Depois de 18 meses sem mortes, a gripe das aves fez uma nova vítima na China: um homem de 39 anos, em Shenzen. A morte foi divulgada um dia depois de a Organização Mundial de Saúde ter alertado para o perigo das mutações laboratoriais do vírus.
M. Chen, um condutor de autocarro daquela cidade próxima de Hong Kong, apresentou os primeiros sintomas a 21 de Dezembro e foi internado no dia de Natal. Este sábado, as autoridades chinesas anunciaram a sua morte, após ano e meio sem vítimas provocadas pelo vírus.
Segundo o departamento de saúde de Shenzen, nenhuma das 120 pessoas que contactaram directamente com a vítima apresentavam sinais de terem contraído o H5N1. Na semana passada, as autoridades de Hong Kong abateram 17 mil galinhas, depois de o vírus ter sido detectado num mercado de aves, suspendendo a importação de galináceos vivos do continente.
Vírus mais letal
Entretanto, a OMS mostrou-se preocupada com aquilo que diz serem abusos nas investigações realizadas por uma equipa holandesa e outra dos Estados Unidos. Segundo a organização, os cientistas conseguiram criar uma forma altamente patogénica, capaz de provocar pandemias letais entre os seres humanos, e considera que este trabalho deve ser rigidamente controlado.
O H5N1 é extremamente mortal em pessoas que estão directamente expostas ao vírus de aves infectadas. Desde que foi detectado, em 1997, infectou 600 pessoas, tendo morrido mais de metade. O vírus não passa ainda entre humanos, embora os investigadores temam que essa mutação possa vir a acontecer.
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