As facilidades que as inovações tenológicas nos proporcionam nos dias atuais são tão grandes que, por muitas vezes, esquecemos de como funcionam. Não é simplesmente apertar um botão e pronto. Não é mágica. Necessitam de uma fonte de energia, mas de onde ela vem? Será que vai durar para sempre? A sorte é que tem pessoas que se preocupam com isso por você.
A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis, de característica efêmera, os chamados combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás natural. Além do mais, essa base energética que suportou nosso crescimento nestas últimas décadas é altamente poluente desde a sua extração e com grande impacto ambiental. Outro tipo de energia não renovável, a nuclear, nos alerta para o perigo dos resíduos radioativos. O uso desenfreado desses combustíveis tem mudado substancialmente a composição da atmosfera e o equilíbrio térmico do planeta, provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas ácidas e o envenenamento de todo meio ambiente.
Sendo assim, a melhor solução para a continuação da evolução tecnológica e a segurança do meio ambiente é a utilização de novos tipos de energia. E elas já existem. São as chamadas energias renováveis, aquelas obtidas de fontes naturais, conhecidas pela imensa quantidade de energia que contêm e porque são capazes de se regenerar por meios naturais, sendo, portanto, virtualmente inesgotáveis. As mais conhecidas são: energia solar, obtida através da luz do Sol, podendo ser captada com painéis solares, que a transformam em energia térmica; energia eólica, obtida pela ação do vento, ou seja, através da utilização da energia cinética gerada pelas correntes aéreas; energia hidráulica, que se produz em barragens construídas em cursos de água. As centrais hidroelétricas aproveitam a energia dos rios para acionar uma turbina que move um gerador elétrico; biomassa, energia que se obtém durante a transformação de produtos de origem animal e vegetal para a produção de energia calorífica e eléctrica. Na transformação de resíduos orgânicos é possível obter biocombustíveis, como o biogás, o bioálcool e o biodiesel.
Outros tipos de energia menos conhecidos são a energia geotérmica, que consiste no aproveitamento de águas quentes e vapores para a produção de eletricidade e calor; energia maremotriz, que se obtém a partir do movimento das ondas, das marés ou da diferença de temperatura entre os níveis da água do mar; energia do hidrogênio, obtida da combinação do hidrogênio com o oxigênio, produzindo vapor de água e libertando energia que é convertida em eletricidade.
O grande problema é que as energias renováveis ainda são consideradas como alternativas ao modelo energético tradicional, mas o mundo parece estar voltando as suas atenções para esse assunto. O Brasil já demonstrou, em foros internacionais, a sua intenção em aprimorar o uso de energias renováveis e diversificar as fontes de geração de energia. O compromisso reduz o risco de um novo déficit hidrológico, que geralmente leva à crise e ao racionamento, como sucedido nos verões de 2001 e 2002.
Outros países se mobilizam para essa mudança de mentalidade. A Alemanha, por exemplo, provou como o uso das fontes renováveis pode ser útil ao Estado, à população e ao meio-ambiente. O país é responsável por cerca de um terço de toda a energia eólica instalada no mundo, representando metade da potência gerada em toda a Europa. O investimento em tecnologia também permitiu aos germânicos se destacarem na utilização de combustíveis de origem vegetal (biomassa). O investimento em energia alternativa é um fenômeno mundial. De acordo com um relatório das Nações Unidas, o investimento em empresas desse tipo atingiu um recorde de US$100 bilhões em 2006. Embora essas fontes de energia respondam por somente 2% da energia mundial, 18% do dinheiro investido em geração de energia atualmente estão aplicados em tecnologias de energia renovável como a eólica, solar e os biocombustíveis.
As energias alternativas têm o potencial de atender a maior parte da demanda crescente por energia, independentemente da origem, seja para a eletricidade, para o aquecimento ou mesmo para o transporte. Há três aspectos importantes que devem ser salientados: a sua viabilidade econômica, a sustentabilidade dessas fontes e a disponibilidade de recursos renováveis para a sua geração, o que varia nas diferentes regiões do globo.
Quaisquer que sejam as fontes de energia que venham a predominar em um futuro próximo terão que ter características que permitam baixíssima emissão de gases poluentes e grande capacidade de renovação.
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