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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Acordo que prevê redução de sódio em alimentos é ampliado

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou na manhã desta terça-feira (13), em São Paulo, a ampliação do acordo voluntário com associações da indústria para a redução da quantidade de sódio em alguns dos alimentos. A cerimônia que aconteceu no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Um primeiro acordo de redução de sódio nas massas instantâneas e pães (bisnaga e pão de forma), que já tinha sido assinado no primeiro semestre, foi ampliado para batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, maionese, biscoitos (doces e salgados), salgadinhos. “Tínhamos três tipos de produtos que faziam parte do acordo e temos trabalhado fortemente para chegar a 15 produtos”, declarou.

O sódio tem a função de conservante e também está presente no sal de cozinha. O excesso que é ingerido através dos alimentos provoca prejuízos como a retenção de líquidos e a hipertensão. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a ingestão diária de sódio seja de 5 gramas por dia. “A média do povo brasileiro é de 12 gramas. Por isso, temos que atacar em várias frentes para reduzir a ingestão de sódio desses alimentos. Uma delas é a indústria produzir produtos mais saudáveis”, afirmou o ministro.

Embora o acordo assinado nesta manhã não preveja multas ou punições, as indústrias que se comprometerem a colaborar serão monitoradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelas vigilâncias estaduais. De acordo com Padilha, a Anvisa pode denunciar que a meta de redução não foi respeitada pela indústria e retirar a classificação de produto mais saudável para os produtos.

É um acordo voluntário, mas é lógico que a indústria ganha com isso ao ter também esse papel de responsabilidade social”, disse Padilha.

Com os acordos firmados, o Ministério da Saúde estima que retirará do mercado, até 2014, 1634 toneladas de sódio. “As pessoas vão ter um alimento mais saudável e isso contribui para que cuidem ainda mais da saúde e para que não precisem fazer tratamentos ou até passar por intervenções cirúrgicas”, disse.

O pão francês (2,5%), bolos prontos (7,5% a 8%), mistura para bolos (8% a 8,5%), biscoitos doces e salgados (7,5% a 19,5%), maionese (9,5%), batatas fritas e batatas palhas e salgadinhos de milho tem até 2014 para atingir suas metas de redução. Já as batatas fritas e batatas palhas (5%) e os salgadinhos de milho (8,5%) terão até 2016.

(Fonte: Letícia Macedo/ G1)

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