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quarta-feira, 13 de abril de 2011

IMC alto na adolescência está ligado à diabetes na vida adulta

Um estudo feito por pesquisadores israelenses e norte-americanos, publicado no New England Journal of Medicine, mostra que o aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) na adolescência está diretamente ligado ao risco de desenvolver diabetes e a incidência de doenças do coração na vida adulta.

A pesquisa foi feita ao decorrer de 17 anos, usando 37000 jovens israelenses, e demonstrou que, neste período, o IMC dos participantes aumentou de 0.2 a 0.3 por ano, enquanto a média de peso ganho foi de aproximadamente 13,6kg. Nesse período, 1173 novos casos de diabetes e 327 de doenças do coração foram diagnosticados.

Segundo os pesquisadores, o estudo sugere que a questão da obesidade na infância e adolescência é apenas a ponta do iceberg no aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças coronárias em idade adulta.

Mesmo considerando fatores como idade, índice glicêmico, gorduras no sangue, pressão sanguínea, tabagismo e histórico familiar, os pesquisadores perceberam que, aos 17 anos, mesmo IMCs considerados normais podem indicar a incidência de diabetes e problemas no coração. Assim, até mesmo o aumento de 1 ponto no índice pode aumentar em até 10% o risco de desenvolver diabetes tipo 2 na idade adulta e em 12% o de doenças coronárias.

Aos 17 anos, um adolescente tem risco elevado de desenvolver diabetes com IMC de 23,4kg/m² ou mais, enquanto, para os males do coração, 20,9kg/m² (valores correspondentes a adolescentes do sexo masculino que pesam, aproximadamente, 66kg e medem 1m78).

Os responsáveis pelo estudo, ainda, ressaltam a importância de cuidar dos hábitos nutricionais dos jovens, visto que, além de impedir a progressão da aterosclerose (inflamação crônica que forma placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos) e do processo das doenças cardíacas, também pode revertê-los.

Controle seu IMC com hábitos simples

Para manter o IMC na faixa indicada, uma boa dieta é fundamental. No entanto, fica difícil cuidar da alimentação, ainda mais quando rotinas cada vez mais pesadas exigem de adolescentes e adultos tempo demais para se preocuparem com essas questões.

A endocrinologista Cláudia Cozer, integrante da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), ensina que para quem não consegue fazer cinco refeições ao dia, realizá-las apenas três vezes é válido, desde que os alimentos ingeridos sejam de qualidade e sem exageros.

Pra quem não gosta muito versões integrais de alimentos, investir em outras fontes de fibras (como maçã, morango, aveia, cevada, centeio e leguminosas como feijão e lentilha) é uma boa dica.

Se você só consegue jantar tarde da noite, pelo motivo que for, opte por refeições leves e balanceadas, que ajudam no processo de emagrecimento. Nem os fãs de doce ficam de fora.

O importante é ponderar, já que algumas sobremesas são menos calóricas que barrinhas de cereais.

http://www.minhavida.com.br

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