Pesquisadores russos conseguiram ressuscitar uma flor já extinta a partir dos tecidos congelados por mais de 30 mil anos no gelo permanente da Sibéria. A Silene stenophylla é a planta mais antiga a ser regenerada e, de acordo com os cientistas, ela é fértil, produz flores brancas e sementes viáveis.
Pesquisadores canadenses já haviam conseguido reavivar plantas muito mais novas que a S. stenophylla a partir de sementes. O estudo russo, no entanto, reafirmou que o tecido pode ser conservado no gelo por dezenas de milhares de anos, abrindo caminho para uma possível ressurreição de mamíferos da Era do Gelo.
O experimento comprova que o gelo permanente serve como um depósito natural de antigas formas de vida, afirmam os pesquisadores que publicaram os resultados do estudo nesta terça-feira (21) no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Svetlana Yashina, do Instituto de Biofísica Celular da Academia Russa de Ciências, que liderou o trabalho de regeneração dos tecidos, afirmou que a planta ressuscitada se parece muito com sua versão moderna, que continua a crescer na mesma área da Sibéria.
Os pesquisadores conseguiram recuperar o fruto da planta depois de investigar dezenas de fósseis escondidos em depósitos de gelo, na margem do rio Kolyma no nordeste da Sibéria, os sedimentos datam 30.000 a 32.000 anos.
Os sedimentos foram firmemente colados e, muitas vezes totalmente preenchidos com gelo, tornando impossível qualquer infiltração de água – o que criou uma câmara de congelamento natural, completamente isolada da superfície.
(Fonte: Portal iG)
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