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sábado, 11 de maio de 2013

Referência internacional em botânica

A ideia de transformar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) em centro de referência internacional em botânica foi defendida pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na manhã de terça-feira (7), durante anúncio do novo perímetro da instituição. O projeto cumpre determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e tem como prioridade a preservação do meio ambiente, o patrimônio histórico tombado e a eliminação das situações de risco na área do parque. Para atingir estes objetivos, segundo a ministra, são necessárias iniciativas de fortalecimento ao parque, que vão desde o cuidado com a realocação das 620 famílias que hoje habitam a área até melhorias educacionais, culturais e estruturais. Essas medidas foram consolidadas em estudo realizado por grupo do governo federal, com representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Ministério do Meio Ambiente (MMA). Justiça social - “A partir desse estudo definimos o novo perímetro do JBRJ, que ficaria com área de 132,5 hectares e como será a interlocução com os moradores que hoje habitam o local”, explicou Izabella. O cuidado com essas pessoas e a visão do governo em buscar soluções para cada uma das famílias, seguindo suas particularidades e nos termos da legislação, fazem parte de todo o processo de transformação do Jardim Botânico. “O nosso objetivo com essas iniciativas é preservar o meio ambiente e cuidar das pessoas, de forma igualitária e socialmente justa”, acrescentou. A ministra informou, ainda, que será feito o recadastramento das famílias nos próximos 30 dias, com atendimento pessoal a cada um dos moradores, por meio de um escritório de apoio, montado dentro do próprio Jardim Botânico. “Todos os órgãos federais envolvidos participarão desse apoio e, no escritório, cada família poderá se informar sobre sua situação, caso a caso, e técnicos explicarão as etapas do processo e soluções propostas para cada caso”, salientou. O objetivo é assegurar o atendimento de todos, considerando a situação socioeconômica e as possibilidades previstas em lei. Fortalecimento - Como parte das medidas de fortalecimento ao JBRJ, foi identificada nos estudos uma área adicional de Mata Atlântica que se busca ampliar dentro do parque. “Vamos conversar com os proprietários dessa área para verificar se é possível a doação”, afirmou Izabella. “Assim, nós estaríamos ampliando com quase 3,5% a área além da definida no perímetro”. Além disso, ela também citou a necessidade da expansão da coleção de plantas brasileiras de Mata Atlântica, incentivos à Escola Nacional de Botânica Tropical, expansão na área de biotecnologia, estruturação de laboratório para sequenciamento molecular, expansão de viveiros de espécies nativas e consolidação do complexo sociocultural do parque. O ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luis Inácio Adams, reforçou que o novo perímetro do JBRJ é o reconhecimento de uma área do século passado e que é patrimônio histórico. “Estamos apenas reconhecendo o que está consolidado historicamente, o que nos levará a inúmeras negociações”. Já a secretária nacional do Patrimônio da União, Cassandra Nunes, destacou o cuidado por parte do governo dessas pessoas que vivem na área do parque há anos. “Precisamos ter um compromisso com cada família, dialogar e buscar soluções para todos”, explicou. Segundo ela, ainda não foram definidas quais as possibilidades de solução para as famílias, mas ela garante que serão adequadas às necessidades econômicas e culturais. Também participaram do anúncio o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e a presidenta do Jardim Botânico, Samyra Crespo. (Fonte: MMA)

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