Dez estados do Brasil correm risco muito alto de epidemia de dengue no primeiro semestre de 2011, período no qual as incidências da doença aumentam. Outros nove apresentam risco alto e cinco, mais o Distrito Federal, foram considerados como áreas de risco moderado.
O anúncio foi feito por José Gomes Temporão, ministro da Saúde, nesta quarta-feira (1º) em coletiva na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. O risco muito alto está presente nos estados Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernanbuco, Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe.
As unidades federativas do Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins apresentam risco alto.
Um novo indicador para monitoramento da dengue, com foco nos sorotipos 1, 2 e 3 será adotado por todos o municípios do país para o controle da epidemia. Chamada Risco Dengue, a ferramenta consiste em cinco indicadores, três de saúde, um ambiental e outro demográfico.
Os critérios, circulação do vírus, incidência da doença entre 2000 e 2010, números de infestações, somados a indicador de densidade demográfica e dados sobre abastecimento de água e coleta de lixo, servirão para identificar melhor as áreas com maior chance de desenvolver uma epidemia e antecipar as medidas de combate, especialmente ao vetor Aedes Aegypti.
Um dos objetivos do projeto é o de ampliar a adoção do LIRA, mecanismo anterior para controle da dengue no país, com 80% de eficácia. Para Temporão, o Risco Dengue possui a vantagem de ser mais sensível e permitir a detecção mais rápida do quadro epidemiológico nos “pontos quentes” ou regiões de risco maior.
“É um indicador mais sensível, incorpora o abastecimento de água e a limpeza, além da densidade populacional”, disse o ministro. “A probabilidade de avaliar o risco é ainda maior.”
Dengue 4 – Temporão afirmou que nenhuma medida adicional será tomada em relação à possibilidade de disseminação do sorotipo 4 da dengue, vindo da Venezuela e que afetou três pessoas em Roraima, com outros 9 casos suspeitos analisados no Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Para o ministro, o vírus, que não circulava no país há 28 anos, foi combatido com sucesso no estado. “Todas as medidas de contenção como borrifamentos, visitas domiciliar, informação à população e bloqueio dos bairros com casos foram tomadas”, disse Temporão. “Do ponto de vista prático, não há evidência do vírus em outros estados.”
(Fonte: G1)
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