governo do Paraná estimou, nesta quarta-feira (16), que seriam necessários R$ 88 milhões para reconstruir as cidades e as estradas mais prejudicadas pelas chuvas dos últimos dias. Quatro mortes foram confirmadas no estado.
A chuva parou, mas 16,7 mil pessoas ainda não podem voltar para casa. Em Antonina e Morretes, bairros inteiros estão interditados, porque continua o risco de deslizamentos.
Nas estradas que dão acesso ao litoral do Paraná, o trânsito foi liberado, mas as filas são enormes, principalmente de caminhões. Na BR-376, em vários pontos, a terra que caiu dos morros não foi retirada.
Na BR-277, também há vários trechos em meia-pista. Para chegar até as cidades atingidas pelas chuvas, é preciso enfrentar tráfego intenso.
Desde a semana passada, um dos principais acessos à cidade de Morretes estava interrompido por causa da queda da cabeceira de uma ponte. Nesta quarta, o Exército instalou uma ponte móvel para permitir a passagem dos veículos. Ela vai ficar no local até que as obras de reconstrução da cabeceira sejam concluídas.
Mesmo com toda essa dificuldade, a ajuda aos desabrigados está chegando. Um casal de Curitiba encarou a estrada com dois carros cheios de roupas, comida e eletrodomésticos. “Vai dar para dividir para bastante gente, se Deus quiser. Sábado que vem, nós pretendemos também mais uma campanha dessa e mais coisas ainda”, declarou um senhor.
As doações também vêm de barco. Nos abrigos, a solidariedade diminui o sofrimento das famílias que tiveram que abandonar as casas. Ronaldo e a cabeleireira Jaqueline Martiniuk conseguiram fraldas e roupas para o filho Samuel, de 4 meses. “O bombeiro não deixa a gente entra lá dentro da casa para pegar as coisas. Acho que nem tem como pegar para salvar, porque molhou muita coisa”, contou Jaqueline.
(Fonte: G1)
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