Doação de Medula Óssea
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso onde são produzidas todas as células do sangue. O transplante surge como alternativa quando o paciente tem algum câncer, como leucemia, linfomas e outras neoplasias do sangue, e os tratamentos propostos pelo médico não atingem os resultados esperados.
Hoje, o Brasil é o terceiro com maior número de doadores no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. De acordo com o Ministério da Saúde, a chance de se encontrar uma medula compatível é de 65%, nos anos 2000 era de apenas 10%.
O cadastro de doadores de medula óssea é muito importante pelo fato de ser muito difícil conseguir uma medula compatível e poucos pacientes conseguirem doadores na família. "Raramente alguém consegue um doador compatível que não seja um irmão", diz Fábio. Atualmente, há uma espera média de dois a seis meses para encontrar uma compatibilidade.
É simples doar: basta comparecer a um hemocentro e ter de 18 a 55 anos de idade, além de bom estado de saúde. Fábio explica que poucas doenças impedem a doação de medula e isso depende do estado do paciente. Pessoas com doenças crônicas controladas, por exemplo, podem, sim, ser doadoras.
Para o cadastro, são retirados 5ml de sangue para rastrear características genéticas. Os dados são inseridos no cadastro do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.
Caso exista um receptor compatível, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Depois, faz alguns exames clínicos para confirmar o seu bom estado de saúde. Não é necessária uma mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. "A colheita da medula pode ser feita através dos ossos pélvicos, onde é necessário um procedimento cirúrgico, ou através do sangue. Ambos os métodos são seguros e indolores", diz Fábio.
O volume retirado para a doação é de, no máximo, 15% da medula, o que não compromete em nada a saúde do doador. O doador estará apto a realizar o mesmo procedimento após um mês.
Doação de Plaquetas
Plaqueta é um elemento do sangue responsável pela coagulação e é algo que falta, principalmente, em pacientes que fazem quimioterapia ou que receberam recentemente transplante de medula óssea, fígado ou coração. Na doação normal de sangue, uma plaqueta costuma ser retirada. No entanto, cada transfusão de plaquetas precisa de sete delas!
A médica Luciana Sampaio, do departamento de medicina transfusional da Fundação Pró-Sangue, afirma que toda doação é sempre bem-vinda e em todas as épocas do ano. "Temos alguns períodos mais críticos, como feriados e férias escolares", diz. A fundação recebe 12 mil doações de sangue por mês, mas apenas 400 de plaquetas.
Na hora da doação, que dura de 60 a 90 minutos, é feito um exame de contagem de plaquetas. Após isso, a transfusão para o paciente deve ser realizada em, no máximo, cinco dias. Segundo Luciana, todos os tipos sanguíneos são importantes, mas os mais requisittados são os tipos O e A, por serem mais frequentes na população.
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