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terça-feira, 7 de maio de 2013

Chá verde emagrece: mito ou realidade?

Respondendo à pergunta da forma mais simples possível: sim, chá verde emagrece, mas com ressalvas. A bebida de fato tem propriedades que permitem a perda de peso, mas tomar pouco pode não adiantar, e ingerir em excesso pode ser problemático para pessoas obesas ou diabéticas. A substância no chá verde que auxilia o emagrecimento é um flavonóide chamado catequina. De ação antioxidante, a catequina ajuda a reduzir a concentração de glicose no sangue e a retenção de lipídios no organismo, o que ajuda na perda de peso. Segundo a maioria dos cálculos, bastaria tomar uma dose diária de chá verde para ter bons resultados na redução de gordura corporal. Mas pesquisadores da Universidade Keimyung (em Daegu, na Coreia do Sul) conduziram um novo estudo que contesta essa tese. Segundo eles, a catequina sozinha não tem ação efetiva se apenas uma dose diária de chá verde for ingerida. Seria preciso tomar muito mais, o que faria a quantidade da substância no intestino saturar e invadir a corrente sanguínea. O efeito colateral deste excesso no sangue seria aumento da resistência à insulina – um sério problema para pacientes diabéticos. O experimento dos cientistas coreanos comparou, em ratos diabéticos e normais (mas com dietas ricas em gordura), dois tipos de reação: em uma delas, os ratos ingeriam apenas o extrato de chá verde, que contém catequina. No outro, ingeriam este extrato combinado ao polietileno glicol, um componente usado em laxantes e outros fármacos. A função do polietileno glicol era reduzir a absorção de catequina pelo sangue, retendo-a no intestino dos ratos. E funcionou: enquanto os ratos que ingeriram apenas a catequina não tiveram nenhuma perda expressiva de peso, aqueles que tomaram a substância combinada ao polietileno glicol apresentaram ótimos resultados. Dessa forma, segundo este estudo, o remédio ideal para o emagrecimento seria um combinado de extrato de chá verde com polietileno glicol. Sozinho, o chá verde também ajuda, mas não de maneira tão eficaz. [Science Daily / Abril] Por Stephanie D’Ornelas

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