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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Após fracasso do "um computador por aluno", MEC quer tablets nas escolas

Era do papel e lápis

A estreia dos computadores nas escolas deu-se nas secretarias, restrito às atividades administrativas.

A seguir foram criados os primeiros laboratórios de informática, onde os computadores ficavam desligados 99% do tempo.

Veio então o projeto de um computador por aluno, em pleno andamento, mas que ainda não atingiu 2% dos alunos brasileiros.

Ou seja, para a grande maioria dos alunos brasileiros, a Era da Informação ainda não chegou.

E o Programa Um Computador por Aluno (UCA), do Governo Federal, corre agora o risco de ser atropelado pela tecnologia, porque já se fala em um "tablet" por aluno.

A intenção era outra

Atualmente, cerca de 500 escolas do país contam com os laptops educacionais do UCA.

O MEC calcula que foram adquiridos 574 mil equipamentos, seja pelo próprio governo federal ou por prefeituras e governos estaduais - o número inclui computadores que já foram comprados mas ainda não foram entregues.

Considerando o total de matrículas na rede pública nos ensinos fundamental e médio, o número de estudantes que têm um computador em mãos hoje dentro da sala de aula representa menos de 2% das matrículas - se cada máquina estiver sendo utilizada individualmente, como previa o projeto original.

Mas agora Sérgio Gotti, diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais do MEC, contesta a ideia original e afirma que "a intenção nunca foi universalizar o programa e levar os laptops a todos os alunos".

Mas ele e seu Ministério já estão de olho nos tablets.

Depois da Copa

O Ministério da Educação (MEC) pretende lançar este ano um edital para que as redes de ensino possam adquirir tablets a custo mais baixo, como está ocorrendo com os laptops.

O MEC afirma que os tablets não virão para substituir os laptops, mas complementar as tecnologias existentes nas escolas - ao menos naqueles 2% onde a tecnologia já chegou.

O programa UCA foi idealizado em 2005, mas os primeiros computadores só chegaram aos estudantes em 2009. Se o mesmo ocorrer com os tablets, os alunos poderão sonhar com a leitura dos livros eletrônicos por volta de 2016.

http://www.diariodasaude.com.br

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