Brasília, 27 jan (Prensa Latina) O Fórum Social Temático (FST) 2012 entra hoje em sua quarta jornada na qual destacam os painéis sobre a integração latino-americana, as perspectivas da esquerda mundial e a democratização da comunicação.
Iniciado na terça-feira passada, com o lema Crise capitalista, justiça social e ambiental, o FST-2012 concluirá no próximo domingo. Os organizadores esperam que umas 30 mil pessoas assistam às mil atividades previstas no encontro, que se desenvolve em quatro cidades do estado brasileiro de Rio Grande do Sul.
Da extensa lista de assuntos a tratar nesta sexta-feira, se destacam - além dos já mencionados - O passado, presente e futuro da dívida na América Latina: dívida externa como um método de dominação e saque e Abordagem do papel da imprensa na transformação da sociedade.
Ontem à noite, em um dos principais momentos do encontro, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Brasil convive harmonicamente com seus vizinhos da América Latina e do Caribe, com os quais quer construir um polo de desenvolvimento e democracia no mundo.
No painel Diálogo entre sociedade civil e governo, e perante umas cinco mil pessoas reunidas no Ginásio Gigantinho de Porto Alegre, a mandatária assegurou que o Brasil é hoje outro país, mais forte, mais desenvolvido e mais respeitado.
Sustentou que da mesma forma que com seus vizinhos da América Latina e Caribe, o Brasil desenvolveu novas relações com seus irmãos africanos, com o mundo árabe, dando especial atenção à Palestina, que - sublinhou - esperamos possa se constituir em breve em um estado livre, pacífico e democrático e com sua soberania garantida.
Em outro momento de sua intervenção, Rousseff apontou que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que se realizará no Brasil no próximo junho, deve ser um momento importante de um processo de renovação de ideias.
"O Rio+20 vai enfrentar uma questão mais ampla e decisiva. Um novo modelo de desenvolvimento em suas dimensões econômica, social e ambiental", indicou.
O que estará em debate - afirmou - é um modelo de desenvolvimento capaz de articular o crescimento e a geração de emprego, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades, a participação social e a ampliação de direitos, educação e inovação tecnológica, o uso sustentável e a preservação dos recursos ambientais.
Por outro lado, na mesa Desenvolvimento soberano e proteção do meio ambiente, o secretário de produção rural do estado brasileiro do Amazonas, Eron Bezerra, sentenciou que o desenvolvimento só é possível com sustentabilidade e vice-versa. O que precisa ser debatido é a maneira de reduzir o impacto e criar alternativas".
Já o secretário nacional de Meio Ambiente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Aldo Arantes, vinculou a crise ambiental com a crise do capitalismo e apontou que o atual palco internacional de crise do capital expõe os limites desse sistema e os impasses impostos à humanidade.
Daí que, sublinhou, resulta imperativo buscar alternativas e a esquerda tem que assumir com firmeza a proteção do ecosistema e - ressaltou - "formar uma corrente marxista na questão ambiental".
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