Campeões da reciclagem
O alumínio continua como a matéria-prima mais reciclada no Brasil.
A pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que 91,5% das latinhas de alumínios são recolhidas para reciclagem.
Bem atrás, estão as embalagens PET (54,8%), o vidro (47%), as latas de aço (46,5%) e o papel (43,7%).
A reciclagem das embalagens de leite longa vida e de sucos estão em último lugar (26,6%). Esse tipo de material começou a ser reciclado nos últimos dez anos e está em processo de crescimento.
Reciclagem de alumínio
A reciclagem do alumínio, que no Brasil é uma das maiores do mundo, acima dos Estados Unidos (54,2%) e Japão (87,3%), caiu em 2008 em relação a 2007, quando o índice atingiu o pico de 96,5%.
Apesar da diminuição, o percentual ainda é alto e reflete o valor de mercado da sucata de alumínio, uma das mais bem pagas pelo mercado.
De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) 1 tonelada de latinhas (1 quilo equivale a 75 latinhas) custava R$ 2,780 mil na segunda semana de agosto.
"É por conta disto que o papel, o vidro, a resina PET, as latas de aço, as embalagens longa vida, de mais baixo valor no mercado, apresentam índices de reciclagem bem menores", diz o documento.
Um dos responsáveis pela pesquisa, Judicael Clevelario acrescenta a que a separação de materiais ainda é associada à imagem do catador, normalmente uma pessoa pobre ou desempregada, e não foi incorporada na rotina do brasileiro.
Preço mínimo para material reciclado
Para os próximos anos, a avaliação é de que com o estabelecimento de preços mínimos para os materiais, além dos avanços das leis ambientais, da educação e da coleta seletiva, o percentual de reciclagem possa aumentar para todos os materiais.
Como fator de estímulo à prática, a pesquisa destaca que a reciclagem reduz o consumo de energia e a extração de matérias-primas, evitando a emissão de mais gases de efeito estufa.
As embalagens Tetra Pak (empresa de processamento e envase de alimentos), em especial, diminuem a emissão de ozônio, porque dispensam refrigeração.
Isabela Vieira - Agência Brasil
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