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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Biomáscara vai tratar ferimentos e queimaduras faciais

Máscara eletrônica

Engenheiros norte-americanos estão desenvolvendo uma biomáscara flexível para tratar queimaduras e outras lesões graves no rosto.

A máscara é feita com um polímero flexível, ao qual são incorporados componentes elétricos, mecânicos e biológicos que ativam os tecidos superficiais, otimizando a cicatrização.

"Nós acreditamos que a biomáscara se tornará a ferramenta fundamental para tratar queimaduras. É um aparelho pensante: conforme o ferimento cicatriza, a biomáscara será capaz de ajustar o tratamento," explicou a Eileen Moss, coordenadora do projeto na Universidade de Arlington (EUA).

Regeneração de tecidos

Os cientistas afirmam que, quando totalmente desenvolvido, o aparelho poderá ajudar também na regeneração com terapia de células-tronco, o que permitirá o desenvolvimento de tecidos perdidos.

A biomáscara emprega diversas tecnologias de última geração, incluindo a microfluídica - usada na construção dos biochips, por exemplo -, a eletrônica flexível - componentes eletrônicos que podem ser dobrados e até enrolados -, e a eletrônica orgânica - circuitos eletrônicos feitos com moléculas à base de carbono, e não de silício.

Os cirurgiões plásticos já usam máscaras de silicone para comprimir levemente cicatrizes graves na face, o que evita a formação de queloides.

O que o grupo planeja fazer agora é dar "inteligência" e funcionalidade a essas máscaras.

Sensores e controladores

"Nós queremos algo que una a medicina restaurativa e a engenharia de tecidos," disse o Dr. Robert Hale, membro da equipe.

Para isso, a biomáscara terá componentes sensoriais e de tratamento.

Os sensores vão monitorar continuamente as condições fisiológicas dos tecidos, repassando suas informações para um computador.

Em resposta, o programa de computador aciona os mecanismos de liberação de medicamento, controle de umidade, pressão, etc, mantendo sempre o tratamento em condições ótimas.

Os cientistas esperam que suas biomáscaras cheguem aos hospitais dentro de cinco anos.

http://www.diariodasaude.com.br

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