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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Veterinários serram chifres de rinocerontes para evitar mortes

Ver rinocerontes com chifres deformados virou uma cena comum no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. A medida extrema foi uma decisão dos veterinários do parque para tentar salvar a espécie da extinção.

Os rinocerontes são constantemente caçados por causa de seus chifres. Os invasores ariscam-se na área onde vivem leões e tigres para matar rinocerontes. Centenas desses animais são mortos, o que tem causado uma crise na proteção da espécie, considerada em risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUNC). A caça, que antes ocorria de forma primitiva, hoje acontece com armamentos militares.

Os animais são mortos para abastecer o comércio ilegal de “remédios” chineses. Os orientais acreditam que os chifres dos rinocerontes têm poderes afrodisíacos, e no Vietnã acredita-se que os chifres podem curar o câncer. Não há nenhuma evidência científica de que os chifres – feitos de queratina, o mesmo material que reveste as unhas e o cabelo – tenham alguma propriedade medicinal.

Desde abril, os soldados do exército regular sul-africano estão mobilizados ao longo da fronteira com Moçambique para tentar salvar a espécie da extinção. Em março, mais de 40 rinocerontes foram mortos. Os caçadores abandonaram as táticas primitivas e passaram a invadir o parque com rifles militares e óculos de visão noturna.

Com cerca de 20 mil quilômetros quadrados, a região é um dos últimos refúgios dos rinocerontes brancos e pretos na natureza. Existem na área cerca de 1.900 rinocerontes brancos e mais de 200 rinocerontes pretos.

Situado entre a capital de Moçambique, Maputo e a velha cidade mineira da província de Mpumalanga, no noroeste da África do Sul, o Kruger Park foi criado em 1926 e é uma das mais antigas reservas naturais do mundo e uma das mais importantes de África.

O Kruger é considerado uma dos dez parques naturais mais importantes do mundo. Vivem na região mais de 500 espécies de aves, 112 de répteis e 150 de mamíferos. O local é um refúgio para animais como leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte.

(Fonte: Globo Natureza)

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