Pesquisa recente divulgada pelo IBGE mostra que o esgoto doméstico é o grande problema ambiental brasileiro, seguido do uso de agrotóxicos e fertilizantes que causam a maior parte da contaminação da água no país.
Das cidades que registram poluição permanente da água, 75% apontaram o despejo desse esgoto como a principal causa, segundo dados do mesmo estudo. Isso se deve, entre outras coisas, aos baixos investimentos no setor e à falta de educação ambiental da população, que não tem ideia do desdobramento dessa atitude cotidiana.
Prevê-se que seria necessário um investimento de 190 milhões de reais em esgoto sanitário e resíduo sólido, até 2020, para que a questão fosse resolvida. Mas não é o que se percebe que vá acontecer, dada a liberação de recursos do governo federal e aos interesses da maioria dos demais governantes.
O retorno das obras de saneamento demora a aparecer e normalmente estão associadas à saúde pública, deixando de trazer visibilidade imediata a quem está no poder. Por esses e outros motivos, como a necessidade de altos valores de investimento, em muitos casos o esgoto deixa ser problema prioritário a ser resolvido.
A falta de saneamento básico pode não só causar desequilíbrio ambiental, mas tornar a população vulnerável a doenças e afetar o abastecimento de água. Basta ver a situação do Tietê. Se esse reflexo não atingir nossa geração, poderá facilmente alcançar nossos filhos ou netos.
Tudo indica que os órgãos ambientais têm atuado de maneira rigorosa na questão ligada às Indústrias, uma vez que não mais se falam em poluição industrial em nossos rios, principalmente nos que tangem o Estado de São Paulo, colocando nossos empresários no rol dos “cumpridores da Lei”, em sintonia com a defesa e proteção do meio ambiente. Por outro lado, quando falamos na maioria dos administradores públicos pode-se considerar que a lei se torna cega, uma postura que pode trazer danos irreparáveis ao planeta, caso não sejam tomadas providências reais imediatas.
http://www.valenews.com.br/geral/11431-a-agua-e-o-problema-ambiental-brasileiro.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário