Os turistas que visitarem a Ilha de Fernando de Noronha a partir de 2 de abril de 2012 pagarão na chegada à ilha, além da Taxa de Preservação Ambiental, uma taxa de acesso ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, no valor de R$ 65, para visitantes brasileiros, e de R$ 130, para estrangeiros, válida por até dez dias.
A cobrança, regulamentada através da Portaria nº 135, de 30 de dezembro de 2010, faz parte da transferência da administração das atividades de atendimento aos turistas do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) para a concessionária Cataratas do Iguaçu S.A., pelos próximos 15 anos.
A empresa paranaense, responsável desde 1999 pela gestão da visitação ao Parque Nacional do Iguaçu, venceu licitação em 2010 para desenvolver o mesmo trabalho em Fernando de Noronha. Como parte do contrato de concessão, firmado no fim de 2011, a empresa deverá investir nos próximos três anos R$ 8 milhões em obras de infraestrutura e ações para melhorar o acesso e as informações para os turistas.
“O que acontecia até agora era uma cobrança dentro dos serviços prestados na ilha. Uma parte do que era pago para realizar um mergulho, ou um passeio de barco, era destinada para o ICMBio. Agora o turista pagará apenas uma taxa para ter acesso ao Parque Nacional de Fernando de Noronha”, explica Celso Vitrio Florêncio, gerente geral da Cataratas do Iguaçu S.A e da EcoNoronha S.A. – filial criada para gerenciar o turismo no parque.
A administração do Parque Nacional Marinho continuará com o ICMBio, que receberá 14,7% da taxa cobrada dos turistas. A EcoNoronha poderá também comercializar produtos relativos à ilha. A empresa deve contratar 50 pessoas para trabalhar como atendentes, monitores de trilhas e vendedores. Celso Vitrio Florêncio ressalta que a experiência adquirida na gestão do Parque do Iguaçu foi um motivador para participar da concorrência para gerir o parque de Noronha.
“Em Foz do Iguaçu a visitação aumentou de 700 mil turistas para 1,3 milhão de turistas por ano. Em Fernando de Noronha não trabalhamos com a intenção de aumentar o número de visitantes, até porque a estrutura da ilha não comporta. Nosso planejamento é investir em ações ambientais, incluindo energias limpas, tratamento de esgoto e destinação adequada do lixo”, detalha.
As ações iniciais serão executadas em três etapas e incluem a construção de Pontos de Informação e Controle (PICs) nas praias do Golfinho, do Sueste, do Leão e de Atalaia; a melhoria e manutenção das trilhas do Golfinho e de Atalaia; a construção de um deque de observação na praia do Leão; a revitalização do Centro de Visitantes, incluindo a montagem de uma exposição ambiental.
Os pontos de apoio contarão com guarda-volumes, banheiros, locação de equipamentos e informações turísticas e ambientais. Um dos serviços oferecidos será a locação de bicicletas, com pontos espalhados pela ilha. A EcoNoronha S.A. também está trocando as placas de sinalização na ilha. Outra iniciativa é adaptação da trilha do Golfinho para cadeirantes, num percurso de 1,5 Km de extensão.
Saiba mais
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha agora é gerido pela EcoNoronha
O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) continua responsável pela gestão ambiental do parque nacional, enquanto a Econoronha será responsável pela relação com os turistas nos próximos 15 anos
A partir de 2 de abril será cobrada uma taxa de R$ 65 por turista brasileiro e R$ 130 por turista estrangeiro que visitar a ilha, permitindo o acesso ao parque por até 10 dias
A concessionária vai investir R$ 8 milhões em dois anos para melhorar a infraestrutura para o turista, em três fases:
1ª fase: construção de Pontos de Controle e Informação (PICs) do Golfinho, do Sueste (com deck de observação), do Leão (com mirante) e da trilha do Golfinho;
2ª fase: obras na sede administrativa, PIC e trilha do Atalaia;
3ª fase: revitalização do centro de visitantes, montagem de uma exposição ambiental.
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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