A Transpetro, braço de logística da Petrobras, será multada pelo vazamento de petróleo que atingiu nesta quinta-feira (26) a orla de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A garantia é do superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, João Pessoa Moreira Júnior. No início da tarde desta sexta-feira (27), o representante da entidade ambiental disse ao G1 que a empresa será autuada em um valor que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões.
“Houve o dano, tem de ter multa”, diz Moreira Júnior, acrescentando que o valor será definido com base no laudo técnico com as informações do impacto do vazamento no meio ambiente.
O superintendente regional participou no final da manhã desta sexta-feira (27) de uma reunião com representantes do Comando Ambiental da Brigada Militar de Tramandaí, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Marinha do Brasil. No encontro, foi determinado que as quatro instituições elaborarão o laudo técnico em conjunto.
O representante do Ibama ressaltou o fato de a Transpetro ter cumprido o plano de emergência, que prevê o contato imediato com a entidade em caso de acidente e a limpeza da praia, realizada na madrugada desta sexta-feira (27) por 130 funcionários da subsidiária da Petrobras. A atitude, no entanto, não amenizará o valor da multa. “Se eles não tivessem posto em prática o plano de emergência, haveria outra multa por descumprimento do plano ambiental”, destacou.
Falha técnica – O superintendente não acredita que tenha havido negligência por parte da equipe da Transpetro. “Creio que tenha sido uma falha técnica no equipamento da monoboia e na válvula”, disse o superintendente, que, no entanto, ressalta que é cedo para avaliar a razão do acidente. “Temos de esperar o relatório da empresa e a perícia”, declarou.
O Departamento Estadual de Investigações Criminalísticas (Deic), da Polícia Civil, instaurou um inquérito para investigar o caso. Ainda nesta sexta-feira (27), o Instituto Geral de Perícias (IGP) deve vistoriar o local, segundo a Brigada Militar da cidade litorânea. Segundo Moreira Júnior, a Polícia Federal deve adotar o mesmo procedimento.
(Fonte: Felipe Truda/ G1)
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