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sábado, 21 de janeiro de 2012

Exercício físico ‘recicla’ células, mostra estudo

Cientistas descobriram mais uma forma como a atividade física pode fazer bem à saúde. Uma pesquisa publicada online pela revista científica “Nature” nesta quarta-feira (18) mostra que os exercícios induzem a “autofagia”.

Na autofagia, a célula elimina organelas velhas e se alimenta desse material que ela mesmo expeliu. Em outras palavras, é um processo de “reciclagem” das células, que permite que elas se adaptem às mudanças nas demandas energéticas e nutricionais do corpo.

Essa “reciclagem” previne contra o desenvolvimento da resistência à insulina, que tem como principal consequência a diabetes tipo 2. Em outros estudos, já se mostrou também que o processo retarda o envelhecimento e protege contra alguns tipos de câncer.

O estudo que achou a relação entre exercícios físicos e esse processo foi feito com camundongos. Primeiro, os pesquisadores descobriram que isso acontece um tipo de camundongos selvagens. Depois, desenvolveram uma mutação genética em um grupo de animais para comparar o que acontecia com os dois grupos, e chegaram a essa conclusão.

“Antes desse estudo, pensava-se que a fome era o principal indutor de autofagia in vivo [em animais vivos], e agora descobrimos que uma pequena sessão de exercícios pode induzir autofagia de maneira semelhante em camundongos bem alimentados”, disse ao G1 Congcong He, da Universidade do Texas Southwestern, autora da pesquisa.

“Mais importante, é a primeira vez que é revelado o papel da autofagia na capacidade de resistência nos exercícios e os efeitos benéficos mediados à saúde pelo exercício”, completou a pesquisadora.

Inicialmente, o estudo encontrou a “reciclagem” induzida pelos exercícios em células musculares, localizadas no coração e perto dos ossos. No entanto, os cientistas que conduziram o estudo também já descobriram o processo no fígado, no pâncreas e em células adiposas.

“É possível que a autofagia tenha um papel essencial nos efeitos benéficos da autofagia também nesses órgãos, o que é um de nossos próximos passos, utilizando modelos de camundongos com deficiência de autofagia em tecidos específicos.

(Fonte: G1)

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