A Justiça do Rio Grande do Sul mandou o atacante Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo, reparar supostos danos ambientais resultantes da construção de uma casa em Porto Alegre.
De acordo com o Ministério Público, um trapiche de 142 metros e uma plataforma para pesca foram erguidos dentro de um lago sem as devidas licenças ambientais.
Também afirma que um córrego foi canalizado indevidamente e que pode ter havido corte ilegal de vegetação. A área, diz a ação, é de preservação permanente.
O irmão e empresário Roberto Assis também consta como réu na ação.
As supostas irregularidades na construção foram cometidas a partir de 2009. Segundo a Promotoria, os responsáveis foram avisados dos problemas ambientais e mesmo assim levaram adiante a obra. A propriedade fica na área que era de um clube de tênis da cidade.
Na liminar em que determina a remoção do trapiche, o juiz Mauro Caum Gonçalves afirma que tudo foi construído "por mero capricho dos réus". Gonçalves determinou a demolição da plataforma e da canalização do córrego em até 30 dias.
Ele estipulou uma multa de R$ 10 mil por dia na decisão, caso as medidas não sejam tomadas, e justificou afirmando que é "amplamente divulgado na mídia o alto valor" recebido por Ronaldinho nos clubes em que atuou.
A liminar foi expedida no último dia 10, mas só foi divulgada hoje.
Procurado pela Folha, o advogado da família Assis disse hoje desconhecer o processo. Ronaldinho está na Bolívia, onde o Flamengo vai enfrentar o Real Potosí pela Pré-Libertadores na quarta-feira.
Dentro de campo, o jogador passa por um momento turbulento. Primeiro está para receber mais de R$ 3 milhões do clube carioca e ainda entrou em conflito com o técnico Vanderlei Luxemburgo.
Folha.com
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