sábado, 18 de maio de 2013
Aparição de água-viva rara no litoral norte de SP preocupa ambientalistas
A presença de uma espécie exótica de água-viva em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, preocupa pesquisadores da cidade. A medusa, nativa do oceano pacífico, tem sido encontrada em diversos lugares do mundo e pode causar problemas no ecossistema da região, já que é considerada invasiva na costa brasileira.
A aparição da espécie Phyllorhiza Punctata, conhecida como água-viva australiana manchada, foi constatada no início do mês na praia do Itaguá. “Pescadores e pessoas nos acionaram falando do aumento de águas-vivas. No local, constatamos e identificamos essa espécie. Posteriormente também confirmamos com outros pesquisadores”, disse o oceanógrafo Hugo Gallo, ao G1.
O pesquisador afirmou que a espécie possivelmente tenha aparecido no litoral norte de São Paulo trazida pela água de lastro dos navios. “É importante abrirmos uma discussão nesse sentido com os órgãos ambientais, visto que o porto de São Sebastião pode passar por ampliação e o movimento desses navios deve aumentar consideravelmente”.
Ainda de acordo com o oceanógrafo, a aparição da medusa no litoral norte preocupa os ambientalistas. “Toda espécie exótica causa preocupação. A introdução da espécie inspira cuidados e pode causar problemas ao ecossistema. Ela se alimenta de zooplâncton, ovos e larvas de espécies de peixes nativos, e é considerada invasiva na costa brasileira. O problema é a proliferação massiva”, explicou ao G1.
Além dos problemas ambientais, as águas-vivas podem causar queimaduras em banhistas. Nesses casos, é importante que o banhista não esfregue o local para não espalhar o veneno na pele, enxague com água salgada ou soro fisiológico e procure rapidamente o atendimento médico.
O pesquisador disse ainda que o último registro da espécie na costa brasileira aconteceu em 2006. Em 2000, a ocorrência desta água-viva causou problemas no ecossistema do Golfo do México. Três espécies foram levadas ao Aquário de Ubatuba e estão em exposição ao público. “O objetivo é a gente acompanhar a espécie e analisar também o desenvolvimento em cativeiro”. (Fonte: G1)
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