Dois convênios firmados pelo Governo de Minas, nesta sexta-feira (23), em Baependi, no Sul de Minas, ampliarão as ações de desenvolvimento sustentável e conservação do meio ambiente na região. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) estabeleceu parcerias com a Fundação Matutu e com a Fundação Amanhágua para a execução de projetos na região do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, com investimentos que ultrapassam R$ 2 milhões. O convênio com a Fundação Matutu prevê a implantação do Núcleo de Apoio ao Consórcio de Ecodesenvolvimento Regional da Serra do Papagaio. A iniciativa teve início em abril de 2011, com a união dos municípios localizados no entorno do parque, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Emater-MG e do Sebrae para criar novos modelos regionais de desenvolvimento sustentável.
“Pelo acordo firmado nesta sexta, serão aplicados R$ 514.424,00 na estruturação do Núcleo de Apoio ao Centro de Ecodesenvolvimento Regional, no desenvolvimento de ferramentas de divulgação das ações e na elaboração de uma agenda de atividades para concretizar o novo modelo de gestão ambiental na região”, explica o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães.
O projeto ainda prevê a capacitação dos gestores públicos locais, lideranças e representantes da sociedade civil e a promoção de encontros periódicos com os proprietários de terras no entorno do parque para estimular o envolvimento dessas comunidades com a preservação da área.
Amanhágua
Já o Termo de Cooperação Institucional firmado com a Organização para o Bem da Água, da Natureza e da Vida (Amanhágua) prevê a continuidade das ações de proteção e recuperação da Mata Atlântica e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais na região do entorno do Parque Estadual da Serra do Papagaio. A Amanhágua já realiza atividades na região desde 2007, quando iniciou a parceria com o IEF.
Adriano Magalhães informa que pela cooperação com a Amanhágua serão investidos R$ R$ 1.526.152,00 na recuperação de 500 hectares de áreas de vegetação nativas, com a distribuição de 60 mil mudas aos produtores que participarem dos programas de recuperação da Mata Atlântica. “Também está previsto o plantio de 225 mil mudas da espécie candeia, 75 mil de eucalipto e 25 mil de guatambu em bosques comunitários que serão usadas nas propriedades rurais da região, gerando renda e reduzindo o uso de vegetação nativa”, completou.
A Amanhágua é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), com sede no município de Baependi e com atuação em 32 municípios do Sul de Minas Gerais. A parceria da organização com o IEF permitiu o desenvolvimento do projeto de viveiros familiares que, desde 2008, produziu cerca de 1,9 milhão de mudas utilizadas na recuperação florestal de cerca de 3,5 mil hectares de áreas no entorno do Parque Estadual da Serra do Papagaio e no estímulo à criação de alternativas de geração de renda para as comunidades locais.
Na região Sul do Estado, e também com o apoio da Amanhágua, teve início o projeto piloto de pagamento por serviços ambientais que, em 2008, deu origem ao programa Bolsa-Verde. Em 2011, foram efetuados pagamentos de R$ 6,8 milhões a 978 proprietários e posseiros rurais de todo o Estado pela preservação de 32 mil hectares de vegetação.
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