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domingo, 26 de maio de 2013

Falta de iodo na gravidez pode afetar inteligência de crianças

A deficiência de iodo na gravidez pode afetar a inteligência de crianças em idade escolar. Esta conclusão é de um estudo, publicado na revista científica Lancet, que acompanhou 1.040 grávidas na Grã-Bretanha - da gravidez, até que as crianças atingissem a idade escolar. Os exames mostraram deficiência de iodo em dois terços das mães pesquisadas - uma taxa iodo-creatinina menor do que 150 microgramas/g. O iodo é um nutriente essencial para a produção de hormônios pela glândula tireoide, que tem um efeito direto no desenvolvimento do cérebro do feto. Até recentemente acreditava-se que a deficiência do nutriente era um problema restrito aos países em desenvolvimento. Os pesquisadores concluíram que as mães com níveis baixos de iodo durante a gravidez tiveram crianças com um rendimento escolar ligeiramente abaixo dos seus colegas. Mas o estudo também tem suas próprias deficiências. A principal delas é o uso do teste de QI (quociente de inteligência) para avaliar as crianças, que foram submetidos a testes aos oito e aos nove anos. Além das pesadas críticas que este tipo de avaliação recebe dentro da própria comunidade científica, já se demonstrou que motivação e hábitos de estudo importam mais que o QI quando se considera o rendimento global dos estudantes. Outro problema é a ingestão de alimentos sabidamente ricos em iodo durante a gestação, como peixes e laticínios. Apesar de se saber que deficiências severas de iodo na mãe possam afetar o desenvolvimento cerebral do bebê, inúmeras mulheres ainda recebem orientações de seus médicos para moderarem o consumo de peixe por medo de um outro elemento, o mercúrio, ainda que se saiba que a ingestão de peixe na gravidez pode, por exemplo, diminuir a chance de alergias nos bebês. Deficiências à parte, o estudo agora publicado revelou um padrão, com as crianças de mães com baixo nível de iodo apresentando um QI cerca de três pontos abaixo de seus colegas - por volta de 2% de variação. Isto significa, segundo os pesquisadores, que a deficiência de iodo pode "impedir que crianças atinjam seu potencial pleno". Mas eles rapidamente desaconselham a ingestão de pílulas de algas marinhas pelas grávidas porque elas contêm doses de iodo altas demais. Ou seja, nada parece ter mudado em relação à recomendação básica dada às gestantes: siga uma dieta balanceada. Redação do Diário da Saúde

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