Imaginem que o Brasil tenha trocado seis vezes de presidente em quatro anos.
E o povo, insatisfeito, se preparava para exigir a troca de mais um.
Em uma comparação grosseira, é o que acontece no Japão.
Em quatro anos de governo, o Japão trocou seis vezes de primeiro-ministro.
E tudo se encaminhava para mais uma nova troca de premier, os japoneses estão extreamemente descontentes com o atual, Naoto Kan.
Ficou clara a posição do povo japonês em relação aos governantes japoneses, o que eles dizem e informam sobre qualquer assunto, inclusive atômico? A confiança é pequena.
#Edanonero - em japonês bem grosseiro significa "Edano (Yukio Edano, o porta-voz do governo) vai dormir.
#Kanokiro - Kan (Naoto Kan, o primeiro-ministro) acorde.
Duas das tags mais frequentes nas twittadas dos japoneses.
Amigos perguntam: são confiáveis os dados transmitidos pela TEPCO/governo japonês sobre a usina de Fukushima? Nunca foram.
Grupo de ambientalistas japoneses, que sempre brigaram pelo fim destas usinas velhas (a de Fukushima já conta com 40 anos de atividade), supervisionam em todo o país os níveis de radiação há tempos. Agora então, muito mais atentos do que nunca aos resultados das medições em todo o território. Idem grupos estrangeiros, ongs diversas, a OMS.
As tvs comerciais e a estatal NHK transmitem boletins sobre os valores da radiação, medidos em vários pontos do país por médicos e explicações dos riscos à saúde.
Estas entidades e especialistas afirmam (veja bem, não sou eu a dar este parecer, portanto não me cobre nada) que, por enquanto, não há prejuízos à saúde de pessoas que moram fora da região próxima à Fukushima Dai Ichi.
A querida amiga Silvia Satie, que reside em Tokyo, traduziu um parecer técnico sobre o nível de radiação atual, divulgado pela embaixada britânica no Japão.
Avaliação de Sir. John Beddington, cientista chefe e conselheiro do governo britânico junto aos vários técnicos gabaritados na área nuclear.
O governo americano pede que seus cidadãos evacuem uma área de 80km ao redor da usina.
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As principais rotas de acesso à região do terremoto estão sendo reconstruídas.
Em muitos pontos do país a infraestrutura afetada segue em obras aceleradas de reparo.
Por exemplo, a rota Mito - Naka, mostrada nesta foto.
Imagem do site da Nexco (empresa que administra esta estrada).
O acesso em breve estará liberado (apenas para os veículos de emergência).
Fonte Alexandre Mauj Imamura Gonzalez direto do Japão
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