Mais de 80% das pessoas com linfoma no Brasil não conheciam a doença antes de serem diagnosticadas. Esse é um dos principais resultados de uma pesquisa inédita realizada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) com mais de 2 mil pacientes, que buscou avaliar o nível de conhecimento e os processos e prazos enfrentados por quem desenvolve o quinto tipo de câncer mais freqüente no mundo.
Além dos números que mostram a falta de conhecimento sobre a doença, a pesquisa evidencia alguns problemas do sistema de saúde. Mais de 70% dos pacientes com linfoma esperam mais de um mês entre a primeira consulta e o encaminhamento ao médico especialista, responsável por confirmar a suspeita da doença. Além disso, mais da metade dos pacientes esperam mais de 30 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento.
A pesquisa será apresentada no 9º Lymphoma Interchange Meeting, realizado pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoteraria (ABHH), no dia 15 de abril, em São Paulo. A apresentação faz parte do lançamento oficial da campanha Juntos contra o linfoma, organizada pela ABHH em parceria com outras quatro sociedades médicas para ampliar o conhecimento do público e da classe médica sobre os sintomas mais importantes da doença e melhorar os índices de diagnóstico precoce, essencial para o sucesso do tratamento.
O linfoma
Segundo a ABHH, o linfoma é um câncer que tem origem no sistema linfático e ataca, principalmente, a defesa natural do organismo, o chamado sistema imunológico. Os vasos linfáticos transportam um fluido claro chamado linfa, que contém células brancas do sangue (linfócitos), que o organismo usa para combater infecções.
*Publicado originalmente no EcoD.
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