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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pressão arterial diferente nos braços pode indicar risco de doença vascular

A diferença na pressão dentro dos vasos sanguíneos nos braços esquerdo e direito de uma pessoa pode indicar risco maior de doença vascular e um aumento nas chances de morte, segundo um estudo divulgado na versão online da revista médica “The Lancet” nesta semana. Os dados se referem apenas à pressão sistólica, que ocorre quando o coração se contrai e o sangue é bombeado ao corpo.

A descoberta feita por uma equipe de cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostra que medição da pressão sanguínea em exames de rotina deveria ser feita nos dois braços.

Coordenados pelo médico Christopher Clark, os pesquisadores revisaram dados de 28 trabalhos científicos sobre pressão sistólica e verificaram que uma diferença nas medições igual ou superior a 15 milímetros de mercúrio está ligada a um risco maior de doenças vasculares no cérebro, nas pernas e nos pés.

Os resultados também mostraram um crescimento nas chances de morte por conta de problemas cardiovasculares (70% a mais) e de óbito por todas as causas (60% a mais).

Os médicos afirmam que não importa qual braço apresenta pressão maior ou menor, mas sim a diferença entre a pressão medida em ambos.

A detecção preventiva de doenças vasculares é importante para que os médicos possam alertar os pacientes sobre a necessidade de largar o fumo, abaixar os níveis de pressão sanguínea ou mesmo oferecer tratamentos com estatinas para reduzir os riscos de morte.

Mas para conseguir descobrir o problema sem exames invasivos, o profissional de saúde precisa de experiência e saber tirar a pressão no tornozelo e nos braços em repouso ou depois de esforço. Esse treinamento leva tempo e precisa ser prioridade, segundo a equipe responsável pelo estudo, que irá defender essa urgência em capacitação no Reino Unido.

Para os autores, a diferença da pressão sistólica em ambos os braços pode servir para revelar quais pacientes apresentam maior risco de apresentar problemas de saúde e guiar o tratamento de pessoas com hipertensão.

(Fonte: G1)

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