A aprovação da reforma do código no plenário do Senado, nesta semana, causou uma avalanche de críticas internacionais de ambientalistas e opôs as ONGs à ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que chegou a Durban nesta quinta-feira para a COP-17, a conferência do clima da África do Sul.
Steiner, nascido no Rio Grande do Sul, afirmou a jornalistas que alguns trechos da lei trazem, sim, razões para preocupação com o futuro das florestas. Mas ponderou que a lei foi aprovada num processo democrático.
"Às vezes para mim é desconcertante nestas conferências internacionais que debates nacionais controversos num parlamento democrático sejam interpretadas de formas diferentes em países diferentes. Por que o debate no congresso dos EUA?"
"Se as pessoas querem julgar o Brasil, que o julguem pelo que ele fez. Redução recorde nas emissões por desmatamento no último período de relato. O Brasil provavelmente é o maior ator de mitigação no planeta nos últimos 24 meses, excedendo as ações dos países industrializados. Esse é o ponto de partida."
Steiner afirmou ainda que há iniciativas dentro do próprio Brasil para reverter o dano causado pela reforma. "Há uma petição de 1 milhão de assinaturas questionando se algumas provisões do código são mesmo do interesse da manutenção futura das florestas do Brasil. Segundo, há alguns apelos à presidente para que ela vete alguns itens", afirmou. "Vamos ver antes o que o processo democrático nos reserva, porque o código ainda não foi promulgado."
Folha de S. Paulo
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