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sábado, 18 de maio de 2013

Brasileiros criam material 10 vezes melhor para matar bactérias e fungos

O professor acredita que, pela potência do material, ele possa vir a se tornar comercial em poucos meses. Pesquisadores da UFSCar e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram um novo tipo de material artificial com capacidade dez vezes maior de matar bactérias e fungos, comparando-se com os produtos encontrados atualmente no mercado. Chamado tungstato de prata, o material também tem propriedades fotoluminiscente e fotodegradante, responsáveis por tratar compostos prejudiciais ao ser humano que podem ser encontrados na água, por exemplo, além de poder oferecer avanços nas áreas da saúde, cerâmica, em propriedades eletrônicas de materiais, estrutura eletrônica e química. O material, originário da prata, surgiu após a sintetização de dois compostos do metal, o molibdato, que atua no metabolismo da bactéria, e o tungstato, responsável por inibir o desenvolvimento da bactéria. Durante o processo, os pesquisadores perceberam que a exposição desse material a um microscópio de transmissão, onde há uma quantidade maior de elétrons, foi notada uma propriedade inédita na literatura científica, o crescimento de prata na presença de elétrons. Bactericida e fungicida Testando o caráter bactericida do material desenvolvido, também foi constatado que este pode funcionar como fungicida. O material conseguiu matar fungos, como a Cândida, por exemplo, que causa infecções graves nos seres humanos, de maneira muito mais rápida comparada aos poucos compostos capazes de exterminar esse tipo de microrganismo. "Alguns produtos encontrados no mercado, atualmente, podem demorar anos para agir," afirma o coordenador do estudo na UFSCar, professor Elson Longo. Normalmente, materiais bactericidas e fungicidas são aplicados em embalagens, bebedouros e até em secadores de cabelo. Esse tipo de composto também poderá ser aplicado em tintas para paredes de hospitais para estarem imunes a bactérias e, agora com o tungstato de prata, também de fungos. O pesquisador também conta que o produto passará a ser desenvolvido em escala semi-industrial para novos testes. O professor acredita que, pela potência do material, ele possa vir a se tornar comercial em poucos meses. "Já que esse material é muito mais eficaz, não há concorrência no mercado. Quando a eficácia é semelhante aos demais, se trabalha com o preço do material para que ele possa ser competitivo no mercado, mas como o sistema é muito eficaz, não há concorrência. É um produto mais caro, mas muito mais eficiente", afirma Longo.Com informações da UFSCar

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