Duas organizações de proteção ambiental lançaram ontem um novo tour pelo Google Earth que mostra os impactos negativos da construção da Usina de Belo Monte.
A Amazon Watch e a International Rivers também disponibilizaram no YouTube o vídeo “Defending the Rivers of the Amazon," (Defendendo os Rios da Amazônia) narrado pela atriz Sigourney Weaver.
A ideia é atrair atenção das pessoas para a construção da hidrelétrica na região da Volta Grande do Rio Xingu, no Pará. Segundo o governo, o projeto terá um custo total de R$19 bilhões e capacidade instalada de 11.233 megawatts (MW) – além da garantia assegurada de 4.571 MW. Com esses números, Belo Monte deve ser a terceira maior hidrelétrica do mundo (perdendo para Três Gargantas, na China, e Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai).
No entanto, o projeto vem recebendo pesadas críticas de ambientalistas que alegam que, não só a construção da hidrelétrica em si derrubará quilômetros de floresta, emitirá muito CO2 e desalojará mais de 20 mil pessoas, como também a mudança no Rio Xingu trará enormes impactos para animais e plantas da região.
No dia 26, o governo assinou a concessão para a construção da usina, que deve começar a operar em fevereiro de 2015 e será finalizada em 2019.
A ideia para o tour do Google Earth surgiu quando James Cameron e a atriz Sigourney Weaver, que atuou no mais recente sucesso do diretor, Avatar, viajaram ao rio Xingu em abril com a Amazon Watch e o Instituto Socioambiental (ISA).
Cameron também produziu um vídeo sobre Belo Monte chamado “A Message from Pandora” (Uma Mensagem de Pandora). O nome é uma clara alusão a Avatar, no qual uma lua distante chamada Pandora é explorada inescrupulosamente pelos humanos em busca de um caríssimo minério.
Usando sobreposições e modelos 3D, o tour do Google mostra também os potenciais de energia solar e eólica como alternativa para a demanda energética do país.
http://info.abril.com.br
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