem sobre o planeta, mas também a incrível resistência da natureza. O canal do YouTube ASAP Science decidiu responder essa pergunta. Vamos começar do começo. As primeiras semanas seriam caóticas, já que as usinas iriam ficar sem energia e cercas elétricas parariam de funcionar, deixando soltos por aí cerca de 1,5 bilhão de vacas, 1 bilhão de suínos e 20 bilhões de frangos. Famintos e sem alguém para os alimentar, a maioria destes animais iria morrer de fome ou virar o almoço de mais de meio milhão de cães e mais ou menos o mesmo tanto de gatos, que agora precisam se virar sozinhos para comer. Claro que a maioria das nossas raças de animais domésticos não conseguiriam se adaptar à vida selvagem e provavelmente acabariam sendo vencidas por vira-latas mais resistentes. Isso sem falar em animais maiores, como lobos e gatos-selvagens. Outros animais que dependem de humanos, de ratos a baratas, sofreriam uma redução populacional drástica. No caso dos piolhos, é provável que fossem completamente extintos. Nas cidades, muitas de nossas ruas se transformariam em rios e, sem energia para mantê-los secos, os túneis de metrôs logo se encheriam de água. As avenidas que não estiverem submersas logo serão tomadas por ervas e trepadeiras, abrigando também árvores maiores. Porém, antes que isso aconteça, cidades inteiras que abrigam muitas casas de madeira seriam arrasadas pelo fogo, já que, sem bombeiros, apenas um raio é necessário para fazer um estrago enorme. No interior, as casas seriam tomadas por cupins e outros decompositores. Depois de 100 anos, todas as estruturas de madeira terão desaparecido e edifícios de concreto, carros e até mesmo pontes não estariam muito longe deste mesmo destino. Isso porque aço é, em sua maioria, composto por ferro e, sem a aplicação constante de tintas e outros produtos, reage com o oxigênio da atmosfera e retorna à sua forma original de óxido de ferro – o que não passa de ferrugem. À essa altura, os humanos já sumiram há algumas centenas de anos e a maioria das espécies de animais do mundo – ao menos aquelas que não levamos à extinção – voltarão aos níveis que ocupavam antes de nós evoluirmos. Contudo, a sua distribuição será alterada para sempre. Agora, camelos passeiam pela Austrália, enquanto na América do Norte, dezenas de espécies de pássaros “importadas” da Europa continuarão a prosperar. É até mesmo possível que, em alguns lugares do planeta, animais que escaparam de zoológicos possam formar novas populações selvagens, levando à possibilidade de termos leões habitando as Grandes Planícies norte-americanas ou hipopótamos se refestelando nos rios da América do Sul. Restos da nossa civilização Além disso, a radiação eletromagnética que nós criamos com nossos rádios, satélites e telefones ficará para sempre se proliferando pelo espaço. Entretanto, se tem alguma coisa que nós criamos que vai durar muito mais do que nós na Terra será o lixo que produzimos. Os laços químicos que fazem parte dos plásticos e da borracha vulcanizada são imunes à maior parte das enzimas digestivas usadas pelas bactérias para quebrar polímeros naturais e, ao contrário do metal, os plásticos não enferrujam. Estes microplásticos se infiltram em hidrovias ou vão para o oceano e eventualmente são depositados em sedimentos. Daqui a centenas de milhares de anos, geologistas alienígenas podem se surpreender ao encontrar rochas sedimentares cheias de partículas minúsculas com base de carbono que já fizeram parte de pneus ou sacolas plásticas. A sobrevivência de um ou outro material depende das condições climáticas daquele ambiente. Tudo vai durar muito mais no deserto, onde não há umidade para acelerar o enferrujamento ou sustentar a existência de organismos decompositores. E enquanto o ciclo do carbono faria com que houvesse equilíbrio nos níveis de gás carbônico após alguns milhares de anos, depósitos locais de químicos orgânicos duradouros e material radioativo poderiam persistir por um tempo muito, muito longo. É difícil imaginar o que paleontologistas extraterrestres do futuro pensariam a respeito de nós; como eles irão explicar nosso nível de plástico ou fato de que em uma piscada geológica nós conseguimos sair da África e colonizar basicamente todos os outros lugares habitáveis da Terra? Bom, eles com certeza se perguntariam também por que, se fomos tão bem sucedidos por tanto tempo, nós desaparecemos tão rapidamente. [ASAP Science]

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Armazenar água: você está fazendo isso errado

Com a crise hídrica que atormenta algumas cidades do país, muitas pessoas passaram a armazenar água em casa, com medo da falta do recurso. O problema é que parte da população que está armazenando a água não sabe como fazê-lo da maneira correta, o que pode acarretar na proliferação e ressurgimento de doenças. “Quando fica parada por muito tempo ou exposta ao calor, a água pode perder o cloro, que tem propriedades esterilizadoras. Isso facilita a proliferação de bactérias, oriundas até mesmo da manipulação da água por mãos sujas, que pode causar gastroenterite”, explica a pesquisadora do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Fiocruz, Adriana Sotero-Martins, ao jornal O Globo. Ao sol, o cloro da água potável evapora mais rapidamente; mesmo se o recipiente estiver vedado, ele perde suas propriedades. Além disso, o calor também favorece a proliferação de micro-organismos. O ideal é que os vasilhames onde a água será conservada sejam novos, só tenham sido utilizados para o armazenamento do recurso e não tenham sido higienizados com produtos de limpeza. Por isso, atenção: não vale pegar a água guardada na piscina ou nos baldes direto para cozinhar ou lavar alimentos. É preciso fervê-la ou adicionar a quantidade de cloro adequada antes. O armazenamento incorreto pode causar a proliferação ou até o ressurgimento de algumas patologias, como dengue, amebíase, giardíase, gastroenterite, febres tifoide e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera.
Temendo a incidência do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, a prefeitura de São Paulo reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo. A secretaria também informou nesta quarta o registro de três casos de febre chikungunya, conhecida como “prima da dengue” este ano. Dicas Para consumo humano, cozimento de alimentos, banhos e lavagem de louças, a água estocada – com exceção da mineral, envasada de fábrica – deve receber adição de hipoclorito de sódio. A regra vale, inclusive, para as aquisições feitas de caminhões-pipa particulares ou mesmo das Prefeituras. Para higienizar alimentos crus, como frutas, folhas, verduras e legumes, a dica é deixá-los de molhos por 30 minutos em 1 litro de água com 2 gotas do hipoclorito de sódio. A substância, conhecida popularmente como água sanitária, é um potente desinfetante para higienizar alimentos e deixar a água potável e livre de vírus e bactérias, que podem causar doenças como leptospirose e hepatite A. O produto custa em torno de R$ 10, mas em alguns lugares é vendido com o lacre rompido ou de marcas desconhecidas, o que pode oferecer riscos à saúde. Existe no mercado pastilhas de uso doméstico e, geralmente, uma pastilha é utilizada para purificar um litro de água. Temendo a incidência do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, a prefeitura de São Paulo reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo. O correto, portanto, é que a água seja armazenada em um recipiente fechado, limpo e sem luz. Só assim será possível manter as características iniciais do recurso por mais tempo. * Com informações dos portais O Globo, G1 e folha de S.Paulo. ** Publicado originalmente no site Consumidor Consciente e retirado do site Mercado Ético. (Consumidor Consciente)

Você é ectomorfo, endomorfo ou mesomorfo?

omatótipos Cada corpo é único e uma espécie de "senha" que identifica o indivíduo, tais como as impressões digitais. Os genes presentes em cada organismo, e o ambiente que formata seus genes, tornam virtualmente impossível chegar a um consenso sobre o chamado "corpo perfeito". No entanto, existem características semelhantes para classificar os corpos, os chamados somatótipos, que são determinados com base em propriedades ósseas, musculares e tecido adiposo. E esse conhecimento sobre seu próprio corpo é determinante que que você escolha qual é o melhor tipo de exercício para mantê-lo saudável. Ectomorfo "É a típica pessoa alta, magra, com uma tendência a inclinar-se para a frente. Possui membros longos, peitoral plano e tem dificuldade para ganhar massa muscular", explica Juan Francisco Marco, professor do Centro de Ciência Desportiva da Espanha. As provas de fundo são ideais para as pessoas ectomorfas, ainda que para melhorar a aparência seja recomendável um programa de hipertrofia Marco diz que essas pessoas obtêm melhor rendimento nos esportes de provas de fundo, como atletismo, natação ou ciclismo. Nesse caso, ele recomenda estabelecer um programa de treinamento de força e hipertrofia focado no aumento da massa muscular. "Elas devem se concentrar em exercícios básicos que movimentem muito as articulações, procurando trabalhar grupos musculares primários e secundários." O treino aeróbico tem de ser dosado para essa pessoa, porque ela pode perder peso e isso pode acabar freando o crescimento de massa muscular," acrescentou. Endomorfo Esse tipo de corpo é o oposto do anterior. Os endomorfos são caracterizados pela baixa estatura e pela forma arredondada, possuem um metabolismo lento que facilita o acúmulo de gordura, mas, por outro lado, têm maior facilidade para ganhar massa muscular. Para esse grupo, Marco recomenda uma rotina com várias sessões de treino para aumentar a resistência cardiovascular. "Tudo começa com um treino aeróbico de base que evolui para exercícios anaeróbios variados e de maior intensidade. É aconselhável para esse grupo buscar movimentar as articulações de forma muito dinâmica e não como o ectomorfo, a quem é recomendado um ritmo mais pausado, com descanso", acrescenta Marco. Segundo o especialista, os esportes mais adequados para esse tipo de pessoas são os que trabalham força, potência e equilíbrio, como musculação ou luta. No entanto, existem fatores que devem ser levados em conta, uma vez que se trata de um grupo com o qual é preciso ter cuidado durante os treinos: "A intenção é aumentar a massa muscular e reduzir o que chamamos 'porcentual de gordura'. Se isso não for feito, a pessoa corre o risco de ficar grande e sem forma - o popular 'gordo forte'". "Psicologicamente, esse grupo é também o mais fraco, porque o nível de esforço exigido é muito alto, fica deprimido mais rápido com o fracasso ou com a falta de progresso", enfatiza Marco. Mesomorfo É geneticamente o grupo mais favorecido fisicamente, a tal ponto que um mesomorfo pode parecer um atleta, sem sê-lo. "É o atleta clássico que não importa o que faça terá um alto desempenho", diz Marco. "Temos exemplos de jogadores de futebol que, de repente, jogam tênis, basquete, correm, nadam, fazem tudo muito bem". O ideal é que esse tipo de pessoa é escolher esportes e exercícios que combinem força com a capacidade e a potência física, com programas de exercícios alternados, mudando constantemente entre o ganho de massa muscular e a atividade aeróbica para a resistência cardiovascular. Tênis, futebol, remo e triatlo são esportes que se encaixam perfeitamente neste grupo, lembra o especialista. Apesar das vantagens das pessoas mesomórficas, Marco diz ser recomendável não negligenciar a dieta porque os mesomorfos têm "uma tendência a acumular gordura, mas não ao nível do endomorfo". "Mas também não são um ectomorfo que pode comer o que quiser que vai queimar depois devido ao metabolismo acelerado", ressalva. Segundo Marco, conhecer o tipo de corpo é um fator importante, mas isso não significa que exercícios recomendados para um determinado grupo não possam ser realizados por outro. O mais importante, diz ele, é saber o principal objetivo a ser alcançado, estabelecer uma rotina de exercícios, seguir uma dieta e adequar um programa específico de treinamento às características da pessoa. informações da BBC

Organismos desconhecidos são descobertos no metrô de NY

Centenas de bactérias e outros organismos, quase a metade com um DNA desconhecido, podem ser encontrados dentro do sistema de metrô de Nova York, segundo um estudo publicado esta semana, que também detectou plantas de perigosas doenças como o carbúnculo e inclusive o da peste bubônica. Apesar disso, os viajantes não devem temer por sua saúde, informou neste sábado (7) “The New York Times”, após consultar especialistas e as autoridades da cidade. O estudo, elaborado por pesquisadores do Weill Cornell Medical College, tinha como objetivo criar um tipo de mapa do DNA encontrado no metrô da ‘Big Apple’, que transporta a cada dia de trabalho cerca de 5,5 milhões de pessoas. Para isso, durante 17 meses foram recolhidas amostras em bancos, corrimãos, assentos, portas e outros elementos da rede de metrô, onde foram achadas milhares de tipos diferentes de micro-organismos, a metade dos quais são considerados desconhecidos. Entre eles, apareceram centenas de bactérias, a maioria inofensivas para o ser humano, embora também algumas que podem causar problemas digestivos, infecções por estafilococo e meningite. Também foram encontradas algumas plantas do que poderia ser a peste bubônica e de bacilos do carbúnculo, embora os autores do estudo tenham deixado claro que, dada a ausência de casos na cidade, esses patógenos representam provavelmente um micróbio habitual em ambientes urbanos. No caso da “peste negra”, a cidade não viveu uma infecção em mais de um século, embora em 2002 duas pessoas doentes procedentes do estado do Novo México tenham visitado Nova York. “Ninguém deveria se preocupar”, disse a “The New York Times” o responsável pela investigação, Christopher E. Mason, que explicou que as mostras também poderiam pertencer a outra bactéria muito similar e que anunciou que sua equipe vai tentar ver se o suposto DNA da peste está nos ratos que povoam os túneis do metrô. “Como o estudo indica claramente, os micróbios foram encontrados em níveis que não trazem nenhum perigo”, disse à imprensa local o porta-voz da companhia municipal de transportes, Kevin Ortiz. Entre outras curiosidades reveladas pelo estudo, se destaca como os organismos achados em uma estação de metrô alagada durante o furacão Sandy são similares aos de um “ecossistema marinho” ou como o DNA humano recolhido coincide em grandes traços com as origens raciais que aparecem no censo do país. (Fonte: UOL)

Refrigerantes podem causar puberdade precoce nas meninas

Meninas que tomam muitas bebidas açucaradas - tipicamente refrigerantes - começam a menstruar mais cedo do que as meninas que consomem menos dessas bebidas. Essa é a conclusão de um novo estudo feito por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA) e publicado na revista Human Reproduction. A equipe concluiu que o consumo de refrigerantes está de alguma forma ligado ao início da puberdade, embora os mecanismos de atuação ainda não estejam bem definidos - o dedo da suspeita aponta para a sacarose. A associação entre grande ingestão de refrigerantes e menarca se manteve mesmo depois que os resultados levaram em conta o peso e a altura das meninas. Puberdade precoce As meninas geralmente entram na puberdade entre os 8 e 14 anos, embora algumas comecem mais cedo. Um estudo de 2010 mostrou que 10% das crianças brancas de 7 anos apresentaram o desenvolvimento das mamas consistente com o início da puberdade; o dobro do que em 1997. A puberdade precoce pode ser psicologicamente traumática para as meninas se elas estiverem se desenvolvendo mais rápido do que suas colegas. Há também alguns indícios preliminares associando a puberdade precoce com o aumento do risco de câncer de mama. No entanto, não há atualmente nenhuma evidência ligando o consumo de bebidas açucaradas na infância ao câncer de mama na vida adulta. Refrigerantes e puberdade precoce O que está levando ao início mais precoce da puberdade nas meninas ainda não é claro. Muitas das mudanças que as meninas experimentam na puberdade são impulsionadas pelo hormônio estrogênio. A exposição a xampus contendo estrogênio e outros produtos químicos que imitam os efeitos do hormônio - incluindo aqueles encontrados em alguns plásticos - têm sido responsabilizados. Outros estudos suspeitam que o aumento das taxas de obesidade infantil seja o culpado, porque a gordura corporal pode produzir estrogênio. O novo estudo constatou que meninas que bebem mais de 1,5 copo de bebida adocicada industrializada por dia começaram seus períodos 2,7 meses mais cedo, em média, do que as meninas que consumiram essas quantidades duas vezes por semana ou menos. O resultado não se aplicou ao suco de frutas, que contém um açúcar chamado frutose, mantendo-se válido apenas para bebidas adoçadas com sacarose. informações da New Scientist

Greenpeace busca doações para solarizar escolas

Projeto que propõe economia na conta de luz tem o objetivo de conscientizar comunidades escolares sobre alternativas de energia O Greenpeace, através da plataforma Kickante, criou uma campanha para colocar teto solar em duas escolas brasileiras. A ideia é coletar, através de crowdfunding, duzentos mil reais até o dia 27/03, e usá-los para a mudança de captação de energia nos colégios Professor Milton Magalhães Porto (em Uberlândia), e Professor Oswaldo Aranha Bandeira de Mello (em São Paulo). A lógica é a seguinte: quanto mais energia solar é captada, mais conscientização dos estudantes e da comunidade para fontes renováveis é gerada, além de mais dinheiro economizado com a conta de luz para outros gastos. Segundo Bárbara Rubim, coordenadora da campanha de clima e energia do Greenpeace Brasil, a ideia do financiamento coletivo visa a atingir mais pessoas, e também estimula-las. “Acreditamos que essa ferramenta é capaz de levar nossa mensagem a mais públicos e de engajar mais gente, além de ser uma forma de incentivar pessoas que possuam projetos semelhantes, mas que também não têm como financiá-los, a fazerem o mesmo”, disse ao Porvir. Todos podem doar, em valores que vão de R$ 20 a R$ 700, com recompensas crescentes pela colaboração – de um certificado virtual a carregadores solares de celular. A contribuição pode ser parcelada. O objetivo do projeto, além de solarizar as escolas, é ensinar os estudantes, pelo próprio exemplo, que outras alternativas de energia limpa são viáveis para conter desperdícios. “Escolas são o local onde toda a comunidade – professores, pais, alunos e representantes do poder público – se encontram, além de ser também o local em que nossos jovens e crianças são formados. Queríamos realizar as instalações em um local com algum potencial de impacto na vida da comunidade e que também nos permitisse conjugar a instalação dos sistemas em si com cursos sobre energias renováveis e sustentabilidade”, explicou Bárbara. Se der certo, a expectativa do Greenpeace é atingir mais de 1800 crianças, e usar o dinheiro poupado para projetos culturais. “A premissa básica do projeto é que toda a economia gerada pelos sistemas será devolvida às escolas, que deverão utilizá-la para realizar mais atividades extracurriculares com os alunos”. Desde o início do projeto, dia 27/01, até hoje, foram arrecadados por volta de R$ 35.000. Quem se interessar para saber mais ou quiser contribuir, pode acessar o site do Kickante aqui. * Publicado originalmente no site Porvir.

Projeto de um futuro acordo do clima começa a ser preparado em Genebra

Os negociadores sobre o clima se reúnem a partir de domingo (8) em Genebra para uma semana de negociações em torno do projeto de um futuro acordo de Paris que busca limitar o aquecimento do planeta. Esta primeira reunião desde a conferência de Lima de dezembro promete ser intensa e cansativa: o atual projeto de 37 páginas que saiu da capital peruana oferece uma gama muito ampla de opções que vão gerar debates entre os 195 Estados representados na ONU e que provavelmente não serão totalmente resolvidos. “Estamos em um momento crítico”, adverte o sul-africano Maesela Kekana, negociador do grupo África. “Será a última oportunidade de revisar os elementos que irão compor o texto da negociação” antes da próxima reunião prevista para junho em Bonn. “Se tudo correr bem, ao fim da semana teremos um texto melhorado. O medo é que de 35 páginas terminemos com 200″, resume Laurence Tubiana, responsável da negociação para a França, que organizará em dezembro a grande conferência destinada a selar o primeiro acordo universal sobre o clima. O objetivo deste acordo destinado a suceder o protocolo de Kioto a partir de 2020 é limitar o aumento das temperaturas a +2ºC com relação à era pré-industrial (levando-se em conta que já alcança +0,8ºC), o que implica reduzir drasticamente as emissões de CO2 e, portanto, a utilização de energias fósseis. Atualmente, o mundo se dirige a um aumento de 4 ou 5 graus até o fim do século, como ilustrou o recorde de calor alcançado em 2014. Isso conduz a fenômenos climáticos extremos, aumento do nível do mar, segurança alimentar ameaçada e grandes fenômenos migratórios. Enquanto os gases de efeito estufa alcançam concentrações na atmosfera inéditas em 800.000 anos, é necessário se afastar das energias fósseis, base das economias atuais, em benefício das renováveis. Meta no longo prazo – A urgência e o diagnóstico confirmado em 2014 pelos especialistas mundiais do grupo intergovernamental de especialistas sobre o clima (IPCC) provocam unanimidade em nível mundial. Mas as negociações se chocam com os meios para alcançar isso e com as responsabilidades de cada um, controvérsias recorrentes que a reunião de Lima não conseguiu resolver. “Qual é a parte do esforço que corresponde aos países em desenvolvimento? Como garantir o financiamento que lhes foi prometido e que atualmente não está sendo dado? Que lugar ocupam no dispositivo países emergentes como China ou Índia cujas emissões aumentam rapidamente? Os pequenos estados insulares destacam, por exemplo, que em Genebra buscarão defender “as necessidades dos países mais vulneráveis”. Os defensores do meio ambiente esperam que também sejam alcançados sinais concretos de uma vontade de compromisso. Paralelamente, os Estados foram convidados a anunciar sua contribuição para a redução das emissões. Uma minoria o fará antes do fim de março, a data sugerida pela ONU, e outros em junho. A data limite é 1 de outubro. Estes compromissos serão uma primeira etapa e se limitarão a 2025 ou 2030, insiste Laurence Tubiana. Por esta razão, haverá outro ponto essencial na negociação: estabelecer um procedimento de revisão e progressão dos compromissos para os próximos anos, para o aquecimento permanecer abaixo dos 2ºC. Enquanto as negociações prosseguem, diplomatas e observadores também destacam a importância de iniciativas das coletividades, empresas e investidores para construir economias mais sóbrias em carbono. “Seria entender mal a complexidade do que estamos lindando imaginar que um acordo em Paris resolverá por milagre o problema das mudanças climáticas”, advertiu Christiana Figueres, a responsável pelo clima nas Nações Unidas. “O que Paris fará é traçar o caminho que pode ser percorrido pelos governos e empresas (…) que conduz à meta dos 2ºC. Para conseguir isso, temos que colocar em andamento transformações fundamentais. O papel do acordo de Paris é traçar a rota em direção a esta meta no longo prazo”, completou. (Fonte: UOL)

Mundo está inerte para crise da água causada pelo clima, alerta o IPCC

A escassez de água pode levar a conflitos entre comunidades e nações, já que o mundo ainda não está plenamente consciente da crise hídrica que muitos países enfrentam como resultado da mudança climática, alertou o chefe do conselho climático da Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) prevê um aumento de 0,3 a 4,6 graus Celsius na temperatura global até o final do século 21. Países como a Índia devem ser fortemente atingidos pelo aquecimento global, que trará mais anomalias climáticas, como secas, que levarão a uma carência séria de água e afetarão a produção agrícola e a segurança alimentar. “Infelizmente, o mundo não acordou de fato para a realidade do que iremos enfrentar em termos de crises no que diz respeito à água”, declarou o chefe do IPCC, Rajendra Pachauri, aos participantes de uma conferência sobre segurança da água. “Se você olhar os produtos agrícolas, as proteínas animais – cuja demanda está aumentando –, são muito dependentes de água. Ao mesmo tempo, do lado do abastecimento, haverá várias limitações. Primeiro porque haverá profundas mudanças no ciclo da água devido à mudança climática.” Especialistas em desenvolvimento de todo o mundo vêm demonstrando uma preocupação cada vez maior com a segurança da água nos últimos anos. Inundações e secas mais frequentes causadas pela mudança climática, a poluição dos rios e lagos, a urbanização, o abuso na extração de água subterrânea e o aumento das populações fazem com que muitas nações como a Índia enfrentem graves carências de água. Além disso, a demanda de mais energia em países como a Índia para sustentar seu crescimento econômico resultou na necessidade de direcionar mais água para hidrelétricas e usinas nucleares. Os meses secos de junho e julho, durante os quais acontecem cortes de energia e falta água com frequência, são um retrato da crise hídrica iminente na Índia. Os hospitais de Nova Délhi cancelaram operações a certa altura de 2013 por não terem água para os funcionários esterilizarem os instrumentos, limparem as salas de cirurgia ou lavarem as mãos. Shoppings de luxo foram forçados a desligar o ar-condicionado e fechar banheiros. Pachauri disse ser necessário usar a tecnologia para ajudar a utilizar a água de maneira mais eficaz, especialmente na agricultura, área na qual há muito desperdício. “Naturalmente, esta (crise hídrica) também levará a tensões – provavelmente algum conflito entre grupos e Estados ribeirinhos”, declarou. A Índia se encontra no centro de uma disputa com seus vizinhos do leste e do oeste, Bangladesh e Paquistão, que acusam Nova Délhi de monopolizar os cursos de água. (Fonte: G1)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Aquecimento dos oceanos derrete uma das maiores geleiras da Antártida

Uma das maiores geleiras do planeta, conhecida como Totten, está derretendo por causa das águas quentes, o que evidencia a vulnerabilidade da Antártida Oriental e seu papel no aumento do nível dos oceanos. Com seus 120 quilômetros de comprimento e seus 30 quilômetros de largura, a Totten é uma “das maiores geleiras do planeta e um dos sistemas de geleiras menos compreendidos”, disse à Agência Efe Steven Rintoul, chefe de uma expedição científica que mediu as águas abaixo de sua camada de gelo. O cientista australiano de origem americana esclareceu que se trata das primeiras medições das temperaturas das águas que rodeiam a Totten, que está situada cerca de 3,2 mil quilômetros ao sul da ilha australiana da Tasmânia, e portanto é prematuro imaginar um vínculo com a mudança climática. Apesar disso, Rintoul considerou que a “Antártida Oriental é mais vulnerável do que se pensava e pode contribuir para o aumento do nível das águas”, em uma medida que ainda é desconhecida. A Totten deságua a 538 mil quilômetros quadrados da Antártida Oriental e dela fluem cerca de 70 bilhões de toneladas de gelo a cada ano, uma quantidade que poderia encher a cada dois dias e meio a baía de Sydney, mas até o momento esse volume é considerado normal. Mas esta imensa geleira da Antártida Oriental, uma das duas grandes regiões do continente branco, está derretendo desde baixo pelo efeito das águas quentes que a rodeiam, como comprovou a pesquisa de 23 cientistas e técnicos que viajaram a bordo do navio quebra-gelo australiano “Aurora Australis”. As imagens dos satélites já davam conta de que a Totten estava derretendo, mas o estudo liderado por Rintoul comprovou a hipótese de que as águas quentes estão derretendo desde seus alicerces. “Antes costumávamos pensar que esta parte da Antártida Oriental estava protegida e era menos suscetível às mudanças como é a Antártida Ocidental e pela primeira vez, foi possível ter evidências de que as águas quentes estão chegando até a Totten”, enfatizou Rintoul, ao se referir a esta expedição que conseguiu, pela primeira vez, chegar até a parte frontal da geleira para medir as águas submarinas. Para seu derretimento contribui o fato de que a Totten se assenta sobre um leito de rochas que está muito abaixo do nível do mar, o que a expõe mais às águas quentes, em processo parecido ao que ocorre nas zonas antárticas ao sul da América do Sul e que não é possível reverter. As temperaturas das águas que atingem a Totten no momento das medições era de cerca de quatro graus abaixo de zero, mas muito mais perto da base a água é “três graus mais quente do que o ponto de congelamento”, que depende da profundidade do oceano, explicou o cientista. Rintoul, chefe da expedição da Divisão Australiana Antártica, esclareceu que a Totten não derreterá completamente. “Pelo menos não em muitos milênios”, ressaltou, ao destacar que não se deve esperar que os níveis do mar no planeta aumentem em seis vezes, o que poderia acontecer no remoto caso da Totten se desintegrar completamente. Com as amostras a caminho do laboratório e novos estudos pela frente e projetos para desenvolver novas técnicas de medição, Rintoul espera poder determinar em um futuro próximo quanta água glacial está presente nos mares. O cientista também tenta averiguar quanto tempo a mais as águas antárticas podem contribuir para a absorção do gás carbônico da atmosfera. “Os mares antárticos como ‘ralo’ nos fazem um serviço, mas este vem com um custo, que é a acidificação dos oceanos. As mudanças na química dos oceanos têm implicações, como na vida marinha”, alertou o especialista. (Fonte: Terra)

Pesquisadores conseguem modificar DNA de células vivas

A biologia baseia-se na ativação precisa de genes específicos para funcionar corretamente. Se essa sequência fica fora de sintonia, ou um gene é ativado apenas parcialmente, o resultado muitas vezes pode levar a uma doença. Agora, bioengenheiros da Universidade de Stanford (Estados Unidos) e outras universidades desenvolveram uma espécie de código genético programável que lhes permite ativar ou desativar genes de acordo com a sua preferência em células vivas. O trabalho está publicado na edição atual da revista “Cell”, e poderia ajudar a inaugurar uma nova geração de terapias genéticas. A técnica é uma adaptação da CRISPR, uma ferramenta genética relativamente nova que faz uso de um mecanismo de defesa natural que as bactérias evoluíram ao longo de milhões de anos para “fatiar” o DNA de vírus infecciosos. A CRISPR padrão consiste em dois componentes: um RNA curto que corresponde a um local particular no genoma, e uma proteína chamada Cas9 que corta o DNA nesse local. Para efeitos de edição de gene, os cientistas podem controlar onde a proteína parte o genoma, inserir um novo gene no corte e juntá-lo novamente. Introduzir o código genético, contudo, é apenas uma maneira de influenciar a forma como o genoma é expresso. Outra envolve a célula dizer o quanto ativar um gene particular, controlando, assim, a quantidade de proteína que uma célula produz a partir desse gene. É essa ação que Lei Stanley Qi, professor assistente de bioengenharia e de biologia de sistemas químicos na Universidade de Stanford, e seus colegas pretendem manipular. Influenciando o genoma No novo trabalho, os pesquisadores descrevem como eles desenharam a molécula CRISPR para incluir um segundo pedaço de informação no RNA, instruindo a molécula para aumentar (regular positivamente) ou diminuir (regular negativamente) a atividade de um gene alvo, ou ligá-lo/desligá-lo completamente. Além disso, ela foi projetada para que pudesse afetar dois genes diferentes ao mesmo tempo. Numa célula, a ordem ou o grau em que múltiplos genes são ativados podem produzir diferentes produtos metabólicos. “É como dirigir um carro. Você usa a roda para controlar a direção e o motor para controlar a velocidade, e como você equilibra os dois determina a forma como o carro se move”, explica Qi. “Nós podemos fazer a mesma coisa no meio celular ao regular negativa ou positivamente os genes, e produzir resultados diferentes”. Como prova de princípio, os cientistas usaram a técnica para assumir o controle de uma via metabólica de levedura, ligando e desligando genes em várias ordens para produzir quatro produtos finais diferentes. Eles, então, testaram a técnica em dois genes de mamíferos que são importantes na mobilidade celular, e foram capazes de controlar a direção da célula e quão rápido ela se movimentava. Terapias futuras A capacidade de controlar genes é uma abordagem atraente na concepção de terapias genéticas para doenças complexas que envolvem vários genes. Segundo Qi, o novo sistema pode superar vários dos desafios de terapias experimentais existentes. “Nossa técnica nos permite controlar diretamente múltiplos genes e vias específicas do genoma sem expressar novos transgenes ou comportamentos descontrolados, como produzir excessivamente uma proteína, ou fazer isso nas células erradas”, afirma. “Poderíamos eventualmente sintetizar dezenas de milhares de moléculas de RNA para controlar o genoma ao longo de um organismo inteiro”. Em seguida, Qi planeja testar a técnica em camundongos e aperfeiçoar seu método. Atualmente, os cientistas usam um vírus para inserir a molécula numa célula, mas gostariam eventualmente de simplesmente injetar as moléculas no sangue de um organismo.[Phys.org]