Páginas

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Especialistas pedem mudança no setor alimentício para prevenir crise global

Um relatório realizado pelo Governo britânico pede mudanças radicais no setor alimentício para prevenir uma crise global em 2050, quando se prevê que a população mundial atingirá mais de 9 bilhões de pessoas.

O estudo divulgado nesta segunda-feira (24), intitulado “O futuro dos alimentos e a agricultura: desafios e opções para a sustentabilidade global”, foi realizado durante dois anos por 400 especialistas de 35 países, que concluem que é preciso tomar medidas urgentes para garantir uma segurança alimentar sustentável e a longo prazo.

“Como podemos alimentar 9 bilhões de pessoas de forma sustentável, equitativa e saudável?”, questionou o cientista chefe assessor do Governo, John Beddington, ao resumir o tema do estudo em sua apresentação em Londres.

A resposta é que os Governos e os organismos multilaterais devem dar “prioridade” à agricultura e abordar o assunto em fóruns internacionais como o Grupo dos Vinte 20 (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) e as negociações comerciais de Doha, e atuar com urgência integrando disciplinas relacionadas como a agricultura, a mudança climática e a provisão de energia.

Segundo Beddington, para prevenir uma possível crise global de recursos, com preços altos e crises de fome, devem considerar todas as opções, incluindo os cultivos de transgênicos – proibidos em países como o Reino Unido – e mecanismos que permitam reduzir o enorme resíduo de comida que se produz tanto por parte dos consumidores como dos supermercados.

O estudo estima que atualmente se perde 30% da comida que se produz, em parte devido à má infraestrutura.

Quanto à produção de alimentos, no setor agrícola, onde cada vez há menos terrenos cultiváveis disponíveis, os cientistas falam de uma “intensificação sustentável” dos cultivos, na qual deve combinar-se o uso das últimas tecnologias com a proteção do meio ambiente.

(Fonte: G1)

Nenhum comentário: