Enquanto negociadores de quase 200 países tentam chegar a um acordo climático para redução de emissões de gases do efeito estufa, um estudo divulgado nesta terça-feira (6) em Durban, na África do Sul, indica que, mesmo cumprindo as metas atualmente propostas pelos principais poluidores, o planeta deve ter um aquecimento de 3,5ºC até o fim do século.
Nos Acordos de Cancún, além de prometer metas de redução de emissões voluntárias, os países assumiram o compromisso de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, patamar considerado seguro pela ciência atual.
Acima desta elevação de temperatura, as consequências para o planeta podem ser potencialmente catastróficas, segundo os cientistas.
O estudo Rastreador de Ação Climática, uma iniciativa alemã da consultoria Ecofys em parceria com o Instituto de Pesquisas sobre o Impacto do Clima de Potsdam e a organização não-governamental Climate Analytics, também recomenda a tomada de ações mais ambiciosas para manter mais baixos os custos de redução de emissões.
‘Quanto mais esperarmos, mais caro vai ficar. Se as metas só forem revisadas em 2015 ou mais tarde, as oportunidades de mitigação caem drasticamente’, afirmou o diretor de Política Climática e Energética da Ecofys, Niklas Höhne.
Com outras pesquisas recentes indicando um salto na emissão de dióxido de carbono, (CO2), nos últimos anos, seriam necessárias medidas urgentes para seguir as recomendações dos estudiosos.
De acordo com o diretor da Climate Analytics, Bill Hare, o mundo teria que atingir o seu pico de emissões antes de 2020 para então entrar em um caminho seguro.
‘Atualmente, emitimos cerca de 50 gigatoneladas de carbono equivalente (GtCO2-eq) – medida que leva em consideração todos os gases que provocam o efeito estufa – por ano. Em 2020, teríamos que estar em 44 GtCO2-eq ‘, afirmou Hare.
Mudan
Nenhum comentário:
Postar um comentário